BEI e Banco Santander disponibilizam 587 milhões para PME portuguesas

  • Lusa
  • 27 Julho 2020

O BEI e o Banco Santander Consumer Portugal assinaram dois contratos no montante de 587 milhões "destinados a injetar liquidez e a financiar investimentos num momento crítico".

O Banco Europeu de Investimento (BEI) e o Banco Santander Consumer Portugal anunciaram esta segunda-feira a mobilização de 587 milhões de euros para pequenas e médias empresas (PME) de média capitalização em dificuldades financeiras devido à crise da pandemia de Covid-19.

Em comunicado, o BEI e o Banco Santander Consumer Portugal (BSCP) informam que “assinaram dois contratos no montante de 587 milhões de euros destinados a injetar liquidez e a financiar investimentos num momento crítico”, num programa de apoio às PME portuguesas.

As duas instituições explicam, numa nota de imprensa conjunta, que “o BEI comprará ao BSCP diversas tranches de titularização pelo montante de 489,4 milhões de euros”, enquanto o Fundo Europeu de Investimento concederá ao banco “uma garantia de 97,6 milhões de euros sobre a parcela retida de diversas tranches”.

Para isso, “os dois contratos serão executados através da participação do grupo BEI na primeira titularização de crédito automóvel do BSCP para redução de requisitos de fundos próprios, parte dos quais será dedicada ao financiamento da compra de veículos menos poluentes pelas PME”, precisam estas entidades.

O BEI e o BSCP adiantam que “uma parte deste financiamento do banco da UE é concedida ao abrigo do Plano de Investimento para a Europa, cujo apoio permite ao grupo BEI alargar a sua capacidade de concessão de empréstimos a projetos de investimento que, pela sua estrutura ou natureza, apresentam um perfil de risco mais elevado”.

Com as PME portuguesas a assegurar cerca de 77% do total de postos de trabalho, a Comissão Europeia salienta que, “face ao impacto da covid-19 em Portugal, o acesso das pequenas e médias empresas ao financiamento é fundamental para preservar as indústrias e o emprego”.

Este programa surge no âmbito de outras iniciativas lançadas pelo grupo BEI, desde março passado, para prestar liquidez em altura de crise gerada pelo novo coronavírus.

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Reino Unido pode excluir França e Alemanha dos corredores aéreos

Numa altura em que as companhias aéreas e agências de viagens estão a reportar prejuízos e a afundarem nas bolsas, o Reino Unido admite excluir dos corredores aéreos ainda mais países.

Depois de ter excluído Espanha dos corredores aéreos, o Governo britânico diz estar atento à situação epidemiológica de França e da Alemanha, admitindo que também estes países podem vir a ser retirados da lista de países seguros. Estas notícias chegam numa altura em que as companhias aéreas e agências de viagens estão a reportar graves prejuízos devido à pandemia e a afundar nas bolsas.

As autoridades do Reino Unido estão a acompanhar de perto o número de casos de coronavírus em vários destinos europeus, principalmente França e na Alemanha, admitindo a possibilidade de os excluir dos corredores aéreos, avança a Reuters (conteúdo em inglês). Esta possibilidade é avançada depois de o Governo britânico ter excluído Espanha desta lista, impondo uma quarentena de 14 dias aos britânicos que viajem para território espanhol.

“Temos de manter a situação sob vigilância e penso que é isso que o povo espera que façamos”, disse a ministra da Saúde espanhola, Helen Whately, em declarações à Sky News, quando questionada sobre a possibilidade de a Alemanha e a França saírem dos corredores aéreos. “Se as taxas [de infeção] subirem teremos de agir, porque não podemos correr o risco de o coronavírus se espalhar novamente pelo Reino Unido”, acrescentou.

Esta possibilidade está a abalar o setor, dado que a Alemanha, a França e o Reino Unido são de longe os maiores consumidores de turismo na Europa. Espanha não reagiu bem à notícia da sua exclusão, apelando ao Governo britânico para isentar de quarentena as ilhas Baleares e Canárias. Neste momento há 9.835 voos planeados com saída do Reino Unido e destino a Espanha até 31 de agosto.

