Líder do Banco Mundial diz que previsão de crescimento para 2020 baixará devido ao coronavírus

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2020

A previsão de crescimento da economia mundial vai ser revista em baixa ,"pelo menos para a primeira metade de 2020" devido ao coronavírus, advertiu o presidente do Banco Mundial.

A previsão de crescimento da economia mundial vai ser revista em baixa devido ao novo coronavírus que surgiu na China, advertiu esta terça-feira o presidente do Banco Mundial, David Malpass.

A previsão (de crescimento da economia mundial) vai baixar, pelo menos para a primeira metade de 2020, em parte devido à China (afetada pelo vírus), em parte devido às cadeias de abastecimento”, declarou Malpass, num debate com a antiga presidente do banco central norte-americano, Janet Yellen, promovido por um centro de reflexão.

A instituição tinha anunciado no início de janeiro que esperava uma recuperação no crescimento mundial em 2020, apontando para 2,5% depois de 2,4% no ano passado.

Malpass assinalou que uma parte dos bens chineses são transportados (para outros países) em aviões comerciais de passageiros e muitas companhias aéreas suspenderam os voos de e para a China devido à epidemia.

Por sua vez, Janet Yellen espera que a atual situação tenha “um efeito significativo” no crescimento chinês, pelo menos no primeiro trimestre, podendo também refletir-se no segundo.

“E a China representa uma parte importante da economia mundial, o que deve ter um efeito de contágio” e alimentar a incerteza, acrescentou.

Mas Yellen acabou por sublinhar que no passado episódios semelhantes mostraram que os efeitos são significativos na economia a curto prazo, mas “a longo prazo, parecem ter um efeito relativamente pequeno”.

David Malpass lembrou que a ciência tem progredido e disse ter esperança numa resposta científica para dominar o vírus.

Na segunda-feira, o Banco Mundial exortou todos os países a “reforçarem a vigilância sanitária e as respostas dadas” à epidemia para conter a sua propagação.

O surto causado pelo novo coronavírus já provocou pelo menos 427 mortos, de acordo com números oficiais. Mais de 20 mil pessoas foram infetadas e o medo de uma maior propagação tem paralisado a China, com repercussões na economia mundial ainda difíceis de quantificar.

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Travão aos vistos gold passa… mas vai novamente a votos

Proposta do PS para acabar com os vistos gold em Lisboa e no Porto foi aprovada no Parlamento. Mas um aditamento à proposta inicial gerou confusão. Votação foi atirada para o final do dia.

O Parlamento aprovou um travão aos vistos gold, proibindo a atribuição destes vistos em Lisboa e no Porto, numa tentativa de canalizar estes investimentos para o interior do país. A proposta do PS passou com os votos a favor do próprio PS, do PSD e do CDS, mas vai ser submetida novamente a votos no Parlamento no final do dia.

O PS viu a proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2020 que visava um travão aos vistos gold nas duas maiores cidades do país ser validada pelo PSD e o CDS. PCP, Chega e Iniciativa Liberal abstiveram-se, enquanto o BE e o PAN chumbaram-na.

Passou, mas um adiamento à proposta do PS, feito pelo próprio PS, acabou por gerar confusão nas votações que estão a ter lugar na especialidade. Depois de aprovada a proposta 1.153 do PS, a 1.153-1 foi a votos mas instalou-se a confusão entre os deputados que não conseguiam encontrar a proposta.

Perante a confusão gerada, o Filipe Neto Brandão, do PS, acabou por anunciar que iria ser feita nova votação às propostas de alteração ao Artigo 139º, remetendo para o final dos trabalhos deste segundo dia de votações das propostas de alteração ao OE.

(Notícia atualizada às 19h15 com mais informação)

 

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Sabe o que aconteceu nos mercados na 3ª feira? Veja o vídeo

  • ECO + DIF
  • 4 Fevereiro 2020

Dos índices europeus aos americanos, das matérias-primas ao cambial, saiba o que está a acontecer nos mercados. Veja o vídeo dos destaques do dia, por Bernardo Barcelos, analista da DIF Broker.

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Tomás Correia diz que foi fazer “uma grande viagem” e acusa Banco de Portugal de “perseguição”

  • ECO
  • 4 Fevereiro 2020

Tomás Correia justifica a não recepção da notificação do BdP por estar a fazer "uma grande viagem", mas considera "lamentável" que o regulador tenha publicado a notificação num edital na imprensa.

