Governo quer construir duas novas pontes para Espanha

  • ECO
  • 28 Setembro 2020

O Governo quer aproveitar as subvenções a fundo perdido do Fundo de Recuperação e Resiliência (PRR) para construir duas novas pontes que ligarão a fronteira portuguesa a Espanha.

É um plano para oportunidades únicas“, resume o primeiro-ministro ao Público desta segunda-feira, um dia antes de apresentar o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ao lado da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na Fundação Champalimaud. Um dos objetivos do plano é fazer investimento para aumentar o potencial económico dos locais perto da fronteira com Espanha.

Para tal, o Governo propõe que se construa uma ponte entre Sanlucar de Guadiana e Alcoutim e outra sobre o Rio Sever (e está prevista a ligação Nisa — Ponte Internacional de Cedillo). Haverá ainda investimento na IC2 que liga Bragança a Puebla de Sanabria e noutra ligação para ligar Moraleja ao IC31 (Castelo Branco/Monfortinho). Da parte de Portugal, o investimento não ultrapassará os 102 milhões de euros.

O jornal adianta outras das medidas que vão constar no esboço do PRR que será entregue à Comissão Europeia até 15 de outubro: mais de 8.000 camas de cuidados integrados e paliativos, 1.250 milhões para garantir a habitação a 26 mil famílias, um elétrico rápido em Loures, um autocarro autónomo no Porto, onze novas estações de tratamentos de lamas, meios aéreos próprios e 9.100 quilómetros de faixas de gestão combustível.

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Banca perdeu mais de 5.500 trabalhadores em cinco anos

  • ECO
  • 28 Setembro 2020

No total, fecharam 988 agências bancárias entre 2014 e 2019. Caixa lidera com o encerramento de 216, segue-se o BCP com o fecho de 190 e o BPI com 172.

Mais de 5.500 trabalhadores saíram dos principais bancos a operar em Portugal entre 2014 e 2019, e quase mil agências fecharam, segundo contas feitas pela Lusa a partir dos relatórios e contas anuais.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) Portugal reduziu em 2.152 o número de trabalhadores entre final de 2014 (quando tinha 8.858) e o final de 2019 (6.706 trabalhadores) e o BCP diminuiu os seus funcionários em Portugal em 591 (ao passar de 7.795 em 2014 para 7.204 em 2019).

Já do Novo Banco saíram 2.184 funcionários entre final de 2014 (6.832) e final de 2019 (4.648). Do BPI saíram 1.122 pessoas entre 2014 (5.962) e 2019 (4.840). No Montepio, os trabalhadores na atividade doméstica do grupo banco Montepio eram 4.032 no fim de 2014 e no final de 2019 eram 3.724, uma redução de 308.

O Crédito Agrícola (SICAM) reduziu 50 trabalhadores, tinha 3.776 trabalhadores em 2014 e passou a 3.726 em 2019.

Ao contrário, o Santander Totta aumentou os trabalhadores em 864 para 6.145 no final de 2019. Contudo, há que ter em conta que este banco ficou com parte da atividade bancária do Banif em 2015 e com o Banco Popular Portugal em 2017 (no âmbito das resoluções de ambos os bancos).

Quanto a agências, a CGD Portugal fechou 216 entre 2014 e 2019, tendo 570 no final do ano passado (entre agências presenciais e centros de empresas), enquanto o BCP reduziu a rede em 190 sucursais, tendo 505 no final de 2019. O Novo Banco foi o que reduziu mais agências – 256 – ao passar de 631 em 2014 para 375 em 2019.

As agências reduzidas pelo BPI ascenderam a 172 entre fim de 2014 e 2019, terminando o ano passado com 477 sucursais (incluindo agências, centros de empresas). O banco Montepio passou de 436 no final de 2014 para 332 em 2019, ou seja, menos 104. No grupo Crédito Agrícola, a redução foi menor, as agências passaram de 683 em 2014 para 653, menos 30.

No total, fecharam 988 agências bancárias entre 2014 e 2019.

Quanto a trabalhadores, saíram 5.543 dos sete principais bancos de retalho que operam em Portugal (que se somam aos milhares que já tinham saído em 2012, 2013 e 2014).

Os números até ao momento são, contudo, ainda maiores, uma vez que houve fechos de sucursais e saídas de pessoal também no primeiro semestre deste ano (ainda que não tenha sido dos períodos mais fortes de encerramentos de balcões e de saída de pessoal).

Por exemplo, entre janeiro e junho, a CGD diminuiu 179 trabalhadores, o BCP 50 funcionários e o Santander Totta 25.

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Hoje nas notícias: PRR, banca e incêndios

  • ECO
  • 28 Setembro 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Na política, o Governo revela alguns projetos concretos do Plano de Recuperação e Resiliência, um dia antes de o apresentar em Lisboa com a presença da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Na banca, Faria de Oliveira admite que alguns bancos podem ter de aumentar o capital.

