Católica lança centro para negócios responsáveis

  • Ricardo Vieira
  • 25 Junho 2019

O centro de conhecimento vai investigar e incutir nos alunos a noção de responsible business.

A Católica-Lisbon lança esta semana o Center for Responsible Business & Leadership, que conta com a a BP Portugal e a Efacec como parceiros fundadores.

Nuno Moreira da Cruz, diretor executivo do projeto, lembra que “o reconhecimento da atual vulnerabilidade do planeta do ponto de vista social e ambiental está, em grande medida, globalmente aceite. Será missão do Centro, através de investigação e formação, cimentar em alunos e executivos essa consciência e ajudar a entender como incluir a noção de Responsible Business nas estratégias corporativas. Com um propósito central: contribuir para que sustentabilidade e liderança responsável sejam as pedras angulares da forma como atuamos no nosso planeta”.

Ângelo Ramalho, CEO da Efacec, justifica a parceria da empresa referindo que “construir uma sociedade energeticamente mais eficiente e sustentável é uma realidade que pauta a atuação diária da Efacec. Porque acreditamos que a inovação sustentável deve estar ao serviço das pessoas, das empresas e da sociedade em geral, assumimos o propósito de criar um futuro mais inteligente para uma vida melhor, desenvolvendo e entregando soluções sustentáveis nas áreas da energia, mobilidade e ambiente. Estamos focados em projetar, cada vez mais, Portugal no Mundo como uma referência de sustentabilidade.

Para Pedro Oliveira, CEO da BP Portugal, cuja empresa também apoia o novo centro de conhecimento da Católica-Lisbon, a temática é relevante já que “as empresas bem-sucedidas no futuro serão as que forem percebidas por todos como tendo a coragem de ser genuínas e socialmente responsáveis, com tudo o que isto implica, dando evidências de terem a coragem de errar e acertar e mostrando que têm mais do que tudo a coragem de acreditar no futuro”.

A instituição dará a conhecer outros objetivos do projeto, esta quarta-feira, 27 de junho, dia em que recebe Steven Serneels, CEO da European Venture Philanthropy Association, reconhecido pela defesa de estratégias de sustentabilidade para as empresas. Serneels será o keynote speaker da conferência “Responsible Business: Now is the time (strategy and call for action)”. O evento é de entrada livre.

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Vitacress abdica de área de cultivo para promover biodiversidade

  • Ricardo Vieira
  • 25 Junho 2019

A empresa do sudoeste alentejano reserva 12% das quintasa faixas de flores para promover a biodiversidade.

A Vitacress, empresa nacional de produção de agrícola, foi distinguida pelo trabalho de sustentabilidade ambiental que desenvolve. A empresa abdicou de 12% de área de exploração, que agora é ocupada com faixas de flores que promovem a biodiversidade. Além de atrair polinizadores, esta zona promove o aparecimento de outros insetos que servem de alimento a outras espécies.

A empresa portuguesa “foi uma das entidades pioneiras na implementação deste programa internacional que contribui para o aumento da biodiversidade no setor agrícola, promovendo a criação de habitats propícios à proliferação de espécies de insetos polinizadores”, refere em comunicado.

Distinção foi entregue pela Syngenta a Clarisse Boto, agrónoma da VitacressD.R.

“Desde há muito tempo que a Vitacress tem um cuidado acrescido na promoção de práticas de sustentabilidade ambiental que permitem preservar a biodiversidade existente nas nossas quintas. O reconhecimento atribuído pela Syngenta vem confirmar que a nossa política de inovação nesta área está a dar os seus frutos e que, desta forma, estamos a contribuir para melhorar o habitat de todas as espécies que convivem connosco diariamente”, afirma Luís Mesquita Dias, diretor-geral.

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Preço das casas subiu 9% no primeiro trimestre. Mas ritmo está a abrandar

O preço das casas subiu 9,2% no primeiro trimestre, embora o ritmo de crescimento esteja a abrandar. Já o número de casas vendidas desacelerou pelo terceiro trimestre consecutivo.

