CGD deixa de enviar carta-cheque a 100 mil beneficiários da Segurança Social

  • ECO
  • 5 Junho 2019

O pagamento das prestações sociais a 100 mil beneficiários da SS vai deixar de ser pago por carta-cheque depois de a CGD ter desistido de prestar esse serviço, alegando "condições penalizadoras".

Cerca de 100 mil beneficiários de subsídio de desemprego e de outras prestações sociais vão deixar de receber em casa a habitual carta-cheque. Tal resulta do facto de a Caixa Geral de Depósitos (CGD) ter desistido de prestar esse serviço aos beneficiários da Segurança Social, revela o Dinheiro Vivo (acesso pago) nesta quarta-feira, considerando as condições “penalizadoras”.

O Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS) dá conta dos problemas que afetam os pagamentos que ainda não são feitos via transferência bancária — 16% das prestações pagas. No último Plano Estratégico, revela que o único banco que prestava o serviço de carta-cheque denunciou o último contrato que mantinha. Ao mesmo tempo, o fecho de estações de CTT resulta em “dificuldades crescentes na operação de emissão e pagamento de vales-postais”.

A CGD comunicou à Segurança Social que não pretende continuar a renovar o contrato em que desde 2014 garantia os serviços de carta-cheque de prestações sociais, para beneficiários nacionais e internacionais. O banco liderado por Paulo Macedo pretende no entanto não acabar com o contrato para pagamentos fora do país, com um valor de 1,74 euros por transação.

O último contrato de cartas-cheque nacionais, com um valor global estimado em 1,76 milhões de euros (47 cêntimos por transação) data de 2016 e previa a possibilidade de uma renovação anual em 2019, mas acabou por ser denunciado “dadas as condições penalizadoras para a instituição”, segundo a CGD.

A Segurança Social garante no entanto que os pagamentos não estão em causa. “Todos os pagamentos a beneficiários de pensões e prestações sociais se encontram e permanecerão totalmente assegurados.”

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Rui Rio defende redução de deputados pela representação de votos brancos e nulos

  • Lusa
  • 5 Junho 2019

Para o líder do PSD, os votos brancos e nulos deveriam influenciar o número de deputados na Assembleia, de forma a "aproximar os eleitores dos eleitos".

O presidente do PSD, Rui Rio, voltou esta terça-feira a defender a redução de deputados através da representação dos votos brancos e nulos na Assembleia da República, salientando tratar-se de uma opinião pessoal.

Numa conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Opinião da comissão para a reforma do sistema eleitoral e político do PSD, Rui Rio considerou este tema “altamente prioritário” e assegurou que o partido terá no seu programa eleitoral propostas para “aproximar os eleitores dos eleitos”.

Questionado se os sociais-democratas poderão voltar a defender a redução do número de deputados, Rio preferiu dar apenas a sua posição pessoal, reiterando a ideia de que os votos brancos e nulos deveriam ter expressão no Parlamento.

“Na minha opinião sim, na minha opinião estaria a redução de deputados pelo lado da contagem de votos brancos e nulos. Ou seja, a Assembleia da República teria uma composição variável: tinha um máximo e mínimo. Se elege mais ou menos deputados, teria a ver com o número de votos brancos e nulos”, afirmou, ressalvando que a abstenção não contaria nesta sua proposta e que o limite mínimo andaria à volta dos 180 deputados.

“Se o partido a leva para a mesa de negociações, iremos ver. Se os outros aceitam mais à frente também”, ressalvou. Questionado se tal ideia não poderia provocar a implosão do sistema político, Rio respondeu com outra pergunta: “O sistema já não está hoje a vir abaixo?”. “Temos consciência que não o fazemos sozinhos, precisamos dos outros partidos, particularmente do PS”, afirmou.

O líder do PSD apontou que o partido irá propor alterações aos círculos eleitorais, considerando que o atual modelo, baseado em distritos, era o correto em 1976, mas hoje “está ultrapassado”. “Temos que lutar para que haja uma maior aproximação dos deputados eleitos aos eleitores e temos de encontrar soluções que podem passar pela criação de círculos uninominais ou não, mas também podem ser círculos mais pequenos”, afirmou.