Costa diz que Plano de Recuperação e Resiliência tem “oportunidades únicas”

É um plano para oportunidades únicas“, resume o primeiro-ministro ao Público desta segunda-feira, um dia antes de apresentar o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ao lado da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na Fundação Champalimaud. O jornal adianta algumas das medidas que constam no PRR: mais de 8.000 camas de cuidados integrados e paliativos, 1.250 milhões para garantir a habitação a 26 mil famílias, um elétrico rápido em Loures, um autocarro autónomo no Porto, duas novas pontes para Espanha, onze novas estações de tratamentos de lamas, meios aéreos próprios e 9.100 quilómetros de faixas de gestão combustível. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

APB admite que alguns bancos “podem vir a ter de realizar aumentos de capital”

O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), Faria de Oliveira, admite que, “naturalmente, podem existir bancos nos quais este problema seja mais complicado de resolver e que podem vir a ter de realizar aumentos de capital“. Faria de Oliveira refere-se ao nível de créditos problemáticos (NPL), que diz serem baixos face ao passado e ao nível de capital dos bancos. “A banca estava bastante mais bem preparada para enfrentar um choque adverso do que quando assistimos à crise financeira global”, garante. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Câmaras proibidas de fazer contratos com empresas de presidentes de junta

As câmaras municipais estão proibidas de fazer contratos com empresas de presidentes de junta. O Supremo Tribunal Administrativo uniformiza a jurisprudência depois de casos com decisões contraditórias. Os juízes consideram que existem conflitos entre os interesses empresariais e o interesse público. Os autarcas, indignados, consideram a medida injusta e passível de lesar os interesses das autarquias. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível)

Drones para a prevenção de incêndios tiveram de ser devolvidos

Os 12 drones para a prevenção de incêndios tiveram de ser devolvidos. A Força Aérea teve de pedir ao fornecedor reparações devido a falhas técnicas nos motores. Três aparelhos já foram entregues com as correções e começaram a operar este mês os outros nove ainda vão ter de levar a cabo testes. Em causa está um investimento de 4,5 milhões de euros, mas devido a estes problemas técnicos, os aparelhos apenas fizeram 250 horas de voo. Leia a notícia completa no jornal i (link indisponível).

Apoios do IEFP só converteram 37 contratos a prazo em permanentes

Apenas 37 contratos a prazo foram convertidos em permanentes, ao longo do último ano com apoios do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), destinados a reduzir a precariedade. Este valor, inscrito Relatório sobre o Progresso da Igualdade entre Mulheres e Homens no Trabalho, enviado Parlamento, revela um abrandamento na utilização deste estímulo já que em 2018 foram convertidos 57 contratos e em 2017 mais do triplo (171). Leia a notícia completa no Dinheiro Vivo (acesso livre).

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5 coisas que vão marcar o dia

Como está a evoluir a avaliação bancária à habitação? O INE responde com os dados relativos a agosto. E o futuro do turismo vai a debate esta segunda-feira.

Num momento tão complicado para o turismo, assinala-se o dia mundial deste setor com uma cimeira que debaterá o seu futuro. O INE divulga, esta segunda-feira, os dados da avaliação bancária à habitação relativos a agosto. E é dia do leilão do empreendimento imobiliário que abriu um “buraco” no banco público, a CGD. Em Espanha, o ex-presidente do Caixabank será ouvido em tribunal por causa da compra do português BPI. E esta segunda-feira também ficará marcada pelo habitual “Diálogo Monetário” entre a presidente do Banco Central Europeu e os eurodeputados.

Como está a evoluir a avaliação bancária à habitação?

O Instituto Nacional de Estatística divulga, esta segunda-feira, os dados relativos à avaliação bancária à habitação referentes a agosto. Em julho, a avaliação das casas atingiu novos máximos: 1.227 euros por metro quadrado. Em causa estava, então, uma subida de 12 euros face ao valor registado no mês anterior. Ainda assim, registou-se uma desaceleração em termos homólogos, tendo a taxa de variação abrandado de 8,3% em junho para 8,0% em julho.

Cimeira celebra Dia Mundial do Turismo

É realizada esta segunda-feira a Cimeira do Turismo Português, uma iniciativa promovida pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP) para assinalar o Dia Mundial do Turismo, que aconteceu no domingo. A cimeira integra três conferências online e um evento transmitido em livestream a partir da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. O impacto da pandemia de coronavírus e o futuro da atividade da atividade turística são os temas que estarão em destaque neste evento, já que o setor em causa está entre os mais afetados pela crise provocada pela Covid-19.

Empreendimento que abriu buraco na CGD vai a leilão

Realiza-se esta segunda-feira o leilão do empreendimento imobiliário que abriu um “buraco” na Caixa Geral de Depósitos. Em causa está um empreendimento em Loulé, perto da Quinta do Lago, que está à venda por 110 milhões de euros. O terreno pertence à Birchview, que o banco público “empurrou” para a insolvência no ano passado. A decisão de colocar à venda do empreendimento foi do administrador judicial responsável pelo processo de insolvência, que está a correr no Tribunal do Juízo de Comércio de Lisboa.

Ex-presidente do Caixabank ouvido em tribunal

O antigo presidente do Caixabank é ouvido, esta segunda-feira, em tribunal, em Espanha, como arguido no caso de alegadas irregularidades na aquisição do banco português BPI. A empresa holding Criteria também será ouvida. Em causa está uma investigação a alegados delitos administrativos, abuso de posição de mercado e administração desleal na compra do BPI. Foi em 2017 que a CaixaBank concluiu com sucesso a Oferta Pública de Aquisição ao banco português referido, tendo adquirido controlo de 84,5% do seu capital por 644,5 milhões de euros.

É dia de reunião entre Lagarde e eurodeputados

A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, vai participar, esta segunda-feira, numa reunião com os eurodeputados da Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários para o habitual “Diálogo Monetário”. O encontro deverá servir para discutir a evolução económica e monetária da área da moeda única, incluindo as perspetivas futuras para os programas de compra de ativos do BCE.

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Savannah quer produzir 30 mil toneladas de lítio por ano em Portugal, a partir de 2022

David Archer, CEO da britânica Savannah Resources, diz ao ECO que a produção de lítio na Mina do Barroso pode ter início já no fim de 2022 e dará para construir 500 mil carros elétricos por ano.