Os preços das casas voltaram a subir no primeiro trimestre, embora a um ritmo mais lento. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o Índice de Preços da Habitação (IPHab) aumentou 9,2% no espaço de um ano, um valor que cai para os 3,6% quando comparado com o final do ano passado. Neste período, o número de casas vendidas aumentou 7,6% para um total de 6,1 mil milhões de euros.

A subida foi de 9,2% entre o primeiro trimestre deste ano e o mesmo trimestre do ano anterior, contudo, houve uma desaceleração no ritmo de crescimento: entre o primeiro trimestre de 2017 e o primeiro trimestre de 2018 os preços tinham subido mais de 12%. Comparando com o último trimestre do ano passado, também houve um abrandamento de 0,1 pontos percentuais (p.p.), período em que se observou uma subida de 9,3% nos preços.

Índice de Preços da Habitação (IPHab): Taxa de variação homóloga | Fonte: INE

Embora esta dinâmica de subida dos preços no primeiro trimestre tenha sido comum aos dois tipos de habitações, foi mais acentuada nas habitações existentes (10%) do que nas habitações novas (6%). Contudo, em termos de ritmos de crescimento, os preços das casas existentes aceleraram 0,5 p.p. face ao último trimestre do ano passado, enquanto os preços das novas desaceleraram.

Vendas desaceleram pelo terceiro trimestre consecutivo

Nos primeiros três meses do ano foram transacionadas 43.826 habitações, um aumento de 7,6% face ao mesmo período do ano passado, “Este foi o terceiro trimestre consecutivo em que se observou uma desaceleração no número de vendas de habitações, sendo aquele que registou a mais baixa taxa de variação homóloga dos últimos quatro anos”, refere o INE.

As transações de habitações existentes totalizaram 37.436 unidades, mais 7,5% do que em período homólogo. Já as habitações novas representaram 14,6% do total de transações, totalizando 6.390 unidades, um aumento de 8,4% face ao primeiro trimestre do ano passado.

Em termos de volume, as habitações transacionadas totalizaram 6,1 mil milhões de euros, um montante que aumentou 12,9% face ao mesmo trimestre do ano anterior. Desse total, cinco mil milhões disseram respeito a habitações existentes, enquanto 1,1 mil milhões a habitações novas. “Este foi o terceiro trimestre consecutivo em que o ritmo de crescimento do valor das transações dos alojamentos novos superou o dos alojamentos existentes”, refere o INE.

(Notícia atualizada às 12h02 com mais informação)

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Miguel Frasquilho não concordou com forma de atribuição de prémios na TAP

  • ECO
  • 25 Junho 2019

O presidente do conselho de administração da TAP garante que manifestou discordância com a forma de atribuir prémios na empresa, depois desta distribuição já ter acontecido.

O presidente do conselho de administração da TAP admite que não concordou com a forma como a comissão executiva da empresa atribuiu prémios a alguns trabalhadores. Miguel Frasquilho garante ainda que estão a ser criados mecanismos para evitar que a situação se repita.

” [Tive] oportunidade de me manifestar, obviamente, já depois de ter acontecido, de que de facto não concordava com o que tinha sucedido“, adiantou o presidente do conselho de administração da companhia aérea em entrevista à Antena 1 (acesso livre), referindo-se à decisão de atribuir prémios a cerca de duas centenas de trabalhadores depois de um ano de prejuízos.

Agora, porém, o assunto “está encerrado” e “estão garantidas as condições para que não volte a ocorrer”, assegurou. Está na calha para criação uma comissão para Recursos Humanos que abordará todos estes assuntos“, revelou. “Será complementar a duas outras comissões que também foram criadas no ano passado que permitem aos administradores não executivos acompanhar mais de perto toda a vida da empresa”, explica.

Para além disto, “há também o compromisso da comissão executiva de, em cada orçamento a partir de agora, destacar o montante de prémios previsto para ser atribuído no ano seguinte e a forma como esses prémios serão atribuídos“, garantiu o presidente do conselho de administração da TAP.

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Banco de fomento alarga rede de intermediários e passa a trabalhar com sociedades de investimento

Está aberto o processo de pré-qualificação para escolher as sociedades de investimento que vão trabalhar com o banco de fomento como intermediários financeiros para a operação "Restart and Modernise".

