CMVM determina auditor independente para fixar preço da saída de bolsa da Compta

  • Lusa
  • 8 Julho 2019

Devido à reduzida liquidez das ações da Compta, o preço de saída da bolsa da tecnológica será definido por um auditor independente.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) determinou que seja nomeado um auditor independente para fixar o preço de saída da bolsa da tecnológica Compta, por as ações terem “reduzida liquidez”, segundo um comunicado divulgado esta segunda-feira.

Na mesma nota, o regulador salienta “que solicitou à Ordem dos Revisores Oficiais de Contas a nomeação de um auditor independente para fixação da contrapartida mínima a oferecer em caso de deferimento do pedido de perda da qualidade de sociedade aberta da Compta”.

A CMVM detalha que “a deliberação ora comunicada assenta na verificação de que as ações da Compta – Equipamentos e Serviços de Informática, S.A. apresentam reduzida liquidez, pelo que a contrapartida mínima acima referida deverá ser determinada por auditor”.

Os acionistas da Compta aprovaram em abril, em assembleia-geral, a saída da empresa de bolsa, anunciou nessa altura ao mercado a empresa de equipamentos e serviços de informática. A Compta está cotada no índice Euronext Lisboa Geral (PSI Geral).

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Empresas portuguesas acreditam em recessão num futuro próximo, diz estudo

  • Lusa
  • 8 Julho 2019

Grécia, Itália e Portugal são os três países mais pessimistas e que acreditam numa recessão a curto prazo, revela um estudo da empresa de serviços de gestão de crédito Intrum.

As empresas portuguesas acreditam numa recessão num futuro próximo, segundo as conclusões do relatório europeu de pagamentos 2019, da empresa de serviços de gestão de crédito Intrum.

Em comunicado, o grupo adiantou que o estudo que levou a cabo conclui “que Grécia, Itália e Portugal são os três países mais pessimistas e que acreditam numa recessão a curto prazo, enquanto Dinamarca, Alemanha e Áustria são os países mais positivos e que menos acreditam”.

A mesma nota dá conta de que “a maioria das empresas inquiridas em Portugal (71%), prevê uma recessão num futuro próximo – entre um a cinco anos. Esta percentagem é significativamente superior à média europeia, que se situa nos 35%”.

De acordo com a Intrum, os gestores das empresas pretendem colocar em prática várias medidas para se prepararem em caso de recessão, com 56% dos inquiridos a responder que serão mais “cautelosos a assumir dívidas”, 52% a indicar um “planeamento para garantir os pagamentos dos clientes” e 52% a apontarem um corte de custos.

No mesmo comunicado, a Intrum referiu que os atrasos nos pagamentos “continuam a causar graves problemas de liquidez para as empresas portuguesas, em que 80% afirma considerar as perdas de crédito uma área de grande preocupação, divergindo da média europeia, que se situa nos 46%”.

Ainda assim, houve um “decréscimo significativo em Portugal na percentagem de incobráveis, de 2,2% em 2018 para 1,4%, um dos valores mais baixos de sempre, inferior até à média europeia, que se fixa nos 2,3%”, salientou a empresa.

Os resultados estudo revelaram ainda que “Portugal é o segundo país europeu com a maior percentagem de pagamentos internacionais recebidos (18,2%), apenas ultrapassado pela República Checa (18,4%)”. O European Payment Report 2019 é baseado num inquérito levado a cabo em 29 países europeus entre 31 de janeiro e 5 de abril de 2019.

Este trabalho conduziu a que, em Portugal, a Intrum tenha reunido dados de 418 empresas e na Europa de 11.856 sociedades para “obter, conhecer e compreender o comportamento de pagamento e a saúde financeira das empresas europeias”, revelou o grupo.

O inquérito foi colocado a colaboradores com funções de administrador e diretor financeiro, supervisor de crédito, supervisor de negócios e outros semelhantes.

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Carlos Costa alerta para transferência de custos para gerações futuras

Ao refletir sobre o financiamento sustentável, tendo em conta fatores ambientais, o governador do Banco de Portugal avisa para os custos futuros. Ministro do Ambiente aponta que já há consequências.

