Biden anuncia novas sanções contra Moscovo

Administração norte-americana impôs uma nova ronda de sanções contra a Rússia, tendo expulsado dez diplomatas do país, por causa da interferência nas eleições do ano passado e de ciberataques.

A Administração Biden anunciou uma ronda de novas sanções contra Moscovo, incluindo a expulsão de dez diplomatas, em resposta à suposta interferência nas eleições americanas de 2020 e dos ataques cibernéticos perpetrados pelo país.

“O Escritório de Controlo de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro dos EUA tomou uma ação abrangente contra 16 entidades e 16 indivíduos que tentaram influenciar a eleição presidencial dos EUA de 2020 sob a direção da liderança do Governo russo”, declarou o Tesouro americano em comunicado divulgado esta quinta-feira.

Esta é a primeira resposta de retaliação de Washington contra o Kremlin após o ciberataque do ano passado que ficou conhecido como SolarWinds e no qual hackers russos terão infetado softwares com códigos maliciosos e que permitiu o acesso a redes de pelo menos nove agências americanas. As autoridades dos EUA acreditam que se tratou de uma operação de recolha de informação secreta do Governo.

Além desse ataque, a Casa Branca alegou no mês passado que o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou operações no sentido de ajudar Donald Trump a ser reeleito, embora sem evidências de que a Rússia ou qualquer pessoa tenha manipulado o resultado das eleições que deram a vitória a Biden.

As sanções vêm aumentar o clima de tensão entre Washington e Moscovo, e surgem depois de novo telefonema de Joe Biden a Vladimir Putin numa tentativa de baixar a escalada militar russa junto da fronteira com a Ucrânia.

(Notícia atualizada às 14h08)

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PGR angolano justifica morosidade de processo de Isabel dos Santos com a sua “complexidade”

  • Lusa
  • 15 Abril 2021

Hélder Pitta Grós referiu esta quinta-feira que “os processos não se investigam em seis meses e nem em um ano", pois "requerem também muita intervenção da cooperação internacional".

O Procurador-Geral da República (PGR) de Angola justificou esta quinta-feira a morosidade do processo de Isabel dos Santos com a sua “complexidade” e referiu que a empresária angolana “é livre de dizer aquilo que achar conveniente para a sua defesa”.

Segundo Hélder Pitta Grós, “os processos não se investigam em seis meses e nem em um ano, esse é o tipo de crimes pela sua complexidade levam muito mais tempo, são muito mais morosos”.

Requerem também muita intervenção da cooperação internacional a solicitação de exames, de perícias, de documentação”, argumentou, em declarações aos jornalistas, após inaugurar o Parlatório Virtual (Sala de Videoconferência) do Hospital Prisão São Paulo, em Luanda.

Para o Procurador-Geral da República de Angola a “morosidade” do processo que envolve a empresária Isabel dos Santos também decorre das limitações impostas pela covid-19, “sobretudo no ano passado, pelo que as instituições já não trabalham, praticamente a 100%”.

“Isso não só em Angola, mas também noutros países mais desenvolvidos do que o nosso, também há dificuldades no funcionamento, mas o importante é o trabalho está a ser feito e da melhor forma possível“, assegurou Hélder Pitta Grós, sem entrar mais em detalhes.

Questionado pela Lusa sobre a alegada “conspiração” de que se queixa a empresária, o PGR respondeu que “a senhora engenheira Isabel dos Santos é livre de dizer aquilo que achar por conveniente para a sua defesa”.

“Em relação a isso não tenho nada a comentar, é uma opinião dela e não tenho nada a dizer acerca disso“, afirmou esta quinta-feira Hélder Pitta Grós.

A empresária Isabel dos Santos acusou, em finais de março, o Presidente João Lourenço de tentar “usurpar” ilegalmente os seus bens e apresentou no Tribunal de Londres alegadas provas que revelariam “uma conspiração” no âmbito do processo que envolve a Unitel.

