Teletrabalho pode agravar consequências do “technostress”

Quanto mais útil é a tecnologia, mais viciante se pode tornar, com maior impacto para quem sofre de "technostress", revela estudo. Mas empresas podem ajudar a promover o uso saudável da tecnologia.

Não consegue largar o telemóvel com receio que o seu chefe o contacte? Verifica o email todos os dias antes de dormir? Como classifica a sobrecarga de tecnologia no seu dia-a-dia? Se se identifica com algum destes cenários é provável que esteja sob o efeito de technostress.

Um estudo, conduzido pelo Observatório de Liderança e Bem-Estar da Nova SBE, demonstra que à medida que aumenta a utilidade da tecnologia, maior é o risco de dependência. Num cenário potenciado pelo teletrabalho decorrente da pandemia, as organizações podem ter um papel potenciador, mas também de prevenção destes problemas.

Quanto mais útil é a tecnologia, mais vulneráveis estão as pessoas que sentem technostresss, porque esta combinação gera adição, e esta adição gera mais technostress“, começa por explicar à Pessoas Filipa Castanheira, uma das coordenadoras do estudo em curso no Observatório de Liderança e Bem-Estar da Nova SBE.

Utilidade aumenta dependência

O conceito de technostress começou a ser estudado no final da década de 80, mas a observação dos investigadores vem trazer novos dados sobre este tipo de stress. Filipa Castanheira e Pedro Neves, investigadores do Observatório de Liderança e Bem-Estar da Nova SBE, têm vindo a estudar os efeitos do stress há várias décadas e concluem neste estudo que as pessoas que consideram a tecnologia “útil e benéfica” são a fatia da população mais vulnerável aos comportamentos de adição.

“Depois da pandemia e do confinamento, esta utilidade [da tecnologia] tornou-se vital. Utilizar tecnologias para trabalhar não é uma opção, e como preciso delas para trabalhar, acabo por não conseguir deixar de estar exposto ao efeito nocivo da tecnologia e fico dependente disso”, esclarece Filipa Castanheira.

Quanto mais útil é a tecnologia, mais vulneráveis estão as pessoas que sentem technostresss, porque esta combinação gera adição, e esta adição gera mais technostress.

Filipa Castanheira

Coordenadora do estudo sobre technostress da Nova SBE

É uma reação oposta. Normalmente quando algo nos faz mal, tentamos circunscrever o seu efeito”, acrescenta. A sensação de ansiedade por não estar conectado é um dos sintomas e o impacto desta adição pode perdurar no tempo.

O problema não é ver o email, é a sensação de que tenho de ver o email. É quase como uma síndrome de abstinência. Se eu não estou conectado, alguma coisa se pode estar a passar e eu não sei o que é”, exemplifica a investigadora.

Organizações podem ser a causa e a solução

Comportamentos compulsivos, alteração da alimentação, ansiedade, dificuldade em dormir ou acordar a meio da noite a pensar em trabalho são alguns indicadores de technostress.

Descobrimos que isto, não só promove um ciclo vicioso que vai aumentando à medida que o tempo passa mas, por outro lado, as pessoas acabam em última instância por se tornar incapazes de fazer o seu trabalho. Ou seja, acabam por perder tanto tempo, centradas no que a tecnologia pode trazer que acabam por nem sequer ser capazes de fazer o seu trabalho”, exemplifica Pedro Neves.

Descobrimos que isto, não só, promove um ciclo vicioso que vai aumentando à medida que o tempo passa, mas por outro lado as pessoas acabam em última instância, por se tornar incapazes de fazer o seu trabalho.

Pedro Neves

Coordenador do estudo sobre techno-stress da Nova SBE

A desorganização do trabalho, o excesso de acessibilidade para as chefias e até o receio de não conseguir lidar com algumas ferramentas tecnológicas, também são algumas das consequências da elevada exposição ao technostress.

Estes comportamentos compulsivos vão gerar menos produtividade e menos capacidade de usar a tecnologia em prol do trabalho de forma eficaz. Estas sensações foram “exacerbadas” pelo trabalho remoto, devido à pandemia, e podem ter ainda maior expressão em empresas com “culturas always-on, tóxicas ou abusivas“, refere a investigadora.

No stress profissional, o foco de intervenção mais eficaz e mais sustentável não é nas pessoas, é na fonte que gera esse stress. Por um lado os trabalhadores têm de estar alerta, para se protegerem e conseguirem ter consciência do que está a acontecer, mas a origem está na utilização da tecnologia que tem de ser regulada por uma cultura, portanto temos de ir ao contexto de trabalho“, ressalva.

