Gebalis, o futuro começa agora

  • ECO + Gebalis
  • 13 Novembro 2020

O futuro da GEBALIS já está em construção. São 25 anos de pensamento futuro onde as lições do passado e as céleres respostas ao presente vão construindo uma base sólida para o sucesso.

Gerir aquele que é o bem maior na vida das famílias, a sua casa, coloca à GEBALIS um elevado grau de responsabilidade e de comprometimento com os princípios de eficácia e eficiência na prestação de um serviço público de qualidade.

Pelo objeto da gestão da empresa ter tamanha relevância, nas comunidades e na cidade, as decisões tomadas e medidas implementadas invariavelmente perduram no tempo. É por isso que o futuro da GEBALIS já está em construção. São 25 anos de pensamento futuro onde as lições do passado e as céleres respostas ao presente vão construindo uma base sólida para o sucesso da intervenção da empresa na cidade de Lisboa.

A visão do futuro assenta na relação próxima aos residentes, ingrediente-chave dos programas de cogovernação e do desenvolvimento sustentável dos 66 bairros geridos pela empresa. Esta partilha de responsabilidades criará as fundações para as novas abordagens urbanas que se avizinham, onde os residentes são vozes ativas nas suas comunidades e onde a participação cívica é decisiva na construção de territórios mais equitativos, justos e solidários.

Este investimento social a par e passo com a forte aposta na requalificação do património e manutenção da recentemente construída, habitação de nova geração, deixa antever no horizonte ou um património público cuja qualidade pode ombrear com a do mercado privado.

O futuro passa por um grande esforço de reabilitação, prosseguindo com o modelo adotado pelo Programa “Aqui há Mais Bairro”, dedicado à eficiência energética dos edifícios através da aplicação de materiais e técnicas inovadoras e sustentáveis ambiental e financeiramente. Condição essencial para uma sólida intervenção na mitigação da pobreza energética.

Passa também por saber acompanhar as transformações demográficas da população residente, nomeadamente o envelhecimento. Reabilitar casas que contemplem alterações essenciais como a remoção de elementos construtivos que se afigurem como obstáculos, a remodelação das instalações sanitárias e adequação do tipo de piso a utilizadores com mobilidade reduzida, será no futuro não uma exceção, mas uma regra.

O Programa LIFE – casas para uso universal, sendo já uma referência nacional e internacional no que diz respeito à reabilitação de casas para portadores de deficiência, contemplará já em 2021, soluções de reabilitação que contemplem aspetos relevantes no âmbito de handicaps relacionados com o envelhecimento. A GEBALIS estará certamente a testar novas abordagens, um caminho que bem conhece.

Do ponto de vista estratégico, a admissão na Housing Europe, Federação Europeia de Habitação Pública – uma rede de 44 federações nacionais e regionais que reúne cerca de 43.000 providers de habitação pública, social e cooperativa de 23 países, abrangendo 26 milhões de habitações – permitirá à GEBALIS e ao Município ter uma voz mais forte tanto a nível da UE como a nível nacional. Mantendo-se atualizada dos desenvolvimentos importantes das políticas europeias nos domínios da Energia, Regulamento Financeiro e Assuntos Urbanos, tendo acesso a evidências de apoio ao desenvolvimento da intervenção a nível local e nacional, partilhando metodologias de trabalho já testadas no terreno com resultados comprovadamente positivos, integrando projetos europeus, sendo uma voz ativa e representativa de Portugal.

A transformação destas ambições em concretizações contará com o ativo mais importante da GEBALIS, os seus trabalhadores. Também internamente o futuro já começou a ser escrito quando a empresa apostou numa política de conciliação certificada em 2019 – Sistema de Gestão da Conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal.

Por certo que o futuro também trará desafios e alguns obstáculos, mas é com a mesma resiliência dos últimos 25 anos que a eles a empresa saberá responder.

É assim que todos os dias a GEBALIS cresce. Convicta da sua importância no crescimento da cidade, consciente dos impactos das suas decisões e ambiciosa na procura de novas formas de gerir o arrendamento público, acreditando que este grande trabalho por Lisboa fez, faz e fará a diferença na vida de 65 000 pessoas e de toda a cidade.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Socialistas querem proibir cortes nos serviços essenciais no primeiro semestre de 2021

O PS propõe para o OE 2021 que sejam proibidos os cortes na água e luz no primeiro semestre do próximo ano. Só se aplica a quem teve quebra nos rendimentos, ficou desesempregado ou está infetado.

O PS quer voltar a proibir os cortes na água, luz, gás e eletricidade durante o primeiro semestre de 2021. Caso a proposta seja aprovada para o Orçamento do Estado para 2021, esta proibição vai aplicar-se a quem teve uma quebra de rendimentos igual ou superior a 20%, ficou desempregado ou foi infetado.

Durante o primeiro semestre de 2021, não é permitida a suspensão do fornecimento dos seguintes serviços essenciais, previstos no n.º 2 do artigo 1.º da Lei n.º 23/96, de 26 de julho: a) Serviço de fornecimento de água; b) Serviço de fornecimento de energia elétrica; c) Serviço de fornecimento de gás natural; d) Serviço de comunicações eletrónicas“, lê-se na proposta do grupo parlamentar do PS entregue esta sexta-feira.

Contudo, caso esta proposta seja aprovada, esta proibição dos cortes não é para todos, aplicando-se apenas a quem teve quebra nos rendimentos ou foi infetado pelo vírus. “A suspensão prevista na alínea d) do número anterior aplica-se quando motivada por situação de desemprego, quebra de rendimentos do agregado familiar igual ou superior a 20%, ou por infeção por Covid-19“, determina a proposta.

