GameStop mais que duplica de valor com o regresso dos pequenos investidores

Cenário completamente diferente é o que se vive fora do fenómeno GameStop. As principais bolsas norte-americanas abriram esta sexta-feira em baixa, após os dados da vacina da Johnson & Johnson.

A montanha russa das ações da GameStop continua, com um novo disparo no valor dos títulos causado pelo levantamento da proibição da sua negociação em algumas plataformas para investidores do retalho. Os movimentos da retalhista de jogos de vídeo, bem como da AMC e Blackberry, estão totalmente desligados do sentimento nas restantes ações de Wall Street, que abriu em ligeira baixa.

A plataforma de trading Robinhood — popular por não cobrar taxas de transações — levantou a proibição de negociação das ações da GameStop e de um grupo de outras ações, que tinha limitado na quinta-feira apontando preocupações com a volatilidade no mercado: cada ação da empresa de videojogos flutuou entre 112 dólares e 483 dólares. Durante a noite, captou mil milhões de dólares em capital junto de investidores, numa operação inesperada.

No início do mês, as ações da GameStop negociavam abaixo dos 20 dólares, sendo que o fenómeno foi alimentado por grupos de investidores na rede social Reddit e que usam plataformas como a Robinhood. Esta sexta-feira, com o fim da proibição, os títulos chegaram a disparar 114% para 413,98 dólares. A AMC avança 63%, a Koss 27%, a BlackBerry 9% e a Nokia 7,6%, nomeando apenas algumas das empresas que estão envolvidas no caso.

O regulador dos mercados norte-americanos, a Securities and Exchange Commission (SEC), garantiu estar “ativamente a monitorizar” o caso. “Em linha com a nossa missão de proteger investidores e manter o funcionamento justo, ordeiro e eficiente dos mercados, estamos a trabalhar com outros reguladores para avaliar a situação e rever as atividades das entidades reguladas, os intermediários financeiros e outros participantes do mercado”, disse em comunicado. Da mesma forma, também a administração de Joe Biden disse estar a “acompanhar” a evolução.

J&J castiga Wall Street

Cenário completamente diferente é o que se vive fora deste conjunto. As principais bolsas norte-americanas abriram esta sexta-feira em baixa, após os dados da vacina da Johnson & Johnson terem desapontado. A farmacêutica anunciou que a sua possível vacina contra a Covid-19 tem uma eficácia de 85% na prevenção de doenças graves a partir do 28º dia em que é tomada. A vacina mostrou uma média de 66% de eficácia nas regiões onde foi testada.

“Apesar de ser bom ter outro entrante, a questão é a eficácia. Há uma preocupação que, se for muito menos eficaz, então a confiança dos investidores e dos consumidores será substancialmente inferior“, disse Sam Stovall, chief investment strategist da CFRA Research, em declarações à Reuters. As ações caem 4% para 162,29 dólares.

O índice industrial Dow Jones abriu a perder 0,16% para 30.553,91 pontos, enquanto o financeiro S&P desce 0,25% para 3.778,05 pontos e o tecnológico Nasdaq recua 0,39% para 13.284,719 pontos, na última sessão de uma semana marcada pela época de resultados.

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Novartis vai ajudar a produzir vacina da rival Pfizer-BioNTech

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2021

O acordo especifica que a produção deve começar no segundo trimestre e que as primeiras entregas estão programadas para o trimestre seguinte.

A gigante farmacêutica suíça Novartis anunciou esta sexta-feira que assinou um acordo para ajudar a produzir a vacina contra a covid-19 da Pfizer-BioNTech, face à escassez de vacinas causada por atrasos das principais empresas.

O acordo, firmado com o grupo alemão BioNTech, prevê que a Novartis disponibilize os seus meios e instalações para enfrascar a vacina crida pela Pfizer, anunciou o grupo suíço em comunicado, especificando que a produção deve começar no segundo trimestre e que as primeiras entregas estão programadas para o trimestre seguinte.

Já na semana passada, a Sanofi se ofereceu para enfrascar e acondicionar as vacinas da Pfizer-BioNTech.

Segundo explicou na altura o diretor-geral daquela farmacêutica francesa, Paul Hudson, a Sanofi ainda não tem uma vacina própria, pelo que o laboratório se disponibilizou a ajudar a embalar mais de 100 milhões de doses da rival norte-americana, destinadas à União Europeia, após o Governo francês lhe ter pedido, várias vezes, para disponibilizar as suas linhas de produção aos concorrentes.

O grupo americano Pfizer e a empresa de biotecnologia alemã BioNTech foram os primeiros a anunciar, este mês, que não conseguiriam cumprir o calendário inicialmente acordado com a União Europeia, antes de dizer que podiam limitar a uma semana o atraso nas entregas.

Na semana passada, foi a vez da britânica AstraZeneca indicar que as suas entregas seriam inferiores ao previsto no primeiro trimestre, causando a indignação da União Europeia.

