Prémios à gestão do NB “vão ser deduzidos da injeção do Fundo de Resolução”, diz Centeno

O governador do Banco de Portugal disse que os prémios para a gestão do Novo Banco vão ser deduzidos da injeção do Fundo de Resolução, tal como no ano passado.

Mário Centeno disse esta quarta-feira que “o valor destinado a prémios no Novo Banco este ano vai ser deduzido ao valor da chamada de capital” a ser realizada pelo Fundo de Resolução, tal como ano passado. Em causa estão os 1,86 milhões de euros de prémios diferidos que o banco pagará à administração liderada por António Ramalho em 2022. “Não é uma boa ideia“, disse o governador do Banco de Portugal na conferência de imprensa de apresentação do boletim económico de maio.

“Nesse sentido, o Fundo de Resolução e o Banco de Portugal, que não são a mesma coisa, são contrários à determinação deste pagamento num momento em que o Novo Banco deve preservar o seu capital para o apoio à economia“, afirmou o ex-ministro das Finanças, referindo que essa “deveria ser a atitude” do banco detido pela Lone Star.

Contudo, Centeno ressalvou que a “a política de remunerações é da exclusiva competência de cada banco” e que “à escala nacional e internacional houve bancos com atitudes semelhantes e outros bancos com atitudes em sentido contrário”. Além disso, o governador do Banco de Portugal disse ser “desejável” o sistema bancário consiga captar os “melhores quadros profissionais” e, por isso, “deve manter políticas de remuneração que sejam compatíveis com esse desejo”.

"O Fundo de Resolução e o Banco de Portugal, que não são a mesma coisa, são contrários à determinação deste pagamento [de bónus à gestão] num momento em que o Novo Banco deve preservar o seu capital para o apoio à economia.”

Mário Centeno

Governador do Banco de Portugal

“Mas decisões desta natureza, dentro das regras existentes, devem escolher o momento adequado para serem tomadas e esta natureza de remuneração tem um caráter diferido no tempo muito significativo”, acrescentou, assinalando que mais valia esperar por termos toda a informação sobre a realidade financeira para o fazer”. Isto é, o Novo Banco deveria ter esperado por 2022, ano de conclusão da reestruturação do banco e em que os bónus serão distribuídos, para decidir a sua atribuição à gestão.

Esta posição está em linha com o que defende o Ministério das Finanças: “O Ministério das Finanças continua a considerar que não é adequada a prática de atribuição de prémios de gestão do Novo Banco. Assim, o Ministério das Finanças acredita que o Fundo de Resolução atuará em conformidade com as decisões tomadas no ano anterior no contexto da verificação dos pressupostos inerentes ao cumprimento dos compromissos contratuais existentes”, respondeu o ministério liderado por João Leão ao ECO.

O Fundo de Resolução, entidade responsável por fazer as injeções, confirmou também que o valor do bónus será descontado, tal como teve oportunidade de informar o banco na assembleia geral de 6 de abril. “O Fundo de Resolução atuará em coerência com os critérios e os fundamentos das decisões que a este respeito tomou no ano anterior. Consequentemente, os montantes em causa serão deduzidos ao valor solicitado pelo Novo Banco nos termos do acordo de capitalização contingente, conforme, aliás, declarado pelo Fundo de Resolução na assembleia geral do Novo Banco realizada em 6 de abril do corrente ano“.

A gestão do Novo Banco está impedida, devido aos compromissos assumidos com Bruxelas, de receber prémios e bónus até 2021, mas pode atribuir estes bónus. É isso que acontece com base nas contas de 2020, mas também já se registou em 2019.

Já no ano passado Mário Centeno tinha dito no Parlamento que, enquanto governador do Banco de Portugal, não via com bons olhos a decisão do Novo Banco de fazer este pagamento. “Atendendo a que em 2020 se registou uma muito significativa injeção de capital no Novo Banco, não vemos como adequada esta prática em 2020”, disse em 2020.

De acordo com o relatório e contas do Novo Banco, “para o ano de 2020, a remuneração variável foi atribuída condicionalmente, sujeita à verificação de condições diversas, de 1,860 milhões de euros aos membros do conselho de administração executivo“.

