Carros pagam quase 90% dos 5,4 mil milhões em impostos ambientais

De acordo com o INE, o imposto sobre os veículos perdeu importância em 2019, representando 13,8% do total dos impostos ambientais. Isto porque se venderam menos carros no total, e mais elétricos.

De acordo com os números publicados esta sexta-feira pelo INE, o valor dos impostos com relevância ambiental atingiu cerca de 5,4 mil milhões de euros em 2019, o que corresponde a 7,3% do total das receitas de impostos e contribuições sociais. Na média da União Europeia, este peso não vai além dos 6,1%.

Face a 2018, o valor dos impostos ambientais cobrados aumentou 2,4% no ano passado, revelam as estatísticas. Estes são os impostos que incidem sobre “bens e serviços que possuem um potencial impacto negativo sobre o ambiente”.

Os números revelam que a fatia de leão é paga porque quem tem um automóvel. Em termos de receita, o conjunto de impostos sobre a aquisição e utilização de automóveis (imposto sobre produtos petrolíferos e energéticos, imposto sobre veículos e imposto único de circulação) representou, em 2019, cerca de 89,8% do total dos impostos com relevância ambiental.

Já por categoria, os impostos sobre a energia representaram 72,6% do total da receita total, os impostos sobre os transportes tiveram um peso de 26,7% e os os impostos sobre os recursos e sobre a poluição mereceram uma “expressão insignificante na estrutura dos impostos com relevância ambiental (0,4% e 0,3%, respetivamente)”, revela o INE.

O INE destaca que entre 2018 e 2019, o imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos ganhou ainda mais relevância face à totalidade dos impostos com relevância ambiental, passando de uma fatia maioritária de 67,3% para 67,5%. Os restantes impostos sobre a energia, que incluem as licenças de emissão de gases com efeito de estufa, também aumentaram o seu peso, passando de 4,8% para 5,1%.

Pelo contrário, o imposto sobre os veículos perdeu importância, tendo em 2019 representado 13,8% do total dos impostos ambientais (14,9% em 2018). Esta queda representou uma diminuição de 5,3% na receita deste imposto. Na origem, diz o INE, está a redução de 2,1% do número de veículos vendidos bem como a alteração da estrutura dessas vendas em benefício de veículos com menor incidência de imposto como os veículos 100% elétricos e veículos elétricos híbridos plug-in.

Olhando para quem mais pagou estes impostos ambientais, as fatias das famílias e das empresas estão equilibradas (48,7% e 49%, respetivamente). As famílias contribuíram mais para a receita dos impostos sobre a poluição (70%), sobre os recursos (58,4%) e sobre os transportes (56,6%), mas foram as empresas que mais desembolsaram para a receita dos impostos sobre a energia (51,2%, que compara com 45,7% nas famílias).

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Novo secretário de Estado critica preços altos das telecoms

Na primeira intervenção pública enquanto governante, Hugo Santos Mendes considerou que a "acessibilidade tarifária" nas telecomunicações "ainda está longe de ser bem cumprida em Portugal".

O novo secretário de Estado Adjunto e das Comunicações considera que o Estado deve garantir que os cidadãos têm internet “com boas condições de acesso e a bom preço”. Porém, referindo-se à “acessibilidade infraestrutural” e “tarifária” das telecomunicações em Portugal, considerou ser “uma obrigação que está ainda longe de ser bem cumprida” no país.

“O que há 20 anos talvez fosse um luxo, aceder à internet com boas condições de acesso e a bom preço, é hoje uma necessidade e, por isso, cada vez mais um direito essencial. Cabe ao Estado pugnar pela concretização deste direito, garantindo, mesmo que indiretamente, a acessibilidade infraestrutural, por um lado, e a acessibilidade tarifária, por outro. E esta, sabemos bem, é uma obrigação que está ainda longe de ser bem cumprida em Portugal”, disse Hugo Santos Mendes, num discurso na Mobi Summit.

Naquela que foi a primeira intervenção pública do governante desde que tomou posse, Hugo Santos Mendes tomou assim partido nas principais discussões públicas sobre o estado setor, nomeadamente a cobertura das redes em Portugal e os preços das comunicações eletrónicas. Há quase um ano que a Anacom e o setor se debatem sobre este ponto, com o regulador a considerar que os preços são altos e as empresas a afirmarem que são baixos.

