Têxtil diz que “acesso imediato” ao lay-off é que salvará empregos

  • Lusa
  • 18 Março 2020

Têxtil considera que o “acesso imediato” ao lay-off simplificado é a medida “verdadeiramente salvadora” de empregos na indústria. Receio é que as empresas não tenham capacidade para pagar os 30%.

O setor têxtil considera que “vão na direção certa” as medidas de apoio anunciadas esta quarta-feira pelo Governo, mas avisa que o “acesso imediato” ao lay-off simplificado é a medida “verdadeiramente salvadora” de empregos na indústria.

“Todas estas medidas são muito importantes, mas dentro da indústria a medida que é mais importante, que terá mais impacto para salvar empregos, é a possibilidade de as empresas virem a recorrer ao lay-off simplificado. As outras ajudam, mas essa é que é a medida verdadeiramente salvadora de empregos”, afirmou o presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) em declarações à agência Lusa.

Segundo Mário Jorge Machado, as regras do novo regime “simplificado” de lay-off (suspensão temporária dos contratos de trabalho) em vigor desde segunda-feira preveem que só as empresas com uma quebra de pelo menos 40% da faturação com referência ao período homólogo de três meses possam recorrer a este instrumento, “o que implica que a empresa já tem a infeção espalhada por todo o corpo quando lhe dão o antibiótico”.

“A medida é bem pensada, vai na direção daquilo que é necessário, só que tem de ser de aplicação imediata, não pode ser uma situação em que tem de se esperar que a infeção se espalhe por todo o corpo para o antibiótico poder ser aplicado, porque aí já pode não funcionar”, sustentou.

Outro dos receios do presidente da ATP é que as empresas não tenham sequer capacidade para pagar os 30% do salário do trabalhador que ficam a seu cargo durante o lay-off (os restantes 70% são assegurados pela Segurança Social), considerando que deveria ser equacionada a hipótese de redução temporária das remunerações dos funcionários.

“É preciso saber se, nesta altura, não deveríamos pedir sacrifícios a todos, inclusivamente aos trabalhadores. Entre receberem só 70% do seu salário e terem emprego ou receberem 100% durante algum tempo e depois já não terem emprego quando for para retomar a atividade, é fácil perceber que as pessoas preferem receber menos e manterem o emprego”, sustentou.

O Governo anunciou esta quarta-feira um conjunto de linhas de crédito para apoio à tesouraria das empresas no montante total de 3.000 milhões de euros, destinadas aos setores mais atingidos pela pandemia Covid-19, com um período de carência até ao final do ano e que podem ser amortizadas em quatro anos.

Na indústria, em particular têxtil, vestuário, calçado, indústria extrativa e da fileira da madeira, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, anunciou uma linha de 1.300 milhões, sendo 400 milhões de euros destinados a micro e pequenas empresas.

Segundo foi anunciado esta quarta-feira pelo executivo, as empresas vão ter ainda a acesso a uma moratória, concedida pela banca, no pagamento de capital e juros e as contribuições para a Segurança Social serão reduzidas a um terço em março, abril e maio, “por forma a preservar o emprego”.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 189 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença.

Em Portugal, o número de infetados pelo novo coronavírus subiu para 642, mais 194 do que os contabilizados na terça-feira, anunciou hoje a Direção-Geral da Saúde (DGS).

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Covid-19: Atenas anuncia pacote de 2.000 milhões e proíbe despedimentos

  • Lusa
  • 18 Março 2020

Entre as medidas anunciadas pelo governo grego, está a proibição de despedimentos em empresas atingidas pelo impacto do Covid-19 e a redução do IVA em produtos relevantes nesta crise, como máscaras.

O Governo grego anunciou esta quarta-feira um pacote de medidas extraordinárias económicas no valor de 2.000 milhões de euros para atenuar o impacto da pandemia do novo coronavírus, que inclui a proibição de despedimentos em empresas atingidas.

Entre as ajudas principais está o pagamento em abril de 800 euros a cerca de meio milhão de trabalhadores que não pode ir trabalhar, porque as empresas foram forçadas a fechar por ordem estatal.

O Governo proíbe também as lojas e estabelecimentos que tiveram que fechar de fazer despedimentos. Qualquer despedimento será considerado nulo, informou o ministro do Trabalho grego, Yannis Vrutsis.

Para atenuar o impacto económico, o Estado lançou apoios para melhorar a liquidez das empresas atingidas e adiou o pagamento de impostos e descontos pelo prazo de quatro meses.

Todos os produtos relevantes nesta crise, como máscaras, luvas ou produtos antisséticos ficam sujeitos à taxa de IVA super reduzida de 6% em vez da habitual de 24%.

