PS recandidata Correia de Campos a presidente do CES

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2020

No passado dia 20 de dezembro, já nesta legislatura, o parlamento chumbou a recondução de António Correia de Campos como presidente do CES.

PS vai voltar a candidatar o antigo ministro da Saúde António Correia de Campos a um segundo mandato como presidente do Conselho Económico e Social (CES), declarou à Lusa fonte oficial da bancada socialista.

A votação de Correia de Campos para a presidência do CES será feita no próximo dia 28 na Assembleia da República, através de voto secreto.

No passado dia 20 de dezembro, já nesta legislatura, o parlamento chumbou a recondução de António Correia de Campos como presidente do CES.

O antigo ministro da Saúde dos governos de António Guterres e de José Sócrates não alcançou a maioria de dois terços dos votantes constitucionalmente exigida.

O nome de Correia de Campos para presidir ao CES recolheu 125 votos sim, 73 brancos e 11 nulos.

Na primeira vez que foi proposto para presidir ao CES, em 2016, Correia de Campos só à segunda tentativa conseguiu alcançar os dois terços necessários dos votos.

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Coronavírus ameaça receitas da Apple. Wall Street cede à pressão

A Apple antevê falhar metas de vendas neste trimestre devido à menor procura chinesa por iPhones em resultado da epidemia do coronavírus. As ações norte-americanas não resistiram e fecharam em queda.

As ações norte-americanas encerraram no vermelho, nesta terça-feira, aliviando dos recordes estabelecidos no final da semana passada. Wall Street não resistiu à ameaça do coronavírus que obrigou a Apple a alertar que pode falhar as suas metas de vendas devido à epidemia.

O S&P 500 desvalorizou 0,29%, para os 3.370,28 pontos, enquanto o Dow Jones perdeu 0,56%, para os 29.232,28 pontos. Já o Nasdaq deslizou uns ligeiros 0,02%, para os 9.729,09 pontos.

O sentimento negativo imperou entre os investidores norte-americanos depois de, na segunda-feira, a Apple ter dado conta de que poderá não conseguir cumprir com o objetivo de vendas traçado para o trimestre que termina no final de março, em resultado da quebra da produção do iPhone e da procura mais fraca na China em resultado da epidemia do coronavírus.

As ações da Apple recuaram 1,8%, contagiando fornecedores como a Qualcomm, Broadcom, Skyworks e Qorvo que registam desvalorizações entre 1,8% e 2,6%.

“Foi mais do que os analistas esperavam da Apple”, afirmou Quincy Krosby, responsável pela estratégia de mercados da Prudential Financial, citada pela Reuters.

“Haverá mais empresas” a citar o impacto do vírus, defendeu a especialista, acrescentando, contudo, ser “difícil imaginar, especialmente no setor da tecnologia, uma que seja tão proximamente correlacionada com a China” como acontece com a Apple.

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Rio transmite ao PR disponibilidade para “reformas vitais”

  • Lusa e ECO
  • 18 Fevereiro 2020

"Cabe ao PSD, que é um partido de centro, liderar uma alternativa à direita do PS", disse Rui Rio, após audiência com Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, na sequência do Congresso do PSD.

O presidente do PSD, Rui Rio, transmitiu ao Presidente da República a disponibilidade do partido para entendimentos partidários em “reformas vitais” em 2020 e, no futuro, “liderar uma alternativa à direita do PS”.

No final de uma audiência de perto de hora e meia com Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, na sequência do Congresso do PSD em que foi relegitimado para mais um mandato, Rui Rio disse que a principal mensagem foi transmitir, como fez há dois anos, a disponibilidade do líder da oposição para entendimentos em áreas estruturas, apontando o sistema político, a justiça e a segurança social como exemplos.

“Durante este ano estamos disponíveis para isso. Passado o ano de 2020, chegamos a 2021 onde não há europeias e legislativas, mas há de haver umas autárquicas, que são eleições partidárias e as coisas ficam mais condicionadas”, alertou.

Questionado sobre a possibilidade de um reforço do centro-direita nos próximos tempos, Rio reafirmou o que disse no Congresso.

“Uma coisa é o PSD ser o líder de uma alternativa à direita do PS, oura coisa é o PSD ser ele próprio a direita, o PSD não é a direita. Cabe ao PSD, que é um partido de centro, liderar uma alternativa à direita do PS”, afirmou.

Nessa direita o líder do PSD incluiu o CDS-PP, o Chega e a Iniciativa Liberal, dizendo que o futuro deste espaço político já não depende do PSD.