Adotando um tom mais reconciliador, e falando sobre o dossiê do 5G, Hugo Santos Mendes apelou ao entendimento entre Governo, Anacom, autarquias e empresas de telecomunicações, numa altura em que estará para breve o arranque do leilão de frequências para a quinta geração de rede de comunicações. Um dossiê que tem sido marcado por discordâncias expressivas entre as diferentes partes.

“São todos essenciais porque insubstituíveis. Estamos todos condenados a entendermo-nos”, disse Hugo Santos Mendes. “É preciso, por isso, que sejamos capazes de alinhar interesses, e fazê-lo num espírito de cooperação que beneficie todas as partes e permita ao país, à população e às empresas, retirar todos os benefícios desta tecnologia”, ressalvou.

Deste modo, o novo secretário de Estado Adjunto e das Comunicações adota uma postura diferente da que foi tomada há apenas alguns meses pelo seu antecessor, Alberto Souto de Miranda. Numa audição no Parlamento, o ex-secretário de Estado criticou fortemente o regulador setorial e até transmitiu posições contrárias às do ministro da tutela, gerando polémica e surpreendendo os deputados então presentes.

Ainda assim, numa altura em que se espera, a qualquer momento, a publicação do regulamento do leilão do 5G, Hugo Santos Mendes reconheceu que a conjuntura atual “não pode deixar de gerar incerteza”. Mas também não contribuiu para a reduzir, não tendo deixado qualquer indicação sobre quando arrancará o leilão, previsto para este mês de outubro.

O secretário de Estado Adjunto e das Comunicações apontou, por fim, que “é imperativo que as pequenas e médias empresas não percam o comboio desta transição”. E lançou a ideia do que considera ser uma “nova industrialização”, que “encaixa que nem uma luva” no plano desenhado pelo gestor António Costa Silva a pedido do Governo.

“Esta nova industrialização, assente na transição digital, pode ser bem aproveitada e alegrar o perfil da nossa economia”, diversificando-a, rematou. “Portugal vai a tempo de desempenhar um papel de liderança na difusão da tecnologia”, concluiu.

Leia o discurso de Hugo Santos Mendes na íntegra:

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É oficial. Governo espanhol declara estado de emergência em Madrid

O Governo de Espanha decretou esta sexta-feira o estado de emergência em Madrid, como forma de travar a Covid-19. Medida foi conhecida após o Conselho de Ministros extraordinário desta manhã.

O Governo espanhol decretou esta sexta-feira o estado de emergência em Madrid, como forma de travar o avanço da pandemia na capital. A decisão foi tomada no Conselho de Ministros extraordinário desta manhã, avança o El País (acesso livre, conteúdo em espanhol).

A medida vai vigorar durante 15 dias, já que a Constituição impede que se estenda por mais tempo, sem a decisão passar pelo Congresso. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, justificou a aplicação da medida com a necessidade de “proteger a saúde pública já”, revela o jornal espanhol.

A decisão já foi comunicada à presidente da Câmara de Madrid. Este regime foi aprovado com as mesmas medidas que estavam atualmente vigor, nomeadamente o bloqueio da capital e de outros municípios madrilenos com mais de 100 mil habitantes.

Recorde-se que o Tribunal Superior de Madrid rejeitou as medidas que restringem a movimentação das pessoas na capital de Espanha, que tinham sido impostas pelo Governo central para lutar contra o aumento dos casos de Covid-19.

Espanha registou esta quinta-feira 12.423 novos casos de Covid-19, um quarto dos quais em Madrid, elevando para 848.324 o número total de infetados no país desde o início da pandemia, de acordo com a informação divulgada pelo Ministério da Saúde espanhol. As autoridades contabilizaram mais 126 mortes com a doença nas últimas 24 horas, aumentando o total de óbitos para 32.68

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Seguradores querem “cartas verdes” digitais. Imprimem 11,4 milhões por ano

  • ECO Seguros
  • 9 Outubro 2020

As companhias de seguros aplaudem o fim do dístico verde obrigatório na carta verde automóvel. Poupam impressão e envio anual deste documento para 8 milhões de veículos.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) “congratula a decisão do Governo de eliminar o requisito da cor na qual deve ser emitido o dístico da inspeção do seguro automóvel”, uma medida que entra hoje em vigor, e foi publicada ontem em Diário da República. Desde julho deste ano que as empresas de seguros já estavam autorizadas a emitir as cartas verdes em papel branco, mas subsistia a obrigação de emissão do dístico a verde.