O banco de fomento, banco grossista que tem como missão operacionalizar soluções de financiamento que permitam colmatar falhas de mercado no acesso das PME ao financiamento, vai alargar o seu âmbito de atividade. Para além das instituições financeiras financeiras, também as sociedades de investimento vão passar a ser intermediárias da Instituição Financeira de Desenvolvimento.

A IFD foi criada como banco promocional que visa passar para a economia soluções de financiamento para colmatar falhas de mercado e a preços mais vantajosos graças ao seu financiamento através de fundos do Portugal 2020, que estavam nos programas operacionais regionais destinados a instrumentos financeiros. Mas a Comissão Europeia deu luz verde a um alargamento das suas atividades e a IFD passou a poder fazer operações on lending. Ou seja, “conceder empréstimos através de instrumentos intermediados, emprestando às instituições de crédito ou às sociedades de investimento a operar em Portugal fundos que obtém de outras entidades congéneres ou multilaterais”, como por exemplo o Banco Europeu de Investimento (BEI) ou o Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa (CEB).

Ora com este alargamento de competências, foi também necessário alargar o âmbito de potenciais intermediários financeiros também às sociedades de investimento. “De forma a potenciar os seus efeitos na economia real, o presente Aviso alarga a abrangência do conceito de “Intermediário Financeiro”, nas operações intermediadas pela IFD, passando a englobar, para além das instituições de crédito, as sociedades de investimento. Desse modo, a IFD irá estabelecer relações contratuais com este tipo de entidades que, depois, proporcionarão financiamento aos beneficiários finais, de acordo com critérios previamente estabelecidos”, pode ler-se no aviso publicado esta terça-feira em Diário da República.

Nesse mesmo aviso, a IFD anuncia que está aberto um processo de pré-qualificação para selecionar as entidades que vão trabalhar com o banco como intermediários financeiros para a operação “Restart and Modernise”, destinado a PME viáveis.

As entidades que selecionadas serão posteriormente convidadas a participar em procedimentos pré-contratuais, que “incluirão sempre uma fase de negociação, com vista à canalização dos fundos obtidos ou que venha a obter”. Mas a IFD explica que para garantir uma concorrência efetiva, “a qualificação poderá ser obtida a todo o tempo, pelo que as entidades que não manifestarem agora o seu interesse poderão fazê-lo a qualquer momento”, sublinha o aviso.

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Portugal foi o país que mais falhou na implementação de medidas anticorrupção em 2018, diz Conselho da Europa

Relatório de 2018 do Conselho da Europa mostra que o país está entre os que menos implementaram recomendações contra a corrupção vindas de Estrasburgo. Juízes e deputados têm mais medidas em falta.

A falta de meios no combate à corrupção em Portugal não é propriamente um tema novo, mas o papel dos deputados, procuradores e juízes na sua prevenção também não tem sido o mais eficiente, dado que o país é o que tem menos recomendações do Grupo de Estados Contra a Corrupção (GRECO) implementadas o ano passado. Na classe dos juízes não foram implementadas nenhumas das recomendações.

Segundo o último relatório do GRECO — o órgão do Conselho da Europa que monitoriza medidas anticorrupção entre Estados europeus e os Estados Unidos — relativo a 2018, Portugal foi o país com a proporção mais elevada de recomendações anticorrupção não implementadas (73%), e ficou entre os nove países com maior número de sugestões que não foram seguidas — 11 no total.

Acima de Portugal só a Turquia, que contou com 26 recomendações não implementadas em 2018 (70% em proporção). A Portugal seguem-se a Grécia e a Sérvia, que totalizaram dez recomendações em falta.

Ao nível das medidas só parcialmente implementadas, Portugal também não ficou bem na fotografia, já que registou apenas 93%, ainda que a vizinha Espanha, a Sérvia e a Bósnia Herzegovina tenham obtido 100% na percentagem de medidas só parcialmente implementadas, aponta o relatório.

