Tribunal de Contas recusa muitos vistos prévios? Em 2018 “apenas” 2% dos contratos foram chumbados

O TdC tem sido acusado de estar a bloquear o investimento público. Os autarcas do Porto até pediram uma reunião à instituição. Mas será que é mesmo assim? O TdC recusa muitos vistos?

“Tribunal de Contas (TC) recusa visto prévio…”. É desta forma que começam várias notícias sobre a atividade da instituição liderada por Vítor Caldeira. A forma como o Tribunal decide na hora de dar o ok aos investimentos tem estado na ordem do dia e os autarcas do Porto até pediram um encontro com a instituição por temerem não conseguir aproveitar os fundos estruturais. Porém, o balanço final do trabalho desenvolvido no Tribunal em 2018 mostra que apesar de um crescimento no número de processos sem aval, a percentagem de contratos com recusa de visto é baixa e o volume financeiro que estes representam face ao total também.

De acordo com o Relatório de Atividades e Contas, publicado no site da instituição, em 2018, deram entrada no TC para fiscalização prévia 4.100 processos. No mesmo período houve decisão dos juízes em relação a 2.602 processos, com um volume financeiro correspondente a 5.356 milhões de euros. Este montante representa um crescimento de 16% face ao ano anterior e é apontado pelo juízes conselheiros como um valor recorde.

Na base do crescimento do valor financeiro controlado pelo TC está o crescimento económico e a necessidade de quem quer beneficiar dos fundos estruturais de não perder o acesso às ajudas comunitárias, entende o TC. Além disso, para os juízes há outras explicações para este crescimento como o aumento do investimento da Administração Central e das autarquias, contratos mais pesados nas autarquias como por exemplo em Lisboa o que está relacionado com as rendas acessíveis e a aquisição de bens no Serviço Nacional de Saúde.

Em relação ao ano anterior, o número de vistos recusados aumentou, de 39 (1,1% do total de processos decididos) para 54. Porém, as recusas de visto pesam “apenas 2%” no total de processos decididos, argumenta o TC.

Estas tendências são semelhantes quando se analisa o valor financeiro dos contratos que não foram aceites pelo Tribunal de Contas. No ano passado, os vistos recusados referiam-se a contratos no valor de 182 milhões e euros, o equivalente a 3,3% do valor total dos processos decididos. Um ano antes, tinham sido chumbados contratos no valor de 118 milhões de euros, o que correspondia a 2,6% do montante do total de contratos decididos naquele ano.

TC quer limiar de sujeição a visto prévio superior a 500 mil euros

Depois de receber processos para fiscalização prévia, o TC devolve, por vezes, os contratos para pedir esclarecimentos adicionais. Esta troca de informação entre o TC e as entidades adjudicantes gerou no ano passado uma redução da despesa de 14,8 milhões de euros.

O TC é obrigado a verificar a legalidade financeira dos atos, contratos e outros instrumentos geradores de despesa ou representativos de responsabilidades financeiras, antes de as mesmas serem realizadas. É a esta parte que se chama fiscalização prévia. Esta verificação tem de ser feita sempre que os contratos têm um valor superior a 350 mil euros.

Na próxima alteração à Lei de Organização e Processo do Tribunal de Contas, a instituição liderada por Vítor Caldeira defende que o limiar mínimo de sujeição a visto prévio seja atualizado para um valor superior a 500 mil euros. Este seria o valor caso fosse atualizado ao nível da inflação. O limiar não é atualizado há cerca de 15 anos.

 

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Fortes D’Aloia & Gabriel abre em Lisboa

  • Conteúdo Patrocinado
  • 4 Junho 2019

A Fortes D’Aloia & Gabriel, uma das principais galerias brasileiras de arte contemporânea, está agora presente em Lisboa com um escritório localizado no Chiado.

A Fortes D’Aloia & Gabriel é uma galeria sediada no Brasil que sempre teve uma vocação internacional. Esta nova base operacional contribui para ampliar a presença internacional dos seus artistas – seja em exposições institucionais, galerias parceiras ou coleções particulares.

Maria Ana Pimenta, portuguesa que trabalhou seis anos na galeria em São Paulo é a diretora internacional e responsável pelo escritório.