Esta é uma medida semelhante à que esteve em vigor até setembro deste ano e que foi criada em março por causa do primeiro estado de emergência. Segundo a portaria do Governo que estabeleceu essa medida, os beneficiários devem enviar aos fornecedores dos serviços em causa uma declaração sob compromisso de honra em que atestem a quebra de rendimentos do agregado familiar. É exatamente para essa portaria que o PS agora remete quanto à demonstração de quebra de rendimentos.

O diploma do PS, se for aprovado, determina ainda que os beneficiários desta proibição possam cessar unilateralmente os contratos de telecomunicações, “sem lugar a compensação ao fornecedor”. Além disso, podem pedir a suspensão temporária do contrato de telecomunicações, “sem penalizações ou cláusulas adicionais para o consumidor, retomando-se a 1 de janeiro de 2022 ou data a acordar entre o fornecedor e o cliente”. Se houver valores em dívida, os socialistas determinam que seja criado um plano de pagamentos “em tempo razoável” e “adequado” aos rendimentos.

O diploma vai ainda mais longe ao tentar beneficiar retroativamente os consumidores que foram afetados entre outubro e dezembro deste ano, período em que esta proibição não esteve em vigor. Caso o fornecimento dos serviços essenciais tenha sido suspenso, o consumidor poderá em 2021 “requerer, sem custos para si, a reativação do fornecimento dos serviços”, desde que mantenha as condições de elegibilidade e “tenha sido acordado um plano de pagamento para quaisquer valores em dívida relativos ao fornecimento desse serviço”.

Face à evolução da situação pandémica, económica e social, urge renovar esta garantia de acesso durante o ano de 2021, mantendo o universo de beneficiários, e permitindo ainda repor o fornecimento de serviços sem custos para o consumidor, verificados pressupostos como a manutenção de situação de fragilidade económica ou de acordo para plano de pagamento de quaisquer montantes em dívida com o fornecedor em causa”, justificam os deputados socialistas na proposta.

Resgate de PPR sem penalização no primeiro semestre

Noutra proposta, o PS repesca outra medida que esteve em vigor este ano. É o caso do resgate de Plano de Poupança Reforma sem penalização, o qual quer aplicar durante o primeiro semestre do próximo ano. “Durante o primeiro semestre de 2021, o valor dos Planos de Poupança Reforma (PPR) pode ser reembolsado nos termos do n.º 3, até ao limite mensal do indexante dos apoios sociais, pelos participantes desses planos”, lê-se na proposta entregue esta sexta-feira para a fase de especialidade do OE 2021.

Para aceder a esta possibilidade — caso a proposta do PS seja aprovada na especialidade –, pelo menos um dos membros do seu agregado familiar tem de estar numa das seguintes situações:

  1. Esteja em situação de isolamento profilático ou de doença ou prestem assistência a filhos ou netos;
  2. Tenha sido colocado em redução do período normal de trabalho ou em suspensão do contrato de trabalho, em virtude de crise empresarial;
  3. Esteja em situação de desemprego registado no Instituto do Emprego e Formação Profissional, I. P.;
  4. Seja elegível para o Apoio Extraordinário ao Rendimento dos Trabalhadores, previsto nos artigos 112.º da presente lei;
  5. Ou que apresentem uma quebra do rendimento relevante médio mensal superior a 40% no período de março a dezembro de 2020 face ao rendimento relevante médio mensal de 2019 e, cumulativamente, entre a última declaração trimestral disponível à data do requerimento do apoio e o rendimento relevante médio mensal de 2019.

O resgate sem penalização só é aplicável aos PPR que tenham sido subscritos até 31 de março de 2020.

(Notícia atualizada às 18h20 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Novo Banco agrava prejuízos para 853,1 milhões de euros

Banco liderado por António Ramalho terminou os primeiros nove meses do ano com um resultado negativo de 853,1 milhões de euros.

O Novo Banco registou prejuízos de 853,1 milhões de euros até setembro. Depois dos resultados negativos de 555 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, o verão agravou ainda mais as contas da instituição liderada por António Ramalho, num período marcado pelo incremento das imparidades provocadas pela venda de ativos. E a pandemia também pesou.

O banco explica o agravamento das contas com três fatores, sendo as imparidades e as provisões responsáveis pela maior “fatia” dos prejuízos registados nestes primeiros nove meses, que comparam com os 572 milhões de euros negativos no período homólogo.

Estes são os três impactos:

  • 727,7 milhões de euros de imparidades e provisões, em resultado da descontinuação do negócio em Espanha, e do agravamento do nível de incumprimento de alguns clientes (crédito a clientes, garantias e instituições de crédito), sendo 187,2 milhões de euros de imparidade adicional para riscos de crédito decorrentes da pandemia Covid-19;
  • 260,6 milhões de euros em “resultado da avaliação independente aos fundos de reestruturação. O Grupo continuará a monitorizar esta área à medida que o impacto da pandemia na economia portuguesa de torne mais claro”;
  • 26,9 milhões de euros de reforço da provisão para reestruturação.

Apesar destes resultados negativos, o banco destaca que “os resultados da atividade apresentam melhorias quando comparados com os do período homólogo”, nomeadamente o aumento de 2,9% no resultado operacional core (produto bancário comercial – custos operativos) em resultado do aumento da margem financeira (+5,3%) e da redução de custos operativos (-3,8%), e o aumento do resultado operacional que se situou em 188,7 milhões”.

“O produto bancário comercial ascendeu a 597,6 milhões, valor em linha com o período homólogo. A evolução positiva da margem financeira (+5,3 %) foi absorvida pelo decréscimo nos serviços a clientes (-11,3%), em resultado do atual contexto pandémico”, diz o Novo Banco.

