CDS vai pedir audição do presidente do Tribunal de Contas no parlamento

  • Lusa
  • 6 Outubro 2020

Líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, considera que o caso da não recondução do juiz conselheiro Vitor Caldeira como presidente do Tribunal de Contas "suscita dúvidas e levanta suspeitas".

O CDS-PP vai chamar ao parlamento o presidente cessante do Tribunal de Contas, disse esta terça-feira o líder centrista, alegando que o primeiro-ministro e o Presidente da República assumiram “posições antagónicas” sobre a não recondução de Vitor Caldeira no cargo.

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, em Lisboa, Francisco Rodrigues dos Santos afirmou que o caso da não recondução do juiz conselheiro Vitor Caldeira como presidente do Tribunal de Contas suscita dúvidas e levanta suspeitas que impõe que sejam esclarecidas pelo senhor primeiro-ministro”.

O CDS quer saber “porque é que este princípio da não renovação dos cargos judiciários, que não está escrito em lado nenhum, só agora, seis anos depois de António Costa ser primeiro-ministro é que é tornado público e dado ao conhecimento de todos os portugueses”.

Na ótica do líder centrista, se este princípio fosse conhecido, “este facto político não teria sido criado” e a questão da recondução de Vitor Caldeira “não seria colocada”.

Por isso, o CDS quer ouvir o presidente cessante do Tribunal de Contas (TdC) e “apresentará um requerimento nesse sentido, para que o juiz conselheiro seja auscultado pelo parlamento”, anunciou.

O presidente do CDS assinalou igualmente que “esta não recondução do juiz conselheiro Vitor Caldeira surge numa altura em que o Governo apresentou no parlamento uma proposta de lei de novas regras para a contratualização pública” que, “sob pretexto de flexibilizar processos, abrem a porta ao clientelismo, à corrupção, ao conluio e ao amiguismo, alertas que foram de resto deixados pelo próprio” presidente do TdC”.

“É importante que fique cabalmente esclarecido” porque “é que é escolhido este ‘’timing’ para anunciar a não recondução do juiz Vitor Caldeira”, frisou o democrata-cristão.

Rodrigues dos Santos quer saber também a razão pela qual o primeiro-ministro, “uma vez que é tão zeloso na independência das instituições”, nomeou “Mário Centeno como governador do Banco de Portugal, apesar das suspeitas de promiscuidade e da falta de autonomia do órgão supervisor da banca” e porque é que esse zelo não se aplica a “mandatos mais longos”.

Questionado sobre as declarações do Presidente da República e do primeiro-ministro, o presidente do CDS considerou que “há uma grande discrepância entre o discurso” de António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa, uma vez que “o Presidente da República escolheu dizer a todos os portugueses que censura compadrios, práticas de corrupção, conluios, clientelismos e amiguismos”.

Na ótica de Francisco Rodrigues dos Santos, é “bastante evidente que as posições do senhor primeiro-ministro como do Presidente da República estão antagónicas neste sentido, dado que na intervenção pública que fez ao país o senhor Presidente da República escolheu dar razão às preocupações e às suspeitas que foram apontadas pelo juiz conselheiro Vitor Caldeira”.

O primeiro-ministro rejeitou hoje qualquer relação entre a não recondução pelo Governo do presidente do TdC e as críticas deste tribunal à proposta do executivo para a revisão da contratação pública, e adiantou que o Governo e Presidente da República fixaram o critério de não haver renovação de mandato para cargos de natureza judiciária, aplicando-se tanto a este cargo como à procuradora-Geral da República.

No seu discurso nas cerimónias do 110.º aniversário da Implantação da República Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que Portugal deve “continuar a agir em liberdade” e “sempre em conformidade com a ética republicana, que repudia compadrios, clientelas, corrupções”.

A proposta de lei do Governo, em discussão no parlamento desde junho, pretende simplificar os processos de contratação pública, tendo recebido críticas de várias entidades, incluindo do TdC.

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Banco de Fomento já tem agência de comunicação e prepara logótipo

A SPGM assinou o contrato com a Cunha Vaz a 10 de setembro e com a Globaz a 31 de agosto. Mas ambos só foram publicados no Base a 1 de outubro.

A SPGM, a sociedade na qual vão ser fundidas a Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD) e da PME Investimentos para dar origem ao Banco Português de Fomento (BPF) já escolheu a agência que vai tratar da comunicação da instituição, a Cunha Vaz & Associados, mas também a empresa que lhe vai criar o logótipo. Neste caso a escolha recaiu sobre a Globaz.

De acordo com o portal Base, onde são publicados todos os contratos celebrados pelas entidades públicas, a SPGM assinou o contrato com a Cunha Vaz a 10 de setembro e com a Globaz a 31 de agosto. Contudo ambos só foram publicados no portal a 1 de outubro.