Nos mercados os impactos já estão a ser sentidos. Para além dos prejuízos que começam a ser reportados, como o caso da Ryanair, nas bolsas as desvalorizações começam a surgir. As ações da easyJet recuam mais de 11%, enquanto a Ryanair cai mais de 4%, enquanto em Espanha a Iberia chegou a cair mais de 10%.

Portugal também está excluído dos corredores aéreos com o Reino Unido. A decisão foi conhecida no início de julho e, na semana passada, o Governo britânico atualizou a lista, acrescentando cinco países, mas manteve Portugal de fora. Segundo a Embaixada do Reino Unido em Portugal, “embora os indicadores estejam a melhorar em Portugal, não estão ainda a um nível que permita ao Governo britânico aliviar estas restrições”. Para o Governo português esta é uma decisão “não fundamentada”.

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Banca, comércio e transportes públicos são serviços essenciais para energizar “Espanha vazia”

  • Europa Press
  • 27 Julho 2020

Em Espanha, o CaixaBank e a cadeia de supermercados Dia são as empresas que contam com uma maior presença em municipios com menos de 10 mil habitantes.

Os serviços bancários, o comércio e os transportes públicos são três dos serviços básicos “chave” para melhorar a atratividade das zonas rurais, bem como a saúde, a educação e o correio, num ambiente populacional cuja realidade diferenciada se tornou novamente evidente como resultado do confinamento e da crise resultante do coronavírus.

É isto que o relatório “Despoblamiento rural: la brecha de la desigualdad”, dos sociólogos Luis Camarero (UNED) e Jesús Oliva (Universidad Pública de Navarra) assinalam, no qual analisam o despovoamento rural, popularizado como “Espanha vazia”, e atestam que, embora tenha entrado recentemente na agenda política, é um fenómeno que tem estado lentamente latente como resultado de uma série de processos sobre os quais a crise económica de 2008 teve um efeito “determinante”.

O relatório destaca o CaixaBank e os supermercados Dia como as empresas privadas com maior presença nos municípios espanhóis com menos de 10 mil habitantes, uma vez que o primeiro concentra mais de um terço dos pontos de contacto das entidades que herdaram as antigas caixas económicas, enquanto a cadeia de supermercados tem 1.120 estabelecimentos nestes centros populacionais.

Especificamente, dos serviços analisados, o setor bancário passou por um processo de concentração significativo (de 45.707 agências para 25.755), sendo este processo mais pronunciado nas zonas urbanas do que nas zonas rurais. Segundo dados do Banco de Espanha, mais de metade dos municípios – 4.109 em 8.131, com 1,3 milhões de pessoas – não tem uma agência bancária.

O CaixaBank tem mais de 1.300 balcões nestes municípios, seguido de Ibercaja (555), Unicaja (511) e Bankia (497), bem como mais de 1.100 agências em municípios com entre 10 mil e 50 mil habitantes, à frente de Bankia (460), Unicaja (202) e Kutxabank (124).

“A proximidade das fontes de crédito é essencial para permitir o desenvolvimento económico, a emergência de projetos de inovação social, bem como a manutenção do tecido associativo nas zonas rurais”, explica o estudo.

Apenas 2.726 dos 7.369 municípios com menos de 10 mil habitantes têm um supermercado, o que significa que 60% dos pequenos municípios não têm um supermercado.

Por operadores, a cadeia Dia tem a maior presença nestas cidades (1,120), seguido por Coviran (1,005) e o grupo HD Covalco (663).

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Coleção Miró do BPN classificada como interesse público

  • Lusa
  • 27 Julho 2020

O despacho de classificação das 85 obras do artista catalão Joan Miró, propriedade do Estado português, como conjunto de bens de interesse público, foi publicado em Diário da República.

O despacho de classificação das 85 obras do artista catalão Joan Miró, propriedade do Estado português, como conjunto de bens de interesse público, foi publicado hoje em Diário da República.

