PAN abstém-se. Aprovação do OE na generalidade está quase garantida

O PAN, que conta com quatro deputados no Parlamento, anunciou esta quarta-feira que o partido vai abster-se na votação do Orçamento do Estado (OE) na generalidade.

O PAN anunciou que vai abster-se na votação do Orçamento do Estado (OE) para 2020 na generalidade. O partido tem quatro deputados no Parlamento e, desta forma, praticamente garante a aprovação da proposta do Governo na sessão marcada para esta sexta-feira, depois de o PCP já ter anunciado a abstenção e assumindo que o PEV vota ao lado do parceiro de coligação (o que, apesar de expectável, não é oficial).

Numa conferência de imprensa na Assembleia da República (AR), a líder da bancada parlamentar, Inês Sousa Real, assumiu que o partido não vê forma de dar luz verde ao documento, mas também não vota contra. “Iremos abster-nos”, afirmou, em declarações transmitidas pela RTP 3.

“Não vamos votar favoravelmente. Iremos abster-nos neste OE e esperamos que, em especialidade, o Governo tenha o particular cuidado de acolher não só as preocupações do PAN para aquilo que são as necessidades do país, como também de perceber que temos de ser mais ambiciosos, quer em matéria social, quer em matéria das alterações climáticas e do combate a este desafio no século XXI”, afirmou a deputada.

Esta informação poderá ser a chave para o Governo passar o OE na generalidade na votação que tem lugar esta sexta-feira. Com a garantia da abstenção do PAN e do PCP na votação OE para 2020, e sendo expectável que o PEV vote ao lado do parceiro de coligação na CDU, a proposta apresentada pelo Governo deverá ser aprovada com o voto favorável dos 108 deputados do PS, mesmo que os restantes deputados de outros partidos, incluindo os 19 do BE, votem contra.

A comissão executiva do PEV reúne esta quarta-feira à noite para decidir o sentido de voto. O partido anuncia a decisão numa conferência de imprensa marcada para esta quinta-feira, às 11h00.

Ora, mesmo num cenário menos provável, em que o PEV vote contra o OE na sexta-feira, o Governo ainda poderá contar com a abstenção de, pelo menos, um deputado do PSD Madeira para viabilizar a passagem do OE no Parlamento. Rui Rio já anunciou o voto contra do PSD, mas não se sabe se vai haver disciplina de voto, ou se António Costa cede às exigências já conhecidas dos sociais-democratas da Madeira.

O outro cenário, para além destes, é o da abstenção dos 19 deputados do BE, caso o Governo decida acolher algumas das pretensões dos bloquistas. Neste cenário, o OE também passaria no Parlamento, mesmo que todos os outros partidos votassem contra.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h34)

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Peso dos impostos indiretos em Portugal é “excessivo”

  • Lusa
  • 8 Janeiro 2020

José Azevedo Pereira, antigo diretor-geral da AT, considera “excessivo” o peso dos impostos indiretos, nomeadamente dos que incidem sobre o consumo.

O antigo diretor-geral da AT José Azevedo Pereira considerou esta quarta-feira “excessivo” o peso dos impostos indiretos, nomeadamente dos que incidem sobre o consumo, o que faz com que Portugal esteja nesta área à frente de países mais desenvolvidos.

“O peso dos impostos indiretos na política fiscal portuguesa é excessivo, com tudo o que isso implica em termos de equidade ou falta dela” na medida em que os impostos indiretos são “cegos” sublinhou o ex-diretor-geral e professor do ISEG – Instituto Superior de Economia e Gestão, durante a conferência “OE2020: propostas fiscais” promovida pela sociedade de advogados Rogério Fernandes Ferreira.

Ainda que ao nível da carga fiscal total Portugal não compare mal com o resto dos países que integram a União Europeia, este não é o resultado quando se têm apenas em conta os impostos indiretos. Considerando apenas esta parcela, Portugal ocupa um dos lugares cimeiros da tabela, apenas ultrapassado por países como a Croácia ou a Letónia.

Já no que diz respeito ao peso dos impostos diretos (onde se inclui o IRS) “há países claramente mais desenvolvidos à nossa frente”, referiu.

