Dublin quer concorrência “saudável e justa” no IRC global. Proposta de Biden reduziria receitas em 20%

A Irlanda diz que é possível um acordo sobre a taxa de imposto sobre as empresas, mas aponta que se deve ter em conta a concorrência entre os países.

A Irlanda vai fazer pressão para um acordo global sobre a tributação das empresas que “acomode” a atual taxa e permita “uma concorrência fiscal saudável e justa”, adiantou o ministro das Finanças do país, Paschal Donohoe. A proposta do presidente dos EUA, Joe Biden, ia reduzir o montante arrecadado com o IRC na Irlanda em cerca de 20%.

Joe Biden quer introduzir uma taxa mínima mundial de imposto sobre as empresas de 21%, o que teria impacto nos países onde a taxa é mais baixa. A Irlanda cobra uma das taxas mais baixas da Europa, de 12,5%. Desta forma, o país estima que cerca de 20% do montante arrecadado anualmente de impostos corporativos seria perdida com as propostas de Biden, disse Donohoe numa reunião com peritos, citado pelo Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Donohoe admitiu que está “claro que há um novo impulso” nas longas discussões convocadas pela OCDE numa tentativa de harmonizar políticas entre jurisdições e eliminar peculiaridades que podem ser aproveitadas pelas empresas. A Holanda já sinalizou que deverá ceder perante a proposta norte-americana para que haja um imposto mínimo mundial sobre os lucros das empresas, pelo que a perspetiva de um acordo este verão ganhou força.

O responsável pela pasta das Finanças na Irlanda diz acreditar que um consenso pode ser alcançado e vai “trabalhar construtivamente para esse acordo”. No entanto, sublinha que “é um objetivo legítimo que qualquer acordo possa facilitar a concorrência fiscal saudável e justa, ao mesmo tempo que atende às necessidades de todos, não apenas de alguns dos participantes.”

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UE desiste de 300 milhões de doses extra das vacinas da AstraZeneca e Johnson&Johnson

  • ECO
  • 21 Abril 2021

Bruxelas optou por não comprar 300 milhões de doses extra das vacinas contra a Covid-19 da AstraZeneca e da Johnson & Johnson.

A União Europeia vai optar por não receber as 300 milhões de doses extra das vacinas da AstraZeneca e da Johnson&Johnson contra a Covid-19, confirmou um funcionário do bloco à Reuters.

“Não há necessidade de exercer as opções” para as doses extra, disse o funcionário superior da UE, que está diretamente envolvido em conversações com os fabricantes de vacinas.

Esta decisão é um sinal que Bruxelas está a distanciar-se da AstraZeneca depois da farmacêutica não cumprir com os prazos de entrega das vacinas ao bloco europeu devido a problemas de produção, avançou o Jornal The Irish Times.

A União Europeia tem um contrato para um total de 400 milhões de doses com a Johnson&Johnson, das quais 200 milhões de doses já foram adquiridas. Para além disso, tem também um contrato separado com a AstraZeneca de 400 milhões de doses no total, das quais apenas 300 milhões já foram adquiridas.

Recentemente, a UE manifestou interesse em comprar mais doses à Pfizer e ao seu parceiro BioNTech, aumentando as suas apostas na tecnologia de RNA (mRNA) utilizada pela empresa, em oposição à tecnologia de vetor viral utilizada pela AstraZeneca e Johnson & Johnson (J&J).

Os governos da UE estão sob pressão para acelerar os seus programas de vacinação Covid-19, tendo em conta que estão atrás de países como o Reino Unido e os EUA, devido a atrasos de fornecimento e preocupações de segurança em relação à coagulação sanguínea.

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Suspensão do IVA dos créditos em moratória chega a 40 mil contratos

Decisão de Mendonça Mendes de suspender o IVA nos créditos em moratória abrange cerca de 40 mil contratos. São, essencialmente, contratos de locação financeira, nomeadamente para a compra de carros.

O Governo decidiu suspender o pagamento de IVA nos contratos de financiamento que estão sob moratória. Trata-se, essencialmente, de uma “borla” no imposto nos contratos de locação financeira, tipicamente contraídos pelas empresas para a aquisição de veículos automóveis, que deverá abranger cerca de 40 mil contratos.

O despacho do secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais, que determina a isenção do pagamento do IVA, “abrange cerca de 40 mil contratos, essencialmente de locação financeira ou operacional (sobretudo crédito automóvel) que tenham aderido à moratória legal”, refere o Ministério das Finanças em resposta a questões colocadas pelo ECO.