Portugal deu mais um passo para chegar à neutralidade carbónica em 2050, ao determinar que o fator ambiental vai passar a ser tido em conta nas avaliações de risco dos bancos. O governador do Banco de Portugal alerta que estão a ser transferidos custos para gerações futuras, mas o ministro Matos Fernandes defende que estamos já a pagar os erros do passado.

“Estamos a transferir para gerações futuras custos que deveriam ser suportados pelas presentes”, disse Carlos Costa, numa conferência sobre o papel do financiamento sustentável, na Fundação Calouste Gulbenkian. O governador do Banco de Portugal (BdP) alertou assim para as consequências dos investimentos atuais, se não tiverem em conta os riscos ambientais.

Por outro lado, o ministro do Ambiente e da Transição Energética defende que a fatura já está a ser paga. “Nós hoje, como geração futura de alguém, estamos já a pagar erros do passado”. O ministro aponta que as desigualdades no mundo têm vindo a crescer, as perdas das seguradoras já aumentaram e as perdas económicas de fenómenos naturais extremos também cresceram.

Os prejuízos já não podem ser empurrados para gerações futuras“, rematou Matos Fernandes. Para o ministro responsável pela pasta do Ambiente, “seria muito mais difícil emigrar para Marte do que acautelar impactos” e, portanto, “há que financiar o verde o azul e o circular”.

O governador do BdP concorda com a necessidade de ponderar os riscos, tendo em conta que “cabe ao sistema financeiro um papel vital na canalização dos recursos para os que poupam e investem, e ter consciência de que a sua decisão não só tem impacto no retorno imediato mas na sustentabilidade”. Por estas razões, “o sistema financeiro tem de introduzir cada vez mais fatores de incerteza”, defendeu.

Entidades do setor financeiro comprometem-se a ter em conta o Ambiente

Neste evento foi assinada a Carta de Compromisso para o Financiamento Sustentável em Portugal, por cerca de duas dezenas entidades, desde bancos, ministérios do Ambiente, Finanças e Economia, Euronext Lisboa, reguladores e associações ligadas à banca, seguros e fundos a emitentes.

Matos Fernandes assina a Carta de Compromisso para o Financiamento Sustentável em Portugal.Hugo Amaral/ECO

João Matos Fernandes, o último a assinar o documento, relembrou na sua intervenção que o “Governo português foi o primeiro país a assumir o compromisso de neutralidade carbónica em 2050”, sendo que a carta se enquadra no roteiro para esta meta.

O ministro do Ambiente e Transição Energética adiantou ainda que este é um “desafio à escala mundial no qual Portugal não quer perder a liderança”. E não será tarefa de pequena. Para atingir o objetivo serão necessários cerca de um bilião de euros, acrescentou ainda.

Na conferência houve ainda espaço para comentários sobre a igualdade de género, já que entre todos os representantes das entidades, que subiram ao palco para assinar o documento, contava-se apenas uma mulher. Virginie Marchal, Senior Programme Manager na OCDE, foi a oradora que tomou o pódio após a assinatura e apontou que “também de devia falar sobre o equilíbrio de género no setor”.

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Camionistas escrevem carta aberta. Pedem “perdão” aos portugueses, mas greve é para avançar

Motoristas desafiam ANTRAM para debate sobre negociações. Pedem desculpa aos portugueses pelo transtorno de uma nova greve, mas lembram: "Somos portugueses a passar pelo mesmo que muitos de vós".

O Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias (SIMM) e o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) divulgaram esta tarde uma carta aberta à ANTRAM e também aos portugueses. À Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) é feito um desafio para um debate televisivo, e aos portugueses são pedidas desculpas que uma nova greve possa causar.

“Desde já pedimos perdão aos portugueses por eventuais transtornos no seu quotidiano”, dizem os dois sindicatos, a propósito do novo pré-aviso de greve em preparação. Mas pedem compreensão: “Sabemos que os portugueses nos vão perdoar por ao fim de 22 anos pensarmos um pouquinho em nós e nas nossas famílias, afinal de contas também somos homens e mulheres, pais, mães, filhos, etc…, somos portugueses a passar pelo mesmo que passam muitos de vós.