Tomás Correia, antigo presidente da Caixa Económica Montepio Geral, considera “absolutamente lamentável” que o Banco de Portugal (BdP) tenha publicado uma notificação de acusação num anúncio na imprensa e acusa o regulador de “perseguição”.

Em declarações por telefone ao Observador (acesso condicionado), Tomás Correia diz que o BdP teve oportunidade de o notificar e de o ouvir, até “pelo menos 15 de dezembro”, dia em que abandonou a liderança da associação Mutualista Montepio.

Depois de abandonar o cargo, Tomás Correia iniciou “um período de ausência” para fazer “uma grande viagem”, nomeadamente a França e aos Estados Unidos, motivo pelo qual justifica não ter recebido a notificação. Ainda assim, o antigo presidente da mutualista confirma que foi contactado pela polícia para o informar que tinha em sua posse uma carta do BdP.

Nesse sentido, Tomás Correia considera “lamentável” que o supervisor tenha publicado um edital na imprensa com a notificação, acrescentando está a ser vítima de “perseguição”, mas que “vindo do Banco de Portugal já nada me espanta”, aponta ao jornal. Confrontado com as irregularidades de que é acusado, afirma que não tem qualquer conhecimento da situação.

Em causa está uma nova acusação num processo de contraordenação por irregularidades a nível contabilístico no registo de operações financeiras, produtos derivados e por falhas no controlo interno. São seis infrações, sendo que lhe são imputadas coimas entre mil euros e cinco milhões de euros.

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eDreams instala-se no Porto. Vai contratar engenheiros e programadores

  • ECO e Lusa
  • 4 Fevereiro 2020

A plataforma de viagens online vai inaugurar centros tecnológicos na cidade do Porto e em Milão. A abertura está prevista para este trimestre e prevê a contratação de 100 novos trabalhadores.

A empresa espanhola eDreams, que é uma das maiores agências de viagens online, anunciou esta terça-feira que vai inaugurar umas novas instalações na cidade do Porto e em Milão. A abertura está prevista para o primeiro trimestre deste ano e prevê a contratação de 100 novos trabalhadores.

Segundo a eDreams ODIGEO, os novos centros tecnológicos vão iniciar operações “rapidamente”, com a contratação de 100 colaboradores entre os dois escritórios (Porto e Milão), entre os quais engenheiros e programadores de iOS e Android.

“A inauguração dos nossos novos centros tecnológicos no Porto e em Milão é um claro exemplo da nossa capacidade para sermos ágeis. Temos um histórico comprovado de identificação de epicentros promissores para a tecnologia, encontrando e retendo os melhores talentos nestes locais”, comentou Dana Dunne, chief executive officer da eDreams ODIGEO, em comunicado.

A abertura dos novos hubs nestes mercados “vai ajudar a enriquecer a equipa de talentos da empresa e o reconhecimento de marca a nível global, posicionando-a como o terceiro maior agente de venda de voos”, sinaliza a empresa em comunicado.

A eDreams ODIGEO está presente em 46 mercados e está cotada na bolsa de Madrid. Opera atualmente através quatro marcas de agências de viagens (eDreams, GO Voyages, Opodo e Travellink) e o motor de pesquisa Liligo, que disponibiliza ofertas de voos regulares, companhias low-cost, hotéis, cruzeiros, rent-a-car, pacotes dinâmicos, pacotes de férias e seguros para facilitar as viagens.

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Abreu Advogados assessora venda da PT Ventures pela Africatel à Sonangol

A Africatel concluiu a venda da totalidade da PT Ventures à Sonangol, numa transação no valor de mil milhões de dólares, assessorada pela equipa da Abreu Advogados.

A sociedade Abreu Advogados assessorou juridicamente o processo de venda da totalidade do capital social da PT Ventures, pela Africatel Holdings BV, holding da Holanda controlada pela brasileira OI, à angolana Sonangol. A transação envolveu o valor de mil milhões de dólares.

