Dow Jones tem a melhor sessão desde 1933

Os principais índices norte-americanos fecharam com fortes ganhos esta terça-feira, animados pela perspetivas de um pacote de estímulos de 2,5 biliões de dólares nos EUA.

Depois de vários dias de perdas sucessivas, as bolsas norte-americanas regressaram aos ganhos, depois de no dia anterior terem fechado com perdas em torno dos 2%, e à boleia da perspetiva de novos estímulos económicos no valor de de 2,5 biliões de dólares.

O índice de referência S&P 500 somou 9,34% para 2.446,38 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq valorizou 7,95% para 7.405.95 pontos. O industrial Dow Jones seguiu pelo mesmo caminho, avançou 11,27% para 20. 687, 32 pontos, a melhor sessão desde março de 1933, de acordo com a CNBC.

Seguindo a tendência que se verificou nas praças europeias, os investidores reagiram positivamente à notícia de que o Senado estará prestes a aprovar estímulos fiscais de 2,5 biliões de dólares numa tentativa de salvar as negociações no Senado após o plano inicial não ter sido aprovado esta segunda-feira.

“O estímulo fiscal é absolutamente necessário porque afeta diretamente o consumidor. Os gastos do consumidor e a confiança do consumidor é o que está impulsionar a economia dos EUA”, aponta Nancy Perez, manager de carteiras da Boston Private Wealth, em Miami, citada pela Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

O Presidente dos Estados Unidos disse temer que a recessão económica faça mais mortes do que a pandemia, anunciando a possibilidade de atenuar as medidas de contenção da propagação do novo coronavírus. “Podemos perder várias pessoas por causa da gripe. Mas corremos o risco de perder mais pessoas ao mergulhar o país numa recessão ou depressão grave”, apontou Donald Trump, referindo-se à possibilidade de a crise provocar “milhares de suicídios”.

A Boeing esteve entre as empresas que mais se destacaram, fechando a sessão a somar 13,33% para 623 dólares. Esta terça-feira o diretor-executivo da fabricante de aronaves disse que prevê que o avião 737 Max, responsável por dois acidente fatais, regresse aos céus ainda este ano.

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Covid-19: Mais de 400.000 casos e mais de 18.000 mortos registados em todo o mundo

  • Lusa
  • 24 Março 2020

Mais de 400.000 casos de infeção com o novo coronavírus foram registados em todo o mundo desde o início da pandemia de covid-19.

Mais de 400.000 casos de infeção com o novo coronavírus foram registados em todo o mundo desde o início da pandemia de covid-19, segundo a contagem da Agência France Presse (AFP) com dados atualizados às 18:00 desta terça-feira.

Pelo menos 401.285 infeções, das quais 18.040 resultaram em mortes, foram registadas em 175 países e territórios, designadamente na China (81.171 casos, 3.277 mortes), o local onde foi declarada a doença, e Itália (61.176 casos), o país com maior número de óbitos (6.820), indicam os dados compilados a partir de fontes oficiais.

Em Portugal, há 33 mortes, mais 10 do que na véspera, e 2.362 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que regista 302 novos casos em relação a segunda-feira (mais 14,7%). Dos infetados, 203 estão internados, 48 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 22 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril. O novo coronavírus, responsável pela pandemia de covid-19, já infetou mais de 400 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 18.000.

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Governo anuncia investimento de quase 200 milhões para gestão sustentável da Floresta

Os instrumentos de apoio ao investimento florestal foram mobilizados através do PDR 2020 e do Fundo Ambiental.

Com a pandemia do Covid-19 a atrasar a limpeza de terrenos por equipas de sapadores florestais, trabalhos que deveriam já ter terminado a 15 de março, o Governo anunciou esta terça-feira o lançamento de cinco novos anúncios, com um investimento de 145 milhões de euros para uma gestão mais sustentável da floresta. A estes anúncios somam-se mais 45 milhões de euros do Fundo Ambiental.

Entretanto, no terreno, e sem indicações do Governo sobre eventual alteração de prazos na limpeza dos terrenos, fonte da GNR disse à agência Lusa que o processo de fiscalização decorre normalmente até ordens em contrário. “Aguardamos que possa haver essa alteração”, afirmou a fonte, referindo-se aos prazos da gestão de combustíveis florestais. No passado dia 15 de março terminou o prazo para os proprietários concluírem os trabalhos de limpeza dos seus terrenos agrícolas ou florestais.