Estes 40 mil contratos de locação financeira, utilizados para a aquisição de veículos, representam cerca de 10% dos mais de 454 mil créditos em moratória atualmente em vigor, de acordo com os últimos dados do Banco de Portugal. Recorde-se que o grosso das moratórias foram concedidas nos empréstimos para a compra de habitação, pelas famílias.

"[Suspensão do IVA nos créditos em moratória] abrange cerca de 40 mil contratos, essencialmente de locação financeira ou operacional (sobretudo crédito automóvel) que tenham aderido à moratória legal.”

Ministério das Finanças

Fonte oficial

Só nestes financiamentos, os de locação financeira, está previsto o pagamento de IVA, ao contrário do que acontece na generalidade dos empréstimos contraídos pelas famílias junto da banca. E nem sempre. Nestes contratos, as instituições financeiras ficam obrigadas “a liquidar imposto aquando da cobrança das rendas ou findo um período de 12 meses sem cobrança das mesmas”, explicam as Finanças. E isso que acontecerá “por força da moratória legal”.

Sem a suspensão do pagamento do IVA, iria onerar-se “as famílias e empresas, em total contradição com o objetivo do referido diploma legal”, refere o despacho de Mendonça Mendes, acrescentando que tal frustraria “a finalidade que presidiu à criação daquela moratória, qual seja a de garantir a continuidade do financiamento às famílias e empresas e a prevenção de eventuais incumprimentos resultantes da redução da atividade económica”.

Ao diferir a exigibilidade do imposto para depois do termo da moratória, o que tenderá a coincidir com o momento do pagamento da primeira prestação após o fim da suspensão de pagamentos, sendo o IVA devido sobre o montante recebido, evita-se um fardo sobre famílias e empresas neste período em que têm as prestações suspensas. “Evita-se que famílias e empresas tenham de suportar o IVA durante o período de moratória dos respetivos créditos”, remata fonte oficial das Finanças.

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Recuperação de 1,4% da Galp sustenta a bolsa de Lisboa

O balanço do dia na bolsa de Lisboa é positivo, tal como nas principais praças europeias, que beneficiam da época de resultados e do desbloqueio da bazuca europeia pelo Tribunal Constitucional alemão.

A Galp Energia recuperou esta quarta-feira após quatro dias em baixa, e sustentou a bolsa de Lisboa. Com a ajuda da petrolífera e das empresas do setor, o PSI-20 ganhou 0,11% para 4.953,18 pontos, em linha com as principais praças europeias. Em sentido contrário, a família EDP e o BCP travaram o índice.

A Galp Energia subiu 1,4% para 9,434 euros por ação. No setor do papel e pasta de papel, a Altri valorizou 1,66% para 6,435 euros, a Navigator avançou 0,5% para 2,80 euros e a Semapa fechou inalterada nos 12,08 euros.

A ajudar o PSI-20 estiveram ainda a Mota-Engil, que somou 1,2% para 1,424 euros, a Nos que avançou 0,93% para 3,024 euros e os CTT que subiram 0,84% para 3,59 euros. No retalho, a tendência foi mista: a Jerónimo Martins valorizou 0,91% para 14,40 euros, mas a Sonae perdeu 0,19% para 0,7885 euros.

Apesar de apenas seis das 18 cotadas do PSI-20 ter fechado no vermelho, foram alguns dos pesos-pesados. O BCP mantém a tendência negativa, perdendo 1,14% para 0,1127 euros por ação, enquanto a EDP caiu 1,04% para 4,929 euros e a EDP Renováveis cedeu 0,82% para 19,41 euros.

Ainda assim, o balanço do dia na bolsa de Lisboa é positivo, tal como nas principais praças europeias, que beneficiam da época de resultados e do desbloqueio da bazuca europeia pelo Tribunal Constitucional alemão. O Stoxx 600 ganhou 0,72%, o alemão DAX avançou 0,44%, o francês CAC 40 subiu 0,82% e o britânico FTSE 100 valorizou 0,66%. A exceção foi o índice espanhol IBEX 35, que recuou 0,89%.

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Tribunal da Concorrência reduz coimas no processo de fixação de preço nas cartas de condução

  • Lusa
  • 21 Abril 2021

Tribunal da Concorrência condenou a Associação Portuguesa de Escolas de Condução e o seu presidente ao pagamento de coimas de 200.000 e 10.000 euros por concertação de preços.