O Conselho da Europa destaca ainda as medidas de prevenção e combate à corrupção que foram implementadas entre deputados, juízes e procuradores. A este nível, Portugal ficou destacado no grupo de países que não adotou por completo as recomendações do GRECO no que diz respeito às duas primeiras classes.

Recomendações do GRECO implementadas em Portugal em 2018 entre deputados, juízes e procuradores. O verde refere-se à percentagem de medidas implementadas, o vermelho indica a percentagem das que não foram implementadas, e o amarelo às que foram implementadas parcialmente.

Segundo o gráfico, a classe dos juízes não implementou nenhuma das recomendações deste grupo do Conselho da Europa em 2018. Os deputados adotaram parcialmente 60% de recomendações, mas 40% ficou por implementar. Já entre a classe dos procuradores, 25% das recomendações feitas foram já implementadas, mas os restantes 75% ainda estão por cimentar.

Portugal acabou a registar uma posição muito abaixo da média, já que esta ficou, no total entre os 35 Estados membros deste órgão que foram avaliados, nos 33,9% no caso das medidas que foram implementadas, nos 36,6% nas que foram implementadas parcialmente, e as que não foram de todo adotadas registaram uma média de apenas 29,5%.

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Revista de imprensa internacional

O Irão não vê forma de reabrir a via diplomática com os EUA depois da imposição de novas sanções por parte do Presidente Trump. Esta e outras notícias estão a marcar a atualidade internacional.

Estão cada vez mais tensas as relações entre os EUA e o Irão, e um responsável iraniano já admite que as novas sanções norte-americanas representam o encerramento permanente da via diplomática entre os dois países. Numa altura em que o mundo se prepara para a cimeira do G20, surge ainda a notícia de que, nos últimos anos, os países do grupo quase triplicaram os subsídios às centrais de energia a carvão, apesar da crise climática.

The Guardian

Sanções dos EUA ao Irão “fecham o caminho da diplomacia”

O presidente iraniano, Hassan Rohani, acusou os EUA de não quererem negociar com o Teerão, após o anúncio de novas sanções contra o supremo líder iraniano, Ayatollah Ali Khamenei, e contra o ministro das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif. No rescaldo do anúncio de novas sanções dos Estados Unidos contra o Irão, um porta-voz iraniano considerou que as sanções norte-americanas “fecham permanentemente o caminho da diplomacia”. Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês).

The Guardian

Países do G20 triplicaram subsídios ao carvão em plena crise climática

Os países do G20 quase triplicaram os subsídios dados às centrais de produção de energia a carvão, apesar da necessidade urgente de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa para aliviar a crise das alterações climáticas. O Japão é o principal financiador da queima de carvão natural para a produção de eletricidade. A conclusão é do Overseas Development Institute e surge a poucos dias do início da cimeira do G20, marcado para esta sexta-feira. Leia a notícia completa no The Guardian (acesso gratuito, conteúdo em inglês).

Reuters

Alívio fiscal prometido por Boris Johnson custaria 20 mil milhões por ano

Caso vença a corrida ao cargo deixado vago por Theresa May, Boris Johnson já prometeu que cortará os impostos, mas, se tal acontecer, o Estado britânico arrisca perder 20 mil milhões de libras por ano. O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros e agora candidato à liderança do partido Tory e, consequentemente, do Executivo britânico adiantou que irá, por exemplo, subir o patamar a partir do qual a taxa de IRS é mais acentuada e aumentar o teto mínimo a partir do qual os trabalhadores têm de descontar para a Segurança Social. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Cinco Días

Presidência do El Corte Inglés volta a mudar. Marta Álvares sucede Nuño de la Rosa

O El Corte Inglés está prestes a sofrer a segunda mudança na sua presidência em um ano. No final do próximo mês, Marta Álvarez deverá ser nomeada para a liderança da cadeia de retalho, sucedendo Jesús Nuño de la Rosa e consagrando-se a primeira presidente mulher da gigante espanhola. Marta Álvarez — uma das herdeiras do histórico presidente do grupo Isidoro Álvarez — não terá, contudo, funções executivas. Essas ficarão nas mãos de Nuño de la Rosa, que voltará ao cargo de CEO, posição que vai partilhar com Víctor del Pozo. Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Financial Times

