Primeiro-ministro italiano apresenta demissão

Giuseppe Conte, primeiro-ministro de Itália, apresentou esta terça-feira a sua demissão do Governo. "Sempre agimos com consciência", disse.

O primeiro-ministro de Itália, Giuseppe Conte, apresentou esta terça-feira a sua demissão do Governo ao Presidente Sergio Mattarella., avança o jornal LaStampa (conteúdo em italiano). Decisão acontece após o partido de Matteo Renzi ter abandonado o acordo de coligação que tinha com o Governo.

Giuseppe Conte esteve reunido cerca de meia hora com o chefe de Estado no Palácio Quirinale, em Roma, tendo entregue a sua renúncia ao cargo de primeiro-ministro. Sergio Mattarella vai começar a reunir-se esta quarta-feira com as forças políticas para discutir a formação de um novo Governo.

“Agradeço a toda a equipa do Governo, a cada ministro, por cada dia destes meses juntos”, disse Giuseppe Conte, durante o Conselho de Ministros extraordinário que convocou para hoje. “Podemos ter cometido erros, mas sempre agimos com consciência. Podíamos ter feito outra coisa, claro, cada um de nós tem limites, mas não nos poupámos”, acrescentou.

Giuseppe Conte adiantou que não haverá uma conferência de imprensa, mas disse estar a preparar um vídeo onde explicará todos os motivos que levaram à sua demissão.

Esta decisão surge depois de o partido de Matteo Renzi, Italia Viva, ter abandonado o acordo de coligação que — juntamente com o Movimento 5 Estrelas — mantinha com Giuseppe Conte. Na base desta saída está a forma como o Governo tem lidado com a pandemia, mas sobretudo os planos de recuperação económica que apresentou, que foram aprovados, mas com os quais Matteo Renzi não concorda, tendo-se, aliás, abstido na votação.

Os primeiros abalos no Governo não tardaram e, após a saída do partido de Renzi, aconteceu ainda as demissões de duas ministras. Como o Itália Viva é que garantia a maioria parlamentar a Conde através dos seus 30 deputados na câmara baixa e 18 na câmara alta do Parlamento italiano, este decidiu abandonar o cargo de primeiro-ministro. Contudo, de acordo com a imprensa italiana, o objetivo é que o Presidente Sergio Mattarella lhe permita formar um novo Governo, pela terceira vez em dois anos.

Na semana passada, Giuseppe Conte solicitou ao Senado uma manifestação de apoio ao seu Governo, mas não reuniu os 161 votos necessários para obter a maioria absoluta na câmara alta.

(Notícia atualizada às 12h45 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pedir Cartão de Cidadão, passaporte ou registo de óbitos só por marcação

Os serviços de registo e de identificação civil do Instituto dos Registos e do Notariado vão manter os serviços presenciais para alguns atos, mas apenas por marcação.

Enquanto vigorar o estado de emergência, os serviços de registo e de identificação civil do Instituto dos Registos e do Notariado, responsáveis por emitir cartões de cidadão, passaporte ou registar casamentos ou óbitos, vão continuar a funcionar, mas apenas por marcação.

“Durante o estado de emergência os serviços de registo e de identificação civil do Instituto dos Registos e do Notariado, I. P., mantêm o atendimento presencial, mediante marcação, destinado à prática de determinados atos”, informa o despacho n.º 1090-A/2021, publicado esta terça-feira em Diário da República.

Na semana passada, o primeiro-ministro tinha anunciado que o Governo decidiu encerrar todas as Lojas de Cidadão, permanecendo apenas o atendimento por marcação nos demais serviços, tendo justificado a decisão com base na prevalência da nova estirpe britânica em Portugal.

Nesse sentido, o Executivo pretende que os serviços públicos privilegiem a “prestação desses serviços através dos meios digitais e dos centros de contacto com os cidadãos”, lê-se no documento. Assim, no que respeita aos serviços públicos, mantém-se o atendimento presencial “mediante marcação na rede de balcões dos diferentes serviços”, reforça o despacho assinado pela ministra da Justiça em conjunto com a ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública.