O Tribunal da Concorrência condenou a Associação Portuguesa de Escolas de Condução e o seu presidente ao pagamento de coimas de 200.000 e 10.000 euros, respetivamente, reduzindo as multas aplicadas pela entidade administrativa por concertação de preços.

Na sentença, consultada esta quarta-feira pela Lusa e que foi já alvo de recursos para o Tribunal da Relação de Lisboa, a APEC viu ser reduzida para metade a coima de 400.000 euros que lhe havia sido aplicada em setembro de 2017 pela Autoridade da Concorrência (AdC), no âmbito de um processo em que foi condenada por promover uma associação de empresas visando a fixação de um preço mínimo para a obtenção de carta de condução.

Na decisão sobre o recurso interposto junto do Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS), em Santarém, pela APEC e por Alcino Cruz, a juíza Vanda Miguel julgou parcialmente procedente a impugnação judicial, reduzindo o valor das coimas, que, no caso do presidente da associação passou de 13.777 para 10.000 euros.

No processo, a APEC foi condenada por promover, em 2012, um encontro entre escolas de condução da Grande Lisboa e do distrito de Setúbal no sentido de serem combinados aumentos graduais dos preços cobrados pelas cartas de condução, o que a AdC concluiu ter tido por objetivo “impedir, falsear ou restringir, de forma sensível, a concorrência, no mercado de prestação de serviços do ensino da condução de veículos” na área em causa, numa infração às regras da concorrência.

Alcino Cruz foi condenado por, enquanto presidente da direção da APEC, ter contribuído “ativamente” para a prática da infração e por não ter adotado qualquer diligência ou medida que impedisse a infração ou a sua execução.

Na sentença proferida em janeiro, o TCRS deu como provada a prática de uma infração muito grave e praticada a título doloso, tendo a AdC, no recurso para a Relação, pedido a sua revogação apenas na parte respeitante à redução da coima.

A Autoridade da Concorrência pede a confirmação dos valores que tinha aplicado em 2017, salientando que estes não excedem os 10% do volume de negócios agregado das associadas da APEC em 2016 nem do rendimento anual do seu presidente nesse ano.

Na resposta ao recurso da AdC, a APEC contesta que tenham sido consideradas para este apuramento um conjunto de empresas que não eram suas associadas e insiste no entendimento de que não cometeu a infração pela qual foi condenada e de que o que existiu foi um acordo de e entre empresas.

A associação afirma que, em 2019, teve um resultado líquido de 523 euros, pelo que a aplicação da coima pode pôr em causa os 20 postos de trabalho que assegura, acrescentando que não tem antecedentes contraordenacionais e que tem contribuído para solucionar problemas do setor, nomeadamente na realização de exames de condução.

A APEC pede à Relação para que os autos desçam à primeira instância para uma “correta e profunda investigação” sobre quem eram efetivamente os seus associados, pedindo a junção de emails de várias empresas declarando que não eram suas associadas em 2016, pretensão que mereceu a oposição da AdC por ocorrer em fase posterior ao julgamento e para uma instância para a qual só pode haver recurso em matéria de direito.

O Ministério Público recorreu igualmente da decisão do TCRS para o Tribunal da Relação de Lisboa (TRL), alegando que a sentença incorreu num “lapso” ao não considerar que o efeito dos preços acordados pelas escolas de condução se manteve durante um ano e não apenas por três meses.

Por outro lado, o procurador Manuel Pelicano considera que a área geográfica não é fator mitigador, como refere a sentença, já que se trata de “um dos núcleos populacionais mais concentrados do país”, pelo que pede ao TRL que “corrija” os pontos por si referidos, o que permitirá ao TCRS “uma reponderação” da coima a aplicar à APEC e ao seu presidente.

O procurador manifesta a sua discordância quanto ao entendimento de que Alcino Cruz tenha tido um comportamento por “omissão”, considerando que “teve a iniciativa” e que “foi ele o originador” da infração.

Em causa no processo está a concertação, em 2012, de um aumento gradual dos valores das cartas de condução até atingir os 750 euros em fevereiro de 2017, na sequência de pedidos de várias escolas para que a APEC tomasse posição sobre preços abaixo de custo praticados por algumas empresas do setor.

Na comunicação feita às escolas, a APEC afirmava não se tratar de uma concertação de preços das categorias das cartas de condução, mas sim de estabelecer um valor mínimo abaixo do qual a carta dava prejuízo, alegando a associação que, acima destes valores mínimos, as empresas podiam vender pelo preço que entendessem.