Formar e regular expectativas

O confinamento obrigou milhares de empresas a transitar para o trabalho remoto e acelerar a transformação digital, trazendo consigo alguns problemas, entre eles o excesso de vigilância através da tecnologia, referem os investigadores.

O papel das chefias deve passar pela formação para o uso das tecnologias e o seu uso para estabelecer relações de confiança, facilitar o trabalho e regular as expectativas dos trabalhadores.

É urgente estudar estes fenómenos, para que aqueles que foram os hábitos aprendidos numa situação muito específica de confinamento, não se tornem hábitos instalados e expectativas de chefias e de gestão.

Filipa Castanheira

Coordenadora do estudo sobre technostress da Nova SBE

O investigador Pedro Neves refere-se ao fenómeno como um “efeito perverso”, pois “tal como todos os comportamentos viciantes, torna-se paralisante”, causando grandes impactos na vida profissional. Para se protegerem, os trabalhadores devem “racionalizar a utilidade da tecnologia e a organização do seu trabalho”, aconselham os investigadores.

“Não é tirar as tecnologias, é utilizar as tecnologias de outra maneira e com outros limites”, ressalva Filipa Castanheira. “Um pico de trabalho é um pico de trabalho. O problema é quando o pico se torna um planalto. Tenho de considerar que talvez não seja aceitável, eu esperar que o meu trabalhador esteja disponível para mim 24 horas por dia“, destaca.

Alguns resultados preliminares do estudo sugerem até que os trabalhadores de empresas mais inovadoras e com mais recursos a tecnologias, são também mais vulneráveis e têm mais tendência para promover o technostress. “É urgente estudar estes fenómenos, para que aqueles que foram os hábitos aprendidos nua situação muito específica de confinamento, não se tornem hábitos instalados e expectativas de chefias e de gestão“, remata.

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Tribunal Constitucional pode decidir “rapidamente” se a app da Covid obrigatória pode avançar, diz Marcelo Rebelo de Sousa

O Presidente da República defende que se deve levar a questão da obrigatoriedade da app ao Tribunal Constitucional caso persistam as dúvidas sobre a medida.

Marcelo Rebelo de Sousa apontou que se existirem muitas dúvidas à volta da medida que determina a obrigatoriedade do uso da aplicação Stayaway Covid, que tem ainda de passar pela Assembleia da República, o Tribunal Constitucional pode decidir a validade em cerca de 15 dias, ou até mais rápido se for pedido com urgência.

“A Assembleia da República é livre de votar, mas se votar com muitas dúvidas o que se faz é perguntar ao Tribunal Constitucional e fica definido em 15 dias ou, se for pedido de urgência, o mais rápido possível”, indicou o Presidente da República, em declarações aos jornalistas transmitidas pelas televisões. Marcelo defende assim que não se deve “perder tempo com uma discussão indefinida sobre se é contra a constituição ou não”.

A proposta, anunciada pelo primeiro-ministro em conjunto com novas medidas de restrição, tem motivado bastante discussão, com a maioria dos partidos a mostrarem-se contra. O próprio Presidente tinha já admitido pedir fiscalização preventiva da lei que obriga a instalar a app de rastreio do contágio por Covid-19 se existirem dúvidas “insuperáveis”.

O Governo pretende que passe a ser obrigatória a instalação da Stayaway Covid, para travar a disseminação da pandemia. “É obrigatória, no contexto laboral ou equiparado, escolar e académico, a utilização da aplicação Stayaway Covid pelos possuidores de equipamento que a permita”, diz a proposta do Executivo que será debatida pelo Parlamento. Quem incumprir poderá ser alvo de multa que poderá ir dos 100 aos 500 euros.

(Notícia atualizada às 17h40)

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Governo da Madeira proíbe algumas festas públicas no período do Natal

  • Lusa
  • 16 Outubro 2020

O Governo da Madeira vai proibir a realização de algumas festas, com consumo de álcool na rua, no período do Natal. Contudo, ao habitual fogo de artifício do fim do ano vai manter-se.

O Governo da Madeira não vai autorizar a realização de algumas festas no período do Natal, mas avança com as iluminações e o espetáculo pirotécnico no fim do ano nos moldes habituais, indicou esta sexta-feira o chefe do executivo.

