Coronavírus: Corrida desenfreada às máscaras em Portugal leva à rutura de stocks

A procura por máscaras aumentou exponencialmente, os stocks estão a ficar escassos e os preços já começaram a disparar.

O número de mortes na sequência da propagação do coronavírus pelo mundo não pára de aumentar, e a procura por máscaras de proteção respiratória segue a mesma tendência. Em Portugal ainda não existe nenhum caso confirmado (apesar de estarem vários casos suspeitos em avaliação), mas a corrida às máscaras também já é uma realidade e a procura aumentou exponencialmente nos últimos dois meses. Resultado: há farmácias com stocks completamente esgotados.

Em 2019, foram vendidas só no mês de janeiro cerca de 25 mil máscaras de proteção. Um ano depois, em janeiro de 2020, foram vendidas mais de 92 mil máscaras, ou seja, quase quatro vezes mais. “No período analisado a venda de máscaras cresceu 258%”, explica Maria Jorge Costa, do departamento marketing da Associação Nacional das Farmácias (ANF). Estes dados são referentes a 2900 farmácias e “há efetivamente uma procura maior de máscaras nas farmácias desde janeiro deste ano“, afirma.

Na farmácia da Quinta Grande, em Alfragide, na região da Grande Lisboa, as máscaras descartáveis estão esgotadas já desde meados de fevereiro, mas uma procura muito acima do normal na quarta-feira a seguir ao Carnaval obrigou mesmo a colocar cartazes à entrada e nos postos de atendimento com a mensagem “De momento, as máscaras descartáveis estão esgotadas”, tal foi a afluência de cliente em busca das tão desejadas máscaras.

Na farmácia da Quinta Grande, em Alfragide, as máscaras descartáveis estão esgotadas já desde meados de fevereiro,ECO

A 3M, marca que fabrica e distribui dispositivos de proteção respiratória a nível nacional e internacional em mais de 90 países, também confirma a corrida às máscaras e refere que a “procura aumentou exponencialmente”.

Stocks estão a ficar cada vez mais reduzidos

Perante o consumo atípico, os stocks estão a ficar muito reduzidos, ou até nulos. “Já vendemos 180 mil máscaras e só não vendemos mais porque não há máscaras para serem vendidas”, explica ao ECO o proprietário da 100% safe, Carlos Gomes. Em 2019 a empresa vendeu 50 mil máscaras no total dos 12 meses do ano. Este ano, em apenas dois meses, já triplicou esse número.

Na Sintimex a realidade é a mesma. Estão a tentar reforçar o stock, mas os fornecedores da empresa estão com dificuldades na capacidade de reposição e no cumprimento de datas. “Possuímos stocks reduzidos, pois a procura é muito elevada e os stocks que reservámos para os clientes habituais e com histórico na empresa também estão a ficar muito baixos, pois mesmo estes clientes estão a aumentar as suas compras, talvez para precaver futuras ruturas”, explica o diretor técnico Carlos Martins.

A dificuldade em obter máscaras é cada vez mais evidente a as farmácias já começam a sentir o frenesim. Mesmo recorrendo a importadores diretos, “já é quase impossível repor os stocks de máscaras descartáveis”, contam os farmacêuticos da Quinta Grande, em Alfragide.

“Há efetivamente uma procura maior de máscaras nas farmácias desde janeiro.

Maria Jorge Costa

Departamento marketing da Associação Nacional das Farmácias

“As vendas estão a aumentar de dia para dia e há uma grande procura, cada vez maior (…) até porque existem pessoas que estão a entrar em desespero porque querem comprar máscaras a todo o custo para ganhar dinheiro“, afirma o proprietário da 100% safe, Carlos Gomes.

Para se precaver, a 3M já reforçou os seus stocks. “Desde o momento em que surgiu o surto do coronavírus, reforçámos a nossa produção em todas as fábricas, aumentámos a produção e estamos a contar dar resposta a todos os pedidos”, explica ao ECO, Patrícia Correia, diretora de marketing da 3M para Portugal, Espanha, França e Norte de África.

A farmácia da Quinta Grande adotou a mesma medida e reforçou os seus stocks no início de fevereiro, com a compra de um novo lote de 400 máscaras, que acabaram por esgotar no espaço de 15 dias, mesmo com uma restrição de venda de cinco unidades por pessoa. Isto porque alguns clientes chegaram a tentar comprar 50 máscaras de cada vez, sobretudo por motivos de viagens ao estrangeiro, em breve.

Perante a problemática o ECO entrou em contacto com a Associação de Distribuidores Farmacêuticos (Adifa) que avançou que “estão a sentir dificuldades de abastecimento e que estão a fazer todos os esforços para ter os stocks suficientes para abastecer as farmácias portuguesas”, refere fonte oficial da Adifa.

O Coronavírus já chegou a mais de 40 países e já matou mais de 2.800 pessoas e mais 82 mil pessoas infetadas. Há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Taiwan, EUA, entre outros. Perante o cenário a população está inquieta e mesmo não existindo nenhum caso confirmado em território português já existe um sentimento de preocupação.