No seu novo espaço em Lisboa, a Fortes D’Aloia & Gabriel apresenta uma exposição que estabelece um diálogo entre as fotografias da dupla Bárbara Wagner & Benjamin de Burca e as esculturas em cerâmica do inglês Jesse Wine. As obras inéditas orbitam em torno do corpo como tema, ainda que sob abordagens distintas: de um lado, Wagner & de Burca estão centrados no ‘corpo popular’ e suas estratégias de subversão e visibilidade; de outro, Wine apresenta um corpo fragmentado em pés, mãos e cabeças que interpretam de forma subjetiva o comportamento humano.

As fotografias de Wagner & de Burca integram a série Swinguerra (2019), criada especialmente para o Pavilhão do Brasil na 58a Bienal de Veneza. O trabalho foi desenvolvido em estreita colaboração com grupos de dança da periferia do Recife, acompanhando sua intensa rotina de ensaios para competições em torno de ritmos como a swingueira, o brega funk e o batidão do maloka. Nos trabalhos de Jesse Wine, o aspecto responsivo da argila é testado de diversas formas em um processo aberto à experimentação e ao acaso. Nunca usando moldes e empregando uma ampla gama de técnicas de queima e esmaltagem, o artista dá aos métodos tradicionais da cerâmica uma abordagem fresca e muito particular.

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Candidaturas à PAC até maio já ultrapassam total de 2018

  • ECO e Lusa
  • 4 Junho 2019

O período de candidaturas, encerrado a 31 de maio de 2019, registou um acréscimo de 418 candidaturas face ao ano de 2018 e mais 2.382 do que o valor do ano de 2017.

As candidaturas às ajudas da Política Agrícola Comum (PAC) fixaram-se, de acordo com os últimos dados, em 183.649, mais 418 do que em 2018, revelou esta terça-feira o Ministério da Agricultura.

“O período de candidaturas, encerrado a 31 de maio de 2019, registou um acréscimo de 418 candidaturas face ao ano de 2018 e mais 2.382 do que o valor do ano de 2017”, pode ler-se no comunicado do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP). Ou seja, segundo o IFAP, em 2017 registaram-se 181.267 candidaturas a estas ajudas e, no ano seguinte, 183.231.

Os apoios da PAC envolvem anualmente montantes de cerca de 890 milhões de euros: a componente proveniente do FEAGA (Fundo Europeu Agrícola de Garantia) corresponde a 594 milhões de euros por ano, sem qualquer contrapartida nacional. Já ao nível do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER), que incluiu as medidas agroambientais, de manutenção da atividade agrícola em zonas desfavorecidas e florestação de terras agrícolas, os apoios concedidos atingem um montante de 297 milhões de euros/ano, sendo cofinanciados pelo Orçamento do Estado em 19%.

Os apoios em causa têm em vista “compensar os agricultores europeus por desvantagens específicas face aos seus concorrentes no mercado mundial” e têm em conta os padrões de exigência em matéria de segurança alimentar e de sustentabilidade de produção.

Por outro lado, visam “comparticipar o acréscimo de custos assumidos pelos agricultores, no que toca à prestação de serviços ambientais e à produção de bens públicos de interesse coletivo”.

Para o Governo, o nível de adesão a estes apoios demonstra assim a sua importância enquanto “contrapartida de suporte às atividades desenvolvidas”.

O crescimento do número de candidaturas revela também a “dinâmica de crescimento do setor, que continua a registar níveis de atividade crescentes, a que correspondem indicadores económicos significativos”.

O Ministério da Agricultura apontou ainda que entre estes indicadores encontram-se as exportações, cuja estimativa de crescimento em 2018 aponta para uma taxa superior a 4%.

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Wall Street reage em forte alta a anúncio da Fed

  • ECO
  • 4 Junho 2019

Começa a parecer cada vez mais provável que a Reserva Federal inverta a subida de juros. Mercados já começam a refletir perspetiva da alteração.

“Estamos a monitorizar atentamente as implicações destes desenvolvimentos nas perspetivas económicas dos EUA e, como sempre, atuaremos apropriadamente para sustentar a expansão, com um mercado laboral forte e a inflação perto do objetivo dos 2%”, disse esta terça-feira o líder da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell.