O Governo prevê que a crise do novo coronavírus terá um grande impacto na economia, que acabava de começar a recuperar, e em vez de um acréscimo do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,8% previsto inicialmente para este ano, antecipa agora um crescimento nulo (0%).

O ministro das Finanças, Jrístos Staikuras, informou que segundo foi decidido pelo Eurogrupo na segunda-feira “felizmente a Grécia não terá de gerar este ano um excedente de 3,5% do PIB como marcam as pautas acordadas para a era pós-resgate”.

Os ministros da Economia e Finanças também aceitaram que a Grécia não tenha que incluir gastos resultantes da crise migratória e da pandemia do Covid-19 nas contas públicas.

A Grécia está há dias com um regime severo que proíbe a atividade de todo o tipo de centros de lazer, incluindo praias e estações de ski, bem como cafés, cinemas e teatros. Desde o fim de semana estão fechadas todas as grandes superfícies comerciais.

Desde esta quarta-feira também está fechado o comércio a retalho, com exceção das lojas de alimentação e outros serviços considerados necessários para o abastecimento da população, como as estações de serviço, farmácias, bancos e oficinas.

Segundo os dados mais recentes, o número de mortos pelo Covid-19 cifra-se em cinco e há 387 casos confirmados.

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CGTP: “Há uma desproporcionalidade muito grande entre apoios para as empresas e para os trabalhadores”

Isabel Camarinha reconhece que é preciso garantir a viabilidade das empresas, mas diz-se "preocupada" com a desproporcionalidade entre essas medidas e aquelas anunciadas para os trabalhadores.

A secretária-geral da CGTP assume-se “preocupada” com a desproporcionalidade “muito grande” que diz notar entre as medidas anunciadas pelo Governo para apoiar empresas e os apoios destinados aos trabalhadores, face à pandemia de coronavírus. Em declarações ao ECO, Isabel Camarinha reconhece que é “muito importante” garantir a viabilidade das empresas, mas defende que é igualmente imperativo assegurar o pagamento por inteiro das remunerações aos trabalhadores.

O Executivo de António Costa apresentou, esta quarta-feira, um novo pacote de medidas para fazer face ao surto em questão, incluindo linhas de crédito até três mil milhões para as empresas, bem como a flexibilização do pagamento de impostos e de contribuições sociais.

Em reação a estes novos apoios, a dirigente da CGTP indica que é “muito importante” haver medidas que apoiem o emprego e garantam a viabilidade das empresas, mas sublinha que se mantém “preocupada” com a desproporcionalidade entre as medidas para as empresas e àquelas que já foram anunciadas para os trabalhadores.

Por exemplo, face ao encerramento de todas as escolas, o Governo decidiu avançar com um mecanismo “especial” para garantir rendimentos aos pais que tenham de faltar ao trabalho para acompanhar os seus filhos. Este apoio equivale, contudo, apenas a dois terços do salário de referência — a ser pago em metades iguais pelo empregador e pela Segurança Social — e não cobre o período que já estava previsto para interrupção para as férias da Páscoa.

Para Isabel Camarinha, esse apoio não só deve garantir a remuneração a 100%, como deve ser estendido para o período das férias, uma vez que, além das escolas, também os ATLs estão encerrados. Manter os rendimentos significaria, além disso, frisa a sindicalista, uma quebra menos significativa no consumo.

Por outro lado, o Governo decidiu avançar com um apoio extraordinário para os trabalhadores independentes que fiquem totalmente sem trabalho por causa da pandemia, que passam assim a receber da Segurança Social até 438,81 euros mensais. “É inaceitável”, considera Camarinha, lembrando que tal valor fica “muito abaixo do limiar da pobreza”.

Sobre a flexibilização do pagamento de contribuições apresentada, esta quarta-feira, pelo Executivo, a dirigente da CGTP avisa que estas medidas “voltam a colocar peso sobre a Segurança Social”, não podendo ser esse sistema a “suportar tudo”. “Vai descapitalizar a Segurança Social”, alerta.

À luz das medidas tomadas pelo Governo perante o surto de coronavírus, há várias situações em que as contribuições para a Segurança Social ficam “suspensas”: é o caso dos empregadores que estejam em paragem total de atividade ou com uma quebra de 40% na faturação, que aderindo ao “novo regime de lay-off” ficam temporariamente isentos de contribuições para a Segurança Social; também é o caso dos trabalhadores independentes que beneficiem do apoio extraordinário referido, que veem as suas contribuições diferidas; por fim, as empresas com até 50 trabalhadores (ou com até 250 trabalhadores, mas com uma quebra de faturação de 20%) e os trabalhadores independentes vão pagar apenas um terço das contribuições devidas entre março e maio, sendo o acerto feito no terceiro trimestre.