Alphabet quer transformar parte de Toronto numa smart city do futuro

A Sidewalk Lab, detida pela mesma empresa que é dona da Google, anunciou planos para transformar uma parte de Toronto numa cidade inteligente do futuro, em que os dados recolhidos pelos sensores terão um papel central. A ideia passa por transformar uma zona da cidade canadiana numa verdadeira smart city do futuro, com semáforos inteligentes, ciclovias e pavimento aquecido na via pública, para tornar o inverno menos agreste. O início dos trabalhos de construção está previsto para 2022. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

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Juros da dívida de Portugal caem para mínimos de sempre a dois e dez anos

  • Lusa e ECO
  • 25 Junho 2019

Os juros da dívida portuguesa negoceiam em terreno negativo esta manhã em todos os prazos, a dois e dez anos para mínimos de sempre.

Os juros da dívida portuguesa estavam a descer, esta terça-feira, em todos os prazos, a dois e dez anos para mínimos de sempre. Cerca das 8h35 em Lisboa, os juros a dez anos estavam a cair para 0,516%, um mínimo de sempre, contra 0,522% na segunda-feira.

No prazo de cinco anos, os juros, que entraram pela primeira vez em terreno negativo a 28 de maio, estavam a recuar para -0,120%, contra -0,119% na segunda-feira e o mínimo de sempre, de -0,153%, em 18 de junho. Os juros a dois aos desciam para -0,417%, um mínimo de sempre, contra -0,409% na segunda-feira.

Portugal tem vindo a beneficiar nos últimos meses da renovada confiança dos investidores. No final de maio, a agência norte-americana Fitch anunciou a subida da perspetiva da dívida portuguesa para “positiva” da anterior categoria “estável”, sustentada na previsão de que “a recente descida do rácio de endividamento possa ser mantida”, o que tem contribuído para esse sentimento. Ainda que não tenha subido o rating, a agência abriu a porta a fazê-lo em novembro quando fizer nova avaliação, já após as eleições legislativas.

Além disso, na semana passada, Portugal foi ao mercado e conseguiu os juros mais baixos de sempre para emitir dívida a 11 meses. No caso dos títulos com maturidade a 15 de maio de 2020, foram emitidos 1.000 milhões a uma taxa negativa de -0,395%. O valor compara com a taxa de juro negativa de -0,368% registada no último leilão de BT a 11 meses, realizado em abril.

Nota ainda para os juros de Espanha e Irlanda, que desciam, esta manhã, em todos os prazos, enquanto em sentido inverso os da Grécia e de Itália subiam em todos os prazos. Por outro lado, a juro das bunds alemãs (a dez anos) também estão a negociar em terreno negativo, caindo para -0,332%.

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PSD quer travar dividendos nos bancos com créditos fiscais

  • ECO
  • 25 Junho 2019

O PSD quer acelerar a passagem dos bancos para o novo regime fiscal das imparidades. Propôs que aqueles que permanecerem no antigo regime não possam distribuir dividendos ou comprar ações próprias.

Os bancos que continuem a adiar a dedução de ativos por impostos diferidos poderão ficar impedidos de distribuir dividendos e de comprar ações próprias, ao abrigo de uma alteração ao novo regime de imparidades proposta pelo PSD, que está a ser discutido no Parlamento. A notícia foi avançada pelo Jornal de Negócios (acesso pago).

Ao abrigo de uma proposta do Governo, os deputados pretendem harmonizar, a nível fiscal e contabilístico, o registo das imparidades, para que os bancos passem a poder deduzir estes gastos ao IRC no mesmo ano em que os mesmos são reconhecidos contabilisticamente. Ou seja, na prática, o Executivo pretende evitar criar mais créditos fiscais aos bancos, como explicou o jornal.

A proposta do Governo prevê um período de transição de cinco anos, período durante o qual a adesão às novas regras é apenas opcional. Mas os sociais-democratas querem acelerar a transição para o novo regime. Nesse sentido, o PSD avança com uma proposta de alteração para limitar a distribuição de dividendos ou aquisições de ações próprias durante cada ano em que os bancos permaneçam no regime antigo.