A empresa de telecomunicações Unitel, fundada pela filha do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos, avançou no ano passado com um processo judicial em Londres contra a Unitel International Holdings (UIH), detida por Isabel dos Santos, para recuperar uma dívida de mais de 350 milhões de euros.

A queixa datada de 26 de outubro reivindica o reembolso de sete empréstimos atribuídos entre maio de 2012 e agosto de 2013 da Unitel à UIH que, salienta, “apesar do seu nome, não tem ligação empresarial nem afiliação à Unitel”. A Unitel alega que a UIH deve mais de 325 milhões de euros e quase 44 milhões de dólares (cerca de 37 milhões de euros), acrescido de juros de mora.

Num comunicado enviado à agência Lusa, Isabel dos Santos diz agora ter apresentado novas provas ao Tribunal Superior de Londres que demonstram que os ataques do Estado angolano “foram impulsionados não só por motivos políticos e financeiros, mas também como forma de distrair a opinião pública da corrupção e do suborno que assola o Governo de João Lourenço, incluindo altos funcionários e a petrolífera estatal Sonangol”.

Isabel dos Santos afirma ainda que “as revelações” mostram que a investigação jornalística que ficou conhecida como ‘Luanda Leaks’ e expôs alegados esquemas financeiros da empresária que lesaram o erário público angolano em milhões de dólares, foi “um ataque direcionado dos serviços secretos angolanos” que atuaram sob ordens do Presidente angolano, João Lourenço.

A empresária sublinha que os materiais foram obtidos ilegalmente e usados no âmbito de uma “estratégia de apropriação de ativos concebidos pela administração de João Lourenço para acusar, difamar e isolar ilegalmente Isabel dos Santos, permitindo assim ao Estado angolano confiscar ilegitimamente os seus bens”.

Quanto ao caso que envolve a Unitel, que passou a ser controlada pela petrolífera estatal angolana Sonangol em janeiro de 2020, Isabel dos Santos alega que a UIH não podia reembolsar os empréstimos devido ao congelamento das suas contas e ativos e que apresentou agora ao tribunal provas sobre a “conspiração”.

O comunicado refere que as provas foram obtidas pela empresa de informações privada Black Cube e são compostas por “dezenas de horas de gravações áudio e vídeo” em que antigos altos funcionários e conselheiros do Governo angolano fazem revelações sobre uma alegada conspiração do executivo para apreender os bens de Isabel dos Santos.

A empresária argumenta que João Lourenço usou “um vasto leque de recursos do Estado, incluindo o sistema judicial e os serviços de inteligência angolanos” para apreender os ses bens e que o Governo angolano instruiu o sistema judicial (incluindo o Supremo Tribunal angolano e a Procuradora-Geral da República) para que fosse instaurado um processo judicial contra a filha do antigo presidente, o que permitiu a aplicação de uma ordem de congelamento dos seus bens pelo Estado angolano.

“O Governo angolano também ordenou à Mercury (através da sua empresa-mãe, a petrolífera estatal angolana Sonangol) que agisse em conluio com a PT Ventures (através da sua empresa-mãe, a brasileira Oi, a parte oposta), no processo de arbitragem da ICC Unitel, com o objetivo de garantir um resultado favorável à PT Ventures“, acrescenta-se ainda no comunicado.

Segundo Isabel dos Santos, o suposto conluio permitiu à Sonangol comprar as ações da Unitel detidas pela subsidiária da Oi à PT Ventures e assumir assim 50% da Unitel, bem como adquirir os seus direitos de arbitragem por executar, que a petrolífera “optou por aplicar seletivamente apenas contra a Vidatel” – acionista da Unitel detida pela empresária angolana – apesar de todas as outras partes (Geni e Dauca subsidiária Mercury), serem conjuntamente responsáveis”.

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Há mais 30 milhões para janelas eficientes e painéis solares. Novo apoio chega no verão

  • Capital Verde
  • 15 Abril 2021

A segunda edição do Programa “Edifícios + Sustentáveis” vai voltar a abrir candidaturas no verão de 2021 e desta vez tem uma dotação sete vezes superior do que no ano passado, vinda de Bruxelas.

