Dinamarca espera poder reabrir fronteiras com Portugal no dia 27

  • Lusa
  • 19 Junho 2020

Embaixador da Dinamarca em Portugal diz esperar que possa ser revertida a decisão de excluir Portugal da reabertura, dia 27 de junho, das suas fronteiras,

O embaixador da Dinamarca em Portugal disse, esta sexta-feira, esperar que possa ser revertida a decisão de excluir Portugal da reabertura, dia 27 de junho, das suas fronteiras, por causa dos níveis de contágio de covid-19.

A Dinamarca anunciou quinta-feira que vai alargar, a partir de 27 de junho, a abertura das suas fronteiras aos países europeus com baixo contágio de covid-19, mas que os níveis da pandemia excluem, para já, Portugal e a Suécia.

Em resposta a esta medida, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português disse que o Governo de Lisboa “reserva-se o direito de aplicar o princípio da reciprocidade”, lamentando que países como a Dinamarca apenas tomem em conta o critério dos casos de infetados por número de habitantes, esquecendo outros indicadores importantes.

Em declarações hoje à Lusa, o embaixador da Dinamarca em Portugal, Lars Faaborg-Andersen, disse que espera que os níveis de contágio em Portugal desçam até ao próximo dia 27, fazendo com que automaticamente a exclusão deste país da abertura de fronteiras seja revertida.

“A Dinamarca está a fazer a monitorização todas as semanas. Basta que Portugal desça um pouco do atual rácio, para que passe a ficar no lote dos restantes países europeus”, disse Faabor-Andersen.

O embaixador explica que a Dinamarca decidiu aplicar o padrão da União Europeia, baseada nas contas da Universidade de Johns Hopkins, onde Portugal aparece ligeiramente acima do rácio de 20 contágios por 100.000 habitantes, considerado o valor mais alto aceitável para reabertura de fronteiras por parte daquele país nórdico.

“Eu sei que Portugal tem números oficiais que apresentam um valor ligeiramente abaixo desse rácio. E nós também temos números próprios. Mas o Governo dinamarquês está a usar o ‘standard’ europeu”, explicou o embaixador.

“Mas esta situação pode mudar até dia 27. E, se o rácio baixar, Portugal fica imediatamente no lote dos países com fronteiras abertas”, repetiu Faabor-Andersen.

O embaixador disse ainda compreender o facto de Portugal ter níveis elevados de testagem, e em pontos críticos de contaminação, o que aumenta os rácios de contaminação, o que o leva a acreditar que as autoridades portuguesas estarão a controlar a situação, de forma a fazer baixar os níveis de contágio a curto prazo.

“Espero que Portugal controle a situação, ainda antes de dia 27. Para o bem de Portugal”, voltou a dizer o embaixador, referindo que gostaria de ver a Dinamarca abrir as fronteiras ao maior número possível de países, como sinal de confiança na normalização da situação.

Laars Faaborg-Andersen explicou que a Dinamarca está mais preocupada com a situação em países como a Suécia, que tem rácios de contaminação muito acima dos 20 por 100.000 habitantes, prevendo que a reabertura de fronteiras com o país vizinho seja bem mais demorada.

Na quinta-feira, o Governo português considerou que alguns Estados-membros da União Europeia mantiveram restrições às ligações aéreas entre países europeus “ao arrepio” das decisões de Bruxelas, advertindo que Portugal “reserva-se o direito de aplicar o princípio da reciprocidade”.

“Portugal tem naturalmente tido conhecimento da decisão de alguns Estados-membros, que, ao arrepio das decisões tomadas pela União Europeia, persistem em manter restrições às ligações aéreas no interior do espaço europeu”, explicitou, através de uma nota, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, tutelado por Augusto Santos Silva.

O MNE acrescentou que Portugal “tem enviado informação sistemática e atualizada” sobre a evolução da pandemia no país e que as restrições impostas por países, como, por exemplo, a Dinamarca, apenas estão baseadas “num único critério”, esquecendo “todos os outros critérios tão ou mais reveladores da incidência” da doença.