Ao Jornal de Negócios, o social-democrata António Leitão Amaro explicou que a medida visa obrigar os acionistas dos bancos a acompanharem “o esforço realizado pelos contribuintes”. “Se se considera que é necessário o período de adaptação para que algumas instituições financeiras não sofram consequências ao nível de necessidades de capital, então não faz sentido que os contribuintes façam um esforço e que depois haja descapitalização através da distribuição de dividendos”, desenvolveu o deputado.

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Acionista e antigo gestor do ex-BESA contestaram acusação do BES em Luanda

  • Lusa
  • 25 Junho 2019

Um acionista e um ex-gestor do antigo BES contestaram a acusação do BES às decisões que tomaram numa assembleia-geral em 2014.

Pelo menos um acionista e um ex-gestor do antigo Banco Espírito Santo Angola (BESA) contestaram a acusação do BES às decisões que tomaram numa assembleia-geral em 2014, em Luanda, disse à Lusa fonte ligada ao processo.

Em causa está uma das várias ações judiciais que correm nos tribunais de Luanda, interpostas pela comissão liquidatária Banco Espírito Santo (BES), contestando decisões tomadas pelo Banco Nacional de Angola (BNA) e pelos acionistas do ex-BESA em assembleia-geral, em 2014, que terão conduzido à perda de participação do BES naquele banco angolano, transformado então Banco Económico.

De acordo com a mesma fonte, o prazo para a contestação terminou no dia 16 de junho e pelo menos a Geni – atualmente com uma participação de 19,9% no Banco Económico – e Carlos Silva, empresário e antigo gestor do BESA, contestaram as acusações, de acordo com os documentos recolhidos até ao momento, confirmou à Lusa a mesma fonte.

Apesar de ter criticado a notificação de testemunhas por publicação num edital público, o empresário Álvaro Sobrinho, ex-presidente executivo do antigo BESA, não apresentou contestação relativa à acusação, adiantou a mesma fonte.

O banqueiro luso-angolano Carlos Silva, atualmente presidente do Banco Privado Atlântico (BPA), foi também uma das testemunhas do julgamento do processo Fizz, que decorreu em Lisboa, envolvendo o ex-vice-Presidente de Angola e antigo presidente da Sonangol, Manuel Vicente.

A Geni, segundo declarações públicas de Álvaro Sobrinho, é uma empresa representada pelo general Leopoldino do Nascimento ‘Dino’ e participada ainda por Manuel Vicente e pelo general Hélder Vieira Dias ‘Kopelipa’, ministro de Estado e chefe da Casa Militar durante a presidência de José Eduardo dos Santos.

De acordo com o Relatório e Contas do BES de 2017, no dia 04 de agosto de 2014, o Conselho de Administração do BNA deliberou a adoção de medidas extraordinárias de saneamento do BES Angola (BESA) e procedeu à nomeação de administradores provisórios para a instituição financeira.

No âmbito deste processo de saneamento do BESA, a 20 de outubro do mesmo ano o banco central determinou a adoção pelos então acionistas do BESA, entre eles ainda o BES (com uma posição maioritária de 55,71%), de um conjunto de medidas, incluindo a realização de um aumento de capital da instituição financeira.

Este aumento de capital foi feito por conversão de parte do respetivo empréstimo interbancário sénior, na altura detido pelo Novo Banco, e seguido de uma redução de capitais próprios dos acionistas por absorção da totalidade dos prejuízos acumulados, bem como de um segundo aumento de capital subscrito por acionistas e outras entidades aceites pelo Banco Nacional de Angola.

Assim, a 29 de outubro de 2014, em assembleia-geral (AG), o BESA deliberou realizar as operações de redução e aumento de capital do banco. Com estas operações, os então acionistas do banco, incluindo o BES, agora em liquidação, viram as suas participações no BESA “completamente diluídas”, adianta o documento.