Vem aí um novo envelope de 30 milhões de euros com vista a apoiar o investimento das famílias em janelas eficientes e painéis solares. As novas candidaturas ao programa do Fundo Ambiental chegaram a estar previstas já para março de 2021, mas deverão avançar agora apenas no verão, confirmou o secretário de Estado da Energia, João Galamba, ao Jornal de Notícias. Isto depois de esgotados por completo os 8,5 milhões de euros (4,5 milhões em 2020 mais um reforço extra de 4 milhões em 2021) que o Governo destinou para a primeira edição do Programa “Edifícios + Sustentáveis”.

Os novos apoios, quase sete vezes superiores ao valor inicial do ano passado, vêm agora de Bruxelas e serão canalizados através do Plano e Recuperação e Resiliência. O ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, tinha já anunciado no Parlamento uma nova Estratégia para a Renovação de Edifícios (com foco na eficiência energética) com uma dotação de 620 milhões de euros, sendo que a mesma está inscrita na versão preliminar do Plano de Recuperação e Resiliência de outubro de 2020.

Desse valor, cerca de metade, ou seja, 300 milhões, serão para edifícios residenciais, disse o ministro. Esta é precisamente a verba destinada ao Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis, prevendo o Governo lançar já no verão de 2021 a primeira tranche de apoio para as famílias no valor de 30 milhões de euros, tal como deverá vir especificado na versão final do PRR. Na segunda edição do Programa “Edifícios + Sustentáveis” a taxa de comparticipação dos investimentos continua a manter-se nos 70%.

 

Soma-se uma inovação que passa por uma verba extra de cinco milhões de euros para apoiar a instalação de painéis fotovoltaicos, baterias e outros sistemas de armazenamento no âmbito nas novas comunidades de energia que o Governo quer promover, acrescentou ainda o governante ao Jornal de Notícias. Desta forma, além das famílias, ficam as candidaturas abertas também a câmaras municipais, caso tenham comunidades de energia em bairros sociais.

Quase 7 mil apoios em 2020

Neste momento, o Governo dá conta que as candidaturas ao programa estão encerradas e que está a decorrer o processo de avaliação das candidaturas submetidas até 31 de dezembro de 2020. O reforço de 4 milhões em 2021 permitiu pagar todas as candidaturas elegíveis registadas até ao final do ano passado.

No âmbito do Programa “Edifícios + Sustentáveis”, concluído a 31 de dezembro por esgotamento da verba, o MAAC revela que foram recebidas 6.996 candidaturas. Destas, 890 foram pagas já em 2020, correspondendo a 1,75 milhões de euros. Foi, de acordo com o Ministério do Ambiente e da Ação Climática, um “sucesso”.

Além de assegurar o pagamento de todos os apoios solicitados até final do ano passado, o Governo vai então abrir no verão as candidaturas para o novo programa de eficiência energética das habitações dos portugueses. Até lá, será necessário guardar as faturas. “As despesas em que tenham incorrido os interessados em concorrer, a partir de 1 de janeiro de 2021, serão elegíveis ao abrigo do novo programa, razão pela qual deverão guardar as faturas/recibos relacionadas com essas despesas“, diz o Fundo Ambiental.

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Taxa de desemprego sobe para 7,3% este ano mas cai nos anos seguintes

A economia portuguesa terminará o ano com uma taxa de desemprego nos 7,3%, acima do ano passado. Mas, com o regresso da atividade económica, desemprego vai diminuir a partir de 2022.

A taxa de desemprego deverá subir este ano para 7,3%, de acordo com as previsões do Governo. Com o regresso da normalização da atividade económica, a taxa vai baixar nos anos seguintes, com João Leão a apontar para um crescimento “robusto do emprego acima de 1%” em 2022.