A frase não precisou de ser mais clara para as bolsas norte-americanas reagirem em alta, fechando com os melhores registos desde há meses. O Dow Jones encerrou a negociação desta terça-feira com uma valorização de 2,06%, a melhor sessão desde há quatro meses, com o Nasdaq Composite a ganhar 2,65% e o S&P 500 pouco mais de 2,10%.

As declarações do presidente da Reserva Federal foram entendidas como um sinal de abertura do presidente da Fed a inverter a atual política de normalização gradual dos juros, que já remonta ao final de 2015, retomando agora um novo ciclo de descida de juros. Não por acaso, foram os títulos do setor financeiro e da banca que mais puxaram pelas bolsas ao longo da sessão de hoje.

Atualmente a taxa de juro nos Estados Unidos é de 2,5%, depois de no final de 2015 a Fed ter decidido terminar com quase uma década de juros na casa dos 0%-0,25%.

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Em ano de prejuízos, TAP pagou 1,17 milhões de euros em prémios a 180 trabalhadores

  • Lusa
  • 4 Junho 2019

Companhia aérea pagou dois prémios de 110 mil euros a dois quadros superiores, segundo documento a que a Lusa teve acesso. TAP diz que não comenta política de mérito.

A TAP pagou prémios de 1,171 milhões de euros a 180 pessoas, incluindo dois de 110 mil euros atribuídos a dois quadros superiores, segundo um documento a que a Lusa teve acesso. No ano passado a TAP registou um prejuízo de 118 milhões de euros. Em causa estão prémios que foram pagos com o salário de maio destes colaboradores e que oscilam entre os 110 mil e pouco mais de mil euros.

Contactado pela Lusa, Paulo Duarte, coordenador do Sitava (Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos) confirmou esta situação, referindo que estranhava “muito a TAP ter tomado essa iniciativa que nunca foi prática habitual e que vai lançar a desigualdade entre trabalhadores pela falta de equidade”, visto que apenas alguns foram escolhidos.

“Não entendemos isto tendo em conta que num ano em que tivemos lucros [2017] os prémios foram distribuídos por todos”, num valor igual, detalhou o dirigente sindical. Contactada pela Lusa, a TAP disse que não comenta “as suas políticas de mérito”.

Paulo Duarte disse que esta estratégia criou “mal-estar” na empresa e deixou ainda em aberto uma reação do sindicato, que não quis detalhar.

A seguir aos prémios mais elevados, os de 110 mil euros, está um valor de mais de 88 mil euros pago a um dos quadros, um de mais de 49 mil euros e outro de 42 mil. Os restantes valores são todos iguais ou inferiores a 30 mil euros.

No ano passado, o grupo TAP registou m prejuízo de 118 milhões de euros, valor que compara com um lucro de 21,2 milhões de euros registado no ano anterior, segundo anunciou a empresa em março.

“Tivemos um prejuízo líquido consolidado de 118 milhões de euros […]. Os resultados vão além do prejuízo, já que a empresa não causa impacto somente através do seu resultado financeiro”, disse o presidente da Comissão Executiva da TAP, Antonoaldo Neves.

Por sua vez, a receita do grupo passou de 2.978 milhões de euros em 2017 para 3.251 milhões de euros em 2018, traduzindo-se num aumento de 273 milhões de euros, mais 9,1% face ao período homólogo.

“O ano de 2018 foi difícil para a TAP quer em termos operacionais, quer em termos económicos e financeiros, mas foi um ano que não comprometeu o nosso futuro. Um ano que nos permitiu continuar a criar raízes para que o plano estratégico possa ser implementado como previsto”, indicou, por sua vez, o presidente do Conselho de Administração da TAP, Miguel Frasquilho.

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Sindicato marca greve na Soflusa para 12 de junho

  • ECO
  • 4 Junho 2019

Sindicato da Marinha Mercante, Indústrias e Energia (Sitemaq) emitiu um pré-aviso de greve da Soflusa para o dia 12 de junho, avança a TSF. Fectrans prefere manter negociações, mas admite problemas.

O Sindicato da Marinha Mercante, Indústrias e Energia (Sitemaq) emitiu um pré-aviso de greve da Soflusa para o dia 12 de junho, visando protestar contra a quebra “da harmonia salarial” que existiria na empresa, apontou Alexandre Delgado, responsável deste sindicato, em declarações à TSF. Em causa o acordo do governo com os mestres das embarcações.