Através desta nova portaria, a eliminação da cor verde é estendida ao dístico e constitui uma das recomendações apresentadas pela APS junto do Governo e do regulador, no âmbito de um conjunto de medidas legislativas e regulatórias com vista a assegurar a simplificação e flexibilidade de determinados procedimentos, em benefício dos clientes e beneficiários dos seguros, diz em comunicado a associação que representa as seguradoras por mais de 99% do volume de prémios emitidos em Portugal.

A medida facilita o envio das cartas verdes por meio eletrónico “evitando os inconvenientes causados pelo extravio ou atrasos na entrega”, refere o comunicado da APS que “espera que este seja um primeiro passo no sentido da desmaterialização total da carta verde, de forma a que esta se torne de facto mais verde, no sentido de mais amiga do ambiente”.

Para José Galamba de Oliveira, Presidente da APS “esta medida, terá um conjunto de impactos positivos tanto ao nível da atividade das empresas do setor, como para o tomador do seguro, pois resultará numa maior celeridade dos processos, tornando-os mais dinâmicos, fáceis e acessíveis e mais amigos do ambiente”.

Ainda de acordo com presidente da APS, “o setor segurador tem 8 milhões de veículos atualmente seguros, e emite cerca de 11,4 milhões de Cartas Verdes todos os anos e por isso é fundamental avançar para a desmaterialização”, conclui.

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“Será difícil” haver aumentos salariais na Função Pública em 2021, diz o Governo

O Governo tinha prometido subida salariais de 1% aos funcionários públicos, mas a pandemia frustou esse compromisso. Em 2021, será "difícil" haver aumentos.

Face à crise causada pela pandémica de coronavírus, será “difícil” haver aumentos remuneratórios na Função Pública em 2021, indicou o Governo, esta sexta-feira, aos sindicatos. À saída de uma reunião no Ministério de Alexandra Leitão, o dirigente da Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) José Abraão, revelou que não foi apresentada qualquer proposta no sentido de aumentar os salários no próximo ano. Ainda assim, o reforço do salário mínimo nacional deverá garantir uma subida das remunerações mais baixas do Estado.

“O Governo disse que há uma situação económica muito difícil, que vai querer aumentar o salário mínimo nacional e, no que diz respeito aos salários da Administração Pública, falou-nos no cenário macroeconómico sinalizando que era difícil fazer esse caminho [de aumentos]“, adiantou Abraão, aos jornalistas.

O Executivo tinha prometido aumentar, no próximo ano, em pelo menos 1% — valor da inflação prevista no Orçamento do Estado para 2020 — os salários da Função Pública, mas a pandemia acabou por frustrar esse compromisso.

Face ao impacto da crise pandémica na economia, o primeiro-ministro já tinha admitido deixar cair esse objetivo, mas não tinha revelado se seria posto em prática um aumento menos expressivo ou se os salários ficariam congelados.

Na terça-feira, o Governo deu a conhecer aos sindicatos que representam os trabalhadores do Estado as medidas preparadas para a Administração Pública no quadro do Orçamento do Estado, pacote no qual não consta qualquer menção à valorização das remunerações.

Esta sexta-feira, as estruturas sindicais voltaram a reunir com o secretário da Administração Pública, José Couto, e à saída desse encontro confirmaram que continua a não existir da parte do Executivo uma proposta no sentido de reforçar as remunerações.

Aos jornalistas, o dirigente da FESAP, José Abraão, disse que o Governo considera “difícil” haver aumentos salariais em 2021 face ao cenário macroeconómico de crise causado pela pandemia de coronavírus. Ainda assim, por via do aumento do salário mínimo — cujo valor não foi revelado durante a reunião desta sexta-feira –, as remunerações mais baixas do Estado deverão subir.

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, anunciou que o salário mínimo deverá beneficiar de um aumento em linha com os aumentos médios registados na última legislatura, ou seja, 23,75 euros. A confirmar-se, tal significará que o nível remuneratório mais baixo da Função Pública aumentará cerca de 14 euros. Isto porque está atualmente dez euros acima do salário mínimo nacional.