Vamos concretizar as iluminações, o fogo do fim do ano vai acontecer. Algumas festividades públicas, com consumo de álcool na rua, que geram concentração de pessoas, umas em cima das outras, essas não vamos promover nem autorizar”, disse Miguel Albuquerque, no Funchal.

O presidente do Governo Regional, que falava na apresentação do Plano da Saúde para o Outono – Inverno 2020/2021, referiu-se, em especial, às designadas “noites do mercado”, que ocorrem um pouco por toda a região durante a quadra natalícia, mas sobretudo no Funchal.

São convívios com milhares de pessoas e isso não é conveniente nem favorável às medidas [de contenção da covid-19]”, sublinhou, indicando, no entanto, que a situação pandémica na Madeira “não é comparável” à do resto do país e da Europa, pois estão registados 108 casos ativos no arquipélago, dos quais 101 foram identificados no contexto das atividades de vigilância implementadas nos aeroportos e apenas sete são de transmissão local.

Miguel Albuquerque realçou que a região tem agora “três grandes desafios” pela frente, nomeadamente prolongar no tempo a atitude de responsabilidade e de prevenção da população, reforçar o Serviço Regional de Saúde face ao provável aumento de doenças respiratórias nos meses de inverno, e manter a prioridade na salvaguarda da saúde e da vida dos cidadãos. “O principal ativo é a confiança e vai ser mantido”, disse, reforçando: “Para isso contamos com profissionais de excelência e com planeamento, prevenção e previsão.”

Miguel Albuquerque destacou a importância do Plano da Saúde para o Outono – Inverno 2020/2021, considerando a necessidade de eventualmente se enfrentar em simultâneo vários tipos de doenças respiratórias, como a gripe e a Covid-19.

“É evidente que não há planos fixos, inamovíveis. Este é um plano que tem linhas estratégicas muito importantes, mas pode ser adaptado em função da evolução das doenças e do número de contágios“, declarou.

O Plano da Saúde para o Outono – Inverno 2020/2021 foi elaborado pelo Grupo Coordenador do Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e de Resistência aos Antimicrobianos do Serviço Regional de Saúde e tem por objetivo preparar e dar resposta a um eventual crescimento pandémico da covid-19, bem como a “todas as necessidades” em saúde da população da Madeira e Porto Santo.

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Downloads da app da Covid disparam para quase 2 milhões

Número de novos downloads da Stayaway Covid está a disparar desde que António Costa anunciou que pretende tornar a app obrigatória. Atraiu mais de 400 mil portugueses em dois dias.

Com o Governo a pretender que a Stayaway Covid passe a ser obrigatória, há cada vez mais portugueses a instalarem a aplicação desenvolvida pelo INESC TEC. Em apenas 24 horas, foram registados mais de 250 mil novos downloads da app que pretende rastrear as infeções pelo novo coronavírus, depois das 177 mil no dia anterior.

A Stayaway Covid ficou disponível nas lojas da Apple e do Google no final de agosto, superando a fasquia do milhão de downloads menos de um mês depois da estreia. Atualmente, de acordo com dados do INESC TEC cedidos ao ECO, já foram feitas 1.939.044 descargas da aplicação (sendo que uma mesma pessoa pode descarregar várias vezes). Este número está a disparar desde quarta-feira.

Foi no Conselho de Ministros que António Costa anunciou que pretendia que a app fosse descarregada obrigatoriamente para utilização “em contexto laboral, escolar e académico, nas forças armadas e nas forças de segurança, e no conjunto da Administração Pública”. A proposta de lei já deu entrada na Assembleia da República, prevendo coimas até aos 500 euros para quem não a utilizar.

Esta decisão tem vindo a gerar polémica. Vários partidos vieram manifestar-se contra a medida, sendo que até a líder parlamentar da bancada do PS, Ana Catarina Mendes, veio afirmar que a proposta de lei suscita “dúvidas de constitucionalidade”. E Marcelo Rebelo de Sousa admitiu solicitar a fiscalização preventiva da medida ao Constitucional.

Tornar a Stayaway Covid, que recorre ao Bluetooth dos telemóveis para detetar possíveis contágios por Covid-19, obrigatória, o que provocou surpresa no INESC TEC, levou a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) a afirmar que “impor por lei a utilização da aplicação Stayaway, seja em que contexto for, suscita graves questões relativas à privacidade dos cidadãos”.