“Existia uma harmonia salarial na Soflusa que foi quebrada no dia 30, privilegiando um só grupo de profissionais”, acusou Delgado, que subinhou que o seu sindicato exige agora “rigorosamente o mesmo para os outros trabalhadores que não foram contemplados, ou seja, os mesmos 60 euros para cada um dos trabalhadores que não foram contemplados”. Se for aceite, a greve é retirada “de imediato”.

Apesar da tomada de posição do Sitemaq, a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) manifestou preferir que as negociações continuem, ainda que reconhecendo que se criou um problema ao negociar-se apenas com parte dos trabalhadores da empresa.

“A solução foi só para uma determinada categoria profissional, excluindo da solução que estava em discussão a generalidade dos trabalhadores. É óbvio que quem foi excluído não se sente contente e está a exigir que também sejam respondidas as reivindicações que têm colocado“, explicou o sindicalista, também ouvido pela TSF. José Manuel Oliveira espera reunir ainda esta semana com o governo e com a gestão da Soflusa.

Nas últimas semanas, a Soflusa, responsável pelas ligações fluviais entre Barreiro e Lisboa, suprimiu dezenas de barcos em ambos os sentidos.

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Cerejeira Namora, Marinho Falcão tem novo sócio

  • ADVOCATUS
  • 4 Junho 2019

Eduardo Castro Marques é o novo sócio da Cerejeira Namora, Marinho Falcão. O advogado atua nas áreas do Direito de Trabalho, Privacidade e Proteção de Dados e Corporate.

A Cerejeira Namora, Marinho Falcão acaba de nomear o advogado Eduardo Castro Marques como novo sócio, sendo o primeiro a juntar-se aos sócios Fundadores, numa sociedade com quase três décadas.

O advogado integra a sociedade desde 2008, onde fez todo o seu percurso. Para Nuno Cerejeira Namora, “esta nomeação revela o curso natural de quem se dedicou à sociedade com o rigor e qualidade amplamente reconhecidas. O Eduardo é um advogado com reconhecido emprenho e rasgo criativo. Tão próprios de quem está sempre a pensar a advocacia 10 anos à frente”.

Para Pedro Marinho Falcão, sócio fundador, “este é um passo absolutamente decisivo para o futuro. Depois de quase 30 anos apenas com dois sócios, as ambições e a exigência dos novos projetos de expansão merecem a nossa já firmada aposta no Eduardo”.

Com experiência e qualidade técnica demonstradas, entre outras, nas áreas de Contencioso, Direito do Trabalho, Privacidade e Corporate, Eduardo Castro Marques assume agora também funções de gestão na sociedade tendo em vista reforçar a expansão internacional e o acentuado crescimento da última década.

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Administração da Renault ainda não tem resposta para Fiat. Há nova reunião quarta-feira

  • Lusa e ECO
  • 4 Junho 2019

O conselho de administração da Renault está a analisar a proposta de fusão apresentada pela FCA. A decisão final foi adiada por 24 horas.

O Conselho de Administração da Renault, que reuniu esta tarde para avaliar a proposta de fusão apresentada pela Fiat Chrysler Automobiles (FCA), decidiu que vai continuar a estudar o projeto. Esta quarta-feira, ao final do dia, haverá uma nova reunião.

“O Conselho de Administração decidiu continuar a analisar com interesse a possibilidade de uma aproximação e prolongar as discussões sobre este tema. Haverá nova reunião na quarta-feira, dia 5 de junho, ao final do dia”, refere uma nota divulgada pela Renault.

Recorde-se que a FCA anunciou, no passado dia 27 de maio, que propôs um plano de fusão à francesa Renault para criar o terceiro maior grupo global do setor, com vendas de 87 milhões de veículos e uma “forte presença em regiões e segmentos importantes”, disse, na altura, a Fiat Chrysler.

De acordo com a proposta feita pela FCA, o novo grupo seria detido em 50% pelos seus acionistas e em 50% pelos da Renault. A proposta prevê, ainda, que o grupo tenha cotação nas bolsas de Paris, Nova Iorque e Milão.