Para Rui Rio, ‘partir’ os grandes círculos para que cada um não eleja, por exemplo, mais do que dez deputados poderá ser uma das soluções a propor pelos sociais-democratas. O Conselho de Opinião, um órgão consultivo formado por juristas, académicos e personalidades do partido, deverá apresentar as suas conclusões até ao final do mês, como contributo para a proposta que irá constar do programa do PSD.

Questionado quando será divulgado o programa eleitoral do PSD, Rui Rio não quis comprometer-se com uma data, dizendo apenas que o documento “estará pronto” até ao final de julho, altura em que o Conselho Nacional aprovará as suas linhas gerais.

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Energia resgata Lisboa. Corticeira cai após venda de ações

Lisboa segue a recuperação das restantes praças europeias. Beneficia do comportamento dos títulos do setor da energia numa sessão negativa para a Corticeira Amorim.

Lisboa está a recuperar, ainda que ligeiramente. A bolsa nacional segue a tendência das principais praças europeias, animadas pelos comentários da Fed, beneficiando do comportamento dos títulos do setor energético, com a Galp Energia a destacar-se nos ganhos. A Corticeira Amorim, por seu lado, está sob pressão.

O índice nacional chegou a perder valor no arranque da negociação, mas inverteu a tendência, beneficiando do sentimento positivo vivido na generalidade as praças do Velho Continente. Ganha 0,14% para 5.079 pontos, enquanto na Europa o Stoxx 600 soma 0,07%, depois de Jerome Powell, o presidente da Fed, ter aberto a porta a uma descida dos juros nos EUA.

São os títulos do setor energético que puxam pela bolsa nacional, nomeadamente a Galp Energia que avança 0,67% para 13,475 euros, beneficiando da recuperação dos preços do petróleo nos mercados internacionais. EDP também ajuda, enquanto a EDP Renováveis recua 0,24% para 8,98 euros.

O BCP também ajuda a bolsa, ganhando 0,31% para 25,57 cêntimos nas vésperas do pagamento de dividendos, enquanto os CTT somam 0,7% para os 2,30 euros.

As papeleiras, que têm sido castigadas pela guerra comercial entre os EUA e a China, continuam com tendência negativa, bem como a Corticeira Amorim. A empresa liderada por António Rios Amorim recua depois da Investmark ter vendido quase 3,5% do capital numa operação realizada a 9,50 euros por ação, abaixo dos preços de mercado.

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Portugueses dão mais dinheiro dos impostos para solidariedade

  • ECO
  • 5 Junho 2019

O montante doado pelos portugueses a instituições através do IRS cresceu 26% para os 20 milhões de euros.

Os portugueses foram mais generosos na última entrega da declaração de IRS. As verbas que atribuíram através da consignação a instituições sociais aumentou 26% num ano, atingido 20 milhões de euros. Em causa está a possibilidade de atribuírem a instituições de solidariedade social, associações ou igrejas 0,5% do imposto pago.

As instituições, por sua vez, pedem ao Fisco para facilitar as doações monetárias, adianta o Jornal de Notícias (acesso pago). Este ano já se simplificou parte do processo, ao permitir o contribuinte escolher a entidade aquando do pré-preenchimento da declaração automática e, no momento de entregar o IRS, confirmar essa escolha.

O número de entidades a quem os contribuintes podem doar uma parte do IRS em vindo a aumentar. Neste ano, a lista ultrapassava as quatro mil instituições e organizações, numa subida de 9% face às mais de 3.700 entidades disponíveis em 2018. No grupo de entidades estão incluídos bombeiros, obras sociais, teatros ou jardins-de-infância.

