EuPago quer criar maior centro fintech em Portugal

Instituição portuguesa de pagamentos investe dois milhões para criar o escritório74, no Porto. Objetivo é tornar-se no maior centro fintech em Portugal e "apadrinhar 20 startups até ao final do ano".

A euPago, instituição portuguesa de pagamento acreditada e supervisionada pelo Banco de Portugal, finalizou um investimento de dois milhões de euros para criar o escritório74 no Porto. O objetivo é ser o maior centro de fintech em Portugal, que “funcionará como um importante polo de atração de investimento”.

O objetivo da empresa é funcionar como uma sandbox para terceiros testarem ideias inovadoras junto do mercado, ou seja, acolher no escritório74 outras fintech de forma a usarem os recursos de instituição de pagamento para novas oportunidades de negócio nos sistemas de pagamento em Portugal.

“Uma vez que só existem em Portugal quatro operadores licenciados nos pagamentos online, temos a responsabilidade social de, com o nosso espaço e licença, apoiar outras fintech e ambicionamos até final do ano apadrinhar 20 startups, novas ou já existentes”, adianta José Veiga, co-CEO da euPago, citado em comunicado.

A empresa portuguesa foi criada em 2015 e é especializada no apoio a pagamentos realizados pela internet com soluções que vão desde o e-commerce empresarial a vendas particulares nomeadamente, Payshop, Paysafecard, MBway, Paysafecash e débito direto.

No ano passado foram transacionadas cerca de 10 milhões de transações distribuídas por mais de 9.000 mil clientes. A empresa portuguesa, que já tem atividade aberta no Banco de Espanha, está num intenso processo de angariação de clientes no país, sendo que os objetivos a médio prazo da empresa passam pela expansão europeia.

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Michael Page revela as competências mais procuradas para um advogado em 2021

Proatividade, versatilidade, perspicácia comercial, priorização ou até conhecimento do mercado são algumas das competências para 2021 no setor jurídico destacadas pela Michael Page.

Um recente estudo da consultora Michael Page revelou uma lista de algumas das principais competências que um bom advogado deve ter neste ano de 2021. Desde a “perspicácia comercial” à “versatilidade” e “proatividade”, várias são as características destacadas.

“As competências em torno da capacidade de adaptação e do planeamento irão, por isso, continuar a ser essenciais. Entretanto, os avanços tecnológicos estão a desenvolver o quotidiano dos profissionais, com a IA e a automatização a fazer desaparecer algumas tarefas administrativas tradicionais”, refere o documento.

Uma das competências mencionadas pelo estudo é a perspicácia comercial. Cientes da importância de cada profissional demonstrar o seu valor financeiro para a empresa, a consultora considerou que as pessoas que possuem esta competência muitas vezes adotam uma mentalidade pragmática.

“Tal envolve a identificação e, depois, o equilíbrio das oportunidades e das ameaças através da análise das tendências e da averiguação do que a concorrência está a fazer. A sua tolerância ao risco pode definir em grande medida o seu nível de perspicácia comercial”, nota o estudo.

A perspicácia académica demonstrável é também apontada, uma vez que a aprendizagem contínua irá ser útil no setor. “Uma sólida formação académica é essencial na maioria dos casos e também ajuda a obter funções contratuais de auxiliar jurídico e de formação. No entanto, não é este o nível em que a perspicácia académica começa e acaba. Os estudos de pós‑graduação, por exemplo em propriedade intelectual, são muitas vezes úteis para colmatar a lacuna entre o conhecimento académico e a formação profissional“, explica o estudo.

O estudo da consultora revela que a priorização é uma competência importante, pois é necessário avaliar o volume de trabalho e definir prioridades nas tarefas. “A competência da priorização está estreitamente relacionada com a perspicácia comercial e a comunicação, pelo que as decisões não devem ser tomadas com base em quem grita mais alto, mas sim onde se encontram as maiores oportunidades empresariais“, explica.