“As pessoas estão muito preocupadas, até porque há uns dias não estava tão perto de Portugal e agora já está em Itália”, alerta fonte oficial da ANF. “Mais um dia e esgota também o gel desinfetante“, antecipam os farmacêuticos da Quinta Grande, em Alfragide, que por estes dias não têm mãos a medir. Este produto está também já esgotado em muitos supermercados da capital.

Segundo dados da Associação Nacional das Farmácias, em janeiro do ano passado foram vendidas cerca de 68 mil embalagens de desinfetantes, número que cresceu para cerca de 84 mil embalagens em janeiro de 2020. Um crescimento de 23% em relação ao período homólogo.

“As farmácias continuam a trabalhar com os seus fornecedores de forma a dar resposta ao crescimento da procura por este tipo de produtos”, refere fonte oficial da ANF.

Perante a procura, preços disparam

As máscaras cirúrgicas começam a esgotar e o preço, em alguns dos casos, já está muito inflacionado. Na farmácia da Quinta Grande, em Alfragide, tamanha procura também fez disparar os preços, com as máscaras a serem vendidas por quatro vezes mais, num curto espaço de tempo.

Por norma, as máscaras cirúrgicas simples (que oferecem uma proteção mais limitada contra a propagação do coronavírus) são compradas e vendidas por esta farmácia a um valor que ronda os 10 a 12 cêntimos. Um valor que rapidamente escalou para 15 cêntimos a unidades e, nestes últimos dias, chegou mesmo aos 40 cêntimos por máscara, ou seja, quatro vezes mais do que o normal. Já as máscaras mais fortes (tipo “bico de pato”) e que garantem uma maior proteção face ao vírus custam cerca de 1,20 euros por unidade.

A mesma situação acontece na empresa 100% safe. O proprietário, Carlos Gomes, refere que neste momento “o preço das máscaras está mais caro cerca de 30 a 40%”.

Se a situação atual se mantiver durante muito tempo, é natural que as matérias-primas possam subir de valor e os fabricantes podem vir aumentar os valores de custo.

Carlos Martins

Diretor técnico da Sintimex

Contrariamente à farmácia da Quinta Grande e a 100% safe, a empresa 3M não aumentou o preço das máscaras. “A 3M não fez qualquer tipo de alteração relativamente ao preço de qualquer produto relacionado com o Coronavírus”, refere Patrícia Correia, diretora de marketing da 3M.

A Sintimex é outro dos exemplos que ainda não inflacionou o preço das máscaras, mas alerta que se a situação se mantiver por muito mais tempo é possível que esse aumento aconteça.

“Não estamos aumentar valores, exceto se as nossas representadas o tiverem feito, mas no geral, é algo que não tem ocorrido. Não prevemos aumento de custo nos artigos, mas se a situação atual se mantiver durante muito tempo, é natural que as matérias-primas possam subir de valor e os fabricantes podem vir aumentar os valores de custo”, alerta Carlos Martins, diretor técnico da Sintimex.

Portugal está dependente de fornecedores

As máscaras vendidas por cá não são made in Portugal, garantem os farmacêuticos da Quinta Grande, e por isso as farmácias nacionais estão totalmente dependentes dos seus fornecedores diretos, que acabam também por guardar grande parte dos stocks para abastecer hospitais e outras grandes unidades de saúde.

A 100% safe, empresa de Corroios, que distribui máscaras de proteção principalmente para o mercado nacional, confirma a informação e explica ao ECO que em Portugal não existem fábricas de produção, mas sim distribuidores, o que faz com que a dependência seja enorme. “Pelo que sei as fábricas de produção de máscaras na Europa estão a trabalhar 24 horas por dia para dar resposta”, refere o proprietário da 100% safe, Carlos Gomes.

A realidade é que muitos dos fabricantes de máscaras encontram-se precisamente na China o que complica ainda todo o processo. “Muitas marcas/fabricantes possuem as suas unidades de fabrico em território chinês, depois de retirarem os níveis de produção da Europa, ao longo dos anos, por questões de custo/produção/qualidade, o que torna a situação mais complexa, pois não sabemos na realidade se os artigos com maior procura no mercado (mascaras, fatos, óculos, batas, luvas, etc), estão retidos por “ordem superior” ou mesmo se as unidades de fabrico estão a laborar a 100%, explica ao ECO, o diretor técnico da Sintimex.

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Norges Bank reduz investimento em Portugal. Estes são as apostas do maior fundo soberano do mundo

Fundo soberano da Noruega tinha, no final do ano passado, menos participações em ações e obrigações em Portugal. Valorização dos ativos que manteve fizeram com que o montante total alterasse pouco.

O Norges Bank reduziu o número de investimentos que tem em Portugal, tanto na dívida como nas ações. Mas num ano de valorizações generalizadas, o valor dos ativos que detém no país manteve-se próximo de 1,4 mil milhões de dólares (equivalente a 1,28 mil milhões de euros), no final de 2019. O montante divide-se por 20 investimentos em ações portuguesas e seis em obrigações.