Portugal “tem realizado muito mais testes do que a maioria” dos Estados-membros da UE, o que aumenta, “naturalmente, o número de casos detetados”, e está a fazer “operações de rastreio em áreas geográficas e setores de atividade que podem revelar mais incidência” do novo coronavírus, prossegue.

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Atividade económica e consumo privado atingem mínimos históricos em maio

  • Lusa
  • 19 Junho 2020

Devido à pandemia, os indicadores coincidentes para a atividade económica e para o consumo privado atingiram em maio mínimos históricos, divulgou o Banco de Portugal.

Os indicadores coincidentes para a atividade económica e para o consumo privado atingiram em maio mínimos históricos, refletindo o impacto da crise relacionada com a doença Covid-19, divulgou esta sexta-feira o Banco de Portugal.

“Em maio, o indicador coincidente mensal para a atividade económica e o indicador coincidente mensal para o consumo privado voltaram a registar uma redução acentuada, refletindo o impacto da crise pandémica” e atingindo, em ambos, “mínimos históricos”, segundo o banco central.

Em março e abril estes indicadores tinham registado as maiores quedas mensais desde o início das séries, em 1978.

Segundo a informação divulgada esta sexta-feira, em maio, a taxa de variação homóloga do indicador para a atividade económica foi de -4%, agravando-se face aos -2,5% de abril, enquanto a variação homóloga do indicador para o consumo privado passou de -5,7% para -8% em maio.

Considerando o trimestre terminado em maio, a taxa de variação homóloga dos indicadores para a atividade económica e para o consumo privado foram negativas em 2,6% e 5,7%, respetivamente, o que compara com -1,2% e -3,4% de abril, pela mesma ordem.

Desde o início do ano, a taxa média de variação do indicador coincidente mensal para a atividade económica é de -1,4% (1,9% postivo no período homólogo de 2019), enquanto a do indicador coincidente mensal para o consumo privado é de -3,5% (3,3% em 2019).

Os indicadores coincidentes são indicadores compósitos que procuram captar a evolução subjacente da variação homóloga do respetivo agregado macroeconómico.

Ressalvando que a incorporação de nova informação pode refletir-se mensalmente na revisão dos valores passados dos indicadores coincidentes, o BdP alerta que no atual contexto de crise pandémica, “dadas as alterações bruscas e significativas nos valores das séries utilizadas na sua compilação, é expectável que se verifiquem revisões dos indicadores coincidentes superiores ao habitual”.

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“Países foram unânimes na necessidade de um acordo” sobre a bazuca europeia em julho

António Costa diz que sai da reunião do Conselho Europeu "agradado". Não há acordo ainda, mas o primeiro-ministro mostra-se confiante em que será possível alcançá-lo no próximo mês.

“Saio deste Conselho Europeu agradado”. Foi desta forma que António Costa classificou o seu estado de espírito à saída do encontro com os 27 Estados-membros da União Europeia em que esteve em cima da mesa a discussão sobre o Fundo de Recuperação, mas também o Quadro Financeiro Plurianual, para responder à crise provocada pela pandemia. Costa acredita que haverá acordo no próximo mês.

“Apesar de não haver ainda acordo, [países foram] unânimes na necessidade de um acordo em julho“, disse o primeiro-ministro à saída do encontro, em declarações transmitidas pela RTP3.

“Este não é o momento de estarmos a traçar linhas vermelhas, mas para abrirmos linhas verdes até julho“, atirou Costa, revelando que existem alguns países que continuam a discordar da proposta europeia. “Uns entendem que montante é excessivo, outros que há subvenções a mais…”, disse, revelando que houve evolução das posições dos vários países nas últimas semanas.