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Hoje nas notícias: Cheque da SS, IRS solidário e votos nulos

  • ECO
  • 5 Junho 2019

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Após os professores, o PSD, o BE e o PCP podem aliar-se novamente para aprovar um diploma que fixa os salários dos técnicos superiores de diagnóstico. O presidente dos sociais democratas também revelou estar a favor da redução de deputados através da representação dos votos brancos e nulos na Assembleia da República. Já os portugueses revelaram-se mais generosos na entrega do IRS, doando mais 26% para solidariedade, enquanto a CGD desistiu de mandar os cheques dos pensionistas para casa. Na Força Aérea continuam a ser contratados serviços de empresas que estão a ser julgadas no caso da messes.

CGD deixa de enviar cheques a pensionistas. Segurança Social sem alternativa

A carta-cheque da Segurança Social para pagamento do subsídio de desemprego e outras prestações, bem como de algumas pensões, vai acabar, afetando cerca de 100 mil beneficiários. A Caixa Geral de Depósitos comunicou que não pretende continuar a renovar contrato em condições que considera “penalizadoras”. Nos próximos meses, a Segurança Social pretende passar estes pagamentos para os balcões dos CTT. Mas também aqui há dificuldades, com queixas de atrasos devido ao encerramento de muitos balcões. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Portugueses deram mais dinheiro dos impostos para solidariedade

Os portugueses foram mais generosos na última entrega da declaração de IRS. As verbas que atribuíram através da consignação a instituições sociais aumentou 26% num ano, atingido 20 milhões de euros. Em causa está a possibilidade de atribuírem a instituições de solidariedade social, associações ou igrejas 5% do imposto pago. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

PSD, BE e PCP voltam a aliar-se nas carreiras do Estado

O Parlamento aprovará esta quarta-feira, na especialidade, alterações ao diploma do PSD que fixa os salários dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, contando com o apoio do Bloco de Esquerda e do PCP. Os dois partidos estão disponíveis para aprovar as propostas social-democratas, com o intuito de valorizar a carreira e aumentar as remunerações, adiantaram ao Jornal de Negócios. Já fonte do Governo mostra-se preocupada com a desigualdade que as mudanças podem criar face a outras carreiras e estima que a proposta do PSD implique um custo acrescido de 12,1 milhões de euros por ano. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Rio defende número de deputados consoante votos brancos e nulos

O presidente do PSD, Rui Rio, voltou a defender a redução de deputados através da representação dos votos brancos e nulos na Assembleia da República, salientando tratar-se de uma opinião pessoal. O líder social democrata considerou “altamente prioritário” e assegurou que o partido terá no seu programa eleitoral propostas para “aproximar os eleitores dos eleitos”. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Força Aérea contra empresa que está a ser julgada por corrupção

A Força Aérea Portuguesa continua a pagar a empresas que estão a ser julgadas por suspeitas de roubarem mantimentos para as messes e de pagarem luvas a militares. Apesar de ser quase impossível afastá-las dos concursos públicos, já que continuam inocentes até ser proferida uma sentença definitiva, nada obriga as Forças Armadas a que sejam convidadas a apresentarem propostas de fornecimento de géneros quando as aquisições são feitas através de mecanismos contratuais menos exigentes. Contudo, não será isso que está a acontecer. Um desses contratos foi assinado a 6 de fevereiro. Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

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Renault e Nissan detetam gastos suspeitos de Carlos Ghosn no valor de 11 milhões de euros

  • Lusa
  • 5 Junho 2019

Entre os movimentos suspeitos encontrados, de despesas de Carlos Ghosn, estão gastos extra de viagens de avião e doações a organizações sem fins lucrativos.

A auditoria interna realizada pelo grupo francês Renault e pela japonesa Nissan na sua ‘joint-venture’ RNBV detetou uma despesa suspeita de 11 milhões de euros, utilizados para fins pessoais, pelo antigo dirigente Carlos Ghosn, noticia a Efe.

O Conselho de Administração da Renault indicou esta quarta-feira que esta quantia inclui gastos extra de viagens de avião, doações a organizações sem fins lucrativos e outras despesas não especificadas, todas de Carlos Ghosn.