A melhoria de competências proativas é também apontada, sendo a proatividade benéfica tanto para o indivíduo como para a empresa. Segundo o estudo, as pessoas talentosas não esperam que lhes sejam apresentadas tarefas nem que a sua próxima oportunidade esteja ao “virar da esquina”, resolvendo assim os problemas de forma proativa.

“Por exemplo, muitos auxiliares jurídicos esforçam-se por qualificar-se como advogados no futuro e alcançam este objetivo adotando uma abordagem dinâmica em relação à melhoria de competências. Se forem proativos nas suas funções de apoio jurídico, a solicitação de trabalho adicional ajuda-os a obter exposição a trabalho mais complexo e interessante, bem como eventualmente a conseguir de um contrato de formação”, exemplifica.

Na lista apresentada pela Michael Page o conhecimento de mercado e a versatilidade são também destacadas como duas das competências em destaque para 2021. A primeira diz respeito ao conhecimento do que se passa no mundo e que está a acontecer no mercado, bem como saber “reagir às oportunidades para descortinar nova e potenciais fontes de receita”. Já a versatilidade é essencial de forma a garantir a empregabilidade a longo prazo.

A influência das partes interessadas é outra das competências. “Na atividade jurídica, a gestão das partes interessadas trata-se de muito mais do que o desenvolvimento de uma ampla rede de contactos, apesar de tal ser certamente útil para os indivíduos ao longo da sua carreira. Trata-se mais de ter a capacidade de comunicar de forma eficaz e de garantir que são tomadas as decisões certas numa situação de encruzilhada”, nota.

Por fim, o estudo aponta a preparação para o futuro como um dos fatores diferenciadores para 2021, uma vez que estar de “olho no futuro” é importante.

“De acordo com a PwC, os principais escritórios de advocacia encaram o crescimento da tecnologia como o maior desafio que o setor terá de enfrentar nos próximos anos. No entanto, os avanços como a IA e a automatização também apresentam enormes oportunidades, ocupando-se das tarefas administrativas anteriormente penosas. Numa base individual, é importante saber onde quer chegar na sua carreira e preparar de forma contínua o seu conjunto de competências para o futuro para garantir que está pronto para tirar partido das oportunidades“, refere.

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Groundforce espera acordo com o Governo que “permita sobreviver até receber empréstimo” da banca

As negociações entre a Groundforce e o Governo continuam a decorrer e Alfredo Casimiro diz, em declarações ao ECO, que as "diferenças profundas" deixaram de existir.

Ainda não há acordo para o Governo desbloquear financiamento à Groundforce, mas o acionista privado acredita que nas próximas horas será possível encontrar uma solução para o pagamento de salários de fevereiro de 2.400 trabalhadores. Em declarações ao ECO, Alfredo Casimiro explica que além dos 3 milhões imediatos, precisará de apoio enquanto o empréstimo bancário não chegar.

“Tivemos uma reunião muito produtiva com o Governo e enviámos ontem [quarta-feira] uma proposta para o Ministro [Pedro Nuno Santos]. A expectativa é que seja encontrada uma solução para o pagamento de salários. Para isso estou disponível para dar uma garantia das ações da SPdH pelo apoio financeiro que nos permita sobreviver até à chegada do dinheiro“, diz Alfredo Casimiro.

Nessa proposta, o acionista maioritário e presidente do Conselho de Administração da empresa de handling disse ao Ministério das Infraestruturas e da Habitação que aceita dar a sua participação de 50,1% da Groundforce como garantia para o adiantamento do pagamento de serviços (um requisito pedido pela TAP), mas pedia que essa penhora ficasse em vigor apenas até ser conseguido um empréstimo bancário com garantia pública. Estas são as condições que estão a ser negociadas entre o Governo e a Pasogal de Casimiro.

Face ao impacto da pandemia, a Groundforce tinha pedido em julho uma garantia pública para um empréstimo de 30 milhões de euros, mas nunca chegou a receber esse aval. Em simultâneo, pediu o adiantamento do pagamento, em parte ou no todo, das faturas emitidas à TAP por serviços prestados. Foram adiantados 13 milhões de euros entre novembro e janeiro, mas desses, já venceram seis milhões. Assim, a dívida atual é sete milhões de euros, que poderão agora subir para dez milhões, de acordo com o empresário.