Aqui há algumas semanas não queriam a emissão de dívida comum, “agora já ninguém questiona emissão de dívida comum”. E, diz Costa, também “já não se discute se deve ser subvenção ou empréstimo, agora é a proporção” desses no pacote delineado pela Comissão Europeia. Se são dois terços de subvenções e um terço em empréstimos, se deve ser diferente.

Há, ainda assim, “um ou outro” país que não mudou de opinião sobre a proposta feita pela Comissão Europeia para responder à crise provocada pela pandemia, um plano que Costa considera de “muito razoável”.

O montante total do Fundo de Recuperação para o conjunto da UE atinge o valor de 750 mil milhões de euros — 500 mil milhões em subvenções e 250 mil milhões em empréstimos. O grosso do apoio financeiro deverá ser canalizado para investimentos e reformas, incluindo o fomento das transições ecológica e digital, e para a resiliência das economias nacionais.

Deste valor global do Fundo de Recuperação, Portugal poderá vir a receber 26,3 mil milhões de euros. Uma parte, num total de 15,5 mil milhões, poderá chegar através de subvenções, ou seja, a fundo perdido, e mais 10,8 milhões em empréstimos.

Além desse montante, no âmbito do Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027 de 1,1 biliões de euros que a Comissão Europeia propõe, e que também requer a aprovação do Conselho Europeu e do Parlamento Europeu, deverão chegar a Portugal 33 mil milhões de euros ao longo de sete anos.

(Notícia atualizada às 13h52 com mais informação)

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Com vírus a pressionar contas públicas, Tesouro prevê emitir 4.750 milhões em dívida de curto prazo até setembro

Atualização do programa de financiamento do país revela que ainda há margem de 13,4 mil milhões de euros para emissões de obrigações do Tesouro até ao final do ano.

Portugal prevê emitir até 4.750 milhões de euros em bilhetes do Tesouro (BT) no terceiro trimestre do ano, segundo a atualização do programa de financiamento do país divulgado esta sexta-feira pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP. Devido à pandemia, há um reforço da margem que o Tesouro tem para se endividar.

O financiamento líquido através da emissão de Bilhetes de Tesouro (BT) registará um incremento de 3,2 mil milhões de euros, que compara com uma variação liquida projetada inicialmente de 1,3 mil milhões de euros”, explicou a agência liderada por Cristina Casalinho, em comunicado, sobre o total do ano, que foi ajustado no Orçamento Suplementar às necessidades adicionais geradas pelo vírus.

Até setembro, há três leilões marcados. Vão começar a 15 de julho, com uma colocação de 1.500 milhões a 1.750 milhões a seis e 12 meses, semelhante ao que está previsto para dia 16 de setembro. A 19 de agosto, o IGCP vai recorrer às linhas de títulos a 3 e 11 meses para emitir entre 1.000 e 1.250 milhões de euros.

Fonte: IGCP

Mas a dívida de curto prazo não é o instrumento principal do IGCP, mas sim as obrigações do Tesouro (OT). “No próximo trimestre, o IGCP prevê emissões de OT através da combinação de sindicatos e leilões, sendo esperadas colocações de 1.250 a 1.500 milhões de euros por leilão“, explica.

Como é habitual, as datas dos leilões destes títulos não são conhecidos em antecipação, mas poderão ser realizados à segunda ou quarta quartas-feiras de cada mês após anúncio do montante indicativo e linhas de OT a reabrir até três dias úteis antes da respetiva data de leilão.

Na totalidade do ano, “as emissões de OT, líquidas de trocas, atingirão 29,3 mil milhões de euros, o que significa um acréscimo de 12,6 mil milhões de euros face à estimativa original”, refere a agência, acrescentando que ainda tem uma margem de 13,4 mil milhões de euros disponíveis. “Até ao final de maio, o IGCP já tinha emitido 15,4 mil milhões de OT (o que representa mais de 50% das emissões previstas para o ano).

O montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado, no ano de 2020, situa-se agora em 20,3 mil milhões de euros, representando um aumento de 10,7 mil milhões de euros face à projeção inicial.

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“Se queremos contribuir para a sustentabilidade, temos de ser mais exigentes com os investimentos”

Euronext lançou índice ESG, que pretende ser um benchmark europeu para a comercialização de produtos de investimento sustentável. No grupo de 80 cotadas estão incluídas a Galp e a Jerónimo Martins.

A Euronext, grupo que gere a bolsa de Lisboa, lançou um novo índice acionista com critérios ambientais, sociais e de governance (ESG, na sigla em inglês) que pretende que seja o primeiro benchmark europeu para o investimento sustentável. Há duas empresas portuguesas no grupo, mas os critérios de liquidez deverão impedir que Portugal tenha grande representação.

“Temos feito um esforço para ser mais exigentes nos critérios dos nossos índices”, diz Isabel Ucha, presidente da Euronext Lisbon, num encontro com jornalistas esta sexta-feira, em que apresentou os novos produtos que o grupo lançou. Entre os mais importantes está índice Euronext Eurozone ESG Large 80, que agrega as 80 large caps da Zona Euro com melhor desempenho ESG.

“Todos nós, se queremos contribuir para a sustentabilidade, devemos ser mais exigentes nos investimentos”, sublinhou Ucha. “Se formos todos mais exigentes na forma como aplicamos a nossa poupança, podemos fazer a diferença na canalização do investimento para atingirmos estes objetivos“, disse, sublinhando que há uma crescente procura por estas opções pelo que o índice responde às necessidades dos investidores.

Em comparação com o Euronext 500, as empresas deste índice têm uma pega de carbono 70% inferior. O objetivo da Euronext é que seja o benchmark para produtos indexados, como exchange-traded funds (ETF), que sejam comercializados por toda a Europa, incluindo Portugal. Ucha diz que já há procura de intermediários financeiros.

"Todos queremos transitar para energias mais limpas, mas temos de perceber que há um caminho a fazer.”

Isabel Ucha

Presidente da Euronext Lisbon

A Galp Energia e a Jerónimo Martins estão no grupo das empresas escolhidas para este benchmark. Questionada sobre a inclusão de uma petrolífera, a presidente da bolsa de Lisboa defendeu que “todos queremos transitar para energias mais limpas, mas temos de perceber que há um caminho a fazer”.

Quanto à possibilidade de inclusão de outras cotadas portuguesas — nomeadamente da EDP, que é a maior emitente em Portugal de green bonds –, Ucha explicou que será difícil devido aos critérios cumulativos de diversificação regional e setorial, a par de regras de liquidez e critérios best in class ESG.

Em linha com esta estratégia de aposta na sustentabilidade, a Euronext lançou também um novo serviço de ESG Advisory para apoiar empresas a serem mais sustentáveis. Centralizado no grupo, mas com equipas em cada país, este serviço é costumizado às necessidades de cada empresa e pode ser contratado tanto por cotadas ou emitentes de obrigações como por empresas privadas.

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Estilista lança coleção no Instagram. “Desfile virtual” foi visto por milhares de pessoas

  • ECO
  • 19 Junho 2020

A estilista congolesa Anifa Mvuemba apresentou uma nova coleção através de um desfile onde tudo era virtual. Das modelos às roupas, tudo foi desenhado em 3D e transmitido "em direto" no Instagram.

A pandemia reinventou setores e afetou muitos eventos. A indústria da moda está longe de ser exceção. Mas houve quem soubesse dar a volta por cima. Foi o caso da estilista congolesa Anifa Mvuemba, que apresentou uma nova coleção através de um desfile exclusivamente digital e com recurso à tecnologia 3D. A ideia foi transmitida pelo Instagram num conteúdo assistido por milhares de pessoas.

