Governo proíbe circulação entre concelhos nos feriados. Aulas suspensas e tolerância de ponto nas vésperas

Devido aos feriados de 1 e 8 de dezembro, o Governo decretou proibição de circulação entre concelhos. Nas vésperas dos feriados não haverá aulas e a função pública tem tolerância de ponto.

O Governo definiu novas medidas para os próximos 15 dias, algumas delas especificamente para os feriados de dezembro que permitem fazer “ponte”. Para evitar a propagação do vírus, ficará proibida a circulação entre concelhos, sendo que nas vésperas dos dias 1 e 8 haverá tolerância de ponto para os funcionários públicos, enquanto as escolas vão ser encerradas.

“Vamos ter dois feriados, a 1 e 8 de dezembro, e muitas vezes os feriados convidam à realização de pontes. Em todo o continente, entre as 23h do dia 27 de novembro e as 5h do dia 2 de dezembro, e entre as 23h do dia 4 de dezembro e as 5h do dia 9 de dezembro, vigorará a proibição de circulação entre concelhos“, anunciou o primeiro-ministro, em conferência de imprensa.

“Quando proibimos a circulação entre concelhos, não está demonstrado que é a circular nas autoestradas nem a ir à ‘terra’ que as pessoas se contaminam. O que está demonstrado é que quanto maior é o número de deslocações e o número de contactos, maior é a possibilidade de transmissão do vírus”, justificou António Costa. “Portanto, temos de limitar ao mínimo possível as deslocações e todos os contactos e eliminar tudo o que é possível eliminar de deslocações e ajuntamentos que não sejam absolutamente essenciais”.

Relativamente às “segunda-feiras que antecedem os feriados”, continuou António Costa, foi determinada a “suspensão das atividades letivas a 30 de novembro e 7 de dezembro”.

Além disso, o Governo decidiu dar “tolerância de ponto à Administração Pública” e apela ao setor privado para que “suspenda a sua laboração”, de forma a que haja “no início de dezembro quatro dias com risco de circulação reduzida”, explicou o primeiro-ministro.

Na mesma conferência de imprensa, António Costa anunciou ainda dois novos níveis de risco — “muito elevado” e “extremamente elevado” –, bem como medidas específicas para cada concelho, de acordo com o nível de risco em que estes se inserem. Esta semana vão ser anunciadas mais medidas de apoio à restauração, mas também no que toca às rendas comerciais.

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Máscara passa a ser obrigatória no local de trabalho

“Também no trabalho se transmite o vírus e também no trabalho a máscara protege da transmissão do vírus”, justificou o primeiro-ministro.

O uso de máscara nos locais de trabalho passa a ser obrigatório, exceto quando os postos de trabalho são isolados ou quando haja separação física entre diferentes postos, anunciou o primeiro-ministro.

Na conferência de imprensa para anunciar novas medidas para combater o aumento de número de infeções por Covid-19, decididas no Conselho de Ministros de sexta-feira, António Costa avançou com uma nova obrigatoriedade: o uso de máscara nos locais de trabalho.

“Também no trabalho se transmite o vírus e também no trabalho a máscara protege da transmissão do vírus”, explicou o primeiro-ministro.

Com o aumento de contágios, o Executivo decidiu tornar ainda mais rígida a regra de utilização das máscaras. Passou a ser obrigatória a 28 de outubro também na via pública “sempre que o distanciamento físico recomendado pelas autoridades de saúde se mostre impraticável”, ou seja, pelo menos dois metros. Até então era uma recomendação e passou a obrigatória, pelo menos durante 70 dias (determinava a lei), com a possibilidade de ser renovada.

Apenas crianças com menos de dez anos não estão obrigadas a utilizar máscara em espaços públicos. E quem não cumprir esta obrigação estão previstas multas que oscilam entre 100 euros e 500 euros.