A Globaz vai receber 74 mil euros para fazer o “estudo, definição de estratégia, design, desenvolvimento criativo e gráfico tendentes à conceção de um novo logótipo, identidade visual e branding” no novo Banco Português de Fomento que o Executivo espera estar operacional em novembro. A decisão de atribuir a tarefa a esta empresa do Porto foi tomada a 26 de agosto, após consulta prévia ao mercado. Com a assinatura do contrato no final de agosto começou a contar o relógio para cumprir o estipulado em 230 dias, ou seja, pouco mais de sete meses.

A Globaz este ano já assinou contratos com as Câmaras do Porto, de Aveiro e Odivelas, mas também com a Universidade de Aveiro num conjunto total de 141 mil euros. O trabalho para a SPGM é, até agora o mais avultado, entre os celebrados com entidades públicas.

a Cunha Vaz assinou um contrato de 58.800 euros para “prestação de serviços de consultadoria de comunicação financeira institucional, relações públicas, assessoria de comunicação e de imprensa, e desenvolvimento de plano estratégico de comunicação e marketing“. Mais uma vez foi feita previamente uma consulta ao mercado antes da assinatura do contrato que tem um prazo de execução de 550 dias, ou seja, cerca de ano e meio.

O contrato começou a produzir efeitos a partir do momento em que foi assinado. O ECO questionou o Ministério da Economia sobre a forma como será feita a articulação entre os departamentos de comunicação das três instituições e a Cunha Vaz, mas fonte oficial declinou fazer qualquer comentário sobre este assunto nesta fase.

A empresa de comunicação de António Cunha Vaz celebrou este ano mais dois contratos com o Estado, nomeadamente a Associação Nacional de Municípios num total de 23.287 euros.

A SPGM celebrou ainda mais um contrato, desta feita com Pedro Acácio Cruz e Silva para desenvolver, nos próximos três anos, serviços de assessoria e consultoria jurídica. Em causa estão 144 mil euros, num contrato assinado a 6 de agosto, mas que também dó foi publicado no Portal Base a 1 de outubro.

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Prova dos 9: Portugal tem uma taxa de execução dos fundos europeus baixa, como diz Marcelo?

Marcelo Rebelo de Sousa disse que Portugal tem uma taxa de execução tradicionalmente baixa dos fundos comunitários. O ECO foi consultar a base de dados da Comissão Europeia para ver se é mesmo assim.

O Presidente da República voltou a apontar o dedo à taxa de execução dos fundos comunitários. Num momento em que Portugal se prepara para receber uma bazuca de dinheiro comunitário, que implica o país executar cerca de seis mil milhões de euros por ano, o chefe de Estado tem alertado para a incapacidade de Portugal executar verbas, chegando mesmo a recordar que já foi necessário devolver dinheiro a Bruxelas.

Esta segunda-feira, a propósito da decisão do Executivo de não renovar o mandato do presidente do Tribunal de Contas, mas também da proposta de lei do Governo, em discussão no Parlamento desde junho, para simplificar os processos de contratação pública — e que tem recebido críticas de várias entidades, incluindo do próprio Tribunal de Contas –, Marcelo Rebelo de Sousa disse que a matéria de contratação pública é “importante, sensível e de equilíbrio difícil”

Frisou também o choque entre os valores da salvaguarda da transparência e a pressão do tempo para aplicação dos fundos comunitários, lembrando que Portugal tem uma taxa de execução tradicionalmente baixa.

A frase

Há “uma pressão de tempo, que é a pressão de se tratar de fundos que têm um tempo muito curto de aplicação. E nós temos uma taxa de execução tradicional baixa em relação à execução dos fundos europeus, por razões administrativas e muitas delas burocráticas”.

Os factos

Portugal tem a nona taxa de execução mais elevada da União Europeia, uma descida de três lugares face ao início de agosto. Mas seis dos países que estão na frente têm envelopes financeiros iguais ou inferiores a dez mil milhões de euros e há dois que estão à frente por décimas.

Portugal tem um envelope de 33,2 mil milhões de euros, se se tiver em conta todos os fundos de que beneficia (Feder, Fundo Social Europeu, Fundo de Coesão, agricultura, pescas e até a Iniciativa Emprego Jovem).

De acordo com a base de dados da Comissão Europeia, que é atualizada diariamente, Portugal apresenta uma taxa de execução de 54,79% do envelope, que corresponde a 18,19 mil milhões de euros executados. No entanto, a taxa de compromisso é já de 106% para um total de 35,25 mil milhões de euros. Ou seja, dinheiro que já está alocado a um determinado projeto e que apenas aguarda eventuais desistências ou a revisão em baixa de alguns projetos que possam assim libertar dinheiro. Este sistema de overbooking é uma ferramenta utilizadas pelos países para evitar o risco de terem de devolver verbas a Bruxelas.

