EDP Distribuição vai passar a chamar-se E-Redes. ERSE dita mudança de imagem e de marca

O operador de redes de distribuição tem agora um período transitório até 31 de janeiro de 2021 para implementar todas as medidas necessárias à concretização da sua nova image, escolhida pelo regulador

Primeiro foi a EDP Serviço Universal que mudou de nome para SU Eletricidade por ordem da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). Agora o regulador determinou também a mudança de marca e imagem da EDP Distribuição para E-Redes. O típico logótipo vermelho do grupo EDP é assim substituído por um de fundo amarelo, com letras pretas. A medida, diz a ERSE, tem como objetivo “evitar confusões entre as restantes marcas do grupo EDP e será implementada de forma gradual por forma a assegurar a neutralidade de custos para os consumidores de eletricidade”.

No terreno, a EDP Distribuição tem agora um período transitório de cinco meses para implementar todas as medidas necessárias à concretização da sua nova imagem corporativa, somando-se ainda um período adicional até 31 de dezembro de 2021 para a mudança das instalações de atendimento de utilização exclusiva do operador de rede de distribuição. Já até 31 de outubro de 2020, a EDP Distribuição tem de comunicar à ERSE, para aprovação, a calendarização e planificação do processo de mudança.

A empresa do grupo EDP garantiu já em comunicado que o processo de alteração de marca deverá estar concluído até 31 de janeiro de 2021, sendo que até ao final do próximo ano serão feitas as ações necessárias para a total alteração de imagem. “O projeto de mudança será gradual e irá incidir sobre infraestruturas, pontos de atendimento, frota, sistemas de informação, suportes de comunicação e equipamentos de proteção dos operacionais do terreno“, diz a EDP Distribuição.

“O processo da diferenciação de imagem corporativa, incluindo instalações de atendimento, equipamentos ou outros elementos físicos, deve ser implementada de modo gradual e incremental, assegurando a neutralidade de custos”, refere a ERSE. Além disso, o projeto detalhado de alteração de imagem tem de garantir “uma transição sem qualquer perturbação para os consumidores, companhias, concessionários, autarquias e outras entidades que se relacionam com a empresa”.

Já a EDP Distribuição garante que “com esta alteração de imagem, que deixa de ter elementos de cor ou design comuns a outras empresas do universo EDP, reforça-se também a identificação e a singularidade da operadora de redes de distribuição”. Esta mudança faz parte da estratégia de aposta do grupo EDP nas redes de distribuição de eletricidade na Península Ibérica (com a recente compra da espanhola Viesgo), já que uniformiza o nome das operadoras de rede a nível ibérico: em Espanha também já está implementado o nome E-Redes. O grupo EDP está também a apostar nas redes de distribuição no Brasil, onde participará em novos leilões no final deste ano.

Em 2017, na última revisão do Regulamento de Relações Comerciais do setor elétrico (RRC), a ERSE impôs um aprofundamento da separação de imagem entre operadores do mesmo grupo (neste caso, a EDP), com destaque para o operador da rede de distribuição, em linha com as orientações da Comissão Europeia. Nesse contexto, a EDP Distribuição, enquanto operador de rede de distribuição em alta, média e baixa tensão no setor elétrico, remeteu à ERSE uma proposta de diferenciação de imagem. O processo de mudança durava já há dois anos, tendo ficado em stand by devido ao lançamento dos procedimentos dos concursos para a atribuição de concessões municipais de distribuição de eletricidade, também em 2017, e que se encontra ainda pendente de conclusão.

O fim dos contratos a 20 anos estabelecidos entre os municípios e a EDP Distribuição “veio interferir no processo, tendo aconselhado prudência acrescida quanto a alterações sobre ativos em baixa tensão, incluindo a imagem”.

“Por imposição regulamentar, a ERSE aprova agora, como diferenciação de imagem, a opção de linha gráfica de cor amarela e a designação comercial E-Redes propostas pela empresa. Determina também que a linha gráfica de cor amarela e a designação comercial E-Redes não podem conter elementos gráficos, cromáticos, simbológicos ou comunicacionais comuns com quaisquer outras empresas integradas no grupo EDP, designadamente comercializadores em regime de mercado ou comercializadores de último recurso”, refere o regulador em comunicado.

E precisamente porque ainda decorre o processo de concessão da distribuição de energia elétrica em baixa tensão, a EDP Distribuição não pode levar a cabo para já nenhuma ação promocional da nova marca E-Redes “que extravase o estrito cumprimento do dever de informação aos operadores económicos que consigo se relacionam”, refere a ERSE

A EDP Distribuição é a empresa concessionária da rede de distribuição de alta e média tensão em Portugal Continental e das redes de baixa tensão dos 278 municípios portugueses. A empresa distribui eletricidade para 99,5% dos pontos de entrega nacionais, totalizando cerca de 6 milhões de clientes. Enquanto operadora de rede, a EDP Distribuição está presente em todo o território continental gerindo 179 mil quilómetros de rede aérea e 49 mil de rede subterrânea. Nos últimos 16 anos, reduziu o tempo médio de interrupção de serviço na ordem dos 86%.