Ao nível dos custos, a redução é explicada pela “simplificação e otimização dos processos, com redução no número de colaboradores”, diz o banco em comunicado enviado à CMVM.

Banco “bom” lucra quase 100 milhões

Maior parte das perdas registadas pelo Grupo Novo Banco refletem as contas do Novo Banco Legacy, que ficou com os ativos maus do banco que resultou a resolução do BES. No “Novo Banco Legacy o resultado foi negativo em 835,2 milhões de euros”, refere a entidade liderada por António Ramalho.

Este desempenho do Legacy contrasta com o resultado positivo do Novo Banco Recorrente, o banco “bom”. “Nos primeiros nove meses de 2020, o Novo Banco Recorrente registou um resultado positivo de 98,2 milhões de euros”, adianta o banco.

Este resultado do banco “bom” é reflexo do “aumento do produto bancário comercial, com o desempenho positivo da margem financeira (+31,8 milhões de euros; +9,3%) a compensar o decréscimo no comissionamento (-23,9 milhões).

Rácios em queda. Nova injeção a caminho

Perante estes resultados, os rácios de capital do Novo Banco degradaram-se. “Em 30 de setembro de 2020, o rácio CET 1 foi de 12,0% e o rácio de solvabilidade total situa-se em 13,9% (valores provisórios), valores esses que representam uma redução face aos apurados no final do exercício de 2019 devido à alteração do nível de proteção do Mecanismo de Capital Contingente, dos 13,5% Tier 1 verificados no final do ano passado para os atuais 12,0% CET 1″, explica o banco.

Está assim no limite para que seja necessária uma injeção de capital que mantenha os rácios acima do patamar definido. E essa injeção será feita recorrendo ao Mecanismo de Capitalização Contingente, através de fundos do Fundo de Resolução.

“O montante de compensação a solicitar com referência a 2020, terá em conta as perdas incorridas nos ativos cobertos pelo Mecanismo de Capitalização Contingente bem como as condições mínimas de capital aplicáveis no final de 2020 ao abrigo do Mecanismo de Capitalização Contingente”, diz o banco, sem avançar com uma estimativa. No final do primeiro semestre apontava para um valor de 176 milhões de euros.

Recorde-se que, este ano, o Governo não inscreveu qualquer valor para o Novo Banco no Orçamento do Estado, tendo de ser os bancos a financiarem-se nos mercados para concederem as verbas necessárias ao Fundo de Resolução.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pandemia teve impacto de 200 milhões nas contas da CML

A pandemia teve impacto de "menos 100 milhões de euros de receita e mais 100 milhões de euros de despesa" nas contas da autarquia. Câmara vai investir "o que for necessário" para mitigar efeitos.

Os efeitos que a pandemia trouxe para Lisboa são notórios, levando mesmo a autarquia a disponibilizar 55 milhões em apoios às empresas da restauração, comércio e cultura. Como seria de esperar, as consequências para o Orçamento municipal do próximo ano são expressivas, tendo a pandemia provocado um impacto de 200 milhões de euros nas contas da Câmara de Lisboa (CML) para 2021.

“Este é um Orçamento com uma baixa de receita e um aumento da despesa face à pandemia”, disse o vice-presidente da autarquia, João Paulo Saraiva, esta sexta-feira, durante a apresentação do Orçamento municipal para 2021. “Há enormes incertezas e desafios do lado da receita. Algumas das receitas que Lisboa tem estão muito indexadas ao crescimento económico e à saúde de alguns setores em concreto”, acrescentou.

E os números mostram bem isso. A receita prevista para 2021 é de 948,1 milhões de euros, menos 48,1 milhões de euros (-5,1%) do que este ano. “2020 teve um impacto de cerca de 200 milhões de euros na despesa e na receita: menos 100 milhões de euros de receita e mais 100 milhões de euros de despesa”, notou João Paulo Saraiva.

“Investiremos o que for necessário para fazer face à pandemia”, disse o também vereador das Finanças, referindo que a autarquia admite recorrer a empréstimos, aumentando, assim, o seu endividamento. Os dados preveem uma margem de endividamento de 167 milhões de euros para 2021. Contudo, salientou que, há “sentido de responsabilidade de construir um Orçamento que permita fazer manter o município sustentável”.

Conheça o Orçamento da CML para 2021

Saúde Pública

  • Investimento de seis milhões de euros na aquisição de equipamentos de proteção individual, material clínico e de higienização;
  • Investimento de um milhão de euros no reforço na aquisição de serviços de limpeza e segurança;
  • Manutenção do hospital de campanha EUL;
  • Centros de rastreio.

Apoio Social

  • Reforço de 6,8 milhões de euros do Fundo de Emergência Social (famílias, IPSS);
  • Investimento de dois milhões de euros no ajustamento do valor de das rendas de acordo com a perda de rendimentos;
  • Investimento de 250.000 euros na suspensão de rendas de espaços afetos ao setor social, desportivo, cultural e recreativo;
  • Investimento de 9,5 milhões de euros no reforço do apoio alimentar para pessoas carenciadas.

Apoio à Economia

  • Investimento de 20 milhões de euros no apoio extraordinário aos setores do comércio e restauração;
  • Investimento de sete milhões de euros no reforço da programação e apoio aos agentes culturais;
  • Investimento de três milhões de euros na suspensão da cobrança de todas as taxas relativas a ocupação de espaço público (por exemplo esplanadas) e publicidade a todos os estabelecimentos comerciais;
  • Investimento de 100.000 euros no programa “Empreende +”.