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Bruxelas autoriza vacina da AstraZeneca

A Agência Europeia do Medicamento aprovou a vacina desenvolvida pela AstraZeneca contra a Covid-19 para pessoas maiores de 18 anos. Também a Comissão Europeia já deu luz verde à vacina.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) deu “luz verde” à vacina desenvolvida pela AstraZeneca em conjunto com a Universidade de Oxford contra o novo coronavírus, anunciou o regulador esta sexta-feira. Horas depois, a Comissão Europeia deu um parecer positivo, autorizando o uso da terceira vacina contra a Covid-19 no bloco comunitário.

A EMA recomendou [à Comissão Europeia] a atribuição de uma autorização de comercialização condicional para a vacina da AstraZeneca para prevenir a Covid-19 nas pessoas a partir dos 18 anos”, escreveu o regulador do Twitter.

Em comunicado, publicado na sua página oficial, a EMA refere que “o Comité de Medicamentos para Uso Humano (CHMP) avaliou exaustivamente os dados sobre a qualidade, segurança e eficácia da vacina e recomendou por consenso uma autorização de comercialização formal condicional concedida pela Comissão Europeia“.

Neste contexto, o regulador europeu sublinha que os quatro ensaios clínicos realizados no Reino Unido, Brasil e África do Sul, que envolveram no total 24.000 pessoas, demonstram que a vacina conta o novo coronavírus desenvolvida pela AstraZeneca, em conjunto com a UE se revelou “segura e eficaz” em pacientes com mais de 18 anos.

Contudo, a EMA sublinha que “a maioria dos participantes desses estudos tinha entre 18 e 55 anos”, pelo que “ainda não há resultados suficientes” para avaliar com a exata certeza se será adequada para pessoas com mais de 55 anos. “No entanto, espera-se proteção, visto que uma resposta imune é observada nessa faixa etária [dos 18 aos 55 anos] e com base na experiência com outras vacinas”, refere o regulador europeu. Na quinta-feira, o Governo alemão desaconselhou a administração da vacina para maiores de 65 anos, devido à falta de dados.

Também a diretora-executiva da EMA aplaude a aprovação, apontando que vai permitir expandir “ainda mais o arsenal de vacinas disponíveis para a UE e para os Estados-membros da EEA [Área Económica Europeia] para combater a pandemia e proteger os seus cidadãos”, diz citada na nota de imprensa.

Horas depois, também a Comissão Europeia deu “luz verde” à vacina da AstraZeneca. “Acabámos de autorizar a vacina da AstraZenca no mercado europeu, após o parecer positivo da EMA“, confirmou a Presidente da Comissão Europeia, no Twitter. Além disso, Ursula Von der Leyen espera que a farmacêutica entregue “as 400 milhões de doses previstas”, assegurando que a instituição vai continuar a “fazer tudo o que estiver ao nosso alcance garantir vacinas para os europeus, nossos vizinhos e parceiros em todo o mundo”.

 

Com este parecer do regulador europeu, trata-se da terceira vacina a ser aprovada dentro do bloco comunitário, depois da Pfizer/BionTech (a 21 de dezembro) e da Moderna (a 6 de janeiro), podendo agora a vacina da AstraZeneca começar a ser distribuída pelos Estados-membros.

Nos últimos dias, o “braço de ferro” entre a farmacêutica anglo-sueca e a União Europeia (UE) tem sido evidente, após a empresa ter anunciado que vai reduzir as entregas contratualizadas devido a quebras na produção. A Comissão Europeia considera as justificações insuficientes e exige o cumprimento do contrato orçado em 336 milhões de euros, que depois de várias polémicas acabou por ser tornado público na íntegra esta sexta-feira, ainda que com algumas partes confidenciais rasuradas.

Em causa está um contrato assinado, em agosto do ano passado, pela Comissão Europeia com a AstraZeneca para aquisição de 300 milhões de doses da vacina contra a Covid-19, com uma opção de compra de mais 100 milhões de doses.

Além da AstraZeneca, também a Pfizer comunicou à UE atrasos com a produção de vacinas. Nesse sentido, a instituição liderada por Ursula Von der Leyen aprovou esta sexta-feira um mecanismo de autorização de exportação de vacinas para a Covid-19, com o objetivo de garantir de transparência do processo e as doses suficientes para os cidadãos do bloco comunitário. Medida entra em vigor a partir deste sábado.

Com uma eficácia a rondar os 60% — quando as duas doses da vacina da AstraZeneca são administradas com um intervalo de quatro a 12 semanas –, esta vacina é mais barata e também mais fácil de armazenar do que as concorrentes da Pfizer e Moderna, podendo ser conservada num frigorífico comum, o que torna a logística menos complicada na sua distribuição. De salientar, que a vacina da Moderna pode ser armazenada por seis meses a -20 graus para transporte e armazenamento de longo prazo, enquanto a da Pfizer requer temperaturas muito mais baixas para o armazenamento.

(Notícia atualizada ás 18h32 com a aprovação da Comissão Europeia)

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Decisão do tribunal sobre relatório secreto do BdP “não limita em nada” comissão de inquérito, diz Fernando Negrão

Fernando Negrão diz que decisão de manter em segredo o relatório da atuação de Carlos Costa no BES "não limita em nada" a comissão de inquérito ao Novo Banco. Metade dos documentos já foi enviado.