A futura E-Redes irá garantir o mesmo nível de serviço e as operações a nível nacional através das concessões de distribuição de energia de alta, média e baixa tensão. “A empresa mantém ainda o seu empenho na transição energética e o compromisso de continuar a ser uma marca de confiança e próxima dos consumidores, com um serviço de qualidade, focado no cliente e orientado por forte responsabilidade social”, refere o comunicado.

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Investimento em imobiliário cai para 90 milhões

  • Lusa
  • 13 Agosto 2020

Em Portugal, o investimento em imobiliário caiu para 90 milhões de euros no segundo trimestre deste ano, face aos 1.480 milhões de euros do primeiro trimestre.

O investimento em imobiliário em Portugal caiu para 90 milhões de euros no segundo trimestre deste ano, face aos 1.480 milhões de euros do primeiro trimestre, devido ao impacto da Covid-19, adiantou Fernando Ferreira, da consultora JLL.

Em declarações à agência Lusa, o diretor de Capital Markets da empresa disse que “mais do que nunca o primeiro semestre divide-se em primeiro e segundo trimestre, antes e depois da Covid-19”, referiu.

“Tivemos um primeiro trimestre com uma performance absolutamente excecional devido a algumas transações que se iniciaram no final do ano passado, mas que acabaram por se concretizar só este ano, incluindo uma transação que já foi noticiada, a venda por parte da Sonae Sierra de uma posição relevante em alguns ativos”, o que fez “com que os volumes de investimento alcançado fossem muito relevantes”, indicou Fernando Ferreira.

“O que temos assistido nos últimos meses é que o apetite por parte dos investidores, pese a incerteza do mercado, mantém-se”, garantiu, indicando que há “muitos com vontade de investir em Portugal” bem como “transações que estão, neste momento, a avançar” e que esperam concluir no “terceiro ou último trimestre” deste ano, referiu.

Ainda assim, Fernando Ferreira diz que “há segmentos que acabam por ser mais resilientes do que outros, nomeadamente os escritórios” e “tudo o que seja contratos com alguma duração, de retalho alimentar, supermercados e hipermercados”.

Além disso, o diretor da consultora observou “um apetite cada vez maior para a classe residencial como investimento e não como produto de venda ao particular”, algo que é uma tendência mundial.

“Muitos investidores olham para o residencial como uma classe de ativos muito resiliente e, por essa razão, procuram oportunidades em Portugal”, indicou.

Também tudo o que está relacionado com a área de living, como residências seniores ou de estudantes, “continua a despertar interesse”, garantiu.

Em sentido contrário está o retalho, que foi muito prejudicado pelo impacto da covid-19, nomeadamente a área de centros comerciais.

Fernando Ferreira destacou o impacto da legislação aplicada a estes espaços, no âmbito da pandemia e que passou pela suspensão de pagamentos de rendas fixas pelos lojistas.

“Não era expectável que pudesse ser aprovada uma medida destas que vai contra tudo aquilo que se espera possa acontecer numa relação entre privados. Enquanto a Covid-19 estiver por cá vai criar restrições ao consumo”, referiu, salientando que “existe por parte dos investidores um nível de prudência muito grande relativamente a tudo o que tenha a ver com o retalho”.

“Falamos com investidores, gestores e ocupantes de centros comerciais e houve medidas de parte a parte para encontrar soluções que pudessem viabilizar os centros comerciais e os retalhistas no futuro e tentando encontrar acordos entre as partes”, indicou.

“Esta medida chega muito tarde, quando já havia acordos a ser assinados e é do interesse também dos proprietários dos centros comerciais que os retalhistas possam estar em condições de voltar a operar as lojas”, indicou Fernando Ferreira.

O responsável da JLL estima, ainda assim, que “o volume de investimento vá ultrapassar os 2,5 mil milhões de euros até ao final deste ano”.

“Existem transações em ‘pipeline’ [projeto] que permitem chegar a esse número”, assegurou, indicando mesmo que “algumas têm uma dimensão mais relevante” e que se todas forem concretizadas pode-se atingir “um cenário com volumes de investimento muito idênticos ao ano anterior”.

No entanto, reconheceu, vive-se “num clima muito inconstante”.