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Energia solar vai receber investimentos de mais de mil milhões. Governo tem 300 interessados

Objetivo é leiloar 1400 MW de capacidade em julho. Projetos vão movimentar €1,12 mil milhões e baixar défice tarifário.

O Governo vai dar o tiro de partida nos leilões para a atribuição de 1.400 megawatts (MW) em licenças para exploração de energia solar esta quinta-feira, dia em que receberá no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) as cerca de 300 entidades que já manifestaram interesse nos leilões. “Há de tudo, desde pequenas e médias empresas, a grandes empresas, tanto portuguesas como estrangeiras, sociedades financeiras, fundos de investimento ou escritórios de advogados em representação de clientes”, detalhou João Galamba, secretário de Estado da Energia, em encontro com jornalistas.

O processo que arranca agora será o primeiro leilão de capacidade de receção na rede, sendo dedicado exclusivamente à tecnologia solar, com o Governo a prever atribuir licenças para a exploração de até 795 MW na região centro, 340 MW em Lisboa e Vale do Tejo, 235 MW no Alentejo e 30 MW no Algarve, para um total de 1.400 MW. Tendo por base um investimento médio de 800 mil euros por cada MW em solar, João Galamba estima que estes leilões promovam um investimento global de 1,12 mil milhões de euros na economia portuguesa, a aplicar no período de três anos — prazo que será dado aos vencedores para edificarem o seu projeto.

A atribuição de licenças de capacidade solar através de leilões surge depois de o governo ter dado “luz verde”, em meados de maio, ao decreto que permite leiloar licenciamentos para energias renováveis. O modelo anterior foi considerado “desadequado” pelo Executivo, explicou Galamba, pois, além de excessivamente moroso, apenas previa licenças a preços de mercado o que, em contexto de muita procura como se verifica atualmente, não permitia maximizar os ganhos para os consumidores. O objetivo dos leilões, e até o formato dado aos mesmos, é o oposto, explicou João Galamba.

Com a atribuição licenças por leilão, e colocando todos os interessados a concorrer pelos projetos, pretende-se assegurar a produção de um MW de solar a valores abaixo do preço de mercado, explicou. Isto implica ganhos para o sistema elétrico e, por essa via, a redução do défice tarifário imposto aos consumidores de eletricidade. É por esta razão que o secretário de Estado garante que estes leilões vão também servir “para reconciliar os portugueses com as energias renováveis” — depois de os sobrecustos das renováveis terem contribuído para insuflar esse mesmo défice tarifário.

Em relação aos processos para a atribuição de capacidade solar que já estavam em curso antes da entrada em vigor deste novo modelo, João Galamba diz que estas situações foram devidamente acauteladas. “Todos os pedidos que estavam instruídos, já com todos os pareceres e documentação em condições, foram deferidos. Já estavam atribuídas licenças para cerca de 1.300 MW e nos últimos dias terão sido deferidos mais 800 MW”, detalhou.

Até ao momento estão atribuídas licenças de produção equivalentes a 2.100 MW, todas elas ao abrigo do anterior regime, com os projetos em fases distintas de desenvolvimento. “Está um ou outro em operação, outros irão entrando ao longo do ano. Já haverá 600 MW instalados e não devem entrar mais de 150 MW até ao final do ano”, estimou.

Somando estas licenças às que agora vão a leilão, Portugal terá, em breve, um total de 3.500 MW de capacidade de energia solar em licenças atribuídas, sendo esta tecnologia uma aposta não só pelo seu preço mais reduzido — o solar é das renováveis mais baratas –, como porque permitem equilibrar o mix renovável do país, excessivamente dependente das eólicas e das hídricas. Neste momento, cerca de 60% da energia produzida em Portugal é de fontes renováveis e destas 90% são eólica e hídrica.

“O fotovoltaico é o que mais precisa de crescer em Portugal, para o leque renovável ser mais complementar. Com mais energia solar, poupa-se na hídrica, que é chamada muitas vezes a compensar o eólico. O solar vem complementar a oferta de água e vento, reforçar o portefólio”, explicou João Galamba.