Entretanto, com os números de novas infeções por Covid-19 a dispararem, atingindo novos recordes sucessivos — chegaram aos 2.608 casos esta sexta-feira –, Costa veio reiterar que tanto as máscaras na rua como a utilização da app são essenciais. Em Bruxelas, o primeiro-ministro afirmou que as medidas que estão a ser tomadas agora para conter a propagação do novo coronavírus são as necessárias, apontando que se não forem adotadas agora, no futuro “vamos ter de estar a adotar medidas muito mais restritivas”.

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Eco Wave Power abre subsidiária em Portugal com assessoria da PLMJ

A PLMJ assessorou a Eco Wave Power na abertura de uma empresa subsidiária no Porto. A equipa multidisciplinar foi composta por Joana Brandão, Nuno Serrão Faria, Rui Vasconcelos Pinto e Hugo Aparício.

A Eco Wave Power abriu recentemente uma subsidiária no Porto e contou com a assessoria jurídica da sociedade de advogados PLMJ. Criada em Tel Aviv, Israle, em 2011, a empresa produz energia através das ondas, estando cotada no Nasdaq First North Stockholm.

“Esta decisão, anunciada como estratégica por parte da empresa, irá permitir que a Eco Wave Power inicie os procedimentos oficiais de licenciamento do seu projeto inovador de energia através das ondas (para 20MW) projetado para Portugal, e que está previsto no contrato de concessão assinado com a Autoridade Portuária de Leixões, APDL”, refere a firma em comunicado.

A equipa multidisciplinar da PLMJ foi composta por Joana Brandão, Nuno Serrão Faria, Rui Vasconcelos Pinto e Hugo Aparício, que representaram a Eco Wave Power não só em todos os procedimentos de abertura da subsidiária, como assume a responsabilidade de lidar os procedimentos de licenciamento para o desenvolvimento deste projeto.

“A Eco Wave Power tem mencionado o enorme potencial do nosso país para desenvolver projetos de energia através das ondas e, com a criação de uma subsidiária em Portugal, a empresa passa a fazer parte da comunidade de energias renováveis a operar em Portugal”, acrescenta a firma.

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PLMJ assessorou Crédit Agricole Assurances na aquisição da GNB Seguros

Hugo Rosa Ferreira, sócio da PLMJ, coordenou a assessoria feita pela firma ao Crédit Agricole Assurances na aquisição ao Novo Banco de 25% da seguradora GNB Seguros.

A sociedade de advogados PLMJ assessorou o Crédit Agricole Assurances, entidade do grupo francês Crédit Agricole, na aquisição ao Novo Banco de 25% da seguradora GNB Seguros e na celebração de um contrato de distribuição de seguros não vida entre a GNB Seguros e o Novo Banco, por um período de 22 anos.

A equipa da PLMJ foi liderada por Hugo Rosa Ferreira, sócio da área de bancário e financeiro, mercado de capitais e seguros, e integrou Nuno Luís Sapateiro, associado coordenador, e Pedro Roque Coelho, advogado-estagiário, ambos da mesma área.

Concluída a operação, o Crédit Agricole Assurances passou a deter 100% do capital social da GNB Seguros, reforçando a sua “presença no mercado segurador português, que representa uma aposta estratégica”. “Esta operação é importante para o setor segurador, por garantir a presença de uma grande seguradora europeia em Portugal“, refere a firma em comunicado.

Em 2018, a PLMJ tinha também assessorado o Crédit Agricole Assurances na aquisição de 25% da mesma seguradora à Seguradoras Unidas.

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EDP e BCP dão ganhos à bolsa após pior sessão em quatro meses

EDP, BCP, Galp e EDP Renováveis: os quatro pesos pesados nacionais avançaram mais de 1% e ajudaram a bolsa nacional a recuperar da pior sessão desde junho.

Depois da pior sessão desde 11 de junho, a bolsa nacional recuperou parte das perdas com quatro dos cinco pesos pesados nacionais a somarem mais de 1%. Lisboa conseguiu assim a terceira semana seguida de ganhos.

O PSI-20, o principal índice português, avançou 0,79% para 4.228,02 pontos. EDP e BCP lideraram as subidas, com registos de 1,63% e 1,44%, respetivamente. Outras duas cotadas com grande preponderância na bolsa também ganharam mais de 1%: a Galp subiu 1,24% para 8,17 euros e a EDP Renováveis, que tem protagonizado um rally impressionante este ano, valorizou 1,07% para fechar nos 17,0 euros.

Apenas três ações contrariaram o otimismo dos investidores nacionais, sendo que a Ibersol registou um tombo de quase 7%.