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Lotação da Festa do Avante reduzida a metade é igual ao Estádio do Porto cheio, ironiza Rui Rio

  • ECO
  • 13 Agosto 2020

Líder do PSD mostra-se expectante em relação à redução do número de pessoas que o Governo vai anunciar para o Avante. Rio realça que metade da lotação corresponde ao estádio do Porto ou SCP cheios.

A festa do Avante continua a dar que falar. A lotação oficial do recinto é de 100 mil pessoas, mas a ministra da Saúde, Marta Temido, já avançou que a lotação máxima tinha de ser revista e inferior à capacidade máxima. O líder do PSD, Rui Rio mostra-se expectante em relação à redução do número de pessoas que o Governo vai anunciar e pede coerência.

Rui Rio já se pronunciou através da sua conta do Twitter e lembra que reduzir para metade a lotação do evento corresponde aos estádios do Porto ou Sporting “completamente cheios”.

“Se reduzirem a lotação máxima (100.000 pessoas) em 50%, ela passará a corresponder ao Estádio do Porto ou do Sporting completamente cheios. Aguardo com expectativa qual será a anunciada redução que o Governo irá fazer, em coerência com a sua obrigação de defesa da saúde pública”, escreve o líder do PSD no Twitter.

 

O Partido Comunista Português já reagiu ao comentário do líder do PSD e acusou Rui Rio de desonestidade política e “má-fé”. “Há afirmações tão ridículas que só podem assentar numa aversão sem limites ao PCP e à sua luta pelos direitos dos trabalhadores e do povo”, respondeu o PCP, em nota divulgada pelo gabinete de imprensa comunista.

Para o PCP, “comparar lotações de estádios de futebol, fingindo ignorar a diferença de área desses espaços com o terreno da Festa do Avante!, que é cerca de 20 vezes maior, só pode ser compreendido por má-fé e desonestidade política subjacentes aos tiques da conhecida intolerância democrática desta pessoa”, escreve o Partido Comunista Português, na sua página de Facebook.

A organização comunista da Festa do Avante garante que vai cumprir todas as regras de distanciamento e higiene. O dirigente do PCP, Alexandre Araújo, confirmou que a venda de bebidas alcoólicas, por exemplo, vai respeitar “legislação e regras em vigor”, pois, “neste momento, é proibida a sua venda depois das 20h00, à exceção de estabelecimentos de restauração”. Na conferência de imprensa de apresentação do evento, o responsável evitou adiantar números em relação ao número de bilhetes vendidos ou qualquer previsão de visitantes.

(Notícia atualizada às 13h05 com a reação do PCP ao comentário de Rui Rio)

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Câmara de Lisboa já apoiou a aquisição de 50 bicicletas num total de 373 candidaturas

  • Lusa
  • 13 Agosto 2020

Autarquia de Lisboa recebeu 373 candidaturas no âmbito do Programa de Apoio à Aquisição de Bicicleta e já efetuou os primeiros 50 pagamentos, no valor de cerca de 14 mil euros.

A Câmara de Lisboa já recebeu, desde 03 de agosto, 373 candidaturas no âmbito do Programa de Apoio à Aquisição de Bicicleta e efetuou os primeiros 50 pagamentos, no valor de cerca de 14 mil euros, foi anunciado esta quinta-feira.

O perfil dominante do beneficiário destas primeiras candidaturas que já foram apoiadas “equivale ao adulto residente na cidade de Lisboa (84%), seguido do trabalhador na cidade (12%) e, por último, de estudantes”, dá conta a autarquia num comunicado enviado à agência Lusa.

Das 50 bicicletas comparticipadas, 74% são elétricas e 26% convencionais, indica o município.

Desde que o processo de candidaturas abriu (03 de agosto), a Câmara Municipal de Lisboa, presidida por Fernando Medina (PS), recebeu um total de 373 candidaturas, “das quais 50 já tiveram benefício atribuído, estando as restantes em análise”.

As candidaturas ao programa, que tem uma dotação total de cerca de três milhões de euros, deverão ser submetidas através do site e os requerentes que cumpram todos os requisitos recebem uma quantia, variável em função do tipo e do valor da bicicleta, pela sua aquisição.

Desde o dia 03 de agosto só são válidas as compras feitas numa das lojas aderentes, que podem ser consultada no mesmo site.

“Podem ainda ser apoiadas compras entre 03 de junho e 03 de agosto realizadas em qualquer loja de Lisboa, desde que cumpram com o programa em vigor”, recorda a nota.

A dotação do programa é de 1,5 milhões de euros para a aquisição de bicicletas convencionais e adaptadas para pessoas com mobilidade reduzida (elétricas ou não), um milhão de euros para bicicletas assistidas eletricamente e 500 mil euros para bicicletas de carga, segundo a proposta aprovada pela Assembleia Municipal de Lisboa em julho.

