Trabalhadores da Transtejo/Soflusa em greve dia 20 de maio

  • Lusa
  • 5 Maio 2021

Os funcionários da Transtejo/Soflusa apresentaram um pré-aviso de greve de três e duas horas por turno, respetivamente, para o próximo dia 20 de maio. Em causa estão reivindicações salariais.

Os trabalhadores da Transtejo/Soflusa apresentaram esta quarta-feira um pré-aviso de greve de três e duas horas por turno, respetivamente, para o próximo dia 20 de maio por a empresa manter a sua posição de “aumento de 0%” nas negociações salariais.

Em declarações à Lusa, Paulo Lopes, sindicalista da FECTRANS – Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações, explicou que na reunião desta quarta-feira com a administração da empresa, e conforme o que tinha sido decidido em plenário de trabalhadores da semana passada, foi entregue um pré-aviso tendo em conta que não houve mudança de posição.

Em 28 de abril, os trabalhadores da Transtejo/Soflusa concordaram em fazer “paralisações de três horas” por turno a partir de 20 de maio, caso não houvesse respostas às reivindicações salariais na reunião com a administração que teve hoje lugar.

De acordo com o sindicalista, a greve irá “na prática, fazer paragens em todos os turnos”, salientando que “praticamente não haverá barcos” nas ligações fluviais entre a Margem Sul e Lisboa.

Paulo Lopes adiantou ainda que no caso da Soflusa, o pré-aviso de greve é de duas horas por turno, tendo em conta os horários praticados.

Nós sabemos que a empresa até tem vontade de negociar, mas não tem autorização por parte do Governo. Não estamos a tomar a atitude contra a empresa, mas o Governo não lhe deu autorização para apresentarem valores de aumentos salariais”, frisou.

Em declarações anteriores à Lusa, o sindicalista da FECTRANS já tinha explicado que os trabalhadores estão descontentes, já que os aumentos salariais que ocorreram no ano passado foram “baixíssimos, cerca de 0,3%, o que valeu um euro em muitos casos”.

Numa nota enviada à Lusa aquando do último plenário de trabalhadores, a Transtejo/Soflusa reconheceu que apresentou “uma proposta salarial, para 2021, em linha com a atualização definida para a administração pública”.

A Lusa questionou a empresa acerca de transportes alternativos para o dia da greve, mas não obteve ainda resposta.

A Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa, enquanto a Soflusa é responsável por ligar o Barreiro à capital.

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“Imoral” e “inaceitável”. As reações dos partidos aos bónus no NB

  • Lusa e ECO
  • 5 Maio 2021

O PS classificou como “imoral" a atribuição de bónus no Novo Banco, enquanto o PCP diz que é uma decisão "inaceitável". CDS assume ter dificuldades em compreender prémios à administração do banco.

Os prémios atribuídos pelo Novo Banco mereceram as críticas do Governo, Banco de Portugal e também os partidos políticos fazem reparos à decisão. O PS classificou como “imoral” e saudou o Fundo de Resolução e o Banco de Portugal por irem descontar esse valor de uma futura transferência. O PCP disse os bónus de 1,86 milhões são “inaceitáveis”. E o CDS assumiu “dificuldade em compreender” a decisão, mas alertou que os problemas do banco são mais profundos do que estas compensações.

“Acima de tudo consideramos que esta decisão da administração do Novo Banco é imoral, não devia ter acontecido e não contribui para a credibilidade da gestão do banco nem da própria instituição”, afirmou o vice-presidente da bancada socialista João Paulo Correia, em declarações aos jornalistas no parlamento.

João Paulo Correia recordou que se trata do “segundo ano consecutivo” em que o Novo Banco decide premiar os administradores pelos resultados. “Olhando para os resultados de 2020, vimos que mais uma vez o Novo Banco apresentar um prejuízo brutal. Esta decisão imoral é também definida numa altura em que a crise económica está dentro das portas de muitas empresas e famílias”, salientou.

O deputado socialista defendeu que a administração do Novo Banco deveria “pautar-se por um nível de decência maior e compreender a conjuntura difícil do país”. “Portanto, consideramos que é positiva a decisão do Fundo de Resolução e do Banco de Portugal de descontar este valor da próxima transferência a realizar-se a partir do fundo”, acrescentou.