O uso da máscara é ainda obrigatório nos transportes públicos, em todos os recintos de espetáculos, em todos os espaços comerciais, bem como, em “locais fechados em que haja um elevado número de pessoas”, desde 30 de abril.

Ao nível das empresas, António Costa, reiterou que o teletrabalho é para cumprir e perante a existência clara de incumprimentos a este nível, o Executivo vai reforçar a ação inspetiva. “É preciso que as empresas e as pessoas que possam estar em teletrabalho o pratiquem efetivamente para em da sua saúde e da saúde dos outros”, sublinhou o chefe de Governo.

António Costa reconheceu que se tem verificado “um grande incumprimento” em casos em que este tipo de trabalho é possível e, por isso, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, já deu autorização para “ações efetivas para se verificar o cumprimento desta obrigação” de teletrabalho, acrescentou.

(Notícia em atualização)

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Há quatro patamares de risco no país. 47 concelhos estão no nível “extremamente elevado”

Foram criados quatro patamares de risco, desde o moderado ao extremamente elevado, tendo sido definidas medidas específicas para travar a pandemia em cada um deles. Veja-as aqui.

A Covid-19 obrigou o Governo a dividir os concelhos de acordo com o risco de transmissão. Foram criados quatro patamares de risco, desde o moderado ao extremamente elevado, tendo sido definidas medidas específicas para cada um destes patamares.

Há 65 concelhos considerados de risco moderado, em que se aplicam as medidas de restrição gerais. Entre estes estão 17 que até aqui eram considerados de risco elevado. Apresentaram uma redução do número de casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, passando a contar com medidas menos restritivas do que até agora.

Foram estes os concelhos:

  1. Aljustrel;
  2. Alvaiázere;
  3. Beja;
  4. Borba;
  5. Caldas da Rainha
  6. Carrazeda de Ansiães;
  7. Ferreira do Alentejo
  8. Fornos de Algodres;
  9. Golegã
  10. Santa Comba Dão;
  11. São Brás de Alportel
  12. Sousel;
  13. Tábua;
  14. Tavira;
  15. Vila Real de Santo António;
  16. Vila Velha de Ródão;
  17. Vila Flor

No caso do risco elevado, com entre 240 a 480 novos casos por 100 mil habitantes, estão agora 86 concelhos, a maioria deles no centro e sul do país, havendo alguns no Algarve.

Nestes concelhos, aplicam-se estas medidas:

  • Mantém-se a proibição de circulação na via pública entre as 23h00 e as 5h00;
  • Estabelecimentos comerciais têm de encerrar às 22h00;
  • Restaurantes e equipamentos culturais encerram às 22h30;
  • E vão ser feitas ações de fiscalização do cumprimento de teletrabalho obrigatório.

Existem depois os concelhos que estão no risco muito elevado, com mais de 480 a 960 novos casos por 100 mil habitantes, que chega a zonas mais populosos. São, ao todo, 80 concelhos.

É neste patamar, de risco muito elevado, que está Lisboa e os concelhos limítrofes, casos de Loures e Odivelas, mas também Sintra e Cascais. E existem também muitos concelhos do norte do país que estão neste patamar.

Por último, onde os novos casos superam os 960 por 100 mil habitantes. Neste patamar estão 47 concelhos, incluindo o do Porto. E a grande maioria deles concentra-se nos concelhos à volta desta cidade, apanhando municípios como Felgueiras e Paços de Ferreira.

Apesar da distinção do nível de risco, o Governo decidiu aplicar as mesmas medidas restritivas a ambos os patamares.

Assim, a partir de terça-feira, 24 de novembro e até 8 de dezembro, as medidas a aplicar nestes concelhos são:

  • Nos sábados, domingos e feriados de 1 e 8 dezembro fica proibida a circulação na via pública e encerramento de estabelecimentos comerciais entre as 13h00 e as 5h00;
  • Nas vésperas dos feriados, ou seja, a 30 de novembro e 7 de dezembro, é decretado o encerramento dos estabelecimentos comerciais a partir das 15h00.