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Critical TechWorks está à procura de profissionais com conhecimento e interesse pela área de “data”

Os profissionais integrarão o projeto que a e empresa está a desenvolver na área de data para melhorar a dinâmica de condução e a partilha de conhecimento entre empresas da indústria automóvel.

Escritório da Critical TechWorks.Critical TechWorks

A Critical TechWorks está a recrutar mais de 20 profissionais com conhecimento e interesse pela área de data e que estejam à procura de novos desafios profissionais, querendo fazer parte da disrupção do paradigma tecnológico atual. O foco está em perfis seniores e com conhecimento das tecnologias apache’s hadoop ecosystem, cloud frameworks e da linguagem Python.

Estes profissionais farão parte do projeto que a e empresa está, atualmente, a desenvolver na área de data com o intuito de melhorar a dinâmica de condução e a partilha de conhecimento entre empresas da indústria automóvel. “A crescente conectividade dos automóveis exige uma grande capacidade de processamento de dados para que condutor, aplicação, veículo e até outros elementos da estrada e da cidade possam comunicar em tempo real”, lê-se em comunicado.

As equipas da Critical TechWorks estão, por isso, a trabalhar em veículos de teste da BMW para garantir que “conseguem processar informação na ordem dos dois petabytes por semana, utilizando tecnologias open source (em código aberto)”.

"Tem sido difícil encontrar profissionais com conhecimento em data, uma vez que esta é uma área pouco aprofundada no ensino superior em Portugal.”

João Gonçalves

Responsável pelo projeto da Critical TechWorks

No entanto, segundo João Gonçalves, responsável por este projeto, “tem sido difícil encontrar profissionais com conhecimento em data, uma vez que esta é uma área pouco aprofundada no ensino superior em Portugal”. “Estamos à procura de engenheiros que queiram integrar uma equipa dinâmica, expandir o seu conhecimento e contribuir para o desenvolvimento da tecnologia por detrás do automóvel do futuro”, refere.

Em dois anos e meio de atuação, a Critical TechWorks atraiu cerca de 1000 colaboradores e o objetivo, até ao final de 2021, passa por contratar mais 400 pessoas. As vagas estão disponíveis na página de carreiras da Critical TechWorks.

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Merkel disponível para “alterações aos Tratados” da UE “se fizerem sentido”

  • Lusa
  • 21 Abril 2021

A chanceler alemã insistiu que “a Europa precisa de mais poderes” na área da saúde, o que pode requerer alterações aos Tratados, para os quais está disponível se fizer sentido.

A chanceler alemã, Angela Merkel, defendeu esta quarta-feira que “a Europa precisa de mais poderes na área da saúde” e disse estar disponível “para alterações aos Tratados” da União Europeia (UE) se elas “fizerem sentido”.

“Para mim, é claro, desta crise, que embora este seja um desafio global, são necessárias respostas europeias. Não estávamos bem preparados, pois saúde não era uma competência europeia, mas um poder dos Estados nacionais”, começou por apontar a chanceler alemã, durante um debate online sobre o futuro da Europa organizado pelo Grupo do Partido Popular Europeu (PPE) no Parlamento Europeu (PE).

Para Angela Merkel, “as coisas teriam sido ideais” no combate à pandemia de Covid-19 se a UE tivesse adotado “desde sempre uma abordagem europeia no que respeito a confinamentos e medidas restritivas”.

Questionada sobre a necessidade de se proceder a alterações aos Tratados da UE, tema que tem sido discutido no âmbito da Conferência sobre o Futuro da Europa, que deverá arrancar no próximo dia 09 de maio, a chanceler alemã insistiu que “a Europa precisa de mais poderes” na área da saúde. “Isso pode requerer alterações aos Tratados, eu estou sempre aberta a alterações aos Tratados se fizerem sentido”, sublinhou, acrescentando que poderia haver “mais coordenação entre governos” no âmbito da saúde, por exemplo.

Em relação à Conferência sobre o Futuro da Europa, a líder alemã disse ter “esperança” de que as questões que estarão em cima da mesa “se relacionem com as vidas das pessoas”.

“Há assuntos estruturais, como até que ponto é que a presidente da Comissão Europeia pode ser diretamente eleita, e se o presidente do Conselho [Europeu] e da Comissão poderiam ser fundidos”, apontou.

