Morais Leitão assessora EDP em oferta pública de 1.020 milhões no âmbito da aquisição da Viesgo

A Morais Leitão assessorou a EDP num aumento de capital por emissão de cerca de 310 milhões de novas ações no âmbito da aquisição da Viesgo.

A Morais Leitão, através de equipa de corporate, M&A e mercados de capitais liderada pelo sócio Ricardo Andrade Amaro e que incluiu ainda os sócios Nuno Galvão Teles e Carlos Osório de Castro, a advogada sénior Diana Ribeiro Duarte e os associados Pedro Capitão Barbosa, Helder M. Mourato e Inês Agapito, assessorou a EDP num aumento de capital por emissão de cerca de 310 milhões de novas ações no âmbito da aquisição da Viesgo (detentora de redes de distribuição de eletricidade no Norte de Espanha, ativos renováveis em Espanha e Portugal e centrais térmicas em processo de desmantelamento).

O aumento de capital foi estruturado como uma oferta pública no valor de cerca de € 1.020M com subscrição totalmente garantida por um sindicato de bancos internacionais, representando um total de aproximadamente 8,45% do capital social da EDP. Por sua vez, a transação global é uma das maiores de sempre empreendidas pela EDP e tem por base um Enterprise Value para a Viesgo de cerca de € 2.700M.

Foi uma operação realizada em condições muito adversas no contexto das limitações impostas pela pandemia COVID-19,”assumindo particular complexidade jurídica pela sua dimensão e timings ambiciosos”, segundo comunicado do escritório.

A Clifford Chance LLP prestou assessoria jurídica à EDP na oferta internacional.

O intermediário financeiro responsável pela assistência à oferta é o BCP, o qual (juntamente com os outros coordenadores globais da oferta, J.P. Morgan e Morgan Stanley) contou com a assessoria jurídica dos escritórios Vieira de Almeida & Associados e Allen & Overy LLP.

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Cuatrecasas assessora compra da Rovensa pelo Partners Group, avaliada em 1000 milhões

A Cuatrecasas assessorou juridicamente o fundo Partners Group na compra de uma participação maioritária na Rovensa no valor de cerca de mil milhões de euros.

A Cuatrecasas assessorou juridicamente o fundo Partners Group na compra de uma participação maioritária na Rovensa (anteriormente chamada Sapec Agro Business), um grupo português líder de mercado na indústria agroquímica que pertencia desde 2016 à Bridgepoint, com um valor de cerca de mil milhões de euros.

O Partners Group é um dos maiores gestores de investimentos de private equity do mundo. Já a Rovensa é um fornecedor líder de produtos especializados em nutrição, biocontrolo e proteção de culturas agrícolas. O portfólio de soluções e tecnologias agrícolas da empresa tem como objetivo ajudar os agricultores a aumentar o rendimento das culturas e a fornecer segurança alimentar. Fundada em 1926 e sediada em Portugal, a empresa opera em mais de 70 países, possui escritórios em 23 e detém fábricas, centros de investigação e laboratórios em Portugal, Espanha, França, Irlanda e Brasil, e fatura cerca de 360 milhões de euros por ano.

Na assessoria jurídica prestada à Partners Group a Cuatrecasas trabalhou a par da sociedade de advogados global de matriz norte-americana Ropes & Gray LLP. A assessoria da Cuatrecasas, que envolveu os escritórios de Lisboa, Madrid e Valência, foi coordenada pela sócia da área de M&A e private equity do escritório de Lisboa Mariana Norton dos Reis e integrou os associados da mesma área Francisco Martins Caetano, João Funcke e Ana Álvarez, bem com uma ampla equipa de sócios e associados das áreas de Público e Regulatório, Bancário e Financeiro, Propriedade Intelectual, Laboral, Fiscal, Imobiliário, Litígios e Concorrência, designadamente Duarte Abecasis e Maria José Guillém, na área de Público e Regulatório Agroalimentar, e Manuel Requicha Ferreira e Agustí Cerdá, na área de Bancário e Financeiro. A equipa da Ropes & Gray foi liderada pelos sócios especializados em transações de private equity John Newton e Kiran Sharma, do escritório de Londres.

A Cuatrecasas apoiou o comprador no processo competitivo, coordenando a due diligence em todas as jurisdições e assessorando na negociação da aquisição. A transação teve uma grande complexidade, não só por o Grupo Rovensa estar presente em muitas jurisdições e por todos os aspetos regulatórios inerentes sector agroalimentar, como também por ser um processo altamente competitivo e pelas incidências resultantes da pandemia de COVID-19.

Esta operação é a maior transação do ano do sector agroindustrial em Portugal e destaca-se também por ser concluída numa altura em que, devido à pandemia de coronovírus, o mercado de fusões e aquisições ter sofrido acentuadas quebras e valor e volume.