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Governo adia pagamentos à Segurança Social e IVA trimestral. Veja as cinco medidas para compensar os efeitos da pandemia

O Governo tem cinco medidas para ajudar a travar os efeitos da pandemia. Para além do programa Apoiar.pt e das linhas de crédito, o Governo vai aliviar as rendas comerciais.

O Governo decidiu adiar os pagamentos à Segurança Social e IVA trimestral para ajudar as empresas a suportar os efeitos da quebra de atividade devido à epidemia de Covid-19. No conjunto de cinco medidas que António Costa apresentou este sábado está também um alívio para as rendas comerciais.

O cumprimento das obrigações de pagamento do IVA trimestral é alargado até dia 30 de novembro e também pode ser pago em três ou seis prestações, sem juros, anunciou António Costa, explicando que esta medida, decidida no Conselho de Ministros de sexta-feira, é “um apoio significativo à tesouraria das empresas”. Esta medida é também aplicada às contribuições para a Segurança Social que também beneficiam de um diferimento de pagamento em três ou seis prestações também sem juros.

Além disso, na próxima semana, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, vai apresentar medidas de apoio às rendas comerciais, “tendo em vista garantir um apoio suplementar a todos os setores em particular da restauração e do comércio a retalho que têm vindo a ser fortemente atingidos por esta crise”, explicou António Costa na conferência de imprensa para anunciar novas medidas para combater o aumento de número de infeções por Covid-19.

As empresas cuja atividade é encerrada passam a ter a possibilidade de acesso imediato às medidas de apoio à retoma progressiva, o programa que veio suceder ao lay-off simplificado, e que apoia a manutenção dos postos de trabalho. Com este regime, aos trabalhadores, atualmente, é-lhes garantido entre 88% e 93% das suas remunerações, em função do corte sofrido no horário de trabalho.

As medidas que foram adotadas para apoio à restauração serão mantidas para a restauração de todos os concelhos onde se mantém a obrigatoriedade do encerramento do encerramento a partir de sábado e de domingo, e nos feroiados de 1 e 8 de dezembro, ou seja, os concelhos que têm nível de contágio superiores a 480 por cem mil habitantes. Uma obrigatoriedade de encerramento que é extensível às vésperas dos feriados (dia 30 de novembro e 7 de dezembro) dias em que os restaurantes têm de encerrar às 15h00. Este apoio equivale a 20% da quebra média de faturação registada nos dois fins de semana em que foi decretado o encerramento: o fim de semana de 14 e 15 de novembro e o fim de semana de 21 e 22 de novembro. António Costa não explicou, contudo, como esse cálculo será feito.

Consciente do peso e importância que o setor da restauração tem na economia nacional, nomeadamente ao nível da criação de postos de trabalho, António Costa diz querer “trabalhar com todos os profissionais de restauração para encontrar as medidas que o país está em condições de poder adotar para suportar estes sofrimento”. “Um sofrimento que terá de existir”, lamenta.

Para mitigar os efeitos da crise, as empresas podem ainda contar com os 750 milhões de euros a fundo perdido que é disponibilizado pelo programa Apoiar,pt, que está disponível para todas as micro e pequenas empresas que tiveram uma quebra de faturação superior a 25% nos nove primeiros meses do ano. Sendo que o apoio, corresponderá a 20% dessa quebra de faturação. As empresas já se podem registar no Balcão 2020 para facilitar e acelerar as candidaturas que deverão ser abertas a 25 de novembro.

Cada micro empresa pode receber até 7.500 euros e cada pequena empresa até 40.000 euros. Para ter acesso a estes apoios a fundo perdido, é preciso ter verificado uma quebra de, pelo menos, 25%. As empresas poderão utilizar estes subsídios inclusivamente para pagar salário.

