Portugal atira 1.361 milhões de dívida para 2028 e 2037

A oferta de troca de dívida realizada esta manhã permite a Portugal não só aliviar não só os reembolsos de 2023 e 2024, como também obter poupanças com juros.

A agência que gere a dívida pública portuguesa conseguiu trocar 1.361 milhões de euros em obrigações do Tesouro que iam vencer nos próximos três anos por títulos com maturidade apenas em 2028 e 2037.

Com esta oferta de troca de dívida, Portugal não só alivia os reembolsos que terá de efetuar em 2023 e 2024, como também obtém poupanças com juros, na medida que as novas obrigações foram emitidas a taxas inferiores aos títulos que comprou.

Os resultados da operação realizada esta quarta-feira são estes: o IGCP recomprou 1.080 milhões de euros em obrigações com maturidade em 2023 (com taxa de juro de 4,95%) e 281 milhões de euros em obrigações com maturidade em 2024 (5,65%); em contrapartida, “vendeu” a estes investidores 1.025 milhões de euros em títulos que vencem em 2028 (2,125%) e 336 milhões de euros em títulos que vencem em 2037 (4,1%).

Ofertas de troca de obrigações têm feito parte da estratégia de Cristina Casalinho, líder do IGCP, nos últimos anos, aproveitando a baixa dos juros nos mercados para assegurar uma melhor a gestão da dívida pública, alisando do perfil de reembolsos e reduzindo o custo da dívida. Em 2023 e 2024, Portugal terá de devolver aos investidores mais de 24 mil milhões de euros — agora um pouco menos, depois desta operação.

Para os investidores, esta troca de títulos poderá fazer sentido tendo em conta as alternativas que o mercado tem para oferecer nos próximos anos: assim, preferem abdicar de cupões de 5% em títulos que vencem dentro de pouco tempo para assegurarem títulos com maturidades mais longas e juros, ainda assim, acima de 2%.

Investidores acreditam em Portugal

“Através desta operação foi possível retirar pressão nas amortizações de mais curto prazo, passando essa responsabilidade para o longo prazo. O custo a que estas operações foram realizadas, está abaixo da média histórica de Portugal, o que permite, baixar a média dos juros pagos por todo o endividamento nacional“, explica Filipe Silva, diretor de Investimentos do Banco Carregosa.

“Na perspetiva do investidor, este consegue trocar o investimento em dívida soberana portuguesa com yields negativas para uma rentabilidade positiva”, acrescentou o gestor, considerando ainda que o resultado da operação de troca de dívida “também prova que os investidores continuam a acreditar na recuperação da economia portuguesa, uma vez que estão a estender a maturidade dos seus investimentos.”

(Notícia atualizada às 12h08 com comentários de Filipe Silva)

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Portugal atinge 85% da população com primeira dose na próxima semana, diz Gouveia e Melo

O vice-almirante Gouveia e Melo prevê que Portugal vá atingir os 85% da população com a primeira dose na próxima semana.

Portugal deverá chegar na próxima semana ao marco de 85% da população com a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Para atingir a meta que permite avançar para a terceira fase do plano de desconfinamento — neste momento o país está na segunda fase — será necessário que 85% dos portugueses completem a vacinação, o que está previsto para antes da terceira semana de setembro.

Neste momento, há 81,6% da população portuguesa com a primeira dose da vacina contra a Covid-19, de acordo com o vice-almirante Gouveia e Melo, em declarações transmitidas pela RTP3 a partir da Guarda onde o coordenador da task force recebeu uma medalha de excelência. Na próxima semana “atingiremos, com a ajuda dos últimos portugueses que têm de vir à vacinação, 85% a 86% de vacinação [da primeira dose]“, adiantou, referindo que o processo das primeiras doses fica concluída e depois segue-se o das segundas doses.

Outros países mais ricos e com mais capacidade não o conseguiram fazer porque a própria população tinham movimentos fortes de negacionismo que não deixaram avançar [o processo de vacinação]”, afirmou o vice-almirante, afirmando estar “convencido” de que Portugal irá “encurralar” o vírus. “Muitas vezes sou elogiado e até a mais. Foi o sistema. Fui um reagente que ajudou o sistema. Mas os reagentes estavam lá todos para fazer as reações“, confessou.