O SNMPP foi o sindicato que convocou o protesto que em abril quase paralisou o país por completo, protesto que na altura só não teve a adesão do SIMM por uma questão de dias. Esta greve acabou por levar à intermediação do Governo entre patrões e motoristas, que ao cabo de duras negociações acabaram por aceitar um acordo genérico para um Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) que devia ser negociado ao longo dos meses seguintes.

Contudo, este sábado, perto de três centenas de motoristas estiveram reunidos no 1º Congresso Nacional de Motoristas, onde acabaram por aprovar levar para a próxima reunião com a ANTRAM, dia 15, um pré-aviso de greve a partir de 12 de agosto, do qual só abdicam se entrar em vigor a proposta de CCT por si aprovada — que prevê aumento do salário base de 100 euros nos próximos três anos (1.400 euros brutos para 2020, 1.600 para 2021 e 1.800 para 2022), indexado ao aumento do salário mínimo, melhoria das condições de trabalho e pagamento das horas extraordinárias, entre outras medidas.

Em reação à decisão tomada pelo Congresso, a ANTRAM acusou os motoristas de agirem de forma premeditada. “Esta posição até já era esperada, depois de na semana passada o processo negocial ter sido interrompido por iniciativa dos sindicatos que nem sequer aguardaram pelas respostas da ANTRAM às suas propostas”, apontou a associação em comunicado.

No documento, a ANTRAM salientou igualmente constatar “com grande preocupação” a postura dos dois sindicatos, por se pautar “por uma lógica de conflito, ausência de lealdade negocial e desrespeito pelos compromissos escritos assumidos com as restantes entidades do setor do transporte rodoviário de mercadorias, incluindo o próprio Governo”. E é contra isto que a carta aberta se insurge.

Segundo os dois sindicatos que representam mais de 1.400 camionistas de mercadorias — perigosas e não só –, esta posição da ANTRAM é não mais do que uma “tentativa de manipulação da opinião pública” por parte dos representantes das empresas.

“Cansados destes joguinhos de diplomacia”

“Não podemos deixar de registar com desagrado a tentativa de manipulação da opinião pública com o intuito de fazer passar uma imagem que não corresponde à verdade”, começa por se ler na carta aberta dos sindicatos. Onde assumem: “Não desejamos a greve por variadíssimas razões, a principal é a perfeita consciência do impacto e do transtorno que vai causar aos portugueses e à economia do país.Mas ao fim de 22 anos, chegou a hora de bater o pé, justificam.

“Andamos há 22 anos a servir a economia e o país com elevado sentido de responsabilidade e verdadeiro espírito de missão, sabemos que os portugueses nos vão perdoar por ao fim de 22 anos pensarmos um pouquinho em nós e nas nossas famílias, afinal de contas também somos homens e mulheres, pais, mães, filhos, etc…, somos portugueses a passar pelo mesmo que passam muitos de vós.” E passam de seguida a explicar aos portugueses que toda a abertura a que se foi assistindo por parte das empresas de transporte não foi mais que ‘joguinhos’.

“Os motoristas estão cansados destes joguinhos de diplomacia cujo único objetivo é, simular abertura e interesse em melhorar o setor para que no fim tudo fique na mesma e os motoristas continuem a alimentar a sustentabilidade do setor com base na precariedade das suas condições laborais e sociais“. E lembram que quando chega a hora de falar com os patrões, sofrem com o mesmo que muitos portugueses enfrentam: “Muitos dos atuais gestores chegaram ao setor no tempo do quero, posso e mando, nunca conheceram o diálogo, apenas o ‘eu imponho tu obedeces’!”

“Vamos de uma vez esclarecer a opinião pública”

É neste ponto em que a carta aberta concentra baterias na ANTRAM, com os sindicatos a voltarem novamente a pedir a realização de um debate com os representantes das empresas de transporte de mercadorias para “esclarecer a opinião pública”, de uma vez por todas, sobre a guerra entre motoristas e empresas.