“Temos previsto para este ano já uma melhoria do emprego e para o ano um crescimento mais robusto do emprego acima de 1%”, disse o ministro das Finanças esta quinta-feira.

Contudo, “para este ano a taxa de desemprego ficará ligeiramente acima do ano passado, em 7,3%, porque a população ativa aumentará com o regresso da normalização da atividade económica”, disse na apresentação das linhas gerais do Programa de Estabilidade que entrega esta tarde no Parlamento. Para o ano e anos seguintes prevê-se uma redução da taxa de desemprego“, acrescentou João Leão.

De acordo com as projeções do Programa de Estabilidade, o Executivo aponta para uma descida gradual do desemprego ao longo do horizonte do programa, até 2025: 7,3% (2021), 6,7% (2022), 6,4% (2023), 6% (2024) e 5,8% (2025).

Fonte: Ministério das Finanças.

A descida de desemprego acompanha a melhoria da atividade económica, após o forte impacto da pandemia em 2020 e no arranque deste ano. O Produto Interno Bruto (PIB) vai crescer 4% este ano, o que representa uma revisão em baixa para 2021, devido à terceira vaga da pandemia.

Já para o próximo ano o número é revisto em alta, para 4,9%, devido às perspetivas económicas positivas.

(Notícia atualizada às 13h32)

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Leão antecipa défice abaixo de 3% em 2023

O Ministério das Finanças prevê uma redução do défice orçamental para um valor abaixo dos 3% do PIB em 2023.

O Governo vai entregar esta quinta-feira no Parlamento o Programa de Estabilidade 2021-2025, que faz um ajuste do caminho a seguir nos próximos quatro anos, depois de a economia ter sido fortemente afetada pela pandemia. No documento, apresentado pelo ministro das Finanças, o Governo prevê um défice orçamental abaixo de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023.

O ministro das Finanças referiu recentemente que o défice orçamental deveria fixar-se entre os 4,5% e 5% do PIB em 2021, acima da previsão inicial de 4,3% do PIB que consta no OE2021. Esta quinta-feira, em conferência de imprensa, João Leão revelou que “a partir de 2022, o défice atingirá uma redução de 3,2%”, ficando ligeiramente acima do “limite” de 3%, sendo que nos anos seguintes ficará abaixo desse limite. Assim, as estimativas do Governo quanto ao défice são: 4,5% (2021), 3,2% (2022), 2,2% (2023), 1,6% (2024) e 1,1% (2025).

Fonte: Ministério das Finanças.

Esta redução do défice será acompanhada pelo crescimento económico. As estimativas do Executivo apontavam para um crescimento económico de 5,4% este ano, mas a projeção atual que consta no Programa de Estabilidade estima que a subida do PIB seja menor: 4% este ano e 4,9% em 2022. “No conjunto de 2021 e 2022, o PIB vai crescer 9%”, um aumento “muito robusto”, disse o ministro das Finanças.

No caso da dívida pública, tal como acontece com o défice, “prevê-se uma redução, ano após ano”, notou João Leão. A dívida pública ficará “novamente abaixo de 120% a partir de 2024”, revelou o ministro das Finanças. Assim, as projeções são: 128% (2021), 123% (2022), 121% (2023, 117% (2024) e 114% (2025).

João Leão notou ainda que a “grande prioridade” neste momento é apoiar a economia e não estar preocupado com o controlo orçamental. “Não temos de estar preocupados neste momento em cumprirmos uma meta das regras orçamentais. Devemos estar preocupados com a recuperação da economia”, disse, ressalvando que o país não pode, porém, descartar as responsabilidades orçamentais para ser sustentável a médio prazo.

Fonte: Ministério das Finanças.

Além disso, o Governo estima que as exportações cresçam 7,9% em 2022 e que o emprego cresça 1,1%. A balança externa ficará nos 2,7% do PIB e os investimentos deverão subir 8%. João Leão destacou o “conjunto de investimentos do Governo” ainda antes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), exemplificando a consignação das obras do Metro de Lisboa, que foi anunciada esta quarta-feira.