O último relatório de vacinação divulgado na semana passada mostrava que 76% da população já tinha recebido a primeira dose e 66% tinha a vacinação completa. Porém, foi anunciado durante a semana passada que Portugal atingiu a meta de 70% da população totalmente vacinada, o que permitiu ao Governo avançar para a segunda fase do plano de desconfinamento.

Relativamente ao caso do queimódromo — onde o processo de vacinação foi suspenso após serem detetadas “falha na cadeia de frio” –, o vice-almirante não revelou se esse local de vacinação irá reabrir uma vez que está a aguardar pelos resultados da investigação. “Preciso de resultados concretos e não impressões”, justificou.

Em relação a uma fase posterior de vacinação, nomeadamente da eventual terceira dose para determinados grupos da população, Gouveia e Melo garantiu que o “não é necessário uma task force para vacinar 100 mil pessoas, o sistema de saúde tem capacidade para vacinar isso” através dos centros de saúde, por exemplo, até porque “vacina dois milhões de pessoas no inverno” todos os anos.

(Notícia atualizada às 11h02 com mais informação)

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“Streaming” entrega taxa de 1% ao Estado até 30 de abril

As plataformas de "streaming" como a Netflix vão ter de entregar 1% dos "proveitos relevantes" ao Instituto do Cinema e Audiovisual até ao dia 30 de abril de cada ano.

Os serviços de streaming como a Netflix vão ter de pagar a taxa anual de 1% aprovada pela Assembleia da República até ao dia 30 de abril do ano seguinte a que a mesma se refere. Se não for possível apurar os “proveitos relevantes” destas plataformas, considera-se que o valor anual da taxa é de um milhão de euros.

A informação faz parte do decreto-lei que regulamenta esta medida, publicado esta quarta-feira no Diário da República, depois de aprovada em outubro do ano passado pelo Parlamento e de ter entrado formalmente em vigor a 17 de fevereiro.

O tributo vai ter de ser pago por serviços como Netflix, HBO Portugal, Disney+, Amazon Prime Video, entre outros. A taxa é paga por estas empresas ao Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA), sendo que, a par da mesma, estão previstas obrigações de investimento em função desses mesmos “proveitos relevantes”, em “produção e promoção de obras europeias e em língua portuguesa, bem como de obras de produção independente”.

Contactado pelo ECO em fevereiro, o ICA não avançou com uma estimativa do valor que prevê arrecadar com esta taxa, alegando que a lei ainda não se encontrava mesmo em vigor por faltar esta regulamentação. A taxa de 1% mereceu votos a favor do PS e PAN. PCP, PEV, Iniciativa Liberal e a deputada não-inscrita Joacine Katar Moreira votaram contra e abstiveram-se o BE, PSD, CDS-PP e deputada não-inscrita Cristina Rodrigues.

Também em fevereiro, questionado pelo ECO se as plataformas poderiam passar esta taxa para os consumidores, por via de aumentos das mensalidades, o Ministério da Cultura disse não dispor de “dados ou informações que permitam concluir nesse sentido ou retirar tal ilação”. No entanto, precisamente este mês, a Netflix anunciou um aumento de preços nos planos mais caros: o plano Standard passou de 10,99 para 11,99 euros, enquanto o Premium aumentou de 13,99 para 15,99 euros.

A regulamentação desta taxa surge numa altura em que o mercado do streaming continua a aquecer em Portugal. A par da subida de preços da Netflix, desceu a mensalidade do Amazon Prime Video, por via da chegada ao país do pacote completo de serviços Prime da Amazon. No ano que vem, entra uma nova plataforma no setor: a SkyShowtime.

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Nas notícias lá fora: Covid-19, Glovo e hidrogénio verde

  • ECO
  • 25 Agosto 2021

Um novo relatório dos EUA sobre a origem da Covid-19 revelou-se inconclusivo, e Fauci aponta o regresso à normalidade no país para a primavera de 2022. A Tailândia criou um robô que espreme vacinas.

