Comissão Europeia espera ter vacina para a Covid-19 no mercado até ao outono

  • Lusa
  • 17 Março 2020

A Comissão Europeia disse estar a acelerar a investigação para uma potencial vacina para o novo coronavírus, que está a ser criada por um laboratório alemão, e estima tê-la no mercado até ao outono.

A Comissão Europeia disse esta terça-feira esperar que a potencial vacina para o novo coronavírus que está a ser criada por um laboratório alemão esteja no mercado até ao outono, podendo “salvar vidas dentro e fora da Europa”.

“Estamos [Comissão Europeia] a acelerar a investigação. Ontem [segunda-feira] falei com os gestores de uma empresa inovadora que está a trabalhar numa tecnologia promissora para desenvolver uma vacina contra o coronavírus”, indica a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, através de um vídeo publicado na rede social Twitter.

Recordando que a União Europeia (UE) já disponibilizou até 80 milhões de euros à CureVac, uma empresa de Tübingen, na Alemanha, a responsável afirma esperar que, “com este apoio, seja possível haver uma vacina no mercado talvez até ao outono”.

“Isto pode salvar vidas na Europa e no resto do mundo”, vinca Ursula von der Leyen no vídeo.

Ainda assim, a líder do executivo comunitário admite que “muito falta fazer para combater este vírus” na UE. E, por isso, realça que “todos podem contribuir”, aconselhando desde logo os cidadãos a ficarem casa “e a reduzirem o contacto social”.

Na segunda-feira, a Comissão Europeia anunciou um apoio de até 80 milhões de euros ao laboratório alemão que está a trabalhar numa potencial vacina para o novo coronavírus, após uma alegada oferta da administração norte-americana, desmentida pela biofarmacêutica.

A instituição liderada por Ursula von der Leyen explicou que esta verba seria atribuída sob a forma de uma garantia da UE a um empréstimo do Banco Europeu de Investimento (BEI) neste valor, no âmbito do mecanismo de financiamento de doenças infecciosas InnovFin e do programa comunitário para a investigação Horizonte 2020.

A informação foi divulgada depois de, também na segunda-feira, a CureVac ter negado haver recebido uma oferta do Governo dos EUA para reservar a sua descoberta para os norte-americanos.

No domingo, o jornal alemão Welt am Sonntag citava fontes não identificadas do Governo alemão que asseguravam que o dono da CureVac, uma empresa farmacêutica, tinha participado numa reunião com o Presidente Donald Trump, no início do mês, tendo recebido uma generosa oferta para garantir o seu trabalho em exclusivo para os Estados Unidos.

O jornal dizia ainda que a chanceler alemã, Angela Merkel, estaria a disputar com a empresa a necessidade de a vacina, quando estiver pronta, ser igualmente utilizada na Europa, que é neste momento o principal foco da pandemia.

“Para que fique claro sobre o coronavírus: a CureVac não recebeu uma oferta do Governo dos Estados Unidos ou de entidades com ele relacionadas, antes, durante ou desde a reunião com a ‘task-force’ da Casa Branca, no dia 02 de março”, escreveu esta terça-feira o diretor do laboratório alemão, na conta da empresa na rede social Twitter.

O diretor de operações da CureVac, Hans Werner Haas, disse ao jornal Tagesspiegel que a sua empresa tinha realmente participado numa reunião com o Presidente Donald Trump, mas desmentiu a versão de uma qualquer oferta para a compra dos direitos do novo produto.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empresas de vestuário disponíveis para produzir equipamentos

Um grupo de empresas de vestuário e confeção está disponível para produzir equipamento de trabalho para os profissionais de saúde.

Um grupo de empresas de referência das indústrias do vestuário e confeção, liderado pela Anivec, está disponível para pôr as suas capacidades técnicas na a produção de “equipamentos de proteção individual e e vestuário de trabalho para os profissionais de saúde, como médicos e enfermeiros”, apurou o ECO junto de fonte daquela associação. Este grupo de empresas está em contactos com o Ministério da Economia para pôr este plano em prática.