Com esta ideia, Angela Merkel explicou que não está a “pedir que o presidente do Conselho e da Comissão sejam a mesma pessoa”, mas que tal conceção dos poderes das instituições europeias “depende da perspetiva nacional” dos 27 Estados-membros.

“A visão francesa será muito diferente da visão alemã. Nós temos um sistema de duas câmaras, temos o bundesrat [câmara alta] e o bundestag [câmara baixa], posso viver bem com essas entidades diferentes e, para mim, o Conselho Europeu pode, talvez, ser comparado com o sistema de duas câmaras da Alemanha, talvez”, frisou.

Angela Merkel participou esta quarta-feira no debate online sobre o futuro da Europa organizado pelo Grupo PPE no Parlamento Europeu, que conta ainda com a presença da presidente da Juventude do PPE, Lídia Pereira, o presidente do Grupo do PPE no PE, Manfred Weber, o vice-presidente do Grupo PPE no PE e responsável pela ‘Task Force’ do Grupo PPE sobre o Futuro da Europa, Paulo Rangel e a comissária europeia responsável pela Conferência sobre o Futuro da Europa, Dubravka Suica.

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Parlamento debate projetos sobre proteção de consumidores face a atividade financeira não autorizada

  • Lusa
  • 21 Abril 2021

Parlamento debate na quinta-feira projetos-lei que visam prevenir e combater a atividade financeira não autorizada de produtos como receção de depósitos, concessão de crédito ou mediação de seguros.

O parlamento debate na quinta-feira projetos-lei do PS e do PSD que visam prevenir e combater a atividade financeira não autorizada de produtos como receção de depósitos, concessão de crédito ou mediação de seguros.

Em causa está a criação de um quadro legal de proteção do consumidor perante a oferta de serviços financeiros não autorizadas que reforce os mecanismos que a lei já hoje contempla e que tanto o PS como o PSD consideram insuficientes.

O objetivo é, como refere o PS na exposição de motivos que apresenta, “criar mecanismos adicionais que previnam” a ocorrência destas situações, “tornando mais expeditos e céleres os mecanismos de reação” e evitar “os danos que ocorrem durante o período de investigação e instrução dos processos”.

Desta forma, a iniciativa do PS prevê a criação de deveres preventivos de publicitação de produtos ou serviços por parte de atividade financeira não autorizada, definindo coimas entre 1.750 e 3.750 euros ou entre 3.500 e 45.000 euros para os infratores consoante se trate, respetivamente, de particular ou de empresa.

Propõe além disto, a criação de deveres adicionais para notários, solicitadores e advogados, determinando que sempre que no exercício da sua atividade estes profissionais “intervenham em negócios” que possam estar relacionados com atividade financeira não autorizada, nomeadamente em contratos de mútuo, declarações de assunção de dívida ou contratos de compra e venda de imóveis associados a contrato de arrendamento ao vendedor, “procedem a uma análise de risco sobre a existência de indícios que possam sugerir” prática não autorizada, devendo abster-se de executar estas operações.

A iniciativa do PS especifica ainda os deveres de cooperação entre as diferentes entidades públicas e simplifica a forma de denúncia destas atividades, contemplando um quadro legal com vista à remoção de conteúdos ilícitos e o bloqueio no acesso a sites que promovam atividades financeiras não autorizadas.

Na exposição de motivos do seu projeto, o PSD acentua, por seu lado, que pretende criar “um mecanismo muito simples de defesa dos consumidores e cidadãos em geral quando estes pensam estar a adquirir produtos, bens e serviços, bancários, financeiros, de seguros ou de fundos de pensões disponibilizados por entidades habilitadas junto das Autoridades de Supervisão nacionais”.

Em concreto, o PSD quer obrigar todas as entidades que promovam e divulguem publicidade de terceiros sobre produtos bancários, financeiros ou de seguros a consultar as listas públicas dos supervisores (e a guardarem o registo da consulta) para confirmarem se os anunciantes estão autorizados a comercializar aquele tipo de serviço.

Entre o quadro sancionatório para anunciantes ou agências de comunicação que violem o dever de consulta nos sites das autoridades quando querem divulgar produtos financeiros, estão previstas multas para pessoas singulares entre os 1.750 e os 3.750 euros, ou entre os 3.500 e os 45 mil euros para pessoas coletivas.

Além disto, prevê, no âmbito da prevenção das burlas digitais, a criação de um quadro legal que perita aos supervisores requerer a suspensão do acesso a um domínio na Internet que publicite os produtos.