"Acima de tudo consideramos que esta decisão da administração do Novo Banco é imoral, não devia ter acontecido e não contribui para a credibilidade da gestão do banco nem da própria instituição.”

João Paulo Correia

Deputado do PS

“É inaceitável”, diz PCP

Para o PCP, a decisão da administração do Novo Banco (NB) de “autoatribuir-se prémios de gestão” é “inaceitável”. É “inaceitável a decisão da administração do Novo Banco” de “atribuir-se prémios de gestão de cerca de dois milhões de euros, num contexto em que tantos portugueses sofrem dificuldades e em que “volta a pedir a chamada de capital público”, afirmou o deputado do PCP Duarte Alves.

Duarte Alves afirmou ainda tratar-se de “uma decisão que responsabiliza a administração do Novo Banco”, mas que “responsabiliza também o Governo do PS, que, no momento da privatização, permitiu estas possibilidades da administração se atribuir este tipo de prémios”, algo que considerou ser “inaceitável”.

BE considera “indigno” administração dar bónus “a si própria”

O Bloco de Esquerda (BE) considera “indigno” que a administração do Novo Banco (NB) “atribua, a si própria, bónus nos seus salários pelo segundo ano consecutivo quando continua a apresentar prejuízos e a pedir ao erário público avultadas injeções de capital”.

A deputada Mariana Mortágua, disse, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, que a atitude da administração prova que “o contrato de venda do banco é ruinoso”, por não impedir esta administração, que “trabalha ao serviço do acionista privado, de se se atribuir bónus enquanto pede dinheiro aos contribuintes”.

A segunda conclusão dos bloquistas é que, “ao decidir sobre os seus próprios bónus”, uma decisão “pelo acionista Lone Star”, fica-se “a saber muito bem quem manda no Novo Banco e a quem obedece a administração”.

Problemas no banco são mais profundos que bónus, diz CDS

Por sua vez, a deputada do CDS-PP Cecília Meireles disse ter “dificuldade em compreender” a decisão do Novo Banco de atribuir prémios aos administradores, mas alertou que os problemas do banco são mais profundos do que estas compensações.

“Nós temos dificuldade em compreendê-los precisamente porque esta gestão tem dado prejuízos e prejuízos muito graves, que têm acarretado para os contribuintes portugueses também prejuízos muito graves”, considerou a parlamentar centrista, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República.

Cecília Meireles apontou que “a questão é muitíssimo mais profunda do que os prémios, tem também a ver como as entidades públicas, como o Fundo de Resolução, como o Banco de Portugal e como o Governo têm conduzido a questão”.

“Se os prejuízos do Novo Banco correm por conta de todos nós, essa é também uma decisão política, que o Tribunal de Contas diz que não foi tomada nem de forma transparente, nem de forma a acautelar a sustentabilidade das finanças públicas e levanta questões que eu acho que são gravíssimas do ponto de vista do funcionamento deste mecanismo”, sustentou.

PAN fala em prémios “obscenos”

“Para o PAN, esta transferência dos prémios para a administração do Novo Banco é absolutamente obscena, ainda para mais quando soubemos de uma auditoria do Tribunal de Contas bastante preocupante nas suas conclusões”, afirmou a deputada Inês Sousa Real, em declarações aos jornalistas no parlamento.

Para a também candidata à liderança do partido, esta decisão da administração do Novo Banco “não faz qualquer sentido” depois dos custos que esta instituição já teve para o erário público e é “uma completa irresponsabilidade” no contexto de crise do país.

Não nos podemos esquecer que a banca tem custado, ao erário público, mais de 25 mil milhões de euros na última década. Por isso, demos hoje entrada de uma iniciativa legislativa que visa obrigar a que toda e qualquer transferência para o setor bancário seja aprovada pela Assembleia da República, independentemente do capital ser detido por privados ou seja capital público”, anunciou.

FdR corta 1,86 milhões ao cheque

O Novo Banco vai atribuir um bónus referente a 2020 de 1,86 milhões de euros aos membros do Conselho de Administração Executivo liderado por António Ramalho, tendo o prémio sido diferido para 2022, após concluída a reestruturação da instituição.

No relatório e contas de 2020, enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) na terça-feira à noite, o Novo Banco garante que “nenhum pagamento” foi ainda realizado.

“Para o ano de 2020, a remuneração variável foi atribuída condicionalmente, sujeita à verificação de condições diversas, de 1.860 milhares de euros aos membros do Conselho de Administração Executivo”, lê-se no documento.