O que explica esta iniciativa de empresários como César Araújo (Calvelex e presidente da Anivec) e Luís Guimarães (Polopique)? O contexto excecional que se vive no mundo e em Portugal com a proliferação do Covid-19, que até ao momento já contabiliza 448 casos confirmados de infeção pelo vírus.

«A fileira têxtil e vestuário nacional tem capacidades técnicas inigualáveis no mundo e não poderíamos, num momento difícil como o atual, deixar de contribuir, dentro das nossas possibilidades, para este combate que é de todos nós», resume César Araújo, presidente da ANIVEC.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Incerteza e previsões ultrapassadas levam CFP a adiar relatório sobre contas públicas

Dada a "incerteza absoluta" relativa ao impacto do vírus, o Conselho das Finanças Públicas adiou a divulgação de um relatório sobre as contas públicas que estava agendado para esta quinta-feira.

A “incerteza absoluta” e a dificuldade de ter previsões atualizadas por causa do vírus forçou o Conselho das Finanças Públicas (CFP) a adiar a divulgação de um relatório sobre as finanças públicas em Portugal. A decisão foi anunciada esta terça-feira, 17 de março, e o relatório estava agendado para quinta-feira, 19 de março, sendo agora adiado para data ainda a definir.

Em causa está o relatório sobre as “Perspetivas económicas e orçamentais” até 2024, em políticas invariantes (apenas contando as medidas já legisladas), que o CFP publica duas vezes por ano — em março, em antecipação do Programa de Estabilidade (abril) e em outubro, em antecipação do Orçamento do Estado (outubro) — e onde atualiza o cenário macroeconómico e orçamental para os próximos quatro anos.

A entidade liderada por Nazaré Costa Cabral dá três justificações para o adiamento. A primeira refere-se à “incerteza absoluta e a volatilidade dos dados económicos relevantes associados à pandemia do COVID-19, no nosso país e à escala global”. A (quase) paralisação da atividade económica e a forte oscilação dos mercados financeiros têm marcado as últimas três semanas em todo o mundo.

A esta incerteza junta-se a imprevisibilidade do impacto das medidas de contenção e de política económica (nomeadamente estímulos orçamentais e monetários) que estão a ser tomadas pelos Governos e os bancos centrais, além de outras instituições como a Comissão Europeia ou o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Por último, o CFP argumenta que “os exercícios de previsão recentemente publicados por outros previsores, alguns incluindo já parte dos efeitos do surto pandémico, estão a ser rapidamente ultrapassados pelos acontecimentos”. A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) foi uma das instituições que já divulgou previsões desde que esta situação de saúde pública chegou à Europa, assim como a Comissão Europeia, mas ambas admitiam que os números dependem da duração e da dimensão do impacto económico provocado pelo novo coronavírus.

A nova data deste documento que traça as perspetivas das contas públicas para os próximos anos será comunicada “oportunamente”, refere o CFP, garantindo que “continuará a acompanhar pari passu o evoluir da situação macroeconómica e orçamental, por forma a garantir o cumprimento do seu mandato legal e a qualidade e credibilidade das suas projeções”. É também sob esta incerteza que os técnicos das Finanças estão a construir o cenário macroeconómico do Programa de Estabilidade, documento que tem de ser entregue a Bruxelas até 15 de abril.

No último relatório, publicado em outubro de 2019, o Conselho das Finanças Públicas antecipava um crescimento do PIB de 1,7% em 2020 e um excedente orçamental de 0,3% do PIB. Quanto ao PIB, o ministro das Finanças, Mário Centeno, já admitiu que este será revisto em baixa. Já o excedente “provavelmente” não vai concretizar-se, pelo menos em 2020, como admitiu ontem o primeiro-ministro, António Costa, em entrevista à SIC.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fed vai comprar papel comercial para financiar economia

A Reserva Federal norte-americana anunciou o lançamento de uma linha de crédito que visa adquirir papel comercial para financiar as empresas. Medida é semelhante à tomada na crise financeira de 2008.