 

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Centeno rejeita “BdP fechado sobre si próprio”. “Isso não assegura a independência, assegura a irrelevância”, diz o novo governador

No discurso de tomada de posse como governador do Banco de Portugal, Mário Centeno voltou a dizer que a sua ação vai ser acompanhada de diálogo e não isolar instituição.

Tomada de posse do novo Governador do Banco de Portugal, Mário Centeno - 20JUL20
A passagem de pasta de governador do Banco de Portugal em tempos de Covid-19.Hugo Amaral/ECO 20 julho, 2020

Mário Centeno considera que a sua ação como governador do Banco de Portugal vem acompanhada de diálogo e que não pretende isolar a instituição. Pelo contrário. O novo líder do supervisor bancário disse ainda que não acredita em “estratégias de dividir para reinar”.

No discurso de tomada de posse, o ex-ministro das Finanças reforçou a ideia de que a independência do governador e do Banco de Portugal não é algo que possa ser questionado. “A independência não é mera uma atribuição, que nos é outorgada”, referiu Mário Centeno perante o ministro das Finanças, João Leão, que lhe sucedeu no cargo.

“Ao Banco de Portugal não cabem estados de alma acerca da sua independência”, adiantou, dizendo que a independência advém da ação. De uma ação que não deve ser exercida de forma isolada, deixando uma crítica velada ao anterior governador, Carlos Costa, que também esteve presente na cerimónia.

Neste ponto, o novo governador disse que o Banco de Portugal “não se deve fechar em si mesmo” porque “isso não assegura a independência”, mas antes “a irrelevância”. Por outro lado, o Banco de Portugal deve ao seu trabalho, à capacidade de adaptação e aos colaboradores “por fazer melhor e adotar novas abordagens que aprofundem o desempenho das instituições”. De seguida acrescentou: “Não acredito em estratégias de dividir para reinar”.

Centeno sublinhou ainda que o supervisor desempenha um papel “fulcral, seja quando consegue cumprir com sucesso os seus objetivos, o que tantas vezes não é percebido pela sociedade, seja quando falha nesse cumprimento, o que tem sempre enormes impactos e visibilidade”.

Para Centeno, são quatro os “desafios chave” que tem pela frente, tal como tinha referido no Parlamento: assegurar uma supervisão – prudencial e comportamental – eficiente e exigente; participar na condução da política monetária europeia e na sua revisão estratégica; definir uma política macroprudencial consonante com os complexos mecanismos de transmissão de risco no sistema financeiro; e credibilizar o mecanismo e processo de resolução, condição para a estabilidade financeira.

Na cerimónia de tomada de posse do novo governador marcaram ainda presença os presidentes dos principais bancos nacionais: Paulo Macedo (CGD), Miguel Maya (BCP), Pedro Castro e Almeida (Santander), António Ramalho (Novo Banco), João Oliveira e Costa (BPI), Pedro Leitão (Montepio). E também o presidente da Associação Portuguesa de Bancos, Faria de Oliveira.

As presidentes dos outros dois reguladores financeiros, Gabriela Figueiredo Dias (CMVM) e Margarida Corrêa de Aguiar (ASF), também estiveram presentes.

(Notícia atualizada às 12h31)

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Contas externas até maio registam maior défice desde a intervenção da troika

As contas externas deterioram-se de forma significativa até maio na sequência da pandemia. Com muito menos turismo, o défice externo atingiu o valor mais elevado desde 2011.

O défice das contas externas de Portugal aumentou cerca de 45% entre janeiro e abril, com a pandemia a levar a uma deterioração do saldo de -1.717 milhões de euros no mesmo período do ano passado, para -2.496 milhões de euros. Este é o valor mais elevado desde 2011, considerando os mesmos meses, de acordo com cálculos do ECO tendo como base a série histórica registada pelo Banco de Portugal.

“Até maio de 2020, o saldo conjunto das balanças corrente e de capital fixou-se em -2.496 milhões de euros, o que compara com -1.717 milhões de euros em igual período de 2019”, revela o Banco de Portugal na nota de informação estatística relativa à balança de pagamentos. O défice externo é o mais elevado desde janeiro a maio de 2011, ano da intervenção da troika em Portugal, altura em que estava nos 5.602 milhões de euros.

E o que está a piorar as contas externas? Um dos “culpados” é a queda das exportações de serviços, nomeadamente de turismo, na sequência do fecho das fronteiras e da (quase) paralisação da atividade turística e de viagens aéreas. O Banco de Portugal especifica que o excedente da balança de serviços reduziu-se em 2.649 milhões de euros no acumulado até maio, sendo que 2.060 milhões de euros devem-se exclusivamente à rubrica viagens e turismo, onde se verificou um “decréscimo acentuado”.