Estes prémios só vão ser pagos após o fim do período de reestruturação do banco, que termina em 31 de dezembro de 2021. O banco diz que “esta atribuição não deu origem a direitos adquiridos e nenhum pagamento foi realizado a estes membros”. Ou seja, os bónus podem ser mais baixos ou poderá nem haver lugar a eles.

Em todo o caso, o Novo Banco já teve de criar a provisão de 1,86 milhões de euros por conta desta responsabilidade futura, o que teve impacto nas contas da instituição e no pedido que fez ao Fundo de Resolução. Razão pela qual o fundo vai cortar este valor no cheque que deverá seguir dentro de dias.

(Notícia atualizada às 15h13 com resposta do Fundo de Resolução)

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Investimento de 40 milhões faz nascer 65 apartamentos de luxo no coração de Lisboa

O projeto residencial, na Avenida João XXI, será composto por sete pisos com 65 apartamentos e vai contar com a assinatura do arquiteto Eduardo Souto de Moura.

A Kronos Homes está a reforçar a presença em Portugal e vai investir 40 milhões de euros num projeto imobiliário no coração de Lisboa, na Avenida João XXI. O empreendimento chama-se “The One” e conta com a assinatura do arquiteto Eduardo Souto de Moura.

O edifício, localizado entre as Avenidas Novas e a Avenida de Roma, terá sete pisos com um total de 65 apartamentos, de tipologias T1 a T3, e contará ainda três pisos de garagem com 75 lugares e arrecadações, refere a promotora, em comunicado. Para além da área residencial, haverá ainda uma área comercial com capacidade para quatro lojas, ginásio e jardim.

The One é o lugar para quem quer ter mais tempo, mais espaço e estar mais perto dos pontos fortes da cidade de Lisboa. O nome transmite o seu caráter único, que se distingue pelas características diferenciadoras e pela localização. Reflete, também, a marca que queremos deixar em Portugal, o valor que queremos acrescentar através de empreendimentos de referência e qualidade”, refere Saïd Hejal, fundador e CEO da Kronos.

Eduardo Souto de Moura, arquiteto do projeto, explica o conceito arquitetónico: “Este é o primeiro projeto que vou executar de raiz em Lisboa. Praticamente só tenho trabalhado em restauros. O edifício, não sendo discordante ao sítio, também não é mimético com a envolvente, tem uma identidade própria, e tenta responder às questões energéticas também hoje fundamentais.”

Para o sócio da Kronos Homes em Portugal, Rui Meneses Ferreira, ter um projeto assinado pelo arquiteto Eduardo Souto de Moura é “um privilégio e um símbolo de excelência (…) É ainda o cumprir de um objetivo que tínhamos de poder contar com um arquiteto português premiado com o prémio Priztker num dos nossos projetos”, destaca.

A Kronos Homes está em Portugal desde o final de 2017 e este é o quarto projeto no país. A empresa é responsável pelo empreendimento residencial Distrikt, também em Lisboa, no Parque das Nações, e dois resorts no Algarve — o Palmares Ocean Living & Golfe o Amendoeira Golf Resort. Entre Espanha e Portugal, a promotora espanhola tem atualmente 24 projetos em curso.

 

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Governo prepara prolongamento das moratórias nos setores mais afetados

  • Lusa
  • 5 Maio 2021

O objetivo é “que as empresas não concentrem o seu ‘cash flow’ imediatamente no reembolso de dívidas”, apontou o ministro da Economia.

O Governo está a preparar uma solução para prolongar e assegurar “alguma carência” nas moratórias para os setores mais afetados pela pandemia, que deverá passar pela garantia de Estado a parte do crédito, anunciou esta quarta-feira o ministro da Economia.

Falando durante uma audição regimental na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, Pedro Siza Vieira adiantou que o modelo “deverá passar, designadamente, pela capacidade de o Estado poder garantir alguma parte do crédito que está sob moratória, para permitir estender os prazos de reembolso destes créditos e permitir, também, assegurar alguma carência”.