Neste contexto, o atendimento presencial, desde que por marcação, continua a funcionar para os seguintes atos:

  • Registos de óbito;
  • Casamentos e testamentos, em que exista perigo de morte iminente;
  • Registos de nascimento e pedido de cartão de cidadão 1.ª vez de recém-nascidos;
  • Pedido de cartão de cidadão 1.ª vez e renovações de cartão de cidadão menores de 25 anos, que sejam tramitados como urgentes ou extremamente urgentes;
  • Pedido, emissão e entrega de cartão de cidadão provisório;
  • Entrega do cartão de cidadão e do passaporte tramitados como urgente ou extremamente urgente;
  • Fixação de novos códigos pessoais (PIN), em situações de urgência excecional, designadamente, por profissionais de saúde;
  • Alterações de prioridade para extremamente urgente sempre que as mesmas sejam alternativas aos atos previstos na alínea e), isto é, pedido, emissão e entrega de cartão de cidadão provisório.

Ao mesmo tempo, o despacho publicado esta terça-feira clarifica que nos casos dos municípios em que exista “mais de um serviço de registo e de identificação civil”, o presidente do conselho diretivo do IRN, I. P., pode, na sequência do encerramento de algum destes serviços, “deslocar os trabalhadores para outro”, por forma a responder às necessidades de cumprimento dos atos acima referidos.

Além disso, o horário de funcionamento destes serviços mantém-se, mas o Governo abre a porta a que seja alterado “pelo presidente do conselho diretivo do IRN, I. P”, caso se justifique. No entanto, os novos horários devem ser publicados no site da área da justiça, bem como “nas portas de acesso ao público do respetivo serviço”. Estas novas normas têm efeitos retroativos, tendo entrado em vigor na segunda-feira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Millennium bcp passa a usar apenas eletricidade 100% renovável em 2021

A eletricidade 100% verde provém de um mix de energia produzida por central fotovoltaica própria, no Taguspark, e também de energia adquirida em exclusivo à EDP com certificado de origem.

O Millennium bcp anunciou esta terça-feira que em 2021 toda a eletricidade que o banco utilizar nas suas instalações em Portugal será 100% verde, num mix de energia produzida por uma central fotovoltaica própria, com 3.703 painéis fotovoltaicos e localizada no Taguspark, e também de energia adquirida em exclusivo à EDP com certificado de origem renovável.

“O Millennium bcp assumiu perante a sociedade portuguesa que seria protagonista no processo de transição energética e que o faria através de alterações à sua política de crédito, do desenvolvimento de capacidades de assessoria aos clientes, mas também de alterações às suas práticas e atuações. A utilização apenas de eletricidade 100% verde já em 2021 sinaliza bem a importância que damos aos aspetos relacionados com temas ESG (Environmental, Social and Governance)”, disse Miguel Maya, Presidente da Comissão Executiva do Millennium bcp.

Já em 2020 o Millennium bcp deu um primeiro passo neste sentido, com toda a eletricidade usada no Taguspark de origem renovável. A central fotovoltaica que o banco tem nas suas instalações é composta por 3.703 painéis, instalados em três edifícios e é responsável, atualmente, por cerca de 10% de toda a energia consumida nos serviços centrais.

No que diz respeito aos gases poluentes, entre 2012-2019 o Millennium bcp conseguiu uma redução de cerca de 46%. Na edição de 2020 do Carbon Disclosure Project, o banco obteve classificação “A-“ e desempenho Leadership na, integrando o grupo de 35% das empresas com melhor classificação mundial.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pandemia faz cair receitas dos grandes do futebol europeu. Benfica é o 23.º que mais fatura

Maiores clubes europeus perderam mais de mil milhões de euros em receitas na época transata devido ao impacto da pandemia. Benfica é o único emblema português no ranking dos que mais faturam.