Com o registo desta sexta-feira, num movimento de correção após a queda superior a 2% observada na véspera, o PSI-20 acumulou uma subida de 1,1% desde segunda-feira, seguindo imparável há três semanas.

Lisboa acompanhou as praças europeias, que também aproveitaram a sessão do dia para recuperar das perdas de ontem, derivadas sobretudo dos receios com a expansão acelerada da pandemia de Covid-19 na Europa e nos EUA e com decisões em vários países no sentido de voltar a impor restrições mais apertadas para travar a disseminação do vírus.

A bolsa de referência de Paris ganhou mais de 2% e liderou os ganhos no Velho Continente. Logo atrás ficaram Milão e Frankfurt, com subidas de 1,74% e 1,62%, respetivamente. O Stoxx 600 avançou 1,34%.

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TELLES assessora Metalogalva na compra da Petitjean

A TELLES assessorou a Metalogalva na compra da Petitjean ao grupo saudita Al-Babtain. Carlos Lucena e Tomás Barbosa, charmain e associado da TELLES, estiveram envolvidos na operação.

A sociedade de advogados TELLES assessorou a Metalogalva, pertencente ao Grupo Vigent, na aquisição ao grupo saudita Al-Babtain de 49% da francesa Petitjean, que opera sobretudo nos mercados francófonos nas áreas de iluminação pública, estruturas tubulares para transporte, distribuição de energia e telecomunicações.

Carlos Lucena e Tomás Barbosa, charmain e associado da TELLES, estiveram envolvidos na operação que foi coordenada pela equipa de comercial e societário e que contou com a colaboração de Constance Le Vert, sócia do escritório de Paris da Carbonnier Lamaze Rasle, Carlara Avocats.

“Com esta transação, a Metalogalva – que prevê em 2020 faturar 150 milhões de euros em termos consolidados – vê reforçada a sua presença internacional, estando, atualmente, presente em 14 países: Espanha, França, Itália, Polónia, Alemanha, Bélgica, Reino Unido, Argélia, Ucrânia, Senegal, Canadá, Moçambique, Brasil e Arábia Saudita, onde há dois anos montou uma fábrica de estruturas metálicas para projetos de energias renováveis”, refere a firma em comunicado.

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Chumbados os projetos de resolução do PSD, BE, PCP e CDS-PP sobre implementação do 5G

  • Lusa
  • 16 Outubro 2020

Quatro projetos de resolução do PSD, BE, PCP e CDS-PP sobre a implementação da rede 5G (quinta geração), esta sexta-feira debatidos no parlamento, foram todos chumbados.

Os quatro projetos de resolução do PSD, BE, PCP e CDS-PP sobre a implementação da rede 5G (quinta geração), esta sexta-feira debatidos no parlamento, foram todos chumbados.

Nas recomendações feitas ao Governo, o CDS-PP defendeu a introdução de roaming em “zonas de baixa densidade“, o PSD sublinhou hoje que a sua proposta é de roaming “nas regiões atualmente desguarnecidas”, enquanto o Bloco de Esquerda (BE) e PCP defenderem a suspensão do leilão, a gestão e exploração pública do espetro e a criação de um operador de telecomunicações público.

A recomendação do CDS contou com os votos a favor do PSD, CDS, Chega e Iniciativa Liberal, enquanto o PS, BE, PCP, PAN e Verdes (PEV).

As deputadas não inscritas Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues abstiveram-se na votação dos projetos de resolução do CDS-PP e PSD.

O projeto de resolução do PSD contou com os votos favoráveis deste partido, do CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal, com o PS, BE, PCP, PAN e PEV a votar contra.

Por sua vez, a resolução do PCP teve os votos favoráveis da esquerda e da deputada não inscrita Joacine Katar Moreira, uma abstenção da deputada não inscrita Cristina Rodrigues, e os restantes partidos (PS, PSD, CDS-PP, PAN, Chega e Iniciativa Liberal) contra.

No caso da recomendação do BE, o projeto de resolução conta com os votos a favor do BE, PCP, PEV e da deputada Joacine Katar Moreira, contra do PS, PSD, CDS, Chega, Iniciativa Liberal, e abstenção do PAN e da deputada Cristina Rodrigues.

Desde a inteligência artificial e veículos autónomos, passando pela telemedicina ou a robotização das indústrias, estas são algumas das promessas da quinta geração (5G), em que a conectividade é chave do futuro.