Em conversa com o ECO, Isabel Camarinha denunciou ainda que “há muitas empresas” que estão a tentar forçar os trabalhadores a gozarem os seus dias de férias, durante este período, ainda que legalmente só o possam fazer a partir do início de maio e até ao final de outubro, se não houver acordo antes desse período.

Ao Governo, os patrões já disseram ser necessário fazer “ajustes” ao regime de marcação das férias, tendo em conta a situação “especial” da atualidade. A dirigente a CGTP espera, contudo, que o Governo não ceda a esses pedidos. “Seria um atentado enorme aos direitos dos trabalhadores”, remata Camarinha.

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Covid-19: Caixa Geral de Depósitos antecipa pagamento de 10 milhões a fornecedores

  • Lusa
  • 18 Março 2020

O banco público decidiu antecipar o pagamento de 10 milhões de euros às Pequenas e Médias Empresas suas fornecedoras, por forma a reforçar a tesouraria das empresas, devido ao impacto do Covid-19.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) anunciou esta quarta-feira que antecipou o pagamento de 10 milhões de euros às Pequenas e Médias Empresas (PME) suas fornecedoras, no âmbito das dificuldades de tesouraria geradas pelo impacto do Covid-19.

Tendo em conta as dificuldades de tesouraria que se adivinham com a situação de pandemia do Covid-19, a administração da Caixa Geral de Depósitos decidiu acelerar os procedimentos de pagamento às Pequenas e Médias Empresas suas fornecedoras, libertando, desde já 10 milhões de euros”, adianta o banco público, numa nota enviada.

“Esta medida pretende reforçar a tesouraria das empresas que fornecem regulamente a Caixa e antecede o anúncio de um pacote alargado de medidas para mitigar o impacto nos portugueses, particulares e empresas, que será comunicado ainda esta semana”, concluiu a entidade.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 189 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou terça-feira o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou uma reunião do Conselho de Estado para esta quarta-feira, para discutir a eventual decisão de decretar o estado de emergência. Portugal está em estado de alerta desde sexta-feira, e o Governo colocou os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.

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Oitenta mil cidadãos da UE no estrangeiro pediram para ser repatriados

  • Lusa
  • 18 Março 2020

Devido ao surto de Covid-19 cerca de 80 mil cidadãos da União Europeia no estrangeiro pediram às autoridades nacionais para serem repatriados.

A Comissão Europeia disse esta quarta-feira que 80 mil cidadãos da União Europeia (UE) no estrangeiro pediram já às autoridades nacionais para serem repatriados devido ao surto de Covid-19, e recordou que os pedidos devem ser submetidos aos Estados-membros.

“Segundo os dados mais recentes, que têm por base o registo dos Estados-membros nos contactos feitos com os seus cidadãos, estamos a falar de um número agregado de 80 mil pessoas”, declarou o porta-voz da Comissão Europeia para assuntos externos e política de segurança, Peter Stano.

Falando na conferência de imprensa diária do executivo comunitário, em Bruxelas, o responsável notou que também existem “muitos cidadãos dentro da UE que querem voltar ao seu país”.

Nos casos referentes ao estrangeiro, estão em causa países como Japão, Estados Unidos, Sri Lanka e Maldivas, nos quais estão cidadãos europeus que, por viagens canceladas ou suspensas devido ao surto de Covid-19, estão retidos e à espera de serem repatriados.

Peter Stano vincou que “o contacto, a chamada telefónica” deve ser, em primeira instância, direcionada aos consulados-gerais nestes países fora da UE.

“Sempre e quando é necessário, nós tentamos coordenar, mas de facto a responsabilidade cabe aos Estados-membros no que toca a questões como alugar aviões”, explicou, admitindo que Bruxelas possa financiar algumas operações.

À Comissão cabe, então, “apoiar os Estados-membros e coordenar a situação”, apontou Peter Stano, lembrando que isso já motivou suporte a ações de repatriamento de cidadãos retidos em Marrocos, num total de 619 pessoas repatriadas esta semana ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil.

“Uma grande parte da cooperação do nosso lado é com as autoridades locais porque devido a medidas como encerramento de aeroportos, suspensão de voos e restrições às viagens, as pessoas podem ficar retidas”, adiantou Peter Stano.

Por seu lado, o porta-voz principal da Comissão Europeia, Eric Mamer, sublinhou na ocasião que este apoio de Bruxelas ao repatriamento “depende também da capacidade de encontrar voos para trazer estas pessoas de volta para a Europa”.