"Preocupa-me uma linha de pensamento que todas as empresas podem ser nacionalizadas. Acho difícil que o tema da nacionalização vá para a frente. É um argumento que o ministro está a usar para pressionar a negociação, mas se for depois temos os tribunais para resolver. Todas as minhas energias estão concentradas em conseguir três milhões de euros para pagar os salários.”

Alfredo Casimiro

Presidente do Conselho de Administração da Groundforce

O desbloqueio do dinheiro está condicionado pelo penhor das ações detidas pela Pasogal, que é pedido pela TAP e que Alfredo Casimiro classificou na terça-feira como “incompreensível” e “ilegal”. Entretanto voltou atrás e decidiu aceitar dar a participação como garantia, mas pede mais tempo. “Esta é uma situação extraordinária. Vamos ter de encontrar uma solução”, diz, referindo que ainda não está fechado qual o montante do adiantamento já que os três milhões em cima da mesa chegam apenas para o dinheiro que está em atraso.

“As diferenças profundas que havia entre nós e o Ministério para os financiamentos intercalares para a empresa sobreviver tornaram-se num clima muito positivo e acreditamos que vamos conseguir“, aponta o empresário.

Caso o impasse não seja desbloqueado, os trabalhadores irão manifestar-se esta sexta-feira de manhã à porta do Ministério das Infraestruturas e da Habitação, após duas outras ações de luta ao longo desta semana. Do lado do Governo, o cenário de nacionalização ainda não foi afastado pelo ministro Pedro Nuno Santos, que já sinalizou a possibilidade de recorrer a uma solução ao género da Efacec para tomar conta da Groundforce, regularizar a situação financeira e voltar a vender a participação a um novo privado.

“Preocupa-me uma linha de pensamento que todas as empresas podem ser nacionalizadas. Acho difícil que o tema da nacionalização vá para a frente. É um argumento que o ministro está a usar para pressionar a negociação, mas se for depois temos os tribunais para resolver“, respondeu Alfredo Casimiro quando confrontado com a possibilidade. Questionado se admite contestar uma eventual nacionalização em tribunal, respondeu que “depende das condições da nacionalização”, mas sublinhou que essa é uma questão que não se coloca neste momento. “Todas as minhas energias estão concentradas em conseguir três milhões de euros para pagar os salários“.

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Wall Street avança enquanto espera discurso de Powell

As bolsas norte-americanas recuperam terreno, enquanto aguardam pelo discurso do presidente da Fed pelas 17h05 de Lisboa.

As bolsas norte-americanas estão em alta. Os investidores estão à espera para ouvir o discurso de Jerome Powell, presidente da Fed, marcado para as 17h05 de Lisboa.

O S&P 500 sobe 0,44%, para 3.836,77 pontos; o industrial Dow Jones avança 0,54%, para 31.440,44 pontos; o tecnológico Nadaq soma 0,50%, para 13.063,32 pontos.

O líder do banco central norte-americano tem presença marcada num webinar do The Wall Street Journal, no qual falará sobre o estado da economia norte-americana. Os investidores vão testar o compromisso de Powell com a política monetária de juros baixos.

Numa altura em que as atenções estão postas na possibilidade de um aumento acentuado da inflação no segundo trimestre, as yields das obrigações do Tesouro dos EUA estabilizaram. Somam 0,4 pontos base, para 1,474%, no prazo a 10 anos.

As ações das tecnológicas estão a negociar com ganhos. A Tesla valoriza 0,71%, enquanto a Apple avança 0,16%. No setor industrial, a Boeing soma 3,45%.

Os investidores também estão à espera de novidades sobre a reunião do cartel OPEP+. A Arábia Saudita e a Rússia, os dois membros mais influentes, estão a ponderar aumentar a produção em um milhão de barris diários. O preço do petróleo WTI sobe 1,21%, para 62,02 dólares o barril.