Intitulada “PInk Label Congo” e inspirada nas roupas que as mulheres utilizam no seu país natal, a nova coleção de Anifa Mvuemba inclui calças, macacões e vestidos num desfile onde tudo era digital: das modelos às roupas, tudo foi desenhado em 3D e transmitido “em direto” no Instagram.

Considerado um momento marcante para a indústria da moda, o evento fez as delícias dos internautas. “Não tínhamos a noção de que o desfile iria ter a adesão que teve. Não estávamos preparados para isto”, admite a designer, citada pelo South China Morning Post.

Numa entrevista à Teen Vogue, Anifa revelou também que, para além de ser uma alternativa aos desfiles tradicionais, a ideia surgiu com o intuito de levar a experiência de assistir a um desfile para pessoas que de outra forma não teriam essa oportunidade. “Sabemos que algumas pessoas nunca tiveram a possibilidade de assistir a uma semana da moda, por isso pensámos que o Instagram seria a escolha óbvia“.

Ainda assim, trazer este “desfile” para o mundo virtual não foi tarefa fácil. A estilista teve de transformar cada peça numa imagem tridimensional e usar o “corpo” de um avatar para personalizar as peças com as medidas exatas. “Foi preciso garantir que correspondia à peça real. Tivemos alguma dificuldade em garantir que o vestido fluía naturalmente como se fosse utilizado por uma mulher cheia de curvas”, explicou.

A nova coleção de Anifa é inspirada nas roupas que as mulheres usavam no Congo e pretende ainda conscientizar a sociedade para o trabalho infantil naquele país. Além do desfile, foi ainda publicado um documentário de 15 minutos para explicar todo o conceito por detrás da coleção.

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CFP alerta para “riscos descendentes” do orçamento suplementar

  • Lusa
  • 19 Junho 2020

Nazaré Costa Cabral alertou para os “riscos descendentes” apresentados no Orçamento do Estado suplementar, nomeadamente no que diz respeito à subestimação da queda do consumo privado.

A presidente do Conselho de Finanças Públicas (CFP), Nazaré Costa Cabral, alertou hoje para os “riscos descendentes” apresentados no Orçamento do Estado suplementar, nomeadamente no que diz respeito à subestimação da queda do consumo privado.

A responsável falava esta sexta-feira num webinar organizado pela sociedade de advogados RFF&Associados, numa altura que o órgão se encontra a preparar o parecer sobre o Orçamento do Estado suplementar, já aprovado na generalidade e atualmente em discussão na especialidade.

Há um aspeto que nos preocupa que é a questão particularmente de algumas das componentes do Produto Interno Bruto (PIB), em particular o comportamento do consumo privado. No cenário do Governo está estimada uma queda de 4,3% quando estimamos no CFP uma queda de 7,5% do consumo privado”, sinalizou.

Este aspeto, para Nazaré Costa Cabral, é “muito importante” porque tem relevância orçamental direta.

“Nós temos uma boa parte dos nossos impostos indiretos, impostos que estão muito relacionados com o consumo privado e portanto são aliás muito sensíveis à evolução do próprio consumo”, disse.

Esta previsão “menos pessimista” e “até pouco realista em relação ao consumo privado” traz assim consequências, na opinião de Nazaré Costa Cabral, do ponto de vista orçamental sobre o comportamento da receita fiscal.

O CFP estima uma queda do PIB entre 7,5% e 11,8% este ano devido à pandemia covid-19 e o início da recuperação em 2021, um cenário bastante mais pessimista do que o apresentado pelo Governo na proposta de orçamento suplementar de contração de 6,2% do PIB.

No total da receita corrente, que inclui a receita fiscal desde logo, temos uma diferença na ordem dos 1.700/800 milhões de euros”, disse.

É um risco descendente para o que é o resultado orçamental agora estimado pelo Ministério das Finanças.

“É um risco descendente ainda por cima porque agora vem sendo acompanhado por aquilo que é este reforço muito significativo da despesa de capital e forma como se esta a tratar do ponto de vista contabilístico, o empréstimo à TAP, na ordem dos mil milhões de euros. Há já aqui uma deterioração que não tínhamos incluído”, disse.