Afirmando que está entre os que se reveem na frase de que não se importam de pagar impostos, porque com isto compram civilização, Azevedo Pereira assinalou, contudo, ter “dúvidas” de que a política fiscal que tem vindo a ser seguida “seja compatível” com as intenções iniciais do Governo de desagravar a carga fiscal sobre as classes sociais com menores rendimentos.

Assinalando que esta proposta de Orçamento do Estado para 2020 não contem “alterações radicais”, projeta, ainda assim, “um crescimento não despiciendo” da receita fiscal (2,8%) – acima do crescimento esperado do produto interno bruto (PIB).

Ainda sobre o peso da carga fiscal, Azevedo Pereira afirmou que, para evitar que os impostos que pagamos não se tornem explosivos, será necessário reestruturar a despesa do Estado, caminho que considera ser possível, uma vez que se recusa a acreditar que a administração pública tenha se ser “apenas e necessariamente uma burocracia”.

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Costa abre debate do OE2020 na quinta-feira e Centeno na sexta-feira

  • Lusa
  • 8 Janeiro 2020

A discussão na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2020 tem início esta quinta-feira, cabendo ao primeiro-ministro a abertura da sessão. Na sexta-feira será a vez de Mário Centeno.

O primeiro-ministro, António Costa, abre na quinta-feira, no Parlamento, o debate na generalidade da proposta do Governo de Orçamento para 2020, cabendo ao ministro de Estado e das Finanças, Mário Centeno, a abertura da sessão na sexta-feira.

Fonte da Secretaria de Estado dos Assuntos Parlamentares adiantou à agência Lusa que, pela parte do Governo, a intervenção de fundo no encerramento do debate da proposta orçamental, que deverá acontecer já na sexta-feira à tarde, caberá ao ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira.

Ao longo dos dois dias de debate do Orçamento, o Governo colocará ainda na primeira linha do debate parlamentar o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, e a ministra da Saúde, Marta Temido.

De acordo com o Governo, a proposta de Orçamento que apresenta ao parlamento reforça os investimentos do Estado sobretudo no Serviço Nacional de Saúde e em áreas como a mobilidade e a habitação.

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Empresas pediram 130,4 milhões de euros em apoios para passar trabalhadores para os quadros

O Converte+ foi lançado com uma dotação de 30 milhões de euros. Pouco mais de três meses depois, o IEFP recebeu quase 47 mil candidaturas, que equivalem a 130,4 milhões de euros em apoios.

Quase nove mil empresas pediram ao Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) apoio financeiro, ao abrigo do Converte+, para converter 46.600 mil contratos de trabalho a prazo em contratos sem termo. Estas candidaturas equivalem a 130,4 milhões de euros, mais de quatro vezes mais a dotação originalmente prevista para este programa.

O Converte+ foi lançado em setembro, na sequência da criação da nova contribuição adicional para a Segurança Social a ser paga pelas empresas que recorrem a mais contratos a termo do que a média do setor em que se inserem.

Em causa está um apoio financeiro à passagem de contratos a prazo a permanentes, que abrange os contratos a termo celebrados antes de 20 de setembro que vieram a ser convertidos depois dessa data. São também elegíveis as conversões de contratos de trabalho apoiadas pela medida Contrato-Emprego.

As candidaturas arrancaram no final de setembro e encerrarem esta segunda-feira. Em pouco mais de três meses, 8.900 entidades empregadoras solicitaram este apoio ao IEFP, das quais 59% são micro e pequenas empresas, avançou o Ministério do Trabalho, esta quarta-feira.

Em 52% dos casos, os contratos a converter são com trabalhadores com menos de 35 anos e cerca 44% dos contratos a termo a converter têm duração inferior a um ano, sendo que 37% têm duração de um a dois anos e 20% têm duração superior a dois anos”, detalha o Governo.

Além disso, grande parte dos contratos (76%) têm salários base superiores ao salário mínimo nacional e, em “29% dos casos, a transição para contratos por tempo indeterminado deverá dar origem a um aumento da remuneração base dos trabalhadores”.