Nas ações, o fundo soberano da Noruega abandonou uma posição: na Teixeira Duarte (onde, no final de 2018, detinha 177,9 mil euros), mantendo-se como acionista em 20 outras empresas, incluindo 17 das 18 do PSI-20. A única que fica de fora é a F. Ramada, revela o relatório anual divulgado esta quinta-feira.

Por outro lado, a cotada preferida do fundo é a EDP, na qual detém 461,27 milhões de dólares em ações (2,91% do total do capital da elétrica). Na energia, o Norges Bank detém ainda participações na EDP Renováveis (27,8 milhões de dólares) e na REN (28,7 milhões de dólares). Nos três casos, as posições foram reforçadas. O mesmo não aconteceu com a Galp Energia. Num ano em que o fundo do petróleo começou a desinvestir no setor, reduziu a participação na petrolífera portuguesa para 86,9 milhões (de 152 milhões de dólares). De 1,33%, passou a ter apenas 0,63%.

Entre os restantes “pesos pesados” do índice português, o Norges Bank desinvestiu também no BCP, tendo passado a deter apenas 1,25% do capital do banco (42,9 milhões, contra os 61,2 milhões no ano anterior), na Nos (em que passou a deter 2,74% ou seja 76,1 milhões) ou na Mota-Engil (para 11,5 milhões ou 2,31% do capital).

Além de quase todas as cotadas do PSI-20, há ainda empresas que negoceiam no PSI Geral que estão no radar do Norges Bank. É o caso da Sonaecom — da qual o Norges Bank detém 4,9 milhões (0,71%) — e da Impresa — em que tem 396,5 mil (1%). Também a Sonae Indústria estava, no final do ano passado, nas escolhas do fundo, que detinha uma posição avaliada em 223 mil dólares ou 0,5% do capital.

Histórico de posições do Norges Bank em ações portuguesas

Fonte: Relatório anual do Norges Bank

Fundo tem menos dívida soberana, mas entrou nos Açores

Apesar de o maior fundo soberano do mundo ter reduzido a posição acionista em Portugal, o valor total dos investimentos em ações manteve-se praticamente inalterado graças às fortes valorizações das participações que manteve. Aliás, foi o boom nas ações globais que impulsionou os retornos do fundo no ano passado. O Norges Bank ganhou 180 mil milhões de dólares (165 mil milhões de euros), o que equivale a um retorno de 20% e representa o segundo melhor desempenho na sua história.

A nível global, o investimento no mercado acionista observou um retorno de 26%, ficando acima dos outros ativos. É o caso do imobiliário (que o fundo não tem em Portugal), que rendeu 7%. Já as obrigações deram a ganhar 8%, num ano que ficou marcado pela enchente de dívida cujo preço disparou em linha com as yields negativas.

No mercado obrigacionista, o Norges Bank também reduziu em Portugal. Detinha, no final de 2019, seis investimentos em obrigações emitidas por entidades portuguesas, que totalizavam os 335,8 milhões. A maior parte do “bolo” diz respeito a dívida pública, que passou para 222,51 milhões, quase menos 100 milhões que no ano anterior. Apesar de ter reduzido nas obrigações emitidas pelo Estado, o fundo entrou na colocação de dívida feita pelos Açores (com garantias de Estado) com 22,8 milhões.

Entre outros investimentos em obrigações, o fundo era ainda detentor de dívida dos bancos Caixa Geral de Depósitos (17,4 milhões), da Caixa Económica Montepio Geral (50,9 milhões) e do BPI (12,5 milhões). No segmento de dívida de instituições financeiras, o fundo saiu assim do Santander Totta. Já no que diz respeito a empresas públicas, também houve reduções: o Norges Bank deixou de ser obrigacionista da CP – Comboios de Portugal e da IP – Infraestruturas de Portugal, mantendo-se apenas na Parpública, onde detém 9,7 milhões em obrigações.

Histórico de participações do Norges Bank em obrigações portuguesas

Fonte: Relatório anual do Norges Bank

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Um banco que acumula prejuízos de 6.500 milhões é viável?

Desde agosto de 2014, os prejuízos do Novo Banco superam os 6.500 milhões de euros. Ainda assim, o banco liderado por António Ramalho vai mostrar que continua a ser viável. Como assim?

CEO do Novo Banco, António Ramalho.Nuno Fox

Um banco que acumula prejuízos de mais de 6.500 milhões de euros em cinco anos de vida tem futuro? Pode parecer surpreendente, mas o Novo Banco fará esta sexta-feira nova prova de vida quando António Ramalho apresentar os resultados de 2019.

As contas continuaram no vermelho, refletindo o pesado legado do BES. É um mau desempenho vai obrigar a instituição a pedir mais 1.036 milhões de euros ao Fundo de Resolução, com recurso (novamente) aos contribuintes, chamados a emprestar 850 milhões. Ainda assim, do ponto de vista do negócio bancário, 2019 trouxe sinais mais positivos do que a dimensão dos prejuízos poderá eventualmente sugerir.