A Fed anunciou mais uma medida de emergência para ajudar a manter o fluxo de financiamento à economia. A entidade liderada por Jerome Powell propõe-se a adquirir papel comercial, à semelhança do que fez na crise financeira de 2008.

“Os mercados de papel comercial financiam diretamente um conjunto alargado de atividades económicas, concedendo crédito e financiamento a empréstimos para a compra de automóvel ou habitação, bem como liquidez para satisfazer as necessidades operacionais de muitas empresas”, justifica a Fed num comunicado.

Não é permitido ao banco central conceder diretamente crédito às famílias e às empresas. Porém, em situações de emergência, a entidade pode lançar este tipo de linhas de crédito: “Ao garantir o funcionamento suave deste mercado, particularmente em tempos de dificuldades, a Reserva Federal [Fed] está a providenciar crédito que vai apoiar as famílias, as empresas e os empregos em toda a economia”, acrescenta a nota.

Para implementar este plano, a medida foi aprovada pelo secretário do Tesouro norte-americano, Steve Mnuchin. Segundo a Fed, o Tesouro dará proteção ao banco central no valor de 10 mil milhões de dólares.

Por fim, o organismo presidido por Jerome Powell recorda que “o mercado de papel comercial tem estado sob forte tensão nos últimos dias, à medida que os negócios e as famílias encaram grande incerteza à luz do surto do coronavírus”. Governos em todo o mundo têm sido obrigados a tomar medidas lesivas à economia para impedir a propagação do vírus na população.

Esta é mais uma medida da Fed que surge num período em que se antecipa uma recessão económica mundial. No domingo, a Fed procedeu ao segundo corte surpresa nos juros em poucas semanas, para um patamar próximo de zero, enquanto na segunda-feira lançou uma nova injeção de liquidez no mercado monetário, no valor de 500 mil milhões de dólares.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Covid-19: Comité Olímpico Internacional reitera que Tóquio2020 segue como planeado

  • Lusa
  • 17 Março 2020

Em comunicado, o Comité Olímpico Internacional diz-se" completamente comprometido com os Jogos Olímpicos Tóquio2020" não prevendo, para já, um adiamento da competição.

O Comité Olímpico Internacional (COI) reiterou esta terça-feira o “comprometimento completo” com a realização dos Jogos Olímpicos Tóquio2020 nas datas previstas, de 24 de julho a 9 de agosto, por não existir “necessidade de quaisquer decisões drásticas”.

O COI continua completamente comprometido com os Jogos Olímpicos Tóquio2020 e, com mais de quatro meses antes do arranque dos Jogos, não há necessidade de quaisquer decisões drásticas neste momento; qualquer especulação será contraproducente“, pode ler-se num comunicado daquele organismo, em resposta a rumores de que o evento será cancelado ou adiado devido à pandemia de Covid-19.

O Governo japonês asseverou esta terça-feira a vontade de realizar os Jogos como previsto, num dia em que o vice-presidente do Comité Olímpico do Japão, Cozo Tashima, testou positivo a Covid-19.

O comunicado surge após reuniões mantidas com federações internacionais de desportos olímpicos, as primeiras entre COI e várias partes interessadas na prova, seguindo-se os comités nacionais, representantes de atletas, Comité Paralímpico Internacional e outras partes, marcadas “para os próximos dias”.

Assumindo que esta é uma “situação sem precedentes para todo o mundo”, o COI encoraja “todos os atletas a continuarem a preparar-se para Tóquio2020 da melhor forma possível”.

“Continuaremos a apoiar os atletas ao estar em contacto com eles e com os comités nacionais, e providenciando informação atualizada, acessível através do sítio na Internet Athlete365 e através das federações nacionais e internacionais”, pode ler-se no comunicado.