De acordo com o Governo, o objetivo dos anúncios agora lançados, é “tornar mais atrativo o investimento na floresta, em particular em espécies mais adaptadas aos territórios, compensando a perda de rendimento associada à promoção de serviços ambientais e à redução da sua vulnerabilidade, assim como, garantir a sua gestão e manutenção a médio e longo prazo”, disse o Ministério do Ambiente e Ação Climática (MAAC) em comunicado.

Os instrumentos de apoio ao investimento florestal foram mobilizados através do PDR 2020 e do Fundo Ambiental para as seguintes áreas:

  • Florestação de terras não agrícolas, com o objetivo de promover a florestação de áreas com matos, melhorando os ecossistemas com espécies de crescimento lento – 35 milhões de euros;
  • Reflorestação de áreas ardidas, com vista a restabelecer o potencial florestal, através da reflorestação ou reabilitação de povoamentos, em áreas ardidas, entre 2003 e 2019 – 35 milhões de euros;
  • Prevenção da floresta contra agentes bióticos, instalação e manutenção de mosaicos de parcelas de gestão de combustível – 15 milhões de euros;
  • Melhoria da resiliência e do valor ambiental, através da reabilitação dos povoamentos em más condições vegetativas, bem como a adaptação às alterações climáticas e mitigação dos seus efeitos – 10 milhões de euros;
  • Melhoria do valor económico, com vista à recuperação de áreas de eucaliptos em subprodução, através da rearborização com a mesma espécie, ou outra, com a condição de 25% da exploração ser reconvertida através da reflorestação com espécies autóctones, com vista a uma maior resiliência aos incêndios – cinco milhões de euros.

O nível de apoio vai dos 65% aos 90% e varia de acordo com o tipo de operação, a tipologia dos beneficiários e a localização dos investimentos, sendo que “o nível máximo de apoio aplica-se a projetos submetidos por entidades de gestão coletiva, em intervenções com escala territorial relevante e situados em regiões de montanha”.

A submissão de candidaturas decorre entre 24 de março e outubro, em duas fases consecutivas, informa o MAAC no mesmo comunicado.

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Costa garante linha de crédito de 160 milhões de euros para IPSS

  • Lusa
  • 24 Março 2020

Haverá uma linha de crédito específica de 160 milhões de euros dedicada única e exclusivamente às IPSS, anunciou o primeiro-ministro.

O primeiro-ministro anunciou esta terça-feira uma simplificação do ‘lay-off’, que passa a ser automático para empresas que tiveram de fechar portas devido à covid-19, e uma “linha de crédito de 160 milhões de euros” para instituições de solidariedade social.

Durante o debate quinzenal que decorreu esta terça-feira na Assembleia da Republica, em Lisboa, António Costa anunciou “uma terceira simplificação” do ‘lay-off’, que “visa resolver a dificuldade de interpretação do que é que significa a variação relativamente aos 60 dias anteriores por referência ao período homólogo”.

No debate de hoje, o líder parlamentar do CDS salientou que “hoje as IPSS ainda não sabem qual é que vai ser o aumento de comparticipação para 2020”, querendo saber se “o Governo está disponível para fazer refletir o aumento do salário mínimo naquilo que será a comparticipação para o setor social”. Telmo Correia quis saber ainda se o executivo “está e condições de apoiar quem cuida de idosos”, nomeadamente com material de proteção.

“Ontem, na reunião que houve com as IPSS já foram informados que mantemos, não só todas as comparticipações, como a atualização é de 50 milhões de euros relativamente ao ano passado, para além de uma linha de crédito específica de 160 milhões de euros dedicada única e exclusivamente às IPSS”, adiantou António Costa.

Governo anunciou reforço de 50 milhões

O Governo vai reforçar com 50 milhões de euros os acordos de cooperação com o setor social, responsável pelos lares de idosos ou centros de dia, e criar uma linha de financiamento de 160 milhões de euros.

O anúncio foi feito ontem pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, no final de uma reunião por videoconferência com a comissão permanente do setor social, para tentar controlar a disseminação do novo coronavírus, em especial nos lares de idosos, que nos últimos dias registou casos de doentes com a covid-19.

Vai haver um reforço imediato dos acordos de cooperação do setor social para 2020 no valor de 50 milhões de euros para garantir uma capacidade de resposta mais eficaz por parte das instituições”, disse a ministra em declarações aos jornalistas.

Esta é a segunda reunião realizada nas últimas três semanas entre estas entidades para encontrar medidas para controlar a pandemia. Além deste reforço, foi desenhada uma linha de financiamento de 160 milhões de euros, estando já o Governo a comunicar aos bancos para que possa ser distribuída.

O objetivo das duas medidas é garantir liquidez às instituições sociais – das Instituições de Solidariedade Social e das Misericórdias – assim como aos privados.