Ainda nas matérias-primas, o preço do ouro está a perder 0,17%, para 1.712,85 dólares a onça, negociando em mínimos de maio. No mercado cambial, o euro desvaloriza 0,18% face ao dólares, com cada euro a comprar 1,2039 dólares, enquanto nas criptomoedas a bitcoin recua 1,88%, para 49.777 dólares.

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Há 28 mortos e 830 casos de Covid-19. Internados em UCI baixam dos 400

Desde o início da pandemia já 807.456 pessoas ficaram infetadas com SARS-CoV-2, das quais 16.458 morreram. As 28 mortes registadas esta quinta-feira são o menor aumento diário desde 28 de outubro.

O boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) dá conta de mais 830 casos de infeção pelo novo coronavírus e 28 mortes por Covid-19 em Portugal. É o menor número de mortos desde final de outubro. Segundo os dados desta quinta-feira, desde o início da pandemia já 807.456 pessoas ficaram infetadas, das quais 16.458 morreram com a doença. Em termos de internamentos, nota para o facto de ter baixado da fasquia dos 400 as pessoas em UCI.

Esta quinta-feira o número de recuperados subiu para 727.053, mais 1.654 que no dia anterior. Os casos ativos são agora 63.495, menos 852 que na quarta-feira.

Entre os casos ativos, a maioria encontra-se a recuperar em casa, mas 1.708 pessoas estão ainda hospitalizadas (menos 119 que no dia anterior), das quais 399 nos cuidados intensivos (menos 16). É a primeira vez desde novembro que o país tem menos de 400 pessoas nos cuidados intensivos. Aproximando-se assim da marca apresentada por vários especialistas para se começar a desconfiar: os 200 internados em UCI.

Boletim de 4 de março

Esta quinta-feira é o dia com menos óbitos desde 28 de outubro (quando foram registados 24). Entre as 28 mortes confirmadas no boletim, 11 foram em Lisboa e Vale do Tejo, seis no Centro, seis no Norte e cinco no Alentejo. No Algarve e nas regiões autónomas não foram registados óbitos por Covid-19 nas últimas 24 horas.

De acordo com os dados da DGS, Lisboa e Vale do Tejo é também a região com maior número de contágios, tendo registado 376. Segue-se o Norte (207), Centro (111), Madeira (106), Algarve (22), Alentejo (cinco) e Açores (três).

O boletim epidemiológico dá, por fim, conta de menos 2.450 pessoas sob vigilância ativa das autoridades de saúde, depois de terem contactado com outro caso positivo. No total, estão 31.041 pessoas nesta situação.

(Notícia atualizada às 14h59)

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Incêndios? Estratégia é “prevenir para não ter de remediar”, diz Marcelo

Em linha com o primeiro-ministro, o Presidente da República sublinha a importância da prevenção dos incêndios. Costa avança que meios de combate vão ser reforçados, incluindo os meios aéreos.

Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa sublinham a importância de o país ter uma posição de prevenção, no que diz respeito aos incêndios. Depois do Conselho de Ministros com a temática das florestas, para marcar o final do primeiro mandato do Presidente da República, Marcelo avança que foram aprovados diversos diplomas com o objetivo de “não apenas combater os incêndios, mas prevenir”.

Relembrando a tragédia dos incêndios de 2017 e de longas décadas atrás, Marcelo revela que, em Conselho de Ministros foram aprovados vários diplomas para se olhar para as causas dos incêndios. “Neste CM foram aprovados vários diplomas, mas sobretudo foi debatida e apreciada a estratégia nacional que visa prevenir muito mais do que combater os fogos florestais e intervir naquilo que é decisivo para que haja ou não fogos florestais“, explica, avançado que esses diplomas estão relacionados, por exemplo, com o ordenamento do território, com a Proteção Civil e com a gestão do combate a incêndios.

“É uma estratégia de longo prazo que arrancou em 2017/18 que visa 2030 mas continua além de 2030. Porque no dia de hoje evocamos 20 anos da tragédia entre os rios e não há nada como prevenir para não ter de remediar e a matéria tratada hoje no Conselho de Ministros é de interesse nacional”, continua.