Aquele organismo manifestou ainda “confiança que as muitas medidas tomadas vão conter a Covid-19” e agradeceu o apoio dos líderes do G7, expressado pelo primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, que declarou os Jogos como um momento em que “a raça humana vai conquistar o novo coronavírus”.

Definidos ficaram dois “princípios” que podem ultrapassar essa vontade de realizar os Jogos como planeado: “proteger a saúde de todos envolvidos e apoiar a contenção do vírus”, e “salvaguardar os interesses dos atletas e do desporto olímpico”.

O COI vai continuar a monitorizar a situação e a tomar decisões quando for pertinente, garantindo que qualquer escolha em torno de Tóquio2020 “não vai ser determinada por interesses financeiros, porque graças às políticas de gestão de risco e de seguro, poderá, em qualquer caso, continuar a sua operação e garantir a missão de organizar Jogos Olímpicos”.

“A saúde e bem-estar de todos os envolvidos na preparação dos Jogos Olímpicos é a nossa prioridade. Todas as medidas estão a ser tomadas para salvaguardar a segurança e interesses de atletas, técnicos e equipas de suporte. Somos uma comunidade olímpica, e apoiamo-nos em bons momentos e em maus momentos. A solidariedade olímpica define-nos”, explicou, citado em comunicado, o presidente do COI, Thomas Bach.

Já o presidente da Associação de Federações Internacionais de desportos olímpicos de verão, Francesco Ricci Bitti, agradeceu a todos os que trabalham com vista a Tóquio2020 e à “grande flexibilidade” de atletas e federações devido à pandemia, e reforçou o comprometimento com manter a agenda para os Jogos deste ano.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, com mais 67 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos, o que levou vários países a adotarem medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

Em Portugal há 448 pessoas infetadas, segundo o mais recente boletim diário da Direção-Geral da Saúde, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Médis paga diagnóstico Covid-19 mas pede gestão responsável

  • ECO Seguros
  • 17 Março 2020

A seguradora de saúde do grupo Ageas pede responsabilidade no recurso aos testes de despiste de Covid-19 para que não faltem dispositivos para todos os afetados.

A Médis, seguradora de saúde pertencente ao grupo Ageas, divulgou em comunicado um bloco de perguntas e respostas para esclarecer as dúvidas mais frequentes dos segurados.

A seguradora explica que comparticipa o exame de diagnóstico para os clientes com cobertura de ambulatório, mediante prescrição médica, e sem qualquer custo a cargo do cliente, mas apela para utilização responsável das vantagens de modo a que todos possam ter acesso a testes.

Apostando a sua colaboração pelo rigor, a Médis disponibilizou um conjunto de informação relevante nos seus canais digitais e releva que está “ao lado do Serviço Nacional de Saúde a trabalhar para garantir o controlo da propagação”.

Para esclarecimento mais direto, a seguradora publicou um conjunto com as seguintes quatro perguntas e respostas:

“A Médis comparticipa exames complementares de diagnóstico para despiste do covid-19?

A Médis comparticipa o exame de diagnóstico para os clientes com cobertura de ambulatório, mediante prescrição médica, e sem qualquer custo a cargo do cliente. Contudo, alertamos para a gestão responsável dos testes de despiste, de forma a não colocarem em risco o acesso a grupos críticos.

Se o diagnóstico for positivo para o covid-19, a Médis comparticipa o internamento?

Em caso de diagnóstico positivo para o COVID-19, a coordenação dos acessos ao internamento é da responsabilidade da DGS – Direção Geral de Saúde. Os internamentos que estejam relacionados diretamente com o COVID-19 não serão comparticipados, uma vez que as epidemias são uma exclusão do seguro de saúde. O Serviço Nacional de Saúde é a entidade responsável pelo encaminhamento, acompanhamento e tratamento de todos os casos de COVID-19 identificados. Todas as restantes despesas de saúde não relacionadas com o COVID-19 estão cobertas, de acordo com as condições do seu seguro de saúde.