“O SIMM e o SNMMP desafiam a ANTRAM e os demais intervenientes para um debate televisivo sobre toda a situação, vamos falar do processo negocial em curso, dos protocolos e acordos de compromisso celebrados, das várias propostas já apresentadas”, apresentam como desafio. E se é para debater, que se debata tudo, defendem. “Não nos vamos cingir ao processo negocial em curso, vamos falar sobre o que se tem passado no setor nos últimos 22 anos e que levou os motoristas a assumirem agora estas tomadas de posição.”

“Também vamos falar na forma de pagamento das ajudas de custo e quem são os verdadeiros beneficiários e os prejudicados por esse tipo de pagamento”, prosseguem, numa alusão à acusação de que várias destas empresas pagam ajudas de custo ‘por baixo da mesa’, apontando também querer falar da perda de direitos associada a uma valorização salarial levada a cabo em 2017, ou do stress a que a profissão sujeita os trabalhadores e do trabalho “que é feito pelos motoristas sob coação das entidades patronais, chefes de tráfego e até dos operadores logísticos com a vossa conivência”.

Em resumo: “Vamos falar de tudo?”, rematam.

A carta aberta, assinada por Jorge Cordeiro (SIMM) e Francisco São Bento (SNMMP), termina com os sindicatos a manifestarem que aguardarão “a resposta” a estes desafio com tranquilidade, mas também com a certeza que “aquele que o recusar tem alguma coisa a esconder”.

(Notícia atualizada às 19h30)

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A tarde num minuto

Não sabe o que se passou durante a tarde? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

À saída do tribunal após ter sido ouvido pelo juiz Ivo Rosa sobre os 25 milhões transferidos para Zeinal Bava, Ricardo Salgado voltou a assegurar que nunca na sua vida corrompeu alguém.

O Governo adiou dois dias o prazo de entrega pelas empresas da IES/DA e um mês o envio do ficheiro SAFT-T.

Procura por leilões para transformação de 1400 MW de energia solar superou os 10 mil MW. Ministro do Ambiente confiante que concorrência entre empresas vá trazer elevado ganho a consumidores.

Há dossiers “por natureza muito longos: processo educativo, processo formativo, de investigação, de execução de estratégias públicas ou privadas” que não se compadecem com demoras, alertou Marcelo.

Lisboa continua a ser o distrito no qual os salários para quem trabalha por contra de outrem são os mais elevados do país. Porto fica abaixo de Setúbal e é em Bragança onde se ganha menos.

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Conclusão do caso BES adiada outra vez. Ministério Público aguarda por cartas rogatórias da Suíça

Ministério Público decidiu prolongar o prazo de investigação ao designado processo Universo Espírito Santo. Procuradores aguardam pelo envio das cartas rogatórias pedidas à Suíça.

O Ministério Público tinha até esta segunda-feira para concluir o inquérito ao caso do Universo Espírito Santo, mas voltou a adiar o prazo da investigação em, pelo menos, mais três meses, ficando a aguardar pelo envio das cartas rogatórias da Suíça.

“O diretor do DCIAP decidiu fixar o prazo de três meses, contados a partir da devolução dos elementos probatórios em poder das autoridades suíças e apreendidos à ordem dos autos, para a conclusão do inquérito”, diz uma nota divulgada esta segunda-feira pelo gabinete de imprensa da Procuradoria-Geral da República.

Albano Pinto, diretor do DCIAP desde janeiro deste ano, considera que ainda não foi possível a “recolha de todos os elementos de prova indispensáveis a permitir concluir pela ocorrência ou não dos factos objeto do mesmo”.

“Não obstante as diligencias adequadas para esse efeito já se encontrarem há muito em execução, os seus resultados, ainda que na maioria já obtidos, o não estão na totalidade, atendendo designadamente ao facto de tal depender de cooperação judiciária internacional não integralmente satisfeita, pese embora as persistentes iniciativas desenvolvidas pelos magistrados titulares do inquérito”, refere a mesma nota.