No caso das bicicletas convencionais, a Câmara de Lisboa irá apoiar a compra de bicicletas através de um reembolso de 50% do valor da bicicleta, até ao máximo de 100 euros, podendo beneficiar do apoio os residentes no concelho de Lisboa, estudantes (do 1.º ciclo ao ensino superior), bem como “os trabalhadores com local de trabalho habitual no concelho de Lisboa”.

Já o apoio à aquisição de bicicletas adaptadas convencionais “traduz-se na atribuição de comparticipação financeira de 75% do valor da respetiva aquisição, até ao máximo de 200 euros”.

Relativamente às bicicletas elétricas, a Câmara de Lisboa atribui uma compensação financeira de 50% do valor da bicicleta até ao valor máximo de 350 euros, enquanto o reembolso no caso das bicicletas elétricas adaptadas sobe para 75%, até ao máximo de 500 euros.

Quanto às bicicletas de carga, o município reembolsa os compradores com 50% do valor do equipamento, até ao máximo de 500 euros.

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Após a falência, Wirecard de saída do Dax alemão

  • ECO
  • 13 Agosto 2020

A bolsa alemã vai retirar a insolvente Wirecard do seu índice de referência DAX a 21 de agosto antes da revisão trimestral regular prevista para setembro.

A bolsa alemã vai retirar a Wirecard do seu índice de referência DAX a 21 de agosto antes da revisão trimestral regular prevista para setembro, após o colapso da fintech alemã envolvida em acusações de fraude contabilística, escreve o Expansión (acesso livre, conteúdo em espanhol) esta quinta-feira.

A decisão da Deutsche Boerse surge no seguimento da alteração das regras que regem os seus índices de referência da bolsa e que se enquadram no âmbito da declaração de insolvência da Wirecard em junho. De acordo com essas regras a retirada de empresas falidas do índice deve ser imediata e em vez de esperada a respetiva revisão periódica marcada para 3 de setembro.

“De acordo com as novas regras, as empresas insolventes serão removidas dos índices de referência DAX com pré-aviso de dois dias de negociação”, disse a bolsa alemã em comunicado que esclarece que aplicará as novas regras a partir do próximo dia 19 de agosto. Por isso, as alterações na composição dos índices resultante desta modificação entrará em vigor a partir de 21 de agosto de 2020.

“Mudanças na composição dos índices de referência DAX serão comunicadas a 19 de agosto de 2020 após as 22h00 e serão implementadas a 21 de agosto após o fecho do mercado. Os índices afetados serão calculados com a nova composição a partir de 24 agosto de 2020”, anunciou a bolsa germânica, especificando que “essas mudanças nas regras se aplicariam à Wirecard”.

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Colquímica Adhesives: Formar o que o mercado não dá

Aos 36 anos, Ana Romualdo lidera as pessoas na Colquímica Adhesives, um dos maiores produtores de adesivos industriais do mundo e prepara um novo desafio: formar equipa para a estreia nos EUA.

Ana Romualdo é diretora de pessoas da Colquímica.

Começou a contagem decrescente para a estreia mas Ana Romualdo há muito que prepara o trabalho para o que aí vem. A Colquímica Adhesives, um dos maiores produtores de adesivos industriais do mundo, ultima os preparativos para a fábrica dos Estados Unidos – já conta com presença em Portugal e na Polónia – e esse evento é um dos principais desafios deste ano para a diretora de recursos humanos da empresa. Aos 36 anos, este é o quarto em que lidera a equipa de cerca de 270 trabalhadores, 180 dos quais em Portugal.

Depois de ter começado a carreira no grupo Efacec, onde estagiou e trabalhou na área dos recursos humanos, liderando equipas de projeto dentro da área de recursos humanos, considera que a passagem por esta empresa “foi uma escola, obviamente”, assinala. A decisão de estudar recursos humanos decorreu do interesse pela área da psicologia.

“É uma área que me traz bastante satisfação: fazer com que as pessoas consigam um bom equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Escolhi-a essencialmente para poder trabalhar com pessoas, ajudá-las a conseguirem os seus objetivos. Temos um papel muito importante e podemos ter um grande impacto na forma como nos sentimos bem”, explica a diretora de recursos humanos da Colquímica.

Temos um papel muito importante e podemos ter um grande impacto na forma como nos sentimos bem.

Ana Romualdo

Ainda na Efacec, surgiu a oportunidade de abraçar um novo desafio: liderar a área de recursos humanos num contexto corporativo, não só em Portugal como na Polónia e, brevemente, nos Estados Unidos. “Tenho aqui tenho a componente internacional, com novos desafios como questões legais, culturais. Os desafios acabam por ter esta questão de diferentes culturas, geografias, liderar pessoas nessas diferentes geografias. E, claro, ajudar a empresa a crescer na área de recursos humanos. (…) Estamos a preparar expansão e vamos fábrica nesse mercado. Será um novo desafio para mim”, explica à Pessoas.