No espaço de três anos, em 2023, Portugal poderá já estar a produzir na Mina do Barroso, concelho de Boticas, 30 mil toneladas de lítio, o suficiente para fabricar baterias necessárias para equipar meio milhão de carros elétricos por ano, o equivalente ao número destes veículos de baixas emissões poluentes que foram vendidos em toda a Europa em 2019. Este volume de produção (86% para exportação) significa que o lítio poderá contribuir com 110,2 milhões de euros por ano para a balança comercial e criar mais de 200 postos de trabalho diretos quando o projeto entrar em operação. O contributo anual para o PIB será de quase 34 milhões de euros.

O cenário é traçado por David Archer, CEO da Savannah Resources, empresa britânica cotada na bolsa de valores de Londres AIM (London Stock Exchange) que se dedica à prospeção e desenvolvimento de ativos mineiros em várias geografias. Neste momento, a empresa está a vender os seus ativos de cobre em Omã e também a avaliar os projetos de areias minerais em Moçambique. “É difícil apostar em várias frentes ao mesmo tempo. O foco vai ser maior em Portugal”, disse em entrevista ao ECO/Capital Verde.

“Esperamos poder começar a produção de lítio na Mina do Barroso no final de 2022, e atingir uma operação de larga escala em 2023. É uma boa perspetiva porque até lá a produção e venda de veículos elétricos vai aumentar dramaticamente. A nossa produção anual de lítio chegará para fabricar mais de meio milhão de carros elétricos por ano e reduzir 100 milhões de toneladas de CO2. Em Portugal vamos produzir cerca de 200.000 toneladas de concentrado de espodumena, o que equivale a 30 mil toneladas de lítio por ano“, disse David Archer na entrevista.

De passagem por Lisboa, o CEO revelou que nos planos da empresa para o país está também a participação no novo concurso público para a atribuição de direitos de prospeção de lítio e minerais associados em nove zonas do país, que o Governo quer lançar ainda este ano, e a construção de uma central solar na região norte para produzir eletricidade renovável suficiente para suprir as elevadas necessidades energéticas de uma operação mineira que processará 1,5 milhões de toneladas de rocha por ano.

Sob protestos dos ambientalistas, da autarquia e da população local — que criou a Associação Unidos em Defesa de Covas do Barroso para tentar travar a mina –, desde 2017 a empresa já investiu 30 milhões de euros numa primeira fase de compra, avaliação e prospeção. Agora espera avançar, no final de 2021, com uma segunda fase que durará cerca de nove meses e incluirá a construção de uma fábrica (denominada lavaria) dentro da própria mina para a produção de um pó concentrado (com um teor de 6% de óxido de lítio), na qual vão ser investidos mais 110 milhões de euros.

Antes disso, há ainda um longo caminho a percorrer, mas David Archer diz-se confiante: até o fim de novembro está a decorrer o processo de resposta às dúvidas levantadas pela Agência Portuguesa do Ambiente ao Estudo de Impacte Ambiental (EIA) apresentado pela Savannah a 30 de maio, após o qual o documento seguirá para consulta pública. Depois disso, caberá à APA emitir uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA).

David Archer, CEO da Savannah Resources, em entrevista ao ECO/Capital Verde - 24SET20
David Archer, CEO da Savannah ResourcesHugo Amaral/ECO

O CEO explica que a Mina do Barroso, um projeto da Savannah Lithium, subsidiária da Savannah Resources“, não conseguirá satisfazer toda a procura europeia, mas ajudará a Europa a tornar-se parcialmente autónoma nas suas necessidades de lítio”. De acordo com os cálculos de Bruxelas, a Europa necessitará de 18 vezes mais lítio até 2030 e de até 60 vezes mais até 2050 para as baterias dos automóveis elétricos e para o armazenamento energético. Já o último relatório do Banco Mundial prevê que procura de lítio no mundo vai disparar 965% face à produção atual.

“A Comissão Europeia está preocupada e quer garantir que a indústria automóvel europeia se mantém forte e robusta e faz a mudança para a mobilidade elétrica, a começar pela autonomia nas matérias-primas. Há algumas semanas, Bruxelas declarou que o lítio é um mineral estratégico, porque estão preocupados com a concentração excessiva da produção na China” disse David Archer.

No início de setembro, a Comissão Europeia apresentou um novo plano de ação para as matérias-primas essenciais, nas quais se inclui o lítio, e defendeu especificamente a exploração deste mineral no norte de Portugal, no âmbito da nova estratégia para reduzir a dependência externa. No entanto, Bruxelas apelou ao “diálogo com as comunidades locais”, assegurando que “os projetos de lítio não só são da maior importância, como também beneficiarão a região e o país”.

“Portugal é muito forte na energia renovável, nomeadamente a solar e a eólica, e para isso é necessário armazenar a energia [através do lítio], não só para o setor automóvel, como também para as baterias industriais”, defendeu o vice-presidente da Comissão Europeia, Maroš Šefčovič, sublinhando os planos do Governo português para criar um ‘cluster’ do lítio e da indústria das baterias elétricas no país.

Para isso, está já na calha um concurso público para a atribuição de direitos de prospeção de lítio e minerais associados em nove zonas do país, entre as quais as áreas de Serra d’Arga, Barro/Alvão, Seixo/Vieira, Almendra, Barca Dalva/Canhão, Argemela, Guarda, Segura e Maçoeira, onde a exploração de lítio é contestada por vários movimentos cívicos, associações ambientais e associações culturais. Apesar disso, David Archer não esconde o interesse da britânica Savannah Resources entrar no concurso e expandir a sua exploração mineira em Portugal além da Mina do Barroso.

Com uma licença de mineração de 30 anos, até 2036, atribuída pelo Governo, neste momento a Savannah já está a extrair quartzo e feldspato — minerais usados na indústria cerâmica portuguesa e espanhola. “O objetivo é expandir a operação, que neste momento não tem grande valor acrescentado, e torná-la em algo muito maior”, garante o CEO.