Duarte Cordeiro anunciou também que o Governo tem a intenção de fazer um aumento extraordinário das pensões, nos moldes seguidos nos anos anteriores. Em reação, o líder da FESAP defendeu, esta sexta-feira, que os salários da Função Pública com os mesmos valores dessas pensões deveriam beneficiar também de um aumento semelhante, isto é, de dez euros.

Tudo somado, o sindicalista José Abraão considera que o Orçamento do Estado para 2021 será marcado pela “austeridade”, não só porque não valoriza os rendimentos dos funcionários públicos, mas também porque deixa de fora questões muito importantes para estes trabalhadores, como a questão das pré-reformas, os contratos individuais de trabalho nos hospitais, o teletrabalho e o sistema de avaliação de desempenho.

“É um Orçamento vazio para os trabalhadores da Administração Pública”, afirmou o mesmo, referindo que acredita que poderá haver ainda espaço para acomodar algumas das propostas da FESAP no Orçamento para 2021.

“Governo tem todas as condições, só não tem vontade”

Também a Frente Comum esteve reunida, esta sexta-feira, com o secretário de Estado da Administração, encontro do qual saiu sem qualquer resposta às suas reivindicações. “O Governo não deu resposta a nenhuma das nossas reivindicações“, sublinhou Sebastião Santana, em declarações aos jornalistas.

Sobre os aumentos salariais, o sindicalista defendeu que o Executivo tem “todas as condições” para o fazer, faltando apenas “vontade” para tal. Ainda assim, Santana frisou que o Orçamento vai a tempo de ser alterado, exigindo um aumento de 90 euros para todos os trabalhadores e a subida do salário mínimo nacional para 850 euros.

Caso se mantenha a perspetiva de estagnação das remunerações dos funcionários públicos, a Frente Comum promete dar uma “resposta firme”, cujos contornos ainda estão por decidir. Por decidir está também se esta estrutura sindical irá ou não solicitar a negociação suplementar, isto é, uma reunião além das duas já realizadas.

Aumentos são “absolutamente necessários”

O secretário de Estado da Administração Pública recebeu também esta sexta-feira o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), estrutura que saiu “dececionada” deste encontro face à ausência de propostas no sentido de melhorar os rendimentos dos funcionários público.

Aos jornalistas, Helena Rodrigues defedeneu aumentos de 1%, mas avançou que o Governo não deu resposta a essa reivindicação. “[O reforço remuneratório] é absolutamente necessário”, sublinhou a sindicalista do STE, referindo que, sem essas subidas salariais, os funcionários públicos ficarão cada vez “menos motivados”. O STE garante, ainda assim, que não irá pedir negociação suplementar com o Governo.

A reunião desta sexta-feira é o segundo de dois encontros marcados para negociar as matérias da Administração Pública para o Orçamento do Estado para 2021, que deverá ser apresentado na segunda-feira pelo Governo na Assembleia da República.

(Notícia atualizada às 17h00 com mais informação)

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Euronext compra bolsa de Itália por 4,3 mil milhões de euros

  • Lusa
  • 9 Outubro 2020

Transação está condicionada à obtenção da aprovação da Comissão Europeia para a LSE adquirir o fornecedor de dados financeiros Refinitiv.

A London Stock Exchange Group (LSE) concordou em vender a Borsa Italiana ao operador pan-europeu de bolsa Euronext por 4.325 milhões de euros, afirmou a LSE em comunicado.

A LSE confirmou em 18 de setembro que estava em negociações exclusivas com a Euronext, o que a tornou uma oferta não vinculativa de compra da bolsa de Milão, em parceria com os bancos italianos Intesa Sanpaolo SpA (ISP.MI) e Cassa Depositi e Prestiti Equity.

No comunicado, a Bolsa de Londres salienta que a transação está condicionada à obtenção da aprovação da Comissão Europeia (CE) para adquirir o fornecedor de dados financeiros Refinitiv.

Além dos 4.325 milhões de euros, a Bolsa de Londres receberá pela venda do mercado italiano “um montante adicional que reflete o dinheiro gerado até que a transação seja concluída”, explica o comunicado.

A LSE prepara-se para utilizar o capital líquido angariado para “liquidar dívidas em relação à transação do Refinitiv e para fins empresariais em geral”, diz a LSE.

A venda da Borsa italiana ao operador pan-europeu deverá estar concluída na primeira metade de 2021, enquanto a Bolsa de Londres espera concluir a compra do Refinitiv “no final de 2020 ou início de 2021”, adianta o comunicado.