Sabendo que existe indicação para restringir a ida aos serviços públicos de saúde, posso recorrer ao serviço privado?

O Serviço Nacional de Saúde é a entidade responsável pelo encaminhamento, acompanhamento e tratamento de todos os casos de COVID-19 identificados.

Estou em isolamento social e apresento sintomas de covid-19. O que devo fazer?

Se tem sintomas da doença, deve contactar a linha SNS 24, através do número 808 24 24 24”.

Nesta resposta à situação de pandemia, a Médis refere que “desde o seu lançamento, em 1996, que se afirmou como uma referência no sistema de saúde em Portugal, criando um verdadeiro Serviço Pessoal de Saúde”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Continental fecha fábrica em Palmela. Despede 370 pessoas até 2021

Face à queda do mercado automóvel, a Continental anunciou o encerramento da fábrica em Palmela até ao final do próximo ano. Empresa garante que trabalhadores vão receber "um pacote de compensação".

A multinacional alemã Continental vai encerrar a fábrica em Palmela até ao final do próximo ano. A decisão vai levar ao despedimento de 370 colaboradores, segundo confirmou o ECO. A empresa garante que estes trabalhadores vão receber “um pacote abrangente de compensação”.

“Estamos conscientes do impacto que esta decisão tem nos nossos colaboradores. O apoio às pessoas em Palmela é a nossa principal prioridade”, afirma Pedro Gaiveo, diretor-geral da fábrica da Continental em Palmela. “Vamos colaborar estreitamente com a Comissão de Trabalhadores para desenvolver um pacote abrangente de compensação. Este pacote vai incluir indemnização e apoio na procura de um novo emprego dentro ou fora da Continental”, explica a empresa em comunicado.

A empresa explica que a razão desta medida é a queda do mercado global de automóveis de passageiros, uma vez que as estimativas atuais são significativamente mais baixas em comparação com as previsões de há um ano e meio e mostram que os volumes da produção automóvel continuam a cair.

“A redução dos volumes cria uma capacidade excedentária e leva a uma crescente pressão num mercado cada vez mais focado na redução de custos. Estes efeitos exigem que agrupemos volumes e que usemos efeitos de escala para assegurar a nossa competitividade e para consolidar as nossas fábricas de maxilas de travão na Europa”, explica Bernhard Klumpp, o diretor-geral da unidade de negócios Sistemas Hidráulicos de Travagem da Continental, em comunicado.

O ECO questionou a Continental para perceber se esta decisão estava relacionada com o surto de Covid-19 que já infetou mais de quatro centenas pessoas em Portugal, mas a empresa garante que não. E acrescentou que esta medida está inserida no programa “Transformation 2019 – 2029″ que foi criado para fazer face ao desafios que temos a nível do abrandamento da economia”.

(Notícia em atualizada às 16h11 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugueses em teletrabalho dão picos de tráfego às operadoras. Meo admite reforço da rede

Numa altura em que milhões de portugueses estão em quarentena, as operadoras portuguesas registam picos de tráfego nas suas redes. Meo e Vodafone monitorizam e a Meo admite reforçar a infraestrutura.

As operadoras de telecomunicações portuguesas estão a observar picos de tráfego nas suas redes, num momento em que milhões de portugueses se encontram em isolamento e trabalham a partir de casa para evitar o contágio pelo novo coronavírus. Altice Portugal e Vodafone assumiram ao ECO que verificam estes aumentos, pelo que procuram possíveis otimizações com base nos padrões de consumo ou mesmo o reforço da infraestrutura.