O processo do leilão do 5G foi suspenso em março devido à pandemia, aguardando-se agora a aprovação do regulamento final e divulgação por parte da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), ainda durante este mês.

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Salário mínimo de 3.700 euros entra em vigor no sábado em Genebra

  • Lusa
  • 16 Outubro 2020

O cantão suíço de Genebra aplicará a partir de sábado o salário mínimo de 23 francos (cerca de 21 euros) por hora. É o salário mínimo mais elevado do mundo.

O cantão suíço de Genebra aplicará a partir de sábado o salário mínimo de 23 francos (cerca de 21 euros) por hora, cerca de 3.700 euros mensais, o salário mínimo mais alto do mundo.

Segundo a agência Efe, o estabelecimento de uma remuneração mínima horária foi aprovado num referendo regional no final de setembro e só se aplica ao cantão de Genebra, onde 80.000 votantes, cerca de 58% dos que foram às urnas, disseram sim à iniciativa “23 francos é o mínimo”.

Num país de tradição liberal como a Suíça, só Genebra – uma das cidades mais caras do mundo – e outros dois cantões dos 26 que fazem parte do país têm um salário mínimo, e os próprios genebrinos tinham recusado fixar um em anteriores referendos (2011 e 2014).

A mudança de opinião foi associada pelos analistas à situação de crise criada pela pandemia de covid-19, de acordo com a agência Efe.

Segundo o diário francófono Le Temps, citado pela agência Efe, a crise económica que se avizinha levou muitos genebrinos a temer que as condições salariais piorem.

A pandemia também fez a população valorizar muitos trabalhos essenciais, como os do setor da saúde, segundo a Efe.

A cidade de Genebra, com uma economia muito dependente do turismo de classe alta associado aos negócios e à diplomacia internacional, está sempre nos primeiros lugares das listas das cidade mais caras do mundo, competindo frequentemente com Zurique, Singapura ou Hong Kong.

Segundo a agência Efe, alugar um apartamento em Genebra raramente fica abaixo dos 2.000 euros por mês e não há segurança social, pelo que cada pessoa deve ter um seguro de saúde privado, que para um pessoa de meia idade supera os 500 euros mensais por prestações básicas.

Até agora, o salário mínimo mais alto do mundo eram os 12,1 euros por hora garantidos aos trabalhadores australianos, o que mensalmente se traduziria em cerca de 2.180 euros, valor agora superado em Genebra.

O salário mínimo da cidade suíça também contrastará com os da União Europeia, onde países vizinhos da Suíça, como a Itália ou Áustria, não têm salário mínimo, e um país de alto custo de vida como o Luxemburgo o estabeleceu nos 2.141 euros mensais.

O salário mínimo da Irlanda, Países Baixos, Bélgica, Alemanha e França oscila entre os 1.706 euros irlandeses e os 1.539 franceses, de acordo com dados do Eurostar.

Nos restantes países apenas a Espanha ultrapassa os mil euros, com 1.108, próximos dos 1.122 dos Estados Unidos.

Em Portugal, o salário mínimo nacional é de 635 euros.

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Web Summit em risco de sair de Portugal após Câmara e FIL falharem acordo

Prazo de negociações entre a Câmara de Lisboa e a Fundação AIP chegou ao fim sem acordo. Contrato entre o Web Summit e o Governo português poderá entrar em incumprimento já em 2022.

Terminou o prazo para a Câmara de Lisboa e a Fundação AIP chegarem a acordo sobre as obras de requalificação da FIL no Parque das Nações, mas as negociações nem sequer foram encetadas. Sem acordo relativamente ao contrato entre as duas entidades para estudar e avaliar a expansão das instalações, Portugal arrisca-se a violar o contrato celebrado com a empresa organizadora do Web Summit.

O contrato assinado entre o Web Summit — que se mudou para Lisboa em 2016 — e Portugal partiu de um acordo entre a empresa irlandesa, o Governo nacional e a autarquia lisboeta. As duas partes nacionais tinham, entre outras coisas, de garantir o espaço indicado para realizar o evento o que dadas as dimensões, restringe a escolha a apenas uma localização: a FIL e o Altice Arena, em Lisboa.

A negociação formal do contrato deveria ter ficado concluída até ao final do primeiro semestre deste ano. Mas devido à pandemia, não houve quaisquer negociações, apurou o ECO. Por isso, a permanência do evento em Portugal pode estar em risco. Em cima da mesa dos irlandeses estará mesmo a mudança de localização do maior evento de tecnologia e empreendedorismo do mundo para uma cidade espanhola.