Por outro lado, existem ainda duas linhas de crédito. Uma de 750 milhões de euros destinada à indústria exportadora, sendo que é possível converter 20% do crédito concedido em subsídio a fundo perdido, mas para isso é necessário garantir a manutenção de postos de trabalho. E que o montante do crédito a conceder a cada empresa será determinado em função do número de postos de trabalho. A outra de 50 milhões de euros para “as empresas de apoio a eventos”, que também podem converter 20% do crédito concedido em subsídio a fundo perdido caso as empresas mantenham os postos de trabalho. As empresas que organização eventos culturais, festivos, desportivos ou corporativos são as potenciais beneficiárias desta linha. Ambas têm garantia de Estado, tal como já acontecia com as restantes que foram lançadas para ajudar a mitigar os efeitos da pandemia.

(Notícia em atualização)

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Veja aqui as novas medidas para travar a Covid-19 que entram em vigor na terça-feira

Neste novo estado de emergência, há novas medidas restritivas para travar a pandemia. Entram em vigor na terça-feira.

Perante o agudizar da pandemia, Portugal vai manter-se em estado de emergência mais 15 dias, até 8 de dezembro. E há novas medidas restritivas para travar a propagação da Covid-19, para todo o país, mas também algumas específicas para concelhos com menos e mais casos de novas infeções pelo novo coronavírus.

Veja aqui todas as medidas que entram em vigor esta terça-feira, 24 de novembro:

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Medidas mais apertadas no Natal? É “cedo para especulações”, diz Costa

António Costa vai anunciar aos portugueses as medidas que irão vigorar nas próximas duas semanas, depois de o Parlamento ter aprovado a renovação do estado de emergência.

O Governo vai anunciar este sábado as novas medidas para as próximas duas semanas, depois de o Parlamento ter renovado por mais 15 dias o estado de emergência, a pedido do Presidente da República. António Costa vai falar ao país em direto, numa conferência de imprensa. Acompanhe aqui tudo o que vai mudar para os portugueses.

 

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Portugal assiste a alguma desaceleração da pandemia. Mas “situação mantém-se grave”, diz ministra

  • Lusa
  • 21 Novembro 2020

"Estamos longe de estar numa situação que seja a situação em que gostaríamos de estar e precisamos todos de perceber isto", disse a ministra da Saúde.

A ministra da Saúde afirmou este sábado que se começa a assistir a “alguma desaceleração” do crescimento da pandemia, mas advertiu que a situação se mantém grave, com o número de novos casos diários “muito elevado e preocupante”.

“A situação mantém-se grave e temos de estar preparados para que nos próximos dias, na próxima semana, no próximo fim de semana, nas primeiras semanas de dezembro a situação seja ainda muito complexa, sobretudo na região Norte do país”, alertou Marta Temido em entrevista à Lusa.

Segundo a ministra, a evolução da pandemia não vai ser igual em todas as regiões do país, como já não foi na primeira vaga. “Nós começámos a primeira vaga por um elevado número de casos na região Norte, que depois desacelerou e quase atingiu o zero, com muito poucos casos diários, e assistimos à situação em Lisboa e Vale do Tejo de nunca termos baixado de 200, 300 casos por dia e, portanto, o comportamento foi diferente”, referiu.

Nesta segunda vaga, volta a assistir-se a “uma incidência muito elevada no Norte e as outras regiões do país têm menos novos casos por dia, mas ainda assim a situação do país como um todo é preocupante”. Marta Temido precisou que Portugal está com mais de 1.300 novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias.

Apesar desta situação, a ministra assegurou que todos os recursos estão mobilizados para “dar a melhor resposta possível”, numa altura em que há 485 doentes internados em cuidados intensivos, mais quatro do que na sexta-feira. “Temos tido dias de maior crescimento, temos tido dias mais estáveis. O que é importante que se perceba é que precisamos de parar a transmissão da doença e precisamos garantir que os profissionais de saúde têm capacidades também para ir prestar outra atividade assistencial”, realçou.