Assim, o campeão da execução é a Finlândia, com 74% dos 8,43 mil milhões de euros já utilizados, seguida do Luxemburgo, com uma taxa de execução de 67% de um total de 455 milhões de euros. O terceiro lugar do pódio é ocupado pela Irlanda com 66% de execução de um total de 6,13 mil milhões. Depois vem a Áustria (65% de 10,62 mil milhões) e a Suécia (64% de 6,92 mil milhões). Três países com envelopes financeiros manifestamente inferiores ao de Portugal.

Muito próximos de Portugal estão França, com uma taxa de execução de 55,43% dos 45,87 mil milhões de euros em fundos que tem para investir, e Estónia, com 54,87% dos 5,77 mil milhões. Taxas de execução muito semelhantes, mas envelopes de dimensões muito diferentes. Portugal surge décimas abaixo com uma execução de 54,79% dos 33,2 mil milhões. Como estes valores são atualizados ao dia, basta a Comissão Europeia validar e auditar mais algumas faturas que as autoridades de gestão já submeteram a Bruxelas para haver lugar a alterações.

Além disso, os dois países com os maiores envelopes financeiros para 2014-2020 são a Polónia e Itália que apresentam taxa de execução de 46% e 40%, respetivamente.

Numa outra intervenção há cerca de duas semanas, Marcelo Rebelo de Sousa também sugeriu que Portugal desperdiçou fundos europeus por não os executar. O ECO questionou a Agência para o Desenvolvimento e Coesão para saber quais os montantes que Portugal já devolveu a Bruxelas. Fonte oficial revelou que “apenas no período de programação 2000-2006 (QCA III) se registou uma devolução por não execução”, no que concerne “exclusivamente aos fundos da política de coesão”.

Assim, Portugal teve de devolver cerca de 40,2 milhões de euros (0,2% do valor da programação), por aplicação da regra da guilhotina. Esta regra obriga os Estados a executarem todos os anos um determinado montante sob pena de, se não o fizerem, terem de devolver as verbas não utilizadas.

Em causa esteve a devolução de 12.895.487,01 euros no âmbito do Feder e 27.379.094,94 ao nível do Fundo Social Europeu. No quadro comunitário seguinte, o QREN, e no Portugal 2020 não houve lugar à devolução de verbas por falta de execução.

A prova dos 9

De facto, Portugal está no último ano deste quadro comunitário — embora tenha mais três para acabar de o executar — e ainda lhe falta executar quase metade. À data de hoje faltam 45%, mas isso não significa que Portugal compare mal com os restantes parceiros europeus, sobretudo quando se tem em conta a dimensão dos envelopes financeiros. Só França apresenta uma taxa de execução melhor e tem um quadro comunitário superior. Além disso é preciso recuar ao QCAIII para haver devolução de dinheiro a Bruxelas por falta de execução.

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Renováveis significam “euros a mais nos bolsos dos portugueses”, diz CEO da WindEurope

Na conferência da APREN, o CEO da WindEurope, Giles Dickson, garantiu que "quanto mais energia renovável, menos os portugueses vão pagar nas faturas". A APREN quer "dinheiro barato e prazos alargados"

Dinheiro barato e prazos mais alargados. Estes deverão ser os dois pontos-chave da estratégia de investimento nas energias renováveis em Portugal na opinião de Pedro Amaral Jorge, presidente da Associação Portuguesa das Energias renováveis (APREN): um melhor acesso ao financiamento e a custos reduzidos, por parte dos promotores dos projetos que estão a nascer no país, sobretudo no solar; e também mais tempo para a concretização desses mesmos projetos renováveis, muito devido aos imprevistos criados pela pandemia de Covid-19.

O cenário para a expansão das energias renováveis em Portugal num cenário de neutralidade carbónica na Europa até 2050 foi traçado na abertura da conferência anual da APREN Portugal Renewable Energy Summit 2020, que tem lugar esta terça e quarta-feira, 6 e 7 de outubro, na Culturgest, em Lisboa.

Numa mensagem gravada e exibida no início da conferência, Kadri Simson, comissária europeia da Energia, elogiou Portugal como “um dos países líderes das renováveis na Europa e no mundo”, já com 30% de energia limpa no seu consumo, uma percentagem que deverá crescer para os 47% já em 2030. “Desta forma estabeleceram um objetivo muito ambicioso para todos os outros países”, disse, elogiando também os projetos de Portugal para o hidrogénio verde. Kadri Simson está atenta e espera “ouvir mais no futuro” sobre a criação de um mega polo industrial para a produção de hidrogénio em Sines.

A responsável da Comissão Europeia pediu ainda a Portugal para “aproveitar os fundos comunitários para fazer fazer os investimentos estratégicos necessários” e sublinhou o enorme potencial para o país e para a Europa da energia eólica. Para novembro, Kadri Simson anunciou a apresentação de uma Estratégia Europeia para o Eólico Offshore.