As conclusões definitivas da auditoria empreendida na Renault Nissan BV (RNBV), a ‘joint venture’ (parceria) entre a Renault e a Nissan, com sede na Holanda, confirmam as “deficiências ao nível da transparência financeira e procedimentos de controlo de gastos” apontadas em abril nos resultados provisórios.

Naquela ocasião, e com base nas conclusões preliminares, o Conselho de Administração pediu à Direção-Geral da Renault que abordasse a Nissan para que os dois acionistas decidissem “as medidas corretivas necessárias a aplicar até ao final do ano”.

O comunicado divulgado esta quarta-feira acrescenta que, à margem das medidas decididas então, foi pedido aos representantes da Renault que voltem a falar com os homólogos da Nissan para decidir “a implementação de ações judiciais” na sequência dos resultados da auditoria.

O ex-presidente da Renault-Nissan-Mitsubishi Carlos Ghosn foi detido em novembro último em Tóquio, Japão, por supostas irregularidades fiscais. A polémica fez com que Carlos Ghosn primeiro cessasse funções como presidente da Nissan e da Mitsubishi e, posteriormente, renunciasse como executivo máximo da Renault.

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Vice-presidente da CML pede desculpa por ainda não ter enviado contrato da Web Summit

  • Lusa
  • 5 Junho 2019

João Paulo Saraiva, vice-presidente da Câmara de Lisboa, explica aos deputados municipais que ainda falta acordar com a Web Summit que cláusulas do contrato podem ser divulgadas.

O vice-presidente da Câmara de Lisboa pediu esta quarta-feira desculpa aos deputados municipais por ainda não ter distribuído o contrato celebrado com a Web Summit, justificando que está por acordar com a empresa as cláusulas que entenda ver expurgadas.

“Ainda não temos essa autorização, mas logo que a tenhamos, expurgando aquilo que considerarmos legítimo que seja pedido que seja expurgado pela outra parte, entregaremos esses mesmos documentos”, disse João Paulo Saraiva (Cidadãos por Lisboa, eleito pelo PS), fazendo um “pedido de desculpa à Assembleia Municipal”.

O vice-presidente do executivo lisboeta liderado por Fernando Medina (PS) respondia ao deputado municipal do PSD Luís Newton que, numa declaração política, afirmou que a maioria na câmara “pretende atrair grandes eventos, assina contratos que não divulga, compromete enormes investimentos para expansão de infraestruturas, sem ter um único plano que assegure essa mesma expansão“.

O jornal Público divulgou em maio que uma das cláusulas do acordo celebrado entre a Câmara Municipal de Lisboa e a empresa que organiza a Web Summit, para a realização daquele evento em Portugal até 2028, estabelece a ampliação das instalações onde se realiza o evento, que tem decorrido na FIL, a cargo da autarquia.

Apesar do sigilo do contrato, João Paulo Saraiva considerou que foi objeto de escrutínio, ao ter sido disponibilizado aos vereadores, reconhecendo, contudo, que ainda não recebeu da parte da organização da cimeira tecnológica, de inovação e de empreendedorismo quais são as cláusulas que não quer ver divulgadas e “qual é o fundamento para que elas não possam ser divulgadas” de forma a enviar o documento à Assembleia Municipal, sublinhando que tal está devidamente enquadrado pela legislação que rege aqueles contratos.

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Amorim encaixa 43,7 milhões com venda de ações. Corticeira ganha liquidez

Investmark, do Grupo Amorim, concluiu a operação de venda de ações da Corticeira Amorim. Colocação de 3,46% do capital foi feita a 9,50 euros por ação, abaixo dos 10,18 euros em bolsa.

A Investmark concluiu a venda de ações da Corticeira Amorim. A operação de colocação de 3,46% do capital social da empresa liderada por António Rios de Amorim foi realizada a 9,50 euros por ação, abaixo da cotação no mercado de capitais português. Gerou um encaixe de 43,7 milhões de euros.