O objetivo, explicou, é “que as empresas não concentrem o seu ‘cash flow’ imediatamente no reembolso de dívidas”. Em causa estão empresas dos setores mais afetadas pela pandemia de covid-19, nomeadamente o alojamento, restauração, comércio a retalho e alguns segmentos da indústria transformadora.

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Bónus “não é adequado”. Finanças esperam que Fundo de Resolução corte 1,86 milhões ao cheque para o Novo Banco

Ministério das Finanças volta a criticar distribuição de prémios diferidos no Novo Banco. E espera que Fundo de Resolução subtraia o bónus de 1,86 milhões quando passar o cheque ao banco.

O Novo Banco voltou a atribuir prémios diferidos à administração no valor de 1,86 milhões de euros. O Ministério das Finanças considera que “não é adequado” que o banco proceda à distribuição dos bónus. E espera que o Fundo de Resolução subtraia esse valor quando chegar a hora de transferir dinheiro para a instituição.

“O Ministério das Finanças continua a considerar que não é adequada a prática de atribuição de prémios de gestão do Novo Banco. Assim, o Ministério das Finanças acredita que o Fundo de Resolução atuará em conformidade com as decisões tomadas no ano anterior no contexto da verificação dos pressupostos inerentes ao cumprimento dos compromissos contratuais existentes”, responde o ministério liderado por João Leão ao ECO.

Ao mesmo tempo que as Finanças respondiam, o governador do Banco de Portugal também abordava o tema no Museu do Dinheiro, onde apresentava o boletim económico de maio. Em sintonia, Mário Centeno já respondeu afirmativamente ao repto do Governo: “O valor destinado a prémios no Novo Banco este ano vai ser deduzido ao valor da chamada de capital” a ser realizada pelo Fundo de Resolução.

De acordo com o relatório e contas do Novo Banco, “para o ano de 2020, a remuneração variável foi atribuída condicionalmente, sujeita à verificação de condições diversas, de 1,860 milhões de euros aos membros do conselho de administração executivo”.

Estes prémios só vão ser pagos após o fim do período de reestruturação do banco, que termina em 31 de dezembro de 2021. O banco diz que “esta atribuição não deu origem a direitos adquiridos e nenhum pagamento foi realizado a estes membros”. Ou seja, os bónus podem ser mais baixos ou poderá nem haver lugar a eles.

Em todo o caso, o Novo Banco já teve de criar a provisão de 1,86 milhões de euros por conta desta responsabilidade futura, o que teve impacto nas contas da instituição e no pedido que fez ao Fundo de Resolução. Razão pela qual o fundo vai cortar este valor no cheque que deverá seguir dentro de dias.

Não se sabe ainda qual o valor que irá ser transferido para o Novo Banco ao abrigo do mecanismo de capital contingente. O banco pediu uma compensação de cerca de 600 milhões de euros. Contudo, o Fundo de Resolução só deverá transferir 430 milhões de euros pois há um montante de 166 milhões relacionados com provisões relativas à descontinuação da operação em Espanha que não devem ser pagos.

Este episódio não é novo. Já no ano passado o Novo Banco havia atribuído quase dois milhões em prémios diferidos à administração. Na sequência disso, o Fundo de Resolução também deduziu esse valor do cheque que seguiu para o banco.

(Notícia atualizada às 13h31)

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VTEX abre escritórios em Lisboa. Está à procura de quadros médios e superiores para equipa local

Lisboa torna-se a quarta cidade na Europa a acolher as instalações da empresa, juntamente com Londres, Barcelona, Milão e Roménia.

A VTEX, multinacional de tecnologia responsável pela plataforma de comércio colaborativo totalmente integrada, acaba de anunciar a abertura do seu primeiro escritório em Portugal. Lisboa torna-se, assim, a quarta cidade na Europa a acolher as instalações da empresa, juntamente com Londres, Barcelona, Milão e Roménia, avança a empresa em comunicado.

O unicórnio avaliado em 1.7 mil milhões de dólares pretende contratar novos colaboradores de quadros médios e superiores até final do ano. “Product managers, product designers, software engineers e engineering managers são o público-alvo da equipa local”, pode ler-se. Os interessados devem consultar as vagas disponíveis através do site da empresa.