Habitação para Todos

  • Investimento de 64 milhões de euros na habitação;
  • 975 fogos no Programa de Renda Acessível (PRA) e 226 quartos em residências de estudantes;
  • Investimento de 1,7 milhões de euros (de um total de 4,4 milhões de euros) no Programa Renda Segura;
  • Execução do Programa Renda Acessível Concessões: dois contratos em execução, seis operações em lançamento e 1.788 habitações;
  • Investimento de 12 milhões de euros na “Construção de Nova Geração”, nos bairros Padre Cruz, Boavista e Cruz Vermelha;
  • 37 projetos no Programa BIP/ZIP Lisboa​.

Mobilidade

  • Mais 31 autocarros;
  • Mais 5.000 lugares de estacionamento ordenado;
  • Investimento de 3,7 milhões de euros no Sistema de Gestão de Mobilidade Inteligente;
  • Investimento de 12 milhões de euros na rede ativa ciclável e pedonal;
  • Mais 84 novas estacões de bicicleta Gira;
  • Investimento de 14 milhões de euros na reabilitação de pavimentos e acessibilidade pedonal.

Cidade Sustentável

  • Investimento de 25 milhões de euros em mais e melhores escolas e creches;
  • Investimento de 14 milhões de euros em cuidados de saúde de Nova Geração;
  • Investimento de dez milhões de euros em programas de apoio social;
  • Investimento de 5,7 milhões de euros no projeto Olisipíadas e no apoio às atividades desportivas;
  • Investimento de 3,6 milhões de euros no HUB Criativo do Beato;
  • Investimento de 34 milhões de euros no apoio à atividade económica;
  • Investimento de 35 milhões de euros no Plano Geral de Drenagem de Lisboa;
  • Investimento de 24 milhões de euros em áreas verdes;
  • Investimento de 19 milhões de euros em higiene urbana mais sustentável;
  • Investimento de 30 milhões de euros no tratamento e valorização de águas residuais;
  • Investimento de 13 milhões de euros no programa “Uma Praça em cada Bairro”;
  • Investimento de três milhões de euros na Frente Ribeirinha (conclusão 2021);
  • Investimento de sete milhões de euros no Palácio da Ajuda;
  • Investimento de 300.000 euros na Feira das Galinheiras;
  • Investimento de 1,7 milhões de euros em mercados municipais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

OE 2021: PS propõe subida do mínimo de existência em 100 euros

Na ausência de subida do IAS, o PS propõe um aumento excecional e temporário do mínimo de existência em 100 euros. Este acréscimo permite acomodar o aumento do salário mínimo de 2021.

O Partido Socialista propõe um aumento excecional de 100 euros do mínimo de existência no próximo ano a constar do Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021). Esta é uma das propostas avançadas pelos socialistas esta sexta-feira, o último dia para a entrega de propostas de alteração ao OE.

“De forma a proteger o rendimento das famílias, no IRS a liquidar no ano de 2021, relativo aos rendimentos auferidos em 2020, ao valor a que se refere o n.º 1 do artigo 70.º do Código do IRS, acrescem excecionalmente 100 euros, retomando-se no IRS relativo ao ano de 2021, a aplicação da fórmula que consta do referido artigo“, lê-se na proposta entregue pelo grupo parlamentar do PS.

Ou seja, aos 9.215,01 euros anuais do mínimo de existência em vigor em 2020 acrescem 100 euros, uma subida superior à do ano anterior. De 2019 para 2020 o valor de mínimo de existência passou de 9.150,96 euros para 9.215,01 euros anuais por causa da atualização do Indexante de Apoios Sociais (IAS), que subiu 0,7%, o crescimento que resultou da fórmula que consta da lei.

Contudo, em 2021, uma vez que a taxa de inflação deverá ser nula — o Ministério das Finanças aponta para uma ligeira deflação (-0,1%) –, o IAS deverá ficar no mesmo nível que em 2020. Esta proposta do PS permite contornar isso, aumentando o mínimo de existência de forma excecional em 2021, criando uma exceção à indexação ao IAS.

Assim, no próximo ano, os trabalhadores cujo salário após IRS seja inferior a 9.315 euros líquidos anuais (cerca de 665,36 euros mensais a 14 meses) não serão alvo dessa tributação. Em causa está uma espécie de rendimento mínimo após a aplicação dos impostos, isto é, sempre que o rendimento depois da tributação é inferior a esse valor o Estado abdica do IRS.

Este mínimo de existência deverá, assim, continuar a acomodar no próximo ano os trabalhadores que auferem o salário mínimo. O valor está nos 635 euros este ano, mas há a perspetiva de que vai subir pelo menos 23,75 euros em 2021, totalizando 658,75 euros brutos mensais, o que fica dentro do novo mínimo de existência, se a proposta do PS for aprovada. Se não fosse atualizado, o mínimo de existência anterior (cerca de 658 euros brutos por mês) poderia deixar de fora estes trabalhadores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lisboa mexe pouco. EDP Renováveis cai, mas BCP sobe mais de 5%

A bolsa de Lisboa fechou pouco alterada esta sexta-feira, com a EDP Renováveis a recuar 2,47%, mas o BCP a ganhar 5,5%, fechando uma semana em que o índice acumulou ganhos de 8%.

As bolsas europeias fecharam mistas, encerrando uma semana de fortes ganhos com a eleição de Joe Biden nos EUA e o anúncio pela Pfizer de uma vacina experimental contra a Covid-19 com mais de 90% de eficácia.

O Stoxx 600 ganhou 0,2%, tendo acumulado um ganho semanal na ordem dos 5%. No caso da bolsa portuguesa, o PSI-20 corrigiu ligeiramente na última sessão da semana, recuando 0,06%, para 4.367,43 pontos, mas acumulando uma valorização de mais de 8% na semana.

