Desemprego estabiliza nos 6,6% em maio

No quinto mês do ano a taxa de desemprego ficou em 6,6%. O INE reviu em baixa o valor de abril em uma décima.

A taxa de desemprego atingiu 6,6% em maio, estabilizando face ao mês anterior, de acordo com valores provisórios do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicados esta sexta-feira. O INE reviu em baixa o valor de abril em uma décima. Para o conjunto de 2019, o Governo aponta para uma taxa de desemprego igual à esperada para o quinto mês do ano.

Apesar da estabilização face ao mês de abril, a taxa de desemprego está ainda abaixo da observada no mesmo mês do ano anterior, quando se fixou em 7,1%. “Em maio de 2019, a estimativa provisória da taxa de desemprego foi de 6,6% e manteve-se inalterada em relação ao mês anterior, tendo aumentado 0,1 pontos percentuais (p.p.) relativamente a fevereiro de 2019, e diminuído 0,5 p.p. em comparação com maio de 2018″, escreve o INE.

No quinto mês do ano, “a população desempregada – cuja estimativa provisória foi de 341,1 mil pessoas – aumentou 0,3% (1,0 mil) em relação ao mês anterior (abril de 2019) e 1,3% (4,4 mil) relativamente a três meses antes (fevereiro de 2019). Por comparação com o mês homólogo, diminuiu 6,6% (24,0 mil)”. Ou seja, a taxa de desemprego estabilizou entre abril e maio, mas há mais mil desempregados.

Por outro lado, “a estimativa provisória da população empregada correspondeu a 4 834,8 mil pessoas e diminuiu 0,1% (2,8 mil) em relação ao mês anterior”, acrescenta o INE. O que significa que a população ativa encolheu mas o apuramento da taxa de desemprego aponta para uma estabilização face a abril.

O INE reviu em baixa, em uma décima, o valor da taxa de desemprego de abril, do valor provisório de 6,7% para 6,6%, Isto significa que entre março e abril manteve-se a tendência sugerida pelas primeiras estimativas de agravamento do desemprego, mas não tão acentuado.

A nova taxa de desemprego de abril “representa uma revisão em baixa de 1,6% (5,5 mil) da estimativa provisória” e uma “revisão em alta, de 0,3% (14,9 mil)” face à estimativa provisória publicada há um mês.

(Notícia atualizada)

 

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5 mil euros para melhor ideia em tecnologia da saúde

  • Ricardo Vieira
  • 28 Junho 2019

Os vencedores locais têm acesso a um training camp que decorre em agosto, em Oxford, onde vão participar de workshops focados em empreendedorismo.

Estudantes de doutoramento nos países da União Europeia vão poder beneficiar de ferramentas para implementarem uma ideia de negócio na área das tecnologias da saúde, no âmbito do EIT Health – rede europeia de inovadores em saúde, da qual faz parte a Universidade de Coimbra.

As candidaturas, que decorrem até 30 de junho, podem ser feitas por estudantes que tenham terminado o primeiro ano de doutoramento, que estejam a investigar algum tópico relacionado com saúde ou cuidados de saúde e que possam estar presentes no training camp, que decorre em Oxford (Reino Unido) entre 5 a 16 de agosto.

“Este programa foi pensado para que os estudantes (…) tenham a oportunidade de dar a conhecer as suas ideias, mas sobretudo, que tenham a possibilidade de participar em formações que lhes permita adquirir conhecimentos que transformem as suas ideias na área das tecnologia da saúde em projetos comerciais reais e de acordo com as necessidades do mercado”, explica Jorge Figueira da Universidade de Coimbra e coordenador da PhD Translational Fellowships.

Apenas os vencedores locais vão ter a oportunidade de chegar a Inglaterra, onde vão participar em “palestras, workshops focados em empreendedorismo, formação na realização de pitch, transferência de tecnologia e propriedade intelectual, avaliação do potencial comercial do projeto de doutoramento, identificação da rota ideal para a comercialização e atividades de networking que irão atrair e garantir potenciais parceiros/investidores para continuar a desenvolver e comercializar as novas tecnologias na área da saúde”, informa a organização.

Além de uma bolsa no valor de 1.500 euros, para cobrir deslocações e acomodação durante a participação no programa PhD Translational Fellowships, durante o training camp haverá ainda atribuição de prémios até um valor de 3.000 euros. A melhor ideia receberá um apoio de 5.000 euros para a comercialização e desenvolvimento adicional do projeto.

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PIB espanhol acelera no primeiro trimestre. Cresce 0,7%

  • Lusa
  • 28 Junho 2019

A economia espanhola acelerou no primeiro trimestre, com um crescimento de 0,7% em cadeia. Em termos homólogos, o crescimento económico foi de 2,4%.