Com a aquisição da Bolsa de Milão, a Euronext, que gere mercados em Londres, Paris, Dublin, Amesterdão, Bruxelas, Lisboa e Oslo, torna-se no operador principal dos mercados de capitais da Europa continental, sendo Itália o maior contribuinte de receitas para o grupo.

A LSE decidiu alienar a London Stock Exchange Group Holdings Italia (LSEG Italia), a empresa-mãe da Borsa Italiana, precisamente para obter a aprovação dos reguladores para adquirir o Refinitiv, num negócio avaliado em cerca de 27 mil milhões de dólares.

Em agosto, a LSE e o Refinitiv, com sede em Londres e Nova Iorque, confirmaram o acordo, que dará origem a um fornecedor líder mundial de infraestruturas financeiras.

Ao anunciar hoje o acordo com a Euronext, o presidente executivo (CEO) da Bolsa de Londres, David Schwimmer, disse que “continuam a ser feitos progressos na transação muito atrativa com a Refinitiv”.

“Acreditamos que a venda do grupo Borsa Italiana dará um contributo significativo para resolver as preocupações da União Europeia em matéria de concorrência”, disse.

Schwimmer salientou que a Bolsa de Milão “desempenhou um papel importante” na história da bolsa londrina e mostrou-se confiante que com a liderança da Euronext, o mercado italiano “continuará a desenvolver-se com sucesso e a contribuir para a economia italiana e para os mercados de capitais europeus”.

O homólogo na Borsa Italiana, Raffaele Jerusalmi, elogiou a relação “longa e bem-sucedida” com o grupo LSE, que “investiu e desenvolveu” o negócio ao longo dos últimos 12 anos.

“Estamos ansiosos por iniciar a próxima fase da nossa história, trabalhando em parceria com a Euronext, CDP Equity e Intesa Sanpaolo para continuar a desenvolver a empresa e contribuir para o desenvolvimento dos mercados de capitais europeus”, acrescentou.

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Sabia que a Renault ganhou o primeiro Grande Prémio da História?

  • Conteúdo Patrocinado
  • 9 Outubro 2020

Talvez seja do conhecimento de poucos, mas a Renault está no automobilismo desde as origens deste e foi a marca francesa que venceu o primeiro Grande Prémio da história, no longínquo ano de 1906.

Desde os primórdios do advento do carro que a competição automóvel foi vista como uma forma de chegar diretamente ao público pelos construtores, que apresentavam um produto desconhecido da generalidade da população mundial, e a Renault esteve na linha da frente desde a primeira hora.

Os irmãos Renault – Louis, Marcel e Fernand – perceberam a validade de competirem com outros construtores para mostrar a validade dos seus produtos e, então, dificilmente era possível ver uma corrida na Europa sem que um carro da marca do losango não estivesse à partida.

A Renault era um dos expoentes máximos da industria automóvel francesa, a mais forte do mundo no início do século XX. No entanto, os gauleses não estavam satisfeitos com a competição de automobilismo mais importante da época, o Troféu Gordon Bennett, e o Automobile Club de France (ACF) colocou mãos à obra.

Em 1906 nascia o primeiro Grande Prémio da história do automobilismo, disputado ao longo de um circuito de 103,18 quilómetros com início a Este de Le Mans, que ficaria para sempre no mapa do automobilismo ao pagar ao ACF cinco mil francos pelo privilégio.

O vencedor do Grande Prémio do ACF seria encontrado ao cabo de 12 voltas, perfazendo 1238,16 quilómetros, sendo 6 realizadas no primeiro dia, 6 de junho, e as restantes na segunda jornada. A equipa mais rápida receberia um troféu de ouro com 13 quilogramas.

O formato mostrou-se apelativo, com treze construtores a responder à chamada, dez deles franceses, liderados pela Renault, dois italianos – FIAT e Italo – e a Mercedes a defender as cores alemãs.

A corrida teve o seu início às seis da manhã do dia 6 de junho de 1906, arrancando os concorrentes com 90 segundos de diferença por questões de segurança e Ferenc Szisz seria o terceiro a começar a prova ao volante da mais recente máquina saída das oficinas dos irmãos Renault.

O carro francês ostentava um motor de quatro cilindros em linha de 12000 c.c., que acionava as rodas traseiras através de um veio de transmissão, ao invés das tradicionais correntes.