A decisão do tribunal de manter em segredo o relatório que faz uma avaliação crítica da atuação do Banco de Portugal e de Carlos Costa no período que antecedeu queda do BES “não limita absolutamente em nada” a comissão de inquérito ao Novo Banco, disse o presidente da comissão, o social-democrata Fernando Negrão, em declarações ao ECO.

Este foi um dos documentos solicitados pelos deputados daquela comissão, sendo que o Banco de Portugal já o entregou no Parlamento, apesar de o Tribunal da Relação de Lisboa, chamado a pronunciar-se sobre se o documento poderia ser tornado público, ter decidido que não poderia ser levantado o dever de segredo sobre o mesmo.

“É um documento confidencial, mas o objeto desta comissão é muito diferente daquilo que o tribunal foi chamado a decidir. Esta comissão de inquérito tem diretamente a ver com BES/Fundo Resolução, há aqui uma conexão direta”, frisou Fernando Negrão. Por isso, a decisão do tribunal “não limita absolutamente em nada” os trabalhos, acrescentou o deputado do PSD.

O documento havia sido pedido no âmbito do processo de insolvência do BES, que foi alvo de uma medida de resolução em agosto de 2014, e foi nesse âmbito que o tribunal considerou não haver razão para que fosse levantado o dever de segredo.

"[Relatório da Comissão de Avaliação das Decisões e atuação do Banco de Portugal na Supervisão do BES] é um documento confidencial, mas o objeto da comissão é muito diferente daquilo que o tribunal foi chamado a decidir. Esta comissão de inquérito tem diretamente a ver com BES/Fundo Resolução, há aqui uma conexão direta.”

Fernando Negrão

Presidente da CPI ao Novo Banco

Em causa está o chamado “Relatório da Comissão de Avaliação das Decisões e atuação do Banco de Portugal na Supervisão do BES”, que foi elaborado em 2015 pelo então presidente da comissão de auditoria do supervisor, João Costa Pinto, com a colaboração da Boston Consulting Group. Os deputados da comissão de inquérito poderão ter acesso ao documento, mas não poderão torná-lo público.

Em entrevista ao ECO no ano passado, João Costa Pinto revelou que essa avaliação “detetou problemas e falhas sistemáticas, ao longo do tempo, já antes de Carlos Costa ter entrado no Banco de Portugal”.

“A comissão teve conclusões em que, em muitos momentos, muitas vezes por omissão, outras vezes por entendimento do enquadramento jurídico-regulamentar que à comissão pareceu demasiado restritivo, não foram tomadas as medidas que deviam ter sido tomadas. Agora, a classificação desse tipo de falhas [graves], isso não ia fazer, nem a comissão a faz dessa maneira“, disse a propósito do polémico relatório que poucos conhecem.

Metade dos documentos já chegou

O prazo de funcionamento da comissão de inquérito esteve “congelado” nos últimos 15 dias até esta sexta-feira, por causa do confinamento, mas os trabalhos vão regressar já na próxima semana. Está agendada para terça-feira uma reunião da mesa com os coordenadores para fazer um ponto de situação da documentação já recebida e programar já as audições se se considerar que já têm informação suficiente para dar início às inquirições aos intervenientes.

“Os documentos continuam a chegar. Chegaram mais esta manhã e chegarão à tarde. Já teremos à volta de 50%, seguramente”, revelou Fernando Negrão.

“As entidades têm cumprido os prazos, mesmo quando não conseguem cumprir avisam e pedem uma prorrogação dos prazos. O processo tem corrido bem”, adiantou ainda o deputado social-democrata.

A comissão de inquérito ao Novo Banco visa apurar as perdas do banco e que foram imputadas ao Fundo de Resolução. Funcionará durante quatro meses, até abril, antes de nova transferência do fundo para a instituição financeira ao abrigo do mecanismo de capital contingente de 3,9 mil milhões de euros. Sobram ainda 900 milhões de euros.

O Parlamento travou novas injeções até que sejam conhecidos resultados da auditoria que está a ser desenvolvida pelo Tribunal de Contas, embora o Governo já tenha sublinhado que irá cumprir os contratos acordados com a Lone Star (que detém 75% do banco), com Fundo de Resolução e com as autoridades europeias.

Novo Banco já disponibilizou quase 15 mil documentos

Entretanto, o Novo Banco indica ter já disponibilizado mais 14.800 documentos na sua versão original não truncada até ao momento, a que correspondem a mais de 700.000 páginas.

Segundo o banco, a informação disponibilizada ao Parlamento permitiu responder a 37 perguntas agregadas (de um total de 42 perguntas), ou seja, quase 90% das perguntas totais realizadas.

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Smart money e ecossistema: a fórmula eficaz da EIT InnoEnergy

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  • 29 Janeiro 2021

O setor das energias renováveis também sentiu os impactos da pandemia. Várias startups ligadas à área receberam apoios da EIT InnoEnergy para suportarem o período pandémico.

A pandemia já foi declarada há quase um ano, mas as suas consequências ainda se vão fazer sentir durante algum tempo. Para algumas empresas, os efeitos ainda nem sequer começaram, para outras foram praticamente imediatos.

No caso das energias renováveis, os atrasos no desenvolvimento dos negócios por causa dos confinamentos e de outras restrições foram a consequência direta da pandemia no setor. E foi precisamente nestes casos que a EIT InnoEnergy acabou por fazer a diferença ao dar vários apoios às empresas, a fim de as ajudar a não colapsar.