Em comunicado enviado à CMVM, a sociedade de direito holandesa ligada ao Grupo Amorim, que é a segunda maior acionista da Corticeira Amorim, revelou “ter concluído com sucesso a venda de 4.600.000 ações representativas de 3,46% do capital social da Corticeira Amorim, em execução da oferta particular comunicada em 4 de junho de 2019″.

“A contrapartida total da oferta ascende a 43.700.000,00 euros, correspondente a um preço por ação de 9,50 euros”, acrescenta o mesmo comunicado. Este preço por ação fica aquém dos 10,18 euros a que os títulos terminaram a última sessão, o que deverá colocar pressão na cotação da empresa durante esta sessão.

“A liquidação da oferta decorrerá no dia 7 de junho de 2019, com a entrega das ações e o pagamento do preço (ou a transmissão das ações em bolsa)”, acrescenta a Investmark que, com esta venda, “passará a deter uma participação de 10,32% no capital social da Corticeira Amorim”.

Esta é a segunda vez que a Investmark é utilizada pelo grupo para aumentar a liquidez dos títulos já que em 2016 tinha sido realizada uma operação semelhante.

“Com a oferta, a oferente visa contribuir para o reforço do nível de dispersão do capital social da Corticeira Amorim, indo de encontro ao crescente interesse manifestado por investidores, nacionais e internacionais, assim potenciando a liquidez do título e fomentando uma maior representatividade do título no PSI-20, em linha com a contribuição dada pela referida sociedade à economia portuguesa”, salientou a empresa.

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Banco Mundial corta previsão para crescimento da economia global

  • Lusa
  • 5 Junho 2019

Os conflitos comerciais, as pressões financeiras e a desaceleração inesperada de economias de países mais ricos são alguns dos elementos que pesam no crescimento global.

O Banco Mundial desceu esta quarta-feira a sua estimativa para a evolução da economia global este ano devido aos conflitos comerciais, às pressões financeiras e à desaceleração inesperada de economias de países mais ricos.

O Banco Mundial antecipa agora que a economia global cresça 2,6% este ano, a menor expansão desde 2016 e abaixo do crescimento de 2,9% previsto em janeiro, noticia a Associated Press. A instituição reviu em baixa a previsão de crescimento das principais regiões do mundo, apesar de ter mantido a previsão para os Estados Unidos da América, de uma expansão de 2,5% em 2019.

Para o conjunto dos 19 países do euro, o Banco Mundial cortou a sua estimativa para uma expansão de 1,2% este ano, contra os 1,8% registados em 2018 e uma evolução que fica 0,4 pontos percentuais abaixo da previsão de janeiro (1,6%).

Penalizado pela guerra comercial entre a administração do Presidente norte-americano, Donald Trump, e a China, o comércio global deverá crescer apenas 2,6% este ano, o mais fraco ritmo de crescimento desde a crise financeira de 2008. “Ainda não estamos a clicar no botão de pânico”, afirmou Ayhan Cose, economista do Banco Mundial.

“Mas estamos a enviar uma mensagem” de uma desaceleração possivelmente mais profunda caso as hostilidades comerciais persistam, acrescentou o responsável do Banco Mundial, adiantando que “é tempo de os responsáveis políticos encontrarem formas de resolver as suas diferenças”.

O Banco Mundial antecipa que a China, a segunda maior economia do mundo depois dos Estados Unidos, cresça 6,2% este ano, o pior desempenho desde 1990. Já a economia do Japão deverá crescer 0,8%, o mesmo desempenho de 2018.

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5 coisas que vão marcar o dia

Parlamento vai ter dia em cheio, com EDP e CGD em foco. Nos mercados, Amorim vai vender ações da Corticeira e Mota-Engil deixa de negociar com dividendo. BdP divulga relatório de estabilidade.