“Se considerarmos este dois aspetos, por um lado uma eventual subestimação da queda da receita no exercício do Ministério das Finanças que resulta desde logo de uma previsão de uma menor retração da economia particularmente do consumo privado face aquilo que são as outras previsões do CFP e outras, teremos um reforço da despesa assinalável”, disse.

São assim, na opinião de Nazaré Costa Cabral, “riscos descendentes que poderão muito facilmente materializar-se” e atirar o défice orçamental para valores mais expressivos ainda.

O Governo apresentou no passado dia 9 a proposta de Orçamento Suplementar para este ano, que prevê um défice de 6,3% e um rácio da dívida pública face ao Produto Interno Bruto (PIB) de 134,4%.

O documento, que surge como resposta à crise provocada pela covid-19, reflete o Programa de Estabilização Económica e Social e prevê, entre outras medidas, um reforço adicional do orçamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS) de 500 milhões de euros.

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Uría Menéndez- Proença de Carvalho tem novo site

"Um escritório diferente" é um dos motes anunciados na página da sociedade ibérica com sede em Lisboa, no Marquês de Pombal, tendo Bernardo Ayala e António Villacampa como managing partners.

A Uría Menéndez- Proença de Carvalho tem um novo site, inaugurado esta semana. O escritório líder no mercado ibérico, lançou uma nova imagem em www.uria.com em que realçam a arte a ocupar também um lugar de relevo.

“Onde o exercício do direito se transforma em arte” e “somos um escritório diferente” são algumas das frases que se podem ler na nova página do escritório ibérico.

“Lançamos um website mais moderno, simples e visual, onde se destaca a marca de identidade da Uría Menéndez, não apenas como sociedade de advogados, mas também como escola e como instituição relevante e respeitada e onde a arte ocupa um lugar de relevo”, segundo fonte oficial do escritório explicou à Advocatus.

A Uría Menéndez é um escritório líder no mercado ibero-americano, com presença em 12 cidades da Europa, América e Ásia. Fundada em 1946, atualmente conta com mais de 600 advogados que prestam assessoria nas áreas do Direito dos negócios português, espanhol e da União Europeia.

Com presença fixa em Portugal desde 2001, a Uría Menéndez foi, a primeira sociedade de advogados de raiz estrangeira a ser autorizada a estabelecer-se e a prestar serviços jurídicos em Portugal. Em 2010, a sociedade de advogados Proença de Carvalho & Associados juntou forças com a Uría Menéndez e, em Portugal, esta passou a operar sob a designação Uría Menéndez – Proença de Carvalho. O escritório de Lisboa conta com 120 advogados e 19 sócios.

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Oi passa de lucros a prejuízos. Perde mil milhões no trimestre

A Oi registou um prejuízo de 6.284 milhões de reais entre janeiro e março, ou mais de 1.000 milhões de euros. Empresa justifica o resultado com a desvalorização do real.

A operadora brasileira Oi perdeu 6.284 milhões de reais (1.056 milhões de euros) entre janeiro e março, um resultado negativo que compara com os lucros de 679 milhões de reais (114 milhões de euros) obtidos no mesmo trimestre de 2019.

A empresa de telecomunicações explica que os resultados foram “fortemente afetados pelos impactos da variação cambial”. Mais concretamente a desvalorização do real face ao dólar.

No mesmo período, os lucros antes de juros e impostos (EBIT) fixaram-se em 188 milhões de reais (31,6 milhões de euros), uma queda expressiva face aos 925 milhões de reais (155,5 milhões de euros) registados no primeiro trimestre de 2019.

As receitas da Oi caíram 7,4% no primeiro trimestre comparativamente com o período homólogo, tendo-se fixado em 7.749 milhões de reais (1.302 milhões de euros). É também uma queda de 3,4% na análise em cadeia.