A venda, concluída no final de janeiro, foi coordenada por Guilherme Santos Silva, sócio da Abreu Advogados, que trabalhou em colaboração com os sócios Miguel Teixeira de Abreu e Paulo de Tarso Domingues, os sócios contratados Pedro Alves da Silva, Marta Romano de Castro e Rodrigo Formigal, e ainda os associados Mariana Duarte e António Frusoni Gonçalves, tendo abrangido diferentes áreas de prática do escritório, entre as quais M&A, arbitragem, contencioso, societário, fiscal, bancário e financeiro.

“Esta operação foi de grande complexidade, tendo envolvido diferentes países, requerendo a coordenação entre a Abreu Advogados e diversos escritórios de advogados de várias jurisdições. A transação, de tamanho e valor significativos, é considerada uma das maiores operações de M&A envolvendo uma empresa portuguesa, iniciada e concluída entre 2019 e 2020″, nota a sociedade em comunicado.

A PT Ventures é uma sociedade portuguesa que detém vários ativos, incluindo participações em duas sociedades angolanas (Unitel 25 %) e Multitel (40%), direitos de crédito emergentes de dividendos deliberados distribuir pela Unitel, já vencidos e não pagos, assim como um conjunto de direitos resultantes da sentença arbitral proferida na arbitragem ICC (Paris), que opôs a PT Ventures aos demais acionistas da Unitel.

A equipa da Abreu tem vindo a assistir a PT Ventures desde 2013 no que respeita à sua participação social na Angolana Unitel, aconselhando-a em coordenação com outras sociedades de advogados de diferentes jurisdições, incluindo de Angola, França, Reino Unido, Ilhas Virgens Britânicas e Holanda.

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Porta 65, para o arrendamento jovem, vai ter mais dinheiro

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2020

Há um reforço da transferência para o programa de arrendamento Jovem face aos 20 milhões de euros inicialmente inscritos no OE. Vai ter 22 milhões.

Os deputados aprovaram um reforço de dois milhões de euros para o Programa Porta 65, dirigido ao arrendamento jovem, previsto numa proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2020 (OE) do PS, mas chumbaram a do PCP.

Em causa está um reforço da transferência para aquele programa de arrendamento Jovem face aos 20 milhões de euros inicialmente inscritos no OE2020, que assim receberá 22 milhões de euros.

A medida recolheu os votos favoráveis do PS, PCP, BE, PAN, CDS-PP e PSD e a abstenção do Chega e Iniciativa Liberal, durante as votações na especialidade do OE2020 na Comissão de Orçamento e Finanças.

Na nota justificativa da proposta, o PS salienta que o Governo tem vindo a reforçar a dotação deste programa de arrendamento jovem, que foi aumentada para 18 milhões de euros em 2018.

“Todavia, este valor continua a ser manifestamente insuficiente para as candidaturas apresentadas”, refere o documento, acentuando que na sequência do subfinanciamento, em “2011, 2015, 2016, 2017 e 2018 mais de 50% das candidaturas elegíveis não receberam subvenção por falta de dotação”.

Já a proposta do PCP que reforçava a dotação do Porta 65 para que em 2020 atingisse um valor total de 25 milhões de euros, não foi aprovada.

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Multicare angaria apoio nas redes sociais para investigação contra cancro

  • ECO Seguros
  • 4 Fevereiro 2020

A Multicare, marca de saúde da Fidelidade, associou-se à Liga Portuguesa Contra o Cancro em campanha para atribuir uma bolsa no valor de 12 mil euros para investigação na área do cancro colorretal.

No Dia Mundial da Luta Contra o Cancro, que se assinala esta terça-feira (4 de fevereiro), e ao longo de uma semana, a Multicare vai ter, em parceria com a Liga Portuguesa Contra o Cancro, uma campanha de angariação de 30.000 cliques com o objetivo de criar uma bolsa de investigação no valor de 12 mil euros na área do cancro colorretal, explica a seguradora num comunicado.

O cancro é considerado um dos principais problemas de saúde do século XXI. Consciente desta realidade e do impacto que as doenças de foro oncológico têm na população, a Multicare associa-se à Liga Portuguesa Contra o Cancro.

De acordo com Vitor Rodrigues, Presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, “a investigação científica permanece como um dos instrumentos fundamentais da luta contra o cancro.”

A campanha com o seu clique ajuda alguém” irá ser desenvolvida com base numa dinâmica de apoio nas redes socais, que convidará os utilizadores a clicarem num banner para contribuírem para esta causa.