O Programa de Estabilidade vai ser discutido a 29 de abril no Parlamento. O documento “cria as condições para enfrentar os principais desafios deixados pela” crise pandémica, “assenta em medidas de relançamento da economia” e “dá prioridade aos efeitos sociais da pandemia”, disse Leão.

(Notícia atualizada às 13h43 com mais informação)

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Governo corta crescimento do PIB para 4% em 2021. País cresce 4,9% em 2022

A terceira vaga da pandemia forçou o Governo a rever em baixa a previsão de crescimento da economia portuguesa para este ano.

O Governo estima que o Produto Interno Bruto (PIB) vai crescer 4% este ano, o que representa uma revisão em baixa para 2021, devido à terceira vaga da pandemia. Já para o próximo ano o número é revisto em alta, para 4,9%, devido às perspetivas económicas positivas, adiantou João Leão, ministro de Estado e das Finanças, na apresentação do Programa de Estabilidade 2021-2025.

Nas previsões inscritas no Orçamento do Estado para 2021, o Executivo estimava que a economia portuguesa crescesse 5,4% em 2021 e 3,4% em 2022. Agora, o Governo prevê que, “no conjunto de 2021 e 2022, o PIB vai crescer 9%: 4% em 2021 e 4,9% em 2022”, sinalizou o ministro. O segundo confinamento obrigou a cortar as previsões para este ano.

Ainda assim, a economia portuguesa vai “ultrapassar o nível de 2019 no próximo ano”, ficando cerca de um ponto percentual acima de 2019, adiantou. O crescimento “assenta de forma muito intensa na recuperação das exportações e investimento, privado e público”, beneficiando também do efeito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com fundos europeus.

João Leão estima que o PRR tenha um impacto na economia portuguesa de 22 mil milhões de euros ao longo dos próximos cinco anos. O ministro destaca ainda o “conjunto robusto de investimentos do Governo” antes do PRR, exemplificando com a consignação das obras do Metro de Lisboa esta semana. O Executivo espera também “uma recuperação de outras variáveis como o consumo privado”.

Fonte: Ministério das Finanças.

O ministro aponta ainda que, mesmo com a incerteza, o plano de vacinação permite dar “perspetivas positivas” para a economia europeia, sublinhando que as entidades internacionais também “têm estado a rever crescimento em alta para o ano que vem”.

No Programa de Estabilidade 2021-2025, que será entregue esta quinta-feira no Parlamento, o Governo prevê ainda um défice orçamental abaixo de 3% do PIB em 2023. As estimativas do Governo quanto ao défice são: 4,5% (2021), 3,2% (2022), 2,2% (2023), 1,6% (2024) e 1,1% (2025). Já a dívida pública ficará “novamente abaixo de 120% a partir de 2024”.

(Notícia atualizada às 13h41)

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João Leão estima que investimento suba 8% no próximo ano

O ministro das Finanças fez esta quinta-feira uma declaração ao país sobre o Programa de Estabilidade 2021-2025 aprovado em Conselho de Ministros.

O Programa de Estabilidade 2021-2025 foi aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros e será entregue à Assembleia da República até ao final do dia. Em antecipação, o ministro das Finanças, João Leão, fez uma declaração para apresentar aos portugueses os traços gerais deste documento que perspetiva a retoma económica após a pandemia. Tal como era esperado, o Governo reviu em baixa o crescimento do PIB em 2021 para os 4% e reviu em alta o défice orçamental para os 4,5%.

Quanto a 2022, o Executivo reviu em alta o crescimento da economia portuguesa para os 4,9% (3,4% no OE2021), regressando e ultrapassando nesse ano o nível de 2019, assim como o défice orçamental para os 3,2% do PIB (2,8% do PIB no OE2021). Assim, o Governo aproveita ligeiramente a folga dada pela suspensão das regras orçamentais europeias no próximo ano, mas deixando uma mensagem de que quer manter as contas públicas sustentáveis. Já a dívida pública só deverá regressar ao nível pré-crise em 2024.