A redução abrupta das exportações do turismo foi especialmente grave em maio, mês em que o turismo ficou “praticamente parado”, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). “Nesse mês, a redução homóloga do saldo das viagens e turismo foi de 1.003 milhões de euros, em resultado de um decréscimo de 83,3% nos créditos [exportações] e de 61,6% nos débitos [importações]“, assinala o Banco de Portugal.

A compensar parcialmente esta quebra do excedente dos serviços esteve a redução de 903 milhões de euros do défice da balança de bens, devido à redução mais significativa nas importações de bens do que nas exportações de bens.

“Entre janeiro e maio de 2020, o défice da balança de rendimento primário reduziu-se 643 milhões de euros relativamente ao período homólogo, para -2041 milhões de euros”, revela ainda o banco central, acrescentando que “o excedente da balança de rendimento secundário decresceu 43 milhões de euros, o que ficou a dever-se a um aumento da contribuição financeira paga por Portugal”.

Por outro lado, a balança de capital cresceu 367 milhões de euros face ao mesmo período do ano passado e o saldo da balança financeira registou uma diminuição dos ativos líquidos de Portugal face ao exterior no valor de 2783 milhões de euros.

(Notícia atualizada às 11h53 com mais informação)

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França insiste que está em jogo o futuro da Europa

  • Lusa
  • 20 Julho 2020

O ministro das Finanças francês avisa que é " o futuro da Europa que está em jogo nas próximas horas em Bruxelas", acrescentando que ainda “é possível um acordo” sobre o fundo de recuperação da UE.

O ministro das Finanças francês afirmou esta segunda-feira que ainda “é possível um acordo” sobre o fundo de recuperação da UE e acentuou a pressão sobre os ‘frugais’ frisando que “o que está em jogo é o futuro da Europa”.

“Um acordo é possível e um acordo é necessário”, frisou Bruno Le Maire numa entrevista à BFMTV sobre a cimeira que decorre, pelo quarto dia, em Bruxelas, para aprovar o fundo para permitir o relançamento económico da União Europeia (UE) após a crise provocada pela pandemia de covid-19 e o orçamento europeu para os próximos sete anos.

“O que se joga nas negociações de hoje [segunda-feira] em Bruxelas é a presença, ou não, da Europa entre as grandes potências mundiais no século XXI”, advertiu. “É o futuro da Europa que está em jogo nas próximas horas em Bruxelas”, repetiu.

Os 27 chefes de Estado e de Governo da UE, reunidos em cimeira e em múltiplos contactos bilaterais desde sexta-feira, aceitaram esta segunda-feira de madrugada a proposta do presidente do Conselho Europeu para fazer um intervalo e retomar a sessão plenária ao princípio da tarde.

“O Presidente da República [francês, Emmanuel Macron] e a chanceler [alemã, Angela Merkel] não cessam de batalhar para que seja compreendido o desafio destas negociações”, afirmou Le Maire.

Sobre os chamados “países frugais” – Holanda, Áustria, Dinamarca e Suécia -, o ministro disse esperar “que esses países consigam ultrapassar os seus interesses nacionais e compreender que há um interesse geral europeu em ter as suas próprias tecnologias, a sua própria inteligência artificial face à China e aos Estados Unidos”. “Se não saímos mais fortes desta crise económica juntando forças, tendo estes 500 mil milhões de euros de subvenções europeias que vão permitir às economias relançar-se, ficaremos tão atrasados que não vamos nunca recuperar”, alertou Le Maire.

De acordo com fontes europeias, sobre a mesa estará agora uma proposta do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, o mediador das negociações, que mantém o montante global do Fundo de Recuperação em 750 mil milhões de euros – como propunha a Comissão Europeia –, mas baixa o montante dos subsídios a fundo perdido para 390 mil milhões de euros, em vez dos 500 mil milhões da proposta da Comissão.

A proposta é mais um passo para ir ao encontro dos frugais, com a Holanda à cabeça e aos quais se juntou nestas negociações a Finlândia, que têm bloqueado um acordo. Segundo fonte francesa conhecedora das negociações, citada pela agência France-Presse (AFP), França e Alemanha “tudo fizeram para levar os mais reticentes [a aceitar] cerca de 400 mil milhões” de euros de subvenções, até então a “linha vermelha” de Paris e Berlim.

Segundo fontes europeias também citadas pela AFP, o jantar de domingo ficou marcado pela tensão entre os líderes, com Emmanuel Macron a criticar a “má vontade” e “a incoerência” dos ‘frugais’.