A economia espanhola cresceu 0,7% nos primeiros três meses, uma décima mais que no trimestre anterior, e 2,4% em relação a igual período de 2018, apoiada no aumento do consumo e do investimento, foi divulgado.

O Instituto Nacional de Estatísticas (INE) espanhol confirmou os números que já tinha avançado em finais de abril e explica que a contribuição da procura interna para o crescimento anual foi de 2,2 pontos percentuais, três décimas inferior ao verificado no quarto trimestre de 2018.

Economia espanhola acelera no primeiro trimestre

Fonte: Instituto Nacional de Estadística (INE)

Em termos trimestrais, o consumo das famílias cresceu 0,4% e mantém o mesmo ritmo do trimestre anterior, enquanto o investimento aumentou 1,4%, quando no último trimestre de 2018 tinha caído 0,2%.

Em relação a um ano antes, o emprego aumentou 2,8%, o que significa um incremento de 510.000 postos de trabalho equivalentes a tempo inteiro de um ano. Por seu lado, a remuneração média dos assalariados subiu cinco décimas, tendo crescido 1,6% em termos anuais.

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Serviços públicos sujeitos a mais cativações de Centeno a partir deste sábado

Mário Centeno começou o ano congelando 1.073 milhões de euros e agora volta a engordar, como é habitual, as cativações de despesa. O objetivo é conseguir um défice inferior a 0,2% em 2019.

Os orçamentos dos serviços do Estado vão passar a estar sujeitos a mais cativações a partir deste sábado, além dos 1.073 milhões de euros de despesa congelados logo no início do ano, com a entrada em vigor do Decreto-lei de Execução Orçamental publicado em Diário da República esta sexta-feira. O valor adicional de despesa que fica dependente do ministro das Finanças ainda não é conhecido (e o Ministério das Finanças questionado pelo ECO não adianta qual o montante), mas pode não ficar longe dos 420 milhões de euros de cativações extra que incluiu no mesmo decreto relativo a 2018.

Apesar de só entrar agora em vigor, o Governo tem conseguido apresentar bons resultados na execução orçamental. No primeiro trimestre, Centeno alcançou um excedente orçamental de 0,4% do PIB, em contabilidade nacional, a ótica que interessa a Bruxelas. Em contabilidade pública, abril foi o primeiro mês em que o Orçamento registou um défice.

Isto acontece em parte porque o Ministério das Finanças consegue começar a implementar parte das medidas de controlo dos serviços ainda antes da aprovação e promulgação do Decreto-lei de Execução Orçamental, através de orientações aos serviços, como o próprio ministro das Finanças já o admitiu.

Esta segunda leva de cativações é habitual e acontece com todos os Decretos-lei de Execução Orçamental, o que significa que não aprovadas pelo Parlamento, mas sim e apenas pelo Governo. Só no ano passado, o Governo acrescentou mais 420 milhões de euros em despesas congeladas — que só podem ser autorizadas mediante a autorização de Mário Centeno — com este diploma. No final do ano, ficaram por descongelar 486 milhões de euros de despesas previstas que foram alvo de cativação pelo Governo.

Apesar o valor ser elevado, este foi, ainda assim, inferior ao praticado em anos anteriores. Em 2016, o Governo não descativou 942,7 milhões de euros, o que permitiu atingir a meta do défice exigida por Bruxelas e também evitar sanções no âmbito do Procedimento dos Défices Excessivos que estavam a ser avaliadas em Bruxelas. Depois de os ministros das Finanças da zona euro terem exigido mais medidas ao Governo português, o ministro das Finanças prometeu controlar o défice não descongelando pelo menos 445 milhões de euro. Acabaram por ser quase mil milhões de euros.

Já em 2017, o Governo terminou o ano não descongelando 556 milhões de euros, ainda assim o quarto valor mais elevado de sempre, o que é justificado em parte por o valor global do orçamento ser maior.

Este ano, ainda sem contabilizar as cativações adicionais que o Decreto-lei de Execução Orçamental acrescenta — porque os números ainda não são conhecidos –, o Governo começou o ano cativando 1.073 milhões de euros. Até março, só foram descongelados 98 milhões destes 1.073 milhões de euros.

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Prazo para declarar beneficiário efetivo das empresas volta a ser adiado

Depois de 30 de abril, prazo passou para 30 de junho, mas voltou a ser prorrogado. Prazo passa para 31 de outubro, pelas entidades sujeitas a registo comercial, e até 30 de novembro para as restantes.