Leilões de sentido duplo e para múltiplos propósitos

Esta quinta-feira, o governo realiza uma sessão de esclarecimentos com as cerca de três centenas de entidades que manifestaram interesse nestes leilões, sendo que no dia seguinte irá para o ar um site específico com informações sobre as licenças em jogo, incluindo legislação, mapas e, mais tarde, os cadernos de encargos. Os interessados terão depois dez dias para analisar todas as informações, com a inscrição no leilão a iniciar-se a 17 de junho, decorrendo até ao final do mês. Em julho, provavelmente na segunda quinzena, serão conhecidos os resultados dos leilões para a atribuição dos 1.400 MW a ‘concurso’.

A sessão de esclarecimentos com os interessados servirá sobretudo para o Executivo explicar os moldes em que decorrerão os leilões, já que estes poderão ser uma novidade mesmo para os players de maior dimensão. E este esclarecimento é importante sobretudo se se tiver em consideração que, correndo tudo de feição, este modelo de leilão será seguido na atribuição de mais licenças renováveis, revelou o secretário de Estado.

Em causa está um modelo onde num único leilão é possível que dois tipos distintos de investidores façam ofertas pelo mesmo lote. “Foram pensados para dois perfis de investidores: O que procura garantia, com tarifa fixa, e os que preferem negociar”, explicou. “Queremos colocar estes dois tipos de oferta em concorrência e para isso seguimos um modelo que torna comparáveis duas formas de remuneração inicialmente não comparáveis.” Para tal, foi desenvolvido um modelo em parceria com uma consultora que “reduz” as propostas a um valor atual líquido (VAL), através de projeções sobre a evolução futura dos mercados.

É também através do cálculo deste VAL que o Governo conseguirá assegurar que todos os leilões resultem sempre em ganhos para o concedente e, assim, se reduza o défice tarifário. Caso contrário, não é atribuído. “Nunca será atribuído sem um VAL positivo, foi desenhado para que o VAL seja sempre superior a zero, o que permitirá reduzir défice tarifário, já que os ganhos do sistema vão todos para os consumidores.”

Três anos para executar

Sobre o encaixe que os leilões poderão trazer para o Estado, João Galamba não quis adiantar quaisquer pormenores, remetendo para mais tarde a divulgação dos preços-base de cada lote e das cauções que serão exigidas aos participantes e vencedores dos leilões.

Em relação aos futuros vencedores, o secretário de Estado explicou que estes terão um prazo de três anos para concretizar os seus projetos, com os processos de licenciamento a arrancarem logo a seguir à realização dos leilões. Cada um dos vencedores pagará uma segunda caução por cada lote que tomar, tendo que ir cumprindo metas intermédias de realização dos seus projetos para ir recebendo gradualmente parte da caução. Os promotores estarão também impedidos de vender a licença, pelo menos até à concretização dos seus projetos.

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“Não basta pedir desculpa”. Governo tem de investir nos transportes, diz líder parlamentar do PEV

  • Lusa
  • 4 Junho 2019

Heloísa Apolónia considera que o Executivo socialista deve investir de forma estratégica no setor dos transportes para promover a mobilidade, bem como para reduzir a emissão de gases.

A líder parlamentar de Os Verdes (PEV) afirmou esta terça-feira que não basta ao Governo pedir desculpa pelos problemas dos transportes públicos, devendo o Executivo socialista investir no setor para promover a mobilidade das pessoas. Heloísa Apolónia referia-se à intervenção de sexta-feira no Parlamento do ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, que quis “endereçar um pedido de desculpas às pessoas cujo dia a dia é afetado pelas supressões e atrasos” dos comboios, mas que também se verificam noutros meios de transporte.

A líder parlamentar do PEV antecipou, assim, a interpelação do seu partido ao Governo, marcada para esta quarta-feira, na Assembleia da República (AR), sobre “combate às alterações climáticas – a importância do setor dos transportes”. O debate terá uma duração de cerca de duas horas e meia e contará com a presença do ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, confirmou à Lusa fonte do executivo.

“Não basta o Governo ir à Assembleia da República pedir desculpa aos cidadãos porque os cidadãos não promovem a sua mobilidade com pedidos de desculpa, mas sim com, efetivamente, investimento concreto”, disse. A deputada ecologista declarou que “o setor dos transportes [em geral] representa cerca de 25% do total de emissões de gases com efeito de estufa em Portugal”, algo “bastante significativo”, tornando-se “um setor de peso nestas emissões e, portanto”, será “fundamental intervir de forma estratégica, no sentido da diminuição de gases, em concreto na responsabilidade do CO2, dióxido de carbono”.