Segundo essas fontes, o Presidente francês criticou a “má atitude” do chanceler austríaco Sebastian Kurz e comparou a postura negocial do primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, à do ex-primeiro-ministro britânico David Cameron nas cimeiras europeias, afirmando que “esse tipo de posicionamento acabou mal”, uma referência à saída do Reino Unido da UE.

Para o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, o prolongamento das negociações mostra que “todos querem uma solução por oposição a deixar o problema para mais tarde”. Aludindo à tensão nas negociações, Maas considerou que ela “também mostra” que “são precisos esforços maciços para tornar a Europa forte outra vez”, depois de uma crise como a do coronavírus, “que deixou todos em choque”.

O plenário do Conselho Europeu, que decorre desde sexta-feira em Bruxelas em busca de um acordo para o relançamento europeu devido a crise da covid-19, foi retomado a 27 hoje de madrugada, mas a sessão foi novamente interrompida até à tarde. O terceiro dia da cimeira, no domingo, foi o mais longo até ao momento, num total de mais de 20 horas de negociações sem interrupções, mais à margem do que em plenário.

O objetivo de Charles Michel para esta madrugada passou por tentar ‘fechar’ o Fundo de Recuperação, deixando as negociações sobre o Quadro Financeiro Plurianual da União de 2021-2027 para depois de algumas horas de sono, esta tarde. Os líderes europeus não lograram ainda chegar a um acordo sobre o próximo Quadro Financeiro Plurianual para 2021-2027 e o Fundo de Recuperação, os pilares do plano de relançamento da economia europeia para superar a crise da covid-19.

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Pandemia atrasa retoma da migração da TDT para 12 de agosto

A "evolução da pandemia" vai atrasar em nove dias a retoma da migração da Televisão Digital Terrestre (TDT). O plano prevê agora que a Meo retome os trabalhos no terreno somente a 12 de agosto.

A retoma da migração da Televisão Digital Terrestre (TDT) foi reagendada para 12 de agosto, um atraso face ao dia 3 de agosto que a Anacom tinha anunciado anteriormente. O local da retoma da mudança também mudou e, ao invés de Palmela, o processo é retomado a partir do emissor de Alter do Chão, anunciou o regulador esta segunda-feira.

Num comunicado onde dá conta deste “deslize”, a entidade explica que o processo foi atrasado devido à “indisponibilidade” de um dos fornecedores da Meo para “prestar no terreno os serviços de ressintonia dos emissores”. Em causa está a “evolução da pandemia de Covid-19” no país, sendo a Meo o prestador do serviço da TDT.

“De acordo com o novo calendário apresentado pela Meo, que mereceu a concordância do Governo e da Anacom, o processo de migração será retomado com a ressintonia do emissor de Alter do Chão, no dia 12 de agosto, e não no dia 3 com o de Palmela, a que se seguiriam os emissores da região da Grande Lisboa”, avançou ainda o regulador. Com este atraso, a conclusão dos trabalhos está agora prevista para 18 de dezembro.

Faltam migrar 180 emissores, um processo que foi suspenso a 13 de março por causa da pandemia. Esta migração é necessária para libertar a faixa de frequências dos 700 MHz, que vai passar a ser ocupada pelo 5G, a quinta geração de rede móvel de comunicações.

A Anacom também já divulgou o novo calendário do processo do 5G, prevendo agora que o leilão de frequências arranque em outubro e termine em dezembro, apontando para janeiro ou fevereiro a conclusão da atribuição dos direitos às empresas vencedoras.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h33)

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Gulbenkian dá prémio de um milhão de euros a jovem ativista Greta Thunberg

O Prémio Gulbenkian para a Humanidade foi criado depois da Fundação Calouste Gulbenkian ter vendido a petrolífera Partex aos acionista tailandeses da PTTEP.

A ativista ambiental Greta Thunberg foi a grande vencedora da primeira edição do Prémio Gulbenkian para a Humanidade, atribuído anualmente, no valor de 1 milhão de euros, que pretende “distinguir pessoas, grupos de pessoas e organizações de todo o mundo cujas contribuições para a mitigação e adaptação às alterações climáticas se destacam pela originalidade, inovação e impacto”. A jovem sueca foi escolhida entre 136 candidaturas recebidas pela Fundação Gulbenkian, correspondendo a 79 organizações e 57 personalidades, provenientes de 46 países.

O prémio, no valor de um milhão de euros, será totalmente aplicado pela Fundação Thunberg em projetos de combate à crise climática e ecológica, de forma a ajudar os que enfrentam os piores impactos desta crise, particularmente no hemisfério sul. A Fundação Thunberg começará por doar os primeiros 200 mil euros à SOS Amazonia campaign, da Fridays for Future Brazil, que combate o Covid-19 na Amazónia, e à Stop Ecocide Foundation para tornar o ecocídio um crime internacional, informou a Gulbenkian em comunicado.