Tem uma empresa? Se ainda não preencheu o Registo Central do Beneficiário Efetivo (RCBE), saiba que vai ter mais tempo para o fazer. Depois de ter sido adiada a data-limite de 30 de abril para 30 de junho, o prazo voltou a ser prorrogado, desta vez para o último trimestre deste ano.

“Por estar em causa uma base de dados de especial complexidade, com um universo de entidades sujeitas na ordem de um milhão, e um número indeterminado de entidades obrigadas à sua consulta”, o Governo decidiu alargar novamente o prazo de registo, lê-se em Diário da República.

O termo do prazo de 30 de junho de 2019 para a declaração inicial do beneficiário efetivo, bem como a data de 1 de julho como início de consulta obrigatória do RCBE para as entidades obrigadas, são datas que se têm revelado de difícil exequibilidade”, acrescenta, apresentando agora duas datas-limite para diferentes tipos de empresas.

“O prazo para a apresentação da declaração inicial do beneficiário efetivo foi alargado. Esta declaração deve ser efetuada até 31 de outubro, pelas entidades sujeitas a registo comercial e até 30 de novembro, pelas demais entidades sujeitas ao RCBE“, refere o portal onde é feito esse registo.

A apresentação da declaração pode ser feita através da internet, no endereço https://rcbe.justica.gov.pt, clicando no botão “Preencher declaração”, refere o Ministério da Justiça. O registo das empresas no RCBE “é gratuito”, mas também obrigatório, sob pena de as empresas serem alvo de coimas que variam entre os mil e os 50 mil euros.

O RCBE foi criado no âmbito da legislação que transpôs para Portugal duas diretivas comunitárias com medidas de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo.

Consiste “numa base de dados que pretende reunir informação suficiente, exata e atual sobre a pessoa ou as pessoas singulares que, ainda que de forma indireta ou através de terceiros, detêm a propriedade ou o controlo efetivo das entidades a ele sujeitas”, conclui o ministério de Francisca Van Dunem.

(Notícia atualizada às 10h11 com mais informação)

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Vladimir Putin diz que liberalismo está “obsoleto”

"A ideia liberal tornou-se obsoleta. Está em conflito com os interesses da grande maioria da população", diz Vladimir Putin, em entrevista ao Financial Times.

A ideia liberal está “ultrapassada”. Quem o diz é Vladimir Putin, em entrevista ao Financial Times (acesso pago), por ocasião da cimeira do G20. O Presidente russo defende que o liberalismo se tornou “obsoleto”, à medida que as pessoas começaram a rejeitar a imigração, a abertura das fronteiras e o multiculturalismo. “Os liberais não podem, simplesmente, dar ordens sobre tudo a toda a gente como têm tentado fazer nas últimas décadas”, diz.

Sobre o tema das migrações, Putin criticou Angela Merkel por ter admitido mais um milhão de refugiados na Alemanha, considerando que tal foi um “erro crasso”, e elogiou a posição que Donald Trump em relação à fronteira com o México.

“A ideia liberal pressupõe que não é preciso fazer nada. Os migrantes podem matar, pilhar e violar impunemente, porque os seus direitos como migrantes têm de ser protegidos”, sublinhou o Chefe de Estado, defendendo que “cada crime deve ter um castigo”. “A ideia liberal tornou-se obsoleta. Está em conflito com os interesses da grande maioria da população”, frisou.

Em reação a estas declarações, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, avançou que “discorda fortemente” desta posição, enfatizando que o que está “obsoleto” é “o autoritarismo, o culto da personalidade e o domínio de oligarcas”.

Vladimir Putin tem o controlo da Rússia nas mãos há quase duas décadas. Durante estes quase 20 anos, o Presidente tem sido acusado regularmente de apoiar movimento populistas financeiramente e através das redes sociais.

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Novos imigrantes aumentam 51%. Estão a vir mais do Bangladesh e Nepal

  • Lusa e ECO
  • 28 Junho 2019

Mais de 93 mil estrangeiros adquiriram autorizações de residência em Portugal em 2018, mais 51,7% que em 2017. Entre os novos destacam-se os cidadãos do Bangladesh e Nepal.

Mais de 93 mil estrangeiros adquiriram novas autorizações de residência em Portugal em 2018, que aumentaram 51,7% em relação a 2017, e entre os novos imigrantes destaca-se os cidadãos oriundos do Bangladesh e Nepal, segundo um relatório do SEF.