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Seguros motivaram quase 10 mil queixas em 2019

  • ECO Seguros
  • 24 Março 2020

Ramo não Vida e seguradoras nacionais predominam nos processos. Os sinistros continuaram temática central e indemnizações o motivo principal. O desfecho também se manteve desfavorável aos queixosos.

A entidade de supervisão recebeu 9 989 reclamações em 2019, cerca de mais 10% que no ano anterior, sendo que a maioria das reclamações visou seguradoras e continuou a ser apresentada diretamente à ASF – Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF)através de correio eletrónico, introduz a síntese anual do Relatório de Gestão de Reclamações em 2019, publicado por esta entidade reguladora.

O ano em análise registou aumento muito significativo (cerca de 48%) no número de reclamações recebidas através do Livro de Reclamações, que passou ser disponibilizado em formato eletrónico desde julho de 2019, no sítio da Direção-Geral do Consumidor.

Via de apresentação de reclamações recebidas pelo supervisor

Fonte: ASF Relatório de Gestão de Reclamações 2019

 

No conjunto dos processos concluídos, os ramos Não Vida recolhem a maior percentagem de reclamações (cerca de 89%), com destaque para o seguro automóvel, que corresponde a quase metade dos processos encerrados.

Os queixosos foram sobretudo tomadores de seguro (67% das reclamações concluídas pela ASF), sendo que o terço restante engloba reclamações remetidas por terceiros ou de beneficiários dos segurados.

A matéria objeto das reclamações concluídas incidiu, em maioria, sobre o tema “Sinistro” (cerca de 61%), seguida da temática “Conteúdo / Vigência do Contrato” (cerca de 21%). Dentro de “Sinistro”, os motivos que levaram a apresentar a reclamação estão principalmente relacionados com a “Indemnização” (na maior parte por ter existido recusa da empresa de seguros ou atraso no pagamento da indemnização), com a “Definição de responsabilidades” ou com a “Regularização do sinistro”.

Reclamações por ramos e tipo de seguro

Fonte: ASF – Relatório de Gestão de Reclamações 2019

 

No que respeita ao ramo Vida e aos fundos de pensões, cerca de 70% dos processos concluídos estão relacionados com seguros de vida, continuando os habitualmente denominados “seguros financeiros” a assumir uma expressão reduzida.

A entidade de supervisão salienta o crescimento de cerca de 60% das reclamações relativas a fundos de pensões e explica a evolução com a reversão das competências de supervisão das adesões individuais a fundos de pensões abertos da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários para a ASF, em decorrência de alteração legislativa, em vigor desde agosto de 2018.

As empresas de seguros continuam a ser os operadores mais reclamados, verificando-se que a maioria das reclamações concluídas (cerca de 84%) é apresentada contra empresas nacionais.

Reclamações por tipo de operador

ASF – Relatório de Gestão de Reclamações 2019

 

Desfecho desfavorável para reclamantes

Das reclamações tratadas pela ASF, “cerca de 61% não tinha sido previamente avaliada pela própria entidade alvo da reclamação, mantendo-se, no que respeita ao desfecho dos processos, a tendência dos anos anteriores, com cerca de 42% das reclamações concluídas com desfecho favorável face a 58% com desfecho desfavorável”.

No entanto, a entidade presidida por Margarida Corrêa de Aguiar nota que o número de reclamações concluídas com desfecho favorável é maior (cerca de 49%) nos casos em que o reclamante se tinha dirigido previamente ao operador, e não ficou satisfeito, em comparação com os casos em que a reclamação não tinha sido ainda previamente analisada pelo operador (cerca de 38%).

Decorre ainda da análise efetuada que, “em cerca de 92% das reclamações apresentadas à ASF em que o desfecho foi desfavorável ao reclamante, a posição assumida pelo operador estava legal ou contratualmente justificada”.

Da experiência estatística retirada dos processos concluídos, nomeadamente no que se refere às respostas favoráveis e desfavoráveis (aos queixosos) e à existência ou não de justificação legal ou contratual para esse desfecho por parte dos operadores, a ASF estima que dos processos abertos em 2019 “apenas 4,9% digam respeito a situações que não foram ultrapassadas no âmbito da gestão de reclamações, e que poderão implicar a intervenção da área core da ASF de supervisão comportamental ou o recurso dos consumidores a mecanismos de resolução alternativa de litígios ou, em última instância, aos tribunais”, esclarece o documento.