“Face ao cenário atual da saúde pública, que impôs um conjunto de medidas de isolamento e teletrabalho, a Altice Portugal tem vindo a registar um aumento muito significativo de tráfego na rede fixa de internet e em especial na utilização de OTT [serviços over-the-top, de que é exemplo o WhatsApp]”, disse fonte oficial da Altice Portugal.

Em contrapartida, “o tráfego de dados móveis não regista um crescimento tão assinalável”. Isto explica-se pelo facto de muitos aparelhos estarem, sobretudo, ligados às redes fixas domésticas por Wi-Fi, ao invés de ligados à rede móvel da operadora.

Perante esta carga maior, a dona da Meo está a monitorizar a sua rede e admite um reforço no caso de ser decretado o estado de emergência na quarta-feira: “Com vista a minimizar o impacto na vida dos portugueses, a Altice Portugal encontra-se a acompanhar a evolução da situação, em estreita cooperação com as autoridades, trabalhando na otimização, robustez e melhoria da rede, especialmente no caso de ser decretado o estado de emergência”, salientou a mesma fonte.

Situação semelhante vive a Vodafone. Fonte oficial da operadora disse ao ECO, na segunda-feira, que se registou “uma subida no tráfego das redes” devido ao facto de muitos portugueses estarem em modo de teletrabalho. No entanto, frisou que “ainda é muito prematuro fazer estimativas”, pelo que está a monitorizar a rede para “perceber o padrão de consumo de comunicações dos portugueses daqui para a frente”, otimizando a rede em conformidade.

A operadora disse ainda que “tem em vigor um plano de continuidade de negócio com o objetivo de garantir que, independentemente das circunstâncias, a empresa consegue entregar um serviço de qualidade aos seus clientes”. “Nesse sentido, a rede da Vodafone está, ‘por defeito’, dimensionada para suportar picos de utilização”, explicou. Assim, concluiu que, no que toca à pandemia do Covid-19, a Vodafone “reforçou a monitorização das suas redes, adotando medidas de otimização das mesmas consoante a evolução da situação, de forma a garantir a melhor performance possível do seu serviço”.

Já depois da publicação desta notícia, fonte oficial da Nos declarou ao ECO que a “prioridade” é “manter Portugal ligado e a comunicar”. “A Nos registou, naturalmente, um aumento no consumo de tráfego, embora não seja ainda possível partilhar o detalhe dessa informação”, reconheceu. Dito isto, a Nos garantiu que “tem já implementadas várias medidas, entre as quais se inclui reforço da monitorização das suas redes e implementação de medidas de otimização, com o objetivo de assegurar a continuidade do seu negócio e, consequentemente, de todos aqueles que dela dependem”, frisou.

Ainda assim, perante o atual contexto, a operadora aproveitou para apelar ao cumprimento das recomendações que forem indicadas. A empresa reforçou, assim, o “apelo a todos os portugueses” para “adotarem as boas práticas de utilização de redes de comunicações, que sejam divulgadas pelo Governo e pela própria Nos”.

Situações como a atual são exemplificativas do quão críticas para a economia se tornaram as redes de comunicações em todo o mundo. E não é impensável um cenário em que estas não tenham a capacidade suficiente para “aguentar” tanto tráfego em simultâneo. Esta segunda-feira, o The New York Times abordou a temática e deu exemplos de situações em que alguns clientes nos EUA estão a enfrentar problemas nas ligações devido à elevada quantidade de utilizadores ligados em simultâneo.

Esta é uma das razões que tem levado ao desenvolvimento da rede 5G, incluindo em Portugal. Uma tecnologia que promete não só acelerar o acesso à internet mas, também, permitir uma maior largura de banda e quantidade de dispositivos conectados em simultâneo.

(Notícia atualizada às 15h47 com reação da Nos)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

OMS pede à Europa medidas mais “audaciosas” para combater novo coronavírus

  • Lusa
  • 17 Março 2020

“Todos os países, sem exceção, devem tomar medidas mais audaciosas para travar ou diminuir a ameaça do vírus", alerta a Organização Mundial de Saúde.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) pediu esta terça-feira a todos os países europeus, sem exceção, medidas mais “audaciosas” para combater a ameaça do novo coronavírus, lembrando que a Europa é atualmente o “epicentro” da pandemia da Covid-19.