“Na sua totalidade, estas 85 obras possuem indubitavelmente grande qualidade e valor artístico, constituindo um testemunho inestimável da larga e multifacetada produção“, do artista catalão, lê-se na portaria publicada esta segunda-feira, assinada pela secretária de Estado Adjunta e do Património Cultural, Ângela Ferreira. A classificação visa os 85 trabalhos provenientes da coleção do antigo Banco Português de Negócios (ex-BPN), depositados na Fundação de Serralves, no Porto.

O diploma reconhece igualmente a lógica de coleção a este conjunto, em termos de manifestação da produção artística de Joan Miró, destacando-o como “conjunto heterogéneo de criações realizadas ao longo de seis décadas, com recurso a diversos materiais, técnicas e suportes, incluindo, entre outros, óleos, aquarelas, desenhos, colagens e peças escultóricas, representando uma extensa e variada amostragem da obra do artista catalão”.

“Desta forma — prossegue o diploma — este grupo de peças pode ser visto como uma autêntica coleção, com o elevado número de trabalhos a contribuir tanto para o seu impacto artístico, como para a sua importância enquanto documento para a compreensão dos métodos e investigações plásticas de Miró”.

O despacho de classificação sublinha que “assim se devem entender não apenas as peças mais notáveis, tais como ‘A Bailarina’ (1924), ‘La Fornarina’ (1929), ‘Signos e Figurações’ (1935), ‘Canto dos Pássaros de Outono’ (1937), ‘Mulher e Pássaro’ (1959), ‘Personagens e Pássaros na Noite’ (1963), ou, por exemplo, a série de tecelagens (Sobreteixins) de 1972-73, mas igualmente as restantes obras, incluindo aquelas de menor relevo, que contribuem para uma melhor compreensão das ligações entre períodos artísticos na obra de Joan Miró”.

“A classificação das 85 obras de arte da autoria de Joan Miró”, que fazem parte da coleção do Estado português, “reflete os critérios constantes” do regime de classificação e inventariação dos bens móveis de interesse cultural, em particular os “relativos ao caráter matricial dos bens, ao génio do respetivo criador, ao seu valor estético e técnico intrínseco, e à sua importância na perspetiva da sua investigação histórica, às circunstâncias suscetíveis de provocarem diminuição ou perda da sua integridade”, prossegue o diploma hoje publicado.

Ainda de acordo com esta portaria, “foi obtido parecer favorável da Secção dos Museus, da Conservação e Restauro e do Património Imaterial do Conselho Nacional de Cultura, bem como foram cumpridos os procedimentos de audiência prévia previstos de acordo com o disposto no Código do Procedimento Administrativo”.

De seguida, o diploma enumera e identifica as 85 obras da Coleção João Miró, que já estiveram expostas em Serralves, no Porto, e no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, entre outros locais, dentro e fora de Portugal.

A proposta de classificação da coleção ao Governo foi feita pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), no passado mês de fevereiro, sustentando que as obras que a compõem “possuem indubitavelmente grande qualidade e valor artístico”. Esta proposta surgia mais de um ano após a abertura do processo de classificação, que aconteceu num anúncio datado de 17 de janeiro de 2019, e foi apresentada, nas últimas semanas de gestão da anterior diretora-geral Paula Silva, entretanto sucedida pelo gestor Bernardo Alabaça.

O anúncio, publicado em 28 de fevereiro, com data do dia 13 desse mês, a pouco mais de duas semanas da declaração de estado de emergência por causa da pandemia da covid-19, determinava um período de 30 dias úteis, para pronúncia de interessados.

Casa de Serralves arranca com obras em agosto para receber Coleção Miró

As obras de adaptação da Casa de Serralves, no Porto, para receber a Coleção Miró arrancam no próximo mês e estima-se que a reabertura do espaço aconteça no “outono de 2021”, avançou também esta segunda-feira fonte oficial.

“As obras [na Casa de Serralves] vão começar durante o verão, em agosto, e prevemos a reabertura no outono de 2021”, adiantou hoje à agência Lusa o gabinete de imprensa da Fundação de Serralves.