Além do aval de Bruxelas, a exploração de lítio no norte de Portugal conta ainda com o apoio do Governo e consta no plano de recuperação económica delineado por António Costa Silva.

“O Governo viu que há um mineral valioso no país e quer explorá-lo da melhor forma em benefício da economia e do país. Além de minerar a matéria-prima, seria interessante criar uma cadeia de valor, com uma refinaria em Portugal. Desenvolver uma nova indústria no país podia resultar num investimento de 400 ou 500 milhões de euros só na refinação e daí evoluir para uma fábrica de baterias elétricas. Portugal quer aumentar a sua atratividade ao investimento estrangeiro, por isso faz sentido”, garante David Archer.

A Savannah Resources fala de um “investimento sólido” em Portugal e o CEO está contente com a forma como o projeto está a evoluir. “Quando comprámos em 2017 não tínhamos ideia que se ia desenvolver tão bem. É o maior ativo de lítio da Europa. Já conseguimos provar que existem 30 milhões de toneladas de recursos minerais (material que contem 1,1% de lítio, que depois é limpo e concentrado a 6% na lavaria, através de um processo físico). Há urgência em obter lítio e este é o projeto europeu que está mais avançado e pronto a produzir. As vendas de carros elétricos vão começar a disparar e a indústria automóvel europeia quer evoluir”, diz.

Na visão de David Archer, “o norte de Portugal tem ainda muito a prometer” e a Savannah “está muito interessada” nas novas licenças de prospeção para mineração no país.Para já estamos concentrados neste projeto. A Mina do Barroso tem um tempo médio de vida de 15 anos, ainda vamos ficar por aqui algum tempo”, rematou o CEO.

No entanto, o plano de investimento do Governo para valorizar os recursos minerais estratégicos (como o lítio, nióbio, tântalo e terras raras) mereceu já a reprovação dos ambientalistas da Zero, entre outros, que exigem que a medida seja acompanhada de uma Avaliação Ambiental Estratégica para “avaliar corretamente a possibilidade de uma exploração sustentável, tendo em consideração as componentes ambientais, sociais e económicas, nas diferentes áreas do território”.

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Dividendos vão afundar em todo o mundo. “Cheque” encolhe em 400 mil milhões

Cotadas estão mais cautelosas devido à pandemia e os acionistas continuarão a ver a remuneração contida. Deverão receber o montante mais baixo de dividendos desde 2013.

As remunerações dos acionistas vão continuar contidas ao longo de vários anos, devido à crise pandémica. Depois de as empresas já terem revisto políticas de dividendos no arranque deste ano, a quebra na distribuição dos resultados relativos a 2020 poderá ser de 400 mil milhões de dólares, segundo as estimativas da Refinitiv compiladas pela Reuters.

A pandemia obrigou empresas e bancos a congelarem o pagamento de dividendos aos investidores. Como o início do surto conincidiu com o período de fecho de contas, aproximadamente um quarto das empresas (27%) que iam pagar dividendos cortou a remuneração e os acionistas já receberam menos cerca de 100 mil milhões de dólares em dividendos referentes aos lucros de 2019.

As perspetivas para o futuro não são mais animadoras. As projeções da Refinitiv aponta para uma redução de 400 mil milhões de dólares para o valor mais baixo desde 2013, Deste total, um quarto diz respeito a cotadas nos EUA e Europa. Segundo a mesma análise, vai demorar uma década até que o rácio de dividendos face aos lucros (payout) regresse a níveis pré-pandemia. Na crise de 2008 e 2009, os dividendos demoraram quatro anos a recuperar.

Dividendos anuais na última década

Fonte: Refitiniv / Reuters

Os investidores ainda estão, de forma generalizada, cautelosos em relação aos dividendos porque as pessoas questionam se chegámos ou não ao ponto da recuperação sustentável ou se estamos simplesmente sujeitos aos estímulos dos bancos centrais”, aponta Matthew Joyce, responsável pela estratégia de ações do Barclays à Reuters.

Na Zona Euro, o banco central criou um pacote de estímulos que inclui um programa pandémico de compra de dívida bem como incentivos ao financiamento da banca, mas também alertou que é preciso cautela quanto à remuneração dos acionistas. À imagem do supervisor europeu, também o Banco de Portugal e a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) fizeram a mesma recomendação.

A Refinitiv não apresenta estimativas só para Portugal, mas as cotadas portuguesas têm seguido a tendência internacional desde o início da pandemia. Os lucros anuais das empresas admitidas à cotação na Euronext Lisbon caíram 13% em 2019 face ao ano anterior. Destes resultados, 71% foram distribuídos pelos acionistas (contra 73% em 2018), num total de 2.220 milhões de euros.

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De Espanha à Áustria, o que estão a fazer os países europeus para travar a segunda vaga?

Restrições de horários, apelos ao teletrabalho e alargamento das orientações relativas ao uso de máscara são algumas das apostas dos países europeus para travar uma 2ª vaga da Covid-19.

Numa altura em que vários países europeus batem recordes sucessivos de novos casos confirmados de Covid-19, os governos europeus desdobram-se em medidas para travar a disseminação do surto. Tudo isto num equilíbrio entre a proteção da saúde pública e não comprometer a recuperação económica.

Restrições de horários de bares e restaurantes, apelos ao teletrabalho, restrições à mobilidade e alargamento das orientações relativas ao uso de máscara são algumas das apostas. De Espanha à Áustria, conheça as medidas tomadas pelos países europeus, de forma a evitar ao máximo um novo confinamento geral.