O que faz a EIT InnoEnergy?

A EIT InnoEnergy é uma empresa europeia que se dedica à promoção da inovação e empreendedorismo em energia sustentável. Atualmente, atuam em vários países da Europa, onde se inclui Portugal, mas também estão presentes nos EUA, em Boston.

“Uma das áreas onde atuamos é na área de investimento em startups, que nós denominamos Business Creation, onde procuramos projetos que tragam algo de novo ao mercado, com ambição de crescimento e escala global”, começou por dizer Miguel Carreiro, Business Creation Manager da EIT InnoEnergy Portugal.

Miguel Carreiro, Business Creation Manager da EIT InnoEnergy Portugal.

Ao todo, a EIT InnoEnergy apoia 17 startups e scaleups em Portugal e mais de 380 em todo o seu portefólio. Estas empresas recebem apoio com o chamado “smart money”, através do qual os investidores, além de contribuírem com capital, se tornam um importante diferencial para as empresas com quem fazem parceria. Isto porque, uma vez que já têm experiência no mercado, também contribuem para a melhoria do conhecimento dos parceiros na área e dos seus modelos de negócio.

"Disponibilizamos um conjunto de serviços e financiamento customizado e adequado às necessidades e potencialidades das empresas. Além do financiamento, dispomos um ecossistema robusto, composto por empresas da indústria, centros de investigação, universidades e investidores.”

Miguel Carreiro

Business Creation Manager da EIT InnoEnergy Portugal

Na Europa e nos EUA, dispõem ainda de uma equipa comercial para ajudarem as empresas que apoiam a entrar nos mercados que representam. Aqui entram também os recrutamentos, as formações e ainda as organizações de eventos exclusivos como o The Business Boster (TBB), um evento anual de dois dias onde se juntam mais de 150 tecnologias de energias renováveis com o objetivo de promover negócios entre empresas da indústria.

Apoios às startups reforçados durante a pandemia

De forma geral, todas as empresas sentiram os impactos da Covid-19 nos negócios e, no caso das startups apoiadas pela EIT InnoEnergy, não foi diferente. Nesse sentido, a InnoEnergy acabou por reforçar os apoios que já dava às empresas com quem tem parceria, através de uma ajuda mais focada na superação dos desafios provocados pela pandemia.

“Nos meses iniciais da pandemia, com o primeiro confinamento, muitas reuniões e decisões foram adiadas. Esta realidade não causou impacto imediato na faturação, mas reduziu as perspetivas de novos negócios no médio prazo, com efeitos na faturação que se começam a sentir agora, em 2021”, explicou Miguel Carreiro.

Por outro lado, houve casos em que os efeitos na faturação não tardaram. “Houve também empresas que viram as suas atividades dificultadas pelas restrições à circulação e/ou pela disrupção nas cadeias de abastecimento. Aqui os impactos de faturação foram imediatos, mas, em geral, reestabeleceram-se em poucos meses e estavam já em pleno funcionamento a partir do verão”, contou o Business Creation Manager da EIT InnoEnergy Portugal.

Ainda assim, a EIT InnoEnergy reforçou os apoios às empresas que se encontravam em situações mais difíceis. “A nossa ajuda foi financeira para as empresas que identificámos estarem em situações financeiras mais críticas, mas também em reforço de ajuda comercial, uma vez que foi essa a área mais afetada nas empresas”, esclareceu Miguel Carreiro.

Energias renováveis perdem e ganham com a pandemia

De acordo com o responsável da área de novos negócios da EIT InnoEnergy em Portugal, um dos aspetos mais negativos da pandemia no setor tem a ver com a falta de interação humana e de investimentos em energia.

“A interação presencial é essencial para se desenvolver relações com outras pessoas, e essas relações estão na base de qualquer negócio. Ao perdermos esta interação presencial, em muitos casos, os alicerces das relações ficam mais frágeis e expostos. Também o investimento em energia diminuiu 18% em comparação com 2019, sendo um valor preocupante, mas que esperamos que volte a aumentar, em particular investimento em energia renovável – sobretudo solar e eólica”, disse.

Mas, apesar de todos os contratempos provocados pela pandemia, nem tudo correu mal no setor das energias renováveis. Se, por um lado, houve atrasos no desenvolvimento dos negócios por causa dos confinamentos e de outras restrições, por outro lado, observou-se uma tendência positiva no que diz respeito às emissões de CO2 e ao uso de combustíveis fósseis.

"Um dos aspetos mais positivos [da pandemia] é a redução das emissões de CO2, sendo estimado que tenha havido uma redução superior a 6% em comparação com 2019. Houve também uma menor produção de energia a partir de fontes fósseis e, por outro lado, um aumento da produção e relevância de fontes renováveis. Estes aspetos, bem como a capacidade de adaptação a novas tecnologias causadas pela pandemia, faz com que o futuro da energia sustentável seja muito promissor.”

Miguel Carreiro

Business Creation Manager da EIT InnoEnergy Portugal

A estes fatores positivos juntam-se ainda alguns investimentos feitos pela EIT InnoEnergy também em tempos de pandemia. Um deles de 12 milhões de euros em projetos ligados ao setor energético e outro de 25 milhões de euros para investir em startups ligadas à transição energética.