Num vídeo enviado às redações, Greta Thunberg diz “estar incrivelmente honrada e extremamente grata por vencer o Prémio Gulbenkian para a Humanidade. A jovem ativista diz que “estamos a viver uma situação de emergência” e revela que a sua Fundação “irá doar o dinheiro do Prémio, o mais rapidamente possível, a organizações e projetos que lutam por um mundo sustentável e defendem a natureza, apoiando pessoas que enfrentam os piores impactos da crise ecológica e climática”.

http://videos.sapo.pt/4hurZ190ajeoc2V6Z84Y

O Prémio Gulbenkian para a Humanidade foi criado em 2019, depois da Fundação Calouste Gulbenkian ter vendido a petrolífera Partex aos acionista tailandeses da PTTEP, desfazendo-se assim dos ativos energéticos fósseis que mantinha na sua carteira de investimentos.

“A par da enorme crise económica, social e sanitária, a urgência climática não anda, nem pode andar, desligada das nossa preocupações. Foi esta trave mestra da urgência climática que esteve na base da escolha do vencedor. Com esta preocupação de termos um compromisso para com a emergência climática, gostava de recordar que no ano passado demos o grande passo que foi a descarbonização da nossa carteira, dos nossos investimentos, através da venda da Partex. Na altura pensámos que queríamos dar um sinal que fosse simbólico no sentido da nossa preocupação com o futuro da Humanidade e participarmos num combate que tem de ser de todos, por isso criámos este prémio de um milhão de euros”, disse a presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, em conferência de imprensa.

Isabel Mota confirma que o Conselho de Administração da Fundação validou a escolha do Grande júri (composto por personalidades de renome internacional nos âmbitos científico, tecnológico, político e cultural) presidido pelo ex-Presidente da República, Jorge Sampaio, e explicou porquê: “Há um tempo antes de Greta e um tempo depois de Greta. Porque o singular percurso desta jovem conseguiu pôr o tema das alterações climáticas não só na agenda política como na agenda como na opinião pública, como a voz do compromisso das novas gerações. Não foi por acaso que a revista Time a elegeu como figura do ano em 2019, dizendo que Greta conseguiu mudar a atitude global em relação às alterações climáticas. Passou de um conjunto de ansiedades para um movimento que é verdadeiramente mobilizador e que é imparável todo este impulso que deu à luta contra as alterações climáticas”.

A presidente da Fundação Gulbenkian frisou que recentemente Greta apresentou um “manifesto aos líderes europeus com um plano de ação para o que temos todos de fazer”.

Por seu lado, numa mensagem gravada, Jorge Sampaio afirmou que “a escolha de Greta Thunberg entre mais de uma centena de candidatos atesta a importância ímpar da sua atuação no plano da mobilização à escala planetária das gerações mais novas para a causa do clima. Traduz também o reconhecimento do seu papel único na liderança de um movimento cívico indispensável de combate às alterações climáticas e à degradação ambiental”.

Na sua visão, este prémio no valor de um milhão de euros “é um voto de confiança e um estímulo e encorajamento para que consolide e reforce a sua capacidade de atuação, sensibilização e mobilização global. A fundação reitera a sua aposta nos jovens como agentes de mudança e renova compromisso em contribuir para a construção de sociedades baseadas num modelo de desenvolvimento sustentável”.

Nascida em 2003, Greta Thunberg alcançou uma grande projeção internacional ao alertar para a crise existencial que a humanidade enfrenta em virtude das alterações climáticas. Deu voz à preocupação das jovens gerações pelo seu futuro, em risco com o aquecimento global, tendo-se evidenciado pela sua juventude e pelo modo direto e incisivo de comunicar. A sua influência global é sem precedentes para alguém da sua idade. Foi considerada pela Time Magazine uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, tendo sido eleita Personalidade do Ano pela mesma Revista em 2019; a Revista Forbes incluiu-a na lista das 100 Mulheres mais poderosas de 2019, e teve duas nomeações consecutivas para o Prémio Nobel da Paz (2019 e 2020).

O Grande Júri do Prémio Gulbenkian para a Humanidade integra figuras como Hans Joachim Schellnhuber (Fundador e Diretor Emérito do Instituto Potsdam de Pesquisas sobre o Impacto Climático), Hindou Oumarou Ibrahim (ativista ambiental, Presidente da Associação de Mulheres e Povos Indígenas do Chade), Johan Rockström (Diretor do Instituto Potsdam de Pesquisas sobre o Impacto Climático e Professor de Ciências do Sistema Terrestre na Universidade de Potsdam), Katherine Richardson (Coordenadora do Centro de Ciências da Sustentabilidade da Universidade de Copenhaga), Miguel Arias Cañete (antigo Comissário Europeu da Energia e Ação Climática), Miguel Bastos Araújo (Geógrafo, Prémio Pessoa 2018), Runa Khan (Fundadora e Diretora Executiva da ONG Friendship e Presidente da Global Dignity Bangladesh) e Sunita Narain (escritora e ativista ambiental, Diretora do Centro de Ciência e Ambiente de Nova Deli).