“Há muitas coisas que ainda estão por responder e que Os Verdes querem ver respondidas no dia de amanhã [quarta-feira] porque levamos muito a sério esta componente de intervenção que é de fiscalização do Governo, confrontá-lo com as suas responsabilidades, e é por isso que vamos pedir inúmeras respostas no âmbito desta questão dos transportes e mobilidade para que as coisas melhorem e os cidadãos obtenham as respostas de que precisam”, afirmou.

A parlamentar do PEV destacou a prioridade e o esforço dos ecologistas, “ao longo da legislatura” e “de Orçamento do Estado em Orçamento do Estado” para a redução dos preços dos passes e a sua transformação em passes únicos intermodais, a fim de motivar os cidadãos a “largarem o transporte individual e optarem pelo transporte coletivo”.

Heloísa Apolónia criticou a “lógica do abandono e encerramento de linhas” na ferrovia “que faziam falta”, além da falta de aquisição de “carruagens novas” e a existência de “material circulante bastante envelhecido”, bem como o adiamento de “inúmeras obras de modernização de linhas ferroviárias, como as do Oeste e do Alentejo e a falha “na contratação de pessoal necessário para a manutenção”.

Em relação ao transporte fluvial do rio Tejo, a líder parlamentar de Os Verdes salientou a “carência de pessoal e no número de navios disponíveis que deem resposta à necessidade de horários e de mobilidade das populações”. A deputada ecologista lamentou ainda as “falhas muitíssimo graves” na resposta dos transportes públicos com vista à “mobilização das pessoas para a utilização dos transportes coletivos nos movimentos pendulares casa-trabalho-casa”, as quais “decorrem do desinvestimento de sucessivos Governos”.

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Flying-V, nome de código da KLM para viagens de avião mais sustentáveis

O Flying-V usará menos 20% do combustível do que o Airbus A350-900 utiliza, diminuindo as emissões de dióxido de carbono, dizem os responsáveis pelo projeto. Estará pronto a partir de 2040.

A operadora holandesa KLM Royal Dutch Airlines vai ajudar a financiar o Flying-V, o avião em forma de “V” que promete melhorar a sustentabilidade das viagens aéreas. De acordo com a CNN (acesso livre, conteúdo em inglês), o projeto idealizado por Justus Benad e desenvolvido por investigadores da Universidade de Tecnologia de Delft (TU Delft), na Holanda, está agora a ganhar asas.

“Nos últimos anos, a KLM tem sido pioneira em sustentabilidade no setor das companhias aéreas”, disse Pieter Elbers, CEO e presidente da empresa com sede na Holanda, citado pela CNN. “Estamos orgulhosos do nosso relacionamento cooperativo progressivo com a TU Delft, que se encaixa bem com a estratégia da KLM e é um marco importante no caminho para a aviação sustentável”, acrescentou.

De acordo com a TU Delft, o Flying-V usará menos 20% do combustível do que o Airbus A350-900 utiliza. “A aviação está a contribuir com cerca de 2,5% das emissões globais de CO2 [dióxido de carbono] e a indústria está em crescimento. Por isso, precisamos realmente de olhar para aviões mais sustentáveis”, explicou Roelof Vos, líder do projeto, acrescentando que esta é uma inovação necessária, que tem como objetivo a maior eficiência do setor aéreo.

“Não podemos simplesmente eletrificar toda a frota. Temos de criar novas tecnologias que reduzam o consumo de combustível de uma maneira diferente”, afirmou.

A eficiência prometida ao nível do combustível é, em grande parte, resultado do design aerodinâmico do avião. O formato em “V” vai permitir que os passageiros possam viajar sentados dentro das asas do avião, onde também estarão os tanques de combustível e a bagagem.

Já ao nível da capacidade, o Flying-V vai poder transportar quase o mesmo número de passageiros. Enquanto o Airbus A350-900 transporta entre 300 e 350 pessoas, o Flying-V vai ter 314 lugares. Mas este avião ainda vai demorar a deslocar. Espera-se que o Flying-V esteja pronto para cruzar os céus entre 2040 e 2050.

Percorra a fotogaleria para conhecer melhor o Flying-V:

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