Giles Dickson, CEO da WindEurope, confirmou a importância da energia eólica para a Europa, numa altura em que 17% da energia consumida no continente provém do vento. Sobre Portugal, Dickson disse que as energias renováveis vão cada vez mais significar “euros a mais nos bolsos dos consumidores portugueses”. Isto porque a eletricidade de origem limpa será produzida no país, evitando gastos com a importação de combustíveis fósseis.

“Quanto mais energia renovável, menos os portugueses vão pagar nas faturas”, antecipou o responsável da WindEurope, deixando dois conselhos ao país: fazer mais para investir todo o dinheiro que virá de Bruxelas para a transição energética e taxar de forma igual a eletricidade e o gás, para que os consumidores possam ajudar a promover a eletrificação. “Neste momento aquecer uma casa em Portugal com energia elétrica ainda é mais caro do que recorrer ao gás, e isso está errado”, defendeu.

Sobre as renováveis, Dickson defende que já provaram que são resilientes e isso vê-se pelo facto de as indústrias que consomem muita energia elétrica — que antes não gostavam das renováveis por serem intermitentes e mais caras — “agora batem-nos à porta porque querem as suas próprias centrais solares ou eólicas”.

“Temos de promover a procura de mais energia renovável. A indústria, as empresas e as famílias devem ter acesso a eletricidade limpa”, disse. Para isso é preciso: apoiar a cadeia de valor das renováveis, investir em inovação, evitar tarifas nas importações, permitir ao Banco Europeu de Investimento que apoie cada vez mais projetos, simplificar a atribuição das licenças de produção, investir em mão de obra especializada e promover o investimento privado.

“Se queremos atingir as metas de descarbonização e chegar a 60% de eletrificação, a próxima década vai ser a década do investimento nas renováveis. É preciso dinheiro para investir, mas com custos de capital baixos. E os bancos só emprestam esses mesmo dinheiro se existirem perspetivas de rendimentos garantidos, por isso a importância dos leilões”, acrescentou ainda Giles Dickson.

O CEO da WindEurope aproveitou para deixar vários recados à Comissão Europeia: apoiar mais o BEI; desenvolver o seu Plano de Recuperação Económica ao máximo; ser mais dura com os Planos Nacionais de Energia e Clima (PNEC) dos vários Estados-membros e exigir a sua “implementação rigorosa”.

“Para já, os PNEC são fracos nos detalhes, em como vão fazer a eletrificação, os leilões, a simplificação das licenças de renováveis”, rematou.

Do lado de Bruxelas, Paula Abreu Marques, chefe de unidade de Política de Renováveis e CCS da Comissão Europeia, garantiu que será publicado em breve o relatório das renováveis a nível europeu e que o mesmo mostrará quehá situações preocupantes em alguns países membros, por causa da pandemia”. Apesar disso, a UE quer duplicar a ambição das renováveis para 40%. Muito importante, sublinhou, é que nenhum Estado-membro seja esquecido: “A transição para a energia verde não pode deixar ninguém para trás”.

Já Walburga Hemetsberger, responsável da SolarPower Europe, frisou que “temos de ser mais ambiciosos com os objetivos das renováveis” e para isso faz falta investimento, defendendo que a Europa não deve fechar as fronteiras e negar parcerias na transição energética com grandes pot~encias como a China ou os EUA. No entanto, argumentou: “A pandemia de Covid-19 mostrou que é sensato termos a nossa própria indústria de renováveis”.

Mais ao nível ibérico, Juan Virgilio Márquez, da Associação Empresarial Eólica (AEE) de Espanha deixou claro que “sem a Península Ibérica o Green Deal europeu não se faz”, mas faltam ainda construir as “auto-estradas de energia entre Portugal e Espanha”. No ar deixou a possibilidade de serem realizados leilões comuns entre os dois países para as energias.

Em Bruxelas, e minutos antes de de votar a Lei do Clima, a eurodeputada portuguesa Maria da Graça Carvalho, sublinhou que “o Green Deal é a agenda de crescimento económico desta Comissão Europeia”. “Se a lei do Clima for aprovada, as diretivas das renováveis e eficiência energética, além de muitas outras, terão de ser revistas”, concluiu.

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Ângelo Ramalho nomeado presidente do Conselho de Administração da Efacec

  • ECO
  • 6 Outubro 2020

O mandato do novo Conselho de Administração da Efacec iniciou-se no dia 2 de outubro. Esse órgão é presidido por Ângelo Ramalho, que se mantém na presidência da comissão executiva.

Três meses depois de ter sido parcialmente nacionalizada, a Efacec tem um novo Conselho de Administração. A presidência fica nas mãos de Ângelo Ramalho, que também presidirá à Comissão Executiva, avançou a empresa em comunicado.

De acordo com a nota divulgada esta terça-feira, a Efacec, reunida em Assembleia Geral no dia 2 de outubro (ou seja, na sexta-feira passada), elegeu os novos órgãos sociais. “Na reunião, foi designado o novo Conselho de Administração, cujo mandato se iniciou no dia da Assembleia Geral“, acrescenta-se.