O risco efetivo de transmissão, “o célebre RT”, está com um valor de 1.1, sendo que o pico da pandemia acontecerá quando este valor atingir o 1. “Podemos atingir o pico primeiro no Norte e depois noutras regiões, mas enquanto permanecermos com um RT acima de 1 significa que ainda estamos a crescer, [embora a] uma velocidade mais lenta do que já aconteceu no passado”, referiu.

Outra questão “muito preocupante” é o número de novos casos diários, cerca de 7.000, que é “muito elevado”. “É um número que se se mantiver durante muitos dias é muito preocupante por três ordens de razões”, indicou. A primeira, segundo a governante, é que ainda não se sabe efetivamente quais são as consequências de ficar doente, mesmo com doença ligeira ou moderada, no médio e no longo prazo.

Por outro lado, alguns doentes não sobrevivem, e há “uma sobrecarga do Serviço Nacional de Saúde para responder à covid que naturalmente exige que outras atividades sejam reprogramadas e isso tem custos no longo prazo para todos como sociedade”. “Estamos longe de estar numa situação que seja a situação em que gostaríamos de estar e precisamos todos de perceber isto”, sublinhou.

Questionada sobre se há muitos hospitais a cancelar consultas e cirurgias não urgentes, Marta Temido afirmou que tem “alguma informação sobre os níveis de desprogramação de atividade”, mas explicou que esta varia “de hospital para hospital, de região para região”.

Há cerca de 15 dias o Ministério da Saúde emitiu um despacho no sentido de os hospitais poderem utilizar essa faculdade, mas isso depende da evolução regional. “A desprogramação da atividade é naturalmente diferente nos hospitais do Norte que estão no centro da maior incidência face aos hospitais, por exemplo, do Algarve. Portanto, é uma informação que só no final do período se poderá apurar com rigor”, sustentou.

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Governo admite subir mais salário mínimo e inicia “avaliação” geral das leis laborais

  • Lusa
  • 21 Novembro 2020

"O valor para 2021 (mais 23,75 euros face a 2020) não é um valor fechado. A atualização não está definida até porque a discussão será feita em sede de concertação social", disse Ana Mendes Godinho.

O Governo admite um aumento maior do salário mínimo para 2021, tendo também como consequência direta uma subida dos vencimentos mais baixos da administração pública, e vai iniciar já uma “avaliação geral” da legislação laboral.

Estas posições do Executivo sobre matérias como o salário mínimo nacional, atualização das “primeiras posições” remuneratórias da administração pública e revisão das leis laborais, incluindo temas como as indemnizações por despedimento e caducidade da contratação coletiva, foram transmitidas à Lusa pela ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho.

“Da parte do Governo, não há qualquer tabu em relação ao Código de Trabalho. O Código de Trabalho não é uma escritura sagrada e imutável”, declarou Ana Mendes Godinho. Segundo a ministra, o Governo está a trabalhar na elaboração de um “livro verde” sobre o futuro do trabalho e na próxima semana as bases do debate sobre esse tema serão levadas à concertação social.

“Estão em cima da mesa questões que se relacionam com as mudanças de transformação digital, novos tipos de relações de trabalho e novas formas de diluição de fronteiras entre tempo de trabalho, espaço de trabalho e vida pessoal e familiar. Estas questões devem colocar-se em sede de concertação social e não proceder-se a alterações avulsas sem uma consistência de uma avaliação geral”, afirmou, aqui numa demarcação face a iniciativas legislativas que têm sido apresentadas por alguns partidos no parlamento.

Ana Mendes Godinho referiu depois que a atual crise sanitária, económica e social mostrou que é preciso trabalhar em matérias como “a dinamização da contratação coletiva, e proteção e equilíbrio nas relações de trabalho. “Com os parceiros sociais, queremos fazer uma avaliação em termos globais, tanto mais que temos já uma década volvida sobre o Código de Trabalho. Portanto, este é o momento para fazermos essa avaliação”, defendeu.