Com a pandemia na ordem do dia há ano e meio, os serviços secretos norte-americanos entregaram um novo relatório sobre a origem da Covid-19, que se revelou inconclusivo. Também nos EUA, Anthony Fauci diz que o país pode regressar à normalidade na primavera de 2022 se a maioria da população for vacinada. Investigadores tailandeses desenvolveram um robô que espreme vacinas contra a Covid-19 da AstraZeneca. Em Espanha, a Glovo está a considerar alterar o seu modelo de entregas, enquanto a Repsol e a Enagás criaram uma empresa para produção de hidrogénio verde, que estão a abrir a novos parceiros.

The Wall Street Journal

Novo relatório dos serviços secretos dos EUA sobre origem da Covid-19 é inconclusivo

Um novo relatório dos serviços de inteligência dos EUA, entregue na terça-feira na Casa Branca, é inconclusivo acerca da forma como a pandemia começou. Segundo dois funcionários norte-americanos, a falta de conclusões definitivas sobre se a Covid-19 infetou os humanos naturalmente ou através de uma fuga de laboratório deve-se, em parte, à escassez de informação detalhada da China. O documento destaca a importância de convencer Pequim a partilhar dados como registos laboratoriais e amostras de genomas.

Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

The Guardian

Fauci diz que EUA podem regressar à normalidade na primavera de 2022

Os EUA poderão ter a pandemia de Covid-19 sob controlo e conseguir regressar à “normalidade” até à primavera do próximo ano se a “esmagadora maioria” da população for vacinada, disse o conselheiro médico chefe da Casa Branca, Authony Fauci. “Porém, não há garantias, porque depende de nós”, ressalvou, apontando que o aparecimento da variante Delta “é quase como se tivéssemos uma nova pandemia”. O país conta já com 171,1 milhões de pessoas totalmente imunizadas.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre/conteúdo em inglês).

El Economista

Glovo considera mudar o seu modelo de entregas em Espanha

A Glovo, empresa de serviço de entrega de comida, está a analisar novos modelos para operar em Espanha, face à entrada em vigor da “Lei Rider” e aos problemas e denúncias que a implementação da sua estratégia de trabalhadores independentes tem provocado. Para fazer frente aos concorrentes diretos, as mudanças ao modelo atual da startup espanhola poderão passar pela incorporação de frotas de motoristas de entregas subcontratados.

Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre/conteúdo em espanhol).

Cinco Días

Repsol e Enagás abrem aliança de hidrogénio verde a outras empresas

A Repsol e a Enagás criaram uma empresa conjunta para acelerar a implementação industrial da sua tecnologia pioneira para a produção de hidrogénio renovável e esperam agora que outras empresas, sobretudo industriais e de engenharia, se juntem a elas. O hidrogénio verde é produzido a partir do uso direto da energia solar, num processo conhecido como fotoeletrocatálise. A companhia dos dois grupos energéticos deverá alcançar o estatuto comercial até 2030 e tem planos para instalar duas fábricas em Puertollano, uma em 2024 e outra em 2028.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre/conteúdo em espanhol).

Reuters

Tailândia cria robô que espreme vacinas da AstraZeneca

Investigadores da Universidade de Chulalongkorn, na Tailândia, desenvolveram um sistema robótico que retira 12 doses da vacina da AstraZeneca em quatro minutos através de uma ampola. Utilizando um braço robótico, o sistema “AutoVacc” “garante com precisão” 20% extra de cada frasco de vacina em relação às dez doses padrão extraídas manualmente. Atualmente, a máquina só funciona com frascos multidose da AstraZeneca e os rótulos mostram que cada frasco pode fornecer até 12 doses.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

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Windfloat, o parque eólico que sobreviveu à fúria da tempestade Dora no mar português

Em 12 meses, o Windfloat Atlantic registou 75 GWh de produção total acumulada, quase quatro mil horas de produção, e mais de 500 horas de trabalho em alto mar.