“Vai depender dos próprios: da capacidade no CDS de recuperar o terreno perdido e da capacidade do Chega de sustentar a subida que, aparentemente, tem vindo a ter junto dos portugueses. Isso não depende de nós, só temos que estar disponíveis para sermos uma alternativa ao PS e, não o conseguindo fazer sozinhos, sermos o elemento liderante dessa alternativa”, afirmou.

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EUA veem operadoras portuguesas afastadas da Huawei no 5G

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2020

"As operadoras de telecomunicações em Portugal irão implementar apenas tecnologia fiável", diz o vice-secretário Adjunto do Departamento de Estado para a comunicação cibernética.

O responsável pela política cibernética do Departamento de Estado norte-americano, Robert Strayer, afirmou, em entrevista à Lusa, estar confiante que a longo prazo as operadoras portuguesas implementem “apenas” tecnologia fiável, deixando de trabalhar com a Huawei.

“Estou confiante de que, a longo prazo, conseguiremos alcançar o tipo certo de padrões [de segurança], o que significa que as operadoras de telecomunicações em Portugal irão implementar apenas tecnologia fiável“, disse o vice-secretário Adjunto do Departamento de Estado para a comunicação cibernética e internacional e para a política de tecnologia de informação.

“Aqueles que hoje têm tecnologia não confiável”, nomeadamente na rede 4G, esta pode ser “facilmente retirada à medida que são atualizados os equipamentos de comunicações ao longo do tempo”, acrescentou Robert Strayer, que esteve hoje reunido com as três operadoras de telecomunicações portuguesas – Altice Portugal, NOS e Vodafone Portugal -, bem como o regulador Anacom e parlamentares.

“E acho que, a longo prazo, o público exigirá que as suas informações privadas não estejam nas mãos do Partido Comunista chinês“, tal como a da sua propriedade intelectual, apontou.

Robert Strayer destacou que Portugal tem uma economia “muito vibrante” de pequenas e médias empresas (PME), bem como “o lugar da Web Summit”.

“Estes são exatamente o tipo de empresas que a China tem como alvo repetidas vezes” e tem “roubado a sua propriedade intelectual”, por isso as empresas chinesas “não devem ser participantes da evolução do 5G em Portugal”, reiterou Strayer, que tem agendado para quarta-feira reuniões com responsáveis governamentais portugueses.

Questionado sobre se está confiante que isso vai acontecer, o responsável pela política cibernética do Departamento de Estado norte-americano foi perentório: “Absolutamente”.

Para Robert Strayer, é uma “questão de tempo”, salientando que se está a assistir à evolução do 5G ainda numa fase inicial.

“Estamos a ver um nível muito básico do 5G”, mas quando “forem concebidos maiores padrões e houver maiores avanços nas aplicações”, isso representará “novas gerações de equipamento que estarão no mercado”, acrescentou.

Ou seja, haverá maior diversificação da oferta.

“E quando as operadoras de telecomunicações desenvolverem a tecnologia, deverão fazê-lo apenas com fornecedores confiáveis”, insistiu.

“Os Estados Unidos e Portugal mantêm uma estreita relação económica e de segurança”, sublinhou Robert Strayer, salientando que enquanto membros da NATO os dois países têm trabalho em operações militares como também em todos os tipos de atividades de manutenção da ordem.

“Será muito importante termos tecnologia de confiança em Portugal nas redes 5G, tal como termos nas redes de tecnologia dos Estados Unidos, para garantir que continuamos a partilhar informação da forma que precisamos para manter esse tipo de ritmo e cooperação operacionais” no futuro, prosseguiu Robert Strayer.

“Gostaria que as pessoas em Portugal entendessem duas coisas: uma é que qualquer tipo de ‘software’ ou ‘hardware’ precisa de ser atualizado ao longo do tempo”, disse, salientando que é “impossível” encontrar todos os eventuais problemas do sistema (se este for comprometido).

“É por isso que só se pode ter fornecedores fiáveis. Não há técnica de teste que o torne seguro“, enfatizou.

“Além disso, a cooperação económica entre Portugal e os Estados Unidos precisa de ser mantida a um nível muito alto”, apontou.

“Quando as nossas empresas trabalham com as empresas portuguesas”, onde está a Cisco, entre outras, “estão a trabalhar muitas vezes com pequenas e médias empresas”, disse o responsável.

“Fazemos isso para que possamos crescer juntos e partilhar os nossos valores e tecnologias no futuro. Quando a China desenvolve tecnologia, fazem-no num ecossistema fechado”, referiu.

“Eles [chineses] trabalham na maioria e apenas com empresas chinesas. Eles não convidam as pequenas e médias empresas de Portugal para esse desenvolvimento tecnológico, e irão excluir Portugal do desenvolvimento” da mesma forma que o fariam “se trabalhassem com tecnologicas ocidentais dos Estados Unidos e do resto da Europa”, concluiu o governante norte-americano.