Para diminuir o peso e, dessa forma poder respeitar o peso máximo regulamentar de 1000 quilogramas, a Renault optou por não montar um diferencial no eixo traseiro, dado que o circuito era composto maioritariamente por retas e com poucas curvas relevantes.

Esta poupança de peso permitiu que o construtor de Boulogne-Billancourt montasse para a corrida os mais recentes aros amovíveis desenvolvidos pela Michelin – mais pesados, mas que permitiam a troca de rodas nuns estonteantes dez minutos.

Para compor o cocktail tecnológico da Renault, a alimentação elétrica do imponente quatro cilindros em linha de 12 litros de cilindrada era garantida por um magneto de alta voltagem, uma novidade que estreava em competição.

As estradas de então eram bem diferentes das dos dias de hoje, sendo na sua maioria de terra batida, mas o ACF asfaltara algumas zonas por questões de segurança.

Contudo, o verão do Loire revelou-se demasiado exigente para o macadame colocado sobre a terra batida, que começou a derreter-se e a partir-se, criando ainda maiores desafios aos pilotos e seus mecânicos, que viajavam no banco do pendura, assim como aos carros e pneus.

Os furos passaram a ser um problema recorrente e então, Ferenc Szisz, com um Renault fiável e performante, aproveitou os aros de substituição rápida, para estender a liderança que tinha alcançado durante a terceira volta.

O carro saído das oficinas dos irmãos Renault terminava o primeiro dia no comando, completando as 6 voltas em 5 horas e 45 minutos, com uma vantagem de 17 minutos para o seu mais próximo perseguidor.

Para o segundo dia as condições do circuito deterioram-se ainda mais, sendo a prova praticamente uma luta pela sobrevivência, devido aos furos e aos problemas causados pelo mau estado do traçado.

Apesar da suspensão traseira partida pelas agruras da pista desde a décima das doze voltas previstas, Szisz cruzava a meta na primeira posição, vencendo confortavelmente o Grande Prémio do ACF com 32 minutos de avanço, graças à performance e à solidez do Renault, capaz de atingir os 160 Km/h de velocidade máxima.

A vitória da Renault teve uma repercussão mediática imediata, tendo produzido um efeito direto no número de vendas do construtor, que subiu consistentemente ao longo dos dois anos seguintes – de 1600 unidades em 1906 para 4600 em 1908.

A velha máxima que seria eternizada décadas mais tarde – vencer ao domingo para vender na segunda-feira – era já colocada em prática pela Renault nos primórdios do automobilismo.

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Vaticano usou dinheiro para a caridade em dívida da falida Hertz

Parte dos 528 milhões de euros da carteira de investimentos financiada com dinheiro que foi doado por fiéis da Igreja Católica para ajudar os mais desfavorecidos estava aplicada em títulos da Hertz.

O Vaticano utilizou doações de fiéis para a caridade para investir em derivados de crédito da Hertz, empresa de aluguer de automóveis americana que entrou em processo de falência, revelam os documentos consultados pelo Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Em 2018, o Papa Francisco tinha alertado que os “credit default swaps” (CDS) “encorajaram o crescimento de um financiamento do acaso e a aposta no fracasso de outros, o que é inaceitável do ponto de vista ético”. Segundo o Santo Padre os instrumentos eram “uma bomba-relógio”.

Contudo, três anos antes, parte dos 528 milhões de euros da carteira de investimentos financiada com dinheiro que foi doado por fiéis para ajudar os mais desfavorecidos estava aplicada em CDS da companhia norte-americana de rent-a-car como parte do compromisso de que a Hertz não iria deixar de honrar de honrar as suas dívidas até abril de 2020, revelam os documentos obtidos pelo FT.

Estes investimentos foram realizados sob supervisão do cardeal Giovanni Angelo Becci, que foi destituído pelo Papa Francisco no mês passado. Este dinheiro terá sido investido em nome da Secretaria de Estado do Vaticano, o, poderoso escritório da administração central da Santa Sé, onde o cardeal Becciu foi o segundo comando entre 2011 e 2018. De acordo com o jornal, não existem evidências de que o Papa Francisco esteja a par destes investimentos.

Ao fim de mais de um século de existência, a empresa de rent-a-car declarou falência nos EUA e Canadá devido ao facto de a pandemia ter provocado um impacto “repentino e dramático” na procura por carros para alugar.