Processos existentes: recebidos; analisados; concluídos

Fonte: ASF – Relatório de Gestão de Reclamações 2019

 

Assim, no balanço do ano, a ASF tratou e concluiu 9 415 reclamações, um acréscimo de cerca de 13% face ao ano anterior. Considerando os dados que permitem enquadrar o conjunto de reclamações em gestão, “observa-se que no início de 2019 encontravam-se pendentes 3 932 processos, aumentando esse número para 4 506, no final de 2019, apesar da melhoria dos níveis de análise das reclamações recebidas”, explica a entidade.

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Governo avalia suspender “operação limpeza” nos fundos comunitários

"A bolsa de recuperação vai ser objeto de deliberação ao longo desta semana", confirmou ao ECO fonte oficial do ministério do Planeamento.

Os promotores com projetos que beneficiam de apoios comunitários, mas que estão parados, começaram a receber, a partir de março, alertas para justificarem esses atrasos. O objetivo do Executivo era o de libertar cerca de 1,27 mil milhões de euros para que voltassem a ser usados. No entanto, com o surgimento da pandemia do coronavírus, a economia nacional está a paralisar e são muitas as empresas que estão a fechar. Por isso, o Executivo decidiu reavaliar esta medida.

“A bolsa de recuperação vai ser objeto de deliberação ao longo desta semana”, disse ao ECO fonte oficial do Ministério do Planeamento, quando questionada se o Executivo ia suspender esta iniciativa tendo em conta as dificuldades que as empresas atravessam.

A bolsa de recuperação vai ser objeto de deliberação ao longo desta semana.

Fonte oficial do Ministério do Planeamento

Com previsões que apontam para uma contração da economia que pode ir até 10% este ano, o Executivo tem avançado com uma série de medidas de apoio às empresas que passam por moratórias de crédito (que devem ficar definidas até ao final desta semana), linhas de crédito, diferimento de obrigações fiscais e da Segurança Social, mas também algumas medidas de flexibilização do Portugal 2020. Por exemplo, o pagamento das prestações relativas a subsídios reembolsáveis que vençam até setembro pode ser adiado por um ano para todas as empresas.

Nesse sentido, tendo em conta que o objetivo da bolsa de recuperação era acelerar a execução dos fundos — forçando as empresas que estavam em marcha lenta a avançar com os projetos sob pena de perderem os incentivos que já lhes tinham sido atribuídos –, projetos sem contrato ou termo de aceitação aprovados depois de serem ultrapassados 90 dias da data de notificação de decisão da entidade competente; projetos com contrato há mais de 12 meses, amas sem início de execução ou apenas com 10% de execução; e projetos já iniciados que com uma execução igual ou superior a 10% mas sem acréscimos de execução nos últimos 12 meses; eram os “elegíveis” para ir para esta bolsa de recuperação.

A medida aplica-se a todos os projetos, de todas as áreas, e independentemente da região, natureza do promotor ou dos fundos envolvidos (Feder, Fundo Social Europeu ou Fundo de Coesão). No entanto, o Compete, o programa Operacional das empresas, é aquele que apresenta um maior volume de projetos em risco de serem anulados, segundo o Executivo, o que faz com que o objetivo da bolsa acabe por colidir com o propósito maior de salvar empresas e emprego, tal como tem dito o primeiro-ministro.

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Covid-19: Seguradoras francesas desembolsam 200 milhões por solidariedade

  • ECO Seguros
  • 24 Março 2020

O esforço é partilhado na proporção da quota de mercado de cada uma das participantes, entre outras, Axa, Allianz France e Generali. E querem ser partes num futuro seguro para catástrofes sanitárias.

A Fédération Française de L´Assurance (FFA) alcançou um acordo com os seus membros para desbloquear um envelope de 200 milhões de euros que ficam imediatamente à disposição do ‘fundo de solidariedade’ promovido pelo Governo de França e que deverão ser mobilizados “para apoiar a tesouraria das muito pequenas empresas e trabalhadores independentes” no contexto de pandemia (covid-19), anuncia um comunicado da federação adiantando que a iniciativa já foi apresentada ao gabinete do ministro da Economia e Finanças, Bruno le Maire.

“Nesta crise financeira e de saúde global sem precedentes, a prioridade das seguradoras é assegurar a continuidade das suas atividades para melhor proteger os seus clientes. As seguradoras estão desejosas de participar no movimento de solidariedade nacional, ao lado dos poderes públicos, para ajudar os indivíduos e empresas mais vulneráveis”, afirma Florence Lustman, presidente da federação de seguradores, citada no comunicado.