Desde então, o BES deixou de ter qualquer participação no BESA, “tendo incorrido na perda integral do valor investido de 273 milhões de euros”, refere o relatório e contas do banco agora em liquidação. E é pelo valor desta posição, que o BES, agora luta nos tribunais angolanos. Na assembleia-geral de outubro de 2014, o representante do BES, então ainda acionista, alegou ter sido impossibilitado de participar no encontro.

O efeito da ação agora em questão, contra os acionistas que aprovaram, entre outras medidas, a diluição da participação do BES, está dependente da decisão dos tribunais angolanos em relação a uma outra ação, a de impugnação da referida assembleia-geral, mas visa acautelar que os efeitos de responsabilidade civil dos acionistas de então do BESA sejam garantidos.

É precisamente a esta ação que se refere o edital publicado a 22 de abril deste ano, no Jornal de Angola. Este edital do Tribunal Provincial de Luanda convocava as empresas Geni e Portmill – accionistas do então BESA – e os gestores Álvaro Sobrinho e Carlos José da Silva a contestarem um pedido de condenação feito pelo BES, que detém os ativos do Banco Espírito Santo considerados tóxicos.

As empresas e sócios angolanos do extinto BESA tinham, a partir daquela data, até 50 dias para contestar o pedido de condenação interposto pelo BES, prazo que terminou no dia 16 de junho. Em causa está “ata declarativa de condenação”, lia-se no edital. Caso os visados não se oponham ao pedido de condenação, serão declarados “confessados os factos articulados pela autora na ação conforme a petição inicial”, referia o edital.

Num comunicado a que a agência Lusa teve acesso, no dia 15 de abril deste ano, Álvaro Sobrinho lembrou que foi citado pelo Tribunal Provincial de Luanda a 17 de abril de 2017 na sua residência “conhecida” em Angola para contestar os autos a que se refere o edital, o que diz ter cumprido a 07 de maio de 2017, dentro do prazo que lhe foi fixado.

Segundo Álvaro Sobrinho, que não faz qualquer comentário ao processo em causa, a citação por edital só tem lugar quando os citados se encontram em parte incerta e ainda quando sejam incertas as pessoas a citar, o que no seu caso é “falso”, mesmo à luz da contestação apresentada em maio de 2017.

Em prol da transparência e do escrutínio publico das instituições de Angola e dos seus agentes, também judiciais, é necessário indagar sobre as razões, e acompanhar os desenvolvimentos deste assunto para apurar a verdadeira finalidade do édito“, lia-se no comunicado.

O Banco Espírito Santo perdeu o controlo do BES Angola em agosto de 2014, quando o BNA aprovou medidas de saneamento para a instituição financeira, devido ao elevado volume de crédito malparado. Em outubro de 2015, a filial angolana do BES alterou a designação para Banco Económico (BE).

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Enjoos “anormais” a bordo do novo avião. TAP diz que odores são normais em aparelhos novos

Tripulantes relatam enjoos e vómitos a bordo do novo avião da TAP. Mas companhia desvaloriza: os "odores" são normais em aviões novos e testes não estabelecem correlação com qualidade do ar.

Vários episódios anormais de enjoos, má disposição e até vómitos entre tripulantes e passageiros foram registados a bordo de voos no novo avião Airbus A330neo da TAP. A situação já foi comunicada à Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), avança a TSF, esta terça-feira, que cita um passageiro a dar conta que num voo para o Brasil, na semana passada, os pilotos acabaram mesmo por aterrar de máscara, para garantirem que tinham o ar adequado, o que despertou alguma preocupação.

Fonte da área de segurança aérea ouvida pela rádio explicou que o problema pode estar relacionado com a renovação insuficiente do ar dentro do avião, o que faz com que este se degrade, causando indisposições no final de viagens longas. Contudo, fonte oficial da transportadora apontou ao ECO que “os testes já realizados, tanto pela TAP, como pela Airbus, não permitem estabelecer qualquer correlação entre estes episódios e uma hipotética, mas não demonstrada, deficiência na circulação e renovação de ar”.

Já a fonte ligada à segurança aérea ouvida pela TSF, apontou que o problema poderá ter origem na forma como é feita a passagem do ar captado pelo motor para dentro da aeronave, um problema que já tinha sido reportado e que está a ser estudado pela Airbus.