Windfloat Atlantic EDP - 24AGO21

Entre julho de 2020 e julho de 2021, o parque eólico offshore Windfloat Atlantic não teve vida fácil no mar português, a 20 km da costa de Viana do Castelo. Sobreviveu a tempestades, ventos fortes, ondas de grandes dimensões e ainda assim conseguiu produzir eletricidade suficiente para abastecer 60.000 pessoas num ano.

Num dos dias mais quentes do ano na cidade minhota, sem vento, com o sol a brilhar forte e as águas do Atlântico calmas e quase sem ondulação, o consórcio Windplus (liderado pela EDP e pela francesa Engie) revelou os dados operacionais do primeiro parque eólico flutuante da Europa Continental e o primeiro a nível mundial a utilizar a tecnologia Windfloat desenvolvida pela Principle Power. Em 12 meses foram 75 GWh de produção total acumulada, quase quatro mil horas de produção, e mais de 500 horas de trabalho em alto mar.

Além disso, o parque eólico composto por três turbinas eólicas da fabricante dinamarquesa Vestas (8,4 MW cada uma) com mais de 200 metros de altura e apoiadas em gigantescas plataformas flutuantes semi-submergíveis (duas delas construídas nos estaleiros da Lisnave, em Setúbal) sobreviveu num ano a ventos máximos registados de 134 km/h e ondas de cerca de 14 metros.

“As piores condições meteorológicas a que o projeto foi sujeito registaram-se durante a tempestade Dora, em dezembro de 2020”, conta José Pinheiro, responsável pelo projeto, sublinhando que as turbinas não funcionam com ventos acima dos 90km/hora e que as plataformas flutuantes se comportam em alto mar como se fossem navios, estando ligadas entre si e presas ao fundo do mar (a 100 metros de profundidade) por três âncoras, cada uma.

Lá mais perto, e depois de 40 minutos de viagem de barco desde o porto de Viana de Castelo (tranquila no verão, mas ainda assim não recomendada para quem enjoa), a vista sobre as gigantes eólicas que assentaram arraiais no mar português é imponente. Ali a temperatura desce a pique e o vento já sopra mais frio, fazendo rodar as enormes pás a um ritmo constante. O acesso às plataformas que balançam com as ondas só é permitido aos técnicos da EDP.

Para já, a manutenção das turbinas ainda é feita presencialmente, por equipas técnicas que se deslocam de barco até alto mar (cerca de duas vezes por mês, quando as condições meteorológicas o permitem), podendo no futuro este trabalho vir a ser feito remotamente, com drones operados a partir de terra firme, disse o responsável.

Com uma vida útil estimada de 25 anos, o parque eólico flutuante bateu ainda outros recordes, tendo estado a trabalhar ininterruptamente, em plena carga, durante quatro dias seguidos, em agosto de 2021. Junho deste ano foi o mês em que o Windfloat Atlantic mais energia elétrica produziu, num total de 8,6 GWh.

Já o fator de carga do parque flutuante rondou os 48%, o que significa que em metade do tempo esteve a trabalhar no seu máximo (face aos apenas 30% conseguidos pelas eólicas em terra). Com o recurso eólico do mar português já bem mapeado, José Pinheiro garante que Viana do Castelo é uma das três zonas no país com mais vento offshore, além de Cascais e do Cabo de São Vicente.

Os resultados do primeiro ano são positivos, garante o responsável do projeto, “mas podiam ter sido bem melhores” ao nível da produção de energia se o parque eólico não tivesse estado parado durante o último inverno.

A paragem forçada deveu-se a um problema técnico no cabo elétrico de enormes dimensões (66 quilovolts e 32 kg de peso por cada 100 metros de comprimento), que liga as três plataformas ao cabo de 18 quilómetros no fundo do mar (da REN, ainda maior e com uma capacidade de 150 quilovolts) e faz o transporte da eletricidade renovável até à rede nacional. Ou seja, durante cerca de quatro meses o Windfloat Atlantic não injetou energia na rede.