Com receitas de 170,3 milhões de euros, o Benfica é o único clube português a surgir no ranking Money League, realizado pela Deloitte. Os encarnados surgem no 23.º lugar dos clubes que mais faturam, numa lista liderada pelo Barcelona. A auditora traçou um panorama devastador para o futebol europeu por causa da pandemia. As receitas dos maiores emblemas do Velho Continente recuaram mais de mil milhões de euros na época transata. E vão voltar a cair esta temporada por causa do vírus.

De acordo com a Deloitte, os 20 maiores clubes europeus geraram receitas de 8,2 mil milhões na temporada 2019-2020, uma queda de 12% face à época anterior (9,3 mil milhões).

A quebra na faturação deveu-se sobretudo à perda de 937 milhões de euros em receitas televisivas, o que acontece depois de a pandemia ter paralisado o calendário competitivo um pouco por todo o mundo entre março e maio. Por outro lado, com a ausência de adeptos nos estádios, os clubes perderam 257 milhões de euros em receitas matchday.

Os especialistas da Deloitte estimam a que presente temporada não venha a produzir melhores resultados. Em dois anos, os principais clubes deverão perder mais de dois mil milhões de euros em receitas quando a época 2020-2021 terminar.

Espanhóis lideram, Benfica é o único português

Barcelona e Real Madrid foram os clubes que mais riqueza geraram na temporada passada, com receitas de 715,1 milhões de euros e 714,9 milhões, respetivamente, de acordo com a Deloitte. Em terceiro lugar está o Bayern de Munique, com receitas de 634,1 milhões de euros. Os alemães ultrapassaram os ingleses do Manchester United, que tiveram uma faturação na ordem dos 580 milhões de euros.

O top-20 é dominado por clubes ingleses, espanhóis, alemães e italianos. Há ainda dois emblemas franceses e um russo que se intrometem entre os “tubarões” europeus, o PSG (540,6 milhões) e o Olympique Lyon (180,7 milhões) e o Zenit (236,5 milhões).

Quanto à representação portuguesa, a Deloitte situa o Benfica no lugar 23. Os encarnados tiveram receitas de 170,3 milhões de euros. Juntamente com o Zenit e o Ajax (155,5 milhões), o Benfica forma o grupo dos “outsiders” do ranking dos mais “ricos” que não jogam nos cinco principais campeonatos europeus.

Os lisboetas sobem uma posição face a 2018/19, mas nesse ano tinham registado receitas de 197,7 milhões de euros, perdendo cerca de 27 milhões em receitas.

De fora do top-30 está o FC Porto, que era 29.º em 2018/19, com uma receita calculada em 176,2 milhões, mas na 24.ª edição do relatório está ausente. O 30.º clube, o AC Milan, faturou 148,5 milhões, pelo que a quebra nas receitas fica patente.

(Notícia atualizada às 12h19)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Espinho Business Center vai criar mais de 100 postos de trabalho

  • Trabalho
  • 26 Janeiro 2021

Espinho Business Center integra o plano de requalificação e desenvolvimento da zona sul da cidade. Quer criar mais de uma centena de postos de trabalho durante a obra e depois da sua conclusão.

O grupo Fortera criar mais de 100 postos de trabalho, na sequência do investimento de 70 milhões de euros feitos no futuro Espinho Business Center, que terá impacto no desenvolvimento e requalificação da zona sul da cidade.

De acordo com a empresa, o novo empreendimento em Espinho, “destinado a habitação, comércio, serviços e hotelaria“, vai criar cerca de 130 postos de trabalho durante a obra e outros 150 após a sua conclusão.

“Especialmente agora, que a cidade e o país precisam de investimento para movimentar a economia e criar empregos direta e indiretamente, estes empreendimentos ajudam a fazer a mudança, e este projeto que se desenha, será o estado da arte do século XXI, aliando lazer, trabalho, vivência, tudo num ecossistema que corresponde à realidade de hoje”, assinala Elad Dror, CEO do grupo Fortera, citado em comunicado.