O prazo para a conclusão do inquérito terminava esta segunda-feira, como tinha decidido o anterior diretor do DCIAP, Amadeu Guerra, no início do ano. No dia 3 de janeiro, aquando da extensão do prazo da investigação, Amadeu Guerra entendia que “elementos em falta relativamente à devolução das cartas rogatórias, nomeadamente da Suíça (…), mostravam-se imprescindíveis à apreciação objetiva e subjetiva da factualidade a que respeitavam”. Esses elementos (ou parte deles) ainda não chegaram a Lisboa, motivo pelo qual o prazo foi agora estendido.

O caso tem 41 arguidos. E tem por objeto a investigação das condições que determinaram a resolução do Banco Espírito Santo, a insolvência da Espírito Santo Internacional, da Rioforte, da ES Control, da ESFIL e da Espírito Santo Financial Group, no Luxemburgo, bem como da liquidação do Banque Privée Espírito Santo, na Suíça, a liquidação do ES Bank of Panama, no Panamá, e o ES Bankers Dubai, nos Emiratos Árabes Unidos.

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Resultados das legislativas na Grécia são “promissores”, diz DBRS

  • Lusa
  • 8 Julho 2019

A agência de notação financeira internacional DBRS considerou que os resultados de domingo nas eleições legislativas na Grécia são "promissores" para o rating do país.

A agência de notação financeira internacional DBRS considerou esta segunda-feira que os resultados de domingo nas eleições legislativas na Grécia são promissores para o rating do país, que atualmente situa em BB (baixo).

A DBRS sublinha, em comunicado, a vitória por maioria absoluta (158 dos 300 lugares no parlamento) obtida pela Nova Democracia (ND, direita), que vai formar o primeiro Governo de um único partido dos últimos dez anos, fornecendo ao seu líder e primeiro-ministro eleito, Kyriakos Mitsotakis um “forte mandato e uma maioria parlamentar para aplicar a sua agenda política”.

“Sob a administração da Nova Democracia, a DBRS espera uma linha política de continuidade e uma ampla cooperação com as instituições da União Europeia”, indica o comunicado.

A agência de notação financeira recorda as propostas eleitorais da ND e as medidas destinadas a assegurar o crescimento económico, incluindo a intensificação das privatizações. Recorda ainda que o partido da direta grega repetiu por diversas vezes que o “há muito adiado projeto Hellinikon de oito mil milhões de euros” será uma prioridade para o novo governo.

No comunicado, a DBRS reconhece que, apesar do progresso nas reformas estruturais, a economia grega ainda enfrenta diversos desafios. Refere que os créditos não produtivos (NLP na sigla em inglês) ainda constrangem os resultados dos bancos gregos e limitam a sua capacidade para conceder empréstimos aos setores não financeiros.

A agência de classificação de risco de crédito refere ainda que a dívida pública grega continua muito elevada e que permanece o desafio de atingir um excedente primário anual de 3,5% até 2022, apesar de manter “a expectativa que o novo governo adira aos compromissos com as instituições europeias”.

“Com a eleição da Nova Democracia, a DBRS espera que prossiga o esforço de reformas na Grécia para acelerar e intensificar a cooperação com as instituições da UE. No entanto, manter a disciplina fiscal, e adotar em simultâneo medidas mais atrativas para o crescimento, vai constituir um desafio para o novo governo”.

Spyridoula Tzima, um analista financeiro sénior citado no comunicado, assinada que o resultado das eleições fornece à ND e a Mitsotakis “um forte mandato para aplicar a sua agenda política. Sob o governo da ND, a DBRS espera uma linha política de continuidade e uma estreita cooperação com as instituições da UE”.

Nichola James, outro responsável da agência, considerou por sua vez que “atendendo às complexas deliberações políticas que enfrentam os novos responsáveis das instituições europeias, a DBRS considera positiva a existência de um claro governo maioritário na Grécia”.