Espanha aperta “cerco” em Madrid

Cerca de três meses depois do confinamento geral, Espanha tornou-se um dos países da Europa mais afetados pela pandemia, tendo já o número mais elevado de casos confirmados do espaço Schengen. A capital, Madrid, é a região que mais tem suscitado preocupações por parte das autoridades de saúde, e por isso, o governo regional decidiu apertar o “cerco”.

A partir desta segunda-feira, as atuais 37 zonas sanitárias na área metropolitana de Madrid passam a ser 45 com restrições à mobilidade dos cidadãos: não é permitida a entrada ou saída, exceto para ter acesso a bens essenciais ou ir trabalhar, a lotação nos espaços fechados é reduzida para 50% e os estabelecimentos comerciais e hoteleiros devem fechar às 22h00. Estas restrições vão condicionar a mobilidade de mais de um milhão de madrilenos.

Dado o aumento exponencial de novos casos, o ministro espanhol da Saúde alertou que “vêm aí semanas difíceis” na Comunidade de Madrid. “Vêm aí dias difíceis pela frente em Madrid e temos de agir com determinação para assumir o controlo da pandemia. Neste contexto, vamos fazer as nossas recomendações”, apontou o Salvador Illa, citado pelo El País (acesso livre, conteúdo em espanhol).

França restrições a bares e restaurantes para fecharem mais cedo

O Governo francês declarou “alerta reforçado” em cidades como Paris, Lille e Montpellier face ao aumento diário de infeções por Covid-19. Seguindo o exemplo de outros pares europeus que estão a ser atingidos por uma segunda vaga da doença, França ordenou a interdição de grandes eventos, festas, bem como a redução dos horários dos bares.

Nesse sentido, nestas cidades o número máximo de pessoas num evento é agora de 1.000, estando proibidas festas ou ajuntamentos de mais de dez pessoas em parques. Quanto aos ginásios, bares e restaurantes têm de encerrar a partir das 22h. No nível seguinte, considerado de “circulação máxima” do vírus, está Marselha e a região ultramarina da Guadalupe, onde os bares e restaurantes vão fechar a partir desta segunda-feira. O Governo apelou ainda que as empresas recorram ao teletrabalho.

Reino Unido incentiva teletrabalho e reduz horários dos bares

O Reino Unido é oficialmente o país mais afetado da Europa, com o número mais elevado de mortes registadas até ao momento. Nesse sentido, o primeiro-ministro inglês anunciou na semana passada um pacote de medidas mais apertadas para combater a pandemia de Covid-19. Boris Johnson confirmou que pubs, bares, restaurantes e outros espaços de lazer em Inglaterra são obrigados a fechar às 22h00, o atendimento só pode ser feito à mesa e os empregados vão ter de usar máscara.

Além disso, o Governo britânico passou também a recomendar que as pessoas trabalhem a partir de casa, se puderem, e suspendeu o regresso de público a grandes eventos desportivos, previsto para outubro, entre outras medidas. Aquando do anúncio, o primeiro-ministro avisou que estas medidas poderão permanecer até à primavera de 2021 e ser reforçadas se necessário. “A não ser que façamos progressos visíveis, assumimos que as restrições que anunciei vão ficar em vigor durante pelo menos seis meses”, sinalizou, numa declaração no Parlamento britânico, citado pela Lusa.

Itália foi epicentro na pandemia na primeira vaga. E agora?

Se no início da pandemia, Itália foi considerada o epicentro da pandemia na Europa, agora tem conseguido travar de forma mais eficaz uma segunda vaga. Ainda assim, todos os cuidados são poucos, por isso, o Governo italiano prolongou a obrigação de utilização de máscaras em espaços fechados, como lojas, restaurantes ou transportes públicos e ao ar livre entre as 18h00 e as 6h00.

Além disso, o país também prorrogou as restrições à chegada de pessoas de outros países, como a obrigação de fazer testes ao vírus, além de manter o encerramento de discotecas e proibir a participação em grandes eventos ou estádios para assistir, por exemplo, a jogos de futebol.

Bélgica aposta em estratégia de longo prazo

Ao contrário do que está a acontecer noutros países da Europa, a Bélgica decidiu relaxar as restrições, apostando numa estratégia de longo prazo. A partir de 1 de outubro, o uso obrigatório de máscara na rua em Bruxelas deixa de ser obrigatório, embora seja “fortemente recomendado” pelo Governo. Nesse sentido, a máscara passa a ser obrigatória apenas em locais públicos fechados, como transportes públicos e áreas comerciais.

A primeira-ministra belga justificou a decisão com a necessidade de “a vida ter de continuar”. “É inútil tornar as máscaras obrigatórias a qualquer hora, em qualquer lugar”, frisou Sophie Wilmès, citada pelo The Brussels Times (acesso livre, conteúdo em inglês). Além disso, foi determinada a redução do tempo de quarentena. Assim, as pessoas que tiveram contacto com uma pessoa infetada só terão que ficar em quarentena durante sete dias, ao invés dos habituais 14 dias.

Quanto aos eventos com público, o limite permanece nas 200 pessoas para eventos indoor e 400 para outdoor. Estão ainda proibidos ajuntamentos de mais de dez pessoas na rua, sendo que este limite funciona também para encontros a nível pessoal. Ao passo, que os eventos organizados a nível profissional seguem as mesmas regras da indústria da hospitalidade, isto é, não há limite máximo de participantes, estando este dependente da capacidade dos espaços.

Áustria recua e decreta uso obrigatório de máscaras em lojas e edifícios públicos

Depois de ter dado um passo atrás no final de julho que levou a que as máscaras voltassem a ser obrigatórias nos supermercados, bancos e postos de correio, a Áustria voltou a rever as restrições. Assim, o Governo austríaco decretou o uso obrigatório de máscara também em lojas e edifícios públicos. O Executivo pediu ainda à população que respeite as novas medidas e mantenha o distanciamento social, para evitar um novo confinamento, admitindo novas medidas se o número de casos continuar a aumentar.