O projeto do Espinho Business Center, que será construído num terreno de 23 mil metros quadrados, inclui uma torre residencial que terá 100 apartamentos e está a cargo da Fortera Properties, fundada em 2015 que trabalha em imobiliário de luxo. Nos últimos quatro anos, o grupo concluiu nove projetos imobiliários em Gaia, Porto e Espinho, cujos investimentos ascenderam aos 21 milhões de euros. O valor investido em aquisições totalizou 45 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Regras europeias não permitem” usar bazuca da UE na TAP, diz ministro

Pedro Nuno Santos afirma que o Governo não usará dinheiro que vem da bazuca europeia para o resgate na TAP. Porque "as regras europeias não permitem", disse.

O ministro das Infraestruturas e da Habitação esclareceu esta terça-feira que o Governo não vai usar parte da bazuca europeia na restruturação da TAP. Durante uma audição no Parlamento Europeu, Pedro Nuno Santos foi questionado sobre isso por uma eurodeputada, tendo respondido que as “regras europeias não permitem” a canalização desse dinheiro para a companhia aérea, não deixando, contudo, de sublinhar a importância de se ajudar a TAP.

“Apesar de parecer nacional, é [uma questão] europeia”, disse o ministro, referindo-se à pergunta da eurodeputada Cláudia Monteiro, que questionou se a bazuca europeia que está a caminho, com mais de 45 mil milhões de euros, será “disparada” para a TAP.

“Portugal é um país pequeno, mas periférico, e em nenhum momento deixará cair a sua companhia de bandeira. As regras europeias não permitem que esse dinheiro possa ser aplicado no resgate das companhias aéreas“, continuou Pedro Nuno Santos, perante a Comissão dos Transportes e do Turismo do Parlamento Europeu, onde definiu as prioridades da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia para o primeiro semestre do ano.

Continuando a reiterar a ideia de que é importante ajudar financeiramente a TAP, o ministro notou que o apoio que está a ser dado à companhia aérea nacional “não é exclusivamente nacional”. “Toda a Europa e países, sem exceção, estão a apoiar as suas companhias aéreas de bandeira. E essa é uma questão fundamental. Ainda bem que todos estão a apoiar. Se não o estivéssemos a fazer estaríamos em graves dificuldades”, explicou.

A bazuca europeia trará para Portugal mais de 45 mil milhões de euros, dos quais 29,8 mil milhões de euros serão subvenções atribuídas ao longo dos próximos sete anos no âmbito do Quadro Financeiro Plurianual (QFP) 2021-2027 — será o sucessor do Portugal 2020 — e 15,3 mil milhões de euros também em subvenções, que se dividem em quatro instrumentos: 12,9 mil milhões de euros para o Instrumento de Recuperação e Resiliência — que irá financiar os planos de recuperação de cada país, 1,8 mil milhões de euros através do REACT EU, 116 milhões de euros através de um reforço para o Fundo de Transição Justa e 329 milhões de euros através de um reforço para o desenvolvimento rural (dentro da Política Agrícola Comum, PAC).

Portugal poderá ainda pedir empréstimos, se o desejar. António Costa começou por descartar essa hipóteses, mas a primeira versão do Programa de Recuperação entregue em Bruxelas contempla empréstimos de 4,3 mil milhões para investir em três áreas: habitação social, capitalização das empresas e do Banco de Fomento e aquisição de comboios.

(Notícia atualizada às 12h01 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugueses em confinamento usam mais internet, sobretudo para mandar mensagens

Utilização da internet em Portugal voltou a crescer num ano marcado pela pandemia, depois da estagnação registada em 2019. Portugueses acedem mais à rede para trocarem mensagens e para informação.

O número de utilizadores de internet em Portugal voltou a crescer num ano marcado pela pandemia, depois de um ano de estagnação. Novos dados publicados pelo Eurostat mostram que, em 2020, 78% dos cidadãos com idade entre 16 e 74 anos acederam à internet pelo menos uma vez nos três meses anteriores ao inquérito. É uma subida de três pontos percentuais face aos 75% registados em 2018 e 2019.

O crescimento da utilização de internet no país registou-se ao longo da última década, até à estagnação de 2019. Em 2010, pouco mais de metade dos cidadãos entre 16 e 74 anos indicava aceder à internet.

