Oi propõe aditamento ao plano de recuperação. Quer facilitar venda de unidades de negócio
A operadora brasileira Oi apresentou uma proposta de aditamento ao plano de recuperação judicial. Entre outras coisas, a proposta facilita a formação e venda de unidades de negócio.
A operadora brasileira Oi apresentou uma proposta de aditamento ao plano de recuperação judicial que tem em curso nos tribunais brasileiros, de acordo com um comunicado encaminhado pela acionista Pharol PHR 0,00% à CMVM. O objetivo é “assegurar maior flexibilidade e eficiência financeiras”.
“Estes ajustes facilitarão, ainda, o acesso da companhia ao mercado financeiro para a captação de novos recursos necessários ao equacionamento racional de sua dívida e à viabilização da execução não apenas do seu plano de recuperação judicial, mas também do seu plano estratégico, que visa ao reposicionamento da companhia”, bem como “à criação de valor para todos os seus stakeholders e à sustentabilidade de longo prazo”, diz a Oi.
Este plano será ainda submetido a votação pela Assembleia-Geral de credores do grupo, “podendo, portanto, sofrer ajustes nos seus termos e condições e nas medidas nele previstas”, lê-se no comunicado.
Os objetivos da Oi com este aditamento passam por “prever a possibilidade de formação de unidades produtivas isoladas (“UPIs”), mediante a segregação de determinados negócios e ativos do grupo Oi e a alienação dos mesmos”, garantindo “assim a maximização do seu valor e a geração dos recursos necessários para o pagamento de credores”, segundo a empresa.
A Oi pretende ainda “estabelecer melhorias nas condições de pagamento para parte substancial dos pequenos credores, como forma de redução da litigiosidade e de satisfação mais rápida deste tipo de credor”, bem como “permitir a contratação de financiamentos e outras formas de captação adicionais pelas ‘recuperandas’, para manutenção dos investimentos necessários e pagamento dos seus credores”.
Segundo a empresa, este aditamento irá também “permitir a segregação, a partir de sociedade integrante do grupo Oi, de alguns ativos de fibra e infraestrutura, visando criar uma estrutura societária mais flexível e eficiente para acelerar os investimentos na expansão da rede de fibra ótica”, podendo esta sociedade aceder ao mercado financeiro e de capitais e captar recursos adicionais com custos mais baixos, indicou a empresa.
Esta informação foi divulgada à CMVM pela Pharol, que em 31 de dezembro de 2019 detinha como principais ativos 326.259.859 ações ordinárias e 1.800.000 ações preferenciais da operadora brasileira, representativas de 5,5% do capital social total.
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