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Exportações já quase curadas da pandemia. Importações caem 11,6%

Depois de terem começado a recuperar em julho, as exportações nacionais continuaram a dar sinais de um regresso à normalidade em agosto. Caíram apenas 1,4%.

Depois de uma quebra de 30% entre abril e junho, as exportações nacionais começaram a dar os primeiros sinais de recuperação em julho. No oitavo mês do ano esse caminho continuou a ser feito, tendo caído apenas 1,4% em agosto, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Enquanto isso, a compra de bens do exterior recuou apenas 11,6%, depois de ter caído mais de 20% em julho.

Tanto as vendas para o exterior como as compras mostram sinais de recuperação, depois de três meses a serem fortemente impactadas pelo coronavírus. Ambos os indicadores continuam em queda, mas mostram uma melhoria face aos meses passados. As exportações caíram 1,4%, depois de terem recuado 7,3% em julho, enquanto as importações diminuíram 11,6% de um recuo de 20,4% em julho.

“No que respeita às variações face ao mês anterior”, diz o INE, em agosto “as exportações e as importações diminuíram respetivamente 24,9% e 16,7% (+17,3% e +12,5%, pela mesma ordem, em julho de 2020), o que poderá estar relacionado com o facto de o mês de agosto ser por norma um mês de paragem para férias de algumas empresas e ter tido menos dois dias úteis que o mês anterior“.

Evolução das exportações em agosto (taxa de variação homóloga) | Fonte: INE

Face a estas evoluções, o défice da balança comercial de bens — diferença entre exportações e importações — reduziu 575 milhões de euros em agosto, atingindo os 1.048 milhões de euros.

Ainda no oitavo mês do ano, no que diz respeito à categoria de bens, o INE afirma que, comparando com agosto do ano passado, “a maioria das grandes categorias registaram decréscimos em ambos os fluxos”. Nas exportações, o destaque são os decréscimos de Fornecimentos industriais (-7,2%) e os acréscimos de Material de transporte (+7,5%) e de Produtos alimentares e bebidas (+8,3%). Já nas importações o destaque vai para as diminuições de Material de transporte (-32,9%), proveniente sobretudo de França, principalmente Outro material de transporte (maioritariamente aviões).

No trimestre terminado em agosto, refere o INE, as exportações e as importações de bens diminuíram respetivamente 6,5% e 18,5% face ao trimestre terminado em agosto do ano passado (-19,1% e -27,5%, pela mesma ordem, no trimestre terminado em julho de 2020).

Exportações para Angola caíram 33%. Importações de França reduzem 38%

Se em julho as exportações tinham recuado em praticamente todos os mercados principais, em agosto houve uma recuperação. Para Espanha foram vendidos 926 milhões de euros em bens, o equivalente a um aumento de 2,8%, enquanto para França foram exportados 503 milhões de euros (+21,1%) e para a Alemanha 469 milhões de euros (+2,6%).

Contudo, houve mercados que registaram diminuições acentuadas de bens comprados a Portugal. É o caso de Angola, com uma quebra de 32,7% (num total de 64 milhões de euros) e o Reino Unido com uma diminuição de 11,2% (total de 211 milhões de euros).

Já no que diz respeito às importações, os bens comprados a Espanha caíram 8% perfazendo 1.606 milhões de euros, enquanto os bens comprados a França registaram a maior queda: 37,6% num total de 295 milhões de euros.

(Notícia atualizada às 11h36 com mais informação)

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Advogado Vieira de Almeida confirmado como vice-chairman da nova Generali Portugal

  • ECO Seguros
  • 9 Outubro 2020

A administração da nova companhia que resultou da Fusão da Tranquilidade com as filiais portuguesas do grupo italiano foi agora aprovada pelo supervisor dos seguros.

O advogado João Vieira de Almeida é a novidade confirmada na administração da Generali Portugal a companhia que resultou da fusão da Seguradoras Unidas (Tranquilidade, Açoreana, LOGO), com as companhias Vida e Não Vida que o grupo italiano já detinha em Portugal. Jaime Anchustégui Melgarejo atual CEO internacional da Generali, será o chairman.

A composição da nova administração foi agora confirmada pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF). Pedro Carvalho, presidente executivo da seguradora, integrará igualmente o board da Generali Seguros, assim como Riccardo Candoni, administrador da companhia na Grécia, Turquia, Brasil e Ecuador , Patrícia Espírito Santo, atual responsável de RH e organização Internacional da Generali em Milão, e Stefano Flori (administrador financeiro executivo).