Foi nessa perspetiva que o presidente do Novo Banco se dirigiu aos deputados numa carta à comissão de Orçamento e Finanças. “2019 foi um marco importante na reestruturação do Novo Banco encetada em 2017”, referiu António Ramalho. Isto porque foi o fim de um “período em que o Novo Banco tinha de cumprir um conjunto alargado de compromissos que constam do acordo assinado entre o Estado português e a União Europeia, por altura da sua operação de venda”, explicou. António Ramalho está disponível para ir à Assembleia da República analisar as contas.

Parte desses compromissos assumidos com a DG-Comp (33 ao todo) dizem respeito à viabilidade do banco. Quando foi vendido ao Lone Star, em outubro de 2017, a autoridade da concorrência europeia impôs várias metas para assegurar que o Novo Banco, apesar de todos os problemas com o legado, era capaz de sobreviver no mercado, em competição com os outros bancos no crédito, nos depósitos, na margem financeira, nas comissões, nos custos…

Novo Banco soma prejuízos de 6.500 milhões desde 2014

Fonte: Novo Banco

Os números que António Ramalho apresentará esta sexta-feira vão mostrar que o Novo Banco passou nesse teste europeu, em duas dimensões principais:

  • No resultado comercial antes de custos com imparidades (pre provision income), que estava nos 90 milhões de euros em 2017, e atingiu um valor a rondar os 400 milhões em 2019, dentro do exigido pelas autoridades europeias;
  • Nos custos em função das receitas (cost-to-income), que estavam em 85% em 2017, e foram reduzidos para perto de 55% em 2019, também dentro do que foi definido por Bruxelas.

Ambas as metas foram cumpridas. Em caso de incumprimento, ao Novo Banco seriam aplicadas penalizações automáticas que implicariam mais fechos de balcões e mais saídas de trabalhadores.

O esforço não ficará por aqui, dado que a reestruturação do banco tem de prosseguir e as metas para 2020 e 2021 serão mais exigentes. Por exemplo, o rácio do cost-to-income terá de baixar para um patamar entre 40% e 50% nos próximos anos. E as receitas terão de subir para montantes entre 500 milhões e 850 milhões. Apenas se conhecem estes intervalos, embora Ramalho saiba quais as metas exatas a atingir.

Tudo isto acontece em simultâneo com a redução do legado do BES. É a parte má dentro do “banco bom” e cujos ativos problemáticos têm corroído a instituição por dentro. O banco reduziu o fardo de 14,5 mil milhões em 2017 para 4,5 mil milhões no final do ano passado (-70%), uma redução que teve a ver sobretudo com vendas de carteiras de malparado e imobiliário, de negócios internacionais e da seguradora. Como as vendas foram feitas abaixo do valor a que os ativos estavam registados nas contas do banco, o banco registou perdas de milhares de milhões de euros.

Fundo de Resolução injeta 3.000 milhões

Fonte: Novo Banco

É esta “limpeza” que explica os maus resultados do Novo Banco desde a sua criação, em agosto de 2014, quando foi aplicada uma medida resolução ao BES. De lá para cá (até setembro de 2019), os prejuízos ascendem a 6.541 milhões de euros. As chamadas de capital ao Fundo de Resolução vão já nos 2.978 milhões, o equivalente a mais de 75% da “garantia pública que o Novo Banco tem aproveitado para “limpar” o balanço.

Atualmente, o “legado” representa 10% dos ativos do banco. Mas representava 22% em 2018. Progressivamente, o banco mau está a desaparecer. Depois de finalizado este processo, seguir-se-á a venda da instituição.

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Segundo tripulante português hospitalizado no Japão com suspeitas de infeção de Covid-19

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2020

“Dois dos tripulantes portugueses do Diamond Princess tiveram de ser hospitalizados, no Japão, por indícios relacionados com o novo coronavírus", confirmou Augusto Santos Silva.

Um segundo cidadão português está hospitalizado no Japão “por indícios relacionados” com o Covid-19, também tripulante do navio de cruzeiros Diamond Princess, confirmou à agência Lusa o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

“Dois dos tripulantes portugueses do Diamond Princess tiveram de ser hospitalizados, no Japão, por indícios relacionados com o novo coronavírus. Ambos dispõem dos cuidados médicos necessários e são apoiados pela embaixada portuguesa em Tóquio”, disse numa resposta escrita à Lusa fonte oficial do MNE.

Dois dos tripulantes portugueses do Diamond Princess tiveram de ser hospitalizados, no Japão, por indícios relacionados com o novo coronavírus.

Augusto Santos Silva

Ministro dos Negócios Estrangeiros

O Ministério dos Negócios Estrangeiros confirmou que um dos portugueses é Adriano Maranhão e o segundo infetado “não quer ser identificado” e pediu que a “sua situação seja mantida privada”.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, afirmou que havia um segundo caso nas mesmas circunstâncias que as do português infetado pelo novo coronavírus.

“Há um reduzido número de portugueses que, por sua vontade, permaneceram e permanecem na cidade chinesa de Wuhan e a informação que tenho é que todos se encontram bem. Há um cidadão português internado num hospital no Japão que é tripulante de um navio de cruzeiro e que está a receber tratamento”, explicou Augusto Santos Silva.