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Travão às comissões é “incompreensível”. Vai fragilizar a banca, alerta a APB

APB diz que qualquer iniciativa legislativa que limite a capacidade dos bancos de fixar livremente os preços dos serviços que prestam, tenderá a distorcer a concorrência e a limitar a competitividade.

Os partidos de esquerda entregaram no Parlamento um conjunto de propostas que visam travar a cobrança pelos bancos de um conjunto de comissões. Na mira têm, por exemplo, a proibição ou limitação das comissões do MB Way ou de alguns encargos nos créditos, os quais consideram não fazer sentido serem cobrados. A banca opõe-se a essas propostas, considerando-as “incompreensíveis”. Tendem a distorcer a concorrência e ameaçam mesmo fragilizar o sistema financeiro português, alerta a APB.

Em resposta ao ECO, a associação que representa os bancos começa por referir que “o setor bancário funciona em regime de livre concorrência, é um setor regulado e supervisionado, nomeadamente do ponto de vista da proteção dos consumidores”. Daí que não veja com bons olhos as iniciativas legislativas que o PS, PCP e PAN entregaram no Parlamento na sexta-feira da semana passada e que se foram juntar ao pacote legislativo sobre comissões bancárias que o Bloco de Esquerda já tinha apresentado em dezembro e que será discutido a 27 de fevereiro no Parlamento.

A Associação Portuguesa de Bancos (APB), liderada por Faria de Oliveira, reage a essas propostas, dizendo que “qualquer iniciativa legislativa ou administrativa que limite a capacidade que os bancos têm de fixar livremente os preços dos serviços que prestam, e que têm efetivamente um custo, tenderá a distorcer a concorrência, a limitar a competitividade, a retirar aos bancos a capacidade de inovar e, nessa medida, a fragilizar o sistema financeiro português face aos pares e a outros operadores”.

Em causa está um conjunto de alterações legislativas que são defendidas à esquerda. Nomeadamente, a vontade de proibir que os bancos cobrem comissões pelos serviços disponibilizados por plataformas terceiras, referindo-se em concreto ao MB Way. Essa proposta é defendida pelos quatro partidos, fazendo antever que facilmente será viabilizada pelo Parlamento.

"Qualquer iniciativa legislativa ou administrativa que limite a capacidade que os bancos têm de fixar livremente os preços dos serviços que prestam, e que têm efetivamente um custo, tenderá a distorcer a concorrência, a limitar a competitividade, a retirar aos bancos a capacidade de inovar e, nessa medida, a fragilizar o sistema financeiro português face aos pares e a outros operadores.”

APB

Os partidos também querem travar algumas comissões que consideram que não têm associado um serviço ou não fazem sequer sentido serem aplicadas aos clientes bancários. Referem-se a alguns encargos que são cobrados nos contratos de crédito seja para a compra de casa ou para consumo: nomeadamente, processamento de prestações do crédito, emissões de declarações de dívida ou o distrate.

A APB vai ainda mais longe nas suas críticas a essas propostas, dizendo que estão em causa “medidas incompreensíveis numa economia livre de mercado, integrada no espaço europeu” e que colocam os bancos portugueses em desvantagem face à concorrência europeia.

“O setor bancário português já se encontra sujeito a um conjunto de condicionantes que colocam os bancos em desvantagem competitiva face aos pares europeus, designadamente, a proibição de cobrança de comissões no Multibanco, a proibição de aplicação de taxas de juro negativas nos depósitos e a obrigação de aplicação de taxas negativas no crédito à habitação“, diz a associação que representa o setor da banca, acrescentando que “todo este enquadramento condiciona fortemente a atratividade do setor bancário português“.

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Seguros de automóveis e de trabalho perdem 180 milhões. Governo está avisado

Os ramos de Acidentes de Trabalho e Automóvel voltaram a dar grandes prejuízos à indústria seguradora em Portugal. Presidente da APS quer ação do Governo para rever leis e incoerências.

Dados provisórios do ano de 2019 divulgados pela APS – Associação Portuguesa de Seguradores voltam a dar resultados muito negativos para os setores obrigatórios de Acidentes de Trabalho e Automóvel. São parte do setor Não Vida da atividade seguradora que, em 2019, significou 5,2 mil milhões de euros de prémios faturados. O restante até aos 12,2 mil milhões obtidos por todo o setor segurador foram obtidos pelo outro ramo: O Vida.

Nos ramos Não Vida o principal é o ramo automóvel que significa 35% dos prémios pagos em 2019, faturando 1,84 mil milhões de euros. No entanto, este seguro obrigatório causou um prejuízo estimado 66 milhões de euros se forem deduzidas aos prémios emitidos (1,8 mil milhões de euros) as indemnizações e despesas relacionadas com sinistros.