Em termos de calendário, “após o pontapé de saída com o lançamento das bases da discussão do livro verde sobre as relações do trabalho já na próxima semana”, a ministra do Trabalho e da Segurança Social adiantou que “o objetivo do Governo é concluir o debate durante 2021 em sede de concertação social”.

Questionada sobre a altura em que poderão entrar em vigor as mudanças nas leis laborais, Ana Mendes Godinho respondeu: “Acho que 2022 é um bom timing para conseguirmos ter esta avaliação”. “A preocupação é que seja uma avaliação transversal, tanto para se responder às atuais mudanças, mas também às mudanças que se podem já antecipar em relação ao futuro do mundo do trabalho”, insistiu.

O valor para 2021 (mais 23,75 euros face a 2020) não é um valor fechado. A atualização não está definida até porque a discussão será feita em sede de concertação social.

Ana Mendes Godinho

Ministra do Trabalho e da Segurança Social

Nas declarações que fez à Lusa, Ana Mendes Godinho admitiu também que o Governo poderá subir mais a proposta que já fez de aumentar o salário mínimo de 635 para 659 euros a partir de janeiro de 2021, tendo como objetivo atingir os 750 euros no final da legislatura.

O valor para 2021 (mais 23,75 euros face a 2020) não é um valor fechado. A atualização não está definida até porque a discussão será feita em sede de concertação social. Mesmo no atual contexto do país, o Governo tem uma grande preocupação de que seja dado um papel importante à valorização dos salários e dos rendimentos das famílias”, sustentou.

De acordo com Ana Mendes Godinho, também com a intervenção direta do ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, o Executivo está “a procurar encontrar formas de acomodar um aumento que vá além” da proposta em cima da mesa de aumento do salário mínimo para 559 euros, “mas que em simultâneo se garanta uma ajuda às empresas através de apoios”.

Queremos acomodar o aumento de forma a não afetar a competitividade das empresas e, por outro lado, garantir um reequilíbrio nas situações em que as empresas têm contratos com o Estado e possuem uma forte componente de trabalhadores com o salário mínimo”, justificou. A ministra do Trabalho frisou depois que a competência para fixar o aumento do salário mínimo é do Governo após serem “ouvidos os parceiros sociais”.

Como consequência direta da evolução do salário mínimo, segundo Ana Mendes Godinho, “haverá necessariamente efeitos no aumento dos salários da função pública, atingindo cerca de cem mil trabalhadores”. “A ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública é quem acompanha esta matéria. Mas o Governo não exclui vir a introduzir em sede de negociação sindical aumentos nas primeiras posições remuneratórias da administração pública”, acrescentou.

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Boeing 737 Max regressa aos céus em janeiro, quase dois anos depois do último acidente

A Boeing recebeu aprovação da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) para colocar novamente ao serviços os Boeing 737 Max.

A Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA, na sigla em inglês) acredita que o Boeing 737 Max está totalmente seguro e operacional após uma revisão de segurança. Depois de quase dois anos parado devido aos dois desastres aéreos que vitimaram centenas de pessoas, o regulador europeu acredita que este modelo de aeronave estará pronto para voltar aos céus em janeiro.

“Queríamos fazer uma revisão totalmente independente da segurança desta aeronave, por isso fizemos as nossas próprias verificações e testes de voo”, disse Patrick Ky, diretor executivo da EASA durante o Paris Air Forum, citado pela Reuters (conteúdo em inglês).

“E todos esses testes permitiram concluir que o 737 Max pode voltar ao serviço. Já começámos a colocar em prática todas as medidas”, notou o responsável, acrescentando: “É provável que tomemos uma decisão que permita o regresso ao serviço em algum momento de janeiro”.

Para além desta “luz verde” do regulador europeu, na quarta-feira o Boeing 737 Max recebeu também aprovação da Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) para regressar aos céus nos Estados Unidos em dezembro, permitindo que companhias aéreas que tenham estas aeronaves possam retomar os voos com elas. Contudo, há países onde esta autorização ainda não foi concedida, como o Brasil.