“Este fundo [25 milhões] será usado para acelerar a inovação para a transição energética em startups da Península Ibérica e funcionará de forma complementar e independente dos nossos programas de aceleração”, explicou Miguel Carreiro.

Algumas das empresas apoiadas pela EIT InnoEnergy na Ibéria são RVE.Sol, Eneida, FlexiDAO, Gas2Move, X1Wind, Prodone e Nabrawind.

Inovação aberta e o futuro das energias renováveis

Antes de saber o que é a inovação aberta, é importante perceber como funciona a inovação fechada. “Em sistemas de inovação fechada observa-se o desenvolvimento de inovação interno com recursos internos. Esta é uma metodologia adotada por várias PME e grandes empresas, mas que tem limitações relativamente à capacidade interna de desenvolver essas mesmas inovações e é um processo geralmente mais demorado e, consequentemente, dispendioso”, explicou Miguel Carreiro.

Já a inovação aberta, de acordo com o responsável, tem como objetivo a aceleração do processo de inovação dentro das organizações. “A inovação aberta é uma metodologia que pretende expandir este processo de inovação e permitir o contacto com áreas e recursos externos, como é o caso de startups. Assim, há uma maior adoção de soluções inovadoras pelas empresas, agilizando o processo de inovação, permitindo uma aceleração do tempo de inovação (tanto de produtos existentes como novos produtos) e aumento de eficiência dos processos (ao incorporar soluções que a estrutura interna não teria capacidade para desenvolver)”, adiantou.

Apesar de a inovação aberta ter vindo a ser adotada por algumas grandes empresas, o Business Creation Manager admitiu que “nas PME, ainda há alguma resistência em adotar o que poderia ser uma grande vantagem”.

Ainda assim, mesmo com resistências por parte de algumas empresas, este é o método em que a EIT InnoEnergy aposta e que acredita dar melhores resultados. Por essa razão é que Miguel Carreiro ressalva que pertencer à EIT InnoEnergy só trará vantagens aos seus associados.

“A EIT InnoEnergy tem um ecossistema muito desenvolvido no chamado triângulo de inovação: novos negócios, em particular no apoio a empreendedores e startups com soluções inovadoras no ecossistema de energia; educação, com programas de mestrados na área de energia em parceria com as principais universidades europeias para criar os futuros líderes da transição energética; e projetos e inovação, onde investimos em inovações com elevado potencial tecnológico, acelerando o seu caminho desde o laboratório até à sua comercialização, como é o caso do Principle Power e do Corpower, em Viana do Castelo, em que fazemos parte de ambos”, enumerou o Business Creation Associate.

Associado a estas vantagens está ainda o facto de terem vários parceiros que permitem acelerar o desenvolvimento de soluções prontas a serem lançadas no mercado. Em Portugal esses parceiros são o IST (Técnico de Lisboa), Galp, EDP, o INL (Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia) e a Portgás.

Com a esperança num futuro promissor, a EIT InnoEnergy está a coordenar duas iniciativas europeias – a European Battery Alliance, uma comunidade que junta mais de 400 parceiros industriais e de inovação para o desenvolvimento de um ecossistema de baterias na Europa, desde a mineração à reciclagem das baterias, e ainda o European Green Hydrogen Acceleration Center, que pretende apoiar o desenvolvimento de uma economia no valor de 100 mil milhões de euros por ano na área do hidrogénio verde, na Europa, até 2025.

Miguel Carreiro afirmou que “já se tem vindo a observar uma retoma à ‘normalidade’ no último trimestre do ano, embora com grandes limitações e não conseguindo ainda replicar esforços de anos anteriores”.

Por essa razão, o Business Creation Manager da EIT InnoEnergy Portugal mostrou-se otimista quanto ao futuro. “Com o aumento da implementação da vacinação, bem como iniciativas como o Green Deal, espera-se que haja um aumento significativo na mobilização de esforços para a transição energética e desenvolvimento de inovação”, concluiu.

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Estes são os cinco escritórios de advogados com melhor reputação

A Vieira de Almeida foi considerada a marca do setor dos serviços jurídicos com melhor reputação no mercado. Morais Leitão, PLMJ, Uría Menéndez-Proença de Carvalho e Abreu Advogados no top cinco.

Vieira de Almeida foi considerada a sociedade de advogados com o índice de reputação mais elevado no mercado, uma conclusão do estudo da Global RepScore Pulse, elaborado pela OnStrategy. Entre as cinco firmas citadas pelo estudo está ainda a Morais Leitão, PLMJ, Uría Menéndez-Proença de Carvalho e Abreu Advogados.

No ranking das marcas mais relevantes do setor dos serviços jurídicos a Vieira de Almeida ficou em primeiro lugar com um índice de 78, seguida da Morais Leitão com 77.6 e da PLMJ com 74.8. Ainda no top cinco a Uría Menéndez-Proença de Carvalho foi pontuada com 74.5 e a Abreu Advogados com 66.6.