O Novo Banco anunciou no final de março que registou um prejuízo de 1.329,3 milhões de euros em 2020, um agravamento face aos 1.058,8 registados em 2019.

O Ministério das Finanças já considerou inadequado o pagamento de prémios aos administradores do Novo Banco e disse acreditar que o Fundo de Resolução irá descontar esse valor na chamada de capital, o que o Banco de Portugal já disse entretanto que acontecerá.

No ano passado, o Fundo de Resolução descontou ao valor pago ao Novo Banco a remuneração variável dos gestores, tendo por isso pago 1.035 milhões de euros em vez dos 1.037 milhões de euros pedidos pelo banco.

O Novo Banco foi criado em agosto de 2014 na resolução do Banco Espírito Santo (BES). Em 2017, aquando da venda de 75% do banco à Lone Star, foi criado um mecanismo de capitalização contingente, pelo qual o Fundo de Resolução se comprometeu a, até 2026, cobrir perdas com ativos ‘tóxicos’ com que o Novo Banco ficou do BES até 3.890 milhões de euros.

O Novo Banco já consumiu 2.976 milhões de euros de dinheiro público e, pelo contrato, pode ir buscar mais 914 milhões de euros.

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Lusíadas Saúde desiste de concorrer à PPP de Cascais porque proposta do Estado “não garante sustentabilidade financeira”

O grupo sinaliza que, segundo as projeções realizadas para a proposta do Estado, existiria a "ocorrência de prejuízos crescentes, a partir de 2023, em todos os anos subsequentes da concessão".

A Lusíadas Saúde não vai participar no novo concurso para a Parceria Público-Privada (PPP) no Hospital de Cascais. O grupo, responsável pela gestão deste hospital nos últimos anos, sinaliza que “tinha interesse em concorrer”, mas a “proposta apresentada pelo Estado não garante a sustentabilidade financeira do projeto”.

“O grupo consultou várias entidades para preparar a sua candidatura e todas concluíram que a proposta apresentada pelo Estado não garante a sustentabilidade financeira do projeto“, adianta a Lusíadas Saúde, em comunicado. O contrato de gestão com a Lusíadas Saúde no Hospital de Cascais terminava em 2018, mas foi prorrogado por até três anos para dar tempo para realizar um novo concurso, que estava atrasado.

Segundo os estudos e projeções realizados para o grupo, “as condições propostas não cobrem a estrutura de custos prevista, prevendo-se a ocorrência de prejuízos crescentes, a partir de 2023, em todos os anos subsequentes da concessão, não sendo possível atingir a sustentabilidade da operação em nenhuma das situações simuladas”.

A Lusíadas “tinha interesse em concorrer, e em continuar o projeto, mas tendo em consideração as condicionantes do modelo proposto, no presente concurso, não conseguimos construir uma proposta sustentável que assegure a qualidade e excelência de cuidados que pautam a atuação do grupo“, salienta Vasco Antunes Pereira, CEO do Grupo Lusíadas, citado em comunicado.

O grupo tinha adiantado ao ECO em janeiro que estava no processo de concurso para esta PPP, encontrando-se “em fase de análise detalhada dos termos e condições expostos”. Depois desta análise, a opção acabou por ser de não participar no concurso, decisão que foi comunicada esta quarta-feira ao Governo.

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António Alves da Fonseca reforça equipa da PRA

A PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados integrou na equipa António Alves da Fonseca, que assume o cargo de of counsel na sociedade.

A sociedade de advogados PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados reforçou a equipa do escritório do Porto com a integração do novo of counsel, António Alves da Fonseca. O novo reforço desempenhou o cargo de Head of Business Legal da Capwatt (Grupo Sonae Capital), tendo-se dedicado ao setor da energia.

“Esta é uma oportunidade de crescimento, tanto para a PRA como para mim, que me permitirá focar no setor da energia, pôr a uso a expertise que fui adquirindo ao longo da minha experiência profissional e, deste modo, ajudar a aprofundar e enriquecer o corpo de conhecimento do escritório neste domínio”, nota António Alves da Fonseca.