O dia será agitado para os lados da Assembleia da República, que vai receber o CEO da EDP para falar sobre os 218 milhões que a elétrica exige ao Estado pela eventual suspensão da barragem do Fridão, mas também um ex-presidente do BPN e administrador da CGD: Francisco Bandeira vai ser ouvido pelos deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito ao banco público. Já nos mercados, destaque para a venda de ações por parte da Corticeira Amorim e da negociação dos títulos da Mota-Engil sem direito a dividendo a partir de hoje.

Mexia no Parlamento para falar sobre o Fridão

O presidente executivo da EDP, António Mexia, estará esta manhã na Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação para falar sobre o diferendo que mantém com o governo a propósito do aproveitamento hidroelétrico do Fridão. Em causa a concessão desta barragem pela qual a elétrica pagou 218 milhões de euros e que agora não irá avançar — tanto por falta de interesse da própria EDP, como por falta de interesse do próprio Estado. Falta saber, porém, se o Estado irá devolver o valor pago pela EDP pela concessão, sendo que uma eventual indemnização poderá ter significativos impactos nas contas públicas, pois além dos 218 milhões pode estar em causa ressarcir a elétrica por danos e lucros cessantes.

Comissão CGD: A vez de Francisco Bandeira

Também no Parlamento, mas umas horas mais tarde, estará o ex-presidente do BPN e administrador da Caixa Geral de Depósitos, Francisco Bandeira, convocado pela II Comissão Parlamentar de Inquérito à Recapitalização da CGD e à Gestão do Banco. Este banqueiro entrou na gestão do banco público depois da chegada dos socialistas ao poder, em fevereiro de 2005, fazendo parte da equipa liderada por Carlos Santos Ferreira e que contava igualmente com Armando Vara, Norberto Rosa ou Celeste Cardona.

Amorim vai vender 3,46% do capital da Corticeira

A Investmark Holdings, sociedade de direito holandesa ligada ao Grupo Amorim e segundo maior acionista da Corticeira Amorim, vai alienar até 3,46% do capital da empresa esta quarta-feira. A operação que será realizada através de uma venda privada a investidores institucionais e tem como objetivo libertar free float da empresa. A Investmark Holdings, detentora de 18.325.157 ações representativas de 13,78% do capital social da Corticeira Amorim “informa ter decidido lançar uma Oferta Particular de Venda de ações representativas de capital social da Corticeira Amorim nos termos da qual admite vender até 4.600.000 ações representativas de até 3,46% do capital social da Corticeira Amorim”, anunciou a cotada.

Mota-Engil: Sem direito a dividendo a partir de hoje

As ações da Mota-Engil começam a negociar sem dar direito a dividendo de 2018 esta quarta-feira, com a construtora a prever o pagamento do dividendo de 7,4 cêntimos por ação a partir de 7 de junho. A Mota-Engil lucrou 24 milhões de euros, resultado que lhe permitiu voltar a pagar um dividendo aos seus acionistas, depois de não o ter feito em função dos resultados de 2017, em que apenas lucrou dois milhões de euros.

Banco de Portugal divulga Relatório de Estabilidade Financeira

O supervisor bancário dá hoje a conhecer o Relatório de Estabilidade Financeira de junho de 2019, documento através do qual avalia riscos nos mercados e no sistema financeiro portugueses, além da evolução macroeconómica e da situação patrimonial das administrações públicas.

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Investir mil euros nas obrigações da TAP só compensa em três dos 20 bancos que vendem

Transportadora aérea quer financiar-se junto de pequenos investidores e há duas dezenas de instituições financeiras que oferecem estes títulos, mas as comissões e taxas anulam os retornos na maioria.

A TAP quer levantar voo para a carteira dos pequenos investidores. A companhia aérea está no mercado com uma emissão de obrigações em que paga um juro elevado — à luz de emissões recentes como de SAD de clubes de futebol –, mas antes de se deixar ofuscar pela taxa de 4,375%, tenha cuidado com o peso extra dos custos. Entre comissões, taxas e impostos, mil euros nestes títulos podem traduzir-se em prejuízos nas suas poupanças.