“No que diz respeito ao fluxo migratório, mantém-se a tendência de subida de novos títulos emitidos (93.154), com um aumento de 51,7% face ao ano anterior (61.413) e perto do dobro em relação a 2016 (46.921)”, indica o Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo (RIFA) de 2018, divulgado por ocasião do 43.º Aniversário do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) que se assinala esta sexta-feira.

O relatório sustenta que este aumento é explicado “em grande medida pelo crescimento do número de nacionais da União Europeia a residir em Portugal (33,7% do total). Apesar das nacionalidades mais relevantes que adquiriram novos títulos em 2018 serem a brasileira (28.210), italiana (6.989), francesa (5.306) e britânica (5.079), os cidadãos oriundos do Bangladeche aumentaram 165,1% no ano passado face a 2017, totalizando 5.325.

O RIFA indica também que os cidadãos oriundos do Nepal aumentaram 141,2% no ano passado (11.489) e os indianos subiram 127,3% (11.393), bem como os venezuelanos, que cresceram 83,2% (4.740). Segundo o mesmo documento, os motivos mais relevantes para atribuição de novas autorizações de residência foram o reagrupamento familiar, o exercício de uma atividade profissional e o estudo.

Como noticiou o Público (acesso pago), muitos cidadãos do Bangladesh e Nepal têm vindo a Portugal para trabalhar em atividades de exploração agrícola, a regiões como Odemira. Em destaque, as explorações de morangos, mirtilos e tomates.

No âmbito do regime especial de autorização de residência para atividade de investimento (ARI), conhecido por vistos gold, o relatório refere que em 2018 foi concluída a instrução com decisão favorável de 1.409 processos de ARI e de 2.500 referentes a reagrupamento familiar. No final de 2018 foram ainda emitidos 1.256 primeiros títulos de residência a investidores e 2.292 a familiares.

Segundo o SEF, o investimento total realizado ascendeu a cerca de 848 milhões de euros, dos quais aproximadamente 762 milhões de euros referentes às 1.332 operações de aquisição de imóveis. As 72 operações de transferência de capital em valor igual ou superior a um milhão de euros totalizaram cerca de 76 milhões de euros e no ano passado foram concedidas cinco ARI pela criação de pelo menos 10 postos de trabalho.

Pedidos de nacionalidade em máximos de cinco anos

Mais de 41 mil cidadãos estrangeiros pediram a nacionalidade portuguesa em 2018, o valor mais elevado dos últimos cinco anos, revela o mesmo relatório.

Foram registadas no ano passado um total de 41.324 pedidos de aquisição de nacionalidade portuguesa, verificando-se “um aumento expressivo” face a 2017 (10,9%). O relatório adianta que o SEF emitiu 33.839 pareceres, 32.414 dos quais positivos e 1.425 negativos.

Segundo o documento, quem mais adquiriu a nacionalidade portuguesa em 2018 foram os naturais do Brasil (11.586), Israel (4.289), Cabo Verde (4.259), Angola (1.953) e Ucrânia (1.849).

Num outro indicador, o relatório do SED revela que os estrangeiros barrados nos postos de fronteira, principalmente no aeroporto de Lisboa, por não reunirem as condições legais para entrar no país aumentaram 75,4% em 2018 face a 2017. O relatório avança que cerca de 75% das recusas de entrada incidiram sobre cidadãos do Brasil (2.866), Angola (168), Paraguai (121), Guiné-Bissau (58) e Moldávia (52).

(Notícia atualizada às 10h48 com mais informações)

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Revista de imprensa internacional

Trump volta a ameaçar China com mais tarifas e Notre Dame em risco, alertam os arquitetos. Esta e outras notícias marcam o último dia desta semana.

Trump volta a ameaçar a China com mais tarifas, no arranque da cimeira do G20. Em França, Norte Dame pode não ser completamente recuperável e o Twitter vai passar a sinalizar as mensagens de políticos que violem as regras da plataformas. Netflix pagou apenas três mil euros em impostos em Espanha e o Hans Zimmer está a trabalhar na experiência sonora dos automóveis elétricos da BMW.

The Guardian

Trump ameaça China com mais tarifas e sugere que Vietname pode ser o próximo alvo

O arranque da cimeira do G20 ficou marcado pelas ameaças de Donald Trump à China e ao Vietname, sinalizando a aplicação de mais tarifas aduaneiras ao primeiro e sugerindo que esse segundo país poderá ser o próximo alvo da guerra comercial. “Muitas empresas estão a mudar-se para o Vietname, mas o Vietname aproveita-se de nós ainda mais do que a China. Portanto, há uma situação interessante aqui”, disse o líder norte-americano. Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre / conteúdo em inglês).