A correção dos títulos da EDP Renováveis penalizou a praça nacional, com a empresa a recuar 2,47%, para 17,38 euros por ação. Já os CTT perderam 0,91%, para 2,175 euros, numa semana em que algumas notícias suscitaram a possibilidade de o Governo se preparar para recuperar o controlo público da empresa.

BCP mais perto dos 10 cêntimos

A Nos perdeu 0,27%, para 2,922 euros, numa altura em que o processo do leilão do 5G em Portugal está embrulhado em forte litigância. A operadora foi uma das que está a interpor providências cautelares para mudar o contexto que considera ser injusto para com as empresas já estabelecidas no mercado.

A contrabalançar a praça nacional esteve o BCP, cujas ações ganharam 5,50%, para 9,97 cêntimos. Já a Galp Energia também contribuiu para travar as perdas, com uma subida de 0,12%, para 8,65 euros.

Termina assim uma semana agitada para os mercados de capitais no Velho Continente. O democrata Joe Biden foi declarado vencedor das eleições presidenciais nos EUA, mas tudo indica que não conseguirá a maioria no Senado, um dos melhores cenários para os investidores. Biden é visto como mais previsível do que Trump, mas a maioria republicana na câmara alta do Congresso deverá impedir algumas das propostas mais ambiciosas do novo presidente em matéria fiscal.

A puxar pelos índices na semana esteve ainda o anúncio da Pfizer de que a vacina que está a desenvolver com a alemã BioNTech é mais eficaz do que se considerava possível. Um sinal animador numa altura em que o mundo anseia por uma saída da crise sanitária.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Produção automóvel em Portugal cai 6,7% em outubro e 25,8% desde janeiro

  • Lusa
  • 13 Novembro 2020

Em outubro de 2020 foram produzidos nas fábricas portuguesas 29.714 veículos automóveis ligeiros e pesados.

A produção de automóveis em Portugal recuou 6,7% em outubro em termos homólogos, para 29.714 veículos, e acumula uma quebra de 25,8% desde o início do ano, informou esta sexta-feira a Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

Em comunicado, a ACAP refere que “em outubro de 2020 foram produzidos, em Portugal, 29.714 veículos automóveis ligeiros e pesados, tendo-se verificado uma queda de 6,7% em comparação com o mesmo mês do ano anterior”.

Já em termos acumulados, de janeiro a outubro de 2020, registou-se um decréscimo de 25,8% em comparação com o período homólogo, correspondendo a 215.414 unidades fabricadas.

A produção em outubro inclui 23.718 veículos ligeiros de passageiros, 5.653 comerciais ligeiros e 343 pesados, enquanto o acumulado desde janeiro ascende a 171.628 ligeiros de passageiros, 41.254 comerciais ligeiros e 2.532 pesados.

“A informação estatística relativa aos 10 meses de 2020 confirma a importância que as exportações representam para o setor automóvel, já que 98,1% dos veículos fabricados em Portugal têm como destino o mercado externo, o que, sublinhe-se, contribui de forma significativa para a balança comercial portuguesa”, refere a associação.

A Europa continuou a ser o mercado líder nas exportações dos veículos fabricados em território nacional, absorvendo 93,9% da produção, com a Alemanha (22,1%), França (17,3%), Espanha (10,8%), Itália (10,3%) e Reino Unido (7,7%) a posicionarem-se no topo do ‘ranking’.

Relativamente à montagem de veículos automóveis em Portugal, em outubro deste ano foram montados 20 veículos pesados, número que representa um decréscimo de 92,4% face a igual mês de 2019.

“Em termos acumulados, nos 10 meses de 2020, a montagem de veículos pesados apresentou uma queda de 78,7% face igual período do ano anterior, representando 558 veículos montados em 2020”, precisa a ACAP. Segunda acrescenta, “pelo terceiro mês consecutivo, [em outubro] apenas foram montados veículos pesados de passageiros”.

De janeiro a outubro foram exportados 83,3% dos veículos montados em Portugal, representando 465 unidades, destacando-se os Estados Unidos como o maior destino destas exportações, ao receberem 56,6% do total.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Santander corta 4.000 empregos em Espanha. Decisão não tem efeito em Portugal

  • Lusa e ECO
  • 13 Novembro 2020

O banco espanhol propôs aos sindicatos a saída de 4.000 trabalhadores, quase 13% da força laboral em Espanha, e o encerramento de mais de 900 agências. Em Portugal não estão previsos despedimentos.

O Banco Santander Espanha propôs aos sindicatos a saída de 4.000 trabalhadores, quase 13% dos empregados que tem no país, e manifestou a intenção de deslocalizar mais 1.090 trabalhadores em empresas do grupo. Contactado pelo ECO/Pessoas, o Santander Portugal assegura que não há previsões de alteração no número de trabalhadores este ano.

Fontes próximas da negociação ouvidas pela agência Efe revelaram que a instituição financeira pretende que as saídas aconteçam principalmente através de reformas antecipadas, uma vez que o banco tem cerca de 4.000 trabalhadores com mais de 55 anos de idade.

“A nossa atuação não sofreu alterações. A política que tem sido seguida e que continuamos a executar é de as saídas serem feitas por acordo entre o Banco e cada trabalhador. Não prevemos que durante o corrente ano se altere o número médio de colaboradores que sairão por acordo, reforma e pré-reforma”, refere fonte oficial do Santander Portugal, citada em comunicado.

O banco adianta ainda que “nunca nos últimos anos o Santander contratou tantos novos colaboradores como em 2020”.

Clientes mais digitais

O Santander Espanha justifica este novo plano de ajustamento, que implicará também o encerramento de entre 900 e 1.000 agências, de um total de cerca de 3.100 existentes em Espanha, com razões económicas e organizacionais, depois de constatar que a pandemia acelerou as relações com os clientes através dos canais digitais.