Ainda pior em resultados foi o ramo Acidentes de Trabalho, outro seguro obrigatório. Os prejuízos neste caso atingiram os 120 milhões de euros para receitas de cerca de 900 milhões de euros.

Outros ramos compensaram parcialmente como saúde/doença (42 milhões de euros positivos) e incêndio (126 milhões de euros) que, em conjunto com outros ramos com pouco volume, permitiu ao conjunto obter um resultado mínimo de 31 milhões de euros em 5,2 mil milhões de euros, ou seja, o rendimento operacional foi de apenas 0,4% das vendas.

“Temos alertado o Governo para a legislação vigente e para incoerências”

Confirmando a realidade dos prejuízos, resultantes essencialmente de danos corporais, e a preocupação quanto à anti-rentabilidade dos ramos acidentes de trabalho e automóvel, José Galamba de Oliveira, presidente da APS, afirma que tem de se “olhar para a legislação vigente e verificar se ela está adequada à realidade ou se revela incoerências”, o que – quer no caso dos acidentes de trabalho, quer no caso do automóvel-, indica que “há muitos aspetos que precisam de ser melhorados, não para pagar indemnizações globalmente mais baixas, mas para pagar indemnizações mais justas e adequadas à gravidade dos danos sofridos”. Conclui este tópico garantindo que tem “alertado o Governo para essa situação e para as situações de incoerência”.

José Galamba de Oliveira, pesidente da Associação Portuguesa de Seguradores, em entrevista ao ECO - 30MAI19
José Galamba de Oliveira: No ramo Automóvel, a fraude consome 10% do volume de prémios.Hugo Amaral/ECO

Para além do desequilíbrio da legislação, outro problema de fundo preocupa Galamba de Oliveira: “A fraude é uma realidade no setor segurador, e existem mesmo alguns estudos nesta indústria que apontam para valores importantes de fraude nos vários ramos”.

Segundo o presidente da APS “ Em Portugal, as estimativas das seguradoras sobre o impacto deste fenómeno não deixam dúvidas quanto à importância das medidas que visem a sua prevenção e combate. No ramo Automóvel, por exemplo, os sinistros suspeitos corresponderam, anualmente, a cerca de 8% do total de sinistros encerrados, estimando-se que o respetivo custo represente, aproximadamente, 10% do volume de prémios do ramo”.

Galamba de Oliveira considera ainda que um panorama semelhante caracteriza igualmente outros seguros de massa da atividade seguradora, como os de multirriscos ou de acidentes de trabalho.

Alerta ainda para o novo regime de proteção de dados: “Veio dificultar a implementação de mecanismos de deteção da fraude e que, ao contrário do que sucedeu noutros países, Portugal não aprovou medidas que permitissem ao setor segurador ser mais eficaz nesta área”.

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Número de utentes com passes aumentou 32,3% com novo sistema tarifário na Área Metropolitana de Lisboa

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2020

O número de utentes detentores do passe Navegante na Área Metropolitana de Lisboa aumentou 32,3% nos últimos nove meses de 2019, com a introdução do novo sistema tarifário.

O número de utentes detentores do passe Navegante na Área Metropolitana de Lisboa (AML) aumentou 32,3% nos últimos nove meses de 2019, com a introdução do novo sistema tarifário dos transportes públicos, em comparação com igual período do ano anterior.

Os números foram avançados na cerimónia de apresentação do concurso internacional para a aquisição do serviço público de transporte rodoviário de passageiros na AML, que decorreu esta terça-feira no CCB, em Lisboa. Segundo o primeiro-secretário metropolitano, Carlos Humberto, verificou-se nos últimos anos uma revolução nos transportes da AML, desde a bilhética à mobilidade, uma mudança de paradigma, que melhorou as oportunidades de mobilidade de emprego, de formação e de lazer.

O mais visível para os rendimentos das famílias passou pela criação de um novo sistema tarifário, com o passe Navegante municipal (30 euros), Navegante Metropolitano (40 euros), Navegante +65 (20 euros), Navegante 12 (sem custo), Navegante Família Municipal (60 euros) e Navegante Família Metropolitano (80 euros).

De acordo com Carlos Humberto, mais de 900 mil pessoas ficaram abrangidas pelo sistema Navegante “o que corresponde a cerca de um terço da população da área metropolitana”. “Comparando abril e dezembro de 2019 com o mesmo período de 2018, temos números surpreendentes”, sublinhou.