Ao nível operacional, a companhia destaca o ter alcançado a meta do milhão de clientes de fibra ótica, assim como o disparo de 701% nas receitas com os clientes desta tecnologia, que passaram de 26 milhões de reais (4,3 milhões de euros) no primeiro trimestre de 2019 para 205 milhões de reais (34,5 milhões de euros) no primeiro trimestre deste ano.

Esta semana foi conhecido o plano da Oi para vender a rede móvel no Brasil ao maior lance, tendo estipulado um preço mínimo de 15 mil milhões de reais (2.500 milhões de euros). A empresa propôs também um aditamento ao plano de recuperação judicial que poderá facilitar a criação e alienação de unidades produtivas dentro da empresa.

A Oi é detida em 4,94% pela Bratel, uma empresa controlada na totalidade pela portuguesa Pharol PHR 1,57% . A Pharol é a antiga holding da Portugal Telecom e as respetivas são cotadas na bolsa de Lisboa.

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Raposo Subtil e Associados integra rede Nextlaw

A firma Raposo Subtil e Associados integrou a Nextlaw Referral Network, uma rede de referência jurídica.O objetivo é permitir conectar com clientes a advogados em todo o mundo.

A sociedade de advogados RSA – Raposo Subtil e Associados integrou a Nextlaw Referral Network, de forma a permitir conectar com clientes a advogados em todo o mundo. A Nextlaw Referral Network é uma das maiores redes de referência jurídica do mundo, com mais de 650 escritórios associados e 30.000 advogados em mais de 200 países.

“Ao ingressar na Nextlaw Referral Network, podemos oferecer aos nossos clientes um melhor serviço, continuando a atendê-los onde atualmente temos escritórios, além de poder recomendar-lhes advogados de primeira linha em outras jurisdições onde tenham negócios e necessitem de assessoria jurídica negócios”, nota Pedro Gonçalves Paes, sócio da RSA.

A Nextlaw Referral Network foi criada pela Dentons, o um dos maiores escritórios de advocacia do mundo. A rede, cuja adesão é gratuita, utiliza um sistema de triagem detalhado para garantir a qualidade dos escritórios de advogados membros e desenvolveu uma tecnologia para permitir que os membros identifiquem advogados de outras firmas-membro com a experiência adequada de que os clientes necessitam.

Paul Hatch, CEO da Nextlaw Referral Network, afirma “estar orgulhoso” de ter a RSA na sua rede. “Somos tão bons quanto a qualidade dos escritórios que nos integram e a RSA torna-nos mais fortes e mais capazes de atender às necessidades dos clientes nos países de língua portuguesa em todo o mundo”, acrescenta.

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Bolsa de Lisboa adapta-se ao novo normal. Cotadas já podem fazer roadshow online

Gestores que viajam por vários países em reuniões sem fim para captar financiamento de investidores pode passar a ser uma realidade do passado. Grupo Euronext já fez dois IPO após encontros digitais.

O coronavírus mudou a forma de viver, de trabalhar e até de captar investimento. A Euronext, grupo que gere a bolsa de Lisboa, já realizou rondas de encontros online entre dois emitentes e investidores e diz que a tendência poderá ficar mesmo depois da pandemia. “Vai poupar muito tempo, muito esforço e o ambiente também porque não vamos ter as pessoas a viajarem durante semanas”, diz a presidente da Euronext Lisbon, Isabel Ucha.

“Alterámos, melhorámos e desenvolvemos serviços que já tínhamos face a este contexto em que estamos todos a trabalhar remotamente, designadamente o nosso serviço de webcast que agora permite fazer roadshows de colocação de títulos eletronicamente”, afirmou Ucha, num encontro esta sexta-feira com jornalistas de atualização da estratégia do grupo.