A equipa de Portugal ficará responsável pelo catálogo, “um dos primeiros módulos a ser desenvolvido pela VTEX e considerado o coração do e-commerce”. A equipa local terá o desafio de manter o catálogo competitivo com as novas tecnologias e os novos desafios de negócio dos clientes, ao mesmo tempo que mantém o existente a funcionar.

Com o objetivo de ajudar os clientes a gerirem as suas lojas online, descomplicando e agilizando processos, a plataforma conta, atualmente, com mais de 2.500 lojas online ativas, em 32 países, oferecendo um sistema de comércio unificado, capaz de ligar as lojas físicas com os dados do e-commerce, retalhistas e os seus fornecedores, entre milhares de outras conexões. Isto com o “intuito de melhorar as experiências de compras, ajudando as marcas a manterem-se relevantes para os seus consumidores”.

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Percentagem de 70% para imunidade de grupo pode ser revista, diz Comissão Técnica

  • Lusa
  • 5 Maio 2021

Luis Graça admitiu esta quarta-feira que a admitiu que a percentagem de 70% para se conseguir a imunidade de grupo pode ser revista, de acordo com as incertezas sobre a doença.

O especialista da Comissão Técnica de Vacinação Contra a Covid-19 Luis Graça admitiu esta quarta-feira que a percentagem de 70% para se conseguir a imunidade de grupo pode ser revista, de acordo com as incertezas sobre a doença.

A percentagem estimada em 70% [para atingir a imunidade de grupo] tem por base a transmissão do vírus e extrapolações com base no conhecimento de outras infeções virais e de outras estratégias de vacinação“, afirmou Luis Graça, sublinhando que tal cálculo “depende de vários parâmetros”.

“As vacinas são mais eficazes em evitar a doença grave do que a infeção. Contudo, conseguem impedir a infeção e, por isso, conseguem alcançar a imunidade”, afirmou o médico imunologista e professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que falava durante a audição da Comissão Técnica de Vacinação Contra a Covid-19 na Comissão Parlamentar de Saúde, que decorreu esta quarta-feira de manhã.

Luís Graça disse também que há estudos ainda em curso sobre a percentagem de imunidade necessária e sobre o impacto das vacinas na transmissão global da infeção. “Setenta por cento é uma boa estimativa, com base nos dados conhecidos até à data, mas pode ser revista, de acordo com as incertezas”, acrescentou.

Sobre as diversas variantes do vírus, diz que é algo que a comissão técnica “tem acompanhado com atenção”, acrescentando que têm sido feitos estudos, nomeadamente estudos in vitro’ para demonstrar a eficácia das vacinas nas variantes identificadas até agora.

“Todas [as vacinas] conseguem conferir alguma proteção contra as variantes identificadas até agora, mas é uma questão que tem de ser acompanhada ao longo do tempo. Não há uma resposta final”, afirmou.

Sobre o esquema vacinal a adotar no futuro, sobretudo em alguns grupos populacionais de maior risco, o médico pediatra José Gonçalo Marques, coordenador-adjunto da comissão técnica, disse que “ainda não está definido se vão ser precisas mais doses”, admitindo que em algumas imunodeficiências a resposta do organismo pode precisar de uma terceira dose.

Há grupos de idosos, por exemplo, em que a resposta é menos duradoura, mas ainda não está definido“, acrescentou.

O objetivo último é “prevenir a morte e doença grave” e “ainda não se sabe qual é o título de anticorpos que nos dá essa confiança”, disse o especialista.

A este respeito, sublinhou que as situações “vão sendo adaptadas” à medida da evolução da pandemia, insistindo que há ainda estudos em curso, de que a comissão técnica espera ter resultados “até final do verão”.

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Goldman Sachs quer trabalhadores dos EUA e do Reino Unido de volta aos escritórios já em junho

Solomon comunicou aos colaboradores do banco que, no caso dos Estados Unidos, o regresso deverá acontecer a 14 de junho e, no Reino Unido, apenas alguns dias depois, a 21 de junho.