De acordo com o responsável, a comparação entre estes períodos permitiu perceber que o número total de passageiros cresceu 18,1% e o número de passageiros com passe aumentou 32,3%. No setor ferroviário, o crescimento foi de 31,9%, no rodoviário 17,2%, no metro 12,8% e no modo fluvial 7,2%, especificou. “Temos mais de 115 mil pedidos de Navegante 12 [gratuito, para crianças até ao final dos 12 anos], que não estão incluídos nos valores anteriores. A venda de cartões Lisboa Viva teve um acréscimo de 78%”, disse ainda.

De acordo com o responsável, a utilização dos transportes fora das horas de ponta e ao fim de semana também cresceu, “em grande medida por via do Navegante+65” (para seniores). Carlos Humberto sublinhou ainda que “os municípios financiam esta estratégia metropolitana em 2019 com 25 milhões de euros em 2020 com 31 milhões de euros e se necessário em 2021 e anos seguintes até uma verba de 43 milhões de euros ano”.

Considerou, contudo, que a solução do navegante é ainda “incompleta e insuficiente”, devido à oferta, “apesar de alguns reforços pontuais”, problema que o concurso hoje lançado “ultrapassará no transporte rodoviário”.

Para se chegar à rede hoje lançada a concurso foi necessário trabalhar com os 18 municípios e em articulação com os municípios vizinhos e também com as comunidades intermunicipais que têm deslocações na AML e “trilhar um caminho exigente“, complexo do ponto de vista técnico-jurídico, de estudos financeiros, de articulação da rede com a dos outros modos de transportes, desde o comboio ao metro e aos barcos.

“Tudo isto obrigou a um trabalho persistente, exigente e muito prolongado. Foi necessário ponderar, diria coser e cerzir todas as propostas”, disse. Segundo o concurso público internacional hoje lançado, no valor de 1,2 mil milhões de euros, todos os autocarros na AML vão pertencer à marca única Carris Metropolitana até meados de 2021, adotando a cor amarela tradicional da empresa que até agora serve Lisboa.

Posteriormente, a AML irá também gerir outros meios de transporte na sua área, estando previsto que o passo seguinte seja a Soflusa e a Transtejo, seguindo-se o Metropolitano e os comboios suburbanos.

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Casa do Impacto lança fundo +Plus para investir em fase seed

Braço de empreendedorismo social da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vai investir meio milhão de euros por ano em projetos em fase pre-seed e seed.

Inês Sequeira, da Casa do Impacto.D.R.

A Casa do Impacto lança esta quinta-feira o seu fundo de investimento para projetos em fase seed. Chama-se +Plus e tem 500 mil euros por ano para “apoiar ideias de negócio” em fase muito inicial e que respondam a “desafios sociais e ambientais”.

“O fundo filantrópico vem permitir aos empreendedores, na fase inicial do seu projeto, o acesso ao investimento necessário para darem o primeiro passo e testarem o seu modelo de negócio“, explica o polo de empreendedorismo social da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, em comunicado.

“Na Casa do Impacto começámos com o que achamos prioritário: criar um ecossistema de impacto e estimular a existência de novos players, através da capacitação dos empreendedores para a tração dos projetos. Agora, o ecossistema já está num ponto de maturidade tal que nos permite lançar este fundo para possibilitar a criação de mais negócios e dar escala aos que já existem”, explica Inês Sequeira, diretora da Casa do Impacto, citada em comunicado, acrescentando: “Queremos assumir o verdadeiro significado da ‘responsabilidade social’ e, por acreditarmos nos projetos, queremos acompanhá-los de perto e traçar em conjunto o percurso do negócio numa lógica de corresponsabilização com os empreendedores, assumindo também o risco”.

A ideia é, tal como no caso da incubadora, estimular o ecossistema de empreendedorismo social e o desenvolvimento de organizações sustentáveis. As candidaturas ao +Plus que, numa primeira fase, é apenas dinamizado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa através da Casa do Impacto, decorrem entre 20 de fevereiro e 30 de abril, no site da Casa do Impacto.

Além do fundo, a Casa do Impacto — que celebrou o primeiro aniversário de atividade em setembro do ano passado — tem vindo a desenvolver programas de apoio ao empreendedor social, como o concurso Santa Casa Challenge (que premeia a inovação digital social) e o RISE for Impact (programa de aceleração para projetos em fase de validação de ideia.

As candidaturas ao fundo de capital de risco podem ser feitas através do preenchimento de um formulário online. São aceites candidaturas de “pessoas ou entidades coletivas de qualquer parte do mundo, desde que a implementação da ideia ou negócio seja em território nacional, sem prejuízo de internacionalização numa fase mais avançada”. De acordo com a Casa do Impacto, entre os critérios de seleção estão “o perfil do(s) candidato(s), a inovação do projeto, a exequibilidade do modelo de negócio e os resultados e contributos previsto para a resolução do desafio social em causa (o impacto positivo na sociedade)”.