O banco espera que a utilização destes canais se multiplique tanto em termos de transações como de vendas nos próximos dois ou três anos, de acordo com informações partilhadas em reuniões anteriores com os sindicatos.

Atualmente, quase metade das receitas são geradas através da internet, uma tendência que a crise da Covid-19 está a acelerar: o número de pessoas que vão para os escritórios foi reduzido “drasticamente” e as operações de escritório estão a cair a taxas anuais entre 7 e 8%.

O Banco Santander tinha anunciado em 2019 que queria reduzir os seus custos em 1,2 mil milhões de euros por ano durante os próximos anos e, ao mesmo tempo, projetou gastar mais de 20 mil milhões de euros durante quatro anos na “transformação e tecnologia digital”.

[frames-chart src=”https://s.frames.news/cards/lucros-do-santander/?locale=pt-PT&static” width=”300px” id=”235″ slug=”lucros-do-santander” thumbnail-url=”https://s.frames.news/cards/lucros-do-santander/thumbnail?version=1589228326138&locale=pt-PT&publisher=eco.pt” mce-placeholder=”1″]

Saíram mais de 100 mil bancários em Espanha

O Santander já cortou mais de 3.200 postos de trabalho em 2019 como parte de uma reestruturação ligada à absorção do Banco Popular em 2017, que também incluiu o encerramento de 1.150 agências.

Agora, vai reduzir mais 4.000 postos. E não é o único a fazê-lo. Na terça-feira, o quinto maior banco espanhol, o Sabadell, anunciou a sua intenção de cortar 1.800 postos de trabalho no âmbito de uma grande reestruturação.

Na sequência da crise financeira de 2008, os bancos espanhóis cortaram, entre 2008 e 2019, quase 100.000 postos de trabalho, cerca de 37% da mão-de-obra de 2008, de acordo com fonte do sindicato Comissões Operárias citada pela AFP.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Partidos entregaram mais de 1.500 propostas para alterar OE. É recorde

Acabou na sexta-feira o prazo para os partidos entregarem as alterações que querem ver inscritas no OE 2021. Deram entrada mais de 1.500 propostas no site do Parlamento.

O prazo para a entrega das propostas terminou na sexta-feira ao final da tarde, sendo que as votações arrancam uma semana depois a 20 de novembro. Deram entrada no site da Assembleia da República mais de 1.500 propostas para alterar o Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021) do Governo na fase de especialidade. É um novo recorde. E ainda poderão entrar mais nos próximos dias à medida que os serviços do Parlamento as carregam.

Logo 24 horas depois de o Orçamento ser viabilizado na generalidade com o voto favorável do PS e as abstenções do PCP, PAN, PEV e deputadas não inscrita, os partidos já tinham entregado quase 200 propostas. Até quarta-feira, 11 novembro, o número superou as 500 propostas. E na sexta-feira subiu para 1.543 o números de propostas apresentadas, superando as 1.300 que deram entrada no OE 2020 e atingindo, assim, um novo recorde.

Até ao momento, foi o PCP, com 351 registos, o grupo parlamentar a entregar mais propostas de alteração. Segue-se o PAN, com 263 propostas. Tanto o PAN como os comunistas já tinham avisado o PS que não estava garantida a abstenção na votação final global a 26 de novembro, a qual dependerá dos avanços que sejam feitos na especialidade. O PEV entregou 123 propostas enquanto as deputadas não inscritas Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues, que também viabilizaram o OE 2021, entregaram 60 e 101 propostas, respetivamente.

No caso do Bloco de Esquerda, que votou contra o OE 2021, apenas são entregues 12 propostas de alteração, uma descida radical face às propostas dos bloquistas no OE 2020.

O PSD entregou, por sua vez, 160 propostas. No caso do PS, deram entrada 72 propostas até agora. O CDS entregou 110 propostas, a Iniciativa Liberal entregou 114 propostas e o Chega entregou 157 propostas.

Após as votações de cada proposta na especialidade que arrancam a 20 de novembro, haverá a votação final global do OE 2021 com os contributos dos partidos que sejam aprovados a 26 de novembro, a qual ditará se Portugal terá um orçamento a 1 de janeiro de 2021 ou se entrará em duodécimos.

Na discussão do Orçamento do Estado para 2020, os partidos com assento parlamentar entregaram mais de 1.300 propostas de alteração, o que viria a ser criticado pelo Governo. Para o OE 2021, o ministro das Finanças, João Leão, já pediu ao PSD para manter a “responsabilidade” durante a fase da especialidade, argumentando que seria incongruente não o fazer se diz que o OE “dá o que não tem a todos”.

Porém, os social-democratas, que votaram contra o documento, não descartam a possibilidade de apoiarem algumas medidas de outros partidos, formando “maiorias negativas” contra o Executivo como já aconteceu no passado. Certo também é que o voto contra do PSD está garantido para a votação final global dado que Rui Rio já disse que nem com alterações na especialidade o OE 2021 fica em condições.

(Notícia atualizada às 7h27 de 16 de novembro)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sócios-gerentes, Banco de Fomento e pagamentos em atraso do Estado. PSD apresenta 91 propostas para o OE

O PSD não concorda com a estratégia do Orçamento do Estado para 2021, mas avança com 91 propostas para melhorar o documento do Governo.

A pouco tempo de terminar o prazo, o PSD apresentou 91 alterações ao Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021) na fase de especialidade. Apesar de ter votado contra o proposta do Governo e de não se rever nesta, o maior partido da oposição quer melhorá-lo, entregando propostas para, por exemplo, incluir os sócios-gerentes no novo apoio extraordinário aos rendimentos dos trabalhadores, um reforço do capital do Banco de Fomento e a regularização dos pagamentos em atraso do Estado.