No âmbito do Protocolo de Depósito e de Promoção Cultural, assinado em outubro de 2018, entre a Câmara Municipal do Porto e a Fundação de Serralves, sobre as 85 obras de Miró na posse do Estado cedidas à cidade, a autarquia comprometeu-se a financiar, até um milhão de euros, as obras de ampliação, remodelação ou conservação da Casa de Serralves, que acolherá as obras de Miró.

Depois de vários adiamentos, as obras estão agora previstas para este ano. A autarquia comprometeu-se ainda a um pagamento anual de 100 mil euros à Fundação de Serralves, pelo prazo de 25 anos, para que a coleção seja protegida e promovida nacional e internacionalmente.

A Fundação de Serralves tem realizado várias exposições com as 85 obras de Miró, desde que a coleção lhe foi entregue, a mais recente das quais “Joan Miró e a Linguagem dos Signos”, em Nápoles, que encerrou em 23 de fevereiro.

(Notícia atualizada às 16h18 com mais informação)

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Depósitos das famílias superam marca histórica dos 160 mil milhões

Valor depositado pelas famílias na banca ascendia a 161,2 mil milhões de euros, em junho. Trata-se de um recorde, que se enquadra num contexto pagamento de subsídios de férias mas também de contenção.

As poupanças das famílias depositadas na banca não páram de aumentar. Junho foi marcado por um novo recorde no valor dos depósitos na banca nacional, que pela primeira vez ultrapassaram a barreira dos 160 mil milhões de euros. Esse máximo coincide com o pagamento de muitos subsídios de férias.

De acordo com dados disponibilizados pelo Banco Central Europeu (BCE), em junho, o valor total depositado pelos particulares junto da banca ascendia a 161.263 milhões de euros. Trata-se do montante mais elevado do histórico da entidade liderada por Christine Lagarde que tem início há mais de 17 anos, concretamente, em janeiro de 2003.

Esse recorde histórico resulta de um crescimento de 2.340 milhões de euros nas aplicações em depósitos num mês em que os funcionários públicos mas também os trabalhadores de muitas empresas receberam o subsídio de férias.

Evolução das aplicações em depósitos

Fonte: BCE

Contudo, o valor que entrou para os depósitos em junho é também o mais elevado dos últimos nove anos, confirmando a aceleração que se verifica desde o início da pandemia em março. Desde essa altura, o montante aplicado pelos portugueses em depósitos engordou em perto de sete mil milhões de euros (6.939 milhões de euros). Ou seja, mais do que o dinheiro que entrou para os depósitos da banca em todo o ano passado: 5.520 milhões de euros.

Tal enquadra-se na nova realidade pela qual o país passa. Se muitas famílias viram os seus rendimentos subitamente cortados devido às consequências económicas impostas pelo novo coronavírus, o aumento das poupanças dos portugueses depositadas junto da banca não podem ser dissociadas do mesmo efeito.

Após dois meses de confinamento e o início gradual de desconfinamento, muitas famílias ainda mantêm-se em casa, consumindo menos. Mas muitas estão também a assumir uma postura preventiva face ao agudizar da crise económica que se avizinha, aproveitando para fazer reservas de segurança.

Contas à ordem cada vez mais reforçadas

No que diz respeito ao caso específico do mês de junho, voltou a verificar-se um reforço sobretudo no valor depositado nas contas à ordem, apesar de também ter entrado algum dinheiro para os depósitos a prazo.

Nesse mês, as contas à ordem engordaram em 2.071 milhões de euros, para atingir 70.360 milhões de euros, também um novo recorde do histórico do BCE.

Num cenário de “magras” remunerações, os portugueses continuam assim a preferir manter o dinheiro “à mão”, mas também possivelmente devido ao cenário de incerteza que muitas famílias vivem. Desta forma, as contas à ordem voltaram a reforçar o seu peso em termos do destino das poupanças, passando a representar 43,63% do dinheiro depositado pelas famílias na banca, o peso mais elevado em pelo menos 17 anos.