Segundo o chefe da diplomacia portuguesa, “há outro cidadão português nas mesmas circunstâncias, três tripulantes portugueses que ainda estão a bordo desse navio de cruzeiro e todos eles têm sido submetidos a testes que têm dado sempre resultados negativos”.

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Farfetch mais do que duplica prejuízos em 2019

As receitas cresceram 69%, mas a Farfetch continua sem conseguir lucros. Em 2019, os prejuízos da empresa mais do duplicaram face ao ano anterior.

No último ano, as receitas da Farfetch subiram 69% e ultrapassaram os mil milhões de dólares, mas tal não se traduziu nos resultados líquidos. A empresa fundada pelo português José Neves agravou os prejuízos para quase 373,7 milhões de dólares (343,52 milhões de euros), mais que duplicando as perdas face a 2018.

De acordo com o comunicado enviado esta quinta-feira, os prejuízos ascenderam a 373.688.000 dólares, mais 218.113.000 dólares (200,5 milhões de euros) do que tinha sido verificado no período homólogo.

Do lado das receitas, o crescimento foi de 69% — de 602.308.000 dólares (553,67 milhões de euros), em 2018, para 1.021.037.000 dólares (938,6 milhões de euros) no ano seguinte — embora tal não tenha sido suficiente para garantir lucros à empresa.

Para o CEO da Farfetch, o ano de 2019 foi, ainda assim, “marcante”, uma vez que a plataforma cresceu quase o dobro da indústria da moda e que a empresa “melhorou significativamente” a margem do EBITDA ajustada, estando agora a caminho do lucro.

Segundo José Neves, a Farfetch “conquistou firmemente o lugar de destino global do luxo, no universo digital”, e segundo o responsável, em 2020, a empresa está pronta para tomar “a fatia de leão” das oportunidades disponíveis no mercado do luxo online.

Em comunicado, o empreendedor português deixa ainda uma nota sobre o surto de coronavírus, assegurando que a epidemia não teve até agora um impacto significativo nas operações. O CEO explica que o seu modelo de negócio — baseado numa larga rede de fornecedores e distribuidores — torna a empresa “particularmente resiliente” à situação. Ainda assim, diz que continuará a monitorizar os seus efeitos.

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Marcelo diz que é prematuro comentar eventual alteração à lei para viabilizar aeroporto do Montijo

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2020

"Aquilo que penso que ninguém discute é a urgência do aeroporto de Lisboa", sublinha Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse, esta quinta-feira, que “é prematuro” comentar uma eventual alteração à lei que permite a qualquer uma das autarquias afetadas pela construção do aeroporto do Montijo vetar o avanço do projeto.

“Aquilo que penso que ninguém discute é a urgência do aeroporto de Lisboa. Ninguém discute, pelo menos não vi ninguém discutir, que há um problema que é preciso resolver”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhando que “é prematuro, neste momento, estar a comentar” qualquer iniciativa legislativa que permita ao Governo não depender da aprovação dos municípios afetados pela construção do aeroporto do Montijo para avançar com a infraestrutura.

O chefe de Estado falava aos jornalistas à margem da sessão de encerramento do ciclo de conferências “Nato aos 70: Passado e Futuro”, em Lisboa.

O presidente da Câmara Municipal da Moita (CDU), Rui Garcia, já se mostrou contra a construção do aeroporto do Montijo, o que pode condicionar a construção da infraestrutura, uma vez que a lei prevê que a obra só possa avançar se receber parecer favorável de todos os municípios afetados pela mesma.

Na sequência desta posição, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, admitiu rever a lei para que as autarquias não travem a construção do aeroporto complementar de Lisboa, mas o PSD e também os partidos à esquerda são contra esta hipótese.

Questionado sobre se considera que faz sentido alterar a lei por causa de um caso em concreto, o Presidente da República reiterou que não se queria pronunciar “sem saber se há iniciativa legislativa, se é possível haver, de que natureza e qual a reação do parlamento”. Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou ainda que é necessário “esperar para ver qual é a posição dos vários protagonistas perante a resolução do problema”.

O presidente do PSD, Rui Rio, defendeu, esta quinta-feira, que é ao Governo, liderado por António Costa (PS), que cabe negociar com os municípios que se opõem ao futuro aeroporto do Montijo e que aos sociais-democratas “não compete fazer rigorosamente nada”.

As declarações do líder social-democrata surgem depois de o primeiro-ministro ter reiterado, também hoje, que não há “plano B” ao aeroporto no Montijo, avisando que “recomeçar do zero” terá “custos muito grandes para a economia do país” e afirmou-se “perplexo” com a posição do PSD.

Em 08 de janeiro de 2019, a ANA – Aeroportos de Portugal e o Estado assinaram o acordo para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, com um investimento de 1,15 mil milhões de euros até 2028, para aumentar o atual aeroporto de Lisboa e transformar a base aérea do Montijo, na margem sul do Tejo, num novo aeroporto.