De acordo com o Ministério de Ana Mendes Godinho, estes pedidos de conversão referem-se sobretudo a trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores (23%), pessoal administrativo (15%), trabalhadores não qualificados (14%), especialistas das atividades intelectuais e científicas (11%), técnicos e profissões de nível intermédio (11%) e trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices (11%).

De notar que, caso a candidatura seja aprovada pelo IEFP, o empregador recebe um apoio equivalente a quatro vezes a remuneração base mensal prevista no novo contrato de trabalho sem termo, com um limite até seis vezes o Indexante dos Apoios Sociais, isto é, 3.050,32 euros. Este apoio pode, além disso, ser majorado.

Contas feitas, as mais de 46 mil candidaturas feitas até ao momento correspondem a 130,4 milhões de euros, valor que compara com os 30 milhões de euros fixados originalmente como dotação deste programa. Esse reforço da dotação já estava previsto na portaria que lançou esta medida. “Em caso de insuficiência de dotação, o Conselho Diretivo do IEFP pode determinar o reforço da dotação orçamental inicialmente fixada”, lê-se nesse diploma.

Ainda assim, é importante enfatizar que estes 130,4 milhões de euros são referentes ao total de candidaturas que ainda estão em análise, não sendo certo que esse gasto se concretize na totalidade.

O Ministério do Trabalho salienta, por outro lado, que o IEFP deve começar a proceder aos primeiros pagamentos às entidades empregadoras no início do mês de fevereiro. O “cheque” chegará, contudo, em tranches: 50% do valor do apoio é pago no prazo de 30 dias úteis após a receção do termo de aceitação e de cópia de todas as conversões de contratos; 25% desse valor é pago no 13.º mês de vigência do contrato convertido; e os últimos 25% são transferidos no 25.º mês de vigência do contrato convertido.

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Generali fecha compra da Tranquilidade. Mantém marcas

  • ECO Seguros
  • 8 Janeiro 2020

Marcas Tranquilidade, Açoreana, LOGO, Europ Assistance, e Generali irão manter-se no mercado português. A gestão será conjunta com três membros provenientes da Seguradoras Unidas e dois da Generali.

A Generali fechou a compra da Seguradoras Unidas, bem como da prestadora de serviços de saúde AdvanceCare, à Calm Eagle Holding e Calm Eagle Parent Holdings II, entidades detidas maioritariamente por fundos de investimento geridos por subsidiárias da Apollo Global Management. O processo tinha sido anunciado em 18 de julho passado, sendo que já recebeu as aprovações requeridas de todas as entidades reguladoras e autoridades da concorrência a nível nacional e internacional.

Pedro Carvalho, até agora CEO adjunto da Seguradoras Unidas, foi nomeado presidente executivo das companhias seguradoras do Grupo em Portugal que inclui a Generali Vida, Generali Seguros e Seguradoras Unidas, reportando diretamente a Jaime Anchústegui, CEO Internacional da Generali.

Segundo apurou ECO Seguros, as marcas Tranquilidade, Açoreana, LOGO, Europ Assistance, e Generali irão manter-se no mercado.

Em carta endereçada a partir de Milão pelo CEO International do grupo Generali, Jaime Anchústegui, aos colaboradores das duas empresas — e a que ECO Seguros teve acesso — é indicado um Comité de Gestão Executivo, constituído por mais quatro gestores que irão assumir a responsabilidade pela Generali Portugal e pela Seguradoras Unidas.

Para além do CEO Pedro Carvalho, que era CEO adjunto da Seguradoras Unidas, o Comité de Gestão Executivo será composto por Rogério Dias – até agora diretor geral da Generali Portugal – como Chief Distribution Officer, José Nogueira, administrador da Seguradoras Unidas, foi nomeado Chief Operating Officer , Stefano Flori – Responsável pela Estratégia e Controlo da Generali em Itália – será o Chief Financial Officer e João Barata, diretor técnico da Tranquilidade, foi nomeado Chief Insurance Officer.