Além da Axa France, Crédit Agricole Assurances, BNP Paribas Cardif, Allianz France, Generali, as seguradoras Covéa e Groupama também integram a lista de contribuintes para o apoio financeiro excecional, reporta o site especializado L’ Argus de L’ assurance.

A medida anunciada pelas seguradoras “vem juntar-se ao compromisso assumido em 19 de março de reter como garantia os contratos das empresas em dificuldade em caso de atraso de pagamento após a pandemia, durante todo o período de contenção”.

As seguradoras filiadas na FFA também se comprometeram a adiar o pagamento das rendas (de imóveis) das PME e das microempresas pertencentes aos setores cuja atividade foi interrompida por força de decreto governamental (restauração, pequeno comércio e atividades de apoio ao turismo, entre outras).

Além destas medidas “e por solidariedade para com as pessoas vulneráveis (isto é, pessoas em doença crónica e mulheres grávidas), colocadas em licença por doença ao abrigo do procedimento de derrogação previsto pela Segurança Social, as seguradoras pagarão, ao abrigo dos contratos, as indemnizações diárias”.

De acordo com a FFA, esta última medida, “que representará um encargo excecional para o setor, será aplicável a partir de 23 de março dentro do limite de 21 dias de ausência do trabalho, nas mesmas condições que uma baixa por doença prescrita por um médico”.

Finalmente, “as seguradoras pedem para participar na reflexão a ser conduzida sobre a criação de um esquema do tipo seguro concebido para intervir no caso de uma futura grande catástrofe sanitária”, refere o documento da federação francesa de seguros.

Génese do fundo de solidariedade para atenuar estragos da pandemia

Há menos de duas semanas, o Governo francês apelou às seguradoras para se envolverem no “esforço de solidariedade nacional” com as empresas que enfrentam dificuldades por causa da crise pandémica.

Agnès Pannier-Runacher: “situação de catástrofe sanitária é juridicamente inexistente”.

A referência mais recente havia sido feita pela secretária de Estado da Economia e Finanças, Agnès Pannier-Runacher, ao indicar que estava em curso “uma reflexão para definir as modalidades da participação do setor segurador na gestão dos impactos económicos” decorrentes da pandemia. A questão dos seguros é um assunto em análise dado que a “situação de catástrofe sanitária é juridicamente inexistente”, reconheceu. Mas, “estamos a trabalhar com as seguradoras para saber como farão – e esperamos que façam – a sua parte do esforço”.

Antes de Agnès Pannier-Runacher, já o titular da pasta da Economia e das Finanças, Bruno Le Maire, havia sugerido o desafio perante a imprensa, quando afirmou que não devia caber ao Estado a assunção de todos os encargos económicos com os prejuízos da pandemia, traduzidos por encerramento obrigatório de estabelecimentos, interrupções nas cadeias de abastecimento e expedição, anulação de eventos, e consequentes perdas de exploração (receitas) de empresas, em particular nos pequenos e médios negócios da hotelaria, restauração e outros serviços.

Na ocasião, o governante referiu que o executivo francês criou um fundo de solidariedade de dezenas de milhares de euros, em boa parte consubstanciando garantias do Estado sobre o crédito bancário para apoio de tesouraria e limitação de despedimentos em pequenas e médias empresas. No entanto, quanto às perdas de exploração, Le Maire lembrou que as seguradoras cobrem apenas danos materiais entre outros, causados por sinistros físicos, catástrofes naturais e outros. Face à dimensão de perdas originadas pela atual pandemia, o governante prometeu: “Vamos ver com os seguradores como podem participar no esforço de solidariedade nacional”.

A intervenção de Le Maire desencadeou uma reflexão transversal sobre o tema e a pressão de clientes profissionais (empresas) e segurados (empresários individuais) junto de mediadores e agências reclamando respostas foi crescendo. Algumas seguradoras reagiram quase de imediato e, além de explicar as limitações que a indústria enfrenta, acederam em medidas facilitadoras.

Por um lado, reafirmando limitações inerentes à atividade seguradora, a AXA recordou que a cobertura de um risco “assenta em dois pilares principais: a mutualização e a contingência” [de riscos ou eventos causadores do prejuízo]. Em relação a uma pandemia, “pela sua natureza sistémica e global, impede qualquer mutualização, já que todos são afetados ao mesmo tempo“. E acrescenta: “Quando um governo toma a decisão de fechar empresas, não podemos falar de risco. Finalmente, as consequências económicas desta situação estão muito para além da capacidade das seguradoras. É por isso que quase todos os contratos que cobrem empresas excluem este risco».