A presidente da bolsa de Lisboa considera que a experiência bem-sucedida — que levou a duas ofertas públicas iniciais (IPO, na sigla em inglês), na Noruega e na Holanda — poderá levar a que esta solução faça parte do novo normal após a pandemia.

"A equipa de gestão, o CEO, o CFO, etc. iam país a país e investidor a investidor apresentar a sua equity story ou a sua bond story e agora podem-no fazer a partir desta plataforma.”

Isabel Ucha

Presidente da Euronext Lisbon

“É um mecanismo de comunicação online em que a empresa pode fazer o seu pitch. Habitualmente faziam-nos presencialmente. A equipa de gestão, o CEO, o CFO, etc. iam país a país e investidor a investidor apresentar a sua equity story ou a sua bond story e agora podem-no fazer a partir desta plataforma. Ou seja, o pitch é feito a partir do seu escritório e depois há opção de fazer perguntas. Portanto, podemos sem sair da secretária agendar um dia inteiro de conversas com investidores“.

Esta opção segue em linha com as recomendações que a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários fez aos emitentes para se adaptarem à pandemia. Também as assembleias gerais de acionistas foram realizadas de forma virtual.

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Dívida do Reino Unido sobe em maio para valor mais alto desde 1963

  • Lusa
  • 19 Junho 2020

Em maio, o endividamento público no Reino Unido atingiu um nível recorde e a dívida ultrapassou 100% do Produto Interno Bruto, o que já não acontecia desde 1963.

A dívida acumulada do Reino Unido atingiu 1,95 biliões de libras (cerca de 2,16 biliões de euros) em maio, 100,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, a percentagem mais elevada desde 1963, foi hoje anunciado.

Segundo o instituto de estatística britânico (Office for National Statistics, ONS), o Reino Unido atingiu este nível depois do Governo ter contraído um empréstimo de 55,2 mil milhões de libras (61,272 milhões de euros) em maio último, um valor nove vezes superior ao atingido em maio do ano passado e o mais elevado desde 1993.

Isto em resposta às fortes medidas tomadas pelo Governo britânico para ajudar os trabalhadores após a imposição do encerramento no final de março para conter a propagação da pandemia de covid-19 no país.

Face à paralisação económica, o Governo adotou um plano para ajudar as empresas a pagar os salários dos trabalhadores até 80% dos salários, o que custou aos cofres do Estado cerca de 60 mil milhões de libras (66,6 mil milhões de euros).

O Ministro das Finanças britânico, Rishi Sunak, afirmou esta sexta-feira que estes números confirmam o duro impacto da covid-19 nas finanças públicas e salientou a necessidade de reabrir a economia.

“A melhor maneira de restaurar as nossas finanças públicas para níveis mais sustentáveis é reabrir com segurança a nossa economia para que as pessoas possam regressar ao trabalho”, acrescentou.

“Estabelecemos o nosso plano para o fazer de forma gradual e segura, incluindo a reabertura de lojas no país esta semana“, acrescentou o ministro sobre a desconfinamento.

As lojas que vendem artigos não essenciais reabriram esta semana, mas têm de cumprir medidas de segurança, como uma distância física de dois metros entre as pessoas que entram nos estabelecimentos.

O ONS estima que a dívida para o ano fiscal de 2020-21 poderá atingir 298 mil milhões de libras (330,78 mil milhões de euros), o valor anual mais elevado desde a Segunda Guerra Mundial.

Perante a crise da pandemia, o Banco de Inglaterra decidiu na quinta-feira expandir o programa de flexibilização da compra de dívida pública e privada em 100 mil milhões de libras (110.873 milhões de euros) para 745 mil milhões de libras, mas manteve as taxas de juro em 0,1%.

O Comité de Política Monetária votou 8 contra 1 a favor de dar uma maior contribuição para o programa acima referido até atingir 745 mil milhões de libras (832,5 mil milhões de euros), embora tenha reconhecido que o impacto da pandemia na economia britânica pode ser “menos grave” do que inicialmente se receava.

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