Bares e restaurantes com horário reduzido na República Checa

Considerado um dos países europeus com maior crescimento da pandemia e com os números de novas infeções a serem batidos apenas por Espanha, a República Checa decidiu apertar o cinto e anunciar novas restrições. Assim a partir de dia 18 de setembro, os bares e restaurantes passaram a fechar à meia-noite e nas escolas os alunos do 5.º ano em diante passaram a usar máscara dentro e fora da sala de aula.

Ao mesmo tempo, os eventos coletivos em espaços fechados só podem receber dez pessoas em pé, com exceção de exposições e feiras. O Governo checo pediu também à população que evite esses eventos, mesmo que por lei não estejam proibidos.

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Prestação da casa sobe 1,7% com moratória até setembro de 2021

O Governo estendeu por mais seis meses a moratória que permite suspender o pagamento das prestações. Prestação da casa será 1,7% mais elevada quando for retomado o pagamento em outubro de 2021.

As famílias que recorreram à moratória do Estado vão gozar de um fôlego adicional nos encargos com o crédito da casa. O Governo decidiu estender por mais seis meses, para o total de ano e meio, o período de vigência da moratória que permite suspender o pagamento das prestações. Esse alívio durará assim até ao final de setembro do próximo ano, em vez do fim de março, mas irá refletir-se em encargos mais elevados findo esse regime. A retoma dos pagamentos, em outubro do próximo ano, engordará a prestação da casa em 1,7% face ao valor que vigorava antes da pandemia.

Quando o Governo anunciou a 26 de março a criação de uma moratória pública até final de setembro deste ano, tanto das empresas como da habitação, divulgou também um conjunto de simulações ilustrativas do alívio de encargos que a medida permitiria.

No caso do crédito à habitação, considerou o exemplo de um financiamento de 150 mil euros por um prazo de 30 anos (dez dos quais já passados) indexado à Euribor a seis meses e com um spread de 1,5%. Um crédito com essas características teria associada uma prestação mensal de 495 euros aquando do anúncio da moratória, no final de março. A suspensão desse encargo durante o período da moratória iria permitir uma folga de 2.963 euros no orçamento.

Uma margem financeira muito importante sobretudo para os agregados com maior perda de rendimento, como aqueles que se viram confrontados com a suspensão da sua atividade, entraram em lay-off ou ficaram sem emprego. O ministro das Finanças já reconheceu que em termos de desemprego o pior ainda está para vir, antecipando um agravamento da taxa de desemprego para 9 ou 10%.

A simulação do Governo mostrava ainda o impacto sobre o valor da prestação quando for retomado o pagamento do empréstimo ao fim dos seis meses. Com a capitalização de juros no total do montante ainda em dívida, o valor da prestação passaria a ser de 498 euros. Ou seja, um aumento de 0,6% face ao cenário anterior à pandemia que no exemplo considerado corresponderia a mais três euros nos encargos mensais.

Quando em junho a medida foi estendida por mais seis meses, cálculos da Deco facultados ao ECO alertavam para o aumento dos encargos quando fosse retomado o pagamento das prestações. Tal acentua-se ainda mais no seguimento da recente decisão do Governo de esticar a moratória do crédito por mais seis meses, até ao final de setembro de 2021.

Impacto da extensão da moratória sobre a prestação da casa

Cálculos feitos pela Deco com base no cenário do Governo

Partindo do mesmo cenário do Governo, a retoma do pagamento da prestação em abril de 2021 acarretaria um custo adicional de 1,2% face à pré-pandemia, indicavam os cálculos da associação de consumidores que assumiam que a Euribor a seis meses não sofresse oscilações. No que respeita ao valor da prestação, esta passaria a fixar-se nos 500,72 euros, ou seja, 5,72 euros acima dos encargos mensais prévios à moratória.

Numa nova simulação da Deco que já tem em conta o recente anúncio do prolongamento da moratória até setembro do próximo ano, verifica-se um agravamento da prestação ainda maior. Esta sobe 1,7% a partir de outubro do próximo ano, para se fixar nos 503,49 euros, se for tido em conta o mesmo cenário base. Nesta situação, estão em causa 8,5 euros por mês a mais face à prestação que vigorava antes da pandemia.

O acréscimo dos encargos poderá não parecer muito grande, mas poderá tornar-se incomportável para as famílias mais afetadas pela pandemia. Até porque a profundidade e duração do impacto da pandemia sobre a economia, o emprego e os rendimentos das famílias é ainda muito difícil de avaliar.

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Mestrados em gestão da Nova SBE e Católica entre os melhores do mundo, segundo FT

O mestrado de gestão da Nova SBE surge em 16.º lugar e o da Católica em 44.º lugar, figurando entre os 50 melhores do mundo, segundo o Financial Times. Foram as únicas escolas portuguesas no ranking.

Os mestrados internacionais em gestão da Nova School of Business and Economics (Nova SBE) e da Católica Lisbon School of Business & Economics voltam a figurar no ranking dos 50 melhores do mundo do Financial Times, divulgado esta segunda-feira. A Nova SBE fica com a 16.ª posição e sobe seis lugares face ao ano passado, sendo que a Católica surge em 44.º lugar, caindo sete lugares em relação a 2019. As duas escolas de gestão são únicas portuguesas do ranking.

A Universidade de Saint Gallen, na Suíça, ganha o primeiro lugar, uma classificação que mantém há três anos consecutivos.

Para classificar os mestrados, o Financial Times avalia 17 indicadores que classificam as escolas em três principais categorias: progresso de carreira dos alunos, diversidade e experiência internacional.