Contudo, apesar da subida na utilização da internet em Portugal ter ultrapassado o crescimento na UE, o país continua aquém da média do conjunto dos Estados-membros. Em 2020, 87% dos europeus afirmaram aceder à internet, uma subida de um ponto percentual e nove pontos acima do valor apurado para os portugueses.

“A internet tem-se tornado cada vez mais importante nos anos recentes e particularmente em 2020, na sequência do surto de Covid-19 e dos confinamentos e medidas de distanciamento social associados”, aponta o Eurostat.

Na Dinamarca e na Islândia, 99% dos cidadãos entre 16 e 74 anos usam internet. Só na Estónia, Croácia, Holanda e Suécia é que a taxa de utilização encolheu em 2020.

A pandemia levou mais portugueses a acederem à internet. A maioria usa-a para trocar mensagens e procurar informação sobre produtos e serviços.Pexels

Portugueses usam mais a net para mensagens e informação

Os dados do Eurostat mostram ainda as principais atividades dos portugueses na internet. 65% recorrem à rede global para enviarem mensagens instantâneas, percentagem igual à daqueles que dizem aceder à internet para procurar informação sobre produtos e serviços.

Mas há um dado mais surpreendente. 62% dos internautas portugueses afirmam usar a internet para acederem a conteúdos em sites de notícias, jornais ou revistas, uma “fatia” maior do que os 60% que assumem recorrer à internet para acederem a redes sociais.

Além disso, 42% dos portugueses recorrem à rede para acederem ao banco, 39% dizem fazê-lo para carregarem conteúdos próprios para um website e 40% afirmam fazer videochamadas.

Esta última, aliás, é a tarefa que mais cresceu na UE durante o ano da pandemia: 60% dos europeus entre 16 e 74 anos de idade telefonou ou fez videochamadas pela internet no ano passado, nos três meses anteriores ao inquérito. Trata-se de um crescimento de 12 pontos percentuais face a 2019 e a maior subida desde que este tipo de dados começou a ser recolhido em 2008.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Alemanha admite restrições nas exportações de vacinas da UE

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2021

Governo alemão admite ser favorável à restrição da exportação de vacinas produzidas na União Europeia, já que há cada vez mais atrasos na entrega de medicação contra a Covid-19.

O ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, admitiu esta terça-feira ser favorável à restrição da exportação de vacinas produzidas na União Europeia, já que há cada vez mais atrasos na entrega de medicação contra a Covid-19.

“As vacinas que saem da União Europeia (UE) precisam de uma licença para que, pelo menos, saibamos o que foi produzido e o que saiu da Europa. E que quando saem da Europa, têm uma distribuição justa”, disse Spahn.

Depois da norte-americana Pfizer ter anunciado atrasos nas entregas das suas vacinas, a farmacêutica AstraZeneca admitiu, no final da semana passada, que o número de doses de vacinas que poderia entregar seria muito menor do que o previsto, já que tinha registado uma “queda do rendimento” na fábrica europeia.

Esta declaração causou preocupação na Europa, que está a correr contra o tempo devido ao aparecimento de novas e mais perigosas variantes do coronavírus que provoca a Covid-19.

A vacina da AstraZeneca/Oxford tem a vantagem de ser mais barata de produzir do que as das suas concorrentes e também mais fácil de armazenar e transportar, especialmente em relação à vacina da Pfizer/BioNTech, que tem de ser armazenada a uma temperatura muito baixa (-70° C).

O ministro alemão da Saúde reconheceu esta segunda-feira que num “processo tão complexo como a produção de vacinas, às vezes acontecem problemas”, mas defendeu que isso deve ser uma preocupação igual para todos, o que não acontece com o Reino Unido, onde não se regista qualquer atraso nos fornecimentos.

Não se trata “de pôr a UE primeiro, mas de ter direito à quota da Europa”, disse, lembrando que a UE celebrou contratos com o grupo sueco-britânico AstraZeneca e já pré-financiou a construção de novas capacidades de produção.