Praticamente todos os bancos e corretoras do mercado nacional estão a trabalhar com a companhia aérea na obtenção de 50 milhões de euros através de títulos de dívida com maturidade a quatro anos. Há, no total, 20 instituições que permitem a subscrição, mas tal como a própria TAP alerta, “à subscrição das Obrigações TAP 2019-2023 estarão associadas outras despesas e comissões”.

Perante esse alerta, o ECO fez os cálculos, utilizando o simulador da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, e concluiu que o investimento mínimo exigido nestas obrigações, de mil euros (correspondentes a um título), só compensa em três intermediários financeiros. Em todos os outros, perderá dinheiro.

Tendo em conta o juro bruto apresentado pela TAP, 1.000 euros transformar-se-iam em 1.043,75 ao final de um ano, ou seja, um ganho bruto de 43,75 euros. No final dos quatro anos, o resultado seria de 175 euros. Em termos líquidos, deduzindo os 28% de imposto, o resultado baixa para 126 euros. Mas com as comissões de subscrição, de reembolso, de pagamento do cupão e de registo e depósito reduzem este valor — na melhor das hipóteses — outros 49 euros.

É na Caixa Geral de Depósitos (CGD), o banco público, que compensa mais investir mil euros nas obrigações da TAP, desde que o faça através da internet. Desta forma garante uma taxa anual líquida de 1,925%. Se a mesma subscrição for feita ao telefone ou balcão, o retorno é ligeiramente menor, mas ainda positiva: 1,759%. Segue-se o BiG – Banco de Investimento Global, cuja taxa de rentabilidade anual líquida é de 1,784%.

O último banco que apresenta rendibilidade positiva é o ActivoBank, apesar de ser de apenas 0,073%, ou três euros em quatro anos. Isto se for feito online pois caso a subscrição seja feita no ActivoBank pelo telefone ou ao balcão, a rentabilidade cai para valores negativos: -0,011%.

A partir daqui, a rentabilidade de um investimento de mil euros em dívida da TAP gera sempre perdas. Entre os maiores bancos a operar em Portugal (excluindo a CGD), não há ganhos para um investimento de mil euros. No BPI, a taxa de juro líquida anual é de -1,352%, enquanto no Santander Totta é de -3,139% e no Novo Banco de -3,266%. O BCP faz distinção nos valores cobrados pela subscrição através da internet (que resulta numa taxa de -1,187%) em relação ao telefone ou balcão (que gera uma taxa de -2,025%). No Carregosa, que também é um dos bancos colocadores, a taxa é de -2,319%.

Melhor retorno não chega a 80 euros por ano

Fonte: Comissão do Mercado de Valores Mobiliários

Fora dos maiores players do mercado, o risco de perdas é ainda maior. Há três intermediários financeiros em que o retorno anual é negativo em mais de 10%. Chega aos 10,946% na Atrium Investimentos e 16,201% no Bison Bank. Pior, só mesmo na Intermoney Valores, em que a taxa líquida é negativa em 25,089%. De acordo com o simulador da CMVM, investe 1.000 euros, mas gasta 1.420,92 em impostos e comissões.

Cinco mil euros dão lucro (mas não em todos os bancos)

Se for considerado um investimento superior, de cinco mil euros, a situação altera-se e já é possível alcançar maiores ganhos. Como o montante das comissões é variável, o BiG salta para a primeira posição dos intermediários financeiros onde o retorno é mais aliciante, batendo o banco do Estado. Tanto no BiG como na CGD é possível obter mais de 500 euros líquidos com a aposta nas obrigações da TAP ao final dos quatro anos.

ActivoBank, BPI, BCP e Montepio ainda permitem um retorno de mais de 400 euros, enquanto no Totta e Novo Banco a fasquia dos ganhos é mais baixa. Já no Carregosa, a rentabilidade líquida é de 1,895% ou 378,87 euros.