Já os depósitos a prazo aumentaram pelo terceiro mês — em 245 milhões de euros, em junho — para um total de 90.1823 milhões de euros. Trata-se do valor mais elevado desde agosto do ano passado.

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Vodafone Espanha cresce em clientes móveis, banda larga fixa e TV pelo quarto trimestre consecutivo, apesar do Covid-19

  • Servimedia
  • 27 Julho 2020

Apesar do aumento de clientes, a pandemia provocou uma queda nas receitas de 6,9% devido ao roaming, face ao abrandamento do turismo, e às ofertas durante o confinamento.

A Vodafone Espanha aumentou o número de clientes móveis, de banda larga fixa e de televisão no trimestre fiscal de 1 de abril a 30 de junho, o quarto trimestre em alta consecutivo, apesar do Covid-19. No entanto, a pandemia afetou a linha de receitas devido às restrições associadas ao confinamento.

As receitas de serviços caíram 6,9% e situaram-se nos 920 milhões de euros, devido à queda nas receitas associadas ao “roaming/turistas, a suspensões de serviços nas empresas e ofertas ilimitadas de dados a clientes empresariais durante o confinamento”, explicou a empresa.

Se excluirmos estas causas, a evolução das receitas dos serviços “reflete a consolidação da tendência positiva alcançada durante o último trimestre”, referiu a operadora espanhola, o que realça o crescimento no número de clientes em todas as suas linhas de negócio.

As carteiras de clientes móveis, fibra e TV cresceram novamente no trimestre, apesar das restrições à portabilidade no mercado. A base de clientes contratuais móveis aumentou em 83 mil utilizadores para 11,4 milhões e os clientes de banda larga fixa aumentaram em 30 mil para 3,2 milhões.

Entretanto, a base de clientes de televisão cresceu em 57 mil titulares, apoiados pela proposta que inclui o maior catálogo de filmes e séries do mercado espanhol. A sua carteira de televisão atinge assim 1,5 milhões de clientes.

Para a Vodafone, esta evolução confirma o compromisso estratégico de se consolidar como o maior agregador de filmes e séries, com a reformulação da sua oferta de modo a que os utilizadores paguem pelo que realmente querem ver. “Para além das tarifas ilimitadas, a rede 5G e a excelência no serviço ao cliente são verdadeiras alavancas de mudança”, referiu a operadora.

A empresa também atingiu 2,7 milhões de linhas com dados ilimitados 15 meses após o lançamento da primeira família de tarifas com dados ilimitados no mercado espanhol.

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Queda de 3% do BCP pressiona bolsa de Lisboa

Europa negoceia na linha de água, enquanto o PSI-20 está sob pressão. No dia em que são conhecidos os projetos que vão desenvolver a estratégia nacional para o hidrogénio verde, a EDP valoriza.

A bolsa de Lisboa está sob forte pressão esta segunda-feira, numa altura de incerteza nas principais praças europeias. O BCP, que se prepara para apresentar resultados do trimestre na terça-feira, e a Galp Energia, cujas contas foram conhecidas antes da abertura do mercado, pesam no principal índice português.

O PSI-20 cede 0,73% para 4.459,48 pontos no arranque da semana. A maior queda é do banco liderado por Miguel Maya, que tomba 3% para 0,1008 euros por ação, numa altura em que o índice europeu de bancos cai 1,32%. A Pharol cede 2,9%, a Sonae Capital 2,2% e a Mota-Engil 2,13%. A Nos recua 1,5% para 3,976 euros.

Também a Galp Energia negoceia em baixa, com os títulos a caírem 1,35% para 10,215 euros, após ter apresentado resultados. A petrolífera passou de lucros a prejuízos de 52 milhões no segundo trimestre do ano, devido às “fracas condições de mercado” e decidiu não pagar o habitual dividendo intercalar.

“Os resultados foram influenciados por preços mais baixos do petróleo, menor utilização das refinarias e a queda do segmento comercial devido à Covid-19 e ao confinamento, bem como a imparidades de 92 milhões de euros relacionadas com ativos de exploração”, explicam os analistas do CaixaBank/BPI. Sublinham, ainda assim, que “o resultado negativo de 52 milhões de euros no segundo trimestre de 2020 foi melhor que as nossa projeção de uma perda de 84 milhões e o consenso de 67 milhões de euros“.