Para o cargo de presidente do Conselho de Administração foi escolhido Ângelo Ramalho, que também preside a Comissão Executiva. Manuel Ferreira, Michael da Silva, Nuno da Silva e Fernando Vaz ficam como vogais executivas. Já Jaime Andrez, presidente da Parpública, fica como vogal não executiva, bem como Carlos Ribeiro, Maria Chouzal, Rui Diniz e Manuel Gonçalves.

A decisão de nacionalizar a Efacec foi tomada pelo Governo no início de julho e seguiu-se a um “impasse acionista” causado pelo polémico caso Luanda Leaks. O Estado ficou com a fatia de 71,73% do capital, que era detido pela empresária angolana Isabel dos Santos.

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SIC entra na “guerra” do streaming com subscrição a 3,99 euros/mês

A SIC apresentou uma nova plataforma de streaming própria que permite aceder a conteúdos de entretenimento e informação de forma não linear, concorrendo com outras opções internacionais.

A SIC vai lançar um serviço de streaming próprio, ao qual chamou de OPTO. A plataforma, que terá “presença em todo o mundo”, permitirá assistir a “centenas de séries, documentários, novelas, sketches e outros formatos” do universo da estação do grupo Impresa, anunciou em comunicado. Uma das versões não tem custos para os utilizadores.

“OPTO SIC terá duas versões: uma versão gratuita, com um catálogo contendo centenas de séries, documentários, novelas, sketches e outros formatos, sempre com a chancela de qualidade SIC; e uma versão premium, à qual se acrescenta à versão base conteúdos exclusivos e a possibilidade de ver episódios de novelas que passam na antena na SIC 24h antes da sua emissão, catchup de 30 dias SIC generalista e dois noticiários diários com a possibilidade de escolher entre a duração de 10, 15 ou 20 minutos”, refere a Impresa.

Ao que o ECO apurou, o serviço premium do OPTO terá um preço de 3,99 euros por mês ou 39,99 euros por ano, um valor inferior ao cobrado pelas demais plataformas de streaming internacionais com presença em Portugal. Até ao lançamento em novembro, a empresa cobra 29,99 euros por uma assinatura de um ano.

“O futuro da SIC passa por fazer sempre mais e melhor. E hoje damos mais um passo nesse caminho, através do lançamento de uma nova plataforma que revolucionará o panorama dos media em Portugal e, mais importante, constituirá uma nova forma do nosso público poder aceder aos melhores conteúdos audiovisuais portugueses”, diz Francisco Pedro Balsemão, presidente executivo da Impresa, citado na mesma nota.

Segundo a SIC, “nas primeiras semanas após o lançamento do serviço, OPTO SIC terá, em exclusivo, Esperança, uma nova série cómica de César Mourão, duas séries dramáticas, A Generala, com Soraia Chaves, Margarida Marinho, Vitória Guerra e Carolina Carvalho, baseada numa história real; e O Clube, com Sara Matos, Filipa Areosa, Margarida Vila Nova e José Raposo”.

A estação de Paço d’Arcos também promete “mais”, “incluindo formatos originais e imperdíveis de Bruno Nogueira, Ricardo Araújo Pereira e Ljubomir Stanisic; um documentário marcante de Sofia Pinto Coelho; conteúdos informativos apresentados por Clara de Sousa; e episódios novos de Mundo à Vista.

O lançamento de OPTO SIC surge numa altura em que pelo menos seis plataformas de streaming operam em Portugal: Netflix, HBO Portugal, NOS Play, Apple TV+, Amazon Prime Video e Disney+. Visa também um mercado em franco crescimento, perante um aumento da procura por conteúdos audiovisuais não lineares, acelerada pela pandemia.

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Governo afirma que défice não é preocupação central para o próximo ano

  • Lusa
  • 6 Outubro 2020

No final da série de reuniões com os partidos sobre o OE2021, o secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais salientou que a questão do défice não é central na política orçamental para 2021.

O secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais afirmou esta terça-feira que a redução do défice não é a preocupação central da proposta de Orçamento para 2021 e que a descida projetada decorrerá do crescimento económico.

Esta posição foi transmitida por António Mendonça Mendes em conferência de imprensa, na Assembleia da República, após ser confrontado com críticas de partidos como o PCP por o Governo se preparar para reduzir o défice do atual intervalo de 7% a 7,5% para um valor próximo dos 4% em 2021.

Neste ponto, António Mendonça Mendes começou por observar que, neste momento, por decisão da União Europeia, estão suspensas as regras relativamente a défices excessivos por parte dos Estados-membros.