“Isto nem sempre é conseguido porque os outros países [no estrangeiro] também estão a cancelar voos de e para a Europa e de e para as outras partes do mundo”, observou o responsável, considerando que, “do ponto de vista logístico, este é um enorme desafio”.

“Temos vindo a cofinanciar voos organizados pelos Estados-membros para fazer repatriamentos e vamos continuar a fazê-lo até aos limites da nossa capacidade orçamental”, assegurou Eric Mamer.

O responsável apelou ainda a solidariedade entre os Estados-membros, que devem “ajudar-se uns aos outros” em ações que realizem, trazendo cidadãos de outros países europeus.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 194 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença.

Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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Transformers ensina a sair da caixa (e aprender) sem sair de casa

"Manter os jovens em casa" e "promover sentido de comunidade" são as bases para 22 workshops e talks criados e dinamizados por 50 voluntários do movimento Transformers.

Coronavírus tem sido sinónimo de recato, de isolamento e de quarentena voluntária. Depois de o Governo ter anunciado o fecho de todas as escolas do país desde esta segunda-feira, o movimento Transformers decidiu reagir e criar uma forma de os jovens poderem continuar a aprender, mesmo tendo de ficar em casa.

O projeto “sai da caixa (não de casa)” arranca já esta esta quarta-feira, tendo data de conclusão prevista para 10 de abril: são 22 workshops e talks para quem quiser aprender em casa. A “equipa” de mentores é composta por mais de 50 voluntários e 600 aprendizes espalhados por todo o país, explica fonte do movimento em comunicado.

“Vivemos uma situação única que alterou o nosso dia-a-dia mas que, acima de tudo, nos mostrou a importância da educação para a cidadania e da urgência em trabalharmos o nosso sentido de comunidade. É nos desafios maiores que percebemos que só há evolução se todos nos movermos juntos, enquanto comunidade. Todos dependemos e temos muito a aprender uns com os outros”, revela Inês Alexandre, CEO do Movimento Transformers, que será a responsável pela facilitação dos workshops.

A ideia de fazer uma série de formações por todo o país já existia: Inês Alexandre planeava um roadshow de conhecimento quando surgiu a pandemia de Covid-19. Face ao problema, o itinerário anteriormente previsto passou para um roteiro virtual de conceitos e ideias que pudessem ser úteis aos jovens portugueses.

“A partilha, empatia, responsabilidade e civismo são as bases com as quais se constrói a mudança e os exemplos a seguir. Por isso, neste momento de pausa, vamos fazer a diferença e aproveitar para aprender e ajudar quem mais precisa, para que possamos ser os verdadeiros exemplos dentro da nossa comunidade”, explica ainda a lider do movimento.

Alguns dos workshops serão práticos e terão 45 minutos de duração, na plataforma Zoom, e a capacidade máxima de visualização para 25 pessoas, estando sujeitos a inscrição. As restantes sessões (workshops) e as talks serão abertas à comunidade e serão transmitidas, em direto, no Instagram do Movimento Transformers

Calendário roadshow virtual:

  • 18 de Março T-talk – João Kopke – 18h45 (direto no instagram @movimentotransformers)
  • 19 de Março T-talk – Beatriz Trix – 17h (direto no instagram @movimentotransformers)
  • 20 de Março T-talk – Joana Moreira – 18h45 (direto no instagram @movimentotransformers)
  • 23 de Março Workshop “Educação para a cidadania jovem” – técnicos/comunidade acima dos 21 anos – 11h (sujeito a inscrição)| T-talk – Diogo Silva – 19h (direto no instagram @movimentotransformers)
  • 24 de Março Workshop “Transforma a tua comunidade” – jovens abaixo dos 21 anos – 17h30 (direto no instagram @movimentotransformers)
  • 25 de Março Workshop “Voluntariado – qual a importância?” – técnicos/comunidade acima dos 21 anos – 16h (sujeito a inscrição)| T-talk – Inês Gonçalves – 19h (direto no instagram @movimentotransformers)
  • 26 de Março Workshop “Voluntariado – como fazer a diferença?” – jovens abaixo dos 21 anos – 17h30 (direto no instagram @movimentotransformers)
  • 27 de Março T-talk – Paulo Silva – 19h (direto no instagram @movimentotransformers)
  • 29 de Março T-talk – Catarina Marques Rodrigues – 16h (direto no instagram @movimentotransformers)
  • 30 de Março – Workshop “Influência social – poder das redes para a mudança” – técnicos/comunidade acima dos 21 anos – 11h (sujeito a inscrição) | T-talk – João Mateus – 19h (direto no instagram @movimentotransformers)
  • 31 de Março Workshop “Influência social – poder das redes para a mudança” – jovens abaixo dos 21 anos – 17h30 (direto no instagram @movimentotransformers)
  • 1 de Abril ODSs – qual o meu papel? – técnicos/comunidade acima dos 21 anos – 16h (sujeito a inscrição) | T-talk – Inês Santos Silva – 19h (direto no instagram @movimentotransformers)
  • 2 de Abril ODSs – qual o meu papel? – jovens abaixo dos 21 anos – 17h30 (direto no instagram @movimentotransformers)
  • 3 de Abril T-talk – Ligia Gomes – 19h (direto no instagram @movimentotransformers)
  • 6 de Abril Workshop “Juventude e responsabilidade cívica“ – técnicos/comunidade acima dos 21 anos – 11h (sujeito a inscrição) | T-talk – Catarina Moreira – 19h (direto no instagram @movimentotransformers)
  • 7 de Abril Workshop “Comunicar oralmente não é o meu forte” – jovens abaixo dos 21 anos – 17h30 (direto no instagram @movimentotransformers)
  • 8 de Abril Workshop “Envelhecimento ativo: agarrar as oportunidades “ – técnicos/comunidade acima dos 21 anos – 16h