Ao longo da campanha, a Multicare terá um contador de doações em real-time na sua página da internet para que se possa acompanhar a sua evolução, detalha a seguradora.

A Fidelidade é a seguradora líder de mercado em Portugal, tanto no ramo vida como não Vida, registando atualmente uma quota de mercado de cerca de 30,7%. A companhia está presente nos vários segmentos do negócio segurador e beneficia da maior rede em Portugal.

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Empréstimo para Novo Banco acima de 850 milhões tem de ir ao Parlamento

Parlamento aprovou proposta do PSD que diz que valores superiores a 850 milhões no empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução para o Novo Banco têm de ser autorizados pelos deputados.

Mário Centeno terá de ir ao Parlamento se o empréstimo de capital feito pelo Estado ao Fundo de Resolução para o Novo Banco ficar acima do teto previsto no Orçamento do Estado para 2020 (OE2020) de 850 milhões de euros. O Parlamento aprovou a proposta do PSD através de uma coligação negativa que juntou BE, PSD, CDS, IL, Chega e PAN.

Em janeiro deste ano, o ministro das Finanças tinha mostrado disponibilidade para ir à Assembleia da República se e quando houvesse uma injeção extraordinária no Novo Banco. A resposta de Mário Centeno foi dada à luz das recentes notícias sobre uma injeção única antecipada no Novo Banco de 1,4 mil milhões de euros, que prevê um desconto de 600 milhões de euros face aos quase 2 mil milhões ainda disponíveis no mecanismo de capital contingente.

Mas o que fica definido com a aprovação da proposta do PSD de hoje é que, mesmo que não haja uma injeção única, existe um cenário em que Mário Centeno terá de pedir o ok do Parlamento. Nesta situação estão os empréstimos feitos pelo Estado ao Fundo de Resolução, vistos como regulares, e superiores a 850 milhões de euros.

No ano passado, a injeção total no Novo Banco foi de 1.149 milhões e euros, mas o Estado não ultrapassou o limite dos 850 milhões de euros no empréstimo que fez ao Fundo de Resolução. O restante veio diretamente do Fundo de Resolução que é financiado pelas contribuições dos bancos.

O Governo considerou esta manhã durante o debate dos artigos referentes ao Novo Banco que as propostas em cima da mesa poderiam não ter impacto. “As propostas sobre o Novo Banco não vêm acrescentar ao que já existe”, disse o secretário de Estado Adjunto e das Finanças. No Executivo enetende-se que esta proposta é redundante face à lei atual.

As restantes propostas, do Bloco de Esquerda, PCP e PAN, ficaram pelo caminho. Os bloquistas queriam que o Governo fosse ao Parlamento pedir o aval para qualquer injeção no Novo Banco.

(Notícia atualizada)

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Siza Vieira: É “crítica” a criação de banco de fomento em Portugal

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2020

O ministro da Economia defende a criação de um banco de fomento em Portugal, uma vez que considera que o setor bancário continua a ter problemas no acesso ao crédito por parte das PME.

O ministro da Economia, defendeu esta terça-feira, em Lisboa, que, nos próximos tempos, vai ser “absolutamente critico” o facto de Portugal não ter um banco de fomento, para ajudar a banca a responder às necessidades das empresas.

“Não temos, em Portugal, um banco de fomento e isso passa a ser absolutamente crítico nos próximos tempos”, afirmou Siza Vieira, que falava na conferência “Portugal nos ‘rankings’ internacionais”, organizada pela Associação para o Desenvolvimento da Engenharia, em parceria com a AESE Business School e com o Fórum de Administradores e Gestores de Empresas (FAE).

Para o também ministro de Estado, o setor bancário continua a defrontar-se com problemas no acesso ao crédito por parte das pequenas e médias empresas, devido aos constrangimentos a que a banca está atualmente sujeita.

A banca encontra-se “tão constrangida”, com regras “muito exigentes” ao nível da concessão de crédito, que existe “imensa dificuldade” em fazer com que o crédito chegue às necessidades de investimento das empresas.

“Entendo que o Governo deve capacitar as entidades financeiras publicas para apoiar o sistema bancário a dirigir o crédito para onde ele é preciso”, vincou.