Um dos grandes desafios dessa expansão é a definição das políticas e práticas da área, assim como preparar o processo de recrutamento e uma equipa local que dará seguimento ao trabalho no local.

Voltando a 2016, o arranque de Ana na Colquímica ficou marcado pela aposta no atual programa de onboarding, preocupação que, até aí, pouco existia. “Houve um grande trabalho comum entre Portugal e Polónia para uniformizar as políticas e para fazer o acolhimento de forma personalizada”, explica. Em detalhe, o programa à medida inclui um pedido feito a todos os novos trabalhadores: um powerpoint em que o próprio se apresenta a toda a equipa, no dia anterior à sua entrada. “Enviamos por email, divulgamos junto de todas as pessoas”, explica.

Além dessa apresentação pública, a Colquímica publica uma revista digital onde, todos os meses, são atualizadas as novas contratações. O programa de acolhimento prevê ainda um pequeno-almoço com a administração e os recursos humanos, e um follow up após três meses da data de entrada, “no sentido de percebermos se o plano inicial está a ser cumprido e se, do ponto de vista das condições, há algo que está em falta”, explica Ana Romualdo.

No entanto, uma das grandes apostas da empresa é a formação. “No mercado, é difícil encontrar pessoas que já tragam know how exatamente igual ao que procuramos”, assinala a diretora de recursos humanos. Perfis da área da química (engenharia ou ciências, ou química pura e dura) são os mais procurados mas é raro que as pessoas, mesmo com experiência, tragam valências ligadas mais às áreas de matérias-primas ou de máquinas.

O plano de formação anual, associado ao processo de avaliação de desempenho, é outra das práticas da empresa em matéria de capacitação dos trabalhadores.

“São identificadas as necessidades de formação mas, por outro lado, sempre que recrutamos alguém temos de definir as necessidades de formação dessa nova pessoa que entra na empresa. (…) Acabamos por formar internamente: somos uma espécie de escola para esses elementos. Tentamos adaptar-nos e apostar na formação técnica, muitas vezes internacional, para garantir o conhecimento dos nossos profissionais”.

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Exportações de saúde em contraciclo subiram cerca de 17%

  • Lusa
  • 13 Agosto 2020

Exportações portuguesas em Saúde cresceram 17% no primeiro semestre. Setor exportou 810 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, um valor superior em 115 milhões face ao período homólogo.

As exportações portuguesas de saúde cresceram, no primeiro semestre deste ano, quase 17%, para 810 milhões de euros, face ao período homólogo, segundo indicou esta quinta-feira a associação Health Cluster Portugal.

A entidade, que citou dados da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), tendo como fonte o Instituto Nacional de Estatística (INE), acredita que a “pandemia não afetou a tendência de crescimento” registada nas exportações portuguesas em saúde.

Assim, de acordo com um comunicado, “as exportações em saúde estão em contraciclo com a balança comercial portuguesa”, tendo aumentado “quase 17%, (16,4%) enquanto a balança comercial portuguesa diminuiu 17,1%”.

No total, de acordo com a mesma nota, o setor exportou 810 milhões de euros no primeiro semestre de 2020, um valor superior em 115 milhões euros ao do período homologo de 2019.

Os valores referem-se ao fabrico de produtos farmacêuticos de base, de preparações farmacêuticas, de equipamento de radiação e eletromedicina e de instrumentos e material médico-cirúrgico, de acordo com a organização.

“Estes dados reforçam o peso do setor da saúde na economia nacional e refletem o esforço que tem sido feito pelas diferentes entidades no sentido de consolidar a presença de Portugal nos mercados externos”, indicou a associação, na mesma nota.

Por sua vez, Salvador de Mello, presidente do Health Cluster Portugal, acredita que este desempenho demonstra “a resiliência de um setor que tem crescido de forma sustentada, contribuindo para a economia nacional”.

“Estes dados, que também traduzem a aposta que tem sido feita na internacionalização, estão em linha com o pacto de competitividade e internacionalização para a saúde, assinado no ano passado entre o Ministério da Economia e o Health Cluster Portugal”, referiu, citado no comunicado.

De acordo com a mesma nota, em Portugal a saúde conta com “um volume de negócios anual na ordem dos 30 mil milhões de euros e um valor acrescentado bruto de cerca de nove mil milhões de euros, envolvendo perto de 90 mil empresas”, empregando quase 300 mil pessoas.