Para apoiar o desenvolvimento desta tecnologia pioneira, o Banco Europeu de Investimento (BEI) concedeu, em outubro de 2018, um empréstimo de 60 milhões de euros à Windplus, uma subsidiária da EDP Renováveis (79,4%), Repsol (19,4%) e Principle Power (1,2%). O projeto foi também apoiado com 29,9 milhões de euros do programa da UE NER300 e seis milhões de euros do Governo de Portugal, através do Fundo de Carbono Português.

A nível ambiental, os promotores garantem que “a tecnologia flutuante é menos intrusiva nos leitos marinhos” face ao offshore fixo, sendo que o processo de construção e montagem — todo feito em terra — permite também evitar um maior impacto no meio ambiente. O consórcio está também a realizar vários projetos de monitorização do projeto, entre os quais um estudo de impacto nos cetáceos (golfinhos e baleias), cujos resultados serão apresentados em breve.

Windfloat Atlantic – Etapas do projeto:

  • Dezembro 2011: início do projeto-piloto Windfloat 1 (ao largo da Póvoa de Varzim)
  • 2011 – 2016: fase de testes do projeto-piloto
  • 2017-2019: desenvolvimento do projeto Windfloat Atlantic
  • Outubro 2018: assegurado financiamento do BEI devido ao caráter inovador do projeto
  • Julho 2019: instalação da primeira turbina na plataforma no Porto de Ferrol, Espanha
  • Dezembro 2019: ligação da primeira turbina do Windfloat Atlantic à rede nacional
  • Julho 2020: entrada em operação do parque completo

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Regresso ao escritório? Siemens quer teletrabalho “sem limite de dias”

Nos escritórios, os testes rápidos, medição da temperatura corporal, sistemas de "booking" e "health check" são alguns procedimentos implementados pela multinacional.

A Siemens acabou com o limite de dois dias por semana em teletrabalho. No regresso ao escritório, os mais de dois mil colaboradores da multinacional em Portugal, cujas funções o permitem, poderão trabalhar remotamente sem limite de dias, adiantou Marina Guerra, responsável pela área de ambiente, saúde e segurança na Siemens Portugal, à Pessoas.

Desde 2016 que os colaboradores da multinacional tinham a possibilidade de trabalhar até dois dias por semana a partir de casa, mas com a pandemia a enviar os colaboradores o trabalho remoto sempre que possível, no regresso a Siemens decidiu apostar numa maior flexibilidade no modelo de trabalho. A ideia, agora, é passar de dois dias de teletrabalho para um número ilimitado.

Com 2.887 pessoas empregadas em Portugal, o teletrabalho aplica-se a todos os colaboradores da Siemens, exceto aos que têm funções que requerem presença física permanente ou parcial nas instalações da empresa ou nos projetos dos seus clientes, detalha fonte oficial.

No ano passado, em dezembro, a Siemens atribuiu o chamado “Corona Bónus”, um apoio monetário no valor de 750 euros a todos os colaboradores, excluindo as primeiras linhas de direção. “Foi um agradecimento pelo compromisso, dedicação e contribuição de todos face aos desafios que a pandemia colocou à empresa”, recorda Marina Guerra. E a somar-se a este bónus, a ofereceu ainda um cheque de 250 euros, com o objetivo de apoiar aquisição de material de escritório, como monitores, cadeiras, mesas, periféricos ou impressoras. O objetivo deste bónus de mil euros foi “melhorar a qualidade de vida dos colaboradores, minimizar os impactos negativos da pandemia, bem como aumentar o conforto no seu ‘novo’ local de trabalho”.

Testes rápidos, termómetros e sistemas de booking

Apesar da possibilidade de trabalhar à distância, a empresa vai continuar a oferecer todas as condições necessárias para todos aqueles que preferirem trabalham no escritório. Para isso, e agora que o teletrabalho é apenas recomendado, “iremos intensificar os preparativos para o regressos das nossas pessoas aos escritórios”, continua Marina Guerra.

Alguns processos já estão implementados e a funcionar em pleno. É o caso do “health check”, que deve ser preenchido por todos os funcionários, da realização de testes rápidos de antigénio a cada 14 dias, da medição da temperatura corporal na entrada das instalações e da marcação prévia do posto de trabalho e, também, da refeição.