 

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Seguro Directo já tem 100% do call center em teletrabalho

  • ECO Seguros
  • 18 Março 2020

Em três dias, a Seguro Directo adotou medidas de mitigação de risco de propagação do Covid-19 e implementou um modelo de trabalho remoto a 100%. Afirma que está em pleno na prestação de serviços.

A Seguro Directo, do grupo Ageas estabeleceu um plano que incluiu o departamento de Centro de Atendimento a Cliente da seguradora, permitindo que este começasse a trabalhar de modo remoto com todas as condições de segurança.

A seguradora firma que com recurso a várias tecnologias avançadas e flexíveis, ferramentas de colaboração à distância e sistemas de conectividade seguros, “foi possível implementar um novo modo de trabalhar em tempo recorde”.

A plataforma de gestão de centros de atendimento utilizada permite fazer a gestão de chamadas, vídeos, conversas de texto, entre outros, também permite a distribuição das chamadas pelas equipas e acesso a dispõe de ecrãs virtuais com os indicadores de controlo da eficácia do atendimento. Tem ainda acesso a sistemas de negócio empresariais, como gestão de sinistros, marcação de peritagens e apoio à venda.

Sala do centro de atendimento da Seguro Directo, quarta-feira de manhã: Todos estão em teletrabalho, mas o serviço está plenamente assegurado.

A seguradora dotou, em três dias, todos os seus Colaboradores com os meios necessários para servir os Clientes em pleno. Para tal, foram providenciados equipamentos, ferramentas e meios de comunicação a todos os colaboradores passando de um método de trabalho tradicional, para um remoto.

“O desafio não foi só tecnológico, mas também organizacional” refere Eduardo Caria, Diretor Geral da Seguro Directo, “foi necessário reestruturar a forma como as equipas se relacionam e se organizam, adaptando o serviço de modo a manter a proximidade entre os membros de cada equipa e adotar novos hábitos e métodos de trabalho”, conclui.

A transição total para o trabalho remoto, permitiu manter os serviços na sua plenitude, adianta a seguradora.

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Medidas apresentadas pelo Governo “não são suficientes”. Imobiliário pede uma “linha de crédito particular”

O imobiliário está insatisfeito com as medidas apresentadas pelo Governo para fazer face às consequências do coronavírus, defendendo que estas não protegem as empresas do setor.

O Governo apresentou esta quarta-feira um conjunto de medidas económicas para fazer face à pandemia mas, para o mercado imobiliário, estas não são suficientes, nem protegem as empresas do setor. Assim, a associação que representa as empresas imobiliárias pede uma linha de crédito particular, justificando que “o imobiliário é um dos principais responsáveis pela recuperação da economia”.

“O imobiliário nunca é bem tratado. Apesar de todo o trabalho que temos desenvolvido e da importância que, comprovadamente, revelamos ter no panorama económico nacional, continuamos a ser tratados como os maus da fita a quem só se atribuem as culpas de tudo o que acontece“, começa por dizer o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), citado em comunicado.

“Foram promovidas medidas específicas para a restauração, turismo e indústria, por exemplo, mas o imobiliário também tem de ser incluído neste cenário com uma linha de crédito particular para o setor“, continua, explicando que “as empresas não vão conseguir liquidez neste período que obriga ao isolamento social”.