O CEO do Goldman Sachs, David Solomon, comunicou aos colaboradores dos Estados Unidos e do Reino Unido que o banco quer que regressem aos escritórios já em junho, uma medida que surge na sequência da diminuição do número de casos de Covid-19 nessas regiões.

“Nos EUA, pedimos àqueles que ainda não o fizeram que façam planos para estarem em condições de regressar ao escritório segunda-feira, dia 14 de junho”, escreveu Solomon numa mensagem a que a CNBC teve acesso. Esta decisão faz do banco com sede em Nova Iorque um dos principais de Wall Street a chamar os funcionários de volta para o local de trabalho.

Ainda nessa mesma mensagem, também assinada pelo chief operating officer, John Waldron, e pelo chief financial officer, Stephen Scherr, os responsáveis garantem que cada equipa seguirá instruções específicas no regresso ao escritório, salientando a “eficácia dos protocolos de saúde e segurança” implementados para proteger os trabalhadores.

“Sabemos, por experiência, que a nossa cultura de colaboração, inovação e aprendizagem prospera quando as nossas pessoas se reúnem, e esperamos ter mais colegas de volta ao escritório para que possam experimentar isso novamente”, dizem nessa comunicação.

Já, de acordo com a CNBS, no Reino Unido, o Goldman Sachs convocará os seus colaboradores a regressarem ao escritório apenas uns dias mais tarde, a 21 de junho.

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Rupert Symington, CEO da Symington Family Estates, vence prémio internacionalização

  • ECO + EY
  • 5 Maio 2021

Rupert Symington, CEO da produtora de vinhos do Symington Family Estates, foi distinguido com o prémio Internacional na 8ª edição do EY Entrepreneur of The Year.

Rupert Symington nasce na quarta geração de uma família de origem britânica e portuguesa, que mantém um profundo compromisso com o povo de Portugal, as suas terras e os seus vinhos, e junta-se ao negócio da família, prosseguindo a tradição iniciada em 1882. O atual CEO da Symington, aceitou, em 1992, o desafio proposto pelo seu pai e ingressou na empresa depois de uma longa carreira de estudos e dedicação, a ganhar experiência à volta do mundo.

Rupert Symington tornou se CEO da Symington Family Estates (SFE) em janeiro de 2019, sendo que, no novo cargo, manteve a responsabilidade pelas vendas nos EUA e estaria ainda mais envolvido em todas as áreas de negócio da empresa, com especial enfoque na estratégia e finanças da produtora de vinhos. Rupert orgulha se de fazer parte da geração que presidiu a um período de sucesso contínuo e que levou a empresa a tornar-se um dos líderes mundiais na produção de vinhos do Porto premium, para além de ser pioneira na popularidade dos vinhos DOC Douro e de tomar a dianteira no enoturismo em Gaia e no Douro.

Rupert Symington foi um dos cinco finalistas da 8ª edição do EY Entrepreneur of The Year, que pretende distinguir empresários criativos, projetos, visão e sucesso das empresas, tendo vencido o prémio Internacionalização. O que representa este prémio para o empresário? “O nosso produto primário não se pode produzir noutro lugar, é um vinho português, e lá fora a imagem de Portugal em termos de vinhos não é a melhor. O meu desafio nos últimos 20 anos foi o de tentar criar valor na imagem portuguesa”, refere Symington. “Estou a nove anos do fim da carreira e a minha preocupação é ter pessoas mais novas e tentar passar-lhes este espírito de empreendedorismo (…). É tão importante ter essa tradição e incentivar as pessoas a pensar mais no futuro!”, adianta.

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Bruxelas cria lei para investigar fundos estrangeiros antes de entrarem em empresas da UE

  • Lusa
  • 5 Maio 2021

A Comissão Europeia propôs a criação de um regulamento para evitar interferências de subsídios estrangeiros no mercado único da União Europeia.

A Comissão Europeia propôs esta quarta-feira a criação de um regulamento para evitar interferências de subsídios estrangeiros no mercado único da União Europeia (UE), visando controlar a entrada destes fundos antes da compra e concentrações que envolvam empresas europeias.