A testagem mais frequente é, de facto, uma das medidas que as organizações mais estão a adotar. Ainda que as empresas ouvidas pela Pessoas/ECO admitam que ter a vacinação contra a Covid-19 completa não é um requisito obrigatório para voltar ao escritório — ao contrário do que já acontece sobretudo em empresas nos Estados Unidos — proceder, com maior regularidade, a testes rápidos parece ser um procedimento implementado na maioria delas.

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McDonald’s do Reino Unido está sem batidos e bebidas

  • Lusa
  • 25 Agosto 2021

A cadeia de lojas McDonald's enfrenta problemas de aprovisionamento no Reino Unido, atribuídos ao Brexit e à pandemia de Covid-19, que levam à falta de batidos e bebidas engarrafadas.

O McDonald’s enfrenta problemas de aprovisionamento no Reino Unido, atribuídos ao Brexit e à pandemia do novo coronavírus, que levam à falta de batidos e bebidas engarrafadas.

A escassez de bebidas engarrafadas afeta os seus 1.250 estabelecimentos em Inglaterra, Escócia e País de Gales, de acordo com um comunicado da multinacional norte-americana na terça-feira.

O grupo admite que enfrenta “problemas na cadeia de abastecimento”, já invocados por outras grandes cadeias de restauração.

Na semana passada, a cadeia de restaurantes Nando’s foi obrigada a encerrar 50 estabelecimentos por falta de galinha, atribuída à falta de trabalhadores e motoristas nos fornecedores e nas sociedades de logística.

A cadeia KFC também já avisou para a possibilidade de não ser capaz de disponibilizar o seu menu na íntegra.

Os problemas de abastecimento afetam desde há meses as fábricas e os distribuidores britânicos, em resultado do Brexit, que complica a entrada no Reino Unido de trabalhadores provenientes da União Europeia, muitos dos quais regressaram aos seus países de origem.

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Levantamentos no Multibanco com queda histórica em ano de pandemia

Desde 2007 que os portugueses não levantavam tão pouco dinheiro no Multibanco. Pandemia travou uso de numerário nas compras, privilegiando-se os cartões e o homebanking.

A pandemia fechou as pessoas em casa durante largos meses de 2020. Muitos negócios tiveram de fechar portas. O consumo abrandou fortemente. Dados do Banco de Portugal ajudam a perceber a magnitude da retração das famílias: os levantamentos de dinheiro na rede Multibanco registaram uma queda histórica no ano passado, recuando para mínimos de 2007.

Os portugueses levantaram pouco mais de 25,2 mil milhões de euros nas caixas automáticas da SIBS, que pertence aos principais bancos nacionais, de acordo com os dados divulgados pelo supervisor bancário. Desde 2007 que os portugueses não levantavam tão pouco dinheiro no Multibanco. Em relação a 2019, o montante levantado registou uma quebra inédita de 12,5%.

Fonte: Banco de Portugal

Desde o início do milénio, que é quando começa o reporte estatístico do Banco de Portugal, que o recurso às caixas automáticas vem em crescendo, com a exceção dos anos da crise da dívida, em 2011 e 2012, quando os levantamentos contraíram 1,5% e 2,3%, respetivamente. O que ajuda a perceber que esta crise teve um impacto muito mais brutal nos negócios do que a anterior crise, mas não só.

Com o vírus à solta, a recomendação das autoridades foi de privilegiar os pagamentos das compras físicas recorrendo ao cartão bancário, para evitar a circulação de notas e moedas de mãos para mãos.

Além disso, o digital vem conquistado cada vez mais terreno nas operações bancárias. Por exemplo, os pagamentos no homebanking estabilizaram no ano passado nos 18,7 mil milhões de euros, com o número de operações a crescer quase 25%, ainda que a pandemia tenha afetado grande parte da economia.