Miguel Miranda, presidente da Comissão Executiva da PRA, refere que através desta integração e em especial por via da “vasta experiência e profundo conhecimento” de António Alves da Fonseca, a PRA vai reforçar a sua atuação nas áreas das energias renováveis e da sustentabilidade climática, as quais “constituem setores estratégicos para os serviços jurídicos na próxima década”.

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Empresas com I&D têm mais um mês para recuperar parte do investimento através do IRC

Prazo para as empresas com atividades em Investigação & Desenvolvimento se candidatarem aos incentivos fiscais do Sifide foi prorrogado por um mês.

O Governo prolongou o prazo para as empresas com atividades em investigação e desenvolvimento (I&D) recuperarem parte desse investimento através da dedução à coleta de IRC, por um mês. As candidaturas relativas ao exercício fiscal de 2020 podem agora ser submetidas até ao dia 30 de junho de 2021.

As candidaturas ao Sistema de Incentivos Fiscais à atividade de Investigação & Desenvolvimento Empresarial (Sifide) podem assim ser submetidas até ao final do sexto mês do ano seguinte ao do período de 2020, sem quaisquer acréscimos ou penalidades, segundo adianta a Agência Nacional de Inovação.

O prolongamento do prazo de candidaturas ao SIFIDE foi determinado através de um despacho conjunto do Ministério da Economia e Transição Digital, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e do Ministério das Finanças.

Podem candidatar-se a este sistema todos os sujeitos passivos de IRC que exerçam, a título principal, uma atividade de natureza agrícola, industrial, comercial e de serviços, desde que o lucro tributável não seja determinado por métodos indiretos e que não sejam devedores à Autoridade Tributária e à Segurança Social.

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Governo adia concurso do lítio para o final de 2021

Uma das razões prende-se com o facto de a Lei das Minas só ter sido promulgada agora, a 2 de maio, sete meses depois de ter sido aprovada em Conselho de Ministros a 14 de outubro. 

O concurso para atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de lítio em oito áreas de exploração, que o Governo anunciou que iria lançar entre julho e setembro deste ano, vai resvalar alguns meses, para o final de 2021. Uma das razões prende-se com o facto de a Lei das Minas só ter sido promulgada agora, a 2 de maio, sete meses depois de ter sido aprovada em Conselho de Ministros a 14 de outubro.

Apesar do adiamento, não é certo ainda que exista já a possibilidade do concurso de lítio ficar adiado para o início de 2022, sabe o ECO/Capital Verde.

Isto depois do ministro do Ambiente e da Ação Climática, Matos Fernandes, ter revelado esta quarta-feira que o estudo estratégico de impacto ambiental para a atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de lítio, em oito áreas do país, vai ser publicado até ao mês de novembro, e não em abril, como inicialmente previsto.

Numa intervenção na abertura da Conferência de Alto Nível “Green Mining”, da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, o ministro disse que o concurso para a atribuição de direitos de exploração mineira adicionais de lítio em Portugal aguarda o estudo ambiental “que está em andamento e deve ser publicado até novembro deste ano”.

No início de fevereiro, foi publicado um despacho do Governo (com data de 2 de novembro) que definiu a realização daquela avaliação ambiental, antes de ser lançado o concurso para a atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de depósitos de lítio em oito áreas (em vez de 11 da lista inicial) e deu à Direção Geral de Energia e Geologia cinco meses para terminar essa avaliação (ou seja, até 2 de abril).

Um prazo que veio a revelar-se insuficiente devido não só à demora de vários meses na promulgação da Lei das Minas (aprovada em Conselho de Ministros a 14 de outubro e promulgada apenas no passado domingo, 2 de maio), mas também à complexidade de todo o processo de estudo estratégico de impacto ambiental.

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Marcelo Rebelo de Sousa e os bónus no Novo Banco: “Portugueses estão atentos”

Presidente diz que quem toma decisões em instituições privadas, que têm recebido apoios públicos, deve ter em conta as implicações das suas decisões. Marcelo falava dos bónus no Novo Banco.

Questionado sobre a polémica em torno dos bónus do Novo Banco, o Presidente da República disse que os portugueses “estão atentos” ao banco e que quem toma decisões deve ter em conta essas implicações. E disse esperar bom senso.