“Este voto contra, não nos inibe, nunca e muito menos em anos fulcrais, de apresentarmos propostas de alteração, que permitam superar algumas das debilidades que o Orçamento apresenta, com a consciência que será muito difícil modificar a sua estrutura base, na qual não nos revemos“, explicou Afonso Oliveira, deputado do PSD, em conferência de imprensa, esclarecendo que o impacto das propostas do PSD é “residual”, ao contrário das propostas do PCP que são uma “fatura” que o país terá de pagar pelo acordo com o PS.

As medidas propostas pelo PSD, que se diz condicionado pelas circunstâncias atuais — o que inibe uma proposta para baixar impostos, por exemplo -, focam-se em três prioridades: melhorar a estratégia de saúde pública, nomeadamente no combate à pandemia; superar a ausência de medidas de estímulo à recuperação económica de Portugal; e reforçar a coesão social e territorial. São “medidas mais úteis e adequadas” ao OE 2021, garantem.

“Se o país vivesse um contexto económico e social diferente, sem uma grave situação sanitária, sem níveis de endividamento público preocupante, certamente seriam outras, e porventura mais profundas, as propostas que apresentaríamos, em linha, aliás, com o programa eleitoral sufragado pelos portugueses”, acrescentou o deputado do PSD.

Uma das intenções dos social-democratas é a inclusão dos sócios-gerentes no novo apoio extraordinário aos rendimentos dos trabalhadores que o OE 2021 cria, algo que deverá ir ao encontro das intenções da esquerda parlamentar. Além disso, o PSD quer reforçar o capital do Banco de Fomento para ter maior capacidade de endividamento e implementar um regime de pagamentos do Estado a fornecedores a 30 dias.

Na área económica, os social-democratas pretendem garantir que o novo Quadro Financeiro Plurianual (2021-2027) tenha uma linha específica para o turismo, a abertura de um novo período de adesão às moratórias públicas e a suspensão do pagamento por conta até que vigorem as restrições ao funcionamento das atividades. O PSD pretende também “limitar o agravamento do Imposto do Selo apenas nos casos de concessão de novos créditos e não em situações de extensão dos prazos de pagamento de crédito já anteriormente concedido”.

PSD quer programa de recuperação das listas de espera com privados

Na área da saúde, os social-democratas querem um programa para a recuperação de listas de espera: “Resolver as listas de espera para cirurgias, consultas e exames complementares de diagnóstico e terapêutica, aproveitando os recursos existentes no SNS e em articulação com os setores privado e social, com vista a recuperar atividade prejudicada e a cumprir os TMRG em todas as especialidades”.

Os social-democratas querem que haja um alargamento dos serviços de apoio domiciliário aos cuidados de saúde, a concretização da meta de todos os utentes terem um médico de família atribuído, tal como pretende o próprio Governo, e garantir equipamento de proteção individual (EPI) aos alunos do ensino superior na área da saúde que realizem estágios.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hugo Monteiro Queirós é o mais recente sócio da PLMJ

A PLMJ reforçou a área de Tecnologia, Mobilidade e Comunicações com a contratação de Hugo Monteiro Queirós, enquanto sócio.

A sociedade de advogados PLMJ reforçou área de Tecnologia, Mobilidade e Comunicações (TMC) com a contratação de Hugo Monteiro Queirós, enquanto sócio. O advogado transita da BMA – Batista, Monteverde & Associados, onde esteve cerca de quatro anos e meio.

“A integração na equipa da PLMJ é um passo que dou com enorme entusiasmo. Pertencer a uma top tier firm significa participar nas operações mais inovadoras do mercado e juntar-me a uma equipa de advogados altamente talentosa, numa casa líder de mercado e que tem no seu ADN uma cultura arrojada e orientada para o que não tenho dúvidas que é o futuro da assessoria jurídica“, refere o novo sócio da firma.

Hugo Monteiro Queirós conta com cerca de 20 anos de experiência e tem principal foco nas áreas de Propriedade Industrial, Propriedade Intelectual e TMT. O novo reforço vai iniciar o seu percurso na PLMJ em dezembro, passando a integrar a área liderada pelo sócio Pedro Lomba, de TMC.

A contratação de Hugo Monteiro Queirós “integra-se na estratégia da PLMJ de reforçar as áreas que considera que serão as de maior crescimento nas próximas décadas e que colocam desafios estruturais às empresas particularmente no contexto da economia digital. O Hugo Queirós reforça a experiência, conhecimento e maturidade da equipa de TMC da PLMJ na área do Direito Intelectual e da Sociedade da Informação e permite-nos responder com ainda mais qualidade aos nossos clientes, numa lógica de respostas 360º a todos os desafios que se colocam hoje à generalidade das empresas, dada a transversalidade dos temas abrangidos por esta área”, refere Pedro Lomba.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Concentração, simplificação, orientação para resultados. Veja os 8 princípios orientadores do novo quadro comunitário

O Portugal 2030 mantém 7 programas operacionais regionais, mas os programas temáticos são reduzidos a 3. Nelson Souza tem a "coordenação global", da elaboração e negociação do quadro comunitário.

O Governo já estabilizou um conjunto de princípios orientadores do próximo quadro comunitário de apoio. Concentração, simplificação e orientação para resultados são apenas algumas das ideias que deverão marcar o Acordo de Parceria 2021-2027 que, por sua vez irá guiar as negociações posteriores de definição dos diversos programas operacionais, onde estarão vertidas as regras para a utilização dos cerca de 21 mil milhões de euros em fundos comunitários que Portugal poderá usar até 2027.