Um Comité de Especialistas, presidido Miguel Bastos Araújo, avaliou numa primeira fase, as 136 nomeações, apresentando uma shortlist com 10 candidatos, para apreciação final do Grande Júri. Este Comité conta com nomes como Arlindo Oliveira (Professor Catedrático do Departamento de Engenharia Informática no Instituto Superior Técnico), Carsten Rahbek (Diretor do Centro de Macroecologia, Evolução e Clima da Universidade de Copenhaga), Rik Leemans (Diretor do Grupo de Análise de Sistemas Ambientais da Universidade de Wageningen) e Viriato Soromenho Marques (Professor de Filosofia Política na Universidade de Lisboa).

(Notícia atualizada)

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Juros implícitos do crédito da casa interrompem descida em junho

A taxa de juro implícita no crédito no crédito à habitação interrompeu a descida que se registava há dois meses, tendo subido 2,9 pontos base, para 0,932% em junho.

Os juros implícitos do crédito da casa interromperam o rumo descendente que se registava há dois meses consecutivos. A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos subiu para 0,932% em junho deste ano, um aumento de 2,9 pontos base face ao valor apurado em maio, revelou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

No caso dos novos contratos, que engloba os créditos celebrados nos últimos três meses, a trajetória também foi de subida, tendo crescido 5,5 pontos base entre maio e junho, fixando-se em 0,900%. A trajetória era a inversa, isto é, descendente, há três meses consecutivos.

“Para o destino de financiamento ‘Aquisição de Habitação’, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu para 0,946% (mais 2,8 pontos base face a maio). Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro para este destino de financiamento fixou-se em 0,887%”, destaca o INE.

Ainda de acordo com o instituto, o capital médio em dívida aumentou 116 euros, para 54.126 euros, sendo a segunda subida consecutiva. Em simultâneo, a prestação média subiu um euro, para 228 euros, revelam os dados do INE.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h24)

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O desafio do equilíbrio entre gestão de pessoas e gestão financeira

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  • 20 Julho 2020

Marta Santos, Associate Partner, e Edivaldo João, Consultor, ambos EY, People Advisory Services, falam dos efeitos do Covid-19 na função de gestão de recursos humanos e a gestão financeira.

Atualmente, não há certezas sobre quando o mundo se verá livre da pandemia do Covid-19. Sabe-se apenas que os efeitos deixados na economia mundial, poderão ter impactos profundos e duradouros. Vários especialistas económicos têm revelado que, após o Covid-19, o mundo enfrentará uma “pandemia económica” que, em certos casos, apenas será curada com uma espécie de “plano Marshall 2”, em referência ao plano disponibilizado pelos EUA para impulsionar a reconstrução da Europa, após a II Guerra Mundial.

Neste momento, fazem-se várias análises e previsões sobre os efeitos do Covid-19 em todos os setores. Concentremos, por agora, a nossa atenção nos efeitos do Covd-19 na função de gestão de recursos humanos (GRH), sobretudo na relação entre a GRH e a gestão financeira (GF).

A prática revela-nos que, em muitas empresas, o alinhamento entre a área Financeira e a área de RH continua aquém do esperado. Tradicionalmente, a GRH tem apresentado o slogan “As Pessoas são o nosso principal ativo“, enquanto a Gestão Financeira tem apresentado o slogan “o dinheiro é rei”. Numa primeira análise, são duas visões que colocam a ênfase em recursos diferentes (humanos vs financeiros), mas a prática revela que não podemos encará-las apenas por esse prisma, uma vez que é fundamental que haja um grande alinhamento entre as duas áreas, de forma a contribuírem para sobrevivência e para o sucesso das organizações.

"Face ao cenário de escassez de recursos financeiros, por parte de determinadas empresas, será fundamental que os gestores de RH demonstrem uma inteligência financeira otimizada.”

Os efeitos do Covid-19 terão impactos diretos e indiretos naquilo que serão as políticas e práticas de GRH, bem como na capacidade financeira das mesmas.