O Global RepScore Pulse, que todos os anos é elaborado pela OnStrategy, avalia a reputação das marcas que atuam no mercado nacional – nacionais ou multinacionais – através de um estudo que envolve mais de 50 mil cidadãos. Esta análise é desenvolvida de forma contínua ao longo do ano e em conformidade com a certificação das normas ISO20671 (avaliação de estratégia e força) e ISO10668 (avaliação financeira), avaliando os atributos associados à notoriedade, admiração, relevância, confiança, preferência e recomendação.

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Limites às taxas de entrega afetam viabilidade dos serviços, considera a Glovo

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2021

Com as novas medidas de confinamento geral, as comissões cobradas pelas plataformas aos restaurantes pela entrega de refeições ao domicílio são limitadas a 20% e as taxas de entrega não podem subir.

A Glovo considerou esta sexta-feira que os limites impostos pelo Governo às comissões e taxas cobradas por plataformas de entregas de refeições ao domicílio terão um impacto negativo na viabilidade dos serviços e também nos restaurantes, estafetas e clientes.

“As ‘apps’ [aplicações] de entrega como a Glovo permitem aos restaurantes montarem e operarem um serviço de delivery em apenas alguns dias”, defende a Glovo numa nota enviada à Lusa, acrescentando que a taxa “inclui a tecnologia e o serviço ao cliente proporcionados pela plataforma, mas é destinado, principalmente, ao pagamento do estafeta”.

Por isso, continua a Glovo, “limitar em 20% a taxa impacta profundamente a viabilidade dos serviços de entrega e, portanto, terá também um impacto negativo para os restaurantes, para os estafetas e para os clientes”.

A empresa sublinha, no entanto, que está “fortemente empenhada em continuar nas cidades portuguesas” e que espera trabalhar com o Governo “para encontrar novas soluções para fazer face à situação atual.”

No âmbito das novas medidas de confinamento geral, a vigorar desde dia 15 de janeiro, as comissões cobradas pelas plataformas aos restaurantes pela entrega de refeições ao domicílio são limitadas a 20% e as taxas de entrega não podem aumentar.

Na altura em que a medida foi conhecida, a Uber Eats reagiu considerando que os limites impostos às comissões cobradas por plataformas de entregas vão ter um efeito negativo para todos os que utilizam a aplicação.

“As limitações impostas ao nosso modelo de negócio, incluindo à nossa taxa de serviço, vão forçar-nos a alterar a forma como operamos, prejudicando todos os que utilizam a nossa aplicação e que queremos apoiar”, afirmou fonte oficial da Uber Eats, em reação às limitações previstas ao abrigo do novo estado de emergência.

Na nota escrita enviada à agência Lusa, a Uber Eats sustentou que “estas medidas tornam o serviço menos acessível para os consumidores, o que limitará a procura dos restaurantes e consequentemente as oportunidades dos milhares de pessoas que fazem entregas com a aplicação”.

Garantindo que o seu “foco” é “aumentar o volume de negócios dos restaurantes e ajudar na sua adaptação ao ‘delivery’” (entrega ao domicílio), a plataforma sustentava que “apoiar o setor da restauração” durante a pandemia tem sido “uma das [suas] prioridades no último ano”.

“Desde março de 2020 que investimos financeiramente num plano para ajudar os mais de 6.000 restaurantes e comerciantes – e os milhares de pessoas que dependem deles para trabalhar – continuando a garantir um serviço de entrega aos consumidores”, salientou.

Segundo a fonte, a Uber Eats iria “analisar as alterações necessárias, procurando minimizar o impacto negativo que esta alteração terá para todos neste novo confinamento”.

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Podcast O Mistério das Finanças #4 Como desce o desemprego em crise? E pode haver crise bancária?

  • ECO
  • 29 Janeiro 2021

No episódio #4 d'O Mistério das Finanças, o estranho caso da descida do desemprego em ano de crise é um dos mistérios desta semana. E pode a crise resultar numa crise bancária no fim das moratórias?

Acabámos de saber que a taxa de desemprego fecho 2020 nos 6,5%, o que representa uma descida face a 2019 no ano da maior recessão económica de que há memória. Como é isso possível? Eis um dos mistérios em análise no episódio desta semana do podcast semanal do ECO, O Mistério das Finanças, um debate todas as sextas entre os jornalistas António Costa Pedro Santos Guerreiro.

Mas há mais mistérios. Logo abrir, os erros sucessivos do governo no combate à pandemia. E adiante outro: pode estar a formar-se uma crise crédito bancário que rebente no próximo ano?

A Boa Moeda da semana é a iniciativa do novo instituto + liberdade. A Má Moeda é a Anacom, por causa do leilão 5G. E nas “manchetes dos leitores”, destaque para a entrevista de Teodora Cardoso esta semana ao Eco. Por pôr em causa as ajudas à TAP e a transferência direta de Mário Centeno do governo para o Banco de Portugal.

  • Pode ouvir O Mistério das Finanças na íntegra nas principais plataformas, como o Spotify e Apple Podcasts.

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Landing.jobs volta a fazer “raio x” às carreiras tech

Preencher o inquérito da tecnológica portuguesa demora cinco minutos e as respostas são todas anónimas. Além disso, quem participa poderá obter acesso em primeira mão ao relatório final.