“Todos os países, sem exceção, devem tomar medidas mais audaciosas para travar ou diminuir a ameaça do vírus”, afirmou o diretor regional da OMS para a Europa, Hans Kluge, em declarações feitas a partir de Copenhaga (Dinamarca).

A OMS Europa, que abrange uma área que vai do oceano Atlântico ao Pacífico, integra 53 países e territórios tão diversos como Rússia, Andorra, Alemanha ou Tajiquistão.

O novo coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou, até à data, mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a OMS a declarar uma situação de pandemia.

Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, com mais 67 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou esta terça-feira número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Covid-19: Operação Marquês suspensa por tempo indeterminado

Após ter sido adiado o debate instrutório da Operação Marquês para dia 27 de março, o juiz Ivo Rosa acabou por suspender a fase processual por tempo indeterminado, face ao Covid-19.

Após o debate instrutório da Operação Marquês ter sido adiado para 27 de março, o juiz Ivo Rosa acabou por suspender esta fase processual por tempo indeterminado. A razão é a pandemia Covid-19 que está a assolar país e o mundo.

A decisão se o caso que envolve 28 arguidos, 19 pessoas singulares e nove empresas, segue para julgamento está então suspensa, sem nova data prevista. Aos advogados de defesa, Ivo Rosa justificou, esta terça-feira, a decisão por “razões de urgência”, face ao Covid-19.

O debate instrutório começou no passado dia 4 de março e contou com as alegações da defesa de Bárbara Vara, Armando Vara, Zeinal Bava, Henrique Granadeiro, Sofia Fava e Rui Mão de Ferro. Faltam ainda as alegações da defesa de José Sócrates, Carlos Santos Silva, Joaquim Barroca, Helder Bataglia, Rui Horta e Costa e Ricardo Salgado.

O primeiro adiamento surgiu após o Conselho Superior de Magistratura (CSM) ter anunciado que os tribunais vão estar parados e só vão realizar processos e diligências urgentes, “nos quais estejam em causa direitos fundamentais”.

Vários dos 19 arguidos que pediram a abertura da fase de instrução invocaram nulidades e refutaram os crimes económico-financeiros de que estão acusados.

Durante o seu depoimento na fase de instrução, José Sócrates reiterou que a acusação é “monstruosa, injusta e completamente absurda” e mostrou-se muito satisfeito como as coisas estavam a correr.

José Sócrates, que esteve preso preventivamente durante dez meses e depois em prisão domiciliária, está acusado de três crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, 16 de branqueamento de capitais, nove de falsificação de documentos e três de fraude fiscal qualificada.

A acusação sustenta que Sócrates recebeu cerca de 34 milhões de euros, entre 2006 e 2015, a troco de favorecimentos a interesses do ex-banqueiro Ricardo Salgado no Grupo Espírito Santos e na PT, bem como por garantir a concessão de financiamento da Caixa Geral de Depósitos ao empreendimento Vale do Lobo, no Algarve, e por favorecer negócios do Grupo Lena.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Câmara de Lisboa vai construir 500 casas para Renda Acessível em Entrecampos

  • Lusa
  • 17 Março 2020

A Cãmara Municipal de Lisboa anunciou que vai construir 500 casas entre a Avenida das Forças Armadas e a Avenida Álvaro de Pais, em Entrecampos, para o Programa Renda Acessível.

Cerca de 500 casas para o Programa Renda Acessível da Câmara de Lisboa vão ser construídas na zona de Entrecampos, num projeto que inclui novos equipamentos e mais estacionamento na Avenida das Forças Armadas, anunciou esta terça-feira a autarquia.