O ministro do Planeamento reconheceu, na Assembleia da República, que a “estratégia de utilização dos fundos” só poderia ser “totalmente entendida” quando analisada em conjunto. Ou seja, o Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) – que “confere menos tempo para aprovação dos projetos e menos tempo para a sua execução, apensas seis anos”, mas oferece, em contrapartida “maiores facilidade e liberdades de programação com uma taxa de cofinanciamento de 100%, como não acontece nos fundos estruturais normais” –, o Next Generation EU e o REACT que complementarão o PRR, através do financiamento de despesas mais urgentes e mais ligadas à crise pandémica como o setor da saúde, mecanismo de apoios às empresas na áreas do trabalho e outras ajudas às PME. E ainda os 21 mil milhões de euros, do próximo quadro comunitário 2021-2027, onde haverá a “possibilidade de programar para complementar os apoios do PRR”.

E a peça que faltava era o Portugal 2030, cuja arquitetura foi aprovada na reunião de Conselho de Ministros da semana passada. Ora essa arquitetura, tal como o ECO avançou em setembro, estará desenhada em torno de cinco objetivos de política, ou seja as gavetas nas quais as verbas estão arrumadas (são 11 no atual quadro comunitário e têm o nome de objetivos temáticos) e há uma redução do número de programas operacionais (PO). Os PO regionais mantêm-se todos: cinco no continente (Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve, cada um gerido pelos presidentes das respetivas CCDR, e dois nas regiões autónomas (Madeira e Açores). Continua a existir um Programa Operacional de de Assistência Técnica. Mas os programas temáticos são reduzidos a três:

  • Demografia, Qualificações e Inclusão, que substitui os atuais Programa Operacional Capital Humano (POCH) e Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (PO ISE);
  • Inovação e Transição Digital, que corresponder ao atual Compete, mais conhecido com o programa operacional das empresas, embora estas também sejam financiadas através dos Programas Operacionais Regionais. E é o conjunto destes apoios que é designado de Sistema de Incentivos;
  • E Transição Climática e Sustentabilidade dos Recursos, que surge em ligar do atual Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR).

Cada um destes três programas operacionais será tutelado pela ministra da Presidência, ministro da Economia e ministro do Ambiente, respetivamente. Já os programas operacionais do Continente continuam sob a alçada do Ministério da Coesão e os das regiões autónomas dos respetivos governos regionais. E à semelhança do que acontece hoje, a coordenação geral de todos os programas cabe ao Ministério do Planeamento.

Neste organigrama é necessário ainda incluir a agricultura e as pescas, financiados por dois fundos específicos: FEADER e FEAMP, respetivamente e que não estão contemplados nos 20 mil milhões referidos.

E esta arquitetura encaixa em oito princípios orientadores, que foram divulgados esta sexta-feira na resolução do Conselho de Ministros publicada em Diário da República:

  • Concentração: “concentrar o apoio dos fundos europeus num número limitado de domínios estratégicos e tipologias de intervenção por forma a maximizar o seu impacte nas dimensões económica, social, ambiental e territorial”, o que se traduz na redução dos objetivos temáticos e dos programas operacionais;
  • Simplificação: continuar a reduzir os custos administrativos associados à gestão dos fundos, “refletida numa redução nos níveis de programação, designadamente eixos, fundos, tipologias e estratégias territoriais, de intermediação e dos encargos para os promotores, com a generalização da utilização da opção de custos simplificados e da redução e simplificação das interações necessárias dos promotores com o sistema, nomeadamente através da simplificação e harmonização dos formulários, da redução da informação requerida, dos volumes de pedidos de pagamento e de reprogramações por operação”;
  • Orientação para resultados: garantir que a “aplicação das verbas está centrada nos resultados a atingir, com base na contratualização dos mesmos, aprofundando os mecanismos de apropriação e responsabilização dos beneficiários”. Esta regra já está em vigor, existe, inclusivamente a possibilidade de os beneficiários transformarem parte dos incentivos a fundo perdido se superarem as metas contratadas, mas o objetivo é exacerbar ainda mais esta característica. Recorde-se que os apoios concedidos no âmbito do PRR só serão pagos por Bruxelas mediante o cumprimento das metas definidas;
  • Abertura à inovação, nomeadamente, através da experimentação de projetos-piloto e abordagens territoriais inovadoras em domínios financiados pelos fundos europeus, demonstrando resultados de eficiência e eficácia nas políticas públicas”;
  • Transparência e prestação de contas: aplicar à gestão dos fundos “boas práticas de informação pública dos apoios a conceder”, mas também na avaliação dos resultados obtidos após a concessão dos mesmos. O primeiro-ministro anunciou na Assembleia da República, no início de outubro, que o Governo estava a trabalhar “num modelo de governação que reforce os mecanismos de controlo e de escrutínio” dos fundos comunitários e num “portal que permita agregar de forma transparente, clara e em tempo real todo o fluxo relativo aos fundos comunitários”. Uma sugestão que tinha sido feita pelo Iniciativa Liberal e depois pelo PAN.
  • Subsidiariedade: fazer “coincidir o nível territorial de decisão das políticas com o nível de decisão dos financiamentos”;
  • Segregação das funções de gestão e de prevenção de conflitos de interesse: garantir a total separação das funções de análise e decisão, das de pagamento, contabilísticas ou de auditoria e controlo para garantir isenção em todas as fases do processo;
  • Sinergias entre fontes de financiamento nacionais e comunitárias: ou seja, assegurar, tanto ao nível da programação estratégica e orçamental, como do acompanhamento e avaliação, uma visão global dos recursos de que Portugal dispõe, tal como o ministro Nelson Souza defendeu.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.