“Quem direta ou indiretamente tem alguma coisa a ver com garantias públicas, que é uma forma que ainda que remota de compromisso do Estado, ou seja, dos cidadãos, deve ter presente isso nas suas decisões. Deve ter presente que, mesmo quando se trata de instituições privadas, que não são públicas elas próprias, mas que de alguma maneira têm a ver com decisões públicas, que pensem que há essas decisões públicas e que todos os cidadãos portugueses estão atentos àquilo que implica decisões públicas. Faz parte do bom senso universal, espera-se isso das pessoas”, disse Marcelo Rebelo de Sousa em declarações transmitidas pela TVI 24.

De acordo com o relatório e contas do Novo Banco, “para o ano de 2020, a remuneração variável foi atribuída condicionalmente, sujeita à verificação de condições diversas, de 1,860 milhões de euros aos membros do conselho de administração executivo”. Estes prémios só vão ser pagos após o fim do período de reestruturação do banco, que termina em 31 de dezembro de 2021. O banco diz que “esta atribuição não deu origem a direitos adquiridos e nenhum pagamento foi realizado a estes membros”. Ou seja, os bónus podem ser mais baixos ou poderá nem haver lugar a eles.

Em todo o caso, o Novo Banco já teve de criar a provisão de 1,86 milhões de euros por conta desta responsabilidade futura, o que teve impacto nas contas da instituição e no pedido que fez ao Fundo de Resolução. Razão pela qual o fundo vai cortar este valor no cheque que deverá seguir dentro de dias, conforme já anunciou publicamente.

Também o Governo e o Banco de Portugal comentaram o tema. O Ministério das Finanças disse tratar-se de uma “prática não adequada”, enquanto Mário Centeno considerou que “não é uma boa ideia” pagar prémios.

O Novo Banco já recebeu cerca de 3.000 milhões de euros de injeções do Fundo de Resolução ao abrigo do mecanismo de capital contingente e fez novo pedido este ano de cerca de 600 milhões. Contudo, o Fundo de Resolução só deverá transferir 430 milhões de euros pois há um montante de 166 milhões, relacionados com provisões relativas à descontinuação da operação em Espanha, que não devem ser pagos.

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ActiveCap ajuda portuguesa Firmo a comprar Staples Portugal

A sociedade gestora de fundos de capital de risco vai ajudar a portuguesa Firmo a adquirir a Staples Portugal, que conta com 34 lojas no país.

A ActiveCap, sociedade gestora de fundos de capital de risco, concluiu um investimento para ajudar a portuguesa Firmo a comprar a Staples Portugal, revela o fundo em comunicado.

O fundo não revela os valores do investimento, apenas destaca que a “transação pressupõe a entrada de capitais próprios e permitirá à sociedade concretizar a aquisição da Staples Portugal, que detém atualmente 34 lojas físicas e canal online, o que dará origem a um grupo português de papelaria e material de escritório com vendas anuais próximas dos 100 milhões de euros”.

Rui Carvalho, CEO da Firmo, explica que estão “muito entusiasmados com esta operação, uma vez que trará uma importante complementaridade aos negócios da Firmo. A Firmo manterá o seu foco no fabrico e distribuição como grossista. Paralelamente, a Staples vai beneficiar de importantes sinergias, mantendo a sua posição de liderança no mercado com uma perspetiva de crescimento”.

O fundo ActiveCap I – Portugal Growth Fund dedica-se ao financiamento de projetos de expansão e otimização de empresas nacionais, através da subscrição de instrumentos de capital que permitam o reforço da estrutura financeira das empresas selecionadas.

“O fundo ActiveCap I – PGF é um instrumento catalisador do potencial de crescimento das empresas, capacitando estas em concretizar projetos e ambições de crescimento de dimensão Europeia e Global. A Firmo é um excelente exemplo desta ambição, à qual nos associámos com os respetivos promotores e equipa de gestão com igual empenho”, considera Pedro Correia da Silva, managing partner da ActiveCap.

Para o managing partner da ActiveCap, João Ferreira Marques, este investimento é um motivo de “orgulho, por tratar-se do apoio a uma empresa portuguesa na aquisição de um forte nome internacional e para o qual temos grandes expectativas”, conclui.

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Covid-19: Portugal quer acordo com PE sobre certificado verde digital no “final de maio”

  • Lusa
  • 5 Maio 2021

"Se queremos que o turismo ainda seja uma fonte de reanimação da economia já neste verão, é essencial que possamos dispor deste certificado", defende António Costa.