Os Boeing 737 Max estão parados há quase dois anos, depois de dois desastres aéreos fatais. O primeiro aconteceu a 28 de outubro de 2018 com um voo da Lion Air, que se despenhou na Indonésia devido a uma série de falhas, vitimando 189 pessoas. O segundo foi num voo da Ethiopian Airlines, a 4 de abril de 2019, com o avião a despenhar-se seis minutos depois de ter levantado voo do Aeroporto de Addis Abeba, na Etiópia, devido a uma falha no sensor, matando 157 pessoas.

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Twitter entrega conta presidencial @POTUS a Joe Biden a 20 de janeiro

No dia em que vai assumir posse como Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden vai passar a ter acesso às contas institucionais da Casa Branca no Twitter.

Joe Biden vai assumir o controlo da conta da Casa Branca no Twitter a 20 de janeiro, anunciou esta rede social, citada pela Reuters (conteúdo em inglês). Este é o dia em que o democrata assume a Presidência dos Estados Unidos, substituindo Donald Trump.

A conta @POTUS é a conta oficial do Presidente dos Estados Unidos e ainda é controlada por Donald Trump, embora este tenha a sua própria conta pessoal — @realDonaldTrump — e a use bastante para tweetar. Contudo, a 20 de janeiro, no dia em que toma posse como Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden vai passar a controlar esta conta, deixando Donald Trump sem qualquer acesso.

O Twitter está a preparar-se para apoiar a transferência das contas institucionais do Twitter da Casa Branca a 20 de janeiro de 2021. Como fizemos para a transferência presidencial em 2017 [quando Donald Trump foi eleito], este processo está a ser feito em estreita colaboração com os Arquivos e Registos Nacionais”, adiantou o Twitter à Reuters este sábado.

Assim como a conta @POTUS, Joe Biden receberá o controlo de outras contas institucionais da Casa Branca, como @FLOTUS, @VP e @whitehouse.

Este processo não requer qualquer tipo de autorização por parte de Donald Trump, diz o Politico (conteúdo em inglês), que refere ainda que o Twitter vai reunir-se com colaboradores de Joe Biden e da vice-presidente eleita Kamala Harris nos próximos meses para ser discutida a forma como a nova administração passará a usar esta conta do Twitter.

Os tweets atualmente existentes na conta @POTUS, escritos por Donald Trump, serão arquivados e o Twitter vai redefinir a conta para zero tweets, diz o Business Insider (conteúdo em inglês). Este foi o mesmo procedimento adotado em 2016, quando Barack Obama entregou a conta a Trump. O arquivo @POTUS de Obama pode ser encontrado aqui.

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Fábrica 2030. Portugal e a reindustrialização europeia

  • ECO
  • 21 Novembro 2020

Na manhã de dia 24, o ECO junta empresários, gestores, economistas e decisores e promove a discussão sobre a reindustrialização portuguesa e europeia. Uma conferência na fábrica da Polopiqué.

A pandemia do covid-19 acelerou a discussão sobre a reindustrialização da Europa, não apenas do ponto de vista da economia como da soberania política, relativamente a outros grandes mercados, como o chinês e o americano. E Portugal, que papel deve ter neste contexto? Deve trabalhar numa estratégia de reindustrialização do país ou entrar nas cadeias de valor da reindustrialização europeia e potenciar as vantagens competitivas que já tem?

Portugal entrega um plano de retoma para a década em outubro – a estratégia para utilizar os 50 mil milhões de euros de fundos comunitários –, uma oportunidade para definir opções, com meios e tempo. Porque a reindustrialização do século XXI não passa por construir mais ‘chaminés’, mas por inovação, desenvolvimento, tecnologia e serviços.