Ainda assim, segundo fonte especializada, a própria AXA France a MMA (companhia que resultou da fusão entre a antiga Les Mutuelles du Mans Assurances e a Azur Assurances e agora integrada no grupo Covèa) avançaram logo com medidas extraordinárias de apoio aos segurados, nomeadamente assumindo “o compromisso de manter como garantia os contratos das empresas em dificuldade em caso de atraso de pagamento na sequência da pandemia, e isto durante todo o período de contenção”. No fundo, trata-se de uma moratória sobre os prémios devidos pelos segurados, agora assumida por um espetro mais alargado de companhias.

Por conseguinte, respondendo ao apelo de solidariedade, a AXA permitirá a manutenção das garantias dos contratos de seguros de empresas em caso de atraso de pagamento, “adiando o envio de notificações formais sempre que necessário”. Os clientes também poderão beneficiar de facilidades de pagamento com “a possibilidade de mudar para prestações mensais gratuitas na maioria dos nossos produtos”, anunciou a companhia.

Por seu lado, a MMA implementou medidas especiais para empresas com dificuldades no pagamento dos prémios dos seguros de bens e frotas. Numa mensagem dirigida aos agentes e corretores, citada pelo L´Argus de l´Assurance, a mútua seguradora revelou medidas para os próximos dois meses:

  • Suspensão do envio automático de notificações formais; manutenção de débitos diretos em caso de rejeição de pagamento pelo banco (independentemente do número de rejeições, em comparação com dois no momento) e suspensão dos processos judiciais.
  • Quanto ao envio de cartas de cancelamento de apólices cujos prazos vencem em abril, maio e junho, a MMA recomendou aos seus intermediários suspenderem a medida consoante seja pedido dos segurados.

A disponibilidade das duas companhias também responde a recomendações da Federação Francesa de Seguros sustentada na ideia de que o esforço das seguradoras “ajudará as empresas afetadas a prosseguirem atividade mantendo-se devidamente seguradas” em relação a (outros) riscos contratados, justificava Florence Lustman num comunicado anterior.

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Farmácias denunciam preços elevados e pedem intervenção do Governo

Para adquirirem máscaras, gel desinfetante, paracetamol ou termómetros "as farmácias têm de pagar preços especulativos e, mesmo assim, não conseguem adquirir quantidade suficiente", alerta a ANF.

A Associação Nacional das Farmácias (ANF) escreveu uma carta ao primeiro-ministro, António Costa, a solicitar a intervenção do Executivo na regulação de preços de produtos essenciais, como máscaras ou gel desinfetante, para combater o novo coronavírus em Portugal.

Na missiva, a associação alerta para os preços praticados por “empresas de ocasião”, no que diz respeito a “máscaras, gel desinfetante, paracetamol, termómetros, matéria-prima para manipulados e equipamento de proteção individual” que “desapareceram quase totalmente das farmácias”, lê-se no comunicado divulgado esta terça-feira pela ANF.

Para adquirirem esses produtos, “as farmácias têm de pagar preços especulativos e, mesmo assim, não conseguem adquirir quantidade suficiente”, alertam.

Além disso, a associação, que representa 2.750 farmácias, revela que entregou ainda um documento com 100 páginas à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) com “faturas e propostas comerciais apresentadas às farmácias por dezenas de empresas nacionais e importadoras, na sua maioria estranhas ao mercado de produtos farmacêuticos”.

A título de exemplo, a ANP relata que frascos de 3ml podem chegar a custar 5 euros, máscaras entre 7 euros e 38 euros, “garrafões de cinco litros de desinfetante a 79 euros e termómetros a 97 euros”.

Face à situação em que o país se encontra, a associação recomendou às farmácias suas associadas que “pratiquem margens de comercialização até ao limite de 17,5%, que se aplica aos medicamentos sujeitos a receita médica comparticipados”, aponta.

O novo coronavírus chegou a Portugal a 2 de março e tem-se verificado um maior afluxo dos portugueses às farmácias para comprar máscaras, álcool ou gel desinfetante, chegando a estar esgotado em alguns estabelecimentos. Em Portugal há 2.362 casos confirmados de Covid-19, sendo que o número de mortes subiu esta terça-feira para 33.

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FCT financia 1,5 milhões de euros para investigação de aplicação rápida no SNS

  • Lusa
  • 24 Março 2020

Chama-se RESEARCH 4 COVID-19 e é uma linha de financiamento excecional para mobilizar a capacidade científica e tecnológica existente em Portugal ao serviço do combate ao novo coronavírus.

A Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) lançou esta terça-feira uma linha de financiamento de 1,5 milhões de euros para investigações de “implementação rápida”, em curso ou a desenvolver, que respondam a necessidades atuais do Serviço Nacional de Saúde.