“A proposta legislativa apresentada esta quarta-feira segue-se […] a um extenso processo de consulta com as partes interessadas e tem como objetivo colmatar a lacuna regulamentar no mercado único, em que os subsídios concedidos por governos não comunitários não são atualmente controlados, enquanto que os subsídios concedidos pelos Estados-membros são sujeitos a um escrutínio rigoroso”, contextualiza o executivo comunitário numa informação hoje divulgada.

Por essa razão, “o novo instrumento foi concebido para combater eficazmente os subsídios estrangeiros que causam distorções e prejudicam a igualdade de condições de concorrência no mercado único em qualquer situação de mercado”, acrescenta a instituição.

Em concreto, o regulamento proposto esta quarta-feira – e que seguirá para apreciação do Parlamento Europeu e dos Estados-membros com vista à adoção de um texto final para ser aplicável em toda a UE – prevê que a Comissão Europeia tenha o poder de investigar contribuições financeiras concedidas pelas autoridades públicas de um país terceiro que beneficiam empresas que desenvolvem uma atividade económica na UE.

Em causa estão apoios dados por governos estrangeiros a empresas desses países que operam na UE, nomeadamente por potências como a China.

Estes subsídios estrangeiros podem assumir diferentes formas, como empréstimos com juros zero e outros financiamentos abaixo do custo, garantias ilimitadas do Estado, acordos de imposto zero ou subvenções financeiras diretas.

É esta situação que Bruxelas quer reverter, por considerar que as companhias europeias não estão em pé de igualdade em matéria de concorrência com outras que obtenham fundos estrangeiros.

Para tal, um dos instrumentos previstos neste regulamento é baseado na notificação para investigar concentrações que envolvam uma contribuição financeira de um governo não comunitário, em que o volume de negócios na UE da empresa a adquirir (ou de pelo menos uma das partes na concentração) seja igual ou superior a 500 milhões de euros e a contribuição financeira estrangeira seja de pelo menos 50 milhões de euros.

Está também definido um instrumento baseado na notificação para investigar propostas em concursos públicos que envolvam uma contribuição financeira de um governo não comunitário, em que o valor estimado da aquisição seja igual ou superior a 250 milhões de euros.

O regulamento prevê ainda um instrumento para investigar todas as outras situações de mercado e concentrações de menor dimensão e procedimentos de contratos públicos, procedimentos que a Comissão pode iniciar por iniciativa própria e solicitar notificações posteriores.

“Se a Comissão concluir que existe um subsídio estrangeiro e que este é distorcivo, considerará, quando justificado, os possíveis efeitos positivos do subsídio estrangeiro e equilibrará estes efeitos com os efeitos negativos provocados pela distorção. Quando os efeitos negativos superarem os efeitos positivos, a Comissão terá o poder de impor medidas corretivas ou aceitar compromissos das empresas”, explica ainda a instituição.

Em junho de 2020, o executivo comunitário apresentou uma proposta para reforçar as regras comunitárias aplicadas à entrada de capital de países terceiros na UE.

Este reforço das regras surge agora em forma de novo regulamento, numa altura em que ainda muitas empresas comunitárias enfrentam sérias dificuldades financeiras devido à pandemia de Covid-19.

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Centeno avisa que não se pode tornar permanentes medidas que “não vamos conseguir sustentar no futuro”

O governador do Banco de Portugal avisou esta quarta-feira que as medidas temporárias não podem tornar-se permanentes, correndo o risco de não se conseguir sustentá-las no futuro.

O governador do Banco de Portugal avisou esta quarta-feira que existe o risco de se “tornar permanente o que sempre foi temporário”. Na apresentação do boletim económico de maio, o qual reflete sobre o que aconteceu na economia portuguesa em 2020, Mário Centeno disse que “não podemos” correr esse risco porque essas são medidas “que depois não vamos conseguir sustentar no futuro”.

Em resposta aos jornalistas, o ex-ministro das Finanças recordou que a “a dívida pública aumentou muito em 2020”, mais do que na média da Zona Euro, e que “o endividamento das administrações públicas em Portugal é um tema que tem de ser levado muito a sério“. E é isso que justifica o porquê de Portugal não conseguir tornar permanente as medidas temporárias que introduziu durante a crise pandémica, explicou.