A posição de António Costa é semelhante à de Marcelo. “Se queremos ter uma floresta que ajude a enriquecer o país e a criar melhores condições de vida no interior, temos de agir nos elementos estruturais”, começa por dizer. E salienta: “este [a estratégia discutida] é um percurso que tem de seguir para lá deste Governo e do mandato do Presidente da República”.

O primeiro-ministro especifica ainda algumas das medidas aprovadas pelo Conselho de Ministros: “instrumentos do ordenamento do território e da paisagem, intervenções de gestão integrada do espaço rural e o desenvolvimento das valências da Proteção Civil preventiva, da qualificação daqueles que combatem os incêndios florestais e de reforço nos meios de combate, nomeadamente os meios aéreos“.

Por fim, Costa deixa um aviso: “o tempo corre contra nós porque as alterações climáticas vão sistematicamente estar a agravar o risco de incêndio que existe no nosso país”.

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“É preciso sair tão bem das moratórias como se entrou”, diz António Ramalho

  • Lusa
  • 4 Março 2021

António Ramalho alerta para a importância de planear atempadamente o fim das moratórias bancárias que terão inevitavelmente de terminar e cujo sucesso dependerá de como o processo for concluído.

O presidente executivo do Novo Banco, António Ramalho, alertou esta quinta-feira para a importância de planear atempadamente o fim das moratórias bancárias, que terão inevitavelmente de terminar e cujo sucesso dependerá de como o processo for concluído.

“A grande vantagem da moratória é que permitiu que todos os empresários continuassem a trabalhar, sem terem o drama do pagamento seguinte. Agora para isto resultar, é preciso sair tão bem das moratórias como se entrou”, sustentou António Ramalho durante a 9.ª Conferência “Portugal que faz”, uma iniciativa do Novo Banco e do Global Media Group dedicada, nesta edição, à região do Alentejo.

Salientando que “a moratória é sempre um adiamento, e adiar não resolve”, o CEO do Novo Banco alertou para a importância de ponderar bem e atempadamente o seu final: “Adiar só com isto muito bem definido e por isso é que eu digo: não guardemos para setembro aquilo que podemos resolver e ponderar em março”.

Considerando que o tema das moratórias “envolve toda a gente e deve ser refletido, ponderado e enquadrado nos diversos agentes económicos” – “até porque desta vez não há responsáveis” pela crise, disse – António Ramalho congratulou-se com “o apoio que a banca pôde dar nestas circunstâncias, porque está mais capitalizada e tem maior liquidez”.

Contudo, alertou para a necessidade de “distribuição do esforço pelos diversos agentes económicos”: “Temos de dividir muito bem este sacrifício, porque esta crise, é uma crise de todos, que passa por todos”, sustentou.

Para o CEO do Novo Banco, em causa não está “um instrumento de política”, mas “um instrumento de reflexão e um instrumento de trabalho conjunto”.

“E é uma partilha de risco, temos de partilhar todos o risco. Os empresários vão ter de partilhar este risco, os bancos vão ter de partilhar este risco, o Estado vai ter de partilhar este risco. Vamos todos ter de partilhar este risco no quadro do mercado”, avisou.

Desde abril do ano passado que milhares de clientes não estão a pagar os créditos aos bancos, fazendo uso do decreto-lei do Governo que permite moratórias nos empréstimos, criadas como uma ajuda a famílias e empresas penalizadas pela crise económica desencadeada pela pandemia de Covid-19.

Em 24 de setembro, o Conselho de Ministros decidiu prolongar por seis meses, até 30 de setembro de 2021, o prazo das moratórias de crédito às famílias e empresas que terminava em 31 de março.

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Carlos Costa pede para ser ouvido remotamente na comissão de inquérito ao Novo Banco

  • Lusa
  • 4 Março 2021

Ex-governador pediu para ser ouvido por videoconferência na comissão de inquérito ao Novo Banco devido à sua idade e fragilidades de saúde.

O ex-governador do Banco de Portugal (BdP), Carlos Costa, pediu à comissão de inquérito sobre o Novo Banco para ser ouvido remotamente, por videoconferência, devido à sua idade e fragilidades de saúde, segundo informação enviada aos deputados.