Reveja aqui a declaração:

 

 

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Mais de 100 startups portuguesas presentes no Collision 2021

  • Lusa
  • 15 Abril 2021

As startups portuguesas juntam-se a mais de 40.000 fundadores, investidores, media e estrelas como o futebolista David Beckham e a atriz Nicole Kidman, oriundos de mais de 100 países.

Mais de 100 startups portuguesas vão marcar presença no Collision 2021, evento da Web Summit que se realiza online na América do Norte na próxima semana.

“Collision, o evento de tecnologia que mais cresce na América do Norte, vai receber mais de 100 startups no arranque, na terça-feira, 20 de abril”, refere a Web Summit, em comunicado.

As startups portuguesas juntam-se a mais de 40.000 fundadores, investidores, media e estrelas como o futebolista David Beckham e a atriz Nicole Kidman, oriundos de “mais de 100 países”, acrescenta a responsável por uma das maiores cimeiras tecnológicas do mundo.

Estas startups, adianta, “foram selecionadas e convidadas a participar no evento através das parcerias” com a cidade de Lisboa e a Startup Portugal.

Oitenta startups vão estar em Toronto, no âmbito do programa Road 2 Web Summit“, no decurso de uma parceria de longa data entre a Web Summit e a Startup Portugal, e terão acesso a investidores e líderes de negócio vindos de todos os cantos do mundo.

Além disso, a cidade de Lisboa vai trazer 10 startups – de setores como serviços financeiros digitais fintech (Alfred AI) e biotecnologia biotech (Neroes).

Depois de ter registado 32.000 participantes no primeiro evento online em junho de 2020, a plataforma conta agora receber 40.000.

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Risco de formação de coágulos com vacina da Astra é muito semelhante ao das vacinas da Pfizer e Moderna

Estudo da Universidade de Oxford revela que ainda o risco de ter um coágulo sanguíneo é cerca de 95 vezes superior para pessoas que contraíram a Covid-19 em comparação com a população em geral. 

Um estudo realizado por investigadores da Universidade de Oxford revela que os riscos de ocorrência de coágulos sanguíneos raros em pessoas que receberam a vacina da AstraZeneca é muito semelhante aos riscos com a toma da vacina da Pfizer ou da Moderna, segundo a CBS News (acesso livre, conteúdo em inglês).

Segundo esta investigação, o número de pessoas que desenvolveram coágulos sanguíneos após receber as vacinas fabricadas pelas gigantes farmacêuticas norte-americanas é muito semelhante ao número de pessoas que contrariam esta “condição rara” com a toma da vacina da AstraZeneca.

Estas conclusões chegam cerca de uma semana depois de a Agência Europeia do Medicamento (EMA) ter admitido que há uma possível relação entre a formação de coágulos sanguíneos e a administração da vacina da AstraZeneca, sublinhando, no entanto que os casos são muito raros e que “os benefícios continuam a superar os riscos”. Também a vacina da Janssen está a ser investigada devido ao risco de coagulação.

Os dados demonstram que cerca de 4 em cada um milhão de pessoas que receberam as vacinas americanas sofrem trombose venosa cerebral (TVC) ou coágulos sanguíneos no cérebro. Ao passo que com a vacina da AstraZeneca, o estudo mostrou uma taxa de incidência de cerca de cinco casos por cada um milhão de pessoas.

Ao mesmo tempo, este estudo, que ainda não foi sujeito a revisão por parte de outros cientistas, aponta que o risco de ter um coágulo sanguíneo no cérebro é cerca de 95 vezes superior para pessoas que contraíram o novo coronavírus em comparação com a população em geral.

Isto significa que o risco de sofrer de trombose venosa cerebral é 10 vezes maior para pessoas que foram infetadas por Covid-19 do que as que receberam as vacinas da Pfizer ou da Moderna e oito vezes superior para as pessoas que receberam a vacina da farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca.