Neste sentido, será fundamental que, tanto os gestores de RH como os gestores financeiros, percebam bem o que cada uma destas áreas tem ensinado à outra: a GRH tem ensinado à GF o elemento humano do negócio, o ver além do retorno financeiro dos investimentos; a GF tem ensinado à GRH a perspetiva financeira do negócio – como é que os resultados de determinadas decisões afetam a performance financeira do negócio e da empresa – e como utilizar os dados financeiros para uma gestão de pessoas mais eficiente.

gestão financeira

Por outras palavras, face ao cenário de escassez de recursos financeiros, por parte de determinadas empresas, será fundamental que os gestores de RH demonstrem uma inteligência financeira otimizada. Os autores Karen Berman e Joe Knight (2013) definem inteligência financeira (financial intelligence) como o entendimento que qualquer colaborador deve possuir, acerca de como o sucesso financeiro da empresa é mensurado e como impacta na performance da organização como um todo, incluindo as decisões relativas à GRH.

Assim, os gestores de RH terão um desafio ainda maior nesta fase, em que será necessário alinharem as suas práticas e políticas à situação financeira das empresas durante o período de crise, durante e após a pandemia.

Alguns dos principais temas que a GRH terá de gerir estarão relacionados com as políticas de atração e retenção de competências-chave para a organização, estratégias de motivação dos trabalhadores, políticas de formação e desenvolvimento dos colaboradores, políticas de compensação e organização do trabalho.

Relativamente à atração/retenção de competências-chave, motivação dos trabalhadores e políticas de compensação, os gestores de RH irão necessitar de desenvolver a capacidade para identificar e promover componentes não financeiras, ou com menor impacto financeiro, como a criação de ambientes de trabalho saudáveis, maior equilíbrio entre vida profissional e vida pessoal, flexibilidade de horários, reconhecimento, teletrabalho ou implementação de estratégias de experiência do colaborador.

flexibilidade de horários

O investimento na formação e desenvolvimento dos trabalhadores também poderá ganhar outros contornos, no qual as organizações poderão investir mais em soluções que impliquem menores custos, como a criação de equipas internas de formação, maior aposta nos métodos de formação e-learning ou b-learning, ou em programas de sucessão com base no coaching ou no mentoring.

Ao longo de todo o processo, enquanto agentes de mudança, é esperado que os gestores de RH saibam sensibilizar e mobilizar toda a organização em torno desta visão, tendo em conta os desafios económico-financeiros e sociais que se avizinham.

O equilíbrio sempre necessário, mas nem sempre fácil, entre gestão de RH e gestão financeira é ainda mais desafiante em tempos de crise. As empresas precisam de garantir a continuidade do negócio, não esquecendo que as pessoas são o seu motor.

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Número de desempregados inscritos no IEFP desceu pela primeira vez desde o início da pandemia

Em junho, face ao período homólogo, registou-se um aumento de 36,4% do número de desempregados inscritos no IEFP. Ainda assim, verificou-se um recuo em comparação com maio deste ano.

O número de desempregados inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) desceu, pela primeira vez, desde o início da pandemia de coronavírus. Em junho, face a maio, registou-se um recuo de 0,6%, de acordo com os dados divulgados, esta segunda-feira. Ainda assim, em comparação com o mesmo mês de 2019, verificou-se um salto de 36,4% do número de inscritos nos centros de emprego, que ascendem a 406 mil.

“No fim do mês de junho de 2020, estavam registados nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas, 406.665 indivíduos desempregados. O total de desempregados registados no país foi superior ao mesmo mês de 2019 (+108.474; +36,4%) e inferior face ao mês anterior (-2.269; -0,6%)“, explica o IEFP, na nota divulgada esta manhã. Na variação em cadeia, o recuo referido é o primeiro desde o início da pandemia.

A nível regional, a maioria das regiões viu o número de desempregados cair, face a maio, com exceção de Lisboa e Vale do Tejo (com um aumento de 1,6%) e da Madeira (com uma subida de 3,5%).

Já na comparação homóloga, foi o Algarve a destacar-se, com um agravamento do número de desempregados de 231,8%. O setor do turismo e da restauração tem sido um dos mais afetados pela crise pandémica, daí que esta região esteja a registar um aumento mais significativo do número de inscritos no IEFP. Isto apesar de junho ser, tradicionalmente, um mês de melhoria do emprego, neste setor.

Apesar do forte agravamento registado no Algarve, do total dos cerca de 406 mil desempregados inscritos no IEFP, apenas 6,4% são dessa região. O Norte (com 37,8%) é a região mais afetada. Tem atualmente 153.548 desempregados inscritos nos centros de emprego.

Em contraste, nos Açores, o número de inscritos nos serviços de emprego desceu 1,7% face a junho de 2019.

Na nota divulgada esta segunda-feira, salienta-se também que o desemprego aumentou nos três setores de atividade em termos homólogos, mas o setor dos serviços destacou-se com um salto de 47,2%. E na área do alojamento, restauração e similares o aumento registou-se uma subida de 94,4%, seguindo-se os transportes e armazenagem (com um salto de 70,4%) e a área das atividades imobiliárias, administrativas e os serviços de de apoio (com um aumento de 57,7%).