Ainda assim, é possível ter ganhos na maioria dos bancos, mas fugindo dos principais players, há quatro intermediários financeiros em que o investimento de cinco mil euros continua a não ser suficiente para gerar retornos positivos. No Bison, a perda será de 16,201%, enquanto na corretora Intermoney é de 3,544%, na Edmond de Rothschil de 0,806% e na Atrium Investimentos de 0,178%.

Compra de cinco títulos gera retornos positivos nos maiores bancos

Fonte: Comissão do Mercado de Valores Mobiliários

(Notícia atualizada dia 6 de junho às 12h para retirar a informação de que o Crédito Agrícola é o intermediário financeiro com maiores custos. Devido a um erro no simulador, a informação não é correta)

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Tribunal de Contas está a auditar resposta do Governo ao incêndio de Pedrógão

O TdC decidiu apostar em duas áreas que merecem atenção social e envolvem despesa pública: alterações climáticas e demografia. Caldeira espera ter estudo sobre Pedrógão concluído ainda este ano.

O Tribunal de Contas (TdC) decidiu dar uma atenção especial a dois temas que considera importantes do ponto de vista social e com “grande relevância financeira”. São elas as alterações climáticas e a demografia.Ainda este ano estimamos ter pronto” o trabalho de controlo da resposta que o Governo deu aos incêndios de Pedrógão, onde morreram 64 pessoas, no verão de 2017.

No relatório de Atividades e Contas referente ao ano passado, o Tribunal revela que, além dos trabalhos mais regulares, “foram ainda realizados sete estudos preliminares com vista à realização de ações de controlo em domínios de grande relevância social e financeira, tendo conduzido à identificação de áreas a auditar”. As auditorias “serão concluídas em 2019 e 2020”, revela o relatório do TC.

No documento, publicado no site da instituição, o Tribunal explica quais são as áreas:

  • “Reforma do modelo do sistema de prevenção e combate aos incêndios”,
  • Políticas de Educação para as quais a demografia (evolução e projeções) seja crítica”, e
  • “Acompanhamento, monitorização e controlo das medidas previstas na Resolução do Conselho de Ministros n.º 101-A/2017, de 13 de julho, nas áreas do Ambiente, dos Recursos Naturais e dos Fundos Europeus”.

Esta resolução serviu para o Governo responder aos incêndios de Pedrógão onde morreram, segundo o balanço oficial, 64 pessoas. Foram adotadas medidas de “caráter extraordinário para fazer face aos danos provocados pelos incêndios ocorridos entre os dias 17 e 21 de junho de 2017 nos municípios de Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos, Góis, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penela e Sertã“, lê-se no documento.

Entre as medidas ali incluídas estão, por exemplo, o apoio para a construção de habitações destruídas pelo fogo ou a abertura de concursos no Programa Operacional Centro 2020 para apoio ao restabelecimento da atividade económica das empresas atingidas pelos incêndios, visando a reposição de equipamentos, edifícios e outros bens da atividade produtiva danificados.

Em declarações aos jornalistas, o presidente do Tribunal de Contas, Vítor Cardeira, disse estimar que “ainda este ano” a análise do TdC à resposta do Governo fique concluída.

Estimamos que ainda este ano a análise do Tribunal de Contas à Resolução do Conselho de Ministros de 2017 fique concluída.

Vítor Caldeira

Ainda em matéria de incêndios, o Tribunal tem em mãos a análise do processo de compra de mais meios aéreos. O Tribunal de Contas indicou a 15 de maio ter recebido, para serem submetidos a fiscalização prévia, os contratos relativos aos 35 meios aéreos de combate a incêndios e o processo referente aos três helicópteros da frota do Estado. A decisão está para “muito breve”, disse Vítor Caldeira sem adiantar mais detalhes.

Este é um processo visto como prioritário dentro do Tribunal de Contas, não só pela sua importância numa altura em que as temperaturas começam a subir – aumentando o risco de incêndio -, mas também porque envolvem valores superiores a 950 mil euros – um limite que existe nas regras de sujeição a visto prévio e que dá aos contratos uma espécie de via verde dentro do Tribunal.

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