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Tomada de mais-valias pressiona BCP. Jerónimo Martins trava maior queda em Lisboa

  • ECO e Lusa
  • 8 Julho 2019

A bolsa portuguesa acompanhou as congéneres europeias e fechou no vermelho, com BCP, CTT e Nos a registarem perdas acima de 1%. Subida da Jerónimo Martins impediu uma queda mais acentuada do índice.

As bolsas europeias fecharam em queda e a bolsa portuguesa acompanhou a tendência, num dia marcado pelo regresso dos investidores aos mercados de capitais do outro lado do Atlântico, depois do feriado do Dia da Independência nos EUA.

Enquanto o Stoxx 600 recuou 0,05%, o PSI-20, principal índice da bolsa portuguesa, encerrou a perder 0,35%, para 5.174,52 pontos. CTT, BCP e Nos estiveram entre as cotadas que mais pressionaram a praça portuguesa, com quedas a rondar 1%.

No caso do banco, as ações cederam 1,19% para 0,2833 euros, pressionadas pela tomada de mais-valias. “O BCP foi alvo de uma realização de mais-valias, tendo mantido uma performance semelhante à do respetivo setor na Europa”, notaram os analistas do BPI no Comentário de Fecho.

Dos 18 títulos que compõem o principal índice português, 13 encerraram em baixa, um inalterado (F. Ramada) e quatro em alta. A operadora de telecomunicações Nos liderou as descidas, a recuar 1,73% para 5,67 euros.

Do outro lado estiveram a Galp Energia e a Jerónimo Martins, que travaram a queda do índice nacional. A petrolífera subiu 0,60%, para 13.38 euros, enquanto a dona dos hipermercados Pingo Doce avançou 1,48%, para 14,39 euros cada título.

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Marcelo diz que “não é tempo de prescindir de consensos vastos de regime”

  • Lusa
  • 8 Julho 2019

Há dossiers "por natureza muito longos: processo educativo, processo formativo, de investigação, de execução de estratégias públicas ou privadas" que não se compadecem com demoras, alertou Marcelo.

O Presidente da República avisou esta segunda-feira que não é tempo de “prescindir de consensos vastos de regime” nas políticas de Educação e Inovação, alertando que a orientação da administração pública deve ser “mais vasta” que uma legislatura.

“Não pode tudo o que fica dito e muito mais o que passa pelo setor público ficar para o fim das legislaturas, alterar-se Governo a Governo, ou prescindir de consensos vastos de regime, mais vasto do que maiorias parlamentares conjunturais ou mesmo quadrienais”, alertou Marcelo Rebelo de Sousa, em Vila Nova de Famalicão na 16.ª Conferência Internacional da COTEC Portugal – Associação Empresarial para a Inovação.

O chefe de Estado chamou também a atenção para a demora dos processos ligados à Educação ou Inovação.

“Estes processos são por natureza muito longos: processo educativo, processo formativo, de investigação, de execução de estratégias públicas ou privadas como as empresariais não se compadecem com compasso de espera, hesitações ou recomeços cíclicos de governo a governo ou legislatura ou legislatura”, disse.

Marcelo Rebelo Sousa sustentou que o país tem “hoje de condições” para que a indústria possa ter um sucesso inimaginável há poucos anos, considerando que tem é que fazer tudo para que essa possibilidade se converta mesmo numa realidade numa perspetiva de médio e longo prazo.

“Estamos perante uma questão de regime, não estamos perante uma questão conjuntural”, declarou.

Marcelo Rebelo de Sousa apontou assim para os diferentes ritmos a que o país anda: “Não podemos ter o país a várias velocidades. A velocidade do projeto industria 4.0 e a velocidade da administração pública portuguesa em muitos domínios cruciais”, explicou.

Para o chefe de Estado “na educação o problema é ainda mais urgente” que noutras áreas.

“Uma parte do sistema educativo não está a acompanhar os passos de gigante dos centros de excelência e persiste numa décalage entre a pesquisa e o desenvolvimento, entre o número impressionante de patentes e a sua efetiva projeção na economia e na sociedade, entre os avanços no Ensino Superior e na Ciência e o estreitamente de parcerias e de interpelações coma realidade empresarial”, explanou.