A Health Cluster Portugal é uma associação privada sem fins lucrativos que reúne atualmente mais de 180 associados, incluindo instituições de investigação e desenvolvimento, universidades, hospitais, organizações da sociedade civil, bem como empresas das áreas da farmacêutica, biotecnologia, tecnologias médicas e serviços.

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Nas notícias lá fora: Taxas alfandegárias, TUI e Wirecard

  • ECO
  • 13 Agosto 2020

Alterações na lista de produtos da UE sujeitos a taxas alfandegárias pelos EUA, saída da Wirecard do DAX e perdas de mais de mil milhões da gigante das viagens TUI devido à pandemia em destaque.

Pequenas alterações na lista de produtos da UE sujeitos a taxas alfandegárias por parte dos EUA são notícia no dia em que é sabido que a inflação na Venezuela disparou 843% na primeira metade do ano. Em termos empresariais, destaque para as perdas de 1,1 mil milhões do gigante das viagens TUI devido à pandemia, para a saída da Wirecard do principal índice bolsista alemão, enquanto é ainda avançada a possibilidade de Itália e a Euronext poderem unir-se para comprar a bolsa italiana à de Londres.

FXStreet

EUA fazem pequenas alterações a lista de produtos da UE sujeitos a taxas alfandegárias

O Governo dos EUA anunciou uma “modesta modificação” da lista de produtos europeus sujeitos a tarifas alfandegárias, excluindo alguns gregos e britânicos e incluindo outros alemães e franceses, mantendo a taxa entre 15% e 25%, impostas como represália aos apoios que a Airbus recebe. “A União Europeia e os Estados-membros não tomaram as ações necessárias para cumprir com as decisões da Organização Mundial do Comércio (OMC)”, disse o representante dos EUA para o Comércio Externo, Robert Lighthizer. Não obstante, Lighthizer adiantou que vai começar “um novo processo para alcançar” uma solução “duradoura”. Lighthizer qualificou as alterações como “modestas” e realçou que “o volume de produtos europeus sujeitos a estas medidas continuará sem alterações, em 7,5 mil milhões de euros, e as taxas em 15% sobre produtos aeronáuticos e 25% para os outros”. Esta modificação entra em vigor a 1 de setembro.

Leia a notícia completa na FxStreet (acesso livro, conteúdo em inglês)

Expansión

Wirecard de saída do Dax alemão

A Deutsche Boerse vai retirar a Wirecard do seu índice de referência DAX a 21 de agosto antes da revisão trimestral regular prevista para setembro, decisão que surge após o colapso da fintech alemã que está envolvida em acusações de fraude contabilística. A decisão surge no seguimento da alteração das regras que regem os índices de referência da bolsa germânica e após a Wirecard ter declarado insolvência em junho. Essas regras favorecem a retirada imediata das empresas falidas do índice, em vez de esperar pela revisão. “De acordo com as novas regras, as empresas insolventes serão removidas dos índices de referência DAX com pré-aviso de dois dias de negociação”, disse a bolsa alemã em comunicado.

Leia a notícia completa no Expansión (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Reuters

TUI com quebra de receitas de 1,1 mil milhões devido à pandemia

A operadora de turismo alemã registou uma queda de 1.100 milhões de euros nas suas receitas entre março e junho, que ficaram 98% aquém do verificado no mesmo período de 2019. O confinamento e o encerramento de fronteiras nesse período afundou as receitas da gigante alemã, que em todo o caso denota uma recuperação da procura desde a abertura das contratações de viagens. A TUI diz já ter 57% do programa de verão de 2020 vendido, enquanto para a época alta de 2021 as reservas aumentaram 145%.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Bloomberg

Itália e Euronext unidas para ficar com a bolsa Italiana

Itália estará a considerar associar-se à Euronext — plataforma da qual faz parte a bolsa portuguesa — com vista à aquisição da operadora de bolsa do país. Segundo fontes próximas, o governo e a Euronext têm estado a ponderar a possibilidade de uma compra conjunta da Borsa Italiana, propriedade da London Stock Exchange. No cenário em discussão, a Euronext acabaria por ficar proprietária da bolsa italiana, enquanto a estatal Cassa Depositi e Prestiti ficaria com uma participação na Euronext.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso pago, conteúdo em inglês)

Diario las Américas

Venezuela com inflação de 843% nos primeiros sete meses do ano

O preço dos produtos e serviços na Venezuela registou uma subida média de 55,5% em julho, elevando para 843,44% a inflação acumulada desde janeiro, anunciou a Comissão de Finanças do Parlamento venezuelano. “Os números (da inflação) registaram um aumento de 55,5% no mês de julho e a inflação acumulada é de 843,33%. Os itens que mais aumentaram foram os serviços públicos, seguidos pelos serviços de comunicação”, disse o presidente da Comissão de Finanças. Durante uma conferência de imprensa através da plataforma Zoom, Alfonso Marquina precisou que ao longo do mês de julho os preços dos serviços públicos e dos serviços de comunicação aumentaram 483,5% e 326,4%, respetivamente. O deputado frisou que o bolívar, a moeda venezuelana, “lamentavelmente, já não é aceite como mecanismo de pagamento”.