O CEO da Tranquilidade licenciou-se na Católica LSBE em 1997, é MBA pelo Insead e doutorado pela Universidade de Harvard sendo Visiting Professor of Finance no INSEAD/Nova SBE. Iniciou carreira profissional no Goldman Sachs, transitando para a McKinsey onde esteve 15 anos e depois para o grupo SONAE, tendo em 2015 assumido o cargo de administrador e CEO adjunto na Seguradoras Unidas.

Seguradoras juntas na gestão, mas separadas em negócios

A carta aos colaboradores assinada por Jaime Anchústegui salienta que “com esta nova aquisição, a Generali terá agora uma posição de liderança em Portugal”, acrescentando que “combinando a força das Seguradoras Unidas, com as competências do Grupo Generali, o conhecimento dos nossos colegas da Generali Portugal e com a plataforma da AdvanceCare, poderemos construir, juntos, um futuro brilhante”.

O CEO italiano revela ainda que “com a perspetiva de um maior nível de integração e de uma gestão eficiente da Generali Portugal e da Seguradoras Unidas, vamos introduzir algumas mudanças importantes no modelo de governo”, referindo-se à comissão executiva de cinco membros, indicando que “a harmonização das restantes funções será implementada gradualmente nas próximas semanas e meses”.

No entanto, a carta aponta que a função de Recursos Humanos já está a ser liderada por Gilda Raposo, responsável de recursos humanos da Seguradoras Unidas e agora também da Generali Portugal.

Anchústegui conclui afirmando que “iremos também envolver os nossos agentes, corretores, parceiros e clientes para em conjunto definirmos aquele que será o nosso caminho”.

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Vingança iraniana deixa Wall Street à deriva

As principais praças norte-americanas negoceiam com perdas ligeiras. O índice mais penalizado é o Dow Jones, que desvaloriza 0,16%, arrastado pela Boeing.

O Irão atacou duas bases aéreas onde estavam militares norte-americanos, vingando assim a morte de Qassem Soleimani, ordenada pelo Presidente Donald Trump. A tensão entre os dois países, que tem escalado desde a sexta-feira passada, prolongou-se e manteve o sentimento negativo nas principais bolsas mundiais.

Depois do ataque ordenado por Donald Trump que vitimou o general Soleimani, o Irão prometeu vingança. E, um dia depois do funeral do militar iraniano, começou a cumprir a promessa, lançando 22 mísseis terra-a-terra contra duas bases aéreas iraquianas onde estão instaladas as tropas norte-americanas.

O Pentágono confirmou que as bases aéreas de al-Asad, a oeste de Bagdad, e outra em Erbil, no Curdistão iraquiano, foram atingidas naquela que está a ser apelidada de operação “Mártir Soleimani”. As autoridades norte-americanas negaram, no entanto, que tenha havido mortes. “Está tudo bem”, anunciou, no Twitter, Trump, que irá ainda falar ao país ao longo do dia.

Os mercados estabilizaram de alguma forma depois do disparo inicial de volatilidade, com os investidores a terem alguma segurança da ausência de mortes norte-americanas e o tom moderado das respostas oficiais”, afirmou Lukman Otunuga, analistas de research sénior da FXTM, em declarações à Reuters. “Há muita incerteza no ar com os mercados ainda à espera para ver a questão entre EUA e Irão com maior clareza”.

Neste cenário, o índice financeiro S&P 500 perde 0,01% para 3.237,40 pontos e o tecnológico Nasdaq recua 0,04% para 9.064,87 pontos. O mais penalizado é o Dow Jones, que desvaloriza 0,16% para 28.538,92 pontos, arrastado pela Boeing. A fabricante de aviação cai 1,5% depois de um avião 737-800 de uma companhia ucraniana ter ardido logo após ter levantado voo, em Teerão, causando a morte de 176 pessoas.

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Miguel Pinto Luz usa fake news na campanha à liderança do PSD

  • Lusa
  • 8 Janeiro 2020

Miguel Pinto Luz divulgou uma "reportagem fictícia" num vídeo que envolve vários comentadores televisivos para simular a notícia da sua passagem à segunda volta nas diretas do PSD.