“Por isso, na sequência da aprovação na especialidade do Orçamento Suplementar, o Governo comunicou à Assembleia da República um défice de cerca de 7% para este ano – e estimamos que seja ligeiramente acima deste valor. No próximo ano será ligeiramente inferior por força, naturalmente, do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Isso fará com que em termos percentuais esse défice seja abaixo do valor deste ano“, justificou.

Ainda em relação à projeção de redução do défice no próximo ano, António Mendonça Mendes frisou que a questão “do saldo orçamental não é central”, mas advertiu que o país registará já este ano “um défice muito elevado”.

“Temos uma diminuição do défice no próximo ano por via do crescimento do PIB. Uma trajetória que é importante no sentido de o país continuar a assegurar as condições de ida aos mercados para financiamento em condições das empresas e do Estado“, argumentou.

De acordo com o secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais, o Governo, no próximo dia 12, apresentará uma proposta de Orçamento que terá como grande preocupação proteger o rendimento das famílias e o apoio às empresas para se poder recuperar a economia”.

Só com empresas com capacidade produtiva e só com empresas que mantenham o emprego conseguiremos recuperar a economia“, defendeu o membro do Governo.

Já sobre as condições políticas para a viabilização da proposta de Orçamento do Estado para 2021, António Mendonça Mendes deixou apenas a seguinte nota: “Estamos com toda a tranquilidade a preparar o processo orçamental e ele está a decorrer com toda a normalidade”.

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Vendas online da Ikea triplicam em Portugal com a pandemia

A Ikea Portugal viu as vendas online triplicarem em Portugal no ano fiscal que terminou em agosto, um período marcado pela pandemia. As vendas totais caíram 8,2% face ao ano anterior.

A pandemia trocou as voltas à generalidade das empresas, mas a Ikea conseguiu registar, mesmo assim, o que considera ter sido “um bom desempenho” em Portugal. O destaque vai para a subida expressiva nas vendas através da internet.

No total, incluindo as lojas físicas, as vendas da Ikea Portugal alcançaram 438 milhões de euros entre setembro de 2019 e agosto de 2020. É, contudo, uma quebra de 8,2% face ao ano fiscal anterior, mas que não impede a empresa de considerar que este “ano atípico” permitiu, mesmo assim, gerar resultados satisfatórios.

“Apesar do período difícil e extraordinário que atravessamos, os nossos resultados traduzem a resiliência do negócio Ikea e a relevância da marca na vida das pessoas. Apesar do encerramento temporário das nossas lojas, e do impacto que teve no nosso negócio, a Ikea conseguiu manter um bom desempenho”, afirma o administrador financeiro Ricardo Pereira. “É por isso que estamos confiantes no futuro”, salienta, citado em comunicado.

O país foi mesmo “um dos mercados que mais cresceu” em comércio online para a empresa, registando um valor anual de vendas digitais de 66,5 milhões de euros. É um montante três vezes superior ao do ano fiscal anterior (o ano fiscal da Ikea começa em setembro e termina em agosto do ano civil seguinte), informa a empresa na mesma nota.

Para o novo ano fiscal, a empresa já traçou várias metas, desde o reforço do investimento em “redução de preços” e melhoria dos “canais digitais”. A marca pretende ainda amplificar ” a oferta de serviços internos com parcerias externas”.

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Pandemia já provocou despedimentos em 40% dos bares e restaurantes

Os efeitos da pandemia no setor da restauração e da hotelaria são notórias: quase metade das empresas já despediu trabalhadores desde março. Muitas admitem avançar para insolvência.

Os impactos da pandemia no setor da hotelaria e da restauração são bem conhecidos. Mas, à medida que o tempo passa, os efeitos vão sendo maiores. Cerca de meio ano depois de ter aparecido, o coronavírus já provocou despedimentos em quase metade dos restaurantes e bares e em um quarto dos estabelecimentos hoteleiros.

As conclusões são da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), que, através de um inquérito ao setor, afirma que as empresas estão “desesperadas e sem soluções à vista para evitar despedimentos e insolvências em massa”. É por isso que a associação setorial pede medidas de apoio como a redução temporária do IVA e o financiamento não reembolsável para reforço da tesouraria.

O mesmo inquérito concluiu, assim, que cerca de 32% das empresas de restauração e bebidas ponderam avançar para insolvência, uma vez que “as receitas realizadas e previstas não permitirão suportar os encargos habituais para o normal funcionamento da sua atividade”.

Em setembro a faturação foi “devastadora”, diz a AHRESP, que fala em quebras acima dos 40%. Nos meses de verão o cenário foi ainda pior: mais de 31% das empresas viu as receitas caírem entre os 50% e os 75%, enquanto cerca de 29% observou mesmo descidas acima dos 75%.

Para os funcionários as consequências não tardaram. Perante estas quebras na receita, cerca de 9% das empresas não conseguiu pagar os salários em setembro, enquanto 13% apenas o fez parcialmente. Mas os efeitos são ainda mais notórias, refere a associação. 40% das empresas despediu pessoas desde o início da pandemia, enquanto apenas cerca de 18% se diz capaz de manter todos os postos de trabalho até ao final do ano.