A ‘RESEARCH 4 COVID-19’ é “uma linha de financiamento excecional”, lançada em colaboração com a Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica (AICIB) que “tem por objetivo mobilizar a capacidade científica e tecnológica existente em Portugal ao serviço do combate ao novo coronavírus e da covid-19, complementando as iniciativas já existentes e estimulando a reorientação de atividades em curso para este grande desafio”, explica a FCT em comunicado.

A FCT pretende apoiar iniciativas “com impacto expectável a curto prazo, e que contribuam para o esforço nacional de gestão da crise epidemiológica, para a melhoria da resposta dos sistemas de saúde” à epidemia de covid-19, assim como para a gestão de doentes e aplicação de medidas de saúde pública, em linha com as orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS).

A primeira fase de candidaturas decorre até às 17:00 de dia 05 de abril. “O segundo período terá em conta a evolução da situação e só será anunciado findo o primeiro período”, acrescenta o comunicado, que ressalva a “evolução dinâmica e rápida da situação e o contexto de incerteza”.

O financiamento de cada projeto será até 30 mil euros, para além dos recursos próprios associados a reorientação de equipas e atividades” de investigação e desenvolvimento nas unidades já apoiadas pela FCT, explica a instituição, que acrescenta “nesta fase, e desde já, a FCT disponibilizará uma dotação orçamental de 1,5 milhões de euros para este programa, a financiar por fundos nacionais através do orçamento da FCT”.

Os projetos candidatos podem orientar a sua investigação para “novas ferramentas de prevenção, desenvolvimento terapêutico, métodos de diagnóstico, estudos clínicos e epidemiológicos”, enumera o comunicado, acrescentando ainda à lista atividades de investigação “que incluam uma componente sociocultural e ações de promoção de uma sociedade resiliente com capacidade de enfrentar o atual contexto de incerteza em que vivemos, sobretudo na população mais idosa e em grupos de maior risco”.

Podem candidatar-se unidades de investigação das instituições de ensino superior e os seus institutos, laboratórios do Estado e outras instituições públicas ou privadas sem fins lucrativos, que podem apresentar projetos de forma individual ou em parceria, “sendo obrigatória a participação de serviços e entidades prestadoras de cuidados de saúde”. As empresas podem participar nas candidaturas, “desde que em parceria com instituições de investigação”.

As propostas vão ser avaliadas por uma comissão de peritos designados pela FCT e pela AICIB, com os resultados do primeiro período de candidaturas a serem conhecidas até 20 de abril.

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Câmara de Lisboa tem 300 milhões de euros para responder à pandemia

  • Lusa
  • 24 Março 2020

Esta verba destina-se a "reforçar a capacidade de resposta na fase de intervenção clínica e para garantir apoio imediato e a curto prazo às famílias e às microempresas".

A Câmara de Lisboa tem disponível uma verba de cerca de 300 milhões de euros para fazer face à pandemia de covid-19, disse esta terça-feira à Lusa fonte da autarquia.

Numa informação enviada à Lusa, fonte do gabinete da vereadora eleita pelo PSD Teresa Leal Coelho indica que os sociais-democratas apresentaram, na reunião extraordinária da autarquia, que está a decorrer hoje à tarde por videoconferência, uma proposta “de criação de um governo de crise sobre a covid-19, para gerir o orçamento disponível” na Câmara de Lisboa (PS), “na ordem dos 300 milhões [de euros]”.

Esta verba destina-se, acrescenta a mesma informação, para “reforçar a capacidade de resposta na fase de intervenção clínica e para garantir apoio imediato e a curto prazo às famílias e às microempresas a operar em Lisboa, que tiveram de cessar ou que diminuir substancialmente a respetiva atividade, além das medidas imediatas de higiene urbana e [apoio] às pessoas mais vulneráveis”.

Os 300 milhões de euros não serão canalizados “exclusivamente para compras”, integrando as “medidas já adotadas pelo município e em curso”, bem como “as medidas que vierem a ser decididas para reforçar a resposta e também para o apoio às famílias, às empresas e às instituições de trabalho social”, explica a mesma fonte, notando que a verba foi confirmada pelo presidente da autarquia, Fernando Medina.

A sessão extraordinária da Câmara, destinada unicamente a debater a pandemia de covid-19, foi proposta pela vereadora Teresa Leal Coelho, a quem a concelhia do PSD retirou a confiança política em novembro.