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Bloco quer que Banco de Portugal trave venda do EuroBic. Mas decisão cabe ao BCE

Catarina Martins acredita que se "o EuroBic estiver a ser investigado, o Banco de Portugal pode impedir esta venda". Supervisor remete decisão para o BCE.

Catarina Martins vai chamar Carlos Costa ao Parlamento para dar respostas sobre o processo de venda do EuroBic, pretendendo que o Banco de Portugal trave a operação para evitar que Isabel dos Santos fique com as verbas resultantes da alienação. A intenção da líder do BE não é, contudo, decisão do supervisor nacional, mas sim do Banco Central Europeu (BCE).

A venda do banco liderado por Teixeira dos Santos por parte empresária angolana, que de acordo com os Luanda Leaks terá desviado 115 milhões de dólares de contas da Sonangol para uma offshore no Dubai, poderá transformar-se num caso de branqueamento de capitais “feito nas barbas do Banco de Portugal”, alertou Catarina Martins no debate quinzenal.

Salientando que o “Banco de Portugal não tem só obrigação de garantir a idoneidade do comprador, mas também do vendedor”, a líder do BE questionou o primeiro-ministro, António Costa, sobre se “tem garantias de que o BdP cumprirá as suas obrigações legais de prevenção de branqueamento de capitais, designadamente no caso da venda do EuroBic”.

Costa respondeu que respeita a independência do Banco de Portugal, notando que confia que este cumpra as suas obrigações. Catarina Martins tem dúvidas, daí que tenha avançado que vai chamar o Governador do Banco de Portugal para responder a todas estas dúvidas.

Catarina Martins defendeu que “se o EuroBic estiver a ser investigado — esperamos que esteja a ser — o Banco de Portugal pode impedir esta venda” de 95% do capital do banco de Isabel dos Santos ao Abanca, num negócio fechado a 10 de fevereiro por um montante ainda não desvendado.

O Banco de Portugal descarta o poder decisão sobre a operação. “Em conformidade com o previsto na lei e regulamentos europeus aplicáveis, esta aquisição está sujeita à autorização do Banco Central Europeu, em articulação com o Banco de Portugal”, afirmou, à data do acordo, o supervisor.

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TAP admite cancelar 1.500 voos por falta de slots no aeroporto de Lisboa

Antonoaldo Neves deverá anunciar, na apresentação de contas da TAP, o cancelamento de voos porque não foram feitas as obras de expansão do aeroporto a tempo e horas.

A TAP admite anunciar, já na primeira semana de março, o cancelamento de 1.500 voos agendados para o período de verão no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, apurou o ECO junto de fontes do mercado turístico que já foram informadas pela companhia desta possibilidade. Em causa estarão, em média, cerca de 100 passageiros por voo, o que corresponderá a 150 mil passageiros. A gestão executiva da companhia — que vai anunciar na próxima quinta feira prejuízos superiores a 100 milhões de euros em 2019 — considera que só há 15 dias para as entidades envolvidas, nomeadamente o Governo, a NAV e a ANA (Venci), corrigirem a situação.

Antonoaldo Neves, o presidente executivo da TAP, já terá informado não só o setor turístico como também a ANA, a concessionária do aeroporto, e NAV (que gere o espaço aéreo português), a ANAC, a Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) e o próprio Governo. E vai dramatizar os riscos que estão em causa já na próxima conferência de imprensa, agendada para quinta-feira, quando anunciar oficialmente os prejuízos de 2019. Como o ECO revelou em primeira mão, foram superiores a 100 milhões de euros em 2019, depois dos 118 milhões de perdas em 2018.

A cada ano, as companhias de aviação projetam o número de movimentos previstos tendo em conta objetivos de voos, passageiros e receitas, mas isso está sempre dependente da existência de ‘slots’, na prática a autorização para levantar o aterrar num aeroporto. A TAP terá fixado um número de voos para 2020 que, entretanto, não poderá realizar por causa do esgotamento do aeroporto de Lisboa. Contactada oficialmente, a TAP escusou-se a fazer comentários e remeteu esclarecimentos para a conferência de resultados.

Serão cerca de 1.500 voos, com uma media de 100 passageiros por voo, só no caso da TAP. E mais 1.500 voos das outras companhias. Uma fonte da confederação do turismo revela-se preocupada com o efeito destes cancelamentos — alguns dos voos já estarão mesmo pré-agendados — no afluxo de turistas em Portugal, mas admite que não há uma solução à disposição no espaço de 15 dias. “Seria necessário o envolvimento de diversas entidades, e mudar por exemplo os voos de jatos privados em Lisboa e as horas extraordinárias no aeroporto”. Ainda recentemente, recorde-se, foi notícia a aprovação de dezenas de autorizações para a construção de novos hotéis em Lisboa.