A iniciativa do PSD aponta ainda que notários, advogados ou solicitardes fiquem obrigados ao dever de comunicação quando estejam em causa contratos de valor igual ou superior a 2.500 euros, individuais ou consolidados.

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Segunda fase das medidas voluntárias da TAP contou com 122 adesões

  • Lusa
  • 21 Abril 2021

De acordo com os dados da transportadora, o total de 791 adesões às medidas voluntárias representa um redimensionamento de cerca de 730 postos de trabalho, estando ainda em análise 25 candidaturas.

A segunda fase das medidas voluntárias da TAP, que decorreu entre 11 e 16 de abril contou com 122 adesões confirmadas, de acordo com uma nota interna enviada aos colaboradores, a que a Lusa teve acesso. Na mensagem, assinada pelo presidente do Conselho de Administração, Miguel Frasquilho, e pelo presidente da Comissão Executiva, Ramiro Sequeira, a TAP fez o ponto de situação das medidas voluntárias “e respetivo impacto na reestruturação laboral da empresa”.

Assim, recordou a transportadora, “na primeira fase de candidaturas, que decorreu entre 11 de fevereiro e 24 de março, das 690 adesões previamente comunicadas, concretizaram-se 669, com um impacto no redimensionamento de cerca de 630 postos de trabalho”. A TAP recordou que “a diferença entre 669 e 630 deve-se ao diferente impacto das várias medidas, nomeadamente a passagem a tempo parcial” de trabalhadores.

Por sua vez, “a segunda fase das medidas voluntárias, que decorreu entre 11 e 16 de abril, conta com 122 adesões confirmadas neste momento, com um impacto no redimensionamento de cerca de 100 postos de trabalho”, indicou a empresa. De acordo com os dados da transportadora, “o total de 791 adesões às medidas voluntárias representa um redimensionamento de cerca de 730 postos de trabalho, estando ainda em análise cerca de 25 candidaturas”.

A TAP soma ainda a estes 730 a “a preservação de até 750 postos de trabalho decorrentes das medidas implementadas no âmbito dos acordos de emergência celebrados” com os sindicatos. Além disso, “o programa de candidaturas voluntárias à Portugália tem neste momento 47 adesões em análise, para cerca de 150 vagas disponíveis”, adiantou a empresa.

O programa de medidas voluntárias e a implementação dos acordos de emergência permitem “reduzir o número inicial de redimensionamento, inscrito no Plano de Reestruturação em aprovação na Comissão Europeia, de cerca de 2.000 para um número entre 435 a 500 trabalhadores, à data de hoje e pendente de confirmação do anteriormente referido”, referiu a TAP.

A empresa adiantou ainda que “decorre neste momento uma fase de realização de reuniões individuais com os trabalhadores identificados de acordo com os critérios já divulgados, junto dos quais se irá dar início a uma nova e última vaga de rescisões por mútuo acordo, reformas e pré-reformas, com manutenção das mesmas condições já anteriormente oferecidas a todos os trabalhadores, e de candidaturas para a PGA”.

Segundo a companhia aérea, “este processo é absolutamente essencial para assegurar um futuro viável e sustentável para a TAP, garantindo, de acordo com o plano de reestruturação entregue na DGComp e as previsões à data de hoje conhecidas, um número estimado de cerca de 8.100 postos de trabalho no grupo TAP, 6.600 dos quais na TAP S.A.”.

Após cinco anos de gestão privada, em 2020 a TAP voltou ao controlo do Estado, que passou a deter 72,5% do seu capital, depois de a companhia ter sido severamente afetada pela pandemia de covid-19 e de a Comissão Europeia ter autorizado um auxílio estatal de até 1.200 milhões de euros à transportadora aérea de bandeira portuguesa.

Um plano de reestruturação da companhia foi entregue à Comissão Europeia no último dia do prazo, em 10 de dezembro, e prevê a redução de 25% da massa salarial do grupo (30% no caso dos órgãos sociais) e do número de aviões que compõem a frota da companhia, de 108 para 88 aviões comerciais. No total, até 2024, a companhia deverá receber entre 3.414 milhões de euros e 3.725 milhões de euros.

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Morais Leitão, King & Wood Mallesons, DLA e Uría com aumento de capital da EDP e EDP Renováveis de 1500 milhões

A Morais Leitão, King & Wood Mallesons e Uría estiveram na operação de aumento de capital da EDP e EDP Renováveis de 1500 milhões.