Afirmando que, neste momento, o mercado pode até nem ser prioritário, Luís Lima diz que “quando vier o tsunami económico”, não tem dúvidas de que, “mais uma vez”, o imobiliário será “um dos setores chave” para ajudar o país a recompor-se. “Precisamos de ser respeitados e acarinhados por quem nos governa, e merecemos esse reconhecimento, que neste momento tem de ser feito através do apoio a estas empresas”, reforça.

Para o representante das empresas imobiliárias, “o imobiliário é um dos principais responsáveis pela recuperação da economia nacional” e, neste momento, “mais de 40 mil pessoas dependem diretamente deste setor”. No ano passado, disse, estima-se que o imobiliário tenha gerado mais de 27 mil milhões de euros de investimento direto, dos quais cerca de 19 mil milhões foram da responsabilidade das empresas de mediação imobiliária.

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Enrique Miralles nomeado novo CEO do El Corte Inglés em Portugal

El Corte Inglés nomeou Enrique Hidalgo Miralles como novo diretor geral do grupo em Portugal.

O El Corte Inglés nomeou Enrique Hidalgo Miralles para novo CEO do grupo em Portugal. Enrique Miralles vai substituir Juan Ángel Vaca, naquele que é o único mercado internacional onde o grupo atua com uma rede própria de lojas.

Enrique Hidalgo Miralles conta com uma longa carreira no grupo, uma vez que começou a trabalhar no grupo em 1989, onde exercia o cargo de diretor do centro Preciados-Callao, em Madrid, até esta nomeação, avança o jornal Modaes.

Esta nomeação acontece numa altura em que o chefe da área de moda feminina, Juan José Gutiérrez, deixou o grupo após sete ano na empresa. Gutiérrez, que passou anteriormente pela Adidas e pelo Mango, já está a trabalhar num novo projeto. Até à data, o grupo ainda não nomeou um substituto para Gutiérrez.

O El Corte Inglés chegou a Portugal em 2001, mais concretamente à capital. Para além da loja em Lisboa, o grupo conta com mais cinco espaços localizados em Aveiro, Braga, Coimbra, Vila Nova de Gaia e Sintra.

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DGS regista 194 novos casos de Covid-19. Há 642 doentes confirmados

Nas 24 horas até à última meia-noite, a Direção-Geral da Saúde encontrou 194 novos casos de infeção pelo novo coronavírus em Portugal. O número total de casos confirmados sobe, assim, de 448 para 642.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) encontrou 194 novos casos de infeção pelo novo coronavírus até à passada meia-noite, elevando de 448 para 642 o total de casos confirmados da doença Covid-19 em Portugal. Três pessoas já recuperaram da doença.

Já o número de vítimas mortais conhecidas aumentou de uma para duas, com a notícia da morte de António Vieira Monteiro, chairman do Santander Portugal, que estava internado com a infeção há vários dias. Neste caso, o óbito terá ocorrido já depois da meia-noite.

Boletim epidemiológico de 18 de março

Fonte: Direção-Geral da Saúde

O boletim mostra que há 289 casos na região Norte, 74 casos no Centro, 243 casos em Lisboa e Vale do Tejo, dois casos no Alentejo, 21 casos no Algarve, três casos nos Açores, um caso na Madeira e nove casos que foram “exportados” para o estrangeiro. Do total de casos “importados”, a maioria foram cidadãos que vieram de Espanha (18), seguindo-se Itália e França (13).

Segundo a informação oficial, 89 doentes estão internados e 20 encontram-se em unidades de cuidados intensivos. 30 cidadãos infetados têm mais de 80 anos, o principal grupo de risco, e outros 49 doentes têm idades entre 70 e 79 anos.

Questionada sobre o baixo número de doentes internados, Graça Freitas, diretora-geral da saúde, explicou numa conferência de imprensa que “esta doença tem uma regra aparentemente simples: 80-15-5”. “Cerca de 80% das pessoas fica em autocuidados domiciliados. Podem ficar no seu domicílio e serem acompanhadas pelo seu médico. 15% ficam em enfermaria geral e 5% podem necessitar de cuidados intensivos”, detalhou.

Assim, “nesta fase inicial, internámos todas as pessoas em contenção máxima e, à medida que o seu quadro clínico estabilizou, estavam bem e têm capacidade de ficar em casa, estas pessoas foram fazer a sua convalescença para o domicílio”, disse Graça Freitas, salientando ser “a boa prática internacional”.

Cinco novas cadeias de transmissão ativas

No período de 24 horas em análise, as autoridades de saúde encontraram cinco novas cadeias de transmissão do coronavírus, um aumento de 19 para 24 cadeias ativas. Significa que a origem de todos os casos pôde ser seguida pelas autoridades até 24 pessoas, “responsáveis” iniciais pela transmissão do vírus pelas demais.