Outra fonte da aviação, contudo, não deixa de salientar que a TAP já sabia que não haveria condições para realizar esses voos e só suscitou a questão já no final do mês de janeiro numa reunião com o Governo. “Será uma forma de esconder os prejuízos de 2019?”, questiona. A mesma fonte acrescenta que estas restrições só se resolverão com as obras de expansão do aeroporto, que permitirão passar dos atuais 38 voos/hora (em média) para cerca de 50 voos”, diz a mesma fonte. Mas isso vai demorar tempo.

Em pano de fundo volta a estar, também aqui, a relação difícil, às vezes em privado, mas também em público, da TAP com a ANA. As críticas de Antonoaldo Neves à gestora de aeroportos nacionais foram feitas, desta vez, numa entrevista ao El País. “Não sabia nada de aeroportos. Portugal foi a sua primeira experiência”, disse o gestor.

O presidente da TAP tinha também afirmado ao El País que projeto da Vinci [ANA] para a expansão do aeroporto “só favorece 20% dos movimentos”. “Oferecemos uma solução que favorecia 100% dos movimentos, mas a Vinci não quis. Propusemos pagar a obra, mas [a Vinci] também não quis”, acrescentou. “É incompreensível a sua posição, quero crer que é um grupo que não sabe nada de aviação quando aqui chegaram e que, no futuro, fará melhor”.

O presidente da TAP tinha afirmado que projeto da Vinci [ANA] para a expansão do aeroporto “só favorece 20% dos movimentos”. “Oferecemos uma solução que favorecia 100% dos movimentos, mas a Vinci não quis. Propusemos pagar a obra, mas [a Vinci] também não quis”, acrescentou.

A resposta da ANA não se fez esperar. Em declarações ao ECO, o chairman da ANA, José Luís Arnaut, foi claro. “A ANA desmente que alguma vez tenha havido qualquer proposta de financiamento das infraestruturas por parte da TAP. Seria, aliás, estranho uma empresa maioritariamente do Estado, ou seja pública e deficitária estar a financiar uma empresa privada lucrativa concessionária do Estado”.

Sobre a expansão do aeroporto, Arnaut contrariou as análises do presidente executivo da TAP. “Neste sentido, a saída rápida em construção oferecerá aos aviões de tipo A320 ou B737 a possibilidade de sair mais rapidamente da pista 03, contribuindo para uma utilização mais eficiente da pista, reduzindo o tempo de circulação dos aviões, das emissões de CO2, e permitindo uma melhor absorção dos atrasos, sendo por todos estes motivos benéfico para todos. Sendo uma opção, ninguém estará obrigado a utilizar essa saída rápida. Vários operadores, que também conhecem os aviões, já confirmaram a intenção de a utilizarem”.

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Parlamento Europeu unânime em rejeitar proposta para orçamento plurianual da UE

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2020

O Parlamento Europeu reafirmou a sua posição unânime de rejeição da proposta para o orçamento plurianual da União Europeia (UE) 2021-2027 apresentada pelo Conselho.

O Parlamento Europeu reafirmou esta terça-feira a sua posição unânime de rejeição da proposta para o orçamento plurianual da União Europeia (UE) 2021-2027 apresentada pelo Conselho, vincando que ainda se “está longe” de um documento “aceitável”.

“Nas duas reuniões que tivemos [o presidente e líderes das bancadas parlamentares] hoje com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, confirmámos a posição unânime do Parlamento proposta por si apresentada”, salienta o líder da assembleia europeia, David Sassoli, em comunicado.

Apontando que “ainda se está longe de uma proposta aceitável”, o responsável precisa que a proposta de Charles Michel difere em 230 mil milhões de euros do documento da assembleia europeia. “Esperamos que o Conselho apresente uma versão mais ambiciosa [da proposta], capaz de servir de base para as negociações”, adianta David Sassoli.

A proposta em causa, elaborada pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, estará em discussão numa cimeira extraordinária de chefes de Estado e de Governo da UE, que começará na quinta-feira em Bruxelas. Para o documento ser aprovado, é necessário consenso entre os 27.

Porém, esta nova proposta é bastante semelhante à que foi apresentada pela presidência finlandesa do Conselho da UE no segundo semestre de 2019 e rejeitada pelos Estados-membros, continuando desde logo a prever cortes na Política de Coesão e na Política Agrícola Comum (PAC), rejeitados por Portugal, entre muitos outros Estados-membros.