Para Centeno “as medidas [temporárias] devem ser mantidas enquanto o julgamento que é feito sobre a sua necessidade é mantido como positivo, [mas] depois devem ser retiradas“. Em causa estão medidas da “importância e da transcendência” como as que têm “impacto orçamental como o lay-off em que se prevê uma adaptação ao longo do tempo para o apoio à retoma”.

Mas este princípio também se aplica a medidas temporárias sem impacto direto no Orçamento do Estado, como é o caso da questão das moratórias, um tema que garante estar na “preocupação de todos e do Banco de Portugal”, referindo que está a desenvolver as respostas para o pós-moratórias. Esta é uma “medida claramente temporária e deve sofrer uma alteração para continuar a apoiar os setores que de forma exógena continuem limitados nessa altura”, argumentou o governador.

O ex-ministro das Finanças afirmou que “não podemos permitir que Portugal fique isolado no contexto europeu“, o que aconteceria caso houvesse um prolongamento das moratórias a nível nacional quando em vários países europeus estas já acabaram. Esta tem sido a ideia defendida por Centeno em intervenções anteriores sobre as moratórias, admitindo recentemente que há “decisões difíceis” a tomar no futuro próximo.

No início da sua intervenção, Mário Centeno classificou a crise de “temporária” e não “estrutural”, o que não aconteceu nas crises anteriores. O ex-governante diferenciou a situação que Portugal vivia antes desta crise e nos períodos anteriores a outras crises, argumentando que as empresas “eram viáveis e bem geridas” em 2019 e tinham maior capitalização e poupanças.

Numa mensagem geral de confiança face ao futuro, o também economista pediu que não se seja “derrotista” quando se olha para a economia portuguesa e citou os dados das exportações de bens, as quais já apresentaram um crescimento face a 2019 no início deste ano. “Este resultado em maio de 2020 não seria previsto por nenhum dos analistas”, disse, acrescentando que “devemos acreditar que no resto do tecido económico isso também vai acontecer”.

(Notícia atualizada às 12h32 com mais informação)

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Está lançada a primeira candidatura às eleições no Montepio

Grupo de associados incluindo Miguel Coelho, Ribeiro Mendes e Eugénio Rosa já pré-anunciou a candidatura às eleições do Montepio depois de mais um ano de prejuízos na mutualista.

Tal como o ECO avançou, um grupo de associados da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) que concorreram em listas separadas nas últimas eleições vai avançar com uma candidatura única às eleições de dezembro. A oficialização está por dias. Entre os membros está Miguel Coelho, antigo administrador da mutualista e que deverá encabeçar a candidatura, embora a lista ainda esteja em composição. Este grupo já tem marcada uma conferência para a próxima semana para discutir a situação do grupo e na qual poderá tornar a candidatura oficial.

Para já, há um pré-anúncio da candidatura do denominado grupo “Pelo futuro do Montepio”, o que acontece dois dias depois de a AMMG ter apresentado os resultados do ano passado, com prejuízos de 17,9 milhões de euros e mais reservas da parte dos auditores. Este é mesmo o pretexto para estes associados anunciarem a lista.

“O contínuo agravamento da crise financeira e de governo da AMMG torna cada vez mais difícil conceber e implantar soluções suscetíveis de a reparar sem que decorram graves e penosas consequências para a sua independência e para a situação dos seus associados e trabalhadores”, refere este grupo.

Acusando a atual administração de Virgílio Lima de “refugiar-se na negação irracional da crise” da mutualista e que não tem condições para enfrentar os “enormes riscos” que a instituição se confronta, estes associados dão assim o passo em frente na candidatura com vários objetivos, entre os quais, dotar o Montepio de “órgãos de gestão compostos por pessoas competentes e capazes” e desenvolver um “plano de saneamento da situação financeira”.