O boletim epidemiológico divulgado esta quarta-feira aponta ainda para 5.067 casos suspeitos e que 351 pessoas aguardam resultado laboratorial. Há um total de 6.656 pessoas sob vigilância, nomeadamente por terem estado em contacto com pessoas infetadas pelo novo coronavírus.

Esta atualização surge 16 dias depois de registados os dois primeiros casos de Covid-19 em Portugal, no dia em que o número de infeções em todo o mundo superou, pela primeira vez, as 200.000. Este número mais do que duplicou em duas semanas.

A quantidade de casos confirmados em Portugal refere-se ao número de pessoas que foram testadas e o resultado foi positivo para o novo coronavírus. Ou seja, o número reflete apenas os casos conhecidos, pelo que as autoridades têm alertado para que o número de casos reais possa ser superior. Assim, a evolução do número de casos confirmados não reflete com exatidão o evoluir da pandemia no país, mas sim que as autoridades vão tendo um conhecimento mais aproximado da real dimensão do surto.

Há “fortes indícios de transmissão comunitária” do coronavírus em Ovar

No rescaldo da divulgação destes números, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, recordou que “todos somos agentes de saúde pública” na prevenção do contágio do novo coronavírus. No entanto, o governante reconheceu que “Ovar é um caso que inspira uma preocupação acrescida”.

Esta terça-feira, foi decretado o estado de calamidade pública em Ovar. Uma decisão que apertou ainda mais as restrições aos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos como forma de tentar travar o vírus. Entre elas, a proibição de entrada e saída no concelho, salvo exceções.

Lacerda Sales disse que a decisão foi tomada com base nos “fortes indícios de transmissão comunitária” da infeção. “Este caso serve para nos deixar ainda mais alerta. Não é em pânico, mas conscientes de que o vírus se propaga com esta velocidade”, acrescentou o secretário de Estado.

Para terminar, Lacerda Sales aproveitou para agradecer aos portugueses “pelo elevado sentido de responsabilidade e civismo” evidenciados neste momento. “Ainda estamos no início do caminho e é preciso que estas respostas que o Ministério da Saúde está a adotar resultem do conhecimento e da melhor evidência científica de que dispomos, e que só o sacrifício individual dará origem a uma vitória coletiva”, indicou.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h02)

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Covid-19: Dúvidas laborais, contratuais e de saúde invadem e-mails dos advogados

A pandemia está a assolar o mundo e várias são as questões que se impõem. À Advocatus as sociedades de advogados garantem que as dúvidas são constantes.

A pandemia Covid-19 que assola Portugal e o mundo nos últimos meses tem deixado os portugueses e empresas sem saber como reagir. Os advogados encontram-se sem mãos a medir no aconselhamento aos seus clientes sobre o que devem fazer.

Questões laborais, contratuais e de saúde e farmacêuticas são as mais frequentes que as sociedades de advogados têm recebido face ao Covid-19.

“A PLMJ criou uma equipa multidisciplinar dedicada a analisar os desafios legais, mas também operacionais que resultam do impacto muito negativo que o Covid-19 já está a ter nas empresas e de uma forma transversal. Assim a equipa que montámos tem a lógica full service mas também uma abordagem setorial, capaz de acompanhar os nossos clientes de A a Z”, refere fonte oficial da PLMJ à Advocatus.

Também a PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados adaptou-se à realidade e criou o Help Desk|Covid-19. “Esta plataforma é de apoio especializado em matérias jurídicas relacionadas com esta crise de saúde pública e pretende acompanhar questões específicas dos seus clientes, relacionadas com os impactos deste surto, seja através de esclarecimentos diretos ou através do envio de newsletters em áreas como: comercial contratos e concorrência, contratação pública, fiscal, laboral ou a nossa unidade económica da farmácia e do medicamento”, explica fonte oficial da PRA.

No que concerne ao setor laboral, as questões prendem-se com as “obrigações das empresas diante dos riscos de contágios e medidas de prevenção e de reação que devem ser implementadas” e “matérias mais estratégicas, designadamente obrigações e consequências de diversos cenários relacionados com ausências de trabalhadores, a possibilidade de aplicação do regime de teletrabalho e medidas para enfrentar situações de paragem que necessariamente trarão um impacto económico negativo, em particular relacionadas com o mecanismo do lay-off”, nota a sociedade liderada por Luís Miguel Pais Antunes.

Também questões sobre o teletrabalho, o trabalho por turnos, o regime de férias e a figura jurídica do lay off são colocadas à sociedade de advogados Aventino & Associados. “Os nossos clientes têm nos questionado também sobre, se devem ou não proceder à aplicação da figura jurídica denominada de ‘lay off’”, afirma Francisco Aventino Pinheiro.