Os atrasos nas entregas da vacina da AstraZeneca despertaram a raiva da comissária Europeia para a Saúde, Stella Kyriakides, que propôs, na segunda-feira, um “mecanismo de transparência” nas exportações para fora da UE de vacinas produzidas no seu território.

O Governo britânico garantiu esta terça-feira que a vacinação no Reino Unido não será afetada por atrasos nas entregas na Europa e alertou para as consequências de um “nacionalismo de vacinas” após a ameaça de Bruxelas de controlar as suas exportações.

“Estou confiante de que a AstraZeneca e a Pfizer nos fornecerão as quantidades de que precisamos para atingir a nossa meta em meados de fevereiro”, disse o secretário de Estado encarregado da campanha de vacinação, Nadhim Zahawi.

“Tenho certeza de que vão abastecer a União Europeia, o Reino Unido e o resto do mundo”, acrescentou.

A Comissão Europeia reservou cerca de 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca, que já está a ser usada no Reino Unido.

A Agência Europeia dos Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) recebeu no passado dia 12 de janeiro um pedido para autorização desta vacina e deverá, até final do mês, dar ‘luz verde’ à comercialização de emergência na UE.

Esta questão de dar prioridade aos países europeus na utilização de vacinas produzidas na UE suscitou um debate sobre a distribuição justa de vacinas no mundo, onde mais de dois milhões de pessoas morreram, no último ano, devido à Covid-19.

Em meados de janeiro, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, avisou que o mundo ia enfrentar um “fracasso moral catastrófico” se os países ricos monopolizassem as vacinas à custa dos países pobres.

A OMS e a Vaccine Alliance (Gavi) criaram o mecanismo Covax para distribuir vacinas anti-covid a países desfavorecidos, mas o sistema sofre uma tendência de ‘cada um por si’ e tem falta de financiamento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

ERSE condena Galp em 752 mil euros por 125 contraordenações

A Galp reconheceu as infrações e os 83 lesados foram compensados com um valor global de 5.620 euros. A empresa garante que se trataram de questões técnicas por falhas de um prestador de serviços.

A ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos informou esta terça-feira em comunicado que condenou a Galp Power ao pagamento de uma coima de 752 mil euros pela prática de 125 contraordenações relacionadas com interrupções do fornecimento de energia elétrica e de gás natural a consumidores, faturação e não submissão atempada dos contratos.

A coima já foi paga e o valor entretanto reduzido para 376 mil euros, depois de a petrolífera ter reconhecido as infrações, a título negligente, e ter atribuído compensações aos clientes lesados, informou o regulador no mesmo comunicado. Os 83 consumidores lesados foram compensados com um valor global de 5.620 euros.

 

“A Galp prontificou-se a compensar os consumidores lesados e a proceder ao pagamento da coima definida pela ERSE, embora a situação esteja ligada a questões técnicas que resultam de falhas de um prestador de serviços“, defendeu-se a fonte oficial da Galp, em declarações ao ECO/Capital Verde.

O processo teve início em dezembro de 2018, na sequência de um denúncias e reclamações recebidas pela ERSE.

No decurso da investigação, o regulador do setor energético apurou a prática de 125 contraordenações pela Galp Power por:

  • Ter procedido a interrupções de fornecimento de eletricidade e de gás natural em casos não excecionados ou permitidos por lei;
  • Ter procedido à denúncia de contratos de fornecimento de eletricidade em casos não excecionados ou permitidos por lei;
  • Não ter enviado aos clientes uma única fatura de acerto final de contas no prazo de 6 semanas após a efetivação da mudança de comercializador de energia elétrica e de gás natural;
  • Não ter considerado leitura real na faturação relativamente à energia elétrica e ao gás natural, faturando com base numa estimativa por si realizada para o mesmo período;
  • Não ter submetido no Portal de Switching pedidos de contratação do fornecimento de eletricidade e de gás natural em nome dos consumidores, no prazo de 5 dias úteis, após a celebração de contrato.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Preços das telecoms subiram 6,5% em Portugal, mas desceram 10,8% na UE

Os preços das telecomunicações em Portugal subiram 6,5% entre o final de 2009 e dezembro de 2020, ao mesmo tempo que desceram 10,8% no conjunto dos países da UE.