“Cumpre-nos informar que o ex-governador do BdP, Dr. Carlos Costa, cuja audição está marcada para o próximo dia 16 de março, às 15h, diz não ter condições de saúde para estar pessoalmente presente na audição“, pode ler-se no email da comissão a que a Lusa teve acesso.

A notícia foi inicialmente avançada pelo Expresso, e de acordo com o email, Carlos Costa “invoca a sua idade, fragilidades de saúde e o estado de emergência e respetivo confinamento” para não ser ouvido presencialmente.

No mesmo documento, o presidente da comissão, o deputado Fernando Negrão (PSD), pede aos deputados que decidam “com brevidade” acerca do requerimento do antigo governador do banco central.

Na terça-feira, Fernando Negrão tinha dito à Lusa que a comissão de inquérito estava “com dificuldades em contactar” Carlos Costa, tendo deixado em aberto uma data para a sua audição: 16 de março, às 15h00 horas.

De acordo com uma comunicação interna da comissão a que a Lusa teve acesso, na terça-feira, “feitos todos os contactos, designadamente com o Banco de Portugal” ainda não tinha sido possível obter o seu contacto.

O antigo governador disse entretanto ao jornal Público ter estado sempre contactável. A Lusa questionou o BdP acerca do sucedido, mas não obteve resposta.

As audições, conforme decisão tomada em janeiro pela comissão, serão presenciais, tendo sido aprovada uma norma pelos deputados que levará ao reagendamento caso o depoente esteja em isolamento devido à pandemia de covid-19.

Fernando Negrão explicou ainda à agência Lusa que quando esta ronda das primeiras inquirições estiver para acabar, a comissão de inquérito fará um novo calendário para ouvir outros nomes.

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EDP Renováveis. Uma hora, 100 investidores, 1.5 bi

O aumento de capital da EDPR foi fechada em menos de uma hora e atraiu mais de 100 investidores. "A recetividade dos investidores ao plano estratégico foi excecional", afirmou Miguel AZevedo ao ECO.

A EDP Renováveis fez uma operação de aumento de capital de 1.5 mil milhões de euros para financiar o plano estratégico do grupo até 2025, o que correspondeu à emissão de 88.250.000 novos títulos vendidos a 17 euros por ação. E a operação foi realizada em apenas uma hora depois da abertura dos livros, isto é, o lançamento formal no mercado, revelou ao ECO uma fonte que acompanhou o processo. A EDP reduziu a sua posição acionista nas Renováveis para 75%, mas a companhia que é a estrela do grupo passou a ter, naquele momento, mais de 100 novos investidores.

Esta operação, anunciada na semana passada, tinha um perfil definido: “O Citigroup Global Markets Europe AG e a Morgan Stanley Europe SE foram mandatados para lançar um accelerated bookbuilding de ações da EDP Renováveis com o objetivo de alcançar um encaixe bruto de cerca de 1,5 mil milhões”, revelou a companhia elétrica, e os destinatários da operação foram investidores institucionais, como ‘hedge funds’ e ‘long only funds’.

O ‘trabalho de casa’ foi feito nos dois dias anteriores, em road-show virtual (como obriga os tempos que correm). Mas o facto de a EDP ter levantado no final do ano passado mil milhões para comprar a Viesgo em Espanha e o facto de a operação chegar ao mercado na semana em que as ações das empresas do setor caíram mais de 3%/4% na terça e 4%/6% na quarta-feira tornaram-na mais arriscada. “A recetividade dos investidores ao novo plano estratégico foi excecional e só isso, combinado com a grande capacidade de execução da EDP e EDPR, permitiu fazer uma colocação desta dimensão num mercado que tem estado a sofrer um ajustamento em queda devido à subida das taxas de juro“, afirmou ao ECO Miguel Azevedo, head of investment banking do Citi para o Médio Oriente e África.