Para além de Pedro Carvalho, a gestão executiva da companhia conta ainda com José Nogueira (Chief Operating officer), João Barata (Chief Insurance Officer) e Rogério Dias (Chief Distribution Officer). “Com a aprovação pela ASF do novo board da Generali Seguros conclui-se o processo de fusão formal das seguradoras do grupo em Portugal o que vai permitir à companhia crescer e reforçar a sua posição no mercado nacional, com produtos inovadores e suportada numa maior proximidade aos agentes e clientes”, afirma o CEO Pedro Carvalho.

O grupo Generali concluiu, recentemente, o processo de fusão das suas atividades em Portugal após ter adquirido a Seguradoras Unidas, entidade que detinha a Tranquilidade, a Açoreana e a LOGO em janeiro deste ano. Na sequência deste processo, a Seguradoras Unidas incorporou a Generali Companhia de Seguros e a Generali Vida Companhia de Seguros, tendo alterado a sua designação legal para Generali Seguros.

A companhia vai operar em Portugal com as marcas Tranquilidade, Açoreana, para aquele mercado e LOGO exclusivamente em online.

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Isabel dos Santos assina venda de 42,5% do EuroBic

  • ECO
  • 9 Outubro 2020

Empresária angolana terá já assinado documento com vista à alienação da posição no banco a um empresário líbio.

O EuroBic já esteve quase vendido, mas o negócio com o Abanca fracassou. Isabel dos Santos continua a tentar alienar a sua posição na instituição financeira, sendo que a SIC revela que já terá assinado um acordo para a venda com um empresário líbio, mas que também tem nacionalidade norte-americana.

O potencial comprador da posição de 42,5% do capital do banco pertencente a Isabel dos Santos, Roger Tamraz, é dono da Netoil, um grupo internacional com interesses na área do petróleo e gás natural.

De acordo com a SIC, Roger Tamraz está em Portugal para tratar deste processo. Terá já tido duas reuniões no Banco de Portugal para apresentar a sua proposta de compra pela instituição.

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Programa Alimentar Mundial da ONU vence Prémio Nobel da Paz

O Comité Norueguês do Nobel atribuiu o Prémio Nobel da Paz 2020 ao Programa Mundial Alimentar da Organização das Nações Unidas (ONU).

O Programa Alimentar Mundial da Organização das Nações Unidas (ONU) venceu o Prémio Nobel da Paz 2020, anunciou o Comité Norueguês do Nobel.

A distinção foi atribuída pelo “esforço” desta instituição “na luta contra a fome”, mas também pela sua “contribuição para a melhoria das condições de paz em áreas afetadas por conflitos e por “servir de força motora dos esforços para prevenir o uso da fome como arma de guerra em conflitos”.

Laureado com o conceituado Nobel da Paz, o Programa Alimentar Mundial é assim distinguido pela assistência alimentar prestada a milhões de pessoas em todo o mundo, inclusive durante a atual crise pandémica. “A necessidade de solidariedade internacional e cooperação multilateral é mais conspícua do que nunca”, aponta o Comité num comunicado.

O Comité Norueguês do Nobel, que atribui o Nobel da Paz — os restantes prémios Nobel são atribuídos pela Academia Sueca –, explica que o Programa Alimentar Mundial “é a maior organização humanitária do mundo a encarar a fome e a promover a segurança alimentar”. “Em 2019, o Programa Alimentar Mundial deu assistência a perto de 100 milhões de pessoas em 88 países que são vítimas de insegurança alimentar aguda e fome”, acrescenta.

“A pandemia do coronavírus contribuiu para um forte aumento no número de vítimas de fome no mundo. Em países como o Iémen, a República Democrática do Congo, Nigéria, Sudão do Sul e Burkina Faso, a combinação de conflitos violentos e a pandemia levou a um aumento dramático no número de pessoas a viverem à beira da morte por fome”, aponta também o Comité.

A atribuição deste prémio surge numa altura em que o Comité reconhece que “o mundo está em perigo de viver uma crise de fome de proporções inconcebíveis se o Programa Alimentar Mundial e outras organizações de assistência alimentar não receberem a ajuda financeira que requereram”.

(Notícia atualizada pela última vez às 10h26)

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