As telecomunicações em Portugal encareceram nos últimos dez anos, em sentido inverso ao observado no conjunto dos países da União Europeia (UE). Os dados divulgados esta terça-feira pela Anacom mostram que os preços subiram 6,5% no país entre o final de 2009 e dezembro de 2020, ao mesmo tempo que diminuíram 10,8% no bloco.

Em causa está uma nova atualização às estatísticas dos preços praticados pelas operadoras em Portugal, que evidencia a evolução divergente do país face à tendência europeia. A Anacom tem vindo a alertar para esta problemática, apesar de as empresas recorrerem a outros dados, como as receitas globais do setor, para garantirem que os preços têm vindo a descer — um dos temas quentes do setor das telecomunicações.

“Uma análise comparativa mais fina a alguns países próximos permite constatar que um padrão de divergência de preços se terá instalado a partir de 2011-2012”, escreve o regulador do setor, que aponta para descidas dos preços em Espanha, Itália e França de, respetivamente, 9,4%, 16,9% e 24,3% na última década, citando informação do Eurostat.

A entidade liderada por João Cadete de Matos avança ainda que a divergência acentuou-se com a entrada em vigor, a 15 de maio de 2019, das “novas regras europeias que regulam os preços das comunicações intra-UE”.

“Ajustamentos” anuais justificam subida

Apesar da discordância do setor, a Anacom tem bem identificado o motivo que explica a subida dos preços das telecomunicações no país, apesar das quedas na Europa. Tratam-se, segundo o regulador, das atualizações de preços praticadas habitualmente pelas operadoras no início de cada ano.

“As diferenças entre a evolução de preços das telecomunicações em Portugal e na UE (+17,3 pontos percentuais, em termos acumulados) devem-se sobretudo aos ‘ajustamentos de preços’ que os prestadores implementaram, normalmente nos primeiros meses de cada ano”, indica o regulador.

Estas atualizações são habituais, apesar de haver anos em que acontecem duas vezes, como foi o caso em 2017, e surgem com o pretexto de ajustar as mensalidades à luz da inflação. Porém, algumas vezes, as operadoras estabelecem aumentos mínimos que acabam por resultar em subidas dos preços acima da taxa de inflação.

A título de exemplo, foi o que aconteceu este mês com a Meo. Uma vez que a inflação foi nula, a operadora tinha estabelecido como aumento mínimo 50 cêntimos, levando a uma subida de 50 cêntimos nas mensalidades de vários clientes.

Portugal tem o quinto preço por GB mais alto

Mas o regulador vai ainda mais longe na nota informativa publicada esta terça-feira. A Anacom cita um estudo da Cable.co.uk — que explica ser “um prestador de serviços de comparações tarifárias” britânico que opera há dez anos e é acreditado pela OFCOM, o regulador das telecomunicações do Reino Unido — para referir que o preço por GB de dados móveis em Portugal é o quinto mais elevado da UE.

“Se se considerarem apenas os preços dos dados móveis, em 2020, Portugal era o quinto país da UE com o preço médio de 1 GB de dados móveis mais elevado, 45% acima da média, de acordo com o estudo Worldwide mobile data pricing 2020 desenvolvido pela Cable.co.uk. Com preços mais elevados do que Portugal apenas estão o Chipre, a Grécia, a República Checa e a Hungria”, escreve a Anacom.

Além disso, o regulador português assegura que, no ano passado, 18 países do bloco tinham ofertas mais baratas do que a oferta mais barata em Portugal — esta, por sua vez, considerada cerca de 24% mais cara do que a média das ofertas mais acessíveis na UE.

Apritel queixa-se de “visão distorcida” dos preços

A reação das operadoras à informação da Anacom não se fez esperar. Num comunicado divulgado ao final desta terça-feira, a associação setorial Apritel diz considerar “inaceitável e distorcida a visão do regulador sobre a evolução dos preços das comunicações”. Para o organismo encabeçado por Pedro Mota Soares, os dados transmitem “uma imagem incorreta do setor”.