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Governo duplica taxa de gestão de resíduos “já nos próximos meses” para travar envio para aterros

Já em 2020, artigos descartáveis como cotonetes, palhinhas, pratos, copos, entre outros, vão mesmo desaparecer do mercado português, promete Matos Fernandes, ministro do Ambiente e Ação Climática. 

O ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, anunciou esta terça-feira na assinatura do Pacto Português para os Plásticos que o Governo vai rever e aumentar já “nos próximos meses” a taxa de gestão de resíduos, que neste momento se situa no valor de 11 euros por tonelada, enquanto noutros países europeus chega a ser mais de 10 vezes superior — até 80 euros.

O novo valor desta taxa está, no entanto, ainda por decidir, disse o governante em declarações aos jornalistas à margem do evento, que teve lugar na sede da EDP, em Lisboa. “Estamos ainda a concluir o trabalho, mas o valor vai mais ou menos duplicar face ao valor que temos hoje”, confirmou Matos Fernandes em resposta ao Capital Verde, do ECO.

“Mandar resíduos para aterro não pode ser mais barato do que reciclar. E a taxa de gestão de resíduos tem de refletir esta necessidade. Iremos assim introduzir um valor suficientemente elevado para corrigir as distorções que existem. Esta subida vai ajudar”, disse o ministro, anunciando também uma verba de 6,5 milhões de euros do orçamento atribuído ao seu ministério para a instalação de mais “máquinas de recolha de plásticos” em grandes superfícies comerciais, para incentivar consumidores a separar e encaminhar as embalagens para reciclagem em troca de um incentivo em dinheiro que depois pode ser utilizado em futuras compras.

“Já em março 23 máquinas estarão colocadas em locais chave de consumo e distribuição para recolher embalagens de plástico, alumínio e outros produtos associadas às bebidas. Este é um projeto financiado pelo Fundo Ambiental e a primeira máquina foi colocada no mercado da Póvoa do Varzim”, disse o governante.

Matos Fernandes prometeu ainda a antecipação da transposição para a lei nacional da diretiva europeia dos plásticos de uso único, com vista a reduzir a sua utilização. “Em julho certamente a legislação já estará cá fora”, garantiu. Com esta transposição, já em 2020 artigos descartáveis como cotonetes, palhinhas, pratos, copos, entre outros, vão mesmo desaparecer do mercado português, promete Matos Fernandes.

O ministro sublinhou que o Pacto Português para os Plásticos “não fala ainda da necessidade de reduzir o consumo de plástico”, apesar de essa ser uma vontade política expressa. “Queremos mesmo muito ter menos plástico, garantir que a economia é circular e que o Roteiro para a Neutralidade Carbónica se cumpre também com uma menor necessidade de despender materiais e energia neste setor de atividade. O foco tem de estar na redução”, disse.

Outra medida em curso passa pelo incentivo da reutilização de embalagens através de uma autorização legislativa inscrita no Orçamento do Estado para 2020, que Matos Fernandes espera que venha a ser aprovada, e que envolve o Mistério da Economia, para que “desapareçam de uma vez por toda os impedimentos legais à utilização em supermercados e take away de embalagens levadas pelos próprios consumidores”. “Temos de mudar comportamentos e consumir menos plástico”, disse o ministro.

De um total de 55 entidades que esta terça-feira assinaram o Pacto Português para os Plásticos, 25 são empresas nacionais e multinacionais, incluindo alguns dos principais retalhistas, marcas de alimentos, bebidas e outros produtos, indústria transformadora, recicladores, operadores de gestão de resíduos. Todos se comprometem a partir de agora com as metas ambiciosas desta iniciativa que, de acordo com Matos Fernandes, antecipam em pelo menos cinco anos (de 2030 para 2025) as metas impostas pela União Europeia.

Em conjunto, os membros do Pacto Português para os Plásticos representam grande parte das embalagens em plástico dos produtos vendidos nos supermercados nacionais. A estes, juntaram-se mais 30 entidades, tais como universidades, organizações sem fins lucrativos, associações empresariais e três Ministérios – Ambiente e Ação Climática; Economia e da Transição Digital; Mar.