A Morais Leitão, através de equipa de corporate, M&A e mercados de capitais e de direito fiscal, assessorou a EDP e a EDP Renováveis (as maiores utilities portuguesas, ambas cotadas no Euronext Lisbon) num aumento de capital da EDP Renováveis de cerca de 1500 milhões de euros por oferta privada, mediante a emissão de 88.250.000 novas ações da sociedade.

A King & Wood Mallesons (Madrid) prestou assessoria jurídica à EDP e EDPR em aspetos de direito espanhol. Por sua vez, a DLA Piper assessorou o conselho de administração da EDPR na operação.

Os coordenadores responsáveis pela oferta contaram por sua vez com a assessoria jurídica da Uría Menéndez (escritórios de Madrid e de Lisboa).

A equipa da Morais Leitão foi liderada pelo sócio Ricardo Andrade Amaro e incluiu ainda os sócios Nuno Galvão Teles, Francisco de Sousa da Câmara e Bruno Santiago, a advogada sénior Diana Ribeiro Duarte e o associado Pedro Capitão Barbosa.

A operação, uma das maiores transações de mercados de capitais em Portugal dos últimos anos e a maior do ano até agora, foi realizada no contexto da divulgação do novo plano de negócios da EDP e da EDP Renováveis, nos termos do qual foram anunciados investimentos de cerca de 19 mil milhões de euros para instalar aproximadamente 20 GW de centros eletroprodutores renováveis até 2025.

O preço global de subscrição do aumento de capital foi fixado de antemão, através de uma colocação acelerada de 88.250.000 ações da EDP Renováveis (accelerated bookbuilding) pela Morgan Stanley e pelo Citigroup a investidores institucionais, facilitada pelo empréstimo de tais ações pela EDP aos bancos. A Morgan Stanley e o Citigroup utilizaram posteriormente os fundos obtidos no processo de accelerated bookbuilding para subscrever o aumento de capital anunciado pela EDP Renováveis e consequentemente devolver à EDP as ações emprestadas.

 

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Setor segurador sofre “importante deterioração” dos rácios em teste de stress

  • Lusa
  • 21 Abril 2021

ASF colocou seguradoras à prova de um cenário adverso da economia. Testes de stress revelaram que setor teria "deterioração importante" dos rácios de cobertura de solvência e capital.

Um teste de stress realizado sobre o setor segurador português resultou numa “importante deterioração” dos respetivos rácios de cobertura de solvência e capital, evidenciando a importância de “fortalecer a posição financeira dos operadores”, informou a ASF.

“Assim, considera-se fundamental que, na atual conjuntura de elevada incerteza, as empresas promovam a salvaguarda de níveis de capitalização robustos, em linha com as recomendações da ASF [Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões] de limitação a iniciativas, quer de distribuição de dividendos, quer de outras medidas de redução dos fundos próprios disponíveis”, lê-se no Relatório de Estabilidade Financeira divulgado hoje pelo supervisor.

De acordo com a ASF, na sequência dos choques aplicados no teste de stress realizado no último trimestre de 2020, os rácios de cobertura do SCR (Requisito de Capital de Solvência) e do MCR (Requisito de Capital Mínimo) do setor segurador nacional “exibiram uma importante deterioração”.

No caso do rácio de cobertura do SCR foram atingidos “valores um pouco abaixo do limiar de 100%”, com 11 participantes a situarem-se abaixo desse valor.

Já a cobertura do MCR conservou-se “acima do limiar regulamentar para a totalidade dos conjuntos de empresas”, retendo ainda “alguma folga”, embora se tenha verificado uma situação de incumprimento em três operadores.

Segundo o supervisor, “estes resultados deterioram-se em contexto de ausência do ajustamento de volatilidade (VA) e da medida transitória sobre as provisões técnicas (MTPT), em especial no caso desta última”, o que evidencia “a relevância para o mercado nacional da utilização desta medida de erosão gradual, apontando também para a importância de se promover o fortalecimento da posição financeira dos operadores por via da redução progressiva da sua dependência”.

Embora saliente que “o setor segurador nacional tem enfrentado esta pandemia com níveis de solvência globalmente confortáveis”, a ASF considera que “exibe algumas vulnerabilidades que, dependendo da natureza e dos choques a que for sujeito, podem condicionar a sua capacidade de absorção de impactos”.

Entre estas “vulnerabilidades específicas” destaca a concentração das carteiras de investimentos em determinados emitentes, o peso dos títulos de dívida classificados no nível de qualidade creditícia mais próximo do limiar de investment grade, e a extensão da utilização da dedução transitória às provisões técnicas.