O candidato social-democrata Miguel Pinto Luz divulgou esta quarta-feira uma “reportagem fictícia” num vídeo que envolve vários comentadores televisivos para simular a notícia da sua passagem à segunda volta nas eleições diretas para a liderança do PSD.

“Miguel Pinto Luz passou à segunda volta nas diretas do PSD. O vice-presidente da Câmara de Cascais continua a surpreender o país e o universo social-democrata. Toda a comunicação social nacional realçou a surpresa deste resultado e a incerteza do resultado final. Para os principais comentadores, era esperada a passagem de Pinto Luz à segunda volta dada a campanha que o candidato mais jovem tem estado a fazer”, assim começa a “reportagem fictícia”.

Veja o vídeo partilhado pelo candidato

Simulando uma abertura do Jornal da Noite da SIC, o vídeo utiliza a imagem de vários comentadores televisivos como Miguel Sousa Tavares, Clara Ferreira Alves, Paulo Baldaia e Luís Marques Mendes, que assinalam a surpresa ou a “boa preparação” do vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais. Um dos comentadores envolvidos na reportagem disse à agência Lusa não ter sido contactado para autorizar a inclusão da sua imagem no vídeo, mas escusou-se a fazer comentários a uma situação que considerou “insólita”.

Pinto Luz esclarece no final que se trata de uma falsa reportagem, embora deixe a convicção de que pode tornar-se realidade. “Esta é naturalmente uma reportagem fictícia, mas até pode ser esta a reportagem provável porque o futuro já está a dizer presente nestas eleições”, salienta o candidato social-democrata.

O presidente do PSD, Rui Rio, o antigo líder parlamentar Luís Montenegro e o atual vice-presidente da Câmara de Cascais disputam no sábado a presidência do partido em eleições diretas. Se nenhum deles obtiver mais de 50% dos votos, a segunda volta realiza-se uma semana depois, dia 18, entre os dois candidatos mais votados.

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Carlos Ghosn diz que é inocente. Acusa Nissan e procuradores japoneses de conluio

Carlos Ghosn diz que a situação em que se encontra é culpa dos executivos da Nissan, que receavam a influência da Renault na marca. Garante que é inocente.

Cerca de uma semana depois de ter fugido do Japão, onde estava detido, Carlos Ghosn vem defender-se numa conferência de imprensa, garantindo que está inocente e que a situação em que se encontra foi engendrada por uma “mão cheia de executivos da Nissan”.

“Apercebi-me de que a minha situação inimaginável nos últimos 14 meses é o resultado de uma mão cheia de indivíduos sem escrúpulos e vingativos na Nissan“, atirou Carlos Ghosn, numa conferência de imprensa que convocou, no Líbano, para onde fugiu.

O antigo presidente da Renault-Nissan garantiu que as alegações contra si não são verdade e que “nunca devia ter sido detido”. Apontou os problemas financeiros que a fabricante automóvel japonesa começou a enfrentar em 2017 motivaram o sentimento de amargura contra si e acabaram por desencadear o que se passou.

“Alguns dos nossos amigos japoneses [da Nissan] acharam que a única forma de se livrarem da influência da Renault era livrarem-se de mim”, reiterou Ghosn. O antigo presidente das fabricantes automóveis argumentou que os executivos da Nissan eram contra o processo de transformar a aliança irreversível, e que não tinham confiança na parceria. Ghosn sugeriu também que membros do governo japonês estariam envolvidos no esquema, mas disse que não iria tocar nesse tópico para não causar confusão.

O executivo disse ainda que foi questionado pelos amigos sobre como é que não se tinha apercebido de que estavam a conspirar contra ele, ao que respondeu que os ataques japoneses à base norte-americana de Pearl Harbor também não foram antecipados.

Ghosn apontou também o dedo à justiça japonesa, dizendo que “o conluio entre a Nissan e os procuradores estava em todo o lado”. Arrasou as condições em que foi detido, dizendo que eram desumanas, e que foram uma das razões pelas quais decidiu fugir. “Saí do Japão porque queria justiça”, disse.