O Ministério do Trabalho sublinha, por outro lado, que o número de colocações foi superior em junho deste ano face a junho de 2019 (7.709 contra 7.517). Já as ofertas de emprego captadas em junho 2020 estão “muito perto das ofertas” captadas há um ano, frisa o gabinete de Ana Mendes Godinho. Em junho deste ano, os serviços de emprego registaram 10.328 ofertas, mais 3.357 do que em maio e menos 456 do que em junho de 2019.

(Notícia atualizada às 11h34)

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Vendas da Renault caem 34,9% no primeiro semestre

  • Lusa
  • 20 Julho 2020

No primeiro semestre, o grupo Renault vendeu 1.256.658 veículos, o que representa uma queda de 34,9% face ao período homólogo. Recuo é justificado pelas medidas de contenção da pandemia da Covid-19.

As vendas do grupo Renault caíram 34,9% para 1.256.658 veículos no primeiro semestre devido às medidas de contenção da pandemia da covid-19, que provocaram colapsos mais fortes no mercado interno europeu e na América Latina.

A Renault atribuiu esta segunda-feira num comunicado a intensidade desta queda à “forte exposição a países que registaram um confinamento rigoroso”.

Globalmente, os registos da Renault caíram 41,8% na Europa, para 623.854 veículos. A queda foi, em termos relativos, um pouco mais moderada em França (36,1%), o mercado de origem, para 242.534 unidades, e acentuada em Itália (49,9%, para 63.530), e ainda mais em Espanha (53,8%, para 48.275) e no Reino Unido (56%, para 27.057).

Na América Latina, o declínio foi de 44,7% com 113.826 automóveis. A descida foi de 46,9% no Brasil com 59.941 unidades, num mercado que registou um recuo de 39%.

O fabricante atribuiu esta diferença à sua “nova estratégia de melhoria da rentabilidade e reposicionamento dos preços”. Na Argentina, a perda foi de 46,1%, para 19.875 veículos, também superior ao recuo de todo o mercado (-39%).

A tendência foi menos negativa na Índia, onde a queda foi de 28,7% (26.245 veículos), em comparação com 49,4% para aquele país como um todo. Assim, a quota de mercado da Renault na Índia aumentou oito décimas de ponto percentual, para 2,8%.

Uma situação semelhante ocorreu na Rússia, onde os registos caíram 19,5% (para 192.534, o segundo país mais importante para o grupo) num mercado que diminuiu 23,3%. Na China, onde a Renault mudou a sua estratégia para se concentrar nos veículos utilitários e elétricos e abandonar os restantes, as vendas caíram 21,2 % para 70.789 unidades.

No primeiro semestre do ano, o grupo Renault vendeu mais de 42.000 veículos elétricos em todo o mundo, um aumento de 38%, principalmente do modelo Zoe, que era o líder neste segmento na Europa com 37.540 unidades, quase mais 50%.

O diretor comercial, Denis le Vot, salientou que em junho houve uma forte recuperação, com um aumento de 20% das encomendas na Europa em comparação com o mesmo mês em 2019, enquanto que as existências diminuíram 10%.

Le Vot salientou também que a Renault estava a intensificar a sua ofensiva comercial no segundo semestre do ano com o lançamento da gama híbrida E-Tech, a versão elétrica do Renault Twingo, a chegada do novo Duster à América e um novo SUV na Índia.

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Costa deseja as “maiores felicidades” a Centeno no Banco de Portugal

Primeiro-ministro partilhou uma mensagem nas redes sociais desejando "as maiores felicidades" a Mário Centeno que toma posse esta segunda-feira como governador do Banco de Portugal.

A partir de Bruxelas, onde participa na reunião do Conselho Europeu que discute o Fundo de Recuperação, o primeiro-ministro enviou “as maiores felicidades” ao seu ex-ministro Mário Centeno que toma posse esta manhã como governador do Banco de Portugal.

“Desejo as maiores felicidades ao Professor Mário Centeno nas novas funções como governador do Banco de Portugal”, escreveu António Costa no Twitter.

A reunião do Conselho Europeu prolongou-se para esta segunda-feira, razão pela qual o primeiro-ministro ainda se encontra na capital europeia. Para já os líderes europeus ainda não chegaram a um consenso em relação ao fundo de recuperação. Haverá nova reunião ao início desta tarde.

Por essa razão, Costa não poderá comparecer na cerimónia de tomada de posse de Mário Centeno como governador do Banco de Portugal, que tem lugar na manhã desta segunda-feira pelas 11h30. O ex-ministro das Finanças sucede a Carlos Costa, que esteve à frente do supervisor bancário nos últimos dez anos.

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