Leia a notícia completa no Diario las Américas (acesso livre, conteúdo em espanhol)

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Banco de Portugal já deu luz verde ao Banco de Fomento

  • ECO
  • 13 Agosto 2020

O objetivo do Governo é que, dentro de cerca de um mês, esteja concretizado o processo de fusão da IFD e da PME Investimentos na SPGM. Composição da administração ainda está por acertar.

O Banco de Portugal já deu luz verde ao Banco de Fomento e por isso o diploma que cria o Banco de Fomento, na sua versão definitiva, será aprovado formalmente pelo Conselho de Ministros na reunião desta quinta-feira, avança o Público (acesso condicionado).

A aprovação do Banco de Portugal era o único passo que faltava neste processo, depois de Bruxelas também já ter dado o seu aval. Agora, depois de uma primeira aprovação em Conselho de Ministros, o processo pode ser concluído e sair finalmente do papel. O objetivo do Governo é que a formalização do Banco Português de Fomento seja célere e que dentro de cerca de um mês esteja concretizado o processo de fusão da Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD) e da PME Investimento na Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua (SPGM).

A composição da sua administração ainda está por acertar, mas o processo estará em fase de finalização, de acordo com o Público.

Já em entrevista ao Observador (acesso pago), o ministro da Economia sublinhou que o banco se destinará sobretudo às empresas porque “o financiamento tem várias falhas de mercado”. “Micro, pequenas e médias empresas têm dificuldade em aceder a crédito para apoio à sua tesouraria, mas sobretudo para aceder a crédito ao investimento com prazos adequados. Os bancos estão cada vez mais cuidadosos na concessão de crédito. É preciso que haja um qualquer apoio público. Queremos concentrar os recursos – humanos, técnicos e financeiros – para lhes dar maior escala; alargar o âmbito das operações que podemos realiza”, explicou Siza Vieira.

O número dois do Governo diz que “à partida” o banco não estará envolvido em grandes projetos e além de se concentra na concessão de crédito a mais longo prazo, 15 a 20 anos, a instituição poderá também ajudar as small mid-caps, que têm 500 trabalhadores, e as mid-caps, até aos três mil porque “o sistema é muito hostil a estas empresas”. “Quando atingem uma determinada dimensão deixam de poder beneficiar de um conjunto significativo de incentivos fiscais. E não são suficientemente grandes para terem os bancos a baterem-lhes à porta. Um objetivo para a próxima década tem que ser ajudar as nossas pequenas empresas a tornarem-se médias empresas e as nossas médias empresas a tornarem-se maiores. E o Banco de Fomento pode ajudar nisso”, concluiu o ministro.

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Exportações da indústria florestal aumentam para quase 6.000 milhões de euros em 2019

A indústria da Pasta e Papel contribuiu para mais de 43% do total das exportações florestais de 2019, num total de 2.595,1 milhões de euros.

As exportações da indústria de base florestal registaram um crescimento em 2019, face ao ano anterior, para os 5.974,7 milhões de euros, mantendo assim uma tendência que se mantém há uma década. Em 2018, as exportações da indústria florestal situaram-se nos 5.917,3 milhões de euros, revela a plataforma digital Florestas.pt, com base nos indicadores preliminares recentemente divulgados pela Direção-Geral das Atividades Económicas para esta fileira, que dizem respeito aos subsetores industriais da Madeira e Cortiça, da Pasta e Papel, e do Mobiliário e Colchões.

Embora tenha crescido em termos absolutos, o contributo destes três subsetores para o total de exportações portuguesas foi em 2019 de 9,9%, o que representa uma ligeira descida face aos 10,2% registados um ano antes.

Os dados mostram também que a indústria florestal contribui para um saldo positivo da balança comercial nacional já que o valor das importações está significativamente abaixo do montante das exportações. Ainda assim, as importações registaram um ligeiro aumento dos 3.005,8 milhões de euros em 2018, ara 3084,4 milhões de euros em 2019, uma tendência de subida que se regista deste 2013. No total das importações portuguesas, estas industrias pesam 3,9%.

Relativamente à indústria da Pasta e Papel, a plataforma Florestas.pt dá conta de que a mesma contribuiu para mais de 43% do total das exportações florestais de 2019, num total de 2.595,1 milhões de euros. Apesar de se manter como a atividade industrial que mais contribuiu para as exportações, a indústria da Pasta e Papel reduziu ligeiramente o montante exportado, que tinha totalizado 2.610,9 milhões de euros no ano anterior.