Financial Times

Arquitetos dizem que Notre Dame ainda não está estável

Os arquitetos franceses encarregues pela restauração da Catedral Notre Dame garantem que estão a enfrentar grandes desafios nas obras e alertam que ainda não é claro se o monumento, que foi devastado por um fogo em abril, pode ser recuperado integralmente. Os responsáveis avançam também que a “estabilidade” dos arcos da catedral ainda não está assegurada. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago / conteúdo em inglês).

The Wall Street Journal

Twitter vai sinalizar tweets de políticos que violem regras

O Twitter vai passar a sinalizar os tweets dos políticos e chefes de Governo mundiais que violem as regras desta rede social, num momento em que têm crescido os apelos ao reforço da luta contra a divulgação de informação falsa e do discurso de ódio. Até agora, o Twitter tinha estado relutante em marcar as mensagens destas figuras proeminentes, por considerar que a sua divulgação era do interesse público. Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso pago / conteúdo em inglês).

TechCrunh

Hans Zimmer está a compor som dos automóveis elétricos da BMW

Que barulho faz o seu carro? O dos próximos automóveis elétricos da BMW está a cargo do conhecido compositor alemão Hans Zimmer, responsável pela banda sonora de clássicos do cinema como o “Rei Leão”. Zimmer está a trabalhar com Renzo Vitale, um engenheiro da acústica e designer de som, para dar ao condutor uma sensação sonora semelhante à de estar a conduzir uma viatura com um motor de combustão interna. Leia a notícia completa no TechCrunch (acesso livre / conteúdo em inglês).

Cinco Días

Netflix pagou três mil euros em impostos no seu primeiro ano em Espanha

No seu primeiro ano em Espanha, a Netflix pagou apenas 3.146 em impostos, o que reflete uma taxa equivalente à taxa de IRS cobrada a um trabalhador que ganhe 24 mil euros anualmente. De notar que o Netflix disponibiliza a sua plataforma, desde 2015, aos clientes espanhóis, mas até 2018 tinha operado a partir de uma subsidiária holandesa, não tendo, portanto, pago qualquer imposto ao Fisco espanhol até 2018, ano em que a gigante do streaming criou duas sociedades em Espanha. Foi a essas sociedade que foram cobrados os tais três mil euros de imposto. Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre / conteúdo em espanhol).

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Juros da dívida em mínimos a dois, cinco e dez anos

  • Lusa e ECO
  • 28 Junho 2019

Mais um recorde. Os juros da dívida portuguesa a dois, cinco e dez anos estão em mínimos de sempre. Os juros a dez anos estão a recuar para 0,473%.

Os juros da dívida portuguesa estavam a descer, esta sexta-feira, para mínimos de sempre a dois, cinco e dez anos. Cerca das 08h45 em Lisboa, os juros a dez anos estavam a descer para 0,473%, um mínimo de sempre que já tinha sido registado anteriormente, e que compara com 0,478% de quinta-feira.

No prazo de cinco anos, os juros, que entraram pela primeira vez em terreno negativo em 28 de maio, estavam a recuar para -0,164%, um mínimo de sempre, contra -0,160% na quinta-feira. No mesmo sentido, os juros a dois estavam a cair para -0,437%, um mínimo de sempre, contra -0,429% na quinta-feira.

Portugal tem vindo a beneficiar nos últimos meses da renovada confiança dos investidores. No final de maio, a agência norte-americana Fitch anunciou a subida da perspetiva da dívida portuguesa para “positiva” da anterior categoria “estável”, sustentada na previsão de que “a recente descida do rácio de endividamento possa ser mantida”, o que tem contribuído para esse sentimento. Ainda que não tenha subido o rating, a agência abriu a porta a fazê-lo em novembro quando fizer nova avaliação, já após as eleições legislativas.

Além disso, na semana passada, Portugal foi ao mercado e conseguiu os juros mais baixos de sempre para emitir dívida a 11 meses. No caso dos títulos com maturidade a 15 de maio de 2020, foram emitidos 1.000 milhões a uma taxa negativa de -0,395%. O valor compara com a taxa de juro negativa de -0,368% registada no último leilão de BT a 11 meses, realizado em abril.

Ainda esta sexta-feira, os juros de Espanha e Irlanda subiam em todos os prazos. Em sentido inverso, os juros de Itália e Grécia desciam em todos os prazos.

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Acordo da Coleção Berardo “desprotegeu de forma inaceitável” o Estado

  • Lusa
  • 28 Junho 2019

Jorge Barreto Xavier considerou que o acordo de 2006 para a criação do Museu Berardo "desprotegeu de forma inaceitável a posição do Estado" e criou condições de exceção.