Não deu detalhes sobre a forma como fugiu, sobre a qual existem várias especulações. Explicou, no entanto, que o atraso em marcar uma data para o tribunal se iria arrastar, e que poderia mesmo ter de ficar cinco anos no Japão até isso ser marcado. “Vais morrer no Japão ou tens de sair”, pensou Ghosn para si próprio.

Quanto aos próximos passos, Ghosn disse que não se considerava numa situação em que não conseguia fazer nada. “Estou habituado a missões impossíveis”, brincou, deixando a garantia de que nas próximas semanas iria lutar e tomar iniciativa, para limpar o seu nome e colocar todas as provas em cima da mesa.

(Notícia atualizada às 14h50)

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Verba no OE2020 não chega para criar Entidade da Transparência. Faltam 646 mil euros

  • Lusa
  • 8 Janeiro 2020

A verba que está inscrita no Orçamento do Estado para 2020 não chega para criar a Entidade da Transparência, alertou o Tribunal Constitucional. Faltam 646 mil euros.

O presidente do Tribunal Constitucional (TC) alertou esta quarta-feira que são necessários mais 646 mil euros, além dos 1,815 milhões previstos no Orçamento do Estado de 2020 (OE2020), para criar a nova Entidade da Transparência.

Numa audição na comissão da Transparência e Estatuto dos Deputados, no parlamento, Manuel da Costa Andrade afirmou que o OE2020 prevê uma verba de 1,169 milhões e euros, enquanto a previsão do TC é de 1,815 milhões de euros.

Segundo o presidente do tribunal, a instalação da entidade “tem dificuldades”, a começar na rapidez na cedência de instalações pelo Governo, o lançamento de concursos públicos, nomeadamente a plataforma informática para o registo único de declarações de deputados e detentores de cargos públicos, pelo que será praticamente impossível concluir esse trabalho este ano.

“Em 2021, [a Entidade da Transparência] pode estar em velocidade de cruzeiro, se as coisas correrem bem”, afirmou.

A nova entidade, criada em 2019 pelo parlamento, vai funcionar ou em Coimbra ou em Aveiro, dado que a lei determinou que a sede não esteja nas regiões metropolitanas, nem de Lisboa nem do Porto.

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PCP abstém-se no OE2020. Votação final depende de avanços nas negociações

O OE2020 é votado na generalidade na próxima sexta-feira. Documento tem sido negociado à esquerda, de onde o Governo espera a aprovação.

O PCP anunciou esta quarta-feira que decidiu abster-se durante a votação na generalidade do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020) marcada para esta sexta-feira. Esta decisão não garante, por si só, a aprovação do OE.

“O voto de abstenção que o PCP adotará na votação na generalidade no OE é assumido como forma de não fechar as possibilidades de avançar“, disse João Oliveira, o líder parlamentar comunista.

O PCP quer agora continuar, durante a fase da especialidade, a negociar com o Governo por forma a alcançar os seus objetivos.

Numa conferência de imprensa no Parlamento, o líder parlamentar falou de “abertura” do Governo para ir ao encontro de metas do PCP mas quer garantias durante a fase de especialidade e deixou uma lista de 14 pontos pelos quais se vai bater em comissão.

"O voto de abstenção que o PCP adotará na votação na generalidade no OE é assumido como forma de não fechar as possibilidades de avançar.”

João Oliveira

Líder parlamentar do PCP

Os comunistas consideram que há “margem orçamental” para ir mais além e entende que houve já alguma abertura do Governo sobre as pensões e as creches. No entanto, é preciso avançar mais, “não havendo nenhuma questão que isoladamente determine” a votação final global do documento, que está marcada para 6 de fevereiro.