O primeiro-ministro, António Costa, espera alcançar um “acordo final com o Parlamento Europeu” sobre o livre-trânsito digital no final de maio, data “fundamental” para que o “turismo possa ser uma fonte de reanimação da economia este verão”.

“A nossa expectativa, e esperamos não ser excessivamente otimistas, é que possamos ter um acordo final com o Parlamento Europeu (PE) no final de maio, e é fundamental que assim seja porque, se queremos que o turismo ainda seja uma fonte de reanimação da economia já neste verão, é essencial que possamos dispor deste certificado”, afirmou António Costa.

Intervindo, por videoconferência, num debate com o Comité das Regiões, o presidente em exercício do Conselho da União Europeia informou que, após a primeira ronda de negociações interinstitucionais sobre o certificado esta segunda-feira, o “próximo trílogo está marcado para a próxima terça-feira”.

“Como devem imaginar, um país onde o turismo tem o peso na economia que tem em Portugal, obviamente que para nós isto tem sido uma prioridade”, afirmou o primeiro-ministro.

Além da importância para permitir reanimar a economia europeia, António Costa afirmou ainda que um acordo rápido entre as instituições também servirá para “garantir” que os “cidadãos que, ou já ganharam imunização natural porque contraíram a doença ou já adquiriram imunidade por via da vacinação, ou que testam nas 72 horas anteriores e têm testes negativos”, possam “retomar a liberdade de circulação, que é uma marca fundamental” da União Europeia (UE).

A presidência portuguesa do Conselho da UE e a equipa de negociação do Parlamento Europeu iniciaram na segunda-feira as negociações sobre o certificado verde digital, após os eurodeputados terem adotado, na quinta-feira passada, uma posição para as negociações.

Em causa está a proposta legislativa apresentada pelo executivo comunitário em meados de março para a criação de um certificado digital para comprovar a vacinação, testagem ou recuperação da covid-19, um documento bilingue e com um código QR que deve entrar em vigor até junho para permitir a retoma da livre circulação na UE no verão.

Em meados de abril, os Estados-membros da UE aprovaram um mandato para a presidência portuguesa do Conselho negociar com o Parlamento Europeu a proposta de implementação deste certificado verde digital.

A ambição da presidência portuguesa é chegar a um acordo com o Parlamento Europeu em maio, de forma a garantir que o certificado verde digital pode entrar em funcionamento em junho.

A ideia da Comissão Europeia é que este livre-trânsito funcione de forma semelhante a um cartão de embarque para viagens, em formato digital e/ou papel, com um código QR para ser facilmente lido por dispositivos eletrónicos e que seja disponibilizado gratuitamente, na língua nacional do cidadão e em inglês.

Ainda assim, caberá aos Estados-membros decidir o uso a dar a este certificado, isto é, se perante tal documento aceitam levantar restrições às viagens, como mais testagem e quarentena.

Os setores do turismo e das viagens representam cerca de 10% do PIB europeu.

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Wall Street recupera e começa o dia em terreno positivo

Empresas responsáveis pelas vacinas contra a Covid-19 valorizam depois de Biden dizer que queria vacinar 70% dos adultos até ao 4 de julho. Facebook sobe 0,2% após manter expulsão de Trump.

Wall Street começa o dia em alta, com os três principais índices a registarem ganhos na abertura desta quarta-feira, o que representa uma recuperação face ao dia negativo que assolou o mercado na terça-feira.

O Dow Jones abre o dia com um aumento de 0,21% face ao fecho de terça-feira. Este foi o único índice que fechou e terreno positivo, ainda que por uma pequena margem. Os restantes índices começam o dia a recuperar da queda de terça-feira: o S&P abre com ganhos de 0,46% e o Nasdaq sobe 0,71%.

Sete dos 11 principais setores do S&P registam ganhos, porém os maiores destaques vão para tecnologia e energia com aumentos de 0,95% e 0,92% respetivamente.

As empresas responsáveis pelas vacinas contra a Covid-19 seguem em terreno positivo (Moderna +0,7%, Pfizer +1,5%; Johnson&Johnson +0,18%) depois do Presidente Biden ter anunciado que queria vacinar 70% dos adultos até ao feriado nacional americano 4 de julho.

No Nasdaq assiste-se a uma recuperação das grandes empresas de tecnologia, como a Apple, Amazon e Microsoft. Também o Facebook sobe 0,2% depois do Conselho de Supervisão ter decidido que o ex-Presidente dos EUA continuaria expulso da rede social.