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China reabre um dos principais portos do mundo

  • Lusa
  • 25 Agosto 2021

O porto de Ningbo-Zhoushan, situado a 250 quilómetros a sul de Xangai, retomou o funcionamento a 100%, depois de ter sido encerrado parcialmente no início do mês devido a um caso de Covid-19.

A China suspendeu as medidas de prevenção contra o coronavírus num dos principais portos do mundo, parcialmente fechado no início de agosto após um surto de covid-19, e que penalizou o transporte logístico mundial.

O porto de Ningbo-Zhoushan, situado a 250 quilómetros a sul de Xangai, é um dos principais portos chineses de frete. No ano passado, 1,2 mil milhões de toneladas de mercadorias passaram pelo cais do porto, o terceiro maior do mundo em embarques.

A descoberta, em 11 de agosto, de um caso de covid-19 entre os funcionários do porto levou ao encerramento de um terminal, o Meishan, que tem capacidade para 10 milhões de contentores.

As restrições no Terminal de Meishan foram hoje suspensas para uma “retomada” gradual das operações, disse a televisão estatal CCTV, que cita um comunicado das autoridades locais.

O terminal deve estar totalmente operacional em 01 de setembro, revelou a mesma fonte.

Quase 2.000 funcionários foram colocados em isolamento, numa altura em que as cadeias de fornecimento global já estavam sob pressão.

O transporte marítimo tem sofrido forte pressão global, nos últimos meses, devido às restrições sanitárias e à recuperação da economia, o que impulsionou a procura por bens.

Em maio passado, o encerramento temporário do porto chinês de Yantian, no sul do país, devido ao coronavírus, resultou em semanas de atrasos no embarque de mercadorias.

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APA fecha avaliação a mina de lítio em Montalegre sem decisão. Lusorecursos mudou projeto

  • ECO
  • 25 Agosto 2021

A Agência Portuguesa do Ambiente considera que Lusorecursos mudou o projeto para a mina de lítio em Montalegre e fechou o processo sem emitir uma decisão, a poucos meses do fim do prazo na concessão.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) prepara-se para encerrar a Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) referente à exploração de lítio em Montalegre, sem emitir uma decisão, por considerar que os documentos apresentados pela Lusorecursos não correspondem ao mesmo projeto e ao mesmo estudo que estava a ser analisado desde dezembro. A notícia foi avançada pelo Público (acesso condicionado).

A agência informou a empresa da “necessidade de submissão e instrução de um novo procedimento de AIA”, mas não revelou ao jornal se vai abrir ou não esse novo processo nem explicou as consequências para a concessão.

Segundo o Público, a Lusorecursos está a poucos meses de esgotar o prazo que lhe foi concedido para ter um estudo aprovado e, atualmente, ainda não tem um projeto aceite como entregue, nem tampouco com “luz verde” da APA.

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Falta botão na plataforma da Anacom para acelerar leilão do 5G

Ao Governo e à Anacom, a Altice Portugal argumentou que as regras atuais do leilão já permitem acelerar a venda das licenças: um botão na plataforma eletrónica podia evitar atrasos maiores.

Um simples botão poderia acelerar o leilão do 5G, evitando a introdução pela Anacom de mais alterações às regras do processo. Esta hipotética funcionalidade da plataforma eletrónica do leilão permitiria aos licitantes confirmarem que já apresentaram as melhores ofertas nos lotes pretendidos, evitando ter de se esperar até ao fim de cada ronda para se passar à ronda seguinte.

Quem o diz é a Altice Portugal. Numa mensagem enviada ao regulador na semana passada, na qual a empresa rejeita a proposta da Anacom de acabar com as licitações de 1% e de 3%, a dona da Meo garante que o atual regulamento já dá poder à Anacom para imprimir maior celeridade na operação. O regulador é que “ainda não o explorou”, acrescenta.

“A Anacom bem sabe que a atual versão do Regulamento 5G já lhe permite a adoção de algumas medidas para impor maior celeridade ao Leilão 5G, as quais, todavia, esta nunca logrou utilizar, preferindo antes enveredar por alterações às ‘regras do jogo’ quando ainda não explorou, sequer, todas as potencialidades abertas pelas regras já vigentes”, lê-se na nota enviada ao board da Anacom, a que o ECO teve acesso.