Na carta que enviou ao presidente da autarquia, Fernando Medina (PS), e a que a Lusa teve acesso na segunda-feira, Teresa Leal Coelho lembra que a recente declaração do estado de emergência, que entrou em vigor às 00:00 de domingo e se irá prolongar por 15 dias, e as medidas que o Governo decretou nesse âmbito “irão determinar uma alteração substancial do enquadramento jurídico e, consequentemente, das condições de contexto de vida na cidade de Lisboa por um período previsivelmente prolongado“.

Manifestando a sua disponibilidade para participar nas ações definidas e a definir pelo município, a vereadora salienta que todos os grupos políticos representados na Câmara de Lisboa têm “uma quota-parte de responsabilidade” relativamente à implementação das medidas e “à decisão de canalização de recursos” para o combate à pandemia.

Teresa Leal Coelho manifesta ainda “total solidariedade” para com os que se encontram no terreno, “desde o presidente e os vereadores do executivo, às forças de segurança, aos bombeiros e a todos os funcionários que estoicamente se colocaram à disposição para, no terreno, garantir as melhores condições possíveis, no atual contexto, à vida e às pessoas em Lisboa, particularmente aos mais vulneráveis”.

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CP reduz comboios de longo-curso face a quebra na procura

  • Lusa
  • 24 Março 2020

A CP vai passar a realizar 12 circulações de Alfa Pendular por dia (54% da oferta regular) e no serviço Intercidades 40 circulações por dia (69% da oferta regular).

A CP – Comboios de Portugal vai reduzir o número de comboios de longo curso a partir de quarta-feira, após ter registado quebras na procura de pelo menos 85% devido ao impacto da pandemia de Covid-19.

Segundo informou esta terça-feira a empresa, passarão a ser realizadas 12 circulações de Alfa Pendular por dia (54% da oferta regular) e no serviço Intercidades 40 circulações por dia (69% da oferta regular).

A CP diz que em alguns comboios de longo-curso houve mesmo situações sem qualquer procura. A informação detalhada sobre os comboios suprimidos será divulgada até ao final do dia de hoje no seu ‘site’. Já quanto aos comboios urbanos, a empresa indicou que a redução média da procura é de 70%.

A CP está ainda a dar cumprimento à exigência do Governo de limitar a lotação dos transportes públicos, pelo que a venda de lugares para os comboios Alfa Pendular e Intercidades, que têm reserva, está limitada a partir de hoje a um terço da sua capacidade.

Já nos comboios urbanos, sem reserva de lugar, a CP disse que está a fazer a “monitorização permanente das suas taxas de ocupação” para avaliar necessidades de “ajustamentos que se revelem necessários e possíveis, no contexto dos recursos humanos e materiais disponíveis”.

Na semana passada, em 17 de março, a CP tinha anunciado já a redução de 350 ligações diárias para 1.050, adequando assim a oferta de viagens à procura, que então tinha recuado 60%. Dois dias depois, em 19 de março, indicou que reforçou a linha de Sintra face à procura elevada nos primeiros comboios da manhã, tendo em conta a monitorização feita nesses comboios.

Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril. O novo coronavírus, responsável pela pandemia de covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000.

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Passageiros do cruzeiro MSC Fantasia repatriados. Veja as imagens

Depois de dois dias de espera, mais de mil passageiros fazem o transbordo entre o cruzeiro MSC Fantasia e o aeroporto de Lisboa para regressarem aos países de origem.

Começou esta terça-feira a operação de repatriamento dos passageiros do cruzeiro MSC Fantasia, atracado em Lisboa há dois dias. Na primeira fase vão ser repatriados 1140 passageiros, a maioria proveniente da União Europeia, Brasil, Reino Unido e Austrália, num total de quatro voos com partida do aeroporto Humberto Delgado.

A operação de desembarque e transbordo para o aeroporto é feita seguindo rigorosos procedimentos de vigilância e segurança sanitária de modo a evitar potenciais contágios entre os passageiros. As viagens das dezenas de autocarros entre o terminal de cruzeiros de Lisboa e o aeroporto são feitas com escolta da Polícia de Segurança Pública.

Antes desta operação de repatriamento, já tinham desembarcado do navio 27 pessoas (20 de nacionalidade portuguesa e sete com autorização de residência em Portugal) depois de feitos os testes de rastreio ao COVID-19. Um desses passageiros acusou positivo.

O MSC Fantasia chegou a Lisboa na manhã de domingo depois de ter saído do Brasil a 9 de março com destino à cidade italiana de Génova. Devido à pandemia do COVID-19, o cruzeiro foi desviado para Lisboa, depois de ter sido autorizado a atracar no terminal de cruzeiros pelas autoridades portuguesas.

Veja a fotogaleria

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