A Landing.jobs voltou a lançar um inquérito que pretender apurar qual o estado atual das carreiras tecnológicas em Portugal. O “Inquérito de Carreiras Tecnológicas Portugal 2021” está disponível aqui e demora cerca de cinco minutos a preencher. As conclusões serão divulgadas a 21 de fevereiro.

Todas as respostas são anónimas e quem participa poderá obter acesso em primeira mão ao relatório final, ainda antes do seu lançamento oficial.

Esta não é a primeira vez que a startup portuguesa especializada em recrutamento em IT pretende fazer um “raio x” à indústria tecnológica em Portugal. Há dois anos, com o inquérito Tech Careers Survey 2019, uma das conclusões da Landing.jobs foi que as especializações de fullstack, backend e frontend developers eram as três que mais se destacavam em Portugal, sendo tanto as mais procuradas como as mais bem pagas.

Por outro lado, o inquérito de 2019 concluiu que a procura continuava a crescer e a formação de tecnologia podia estar mesmo a sair das universidades. Os autodidatas e alunos de bootcamps representavam 20% dos inquiridos na altura.

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Parlamento aprova diploma do Governo para simplificação processual na justiça tributária

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2021

Este diploma do Executivo teve apenas as abstenções do CDS-PP e Iniciativa Liberal, tendo merecido votos favoráveis dos restantes grupos parlamentares.

O Parlamento aprovou esta sexta-feira em votação final global uma proposta do Governo que visa concentrar num único diploma diferentes alterações em matéria de justiça tributária e em que se procura reforçar as garantias dos contribuintes.

Este diploma do Executivo teve apenas as abstenções do CDS-PP e Iniciativa Liberal, tendo merecido votos favoráveis dos restantes grupos parlamentares.

Com esta proposta de lei, que partiu do Ministério das Finanças, pretende-se concentrar num único diploma diferentes alterações em matéria de justiça tributária, “assegurando-se a estabilidade da legislação fiscal na aceção da sua previsibilidade”.

Ao nível da Lei Geral Tributária, o executivo diz ter procurado uma “densificação dos critérios de revisão das orientações genéricas pela administração tributária” e “a introdução da possibilidade de os contribuintes requererem a sua audição prévia aquando do pedido de informação vinculativa”.

Em matéria de Código de Procedimento e de Processo Tributário, prevê-se na proposta de lei a suspensão da execução de dívidas até cinco mil euros no caso de pessoas singulares, e até dez mil euros no caso de pessoas coletivas, “até ao termo do prazo de apresentação de meio de defesa gracioso ou judicial”.

“É ainda alterado o regime da penhora de dinheiro ou de valores depositados, tendo em vista um maior respeito pela proporcionalidade e adequação da penhora, bem como possibilitar a sua rápida cessação logo que obtidos os montantes em dívida”, salienta-se na exposição de motivos deste diploma.

No Regime Geral das Infrações Tributárias, a proposta do Governo procede “à reformulação e simplificação do regime de dispensa, redução e atenuação das coimas”.

Assim, prevê-se a dispensa de coima “nos casos de infrações simples em que ocorra a regularização da situação tributária no prazo de três dias”, ou situações de redução de coima “em momento prévio à instauração de processo de contraordenação”.

Nestas últimas situações, fica estabelecido “a redução do valor da coima para 12,5 % ou 50 % do montante mínimo legal consoante, respetivamente, se trate, por um lado, de pedido de pagamento apresentado até ao levantamento de auto de notícia, receção de participação ou denúncia ou início de procedimento de inspeção ou, por outro lado, se trate de pedido apresentado até ao termo do prazo de audição prévia em procedimento de inspeção tributária”.

Em sede de inspeção tributária, esta proposta de lei do Governo cria “um novo momento procedimental para regularização voluntária por parte dos contribuintes”.

“A regularização voluntária em sede de procedimento de inspeção fica, assim, devidamente regulada, definindo-se como momento próprio para o fazer, o final do procedimento de inspeção”, assinala-se na exposição de motivos do diploma.

O ato de regularização, de acordo com o Governo, que pode ser total ou parcial, poderá ser desencadeado pelos contribuintes “no prazo concedido para audição prévia, através da identificação das correções relativamente às quais se está de acordo e em relação às quais se pretende a regularização”.

Na sequência deste passo processual, segundo o Governo, é então depois “agendada uma reunião entre o contribuinte e a Autoridade Tributária e Aduaneira, a qual tem em vista a assinatura de um documento conjunto pela entidade inspecionada e o competente dirigente da administração tributária”.

Em seguida, pode avançar-se para uma “redução da coima para estas situações de regularização voluntária assente”, as quais, no entanto, “deixam de ser impugnáveis a partir daquele momento”.

No âmbito do processo de apreciação deste diploma na especialidade, o PS reivindica ter introduzido um conjunto de alterações, designadamente em matéria de Lei Geral Tributária, com o “reconhecimento dos contabilistas como técnicos oficiais de contas, clarificando as suas competências e garantindo desta forma um regime mais justo em matéria de responsabilidade para os contabilistas certificados“.

Neste capítulo, segundo a bancada socialista, “assegura-se ainda uma redução de 50% no custo das informações vinculativas apresentadas junto da Autoridade Tributária por micro e pequenas empresas, assim como pessoas singulares”.