Este conjunto de entidades pioneiras comprometeram-se a atingir, até 2025, as seguintes metas:

  • Definir, até 2020, uma listagem de plásticos de uso único considerados problemáticos ou desnecessários e definir medidas para a sua eliminação até 2025 até 2025, através de redesenho, inovação ou modelos de entrega alternativos (reutilização);
  • 100% das embalagens de plástico são reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis;
  • 70%, ou mais, das embalagens plásticas são efetivamente recicladas, através do aumento da recolha e da reciclagem;
  • Incorporar, em média, 30% de plástico reciclado nas novas embalagens de plástico;
  • Promover atividades de sensibilização e educação aos consumidores (atuais e futuros) para a utilização circular dos plásticos.

O Pacto Português para os Plásticos pertence à rede Pactos de Plásticos da iniciativa New Plastics Economy, da Fundação Ellen MacArthur, e em Portugal é liderado pela Associação Smart Waste.

Em comunicado emitido na segunda-feira, o ministério do Ambiente e Ação Climática tinha já avançado que vai suspender e rever licenças para receber resíduos orgânicos, impedir a entrada de resíduos para eliminação em aterro e aumentar o valor da taxa de gestão de resíduos, reconhecendo também a ineficácia da fiscalização. O MAAC referiu como medidas a adotar já em janeiro, e “com caráter prioritário”, a possibilidade de suspender, “sempre que se justifique”, a licença para deposição de resíduos orgânicos; a revisão de licenças; e a “objeção à entrada de resíduos cujo destino declarado é a valorização mas que, na realidade, são encaminhados para eliminação”.

A estas medidas urgentes juntou ainda a “revisão, em alta, dos valores da Taxa de Gestão de Resíduos, por forma a desincentivar o encaminhamento de resíduos nacionais e de proveniência de outros países para aterro”.

O MAAC reconheceu ainda um “incremento muito significativo de entrada de resíduos do exterior”, pressionando as infraestruturas nacionais, diminuindo o seu tempo de vida útil e colocando em risco a autossuficiência do país no médio prazo.

“A deposição de resíduos em aterro constitui, no âmbito da gestão de resíduos, uma opção de último recurso”, pelo que o MAAC determinou “à Agência Portuguesa do Ambiente que proceda à objeção sistemática às entradas de resíduos destinados a eliminação, de modo a limitar a deposição de resíduos em aterros”, em despacho de 3 de janeiro da secretária de Estado do Ambiente.

“As licenças que já estavam emitidas são apenas até maio e os novos pedidos estão a ser vistos com muito mais critério porque nos últimos três anos a importação de resíduos em Portugal cresceu com muita expressão”, disse Matos Fernandes, precisando que o volume passou das 60 mil toneladas em 2017 para as 250 mil toneladas em 2019. Frisando que as 250 mil toneladas de resíduos importados por Portugal representam apenas “2% a 3% daquilo que é depositado em aterro” no país, o governante afirmou que esse número “não vai crescer”.

A tutela prevê ainda avançar com uma “ação nacional concertada e articulada” de fiscalização, integrada no Plano de Ação de Aterros 2020, com ações prioritárias programadas para o primeiro semestre deste ano.

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Nos e Vodafone vão partilhar infraestruturas da rede móvel

As telecom dizem que esta parceria irá resultar em maior eficiência e rapidez na cobertura do território nacional. Garantem que vão manter, no entanto, espetro e controlo estratégico separados.

A Nos NOS 0,13% e Vodafone vão passar a partilhar infraestruturas móveis. As duas operadoras assinaram um novo contrato de partilha de ativos móveis de abrangência nacional, anunciaram esta terça-feira em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Há dois anos que as duas operadoras partilham já redes de fibra ótica e irão expandir agora a parceria torres de comunicações. “A Nos e a Vodafone negociarão em regime de exclusividade com vista a atingir um acordo definitivo em junho de 2020”, anunciaram.

As empresas acreditam que esta parceria irá resultar em maior eficiência e rapidez na cobertura do território nacional pelo que, consequentemente, esperam melhorar a qualidade do serviço prestado. “O propósito deste acordo é definir um modelo de investimento sustentável, que permita uma maior e mais rápida cobertura do território nacional“, dizem.

Acrescentam que vão garantir “total independência na definição e prestação de serviços aos seus respetivos clientes” e, por isso, não irão partilhar espetro e irão manter o controlo estratégico das suas redes.

(Notícia atualizada às 17h10)

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