Num discurso marcado com elogios à COTEC e de muitos avisos, Marcelo Rebelo de Sousa referiu ainda “o desafio para convergências e no que respeita a departamentos públicos fundamentais para a transformação” em curso nas empresas.

“Por exemplo, entre departamentos ligados à educação, em inúmeros níveis, à economia, ao emprego e à formação profissional”, enumerou.

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Porto de Lisboa recebe 239.135 passageiros de cruzeiro no primeiro semestre

  • Lusa e ECO
  • 8 Julho 2019

Nos primeiros seis meses do ano, o Porto de Lisboa recebeu 239.135 passageiros de cruzeiro. Este porto ganhou, pelo quarto ano consecutivo, o prémio de melhor porto de cruzeiros da Europa.

O Porto de Lisboa recebeu um total de 239.135 passageiros de cruzeiro nos primeiros seis meses do ano, mais 8% face ao mesmo período de 2018, foi anunciado esta segunda-feira.

Em comunicado, o Porto de Lisboa dá conta de que no período homólogo de 2018 foram registados 221.072 passageiros de cruzeiros.

De acordo com a mesma nota, este aumento deve-se ao crescimento de 41% dos passageiros em turnaround (navios com partida e chegada a Lisboa, e não apenas a fazer escala), que passaram de 20.518 para 29.026, e de 5% dos passageiros em trânsito, que aumentaram de 200.554 para 210.109.

Citada no comunicado, a presidente do conselho de administração do Porto de Lisboa, Lídia Sequeira, afirma que “o crescimento das viagens de turnaround é uma consequência direta do novo Terminal de Cruzeiros de Lisboa, que oferece as melhores condições para acolher navios e passageiros de cruzeiro, mas também do potencial elevado que a cidade de Lisboa lhe confere, em especial com a sua beleza, o seu património e com a sua localização no cruzamento das principais rotas”.

“A localização do Porto de Lisboa confere-lhe vantagens acrescidas relativamente a outros portos, no que respeita ao início da época de cruzeiros no Mediterrâneo e às viagens de reposicionamento”, acrescenta.

Segundo o Porto de Lisboa, entre janeiro e junho foram registadas 29 travessias transatlânticas, mais cinco do que no mesmo período do ano passado, “verificando-se igualmente o aumento do número de navios de cruzeiro a operar no Mediterrâneo e ilhas atlânticas, que passou de 177, em 2018, para 193 em 2019”.

O comunicado destaca ainda que o mês de maio foi o que registou o maior número de passageiros de sempre (85.700), ultrapassando o recorde anterior, de 81.971.

O Porto de Lisboa ganhou pelo quarto ano consecutivo o prémio de melhor porto de cruzeiros da Europa, na 26.ª edição dos World Travel Awards Europa, que decorreu em 08 de junho no Funchal.

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Leilões de energia solar receberam 64 candidaturas. Investimento atingirá mil milhões e ganhos serão dos consumidores

Procura por leilões para transformação de 1400 MW de energia solar superou os 10 mil MW. Ministro do Ambiente confiante que concorrência entre empresas vá trazer elevado ganho a consumidores.

Os leilões para a atribuição de 1.400 megawatts (MW) em licenças para exploração de energia solar com ponto de ligação à rede lançados pelo Governo no início de junho atraíram um total de 64 candidaturas para os 24 lotes em concurso, revelou esta segunda-feira o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes. “Foi um sucesso. Temos 64 entidades a concorrer, ou seja, a procura foi nove vezes superior aos 1.400 MW a concurso, totalizando mais de dez mil MW”, afirmou o governante.

“Dos 24 lotes colocados a concurso, haverá leilões em 22. Um dos lotes ficou ‘deserto’, e noutro apareceu apenas um candidato. Os restantes 22 lotes têm aproximadamente dez candidaturas cada um”, detalhou ainda Matos Fernandes aos jornalistas, assegurando que o elevado nível de procura pelos leilões se traduzirá em ganhos para os consumidores, sejam empresariais, sejam domésticos.