“No âmbito específico da situação que se vive, devido ao coronavírus, temos tido questões específicas de âmbito laboral e também questões relacionadas com o impacto sobre os contratos em geral”, refere à Advocatus fonte oficial da FCB Advogados.

No setor contratual, as preocupações também são muitas. “Neste momento, as principais preocupações do mercado são de enquadramento do impacto da contingência nos vários contratos da “cadeia primária”, de acordo com a lei existente: contratos de distribuição, contratos de fornecimento, contratos de transporte, contratos de concessão, contratos de empreitada, contratos de parceria, contratos de investimento, contratos de trabalho, entre outros”, refere Catarina Monteiro Pires, sócia da Morais Leitão.

Para o advogado da Aventino & Associados, os clientes pretendem ainda informar-se sobre o cumprimento de contratos, prazos de entrega e se o facto de não os cumprir acarreta penalidades, ou se existe na lei alguma salvaguarda para tal situação.

Com a economia a sofrer um grande impacto do Covid-19, a área dos mercados de capitais e corporate é também bastante solicitada. “Sobretudo as questões mais centrais da operação e que aportam risco financeiro óbvio e potenciais impactos económicos muito negativos, que é necessário prevenir e mitigar”, nota a PLMJ.

“Os mercados financeiros sofrem um impacto significativo, alastrando efeitos a vários contratos bancários e financeiros”, refere a Catarina Monteiro Pires, sócia da Morais Leitão.

Na área da saúde os clientes também possuem várias questões referentes quer ao modo de funcionamento dos estabelecimentos deste setor, quer ao nível regulatório, quanto ao fabrico, importação e distribuição de equipamentos de proteção individual.

No que concerne a medidas preventivas, a área da PLMJ liderada por Eduardo Nogueira Pinto, destacam a “assessoria na análise de modelos alternativos de exercício da atividade em caso de verificação de situações de quarentena ou de infeção e os procedimentos a adotar perante um possível cenário de escassez de medicamentos ou rutura na cadeia de abastecimento”.

“A nível de direito de saúde, o que pretendem saber é se é obrigatório, ou não, a afetação de espaços como salas de isolamento e casas de banho próprias para suspeitos de infeção pelo Covid-19”, assegura Francisco Aventino Pinheiro, da Aventino & Associados.

Mas ainda são muitas as leis e obrigações legais que estão a ser colocadas à prova, segundo o entendimento da sócia da Morais Leitão. “Por exemplo, a lei que regula os espetáculos artísticos e festivais de verão. As perguntas são duas: o que acontece aos contratos e obrigações (cessam? suspendem-se? modificam-se? mantêm-se?) e de quem é o risco económico e financeiro. Mas os problemas que estão na base, e dos quais depende a resposta, são muito diversos, exigindo uma análise rigorosa caso a caso. Com o tempo, é possível que irrompam vários litígios, uma vez que são matérias que, muitas vezes, não gerarão consenso entre as partes”, explica.

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Grupo Inditex encerra lojas em Portugal. Zara, Bershka e Stradivarius fecham a partir desta quarta-feira

  • ECO
  • 18 Março 2020

A partir desta quarta-feira, Bershka, Zara, Stradivarius, Pull & Bear, Massimo Dutti, Oysho, Zara Home, Uterqüe e Lefties passam a estar de portas fechadas, consequência do coronavírus.

O Grupo Inditex decidiu encerrar temporariamente as cerca de 350 lojas que tem no país, avança o Observador. A partir desta quarta-feira, Bershka, Zara, Stradivarius, Pull & Bear, Massimo Dutti, Oysho, Zara Home, Uterqüe e Lefties passam a estar de portas fechadas, consequência do coronavírus.

Incluídas estão todas as lojas do Grupo, sejam na rua ou em centros comerciais, confirmou uma fonte do Grupo Inditex ao ECO, referindo ainda que o fecho acontece, independentemente de haver, ou não, uma autorização por parte do dono do centro comercial. Esta quarta-feira, as lojas já não abrem.

Esta decisão é uma consequência do surto do novo coronavírus e, em Espanha, já tinha sido adotada. O encerramento é por tempo indeterminado mas, tal como tem acontecido com outras marcas, os consumidores poderão continuar a comprar através dos respetivos sites.

O Grupo Inditex é mais um que se junta à lista das empresas que já decidiram fechar portas devido a esta pandemia. No mesmo segmento de moda, destaque para a Parfois, Sacoor, Salsa e Chicco.

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