O documento contempla um envelope global de 1.094 mil milhões de euros, representando estas contribuições o equivalente a 1,074% do Rendimento Nacional Bruto (RNB) do conjunto da União, muito próximo do valor proposto no ano passado por Helsínquia (1,07% do RNB) e que Portugal considerou na ocasião “inaceitável”.

Esta nova base negocial proposta por Charles Michel, depois de semanas de consultas aos 27, destina 323 mil milhões de euros aos fundos da política de coesão (contra 367,7 mil milhões do atual quadro financeiro 2014-2020, já sem contar com os contributos do Reino Unido) e 329,3 mil milhões de euros para a PAC (contra 367,7 mil milhões do orçamento plurianual ainda em curso).

Um grupo alargado de Estados-membros, denominados os “Amigos da Coesão”, com Portugal à cabeça, têm reafirmado a sua firme oposição a cortes, sobretudo nesta política, assim como na PAC.

A proposta de Charles Michel continua a ser inferior à que foi apresentada originalmente pela Comissão Europeia (que contemplava contribuições de 1,114% do RNB), e muito aquém do valor de 1,3% do RNB defendido pelo Parlamento Europeu, que tem a última palavra no processo negocial, e que já manifestou o seu descontentamento com o novo documento sobre a mesa, apontando precisamente que não difere muito da proposta finlandesa, claramente rejeitada pela assembleia.

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Matos Fernandes remete oleoduto do aeroporto de Lisboa para o final de 2021

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2020

"Mantemos a expectativa de que no final do próximo ano, e daqui até ao final do próximo ano são quase dois anos, que a obra venha a estar concluída", disse o ministro do Ambiente.

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, disse esta terça-feira que tem a “expectativa” que a construção do oleoduto que abastecerá o aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, esteja concluída no final do próximo ano.

“Mantemos a expectativa de que no final do próximo ano, e daqui até ao final do próximo ano são quase dois anos, que a obra venha a estar concluída”, disse João Pedro Matos Fernandes aos jornalistas, à margem da apresentação do concurso público internacional para aquisição do serviço público de transporte rodoviário de passageiros na Área Metropolitana de Lisboa.

Em 29 de maio do ano passado, no Parlamento, Matos Fernandes tinha apontado a conclusão da construção do oleoduto para seis meses antes, no primeiro semestre de 2021, com um custo de cerca de 40 milhões de euros. Sobre o concurso aberto para a construção da estrutura, que ligará Aveiras de Cima (Azambuja, distrito de Lisboa) ao aeroporto de Lisboa e cuja obra considerou “razoavelmente simples de fazer”, o governante disse que poderá causar “alguns meses de perturbação”, já que é o que “certamente” demora mais tempo, seguido do “Estudo de Impacto Ambiental”.

O concurso, publicado na segunda-feira em edital na imprensa, segue-se à anterior manifestação por parte do ministro de que poderia ser a CLC (Companhia Logística de Combustíveis), controlada pela Galp, a construir a estrutura sem necessidade de um concurso.

Hoje, no entanto, Matos Fernandes afirmou que “contactada e consultada a entidade reguladora para o setor, o que a entidade reguladora disse é que seria tudo mais claro se se tornasse pública esta intenção, para saber se há outros eventuais candidatos”, para além da CLC. “Foi o que fizemos. Demos 30 dias para uma coisa relativamente simples, que é para se outros candidatos existirem se manifestarem, para sabermos se a construir o oleoduto é apenas a única empresa que apresentou já uma proposta, ou se haverá mais empresas”, prosseguiu.

O governante disse que “se houver mais empresas, haverá um concurso limitado” às proponentes. Matos Fernandes tinha afirmado, em 14 de junho do ano passado, que o seu ministério já tinha “o parecer jurídico feito pelas entidades públicas do Governo” a confirmar que se trata de “uma atividade de transporte de combustível”, o que poderia levar a uma negociação direta com a CLC.

Se a atividade fosse encarada como uma atividade de transporte, abria-se a possibilidade de negociar diretamente com este interessado. Caso fosse entendida juridicamente como atividade de distribuição, teria de se avançar com um concurso público.

A CLC é responsável pela exploração do oleoduto entre Sines e Aveiras de Cima e também pela armazenagem e expedição de combustíveis na instalação de Aveiras de Cima, de onde atualmente partem os camiões com combustível de aviação (‘jet fuel’) para o aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. Segundo o ministro, que considerou o traçado da estrutura projetada “estupendo”, o futuro oleoduto aproveitará uma conduta já existente do rio Alviela, que passa “mesmo junto a Aveiras, junto ao parque de combustível”, e a “dois/três quilómetros do aeroporto”.

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