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Desconfinamento pós-Páscoa puxa pela economia

A nova fase de desconfinamento que reabriu as esplanadas puxou pela economia em Portugal, confirma o indicador diário de atividade económica do Banco de Portugal.

A atividade económica em Portugal melhorou na semana depois da Páscoa, marcada pela reabertura das esplanadas de cafés e restaurantes. “Na semana terminada a 11 de abril, o indicador diário de atividade económica apresentou uma variação homóloga superior à da semana anterior”, destacou o Banco de Portugal (BdP), em comunicado.

O indicador diário de atividade económica (DEI) é publicado todas as quintas-feiras pelo BdP, sendo calculado a partir de séries de informação como a do tráfego de pesados de mercadorias nas autoestradas nacionais e os pagamentos com cartão. Os dados dizem sempre respeito até ao domingo anterior.

Indicador diário de atividade económica:

Fonte: Banco de Portugal

É necessária alguma cautela na análise do “salto” observado no gráfico. As leituras do DEI são feitas tendo como base uma comparação com o período homólogo. Ou seja, a subida é a comparação com o primeiro confinamento provocado pela pandemia, recorda o BdP.

“A evolução recente do DEI encontra-se fortemente influenciada por efeitos base decorrentes dos eventos verificados durante 2020, o que afeta de forma significativa a evolução homóloga da atividade em 2021″, nota a entidade liderada por Mário Centeno.

Por isso, nas últimas semanas, o BdP tem publicado também uma comparação com o mesmo período dois anos antes. “Uma forma der mitigar a influência destes efeitos base é através do recurso a uma taxa bienal, o que corresponde a acumular a variação, em dias homólogos, para um período de dois anos. Assim, obtém-se a variação da atividade entre um determinado dia num ano face ao mesmo dia dois anos antes”, aponta. Nessa análise, “a taxa bienal […] reduziu-se no mesmo período”.

Indicador diário de atividade económica (bienal):

Fonte: Banco de Portugal

(Notícia atualizada pela última vez às 12h19)

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Tóquio2020: Cancelamento “é uma opção”, diz secretário-geral do partido do Governo

  • Lusa
  • 15 Abril 2021

"Teremos que cancelar [os Jogos] sem hesitação se não for mais possível organizá-los”, disse Toshihiro Nikai, secretário-geral do Partido Liberal Democrático (PLD), partido do Governo do Japão.

O secretário-geral do partido do Governo do Japão, Toshiro Nikai, afirmou esta quinta-feira que o cancelamento dos Jogos Olímpicos Tóquio2020 “é uma opção” de “último recurso”, caso a situação pandémica no arquipélago continue a agravar-se.

“Teremos que cancelar [os Jogos] sem hesitação se não for mais possível organizá-los”, disse Toshihiro Nikai, o secretário-geral do Partido Liberal Democrático (PLD), do primeiro-ministro Yoshihide Suga, em entrevista ao canal de televisão TBS. Nikai realçou que os Jogos, previstos para decorrer de 23 de julho a 8 de agosto, são “uma grande oportunidade para o Japão”, destacando para o seu sucesso a presença de público, e admitiu que “ainda há muitos problemas a resolver”.

Questionado sobre a possibilidade de serem cancelados se as infeções por coronavírus continuarem a aumentar no Japão, Toshihiro Nikai respondeu que “seria inevitável tomar uma decisão de acordo com a situação que surgir” antes do início do evento. “Se chegar a hora em que nada mais puder ser feito [em termos de medidas para conter o vírus], devem ser cancelados”, disse, defendendo que a realização do evento não poderá servir para a propagação da pandemia.

A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, interpretou os comentários de Toshihiro Nikai como “uma opção”, “nada mais”, e considerou-os como uma forte mensagem de incentivo para que os japoneses contenham o coronavírus por todos os meios. Em reação à entrevista de Nikai, replicada pelos órgãos de comunicação locais, um responsável anónimo do PLD, citado pela agência de notícias japonesa Jiji Press, afirmou que os “Jogos não serão cancelados”.