Além dos resultados, a Galp Energia está também em destaque esta segunda-feira devido à apresentação dos projetos eleitos para a Estratégia Nacional para o Hidrogénio. O consórcio H2Sines, da Galp e da EDP, está entre os maiores investimentos, com 1,5 mil milhões. O grupo EDP está entre as poucas cotadas no verde, em Lisboa. A casa-mãe ganha 0,36% para 4,465 euros e a eólica EDP Renováveis avança 0,28% para 14,08 euros.

Se em Portugal a tendência é claramente negativa, nas restantes praças europeias, as ações negoceiam entre ganhos e perdas ligeiras. O Stoxx 600 perde 0,4%, enquanto o francês CAC 40 desliza 0,05%, o italiano FTSE MIB 0,02% e o britânico FTSE 100 perde 0,21%. Em sentido contrário, o alemão DAX sobe 0,3%.

O espanhol IBEX 35 lidera as perdas, com um tombo de 1,35% após o país ter sido excluído dos corredores aéreos do Reino Unido. Aliás, por toda a Europa é o setor do turismo e lazer que mais perde — 2,35% — devido às restrições a viagens impostas por vários países.

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Confinamento afundou turismo dos portugueses em março

Nos primeiros três meses do ano, os portugueses fizeram 3,7 milhões de viagens, uma quebra de 20% face ao mesmo período do ano passado. Em março essa quebra foi de 70% devido à pandemia.

No primeiro trimestre do ano, as viagens realizadas pelos portugueses caíram 20%, mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Contudo, analisando apenas o mês de março, essa quebra foi de 70%, justificada pela pandemia de coronavírus, dado ter sido na altura em que se registaram os primeiros casos de infeção no país. No que diz respeito às viagens ao estrangeiro, estas diminuíram mais de 80% no terceiro mês do ano.

Os portugueses realizaram 3,7 milhões de viagens nos primeiros três meses do ano, o equivalente a uma diminuição de 20% face ao mesmo período do ano passado. Desse universo, 88% correspondeu a viagens em território nacional, enquanto 12% tiveram como destino o estrangeiro.

“Lazer, recreio ou férias” foram a principal motivação para viajar no primeiro trimestre, concentrando 1,5 milhões de viagens. Ainda assim, estas viagens diminuíram quase 15%. Visitar familiares ou amigos também foi outro dos motivos, revelando o maior decréscimo (-29,1%).

Mas, numa análise mais detalhada, a quebra foi de 70% nas viagens dos residentes em março, mês em que foi declarado o estado de emergência. Neste mês, as viagens com destino ao estrangeiro caíram 88,1%, refere o INE.

Voltando ao trimestre, os portugueses preferiram marcar viagens através da Internet, tanto para fora como cá para dentro. “A proporção de viagens com marcação prévia de serviços foi 34%, uma proporção que atingiu 91,4% no caso de deslocações com destino ao estrangeiro”, diz o INE.

Na hora de ficar hospedado, os hotéis e similares foram a opção mais procurada, concentrando mais de 21% de todas as dormidas. “O alojamento particular gratuito foi o único tipo de alojamento que verificou um aumento na representatividade”, passando para um peso de 79,3%. E, no que toca à duração das estadias, a média ficou nas 4,68 noites, uma subida de 19,7%.

(Notícia atualizada às 11h19 com mais informação)

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Confiança das empresas aumenta em julho na Alemanha

  • Lusa
  • 27 Julho 2020

O índice de confiança empresarial do instituto de investigação económica alemão para a Alemanha subiu para 90,5 pontos em julho, contra 86,3 pontos em junho.

A confiança das empresas aumentou de novo em julho na Alemanha pelo terceiro mês consecutivo porque “a economia alemã está a recuperar passo a passo”, anunciou esta segunda-feira Instituto Alemão de Investigação Económica alemão (Ifo).