No critério de progressão na carreira, o mestrado da Católica surge nos 20 melhores – em 19.º lugar – e o da Nova SBE em 26.º lugar. Na Católica-Lisbon, a taxa de empregabilidade nos três meses após a conclusão do curso é de 93% e, na Nova SBE sobe para 96%.

“Estar no top50 mundial do ranking do Financial Times para os Masters in Management é para nós um orgulho e é fruto do trabalho dedicado e rigoroso de toda a nossa comunidade académica que encetou há mais de 15 anos um arrojado e bem-sucedido processo de internacionalização que nos afirmou com uma escola de referência mundial. Este resultado inspira-nos a fazer mais e melhor para formar uma nova geração de líderes empresariais capazes de ser agentes de transformação e inovação nas empresas e na sociedade“, refere Filipe Santos, dean da Católica-Lisbon School of Business & Economics, citado em comunicado.

No que diz respeito à diversidade, a Nova SBE destaca a percentagem de mulheres estudantes (60%) e no board (62%). No caso da Católica-Lisbon, a classificação neste critério foi de 52% e 25%, respetivamente.

“A nossa prioridade enquanto escola é, e sempre será, a formação completa e capacitação dos nossos alunos a adaptarem-se continuamente a um mercado global com desafios muitas vezes disruptivos e singulares. Assim, acreditamos que o resultado nos rankings é reflexo de que estamos no caminho certo, fruto da nossa ambição e missão da escola para o futuro”, sublinha Daniel Traça, dean da Nova SBE, em comunicado.

Financial Times Masters in Management Ranking 202

1. University of St Gallen (Suíça)

2. HEC Paris (França)

3. Essec Business School (França)

4. London Business School (Reino Unido)

5. Rotterdam School of Management, Erasmus University (Holanda)

6. ESCP Business School (França/Reino Unido/Alemanha/Espanha/Itália)

7. Stockholm School of Economics (Suécia)

8. University College Dublin: Smurfit (Irlanda)

9. Università Bocconi/SDA Bocconi (Itália)

10. Imperial College Business School (Reino Unido)

16. Nova School of Business and Economics

44. Católica Lisbon School of Business & Economics

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Benfica faz negócio duplo com o City: Vende Rúben Dias por 68 milhões e compra Otamendi por 15 milhões

  • ECO
  • 27 Setembro 2020

Agora é oficial, o Benfica vendeu Rúben Dias por 68 milhões de euros ao Manchester City e comprou, ao clube inglês, o central argentino Otamendi,

A Benfica SAD comunicou ao mercado a venda do jogador Rúben Dias ao Manchester City por 68 milhões de euros, mais 3,6 milhões em objetivos, e a aquisição do defesa central daquele clube inglês, Otamendi, por 15 milhões de euros.

De acordo com um comunicado enviado à CMVM, o Benfica “chegou a acordo com o Manchester City para a alienação da totalidade dos direitos do jogador Rúben Dias, pelo montante de € 68.000.000 (sessenta e oito milhões de euros), acrescido de um valor adicional de € 3.600.000 (três milhões e seiscentos mil euros), dependente da concretização de objetivos relacionados com a performance desportiva do Manchester City”.

Quase em simultâneo, o clube presidido por Luís Filipe Vieira anunciou também “que chegou a acordo com o Manchester City para a aquisição da totalidade dos direitos do jogador Nicolás Otamendi, pelo montante de € 15.000.000 (quinze milhões de euros)”.

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Trump pagou 750 dólares de impostos federais sobre o rendimento no ano em que chegou à Casa Branca

  • ECO e Lusa
  • 27 Setembro 2020

O New York Times revelou o que Donald Trump mantinha em segredo desde que se candidatou à presidência dos EUA. E agora sabe-se que pagou 750 dólares em impostos federais sobre o rendimento em 2016.

No ano em que se candidatou a Presidente dos EUA, Donald Trump, pagou apenas 750 dólares em impostos federais sobre o rendimento, revelou o New York Times (acesso condicionado, em inglês). A poucas semanas das eleições americanas, o jornal revela que “as suas declarações ao Fisco traçam o retrato de um empresário que recebe centenas de milhões de dólares por ano, mas que sofre perdas crónicas a que recorre agressivamente para evitar pagar impostos”.

Segundo as informações reveladas pelo NYT, o Presidente norte-americano voltou a pagar apenas 750 dólares de impostos sobre o rendimento a nível federal no primeiro ano na Casa Branca. E em dez dos últimos 15 anos, não terá mesmo pago qualquer imposto.

O NYT revela, nesta notícia, que vai fazer novas revelações nas próximas semanas sobre as declarações fiscais de Donald Trump.

Trump rejeitou a investigação do New York Times (NYT) numa conferência de imprensa na Casa Branca no domingo, considerando o trabalho uma “notícia falsa”, e garantiu ter pago impostos, embora não tenha dado pormenores.

O Presidente norte-americano prometeu ainda que as informações sobre os seus impostos “serão todas reveladas”, mas não indicou qualquer linha temporal para essa revelação, sendo que fez promessas semelhantes durante a campanha de 2016, às quais nunca deu seguimento.

Ao contrário dos seus antecessores, Trump sempre recusou publicar as suas declarações fiscais, que estão não apenas no centro de uma batalha jurídica entre a Casa Branca e o Congresso norte-americano — que tem a responsabilidade da sua supervisão –, como o antigo magnata do ramo imobiliário, Presidente desde 2016 e candidato à reeleição em novembro tem processado todos aqueles que procuram ter acesso às mesmas.