Daqui para a frente, 93% das empresas considera que as atuais medidas criadas pelo Governo para apoiar o setor não são adequadas para a sobrevivência dos negócios.

18% dos alojamentos turísticos ficaram vazios em setembro

As mesmas consequências foram sentidas no setor do alojamento turístico, com 18% das empresas a não observar qualquer ocupação durante o mês de setembro, enquanto mais de 19% indicou uma ocupação máxima de apenas 10%, refere a AHRESP. O mesmo inquérito mostrou mesmo que mais de 28% dessas entidades viram descidas de 90% na taxa de ocupação quando comparado com o ano passado.

Durante o verão, a faturação caiu mais de 75% em cerca de 50% das empresas do setor. E para outubro o cenário é igualmente negativo: cerca de 29% das empresas estima uma taxa de ocupação nula no décimo mês do ano, enquanto apenas 29% estima uma taxa máxima de 10%. “Para os meses de novembro e dezembro a estimativa de ocupação zero agrava-se substancialmente, sendo referida por cerca de 50% das empresas”, refere a AHRESP.

Face a estas perdas, 14% das empresas pondera avançar para insolvência, enquanto mais de 16% não conseguiu pagar os salários em setembro. No que diz respeito aos trabalhadores, 25% das entidades já despediram pessoas desde o início da pandemia no país, enquanto apenas 15% admite ser capaz de manter todos os postos de trabalho até ao final do ano.

Assim como no setor da restauração, também 86% do mercado de alojamento turístico defende que as medidas criadas pelo Governo não são adequadas.

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Roxana Precu é a nova responsável da GlaxoSmithKline Portugal

  • Trabalho
  • 6 Outubro 2020

A romena Ronaxa Precu deixa o cargo em Shangai para gerir a farmacêutica britânica em Portugal. Acumula mais de dez anos de experiência na empresa, onde liderou o lançamento de vacinas e medicamentos.

Roxana Precu, diretora-geral da GlaxoSmithKline Portugal.

A romena Roxana Precu é a nova diretora-geral da multinacional farmacêutica britânica GlaxoSmithKline em Portugal. Deixa o cargo de launch lead em Shangai, na China, que assumia na GSK desde agosto do ano passado.

Roxana Precu acumula mais de 20 anos de experiência no setor farmacêutico, onde assumiu posições globais de gestão nas áreas de estratégia e desenvolvimento, finanças e comercial em empresas como a Novartis ou a ViiV Healthcare. A nova responsável máxima da farmacêutica multinacional britânica em Portugal desenvolveu a maior parte da sua carreira na GSK, tendo também trabalhado na Ucrânia, Roménia, Turquia e China. Liderou o lançamento de várias vacinas e medicamentos do portefólio da GSK.

“Assumir este desafio nos tempos que correm, em que vivemos um dos períodos mais complexos da nossa humanidade fruto da pandemia causada pelo novo coronavírus, representa uma enorme responsabilidade e, simultaneamente, uma oportunidade para renovar a ambição e o compromisso da GSK em continuar a responder a todas as necessidades de saúde dos portugueses. Assumo o meu compromisso, desde já, de trabalhar em estreita colaboração com as autoridades e sempre ao lado dos profissionais de saúde para ir ao encontro das prioridades sanitárias do país e procurar assegurar o acesso à inovação produzida pela GSK”, refere Roxana Precu, diretora-geral da GSK Portugal, citada em comunicado.

Roxana Precu é natural da Roménia, tem 45 anos, é licenciada em gestão de empresas, pela Universidade Internacional de Timisoara, na Roménia, e tem uma especialização em estratégia financeira, pela Ashridge Business School, no Reino Unido.

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Acompanhe o X Encontro Internacional de Arbitragem

  • ADVOCATUS
  • 6 Outubro 2020

Nos dias 8, 9 e 10 de outubro, acompanhe todas as sessões do X Encontro Internacional de Arbitragem de Coimbra aqui.

O Encontro arranca no dia 8 de outubro, quinta-feira, pelas 16h (ST Lisboa/Luanda; 12h ST Brasília; 17h ST Maputo), com a sessão dos SUB-40. No dia 9 de outubro, os trabalhos começam um pouco mais cedo, pelas 14h (ST Lisboa/Luanda; 10h ST Brasília; 15h ST Maputo), e contará com duas sessões paralelas. Por último, o dia 10 está reservado para os Hot Topics a partir das 15h (ST Lisboa/Luanda; 11h ST Brasília; 16h ST Maputo).

Acompanhe aqui todas as sessões em direto.

Sessões principais do dia 8 e 9

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Dia 8 – Networking

Para aceder à sessão Breakout Rooms – Networking e Cocktails do dia 8, clique aqui.