O índice de confiança empresarial para o conjunto da Alemanha publicado pelo Ifo subiu em julho para 90,5 pontos, contra 86,3 pontos em junho, em dados revistos.

As empresas estão “notavelmente mais satisfeitas com a situação atual” e “estão também cuidadosamente otimistas quanto aos próximos meses”, disse o residente do Ifo, Clemens Fuest.

No setor industrial, a confiança das empresas melhorou de novo consideravelmente à medida que as empresas industriais pensam que a situação não é tão “má” como nos meses anteriores e também esperam que os negócios voltem a crescer nos próximos meses.

A utilização da capacidade aumentou em julho para 74,9%, contra 70,4% em junho, mas ainda está muito abaixo da média de longo prazo de 83,5%. No setor dos serviços, a confiança das empresas aumentou fortemente e encontra-se agora em terreno positivo.

A tendência ascendente no comércio continua também, especialmente no setor retalhista, onde se tem registado uma melhoria acentuada.

Na construção, a confiança empresarial continuou a melhorar e as empresas de construção estão mais satisfeitas com a situação atual e menos pessimistas quanto às expectativas.

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Continente elimina 35 milhões de palhinhas de plástico em leites e sumos de marca própria

Assumiu também o compromisso de antecipar em cinco anos, para 2025, a ambição da União Europeia de reduzir (ou eliminar, quando possível) a utilização de materiais de plástico de origem fóssil.

Com a proibição europeia do uso de plástico de uso único a aproximar-se, já a partir de 2021, o Continente anunciou agora que até ao final deste ano vai substituir todas as palhinhas dos pacotes individuais de leite, sumos, néctares e iced teas de marca própria por versões iguais recicláveis em papel. Com esta medida vai ser possível evitar a produção de 35 milhões de palhinhas de plástico por ano.

As novas embalagens com palhinhas de papel já começaram a chegar às lojas Continente e incluem uma nova iconografia de reciclagem desenvolvida em parceria com a Sociedade Ponto Verde para os produtos Continente. Para facilitar o processo, depois de utilizada a palhinha deve ser inserida dentro do pacote de leite ou sumo. Apesar de ser de papel, a marca recomenda-se a reciclagem conjunta, no Ecoponto amarelo, para que a palhinha (de menor dimensão) também seja triada nos centros de tratamento de resíduos e corretamente reciclada.

Para Ana Alves, Diretora de Marca Própria da Sonae MC, “acelerar a transição para uma economia circular só é possível com o envolvimento de todos. Queremos contribuir ao máximo para este processo de substituição do plástico desnecessário nos produtos de marca Continente e contamos com os nossos consumidores para garantirem que, depois de usadas, as embalagens têm o destino certo e que lhes permite ganhar uma nova vida”.

Além da erradicação das palhinhas de plástico, o Continente assumiu o compromisso de antecipar em cinco anos, para 2025, a ambição da União Europeia de reduzir (ou mesmo eliminar quando possível) a utilização de materiais de plástico de origem fóssil até 2030. E pretende fazê-lo nos produtos de marca própria, assegurando que todos eles têm embalagens reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis.

Esta medida soma-se às já desenvolvidas no âmbito da Estratégia para o Uso Responsável de Plásticos, que permitiu ao Continente alcançar um nível de poupança de 4,2 mil toneladas por ano de plástico virgem. Este valor representa um crescimento de 90% em relação às 2,2 mil toneladas/ano anunciadas em abril do ano passado.

Além das toneladas de plástico virgem eliminadas (entre eliminação de plástico considerado desnecessário e substituição de material virgem por reciclado), a marca substituiu 50 toneladas de plástico com baixa reciclabilidade (como o PVC) por outros materiais mais fáceis de reciclar (como o PET) dos seus produtos.

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Trump vai dar mais um cheque de 1.200 dólares a cada cidadão

Esta segunda-feira é apresentado um novo pacote nos EUA para combater os efeitos da pandemia no valor de um bilião de dólares. Incluirá um cheque de 1.200 dólares às famílias norte-americanas.