Em comunicado do gabinete do vereador responsável pelo pelouro do Planeamento e do Urbanismo, Ricardo Veludo, é referido que já foram aprovadas em reunião do executivo municipal as alterações ao loteamento localizado entre a Avenida das Forças Armadas e a Avenida Álvaro de Pais, que correspondem ao empreendimento “Praça de Entrecampos” e permitirão a construção de cerca de 500 habitações de renda acessível.

As alterações agora introduzidas preveem que, num dos espaços dos lotes municipais, seja instalada uma sala de estudo a funcionar 24 horas por dia.

Além disso, está previsto o acréscimo de, pelo menos, mais 20 lugares de estacionamento à superfície para atuais moradores com dístico da EMEL (Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa), além dos previstos para os novos residentes e empresas. O projeto prevê também uma área de jardim de “utilização coletiva”.

O loteamento, é referido na nota, é composto por 10 lotes: dois já construídos, dois que não sofreram alterações e seis “que foram agora objeto de alteração e aprovação, dos quais cinco são municipais para integração no Programa de Renda Acessível e um é privado.

“Trata-se do início da concretização de uma grande obra pública de habitação para a classe média e para os jovens de Lisboa, a ser desenvolvida pela empresa municipal SRU [Sociedade de Reabilitação Urbana] Lisboa, cuja construção deverá ter início ainda em 2020 após a realização dos respetivos concursos públicos internacionais”, salienta Ricardo Veludo (Cidadãos por Lisboa, eleito na lista do PS), citado no comunicado.

O regulamento da Renda Acessível estabelece que cada pessoa ou família deverá gastar no máximo 30% do seu salário líquido na renda. De acordo com a câmara, o valor da renda de um T0 varia entre 150 e 400 euros, o de um T1 situa-se entre 150 e 500 euros e um T2 terá uma renda que pode ir dos 150 aos 600 euros, enquanto as tipologias superiores contarão com uma renda mínima de 200 euros e máxima de 800.

O primeiro concurso de casas de renda acessível em Lisboa teve 3.170 candidaturas e o sorteio desta primeira bolsa de 120 habitações realizou-se na semana passada.

Os candidatos que não foram contemplados com nenhuma das 120 casas do primeiro concurso mantêm a inscrição do Programa de Renda Acessível e serão notificados da abertura de novas ‘bolsas’ de habitações. A autarquia pretende lançar mais concursos ainda este ano.

Para o primeiro concurso do Programa de Renda Acessível, a Câmara de Lisboa recuperou 120 habitações em diversos pontos da cidade, com tipologias T0 a T4.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCE adjudica 109 mil milhões de euros a 110 bancos a uma taxa de -0,50%

  • Lusa
  • 17 Março 2020

Valor adjudicado adjudicou insere-se no âmbito de uma nova série de injeções de liquidez adicionais imediatas ao sistema financeiro da Zona Euro.

O Banco Central Europeu (BCE) adjudicou esta terça-feira a 110 bancos da Zona Euro 109.130,5 milhões de euros a 98 dias, a uma taxa de juro fixa de -0,50%, numa nova série de injeções de liquidez adicionais.

O BCE informou que a operação será liquidada a 18 de março e vence no dia 24 de junho.

A entidade monetária vai levar a cabo operações de financiamento adicionais com um prazo mais alargado, de forma provisória, para proporcionar um apoio de liquidez imediato ao sistema financeiro da Zona Euro.

Estas operações efetuam-se mediante um procedimento de leilão a uma taxa de juros fixa com adjudicação integral, com uma taxa de juros igual à taxa média aplicável à facilidade de depósito, que agora é de -0,50%.

Após a reunião de política monetária da passada quinta-feira, o BCE afirmou que quer “proporcionar um apoio de liquidez imediato ao sistema financeiro da zona euro, apesar de não ver sinais materiais de tensão nos mercados monetários nem escassez de liquidez no sistema bancário”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.