Contactados pelo ECO, nem a Câmara de Lisboa nem a Fundação AIP quiseram fazer comentários.

Hola? de nuevo, Paddy

Em 2018, durante o período da renegociação entre Portugal e o Web Summit — que efetivou a mudança do evento para Lisboa por mais dez anos –, Paddy Cosgrave esteve em Berlim e Amesterdão, em Milão, depois em Paris. Nessa altura, em cima da mesa, além de Lisboa, havia várias opções: Espanha concorreu com um pacote triplo — Madrid, Valência e Bilbau –, o Reino Unido foi a jogo com Londres, França com Paris e a Alemanha, além da óbvia Berlim, ofereceu ainda Munique e Hamburgo.

Na altura, os espanhóis começaram por anunciar, a nível local, a candidatura de Valência mas, entretanto, a estratégia de nuestros hermanos mudou. A candidatura espanhola passou a ser feita por três cidades — Valência, Madrid e Bilbau –, em bloco, suportada pelo Governo central e com um argumento de peso: o Mobile World Congress, maior evento de tecnologia de comunicações, em Barcelona, que costuma acontecer no final de fevereiro (a edição de 2019 é entre 25 e 28 desse mês).

Com uma assistência de mais de 107 mil participantes, o congresso foi, em 2018, um dos trunfos espanhóis neste duelo ibérico. “O Governo apoia as três candidaturas para trazer para Espanha o maior congresso europeu de tecnologia digital”, segundo a informação à imprensa, acrescentando o “empenho total e apoio institucional” do Executivo, sublinhando que Espanha aspira tornar-se numa “referência mundial nas novas tecnologias”.

O que está em causa?

O complexo da FIL pertence à Fundação AIP desde 2011, e inclui, além dos quatro pavilhões da Feira Internacional de Lisboa — com um total de 40 mil metros quadrados de área –, a Praça Sony, nome que data da Expo 98. Além destes dois espaços, o Web Summit tem usado ainda o Altice Arena, antigo Pavilhão Atlântico, comprado pelo consórcio de Luís Montez, dono da produtora Música no Coração, e Álvaro Ramos, da Ritmos&Blues, em 2012. O contrato com o Web Summit prevê que esta área disponível chegue aos 90 mil metros quadrados em 2022.

Impacto estimado do Web Summit em Lisboa chega aos 300 milhões de euros anuais.Eóin Noonan/Web Summit via Sportsfile

O Governo e a autarquia estariam, na época, alinhados com os dois proprietários privados para a remodelação do espaço pensada, segundo Fernando Medina, “não apenas para realizar o Web Summit como para atrair outros eventos internacionais” para um espaço que, até agora, não existe em Portugal. No entanto, o presidente da Fundação AIP reconhecia, em antecipação ao evento do ano passado, que o modelo que estava pensado para o crescimento da Feira Internacional de Lisboa (FIL) não estava preparado para a área total pretendida pelo Web Summit, isto é, o crescimento das instalações estava previsto num horizonte de dez anos, mas Paddy Cosgrave quer que tal melhoria seja antecipada até 2022. “A antecipação significa qualquer coisa como 90 milhões de euros”, adiantava, na altura, Jorge Rocha de Matos.

De acordo com a informação avançada pela organização do Web Summit em outubro de 2018, as primeiras obras de requalificação estariam agendadas para 2019. O plano de expansão inclui uma primeira fase de transformação e abertura dos pavilhões já existentes, de maneira a aproveitar o espaço vazio entre eles para, numa segunda fase, avançar com obras de construção, nos pavilhões já existentes e na própria Praça Sony. Foi nesta fase que a negociação terá bloqueado e não chegado a bom porto.

Em meados do ano passado, foi tornado público o braço de ferro entre Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, e a Fundação AIP. Na altura, a autarquia lisboeta andaria, pela região, à procura de novas potenciais localizações. A acompanhar a equipa estaria Paddy Cosgrave, que deu nota disso mesmo na altura, através de uma publicação no Twitter, assim como “o maior construtor e operador de conferências e exposições do mundo”, uma vez que havia “uma oportunidade por explorar” em Lisboa.

Nessa altura, Fernando Medina não confirmou se acompanhou o líder do Web Summit nesta visita, limitando-se a responder que “a CML colaborou no levantamento de possíveis locais e discutiu com a equipa as conclusões” do mesmo, que foi “realizado com o apoio de consultores internacionais”.