No quarto aniversário, o ECO junta empresários, gestores, economistas como Ana Lehmann (Professora Associada da FEP-Universidade do Porto), Carlos Ribas (CEO Bosch Portugal), César Araújo (Presidente da ANIVEC), Fernando Alexandre (Professor associado Universidade do Minho), Luís Onofre (Presidente da APICCAPS), Luís Guimarães (CEO Polopiqué), Luís Miguel Ribeiro (Presidente AEP), Pedro Castro e Almeida (CEO Santander Portugal), Sara do Ó (CEO Grupo YOUR) e Miguel Cardoso Pinto (presidente da EY Parthenon) e promove a discussão sobre as alternativas possíveis. Como é que Portugal vai utilizar os fundos comunitários e com que objetivos, quando a indústria perde peso em relação aos serviços? Os setores exportadores ‘ditos’ tradicionais são também dos que mais têm investido em inovação e desenvolvimento. E agora, com o novo Banco de Fomento Português, será também necessário discutir os instrumentos financeiros a usar nesta estratégia.

O encerramento da conferência contará com Pedro Siza Vieira, ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital.

Para discutir a indústria e a reindustrialização do país, o ECO vai realizar esta conferência dentro de uma fábrica, o espaço ideal para promover esta discussão. Na unidade de fiação da Polopiqué, uma empresa têxtil de Santo Tirso, promoveremos esta conferência, com limitação de convidados ao número autorizado pela DGS (vinte pessoas) e que será transmitido no site do ECO e na página de Facebook.

09h45 Welcome Note

António Costa (Diretor) e Luís Guimarães (Presidente da Polopiqué)

10h00 Reindustrializar Portugal ou participar na reindustrialização europeia?

Ana Lehmann (Professora)

Pedro Castro e Almeida (Presidente do Santander)

Fernando Alexandre (Professor)

César Araújo (ANIVEC)

10h45 O caso alemão

Carlos Ribas (presidente da Bosch Portugal)

11h15 O que Portugal tem (e o que não tem)?

Sara do Ó (YOUR)

Luís Onofre (APICCAPS)

Luís Miguel Ribeiro (AEP)

Miguel Cardoso Pinto (EY Parthenon)

12h00 Encerramento

Pedro Siza Vieira (Ministro de Estado e da Economia)

 

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China diz estar pronta para cooperar com países no desenvolvimento de uma vacina

Xi Jinping diz que a China vai propor a criação de um sistema através do qual os resultados dos testes de coronavírus feitos pelos viajantes possam ser consultados internacionalmente.

O presidente da China diz que o país está pronto para cooperar com outros países no desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus. Durante a cimeira virtual do G20 este sábado, Xi Jinping anunciou ainda que vai propor a criação de um sistema com códigos de saúde digitais, onde constem os resultados dos testes feitos pelos viajantes.

“A China está disposta a fortalecer a cooperação com outros países na pesquisa e no desenvolvimento, produção e distribuição das vacinas”, disse o presidente chinês durante a cimeira do G20, através de videoconferência, citado pela Reuters (conteúdo em inglês).

Várias farmacêuticas e centros de pesquisa em todo o mundo estão a trabalhar no desenvolvimento de potenciais vacinas contra o coronavírus, através de ensaios que envolvem dezenas de milhares de participantes. A China tem cinco potenciais vacinas em fase de testes.

“Cumpriremos os nossos compromissos, ofereceremos ajuda e apoio a outros países em desenvolvimento, e trabalharemos afincadamente para tornar as vacinas um bem público que os cidadãos de todos os países possam ter acesso“, continuou Xi Jinping.

Durante a cimeira do G20, o presidente chinês pediu também uma coordenação política internacional mais forte para estabelecer “vias rápidas” de viagens que facilitem o movimento mundial ordenado. Para isso, Xi Jinping anunciou que a China vai propor a criação de um sistema através do qual os resultados dos testes de coronavírus feitos pelos viajantes possam ser consultados internacionalmente através de códigos de saúde digitais.

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