Dia 9 – Tema 2: Arbitragem e Indústria

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Dia 9 – Networking

Para aceder à sessão de Networking Virtual do dia 9, clique aqui.

Dia 10 – Hot Topics

Para aceder à sessão Hot Topics do dia 10, clique aqui.

O X Encontro Internacional de Arbitragem de Coimbra visa debater o futuro da Arbitragem, reunindo alguns dos maiores especialistas na área. Este ano, o Encontro decorre em sessões online, sob o mote “Arbitragem ao serviço de um mundo em mudança”.

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Fundação Gulbenkian e VINCI têm meio milhão de euros para apoiar estudantes universitários

A Gulbenkian, com o apoio do grupo Vinci, lançou mais uma edição das Bolsas Gulbenkian Mais, para apoiar os jovens de mérito prestes a entrar na universidade e que tenham poucos recursos económicos.

Já estão abertas a candidaturas para as Bolsas Gulbenkian Mais, da Fundação Calouste Gulbenkian, para apoiar jovens prestes a entrar no ensino superior e que não tenham recursos económicos suficientes. Na edição deste ano, há um reforço de bolsas devido à parceria com o grupo VINCI, através do Programa VINCI para a Cidadania, e tem meio milhão de euros para distribuir em bolsas.

O valor corresponde a 3.000 euros por ano letivo, 300 euros por mês, para estudantes deslocados da sua residência habitual, e 1.500 euros, 150 euros por mês, para estudantes que já vivam na cidade onde vão estudar. A bolsa pode ser renovada anualmente até à conclusão do mestrado, desde que os alunos devem ter um bom desempenho académico. Podem candidatar-se estudantes de todo o país que estejam a concorrer ao primeiro ano de uma licenciatura, mestrado e mestrado integrado, com uma média de entrada superior a 17 valores.

Apostar na qualificação para promover a igualdade

“Pensámos que era preciso dar uma atenção especial a um novo tipo de bolsas, para aquelas pessoas que, tendo imensa qualidade e mérito, ficam com os seus percursos interrompidos por razões financeiras”, sublinhou Isabel Mota, presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, na apresentação da iniciativa, na manhã desta terça-feira.

João Sobrinho Simões, secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, destacou a importância da qualificação e do Ensino Superior para a promoção da igualdade e da prática da cidadania, e realçou que todos os esforços para o reforço da qualificação “serão um “retorno para todos”.

João Sobrinho Simões, secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Este ano, o número de candidaturas ao ensino superior disparou e o Governo anunciou a abertura de mais 7.400 vagas a nível nacional. Na semana passada, o Governo anunciou ainda o reforço do alojamento para estudantes do Ensino Superior com cerca de mais 2.400 camas, um aumento de 16% face ao ano letivo anterior. Além disso, foi também aumentado em quase 100 euros o complemento de alojamento para os alunos bolseiros, de 174 euros para 285 euros mensais.

“Temos este ano 50% dos nossos jovens a frequentar o ensino superior. É nosso desejo que tenhamos, antes do final da década, seis em cada dez jovens a estudar no ensino superior“, rematou João Sobrinho Simões.

A segunda fase das bolsas Gulbenkian Mais, que decorre entre 1 de novembro de 2020 e 1 de julho de 2021, será dirigida a alunos do ensino superior com necessidades imediatas e urgentes decorrentes de alterações à situação socioeconómica do agregado familiar durante o ano letivo, devido à pandemia.

Valores, muito além das notas

As bolsas Gulbenkian Mais dão também acesso a um programa de valorização pessoal, que inclui formações em inteligência emocional e liderança –através do método da Search Inside Yourself Leadership Institute, da Google — ou a possibilidade de trocar experiências com os cerca de 10.000 ex-bolseiros da Gulbenkian. Por fim, o programa inclui ainda o acesso a mentoria e debates para a resolução dos desafios atuais e futuros, com base nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas.

“No fundo, é obrigar o bolseiro a refletir sobre o que quer da vida, quais são os desafios atuais, o que é importante dar de si próprio e retribuir à sociedade que tanto precisa“, explica Isabel Mota, presidente da Fundação Calouste Gulbenkian.

Thierry Ligonnière, presidente do Programa VINCI para a Cidadania e CEO da ANA Aeroportos de Portugal, reforçou a posição do grupo como “parceiro ativo” do programa de bolsas e realçou que a parceria agora assinada “consubstancia o contributo para a área da educação e da qualificação, num momento de grande fragilidade para as famílias”.

“O nosso empenho e entusiasmo é total, para nos associarmos a esta iniciativa das Bolsas Mais. Há muitos talentos em Portugal e não podemos deixar que as oportunidades destes talentos sejam perdidas“, acrescentou o responsável.

O número de bolsas a atribuir nesta edição só será conhecido no final do processo de seleção e atribuição dos apoios. As candidaturas estão abertas até 31 de outubro e podem ser submetidas no site oficial.

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