“O New York Times obteve informações fiscais relativas a mais de 20 anos de Trump e das centenas de empresas que compõem o seu grupo, incluindo informações detalhadas sobre os seus dois primeiros anos de mandato. Isto não inclui as suas declarações de rendimentos de 2018 ou 2019″, escrevem os autores da investigação.

Num texto paralelo, o diretor do jornal, Dean Baquet, escreve que “os registos mostram uma diferença significativa entre aquilo que Trump disse ao público e o que revelou às autoridades fiscais federais ao longo dos anos”.

“Essas revelações sublinham o porquê de os cidadãos quererem conhecer as finanças do seu presidente: os negócios de Trump parecem ter beneficiado da sua posição e as suas ‘holdings’ abrangentes criaram potenciais conflitos entre os seus interesses financeiros e os interesses diplomáticos da nação”, acrescentou Baquet.

Um advogado do grupo de Trump, Alan Garten, disse ao New York Times que “a maioria dos factos, se não todos, parecem estar incorretos”, acrescentando que o Presidente “pagou dezenas de milhões de dólares em impostos pessoais ao governo federal, incluindo o pagamento de milhões em impostos pessoais desde que anunciou a sua candidatura em 2015”.

Ao contrário de todos os seus antecessores desde os anos 1970, Donald Trump, cujo grupo familiar não está cotado na bolsa de valores e que fez da sua fortuna um argumento de campanha, recusa-se a publicar as suas declarações de rendimentos e trava uma batalha jurídica para impedir a sua divulgação.

Esta falta de transparência tem alimentado especulação sobre a extensão da sua fortuna ou potenciais conflitos de interesses.

A divulgação desta investigação acontece dois dias antes de Trump e o democrata Joe Biden se enfrentarem no primeiro debate antes das eleições presidenciais, que se realizam a 0«3 de novembro.

As reações à investigação foram imediatas. O líder Democrata no Senado, Chuck Schumer, publicou uma mensagem no Twitter: “Ponham a mão no ar se pagaram mais impostos federais do que o Presidente Trump”.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Zurich patrocina reflorestação da Mata Atlântica do Brasil

  • ECO Seguros
  • 27 Setembro 2020

O patrocínio exclusivo do plano de reflorestação, com plantação de um milhão de árvores, incluindo uma por cada funcionário da seguradora, ajudará a restaurar a biodiversidade no litoral do Brasil.

O Zurich Insurance Group (Zurich) vai patrocinar um projeto de reflorestação sustentável e direcionado no Brasil para converter terras agrícolas estéreis em floresta nativa rica em vida vegetal e animal. A iniciativa reflete o reconhecimento pelo grupo suíço da importância de ecossistemas saudáveis na luta contra as alterações climáticas, uma vez que organismos internacionais vêm alertando sobre os efeitos devastadores da perda de biodiversidade.

O projeto de oito anos ajudará a restaurar a Mata Atlântica brasileira, no litoral, a ‘outra’ floresta tropical brasileira, plantando um milhão de árvores nativas cuidadosamente selecionadas em colaboração com o Instituto Terra, uma organização sem fins lucrativos. O objetivo faz parte do compromisso assumido no ano passado, quando a Zurich se tornou a primeira seguradora a assinar o compromisso de 1,5°C do “Business Ambition,” um compromisso do mundo empresarial no quadro das Nações Unidas, afirma a seguradora suíça que plantará, por sua conta, 55 mil árvoras de espécies nativas no bioma brasileiro, uma por cada um dos seus colaboradores. As restantes 945 serão preferencialmente oportunidades colocadas à disposição de novos segurados da companhia.

As florestas saudáveis baseadas em espécies nativas ajudam a evitar “desertos verdes” ou plantações de monoculturas que não podem suportar ecossistemas funcionais, observa a empresa em comunicado.

“A plantação de árvores pode ser uma ferramenta poderosa para travar as alterações climáticas e preservar a variedade de animais, plantas e ecossistemas que temos no nosso planeta”, disse Alison Martin, citado no comunicado da companhia. “Com este projeto, estamos a contribuir para um aspeto da mitigação das alterações climáticas que é frequentemente negligenciado: a biodiversidade,” afirma o CEO da Zurique para a região EMEA e Distribuição bancária.

“A reflorestação bem-sucedida requer planeamento, gestão e empenho. Durante os próximos oito anos, queremos inspirar os colegas, clientes e comunidades locais a reconhecerem ainda mais a importância da biodiversidade,” realça. “Nem sempre se trata de quantas árvores se plantam, mas da sua qualidade e capacidade de suportar outras formas de vida,” nota Alison Martin.

No mesmo comunicado, a Zurich defende a necessidade crescente de abordar as alterações climáticas relacionadas com a perda de biodiversidade. Estas duas componentes “reforçam-se mutuamente à medida que o número de espécies animais e vegetais diminui mais rapidamente do que nunca”.

Configuração geográfica da Mata Atlântica, Brasil

A diversidade dentro e entre espécies e ecossistemas é fundamental para enfrentar as alterações climáticas, a segurança alimentar a longo prazo, bem como para prevenir futuras pandemias, de acordo com a Perspetiva Global de Biodiversidade das Nações Unidas (ONU) para 2020, refere ainda a seguradora.

A Mata Atlântica, um dos grandes biomas do Brasil, tem características semelhantes às da floresta amazónica. Pressionada desde os tempos dos Descobrimentos (ciclo do ouro e do açúcar), ocupava originalmente 12% do território brasileiro.

Com extensão atual reduzida a 5% do mapa do Brasil, a exploração de recursos naturais e o posicionamento geográfico virado ao Atlântico levou a que mais de dois terços da população humana do Brasil se fixasse na área originalmente ocupada por este bioma. As maiores cidades e polos industriais do país também se distribuíram ao longo dessa extensa faixa de território.

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