“Cumulativamente, clarifica-se que os requisitos previstos na lei para que a administração tributária deva rever as orientações genéricas não são cumulativos, assegurando-se deste modo a clarificação das situações e condições em que a Autoridade Tributária está vinculada a seguir as decisões jurisdicionais“, sustenta-se numa nota divulgada pela bancada socialista.

Por outro lado, salienta também o PS, “atendendo à situação excecional verificada no mês de agosto, por causa do período de redução de atividade, ficou acautelada a suspensão de contagem de prazos em agosto, respondendo assim a uma aspiração dos contabilistas certificados sem colocar em causa o cumprimento e calendário fiscal”.

O PS diz ainda ter introduzido “alterações ao Regime Geral das Infrações Tributárias, clarificando-se e reorganizando-se os institutos da dispensa e de redução de coimas, em linha com as decisões dos tribunais superiores, e alargando-se a possibilidade de dispensa de coima a pessoas coletivas que não tenham sido condenadas em processo de contraordenação ou crime por infração tributária, instituindo-se o regime da admoestação”.

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Preparada para o futuro do trabalho? Tem até 5 de fevereiro para se inscrever no “The Tech Career GPS”

O objetivo do programa é responder às necessidade do mercado de trabalho em matéria de upskilling e reskilling.

O programa “The Tech Career GPS”, orientado para as carreiras do futuro, começa já no dia 8 de fevereiro. As inscrições estão abertas até às 15h do dia 5 de fevereiro. Já o acesso ao programa de capacitação online promovido pela Le Wagon, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa é gratuito.

O objetivo é responder às necessidade do mercado de trabalho em matéria de upskilling e reskilling, “como forma de aceleração da resposta à transformação tecnológica, atualmente exponenciada pelo contexto de pandemia Covid-19”, lê-se em comunicado.

Ao longo de quatro semanas decorrerão workshops e painéis temáticos que pretendem contribuir para uma aprendizagem colaborativa, sustentada num diálogo com especialistas e testemunhos na área tech, entre os quais as empresas Landing.jobs, Great Place to Work Portugal e Outsystems.

O programa tem como principais destinatários indivíduos que procurem aumentar o seu potencial de empregabilidade no mercado de trabalho orientado para as competências digitais e/ou mudança de carreira, bem como empreendedores ou freelancers que necessitem de investir em competências digitais para o desenvolvimentos do seu negócios ou projeto. Cabe, ainda, destacar que o programa não exige um conhecimento prévio em linguagens de programação.

“Lisboa tem procurado posicionar-se enquanto agente ativo na promoção e atração de talento em áreas identificadas como críticas para a economia da cidade. A área da tecnologia digital é assumidamente uma das nossas prioridades. Através da iniciativa ‘Future of Work’, temos vindo a desenvolver parcerias com entidades de relevo no mercado, de forma a aumentar o potencial de empregabilidade nesta área e a promover o reforço das competências de futuro“, afirma Margarida Figueiredo, diretora municipal de economia e inovação da Câmara Municipal de Lisboa, em comunicado.

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Sonae Indústria avança com aumento de capital de 55 milhões de euros

Empresa do grupo Sonae quer realizar uma oferta pública de subscrição com 48 milhões de novas ações, vendidas a 1,14 euros cada. Cada acionista atual vai receber um direito de subscrição. 

A Sonae Indústria vai avançar com um aumento de capital de 55 milhões de euros através de uma Oferta Pública de Subscrição (OPS) para reforçar capitais próprios e reduzir os encargos com dívida. O anúncio preliminar foi feito esta sexta-feira, estando a empresa agora à espera de aprovação pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“O conselho de administração, tendo em consideração as necessidades de reforço dos capitais próprios da sociedade e o intuito de melhorar a sua estrutura de capitais e de reduzir o custo global da sua dívida, de forma a dotar a sociedade de meios adequados ao cumprimento do seu plano estratégico” deliberou um aumento de capital social, explica o comunicado.

O capital social da Sonae Indústria será aumentado dos atuais 253.319.797,26 euros para 308.321.344,20 euros, por novas entradas em dinheiro, no montante de 55.001.546,94 euros. “O preço de subscrição de cada ação, o qual será igual ao valor de emissão, será de 1,14 euros, não havendo lugar a ágio”, aponta. O valor representa um prémio de quase 20% face aos 0,952 euros que cada ação valia no fecho da última sessão da bolsa de Lisboa.

“O número de novas ações ordinárias, escriturais e nominativas, sem valor nominal a emitir será de 48.246.971”. A oferta é dirigida a atuais acionistas — que vão receber um direito de subscrição por cada ação que detenham atualmente — ou outros investidores que comprem direitos de subscrição. No caso de o aumento de capital social não ser integralmente subscrito, o mesmo ficará limitado às subscrições recolhidas.

“A Oferta e a admissão das ações a emitir à negociação no mercado regulamentado Euronext Lisbon dependem da aprovação do respetivo prospeto pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), bem como da publicação deste último e do aviso para o exercício de direitos de subscrição, nos termos legais, o que a Sonae Indústria pretende promover no mais breve prazo possível”, acrescenta.

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