O ex-secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, considerou que o acordo assinado em 2006 para a criação do Museu Berardo “desprotegeu de forma inaceitável a posição do Estado”, criando condições de exceção. Contactado pela agência Lusa, o titular da Secretaria de Estado da Cultura, entre 2012 e 2015, contou que, quando esteve em funções, e leu o protocolo que estabelece o acordo sobre a cedência da Coleção Berardo, com 862 obras de arte, os termos pareceram-lhe “inacreditáveis”.

Uma cláusula do protocolo assinado entre o Estado e o colecionador José Berardo para a criação do museu no Centro Cultural de Belém (CCB), impede qualquer classificação da Coleção Berardo, caso o Estado não exerça o seu direito de opção de compra. Pela cedência gratuita, por dez anos, das obras — avaliadas, na altura, em 316 milhões de euros pela leiloeira internacional Christie’s — e pelo direito de opção de compra, o Estado, no caso de não comprar a coleção, aceitou, segundo a cláusula, “não classificar, ao abrigo da atual e/ou futura legislação nacional, e/ou comunitária de proteção do património cultural a Coleção Berardo, e/ou qualquer das peças que a integre”, lê-se no documento a que a Lusa teve acesso há duas semanas.

A outra contrapartida exigida por Berardo na negociação do acordo, determina que o Estado se comprometa a “não colocar entraves à saída de Portugal e/ou do espaço comunitário, ao abrigo da atual ou futura legislação de proteção de património cultural, caso venha a cessar o comodato” entre ambos. Tal significa que, caso o acordo entre as partes termine, José Berardo poderá dispor da sua coleção de arte como entender, e fazê-la sair de Portugal ou da Europa, sem que o Estado a possa classificar ou impedir de deixar o país.

Jorge Barreto Xavier considera que o protocolo que foi celebrado em 2006 “não protegeu adequadamente a posição e o interesse do Estado, enquanto pessoa pública que nos representa a nós todos”. “Obviamente que, do lado do comendador Berardo terão procurado obter a melhor posição, mas os negociadores em nome do Estado deviam ter tido uma posição que não permitisse o desequilíbrio manifesto entre a proteção da posição do Estado e do col

Quando o acordo foi assinado, na vigência do primeiro-ministro José Sócrates, era ministra da Cultura Isabel Pires de Lima, que foi sucedida no cargo por José António Pinto Ribeiro e, depois, por Gabriela Canavilhas. Barreto Xavier foi nomeado para liderar a área da Cultura já na chefia governativa de Pedro Passos Coelho, cujo Governo deixou de ter Ministério da Cultura e passou a Secretaria de Estado, na dependência do primeiro-ministro.

“Eu sempre considerei importante que a coleção se mantivesse no CCB”, comentou o ex-secretário de Estado, admitindo que é “indiscutível que é notável e muito importante no panorama da arte nacional e internacional”. Relatou que, quando entrou em funções e leu o protocolo ficou “boquiaberto”: “Os termos pareceram-me inacreditáveis”, recordou, em declarações à Lusa. “O Estado desprotegeu de forma inaceitável a sua posição, criando condições de exceção, na não classificação das obras e na possibilidade na sua venda, que são profundamente desiguais”, apontou.

Jorge Barreto Xavier considera que “não faz sentido”, e que “é preciso saber como aconteceu”: “Isso é uma responsabilidade direta de quem, na altura, negociou o conteúdo desse protocolo, e aceitou que fosse celebrado naqueles termos. É a essas pessoas que deverá ser perguntado como foi possível terem aceitado estas condições”.

Isabel Pires de Lima era a ministra que tutelava a pasta da Cultura, na altura, e que acompanhou as negociações deste acordo com Berardo. A Lusa pediu uma reação à ex-ministra, atualmente membro do Conselho de Administração da Fundação de Serralves, no Porto, mas Isabel Pires de Lima não quis fazer declarações.

Em maio último, em declarações à Lusa sobre a polémica das dívidas de Berardo à banca e os riscos para a coleção de arte, a ex-ministra disse que a possibilidade de “perder a Coleção Berardo é gravíssima”, e defendeu que “todas as soluções são boas” para manter as obras de arte com acesso público, em Portugal. Recordou, na altura, que, desde o início, defendeu a compra da coleção. “O Estado deveria ter comprado logo a coleção”, em 2006, afirmou. “Na altura, havia alguma disponibilidade do comendador Berardo para vender, mas a questão nunca chegou a ser realmente equacionada porque o Estado não tinha condições para isso”, recordou a ex-ministra.