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Rali de Portugal vai poder ter público

  • Lusa
  • 5 Maio 2021

A edição deste ano do Rali de Portugal vai poder contar com a presença de público. Evento realiza-se entre 21 e 23 de maio na zona Centro e no Norte.

A edição de 2021 do Rali de Portugal, entre 21 e 23 de maio, vai poder realizar-se com a presença de público, confirmou esta quarta-feira à agência Lusa a organização da etapa portuguesa do Mundial de ralis.

Também esta quarta-feira, em Fafe, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde disse esperar que a prova se possa realizar com público, reforçando a confiança nas entidades de saúde, que já autorizaram a presença de espetadores no evento.

Tenho grande confiança nos nossos organismos, nomeadamente na Direção-Geral da Saúde [DGS] e na comissão técnica dos eventos de massa. A informação que tenho é que deu um parecer favorável para o Rali de Portugal”, afirmou aos jornalistas.

Em Fafe, concelho do distrito de Braga onde se disputam várias classificativas da prova pontuável para o Mundial de ralis, Lacerda Sales admitiu que se trata de “um evento com algumas características muito específicas, porque é muito difícil controlar as questões de público”.

Lacerda Sales sublinhou que foi pedido “às forças de segurança que pudessem, dentro das suas possibilidades, tentar controlar este afluxo”.

O Rali de Portugal vai ser disputado entre 21 e 23 de maio, na zona centro, com classificativas em Lousã, Góis e Arganil, e norte, em Lousada, Vieira do Minho, Cabeceiras de Basto, Amarante, Porto, Felgueiras e Fafe.

Desde a declaração de pandemia de Covid-19, a maioria dos eventos desportivos, mesmo os que são realizados ao ar livre, têm decorrido sem espetadores.

Nesse sentido, o governante deixou uma “mensagem às pessoas, à consciência individual e coletiva, para que cumpram as diretrizes da DGS para que o rali se possa concretizar nas medidas de segurança ditadas pelas autoridades de saúde”.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) reconheceu como inevitável a presença de público no Rali de Portugal, reiterando a necessidade de prevenir a infeção pelo novo coronavírus, de acordo com o parecer a que a Lusa teve hoje acesso.

O Rali de Portugal “é um evento desportivo de reconhecido impacto, inevitavelmente acompanhado de um número significativo de adeptos que, não obstante as restrições, estarão dispostos a correr riscos de saúde e legais para poder assistir ao evento”, admitiu a DGS.

No documento, que autoriza a realização da etapa portuguesa do Mundial de ralis, em vários concelhos do centro e norte do país, as autoridades de saúde defendem a aplicação do “princípio da precaução”, para o “melhor interesse da saúde pública”.

“A organização deve sensibilizar a população para o risco que a presença de público configura no contexto atual. Assim, deve ser assegurada a articulação com as forças de segurança territorialmente competentes para que seja realizado o necessário controlo de aproximação de público às zonas limítrofes da competição desportiva. A organização deve encetar todos os esforços para evitar e dissuadir a presença de público, de forma não controlada”, lê-se ainda no parecer.

 

(Notícia atualizada às 17h43 com o parecer da DGS)

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Parlamento discute alterações às regras do teletrabalho. Acompanhe em direto

  • ECO
  • 5 Maio 2021

Os partidos com assento parlamentar apresentaram uma dezena de projetos de lei para alterar as regras do teletrabalho. Diplomas são discutidas esta tarde e deverão baixar à especialidade sem votação.

O teletrabalho é hoje de adoção obrigatória, mas dizem os especialistas que, mesmo depois da crise pandémica se tornar uma memória, deverá manter-se como opção frequentemente adotada por trabalhadores e empregadores. Com os olhos nesse futuro, os partidos apresentaram projetos de lei para mudar o que diz o Código do Trabalho sobre esta modalidade, esclarecendo algumas das questões mais polémicas, como as despesas, o direito a desligar e os acidentes de trabalho.

Acompanhe aqui em direto a discussão parlamentar dessa dezena de projetos de lei. No final do debate, os diplomas deverão baixar à especialidade sem votação, já que a maioria dos partidos já disseram estar a favor (PS, PSD, CDS, Verdes e deputada não inscrita Cristina Rodrigues).

 

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