No final de janeiro deste ano, a Agência Portuguesa do Ambiente anunciou que o projeto do novo aeroporto no Montijo, na margem sul do Tejo, recebeu uma decisão favorável condicionada em sede de Declaração de Impacte Ambiental, mantendo cerca de 160 medidas de minimização e compensação a que a ANA “terá de dar cumprimento”, as quais ascendem a cerca de 48 milhões de euros.

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Coronavírus assusta investidores. Dow Jones dá maior queda de sempre

Mercados norte-americanos continuam a ser castigados pela epidemia de coronavírus. Esta quinta-feira cairam tendo caído mais de 4%, a pior queda percentual em 2 anos. Foi a sexta sessão no vermelho.

O surto de coronavírus continua a preocupar os investidores, que temem os impactos dessa epidemia na economia mundial. Pela sexta sessão consecutiva, os mercados norte-americanos encerraram as negociações no vermelho. O índice Dow Jones registou mesmo a maior queda (em pontos) de sempre.

Na sessão desta quinta-feira, o S&P 500 caiu 4,42% para 2.978,76 pontos, a maior queda percentual em dois anos. O tecnológico Nasdaq tombou 4,35% para 8.590,16 pontos. O Dow Jones deslizou 4,26% para 25.809,73 pontos, marcando a maior queda (em pontos) da história. Segundo a Reuters, estes desempenhos revelam que os mercados estão a caminho da pior semana desde 2008.

Num momento em que o número de pessoas infetadas na China já foi ultrapassado pelo número de casos registados nos demais países, o coronavírus continua a preocupar os investidores, que temem os efeitos desta epidemia nos resultados das empresas e na economia em geral.

Nos Estados Unidos, o Centro do Controlo e Prevenção de Doenças confirmou, na quarta-feira, que há uma pessoa infetada, na Califórnia, sem que se saiba a causa do contágio (o paciente não esteve, por exemplo, recentemente na China).

Na penúltima sessão da semana, destaque ainda para os títulos da Microsoft, que viu as suas ações terminarem a sessão em terreno negativo: caíram 7,05% para 158,18 dólares. Este desempenho foi explicado também pelo coronavírus e pelo seu impacto na cadeia de produção desta gigante norte-americana.

A contribuir para o pessimismo atual dos investidores estão, de resto, as posições assumidas recentemente pelo Goldman Sachs — que estima que as empresas norte-americanas não verão os seus resultados crescer de todo em 2020 — e pelo Bank of America — que reviu a previsão de crescimento mundial para o nível mais baixo desde o pico da crise financeira.

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Ollie Olanipekun. O diretor criativo que tem de conhecer

O fundador da agência criativa inglesa Superimpose em entrevista exclusiva ao #Ecoolhunter.

“No More Gods” e a nova Era da Publicidade. Foi o tema que trouxe a Lisboa um dos nomes grandes da criatividade inglesa atual Ollie Olanipekun, para uma Talk que decorreu no Second Home, inserida no programa de eventos que desenvolvem em parceria com a British Embassy Lisbon.

Com uma agência focada no consumidor e na importância das raízes culturais, explica porque os tradicionais modelos de publicidade devem ser postos em causa. Uma abordagem que trabalham com marcas como Burberry, Adidas e com o British Fashion Council, com histórias provocadoras, média inovadora e uma estética visual original. É assim que se posiciona a Superimpose.

Veja a entrevista:

http://videos.sapo.pt/gflqKNb8tZzcbIETZ5oD

 

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Grupo dono do Minipreço agrava prejuízos em 2019 para 790,5 milhões de euros

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2020

As vendas líquidas do grupo espanhol desceram 9,3% para 6.870 milhões de euros, sendo que em Portugal este indicador caiu 7,9%, para 593,9 milhões de euros, informou o grupo

O grupo espanhol Dia, que detém o Minipreço em Portugal, agravou os prejuízos em 2019 para 790,5 milhões de euros, indicou esta quinta-feira em comunicado.

As vendas líquidas do grupo desceram 9,3% para 6.870 milhões de euros, de acordo com a mesma nota, que detalhou que em Portugal este indicador caiu 7,9%, para 593,9 milhões de euros, tendo o número de lojas diminuído, no mesmo período, em 29, para um total de 576.

Em Espanha, as receitas reduziram-se em 8,2%, para 4.177 milhões de euros, tendo o grupo menos 458 unidades.

A empresa conta ainda com unidades no Brasil e Argentina, que também se reduziram em 2019.

Globalmente, a Dia, registou a redução de 861 lojas, totalizando no final do ano as 6.626, de acordo com a mesma nota.

O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) do grupo caiu 68,6%, para 65,6 milhões de euros.

“Durante o ano de 2019, a companhia enfrentou um contexto empresarial, financeiro e corporativo altamente complicado e volátil que, apesar de ter melhorado significativamente a meados do ano, teve um impacto negativo e considerável sobre o negócio que afetou todas as operações”, referiu o grupo, no comunicado.

O presidente executivo da empresa, Karl-Heinz Holland, citado na mesma nota, sublinhou que “reconhecer a situação da companhia é o primeiro passo para mudá-la”.