Lembrou ainda que tentou propor a José Berardo a doação da coleção para criar o museu, que viria a abrir em 2007, com as 836 obras avaliadas em 316 milhões de euros, mas o empresário e colecionador madeirense recusou. “Mas teria sido muito bem comprada nessa altura. Eu sei que a leiloeira [Christie’s] estava interessada nela. Por isso fizeram um valor da avaliação muito por baixo, na esperança de a comprarem. A Coleção Berardo vale muito mais do que esse valor. Só as obras mais importantes do conjunto valem os 316 milhões”, garantiu a antiga governante à Lusa.

A professora catedrática lamentou que o Estado não a tenha adquirido, “porque é realmente boa, quer na componente de arte moderna, quer contemporânea, pouco representada em Portugal”. Isabel Pires de Lima viria a ser afastada do cargo, numa pequena remodelação do Governo de José Sócrates, sendo substituída pelo advogado José António Pinto Ribeiro.

A polémica em torno da coleção — que inclui obras raras de Jean Dubuffet, Joan Miró, Yves Klein e Piet Mondrian — surgiu em maio, altura em que Berardo foi questionado no parlamento sobre as dívidas de cerca de mil milhões de euros ao BCP, CGD e Novo Banco. O colecionador disse que a coleção de arte pertencia à associação em seu nome, dando a entender que os bancos não poderiam aceder-lhe.

Barreto Xavier disse à Lusa que este caso “é muito complicado” e de “contornos jurídicos complexos, de difícil solução”. Questionado pela Lusa sobre se tentou rever o acordo com José Berardo enquanto foi responsável pela Cultura, o ex-secretário de Estado disse que fez tentativas nesse sentido. “A relação com Berardo foi institucional, em que eu procurei sempre manter o interesse do Estado em termos da presença da coleção, e da sua disponibilidade aos portugueses. Nem sempre foi fácil encontrar acordo, nomeadamente sobre os encargos que ela trazia para a Fundação Berardo”, recordou.

A Fundação de Arte Moderna e Contemporânea — Coleção Berardo foi criada no âmbito do acordo de 2006, com a participação do colecionador, do Estado, através do Ministério da Cultura, e da Fundação CCB, que acolheu o conjunto de obras nos espaços do CCB, onde ainda se encontra aberta ao público, recebendo anualmente uma dotação orçamental pública.

“Na altura defendíamos, por exemplo a importância das entradas não serem gratuitas, mas, em vez disso, terem um valor mínimo, pois era uma situação desequilibrada, nomeadamente em relação aos museus públicos, e não havia razões para uma situação de exceção”, sustentou o gestor cultural e professor universitário. “Queríamos uma situação equiparada. Não foi fácil de negociar”, recordou, acrescentando que procurou “encontrar condições para alterar o desequilíbrio manifesto do protocolo”.

Barreto Xavier e Berardo tiveram “reuniões nesse sentido, mas o interesse da parte do comendador, obviamente não existia, porque ele não tinha interesse em perder vantagens”. “Foi uma troca profundamente desigual porque a utilização de um espaço como o CCB, um dos mais nobres do país, por dez anos, se fosse com um contrato de arrendamento, teria um valor muito relevante”.

Para o ex-secretário de Estado, “a contrapartida da exposição da coleção parece adequada, porque há uma vantagem mútua, mas com a condição adicional da impossibilidade de classificar, entre outras limitações, não faz sentido”. Sobre uma futura solução para esta situação, Jorge Barreto Xavier considera que “há questões jurídicas extremamente difíceis” envolvidas, e, nas possibilidades futuras, se se resolver com os bancos a situação de crédito, considera que poderia chegar-se a um acordo entre o Estado e as instituições bancárias, credoras de José Berardo.

Uma hipótese, coloca, seria a de os bancos incorporarem no seu património estas obras “como ativos com valor patrimonial relevante, em vez de ser alienada a coleção, e ser exposta de forma coerente e conjunta”. Na adenda negociada e assinada em 2016 para este protocolo, o Ministério da Cultura, na altura liderado por Luís Filipe Castro Mendes, alterou a situação das entradas gratuitas, que passaram a ser pagas a partir de maio de 2017, para reverterem para as despesas com a programação do museu.

Sobre a possibilidade de as obras saírem do CCB, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, veio dizer, na sequência da polémica, em maio, que o Governo “usará as necessárias medidas legais” para garantir que a coleção continuará inteira e acessível à fruição pública.

A adenda ao acordo, determinou o seu prolongamento por mais seis anos, com a possibilidade de ser renovada automaticamente a partir de 2022, se não for denunciado nos seis meses antes do fim do protocolo.