Depois da colocação do aumento de capital, as ações da Renováveis caíram em bolsa. A EDP Renováveis negoceia, pela segunda sessão consecutiva, em baixa. Após um tombo de quase 10% no dia em que realizou um aumento de capital, as ações da empresa de energias renováveis estão a cair esta quinta-feira. “Se olharmos a performance desta semana das empresas do setor de energias renováveis, vemos que a EDPR evoluiu absolutamente em linha com o setor, apesar de ter efetuado a maior oferta acelerada de ações do ano“, sinaliza Miguel Azevedo.

Tanto a EDP como a EDP Renováveis “estarão sujeitas a um período de lock-up de 180 dias a partir da entrega das novas ações no contexto do aumento de capital, sujeito a exceções standard de mercado”, revelou o comunicado que formalizou o anúncio dos resultados. Ou seja, durante meio ano, nem a EDP nem a EDP Renováveis poderão vender os títulos.

“É de realçar a capacidade de liderança da empresa ao anunciar um ambicioso plano de expansão e de imediato levantar 1.500 milhões de euros no mercado com menos de 36 horas de marketing junto de investidores institucionais”, refere o gestor do Citi.

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Portugal gasta milhares em presidência europeia “fantasma”, diz o Politico

  • ECO
  • 4 Março 2021

O Politico escreve que a presidência portuguesa da UE gastou milhares a preparar eventos presenciais que não aconteceram. O Governo diz que não podia excluir essa possibilidade.

O jornal europeu Politico.eu escreve esta quinta-feira que a presidência portuguesa da União Europeia, que arrancou a 1 de janeiro, gastou centenas de milhares de euros a preparar eventos presenciais “como se essa fosse a regra durante os seus seis meses a liderar o Conselho da UE”. É uma presidência “fantasma” com gastos em equipamentos, bebidas e roupas para eventos que provavelmente não serão presenciais. Em sua defesa, o Governo diz que não poderia excluir essa possibilidade e tinha de ter tudo preparado.

De acordo com o artigo do Politico, que cita dados do Portal Base (portal que reúne os contratos públicos), a estrutura de missão da presidência portuguesa da União Europeia gastou 260.591 euros para equipar o centro de imprensa que está instalado no Centro Cultural de Belém. Este foi usado no início de janeiro quando a presidente da Comissão Europeia esteve em Lisboa, mas desde então as conferências de imprensa têm sido online. Além disso, a presidência portuguesa fez um contrato de 35.785 euros com uma empresa de vinhos e outro de 39.780 euros para comprar 360 camisas e 180 fatos.

Em resposta, a porta-voz da presidência, Alexandra Carreira, explicou ao Politico que Portugal não podia “simplesmente negligenciar a possibilidade de realizar eventos presenciais a um dado momento num futuro próximo” e, por isso, fez as “preparações adequadas e oportunas”. Além disso, a porta-voz explicou que as camisas e os fatos tinham sido comprados para os motoristas da presidência. O Politico cita um diplomata veterano para dizer que este tipo de despesa não é comum nas presidências da UE.

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Grupo Endutex investe 10 milhões em novo hotel no Parque das Nações

O Moov Oriente é a quinta unidade do grupo em Portugal e será a maior com um total de 180 quartos. Representa um investimento de 10 milhões e a inauguração está prevista para 2022.

Mesmo em tempos de pandemia, o Grupo Endutex, produtor mundial de têxteis técnicos, continua a reforçar a aposta no mercado imobiliário. Desta vez vai arrancar com a construção do primeiro hotel Moov em Lisboa, no Parque das Nações. O projeto representa um investimento de 10 milhões de euros e a inauguração está prevista para 2022.

Intitulado de Moov Oriente será a quinta unidade do grupo em Portugal e também a maior, com um total de 180 quartos disponíveis. Para o administrador da Endutex, André Ferreira, esta é uma aposta estratégica, “já que nesta zona, conhecida pelo grande movimento de passageiros que chegam do aeroporto, mas também da estação ferroviária e rodoviária, a procura ainda é maior que a oferta. Por outro lado, sentimos que há poucas soluções a preço justo, pelo que queremos preencher essa lacuna”, afirma o administrador do grupo.