O próximo pacote de medidas para minimizar os efeitos do coronavírus incluirá o pagamento de 1.200 dólares (1.029 euros) aos norte-americanos, anunciou o assessor económico da Casa Branca.

“Está a chegar um cheque de 1.200 dólares que fará parte do novo pacote”, garantiu Larry Kudlow, assessor económico da Casa Branca, em entrevista no programa “State of the Union” da CNN, citado pela CNBC (acesso livre, conteúdo em inglês).

Este próximo pacote, no valor de um bilião de dólares será apresentado esta segunda-feira, e incluirá 16 mil milhões de dólares (13,7 mil milhões de euros) em fundos para testes e incentivos fiscais para as empresas recontratarem funcionários.

Para Larry Kudlow trata-se de “um pacote muito bem direcionado” e “equilibrado”. Além disso, o assessor económico adiantou ainda que a administração de Donald Trump pretende prolongar a moratória de despejo que protegeu milhares de inquilinos norte-americanos de serem despejados nos últimos quatro meses. Esta moratória tinha expirado na sexta-feira passada.

Também o suplemento de 600 dólares semanais (514,73 euros) destinados aos desempregados terminou este fim de semana. Kudlow referiu que a Casa Branca quer substituir este apoio por uma ajuda no valor de 70% do salário quando estavam empregados, acrescentando que “é um apoio bastante generoso” para as famílias norte-americanas.

Em março, os líderes do Senado norte-americano e a Administração de Donald Trump chegaram a acordo para um mega pacote de estímulos orçamentais para responder ao surto de Covid-19. Foram 2 biliões de dólares (equivalente a 1,72 biliões de euros) para ajudar relançar a maior economia mundial.

O “Grande Confinamento” levou o Fundo Monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes: a economia mundial poderá cair 4,9% em 2020, arrastada por uma contração de 8% nos Estados Unidos, de 10,2% na Zona Euro, menos 2,7 pontos do que as previsões de abril. Os EUA são o mais mais fustigado pela pandemia do novo coronavírus, que já provocou mais de quatro milhões de casos e fez 149.849 mortes no país.

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Governo já prevê queda do PIB de 9%, diz Marques Mendes

O Governo já prevê uma queda do PIB mais acentuada do que tinha inicialmente projetado face à pandemia, avança Marques Mendes. O Executivo estima agora que a economia recue 9%, este ano.

O Executivo de António Costa já está a trabalhar com projeções macroeconómicas mais pessimistas, prevendo agora que o PIB caia, este ano, não 6,9% para 9%, adiantou Luís Marques Mendes, no espaço de comentário da SIC. Quanto ao défice, o Governo estima agora que fique não em 6,3%, mas em 7,1% do PIB, em 2020.

De acordo com o ex-presidente do PSD, o Executivo já está a trabalhar com previsões de evolução do PIB e do défice público “bem mais sérias” do que as conhecidas até aqui e que estão incluídas no Orçamento Suplementar promulgado na semana passada pelo Presidente da República.

Luís Marques Mendes adiantou que as previsões atualizadas são as seguintes: uma queda do PIB de 9% em 2020 (o Governo previa um recuo de 6,9%) e um crescimento de 5% em 2021 e de 4% em 2022. Esta revisão coloca a estimativa do Governo próxima da divulgada pela Comissão Europeia, que prevê um recuo do PIB português de 9,8%, este ano.

No que ao saldo orçamental diz respeito, as projeções revistas são as seguintes: um défice de 7,1% em 2020, de 3,9% em 2021 e de 2,6% em 2022. O Executivo previa que o défice ficasse nos 6,3%, este ano, coincidindo a nova estimativa com a já divulgada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), tendo entretanto revisto a meta para 7%.

De resto, a confirmarem-se estas novas previsões, Portugal só voltará a ter um défice abaixo dos 3% em 2022. Em declarações à SIC, Marques Mendes fez questão de notar que a Comissão Europeia decidiu que o limite do défice inferior a 3% só voltará a ser obrigatório quando o Estado-membro registar um PIB aos níveis de 2019.

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