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Blackstone e “família Lego” oferecem 6,1 mil milhões pela dona da Legoland, Porquinha Pepa e Madame Tussauds

Um grupo de investidores, que inclui a Blackstone e a família dona do império Lego, quer comprar a Merlin Enterteniments por 6,1 mil milhões de dólares. A empresa controla a Legoland e até a Pepa.

O Hotel Legoland, na Florida.Karen Roe/Flickr

Um grupo de investidores de peso, que inclui a Blackstone e a família por detrás do império Lego, fez uma proposta para comprar a Merlin Enterteinments por 6,1 mil milhões de dólares (5,36 mil milhões de euros). A Merlin é a empresa que detém o resort Legoland na Florida, os museus de cera Madame Tussauds, a marca Porquinha Pepa e a roda gigante Coca-Cola London Eye.

Mediante o acordo, noticiado pela Bloomberg (acesso condicionado), os acionistas da Merlin irão receber 455 pence (50 cêntimos) por ação. O valor representa um prémio de 15% face à cotação de fecho desta quinta-feira. As ações da empresa estão a valorizar 14%, na bolsa de Londres, para 450 pence, quase igualando a oferta do grupo de investidores privado. À agência, o chairman da companhia, John Sunderland, disse que a oferta é “muito atrativa”.

Nos últimos meses, têm surgido várias vozes a defender a saída da Merlin da bolsa britânica, com o argumento de que a empresa tem mais potencial se estiver em mãos privadas. Estes investidores defendem que a empresa deve perseguir mais investimentos em novos hotéis e parques Legoland, algo que se torna mais complexo se a empresa tiver o seu capital disperso nos mercados financeiros.

Este é mais um potencial grande negócio a envolver empresas sediadas na Europa. De acordo com dados da Bloomberg, o investimento privado para a compra de empresas europeias de capital público já alcançou os 43,4 mil milhões de dólares (38,17 mil milhões de euros) este ano. Como nota a agência financeira, o investimento ganhou nova dinâmica depois da oferta do grupo KKR para comprar a gigante da comunicação social Axel Springer.

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PCP lamenta que Governo anuncie medidas para a ferrovia apenas “em final de mandato”

  • Lusa
  • 28 Junho 2019

"PCP não pode deixar de lamentar que o Governo tenha recusado a sua implementação durante os últimos três anos e meio e que, só agora, em final de mandato, em vésperas de eleições", diz o PCP.

O Partido Comunista Português (PCP) lamentou que as medidas divulgadas esta quinta-feira pelo Governo para a ferrovia, que contemplam um plano de investimento de 45 milhões de euros, só tenham sido anunciadas “em final de mandato”.

“Valorizando essas medidas, o PCP não pode deixar de lamentar que o Governo tenha recusado a sua implementação durante os últimos três anos e meio e que, só agora, em final de mandato, em vésperas de eleições e pressionado pelas dificuldades na oferta que as suas opções implicaram, tenha decido dar resposta”, criticam, em comunicado, os comunistas.

O PCP não pode deixar de lamentar que o Governo tenha recusado a sua implementação durante os últimos três anos e meio e que, só agora, em final de mandato, em vésperas de eleições e pressionado pelas dificuldades na oferta que as suas opções implicaram, tenha decido dar resposta.

Jerónimo de Sousa

Secretário-geral do PCP

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, anunciou, após a reunião do Conselho de Ministros, um plano de investimento de 45 milhões de euros para recuperar “material circulante encostado” e contratar 187 trabalhadores para a CP e para a Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF).

Pedro Nuno Santos revelou ainda que o Executivo pretende “iniciar o processo de fusão” entre a empresa pública de transporte por caminhos-de-ferro e a empresa de manutenção do material circulante para “otimização dos recursos e melhor articulação”.

No comunicado, “o PCP lamenta apenas que os volumes de investimento anunciados, nove milhões de euros em 2019 e 36 milhões de euros nos restantes, seja manifestamente insuficiente para concretizar o plano agora anunciado”, garantindo que “irá continuar a intervir no sentido de reclamar um maior investimento público”.

“O PCP regista a decisão de avançar para a integração da EMEF na CP até 31 de dezembro de 2019, tomada 20 anos depois da errada e prejudicial saída da EMEF da CP”, sublinha o PCP.

Relativamente à contratação de novos trabalhadores, os comunistas defenderam que essa intenção “seja imediatamente materializada na abertura de concursos e na integração destes trabalhadores na operação”.

“Para o PCP são medidas que devem começar a ser implementadas desde já, não as remetendo para momentos posteriores, iniciando um processo de recuperação do setor ferroviário nacional”, conclui a nota do PCP.

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