O Moov Oriente não é o primeiro investimento do Grupo Endutex no sul. Em Oeiras já se encontra em funcionamento o Moov Oeiras, localizado nas imediações dos movimentados Lagoas Park e Taguspark. São 115 quartos, divididos por 8 pisos, com tarifas desde os 54 euros por noite. O objetivo é afirmar-se como principal solução, nesta zona, para estadias curtas e flexíveis.

O administrador da Endutex, André Ferreira, adianta que o Grupo tem em carteira vários projetos para este segmento, não apenas com a abertura de novos hotéis, mas sobretudo na introdução de novos conceitos de alojamento, que serão anunciados em breve. “Os nossos clientes estão diferentes, pelo que é muito importante repensar estratégias, melhorar conceitos e preparar o futuro da hospitalidade”, refere.

Além da estreia a sul, o Grupo Endutex prepara-se para reforçar a sua presença internacional, com a construção do segundo hotel Moov no Brasil, em Porto Alegre, no emblemático Cinema Astor. A nova unidade, já em fase de conclusão, vai contar com 149 quartos, distribuídos por 10 andares. A abertura está prevista ainda para o primeiro semestre deste ano.

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CEO da Jerónimo Martins critica gestão da pandemia em Portugal. “Polacos foram muito melhores”

CEO da Jerónimo Martins deixou críticas à forma como Portugal planeou o combate à pandemia. Compara com a Polónia, enaltecendo o planeamento rigoroso e a disciplina da organização polacas.

A Jerónimo Martins vê a economia da Polónia recuperar com força já na segunda metade deste ano, enquanto a retoma em Portugal só deverá acontecer um ano depois. O CEO da retalhista portuguesa deixou críticas à forma como se planeou a resposta à pandemia no nosso país. “Quanto maior for o desconhecido, maior é a importância de um planeamento rigoroso e da disciplina da organização. E nisso os polacos foram muito melhores que os portugueses. Isso, indesmentivelmente, em Portugal falhou”, atirou Pedro Soares dos Santos em conferência de imprensa com os jornalistas a propósito dos resultados do ano passado.

Soares dos Santos recusou fazer comentários “de bancada” sobre a situação sanitária, até porque reconheceu que “gerir crises é difícil, a pressão é muito grande, a complexidade trazida pela pandemia surpreendeu tudo e todos”. Ainda assim, não deixou de apresentar a sua visão sobre a forma como os dois países onde a Jerónimo Martins tem negócio combateram a pandemia e como isso se vai traduzir nos arranques das duas economias.

“Na Polónia prevejo que, no segundo semestre, possa haver uma grande retoma, porque o Governo polaco teve sempre uma grande preocupação de não fechar a economia, e de proteger a economia e o emprego. Foram duas coisas que tiveram sempre como grande objetivo, portanto penso que a retoma acontecerá mal haja uma certa confiança no sentido da vacinação e das pessoas sentirem alguma segurança”, afirmou o presidente da dona do Pingo Doce.

Para Portugal, as perspetivas são outras e surgem com um ano de atraso. “Da forma como nós prevemos e temos planeado para nós mesmos, no segundo semestre de 2022 vemos alguma recuperação dessa retoma”, disse.

Pandemia adia planos de expansão na Roménia

O CEO da Jerónimo Martins adiantou ainda que a pandemia teve impacto nos planos de expansão do grupo na Roménia. “Estávamos preparados para começar, em 2020 tínhamos tudo organizado, mas o processo ficou adiado”, disse Pedro Soares dos Santos.

“A Roménia continua a ser a nossa prioridade, mas temos de ver o impacto da pandemia para ver se continua a ser a nossa prioridade. Temos de dar tempo para saber se o país reúne as condições”, acrescentou, depois de ter dito que não vai desistir de fazer crescer o negócio.

Com presença em vários mercados, desde a Polónia até à Colômbia, a Jerónimo Martins registou lucros de 312 milhões de euros no ano passado, o que representa uma descida de quase 20% face a 2019.

A administração propôs o pagamento de um dividendo bruto de 28,8 cêntimos por ação, exceto ações próprias em carteira, num montante total de 181 milhões de euros (payout de 50%)

(Notícia atualizada às 13h22)

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