“Com efeito, o artigo 27.º., n.º4 do Regulamento 5G permite que a Anacom dê por terminada uma ronda no momento em que forem submetidas as licitações por todos os licitantes, dispensando-a de aguardar pelo tempo total da ronda (1 hora); porém, e apesar de a Anacom ter sido alertada pela Altice Portugal para o efeito, a plataforma eletrónica na qual é tramitado o Leilão 5G não permite que os licitantes, quando já tiverem as melhores ofertas nos lotes que pretendem, declarem que não pretendem licitar mais nessa ronda, impedindo a Anacom de antecipar o respetivo fecho”, explica a operadora.

Em contrapartida, acabar com as licitações percentualmente mais baixas “defrauda por completo as decisões estratégicas tomadas” pela Altice Portugal ao longo dos mais de 150 dias de rondas na fase principal. O aviso é feito pela empresa numa série de cartas enviadas a membros do Governo, às quais o ECO também teve acesso, incluindo aos ministros das Infraestruturas (Pedro Nuno Santos) e da Economia (Pedro Siza Vieira). Novamente, a empresa ameaça partir para tribunal.

Leilão pode acabar “a qualquer momento”

A Altice Portugal entende ainda que o leilão do 5G está perto do fim, pelo que considera existir uma “falsa urgência” na tentativa de acabar com o processo. Para a empresa, os lotes de frequências mais importantes para a quinta geração (3,5 GHz), os únicos onde “ainda existe excesso de procura), já atingiram um “valor substancial”.

As licenças nessa faixa, para a empresa, apresentam um valor “muito próximo do valor médio europeu”, o que, para o grupo, só pode significar uma coisa: “O risco de ‘prolongamento excessivo’ do leilão a que a Anacom alude para justificar as alterações que pretende introduzir no regulamento é mínimo: atingidos já estes valores, a conclusão da fase principal de licitação pode ocorrer a qualquer momento.”

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Benfica avança 3% em bolsa após passar à fase de grupos da Champions

"Encarnados" vão encaixar 37 milhões de euros com entrada na fase de grupos da Liga dos Campeões. Ações somam quase 3%. PSI-20 também está em alta pela quarta sessão seguida.

O Benfica sofreu em Eindhoven, mas conseguiu qualificar-se para a fase de grupos da Liga dos Campeões. O bilhete vale 37 milhões de euros aos encarnados, que estão em bom plano no arranque da bolsa esta quarta-feira: as ações da SAD sobem 2,77% para 4,46 euros, o valor mais elevado em ano e meio.

Está a ser um arranque positivo também no PSI-20, que segue em alta pela quarta sessão consecutiva. O principal índice português sobe 0,18%, para 5.371,44 pontos, o nível mais elevado desde 21 de fevereiro do ano passado, antes do início da pandemia.

São dez as cotadas que apresentam ganhos nos primeiros minutos de negociações. As subidas são lideradas pela Sonae, dona do Continente, que soma 0,59%, para 0,934 euros, e pela construtora Mota-Engil, que está em alta de 0,52%, com cada ação a trocar de mãos a 1,366 euros.

Mas a dar força ao índice lisboeta estão, sobretudo, três “pesos pesados”: Jerónimo Martins, EDP e EDP Renováveis. As ações das três empresas sobem quase 0,5%. No caso da dona do Pingo Doce, a cotar nos 18,14 euros, negoceia perto de máximos históricos.

O BCP também segue a tendência geral da praça nacional, com uma valorização de 0,16%, para 0,125 euros.

Em pleno mês de agosto, o arranque da bolsa faz-se aparentemente sem grandes pressas, sendo que seis cotadas não registavam ainda qualquer variação face à sessão anterior, incluindo Semapa, Navigator e REN.

No cenário europeu, o Stoxx 600 ganha 0,1%, assim como o DAX-30 de Frankfurt. A bolsa de Paris avança 0,3% e Madrid abriu o dia praticamente inalterada face à sessão anterior.

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