Quanto aos outros dois subsetores, foram responsáveis pelos restantes 57%, com o setor do Mobiliário e Colchões a representar cerca de 29,6% e a Madeira e Cortiça perto dos 27%, percentagens que equivalem, respetivamente, a 1.769,7 e 1.609,8 milhões de euros. Em ambos os casos, o valor das exportações cresceu ligeiramente face ao ano anterior, em que tinha totalizado 1.713,1 e 1.593,2 milhões de euros, respetivamente.

Lançada este ano, a plataforma Florestas.pt conta com o apoio e colaboração da comunidade científica nacional e de várias instituições e iniciativas com ligação à floresta. É uma iniciativa do RAIZ – Instituto de Investigação da Floresta e do Papel, um centro de investigação privado, sem fins lucrativos, reconhecido como entidade do Sistema Científico e Tecnológico Nacional e como Centro de Interface – Centro de Valorização e Transferência de Tecnologia, e da The Navigator Company. Reúne informação sobre o setor florestal nas suas diversas dimensões – natural, ambiental, recreativa e socioeconómica.

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Governo admite rever proibição dos plásticos de uso único

  • ECO
  • 13 Agosto 2020

A lei que proíbe os restaurantes de usarem descartáveis entra em vigor em setembro, mas o setor está preocupado com a situação. O Governo diz estar a “acompanhar” a situação e ainda não tem decisão.

Os estabelecimentos de restauração e bebidas ficam proibidos de utilizar ou disponibilizar louça de plástico de utilização única aos seus clientes a partir de 3 de setembro. Mas, em plena pandemia, há uma grande pressão para que o período de adaptação seja estendido. Apesar de ainda não haver uma decisão, o Governo diz estar a “acompanhar” a situação avança o Jornal de Negócios (acesso pago) nesta quinta-feira.

A Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) lidera os protestos, considerando que a lei “tem suscitado muitas preocupações no setor, ainda mais agora, pelo particular momento, tão difícil, como aquele que atravessa”, segundo justificou a sua secretária-geral, Ana Jacinto, àquele jornal. Em causa está uma diretiva comunitária que entrará em vigor em julho de 2021, mas que Governo antecipou, obrigando a que a restauração se adaptasse com um ano de antecedência.

Confrontado pelo Jornal de Negócios, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC) disse “estar empenhado em assegurar a transposição da Diretiva”, e remeteu para o Ministério da Economia que foi igualmente contido na resposta, afirmando apenas que “está a acompanhar este assunto em articulação com o MAAC”.

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Cofina dispara 18% após rever OPA sobre a Media Capital

A empresa de media brilha num arranque de sessão "morno" na praça bolsista nacional, depois de na quarta-feira ao final do dia ter lançado uma OPA geral sobre a Media Capital.

A Cofina brilhou no arranque de uma sessão morna na praça bolsista nacional. As suas ações disparavam 9%, tendo entretanto acelerado os ganhos para 18%, depois de o grupo de media liderado por Paulo Fernandes ter revisto as condições da oferta em curso sobre a Media Capital, lançando uma nova OPA sobre a totalidade da dona da TVI. Os títulos da Media Capital, por sua vez, não sofreram ainda qualquer oscilação.

Já no PSI-20 o arranque de sessão estava a ser marcado por perdas muito ligeiras — 0,16% para os 4.474,37 pontos — com o índice bolsista português a acompanhar a tendência dos pares europeus. O Stoxx 600 — índice que agrega as principais capitalizações do velho Continente — desce 0,3%.

Inevitavelmente, o destaque da sessão bolsista portuguesa recai sobre a Cofina. As ações da empresa de media aceleram 18%, para os 26 cêntimos, com os investidores a reagirem positivamente ao relançamento da oferta pública de aquisição (OPA) sobre a Media Capital cujos títulos ainda não sofreram qualquer oscilação (2,12 euros), o que não poderá ser dissociado do facto de a sua liquidez bolsista ser muito curta.

A OPA é uma versão modificada da oferta lançada em setembro de 2019, sendo agora a contrapartida oferecida de 0,415 euros por cada ação da Media Capital, sendo sujeita a várias condições.

Cotada de fora do PSI-20, as ações não interferem assim na evolução do índice bolsista nacional que segue no vermelho, apesar de com um recuo muito ligeiro.

Entre os títulos que mais pressionam o índice está a EDP. As ações da elétrica recuam 0,77%, para os 4,383 euros. No mesmo sentido, segue o BCP com um deslize de 0,37%, para os 10,67 cêntimos.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h30 com cotação da Cofina)

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