Em 2019, as contas da Fundação AIP, dona da FIL, melhoraram devido ao Web Summit. O evento, que garantiu a circulação de mais de 70 mil pessoas pela zona do Parque das Nações, em Lisboa, e um retorno financeiro de cerca de 300 milhões de euros ao país, contribuiu para um resultado antes de impostos de 4,6 milhões de euros em 2019 da Fundação. O resultado reflete uma melhoria de 30% face ao ano anterior, já contabilizando o impacto de eventos como o Web Summit, que deverá continuar a ajudar as contas da instituição nos próximos anos.

A permanência do Web Summit em solo nacional, acordada até 2028, prevê um investimento anual de 11 milhões de euros, repartido entre o Fundo de Desenvolvimento Turístico de Lisboa e o Ministério da Economia e que se mantém este ano, adiantou o ECO, mesmo com a realização do evento em formato 100% digital.

Em entrevista ao ECO, em maio do ano passado, Paddy Cosgrave dizia que o crescimento do Web Summit em Portugal dependia precisamente das obras de ampliação da FIL. “A minha previsão é que sim, está a crescer, mas a escala do Web Summit até ao alargamento da FIL vai ser a mesma, talvez durante dois ou três anos. O que para nós é uma oportunidade de respirar e fazer uma série de melhoramentos. Se o evento fica maior, obviamente que o impacto cresce, mas isso dependerá do venue. Não há maneira de agora o fazer maior”, assinalava, em conversa com o ECO em Toronto.

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Mudança no ISV dos importados permite poupar até 50% num carro de gama média-baixa

  • Lusa
  • 16 Outubro 2020

Redução do ISV dos carros usados importados da UE por via da desvalorização da componente ambiental do imposto poderá chegar aos 612 euros num carro gama média-baixa, revelam contas da Deloitte.

A redução do ISV dos carros usados importados da União Europeia por via da desvalorização da componente ambiental do imposto poderá chegar aos 612 euros num carro gama média-baixa (-49,54%) e aos 841 num de gama média-alta (-45,45%).

Um conjunto de simulações realizadas pela consultora Deloitte, tendo por base a alteração ao Imposto Sobre Veículos (ISV) prevista na proposta do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), mostra que um carro importado com quatro anos, de gama média-baixa, e um nível de emissões de 128 gramas dióxido de carbono (CO2), pagará no próximo ano menos 175 euros de ISV do que em 2020 (1.728 face aos 1.903 euros até agora).

A redução na componente ambiental do ISV será tanto maior quanto mais elevada a idade do carro.

As mesmas simulações mostram que para esta tipologia de carro e de emissões, a redução do imposto a pagar por um carro importado em 2021 será de 376 euros se tiver nove a 10 anos e ascenderá a 612 euros se tiver mais de 15 anos, face ao valor a pagar em 2020.

Já num carro de gama média-alta, com um nível de emissões de 178 gramas de CO2, a redução do ISV será em 2021 de 24 euros se tiver até um ano ou de 240 euros, tendo entre quatro a cinco anos de idade.

Já se a idade do carro oscilar entre os nove e 10 anos, a redução do ISV ascenderá a 516 euros. Dito de outra forma: um carro com estas características que tenha entrado no mercado português em 2020 pagou 2.297 euros de ISV, mas em 2021 pagará 1.781 euros, uma redução de 22,48%.

Se tiver mais de 15 anos, o impacto da medida que consta da proposta do OE2021 será ainda mais elevado, já que o ISV cairá 841 euros, descendo de 2.078 para 1.237 euros.

A Deloitte fez ainda simulações para carros de elevada cilindrada (desportivos de luxo), com um nível de emissões de 482 gramas de CO2, que mostram que a poupança no ISV para os usados importados será em 2021 de 1.284 euros se o carro tiver até um ano ou de 12.837 euros se tiver entre quatro e cinco anos.

Para carros desportivos de luxo mais antigos, a redução do ISV por via da fórmula de cálculo na componente ambiental poderá ascender a 27.599 euros (menos 39,61%) se tiver uma dezena de anos e rondar os 50 mil euros (-65,52%) se tiver mais de 15 anos de idade.

A proposta do OE2021 altera a fórmula de cálculo do ISV nos veículos usados importados de outro país da EU, passando a contemplar “percentagens de redução” na componente ambiental, que se encontra indexada à idade do veículo em causa.

Até agora, apenas a componente cilindrada era desvalorizada em função da idade do veículo, no cálculo do imposto dos carros usados importados.

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