Salientando a necessidade, no atual contexto de “elevada incerteza”, de as empresas seguradoras salvaguardarem “níveis de capitalização robustos”, a ASF considera que quaisquer iniciativas de impliquem a redução dos fundos próprios disponíveis “devem necessariamente enquadrar-se no âmbito de uma política integrada de gestão de riscos”.

Assim, não devem descurar “a manutenção de práticas e políticas de subscrição sãs e suscetíveis de garantir a sustentabilidade técnica dos operadores, devidamente alinhadas com o tratamento justo e equitativo dos tomadores de seguros, procurando gerir de forma ativa e prospetiva os efeitos da pandemia nas suas várias dimensões”.

Conforme explica a ASF, o stress test foi realizado “numa perspetiva de avaliação da resiliência do setor aos principais riscos de caráter macroprudencial, bem como de identificação de vulnerabilidades específicas para o desempenho da função de supervisão”.

O cenário adverso considerado no exercício assentou “na materialização das incertezas associadas aos impactos da pandemia de covid-19 sobre a economia, com a ocorrência de choques ao nível dos mercados financeiros, com impacto na posição financeira e de solvência das empresas de seguros”.

“Os choques adversos calibrados pela ASF denotam bastante severidade, bem como uma magnitude ainda não observada em termos conjunturais devido, em grande medida, aos efeitos das […] medidas de estabilização externa implementadas”, nota o supervisor.

Analisando em mais detalhe os resultados do teste de stress, verifica-se que a aplicação dos choques conduziu a uma compressão do total de ativos (5,5%) superior à redução do total de responsabilidades (1,8%), gerando-se uma quebra combinada de cerca de 43% do excesso de ativos sobre passivos, correspondente a 1.950 milhões de euros.

“As empresas que exploram o ramo Vida registaram a redução percentual mais expressiva da última variável, e as empresas mistas a mais contida, contudo todas na mesma ordem de grandeza, situadas no intervalo entre os 40% e os 50%”, refere a ASF.

Para o conjunto de empresas no universo em análise, os choques aplicados conduziram a um decréscimo dos fundos próprios elegíveis para cobertura do requisito de capital de solvência (SCR) inicialmente existentes de aproximadamente 46%, correspondente a 2.295 milhões de euros.

Em termos dos impactos nos requisitos de capital regulamentares, observou-se a compressão, em termos relativos, do requisito associado aos riscos de Vida (35%), bem como alguma redução do requisito associado aos riscos de mercado (6%).

Segundo explica o supervisor, “esta última resulta da combinação do efeito de redução da exposição (fruto da revalorização em baixa decorrente dos choques), parcialmente compensado pelo agravamento dos coeficientes a aplicar em resultado da deterioração da qualidade creditícia, de acordo com a matriz de transição prescrita”.

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Ordem dos Advogados quer regime de escalas nos tribunais até ao fim do verão

A Ordem dos Advogados veio garantir que apelou à DGAJ que o regime de escalas dos advogados nos tribunais se mantenha até ao final das férias judiciais, contrariando o Ministério da Justiça.

A Ordem dos Advogados (OA) veio esclarecer que instou a Direção-Geral da Administração da Justiça (DGAJ) a manter o regime de escalas dos advogados nos tribunais para responder às diligências urgentes. Em causa estava que a afirmação da DGAJ que referiu “não ter recebido qualquer solicitação da OA que colocasse em causa o sistema de escalas de prevenção atualmente em vigor nos tribunais”.

A OA defende assim que o regime de escalas, que vigorou durante a suspensão de prazos processuais, se mantenha até ao fim das férias judicias, em agosto.

“Efetivamente, no dia 5 de abril (véspera do termo da suspensão dos prazos processuais) num e-mail enviado à diretora da DGAJ, o bastonário da OA, Luís Menezes Leitão, manifestou total discordância sobre o regresso dos advogados oficiosos aos tribunais, por uma questão de precaução perante a atual situação de pandemia”, refere a Ordem do Advogados.

Após essa data, a OA já tinha reforçado este apelo, dando nota de que os inúmeros surtos de Covid-19 ocorridos nos tribunais demonstraram que os mesmos são lugares inseguros em relação à propagação do vírus. A OA reforçou ainda que o “Ministério da Justiça ao não vacinar advogados e funcionários, coloca em causa a segurança sanitária que se impõe existir nestes espaços, quer para estes profissionais, quer para o público em geral”.

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