“Começámos 2020 já com os frutos do trabalho realizado e o impacto foi determinante e significativo”, acrescentou.

“Estamos totalmente comprometidos na transformação dos nossos pilares para criar a melhor experiência para o cliente. Os nossos esforços abarcaram não só a melhoria e otimização em todas as áreas críticas, mas também outros pontos importantes, como alargar as melhores práticas a todo o grupo e implementar controlos financeiros integrais”, destacou o mesmo responsável.

Por sua vez, o presidente do grupo para Portugal, Miguel Guinea, reconheceu, citado no comunicado, que “2019 foi um ano de grandes e inúmeros desafios” para o país.

“Durante o primeiro semestre, a situação global da companhia afetou-nos significativamente e, ainda que tenhamos corrigido essa tendência, as nossas vendas caíram 4,6% [‘like for like’, ou seja, vendas em lojas que operaram sob as mesmas condições no período em análise]”, detalhou.

“A partir do segundo semestre definimos bases muito importantes para o futuro de Portugal”, acrescentou, referindo que “o compromisso de todos, franqueados, colaboradores e fornecedores foi e será a chave para assegurar e avançar com este processo de mudança e transformação da companhia”.

Em novembro, o grupo Dia “concluiu com sucesso” um aumento de capital de 605 milhões de euros.

O grupo tem levado a cabo uma estratégia de reestruturação, depois dificuldades que começaram em meados de outubro de 2018, quando reduziu as previsões de crescimento para esse ano e fez “ajustes” nas suas contas de 2017, devido à deteção de “irregularidades” não corrigidas, que foram muito penalizadas pelo mercado e resultaram na queda da sua cotação em bolsa.

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Ministério das Finanças manteve cativos 421,4 milhões de euros em 2019

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2020

O Ministério tutelado por Mário Centeno manteve cativos 421,4 milhões de euros no final do ano passado, um valor correspondente a cerca de 40% das cativações iniciais, segundo aponta a DGO.

O Ministério das Finanças deixou cativos 421,4 milhões de euros no final do ano passado, um valor correspondente a cerca de 40% das cativações iniciais, segundo a Síntese de Execução Orçamental divulgada esta quinta-feira pela DGO.

“Em dezembro os cativos cifraram-se em 421,4 milhões de euros”, adianta a Direção-Geral do Orçamento (DGO), acrescentando que “nesse mês estavam ainda inscritos 119 milhões de euros na ‘reserva orçamental’ distribuída pelos Programas Orçamentais”.

De acordo com a síntese da DGO, os cativos iniciais no ano passado foram fixados em 1.053 milhões de euros.

Do montante de 421,4 milhões de euros de cativos registados em dezembro, “cerca de três quartos incidem essencialmente sobre despesas financiadas por receitas próprias, as quais dependem da respetiva arrecadação para se poderem concretizar, o que altera a natureza destes cativos”, lê-se ainda no documento.

“Em 2019, a receita própria arrecadada ficou aquém do inscrito no orçamento dos serviços em cerca de 968 milhões de euros”, acrescenta o organismo tutelado pelo ministério de Mário Centeno.

Já os cativos remanescentes respeitam a receitas de impostos no valor de 113,1 milhões de euros, representando 0,1% do orçamento da Administração Central e Segurança Social.

As cativações são um instrumento de gestão orçamental utilizado em todos os exercícios orçamentais que visam “assegurar dotações orçamentais adequadas para satisfazer as despesas necessárias das entidades ao longo do ano e simultaneamente o cumprimento dos limites máximos de despesa autorizados anualmente pela Assembleia da República”.

“A aplicação de cativos procura essencialmente controlar a dinâmica de crescimento da despesa, e não a sua redução, o que é visível no crescimento de 2,3% da despesa das Administrações Públicas”, refere a DGO.

Tal como nos anos anteriores, estão isentas de cativações diversas dotações de despesa, bem como os orçamentos do Serviço Nacional de Saúde, escolas e instituições de Ensino Superior.

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Santander Mapfre Seguros lança primeiro produto

  • ECO Seguros
  • 27 Fevereiro 2020

Resultando de aliança acordada há cerca de um ano entre banco e seguradora, a 'joint-venture' para distribuir seguros coloca em Espanha o seu primeiro produto.

A Santander Mapfre Seguros aposta no potencial de distribuição do banco e tem a direção-geral entregue a Olga Sánchez-Caballero, até agora diretora comercial da Mapfre para a área de empresas e que acompanhou o projeto conjunto desde o princípio, no início de 2019.

O novo produto – que marca também o arranque operacional da Santander Mapfre Seguros e Resseguros (empresa conjunta dotada de 82 milhões de euros e detida em 50,01% pela Mapfre e 40,99% pelo Santander) – reúne numa única plataforma soluções que antes eram diferenciadas (sobretudo em cobertura de danos e responsabilidade civil para empresas e ramo automóvel).

Os produtos da sociedade mista passam a enquadrar a oferta global de seguros que o banco Santander disponibiliza em Espanha junto de empresas, profissionais por conta própria, pequeno comércio e setor agropecuário.