Isso mesmo garantiu ao Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) os engenheiros dessa fabricante, que já tinham sido questionados pela TAP. “Fomos informados de que os relatos que tinham chegado da TAP estavam a ser analisados, tal como os motores e as medições, e que no final de julho haveria, eventualmente, conclusões, mas que até agora o que tinham conseguido apurar é que nada de extraordinário se passava e que os elementos recolhidos estavam dentro da normalidade e legalidade”, relata a dirigente do sindicato.

“Todas as análises feitas pela Airbus com o apoio de laboratórios independentes indicam que os parâmetros de qualidade do ar estão dentro do normal na indústria”, acrescenta, por sua vez, a TAP, que garante que “nunca colocaria os seus clientes e trabalhadores numa situação de risco para a sua saúde”.

Odores estranhos são normais em aviões novos, diz TAP

Segundo avançou fonte oficial da companhia aérea, “as cabinas da Airbus são projetadas e fabricadas de forma a prevenir qualquer tipo de contaminação do ar”, com a TAP a atribuir o registo de odores menos usuais a bordo destas aeronaves com o facto de serem novas.

“Relativamente ao facto de, em algumas unidades novas do A330neo, poderem ter sido detetados alguns odores provenientes do equipamento de ar condicionado, é um facto considerado normal em aeronaves novas e que desaparece logo após as primeiras utilizações“, diz fonte oficial, assegurando mesmo que “nos vários testes realizados pela Airbus” os resultados obtidos “foram de total conformidade”.

A companhia reconhece, porém, ter recebido relatos de tripulantes relativos a odores a indisposições pontuais nos voos realizados no A330neo, apontando ter dado conta dos mesmos à fabricante das aeronaves e ainda reunido com as áreas técnicas da TAP e com os representantes dos tripulantes “de forma a partilhar com total transparência os dados disponíveis”.

(Artigo atualizado às 11h com mais declarações da TAP)

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Bolsas europeias tremem à espera do G20. Lisboa também recua

Investidores continuam a fugir das ações e a refugiarem-se no ouro, depois de os EUA terem imposto novas sanções contra o Irão e numa altura em que se aproxima a cimeira do G20.

As bolsas europeias abriram em queda e a praça portuguesa está pouco alterada face à sessão anterior. O arranque do dia de negociações está a ser condicionado pelas novas sanções dos EUA contra o Irão, numa altura em que os investidores aguardam pelo início do G20, refugiando-se em ativos como o ouro.

O índice Stoxx 600, benchmark europeu, abriu a cair 0,2% e todos os principais índices registam perdas, entre 0,2% e 0,5%. O PSI-20 ainda a abriu com uma valorização ligeira, na ordem das centésimas. Mas o índice português rapidamente seguiu a tendência europeia e está a desvalorizar 0,08%, para 5.080,65 pontos.

A pressionar a bolsa portuguesa estão, sobretudo, as ações da banca e do setor postal. Os títulos do BCP estão a cair 0,23%, para 25,90 cêntimos, enquanto os CTT derrapam 0,67%, para 2,08 euros. A concessionária do serviço postal universal está sob especial pressão, um dia depois de se ter tornado efetiva a decisão da Anacom de obrigar a empresa a separar os gastos da atividade postal dos gastos da atividade bancária.

As ações europeias caminham desta forma para mais um dia de perdas, continuando a ser afetadas pelos assuntos comerciais e geopolíticos que envolvem os EUA. Concretamente, esta terça-feira, os mercados estão a reagir negativamente às novas sanções impostas pelo Presidente Donald Trump ao Irão e às declarações do Chefe de Estado norte-americano de que continuará “a aumentar a pressão sobre Teerão”.

Ao mesmo tempo, os investidores estão cautelosos à espera do início da cimeira do G20, marcado para esta sexta-feira, que poderá trazer novidades em vários dossiês quentes ao nível mundial. Como refúgio, a aposta continua a ser feita em ativos menos expostos às questões geopolíticas, como é o caso do ouro. O preço da onça está a subir esta terça-feira 0,81%, para 1.430,61 dólares.

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