“Traz muito boas perspetivas num duplo ponto de vista. O preço máximo permitido é de 45 euros por megawatt e este valor virá por aí abaixo com tanta concorrência. Logo teremos energia transformada a um custo mais baixo, com ganhos para todas as empresas e consumidores domésticos“, salientou o ministro. Esta certeza advém dos moldes em que foi desenhado o leilão, de sentido descendente. Ou seja, em cada lote será escolhido quem oferecer o custo mais baixo de transformação de um MW.

João Matos Fernandes referiu que o custo de transformação de um MW no mercado ibérico ronda atualmente os 55 euros sendo que, pelas regras do leilão de energia solar agora em curso, o valor mais alto permitido é de 45 euros. Contudo, e considerando que na grande maioria dos lotes há perto de dez interessados, a expectativa é que o preço de transformação final seja bastante inferior, defendeu o ministro. “Obviamente se temos um máximo de 45 euros e há concorrência, o valor virá por aí baixo”, explicou.

Além do fator preço, o nível de procura agora registado deixa também antever um bom comportamento da economia portuguesa em termos de cumprimento de metas internacionais, realçou Matos Fernandes. “Sabemos que temos que ter até 2030 aproximadamente sete GW e só neste leilão tivemos uma procura de dez GW, ou seja, há todas as condições para que se confirme o desejo de chegar a 2030 com 80% da eletricidade com origem renovável, com grande crescimento do solar.”

Segundo contas do Governo ao total de megawatts agora colocados a concurso, a atribuição destes 1.400 MW para transformação desde energia solar deverá significar qualquer coisa como um investimento de “aproximadamente 800 a mil milhões de euros”, apontou Matos Fernandes.

Em relação às candidaturas que foram apresentadas, o ministro detalhou que há entidades nacionais, vários estrangeiros e algumas empresas que, “pela marca comercial, não consegui identificar”.

Leilões concluídos até 10 de agosto

Dos 24 lotes a concurso, dois não irão passar pelo leilão, já que um não recebeu qualquer candidatura, e um outro apenas suscitou interesse a uma entidade. O primeiro, previsto para uma região entre Alcobaça e Batalha, deverá cair, ao passo que o segundo será alvo de um processo diferente. “O lote que só teve um candidato vai depender do preço médio dos outros leilões. Se o interessado aceitar o preço médio que resultar dos 22 leilões, então poderá avançar”, esclareceu o ministro.

As candidaturas entregues serão analisadas nas próximas semanas, sendo que o Governo estima que todas “sejam aceites”, já que as regras definidas no leilão eram “muito claras” Contudo, primeiro há uma avaliação prévia das candidaturas e, seguidamente, avança o leilão. Segundo Matos Fernandes, a previsão é que os leilões estejam totalmente concluídos até 10 de agosto.

A economia portuguesa conta atualmente com uma capacidade de transformação de energia solar na ordem dos 700 MW, com o Governo a contar atingir os 1,5 GW até ao final de 2020.

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Deco compara PPR

  • ECO Seguros
  • 8 Julho 2019

A Associação para a Defesa do Consumidor (DECO) lançou um simulador de PPR, recomendando, em cada caso, qual o produto de poupança-reforma mais conveniente.

A DECO lançou um simulador de Planos Poupança Reforma (PPR) e garante que o utilizador “se começar aos 30 anos e investir 100 euros por mês no PPR recomendado (pelo simulador que a associação disponibiliza), poderá reformar-se com quase 200 mil euros”.

A associação chega ainda à conclusão, com base nos estudos que efetuou, que “em 99% dos casos compensa mudar de receita!”. Mais de 12.400 consumidores já utilizaram o simulador posto à disposição.

Além disso, faz também recomendações, como a de optar por um PPR com garantia de capital quando a idade do candidato à subscrição de um PPR é superior a 57 anos. “Assim não corre o risco de perder o que já juntou”, refere a associação.

O simulador explica ainda como decorre o processo de transferência de um PPR e explicita quais são os custos associados.

A DECO já disponibilizava simuladores para os seguros automóveis e seguros de vida.

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