Segundo anunciado, o novo multirrisco integral é personalizável em função da atividade de cada cliente, quer se enquadre no setor da hotelaria e restauração, ensino ou setor automóvel.

A gestão da apólice pode fazer-se através de uma aplicação móvel disponibilizada pelo próprio banco.

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Ageas quer vendas proativas e crescer acima do mercado

  • ECO Seguros
  • 27 Fevereiro 2020

Para uma plateia de 800 mediadores, executivos da seguradora e do grupo apontaram elevados objetivos de vendas para este ano, procurando sempre rentabilidade nos negócios.

O grupo Ageas reuniu mais de oitocentos mediadores no pavilhão dos desportos em Lisboa no Summit’20, premiando e motivando as redes de distribuição exclusiva e multimarca e explicando os objetivos para este ano.

Steven Braekeveldt, CEO do Grupo Ageas Portugal, fez o balanço sobre o percurso da Ageas Seguros nos últimos três anos afirmando que “ao início era uma marca desconhecida e gerou dúvidas, hoje em dia é uma certeza“. O CEO referiu ainda a “excelente rentabilidade alcançada” e “os 1,4 mil milhões de euros” que as marcas do Grupo Ageas Portugal (Ageas Seguros, Ageas Pensões, Médis, Ocidental e Seguro Directo) “devolveram à sociedade por via de indemnizações pagas aos clientes”.

Parte do “estado maior” da Ageas esteve na Summit’20: Eduardo Consiglieri Pedroso (CEO da Médis); Nelson Machado (CEO da Ocidental); José Gomes (CEO da Ageas Seguros) e Steven Braekeveldt (CEO Grupo Ageas Portugal).

A abertura do evento ficou a cargo de José Galamba de Oliveira, Presidente da Associação Portuguesa de Seguradores, que focou a sua intervenção na atividade do mercado em 2019, referindo “uma quebra da produção nova no ramo Vida, muito devido à queda da venda de PPR no segundo semestre”. Acrescentou ainda que “em termos de mercado, o último ano foi interessante, mas com uma realidade distinta nos ramos Vida e Não Vida” tendo o mercado total atingido 12,2 milhões de euros em produção de seguros diretos” com “o grosso do investimento em Portugal a ser feito em obrigações e dívida pública”. Como desafios e perspetivas para 2020, o presidente falou “nas alterações climáticas, na necessidade de educação financeira, no aproveitamento das novas tecnologias para otimização de processos e na implementação do IFRS 17”.

Para o CEO da Ageas Seguros, José Gomes, “2019 foi um ano desafiante, mas a Ageas Seguros cresceu acima da taxa do mercado”, e sublinhou “o papel que os mediadores têm de ter na construção do futuro, mas também o esforço que se tem vindo a fazer nestes últimos três anos de passar de uma venda reativa para uma venda proativa”.

Segundo José Gomes é nesse sentido que a Ageas Seguros, que conta com redes de mediadores exclusivos e redes multimarca, tem investido, ao nível da formação e certificação dos mediadores como igualmente em “ferramentas de capacitação e outras que permitem passar do trabalho mais administrativo para aquilo que é uma atitude proativa e de verdadeiro acompanhamento do dia a dia dos nossos clientes”.

A Ageas Seguros aproveitou o evento e premiou os 20 melhores agentes gerais exclusivos, os 20 melhores mediadores multimarca e os 30 melhores consultores private. Este ano o prémio foi uma viagem à Islândia, em 2021, será à Costa Rica.

Para Gustavo Barreto, Diretor Geral de Marketing da Ageas Seguros, “os objetivos para 2020 são claros: Crescer acima do mercado, consolidar o crescimento com rentabilidade e trabalhar com os melhores profissionais do mercado”. Gustavo Barreto lembra existirem “muitos Mediadores a quererem trabalhar” com a Ageas Seguros, “mas torna-se necessária uma análise muito profissional e muito rigorosa neste campo para garantir a indispensável qualidade na oferta de serviços”.

A Ageas Seguros anunciou ainda o regresso do Fórum PME Global. Um segundo ciclo de conferências vai percorrer, oito cidades distintas em outros tantos pontos do país. Viana do Castelo recebe a primeira no próximo dia 12 de março, a 26 de maio é a vez de Chaves, a 22 de outubro Setúbal e no dia 24 de novembro fecha a presença em 2020, em Castelo Branco. Em 2021, este ciclo de eventos, passará por Albufeira, Aveiro, Covilhã e Santarém.

Por último, Alexandra Catalão, Diretora de Marketing da Ageas Seguros, explicou que Ageas Seguros “não é uma marca cinzenta, sendo bastante arrojada a forma como a comunicamos e as pessoas que trazemos para comunicar”. Salientou o investimento “em campanhas online e offline, com iniciativas disruptivas e que o setor segurador não faz”. A diretora concluiu que são formas diferenciadoras as que “a marca Ageas Seguros tem apostado para apoiar a cultura desportiva e a educação, para além do apoio à cultura”.

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