Da lista de matérias que o PCP quer trabalhar na especialidade estão:

  1. A contratação de trabalhadores da Administração Pública para garantir o bom funcionamento dos serviços públicos;
  2. As creches gratuitas, abrindo caminho à sua concretização ao longo da legislatura, bem como a criação de uma rede de creches,
  3. Aumento da progressividade do IRS, reduzindo a tributação sobre os rendimentos do trabalho e os rendimentos mais baixos e intermédios e avançando no englobamento obrigatório;
  4. Pela “tributação do grande capital com a obrigatoriedade de pagamento em Portugal dos impostos sobre os lucros gerados no país”;
  5. Pela redução dos custos da energia;
  6. Pelo aumento substancial do investimento público, em particular do Serviço Nacional de Saúde (SNS);
  7. Medidas que promovam a eficiência energética;
  8. Melhoria das prestações sociais como o subsídio de desemprego ou a universalização do abono de família;
  9. Apoio aos setores produtivos da agricultura, floresta, pescas e indústria;
  10. A eliminação das portagens;
  11. A consolidação da redução tarifária e o alargamento da oferta de transportes públicos;
  12. Compra de barcos e comboios;
  13. Fim das parcerias público-privadas;
  14. Aumento do apoio às artes e a concretização do objetivo de 1% para a cultura.

O OE2020 foi entregue no Parlamento a 16 de dezembro mas sem reunir garantias de aprovação. O Bloco de Esquerda admitiu no sábado abster-se caso as negociações com o Governo sejam bem-sucedidas. Mas o anúncio do voto ainda aguarda eventuais avanços.

(Notícia atualizada)

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PCP não vota contra o Orçamento na generalidade

  • ECO
  • 8 Janeiro 2020

O PCP terá decidido não se opor ao Orçamento do Estado, que será votado na generalidade nesta sexta-feira.

Na votação na generalidade do Orçamento do Estado (OE), que se realiza nesta sexta-feira, o voto do PCP não vai ser contra. A abstenção do PCP ou do Bloco de Esquerda são suficientes para viabilizar o documento.

Os comunistas deverão assim sinalizar que não se vão opor ao OE, numa conferência de imprensa esta quarta-feira, avança a Renascença (acesso livre), citando fontes envolvidas na negociação orçamental. No entanto, o sentido de voto poderá mudar na votação final global, se não aceitarem algumas exigências do partido.

As negociações entre a esquerda e o Governo têm estado a decorrer. A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, já afirmou que não há condições para o partido votar favoravelmente o documento na generalidade, mas manteve a porta aberta a negociações. Esta tarde há inclusivamente uma nova reunião entre o Governo e os bloquistas.

O secretário-geral do PS garantiu, neste fim de semana, que o Orçamento é trabalhado “até ao último dia”. António Costa mostrou-se confiante de que as negociações vão dar bom resultado, e que o Orçamento terá “votação maioritária na Assembleia da República”.

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Portugal condena ataques do Irão a bases dos EUA. Militares portugueses vão ficar no Iraque

O ministro dos Negócios Estrangeiros apelou a que os conflitos no Médio Oriente sejam resolvidos por meios políticos, condenando os ataques do Irão a bases aéreas americanas no Iraque.

O ministro dos Negócios Estrangeiros português condenou o ataque do Irão a bases no Iraque onde estão tropas norte-americanas e apelou à resolução do conflito por meios políticos. Augusto Santos Silva adiantou também que os militares portugueses no Iraque não estão em situação de risco e não vão regressar.

“As ações militares tomadas pelo Irão contra bases da coligação internacional merecem a nossa condenação, mas apelamos a todos os envolvidos para que usem a máxima contenção, para evitar uma espiral de violência no Médio Oriente”, reiterou Augusto Santos Silva, em declarações transmitidas pela RTP 3.

O ministro dos Negócios Estrangeiros defendeu ainda que os focos de conflitualidade que existem no Médio Oriente “têm de ser resolvidos à luz do direito internacional, por meios políticos, por diálogo entre partes e com o envolvimento da comunidade internacional”.

Na próxima sexta-feira irá realizar-se uma reunião de urgência onde estarão presentes os ministro dos Negócios Estrangeiros da União Europeia. Augusto Santos Silva irá também à reunião, faltando assim à votação na generalidade do Orçamento do Estado.

Quando aos militares portugueses que se encontram no Iraque, o ministro adiantou que as “forças portuguesas não estão em situação de risco”, e que a base onde se encontram não foi alvo de qualquer ataque. Estão a ser realizadas consultas entre os aliados da coligação internacional para acompanhar a situação, mas por enquanto as tropas mantêm-se no local.

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