Este grupo de associados, que já agendou para o dia 12 uma conferência subordinada ao tema “Mutualismo: que futuro?”, tem vários nomes que fizeram parte ou apoiaram as listas da oposição a Tomás Correia nas últimas eleições. Além de Miguel Coelho, integram este grupo Fernando Ribeiro Mendes, Carlos Areal, Eugénio Rosa, Rui Leão Martinho ou Pedro Corte Real.

Não estão todos os nomes, notando-se as ausências deste grupo, por exemplo, de António Godinho e de João Costa Pinto, sendo que o primeiro encabeçou uma das listas concorrentes em 2018.

Resta saber quantas listas irão a concurso. Há três candidaturas em perspetiva, como o ECO avançou, sendo que a lista de Miguel Coelho acaba de oficializar a sua.

A candidatura de continuidade que emanará da atual administração e terá Virgílio Lima como cabeça-de-lista — Lima já tem a sua equipa pronta e da qual constará Idália Serrão e João Carvalho das Neves. A terceira alternativa poderá surgir do seio de um grupo de altos quadros do Montepio, havendo dois nomes a evidenciarem-se com mais força para assumirem maior protagonismo: Pedro Alves e Pedro Líbano Monteiro, presidentes da Montepio Crédito e da Montepio Valor.

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Um em cada três trabalhadores teme perder o emprego no próximo ano

Quase metade dos portugueses não tem receio de perder o emprego este ano. Já em 2022, o cenário é diferente, uma vez que 1 em cada 3 pessoas teme perder o posto de trabalho, de acordo com a Randstad.

O sentimento dos trabalhadores em Portugal é de estabilidade com quase metade (48%) a esperar não perder o emprego este ano, apesar do impacto da pandemia nas empresas. Ainda assim, relativamente a 2022, um terço dos colaboradores já sente alguma preocupação sobre a possibilidade de ficar desempregado, de acordo com o estudo realizado pela Randstad e divulgado esta terça-feira.

O estudo conclui que as mulheres (33%) estão mais preocupadas que os homens (27%) no que respeita a manter o posto de trabalho. Uma tendência que se aplica a 39% dos trabalhadores menos qualificados.

Em relação à área geográfica, os trabalhadores que vivem na zona de Lisboa estão um pouco menos preocupados em perder o emprego no próximo ano, à semelhança da geração mais velha (a partir dos 55 anos) que não têm receio de perder o posto de trabalho.

Este estudo, que analisa anualmente as principais tendências do mercado de trabalho, verificou que apenas 9% dos trabalhadores em Portugal mudaram de empregador nos últimos seis meses, sendo que destes apenas 13% indicaram que tinham sido impactados pela pandemia no seu trabalho anterior.

Por outro lado, 20% dos inquiridos admite a possibilidade de mudar de empregado no nos próximos seis meses. Aqueles que pretendem mudar de carreira, 38% diz recorrer a contactos pessoais, enquanto 34% procuram ofertas através de sites de emprego.

Outra das conclusões é que em 2021, quem trabalha no país considera que o salário e benefícios atrativos (71%) continua a ser o mais importante na hora de escolher um empregador. A única exceção é na geração dos 55 aos 64 anos onde a estabilidade profissional é mais valorizada (72%).

A nível nacional, o equilíbrio entre vida profissional e pessoal (66%) e estabilidade profissional (66%) ocupam o segundo lugar ex aequo seguidos do ambiente de trabalho agradável (65%) e da progressão de carreira (64%).

Numa altura em que o teletrabalho é obrigatório (e assim irá manter-se até final do ano nas empresas localizadas nas zonas mais afetadas pela pandemia), outra das conclusões do estudo é que a minoria prefere trabalho remoto.

Cerca de dois em cada cinco trabalhadores em Portugal são atraídos pela possibilidade de trabalhar remotamente. As mulheres, os mais qualificados e os grupos etários mais velhos (55 anos ou mais) são os que se mostram mais inclinados para este modelo de trabalho.

Sobre a influência da pandemia na adoção do trabalho remoto, cerca de metade (52%) afirma que passou a trabalhar em casa. Os colaboradores mais qualificados foram os mais propensos a trabalhar mais horas do que o habitual (11%), muito embora a maioria considere que trabalha o mesmo.

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