A Apritel começa por indicar que, dos dados publicados pela Anacom, “retira-se que, ao longo dos últimos 12 meses em Portugal, o preço das comunicações eletrónicas desceu 2,1%, enquanto na média europeia os preços ficaram estáveis”. “Portugal é assim o quinto país em que os preços mais desceram”, se tidos apenas em conta os 12 meses de 2020.

O organismo que representa Meo, Nos e Vodafone assegura também o estudo de preços da Cable.co.uk “refere que, em Portugal, de 2019 para 2020, o preço médio por GB de dados móveis desceu 64,4%”.

“No entanto, nos destaques que escolhe fazer, a Anacom refere que Portugal ‘é o 23.º país com aumentos de preços mais elevados’, o que é uma forma incorreta e pouco transparente de retratar o que verdadeiramente de verifica”, refere a Apritel. “Não é aceitável que a ideia transmitida seja a de que Portugal é o 23º país com aumentos de preços mais elevados quando a mensagem mais correta, direta e simples de entender é a de que Portugal é o 5º país com as maiores descidas de preços”, acrescenta.

A Apritel conclui, indicando que “selecionando dados de uma forma enviesada, a Anacom publicou e veiculou para a imprensa informação incorreta e uma visão totalmente distorcida da evolução dos preços das comunicações eletrónicas em Portugal”.

(Notícia atualizada às 18h09 com reação da Apritel)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Bazuca” pode falhar impulsionamento da economia europeia, diz Schäuble

  • ECO
  • 26 Janeiro 2021

Existe uma "falta de progresso real" e de "eficiência na execução" destes programas reformistas entre os Estados-membros, refere o antigo ministro das Finanças alemão.

A Europa corre o risco de não conseguir cumprir a sua missão de impulsionar as suas perspetivas de crescimento através dos 750 mil milhões de euros da chamada “Bazuca Europeia”, fundo criado para combater o impacto da pandemia da Covid-19 nos diferentes Estados-membros. O alerta foi feito por Wolfgang Schäuble, avança o Financial Times.

O antigo ministro das Finanças alemão coloca esta questão pelo facto de ter algumas dúvidas acerca da capacidade dos diferentes Estados-membros para implementar duras reformas económicas, destacando uma “falta de progresso real” e de “eficiência na execução” destes programas reformistas entre os países, salienta Schäuble.

Neste âmbito, o atual presidente do Parlamento alemão destaca ainda que deveria ter-se definido “há muito tempo em que áreas os Estados-Membros deveriam investir estes fundos”, pois a União Europeia teria dispensado tempo excessivo na discussão sobre a dimensão do fundo e a distribuição dos montantes. Teria perdido pouco tempo “a pensar no que gastar”, disse o ex-ministro das Finanças alemão.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Impeachment contra Donald Trump já foi entregue no Senado

  • ECO
  • 26 Janeiro 2021

Este será o primeiro julgamento de um antigo Presidente no Senado em toda a história dos Estados Unidos da América. O objetivo é evitar que Trump se volte a candidatar.

Na madrugada desta terça-feira, a Câmara dos Representantes entregou no Senado o artigo de impeachment contra Donald Trump, preparando aquele que será o primeiro julgamento de um antigo Presidente, no Senado, na história dos Estados Unidos, avança o The Guardian.

Donald John Trump envolveu-se em crimes graves e contraordenações ao incitar à violência contra o Governo dos Estados Unidos”, afirmou Jamie Raskin, um dos representantes do impeachment, diante do Senado. Tudo isto acontece, efetivamente, depois de nove representantes terem levado a cabo uma acusação de impeachment contra Donald Trump, após considerarem que o antigo líder da nação teria sido responsável pela invasão violenta de que o Capitólio foi alvo, a qual ocorreu a 6 de janeiro.

A propósito deste processo, o Presidente em funções, Joe Biden, disse à CNN que o julgamento de Donald Trump “tem de acontecer”, ainda que as hipóteses de poderem contar com o apoio dos republicanos para uma condenação sejam escassas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.