Por sua vez, o ministro responsável pela campanha de vacinação, Taro Kono, citado pelo jornal Asahi, levantou a possibilidade de proibir totalmente o acesso de espetadores aos Jogos, que já só era permitido para japoneses e residentes no arquipélago.

A 99 dias da abertura dos Jogos, e tendo em conta os números de quarta-feira, o Japão ultrapassou, pela primeira vez, as 4.000 infeções diárias desde o final de janeiro, evolução que os médicos do país começaram a qualificar como quarta vaga.

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Venda de NPL’s (Non Performing Loans) – uma certeza com ou sem moratórias

  • ECO + EY
  • 15 Abril 2021

Gonçalo Cardoso, Senior Manager EY, e Joana Perfeito, Senior Consultant EY, ambos Global Compliance & Reporting Services, explicam o que se pode esperar da venda de NPL's e os desafios associados.

Muito se tem falado e escrito nas últimas semanas acerca da impossibilidade de manutenção das moratórias de crédito para lá de setembro de 2021, bem como dos potenciais impactos supervenientes. Se por um lado tem havido um alerta para o potencial “efeito precipício”, concretamente no que concerne ao crédito a empresas, na medida em que é esperado que a geração de cash-flows no período de retoma seja mais reduzida que as exigências financeiras de curto prazo, por outro lado, existe a expectativa que o fim das moratórias seja compensado por novas medidas que permitam fazer face às referidas exigências, a manutenção dos postos de trabalho, mantendo as condições do crédito às famílias.

Gonçalo Cardoso, Senior Manager EY, e Joana Perfeito, Senior Consultant EY, ambos Global Compliance & Reporting Services

As expectativas de aumento do incumprimento de crédito no período pós-moratórias poderão não ser significativas por si só, não obstante, importa referir que as moratórias tiveram um papel decisivo na manutenção dos níveis de crédito malparado em 2020, por força das circunstâncias pandémicas e o seu impacto direto na economia, nas empresas e nas famílias.

Após o pico de crédito malparado de 2016, os bancos portugueses, na sua generalidade, têm vindo a trabalhar na implementação de medidas que visam a sua redução, por forma a tornar os seus balanços mais ágeis e simultaneamente reduzir as exigências de fundos próprios. Uma das principais medidas adotadas tem sido a venda de “NPL’s – Non Performing Loans” (“NPL”), tendo atingido o seu expoente máximo em 2019, com a transação de cerca de 8.000 milhões de euros. Devido à pandemia Covid-19, estima-se que a venda de NPL’s tenha reduzido em 2020 para cerca de 1.000 milhões de euros.

"Com ou sem impacto decorrente do término das moratórias, é provável assistirmos em 2021 à retoma do processo de venda de NPL’s, que trará aos vários intervenientes um desafio adicional.”

De acordo com os dados do Banco de Portugal, o NPL ratio no final de 2020 ter-se-á situado nos 4,9%, o que reflete uma melhoria significativa (17,5% em 2015), mas que mantém Portugal acima da média Europeia (2,8% no final do 3º trimestre 2020).

Assim, com ou sem impacto decorrente do término das moratórias, é provável assistirmos em 2021 à retoma do processo de venda de NPL’s, que trará aos vários intervenientes um desafio adicional, em virtude das limitações de circulação, comunicação e obrigatoriedade de teletrabalho. Será então importante dotar as organizações de mecanismos digitais e processuais que venham a possibilitar a otimização do procedimento, que em si é complexo, nomeadamente ao nível dos managed services, em matérias como a gestão dos colaterais, ajustamentos de cut-off, reconciliação, gestão e alocação de recebimentos e de reportes financeiros.

Para saber mais sobre Tax & Finance, visite a página da EY. Se tiver interesse, subscreva aqui as comunicações da EY Portugal (convites, newsletters, estudos, etc).

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