Investimento das empresas afunda mais de 16% em 2020. Deverá crescer 3,5% este ano

Num ano de 2020 marcado pela pandemia, o investimento das empresas terá caído 16,3%. Empresas deverão investir um pouco mais este ano.

O investimento das empresas recuou mais de 16% em 2020, um ano profundamente marcado pela pandemia de Covid-19. Para 2021, as perspetivas apontam para uma ténue recuperação do investimento empresarial, prevendo-se um crescimento de 3,5%, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

“O investimento empresarial em termos nominais diminuiu 16,3% em 2020, traduzindo uma redução expressiva face às perspetivas reveladas no inquérito anterior“, as quais apontavam para um decréscimo de 8,9% já num contexto de crise sanitária, de acordo com o gabinete de estatísticas.

Antes da crise pandémica, os resultados do inquérito de investimento empresarial realizado no final de 2019 perspetivavam um crescimento de 3,6%.

“Esta evolução das perspetivas de investimento para 2020 entre os diferentes momentos de inquirição reflete, em grande medida, os efeitos da pandemia Covid-19 na atividade económica, que conduziram ao cancelamento ou adiamento das decisões de investimento”, explica o INE.

Investimento das empresas afunda em 2020

À semelhança de outros países, Portugal viveu em 2020 um longo período de confinamento generalizado entre março e abril, afetando duramente a atividade de muitas empresas. As restrições voltaram em força já no último trimestre do ano com a segunda vaga da pandemia de Covid-19. O novo ano trouxe um novo confinamento, que entrou em vigor na segunda quinzena de janeiro.

O investimento no setor do turismo (alojamento, restauração e similares) afundou 49%. Setores da água, construção, atividades de informação e comunicação, atividades financeiras e de seguros e atividades imobiliárias foram a exceção e viram o investimento empresarial aumentar.

De acordo com o INE, todos os escalões de dimensão das empresas apresentaram contributos negativos para a variação do investimento em 2020, mas a revisão em baixa atingiu “maior expressão” entre as grandes empresas, com mais de 500 trabalhadores, e “que terão cancelado ou adiado decisões de investimento” ao longo do ano passado.

O INE vai mais pela segunda hipótese: de adiamento das decisões de investimento. Esta leitura decorre das intenções que as grandes empresas manifestam para este ano. “Este escalão apresenta o maior contributo para as perspetivas de recuperação do investimento em 2021”, refere a agência de estatísticas.

Para 2021, os resultados do inquérito (que teve lugar entre 1 de outubro e 14 de janeiro) apontam para uma recuperação parcial do investimento empresarial, perspetivando-se um crescimento de 3,5%.

Os setores das atividades imobiliárias e dos transportes e armazenamento são aqueles que registam as maiores variações positivas: +77,4% e +63,1%, respetivamente.

(Notícia atualizada às 11h41))

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98% das viagens dos portugueses no verão foram dentro do país

As viagens dos residentes em Portugal caíram 26,7% no verão, numa altura marcada ainda pela pandemia. Maioria das deslocações foi dentro do país, por motivos de lazer ou férias.

No verão passado, os portugueses viajaram menos. Foram 6,4 milhões de viagens, o equivalente a uma diminuição de 26,7% face ao verão de 2019, indicam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). E, como seria de esperar, a esmagadora maioria destas viagens — que aconteceram por motivos de lazer ou férias — aconteceu dentro do país, ainda numa altura de pandemia. As viagens para o estrangeiro afundaram 85%.

Os 6,4 milhões de deslocações feitas entre julho e setembro correspondem a uma quebra de 26,7%. Contudo, esta quebra é bastante inferior à observada no segundo trimestre (65%). “O impacto da pandemia continuou a fazer-se sentir no número de viagens realizadas, no entanto com menos expressão que nos meses anteriores”, diz o INE.

Evolução mensal do número de viagens turísticas dos residentes. | Fonte: INEINE

E, como seria de esperar, também somado a todas as restrições de voos que existia nessa altura, a maioria dos portugueses optou por ficar por cá. De todas as deslocações ocorridas entre julho e setembro, 6,2 milhões (97,5%) foram dentro do país, representando, contudo, um decréscimo de 18,5%. Já no que diz respeito a viagens com destino ao estrangeiro, estas totalizaram apenas 161.900 (2,5% do total), o equivalente a uma descida de 84,5%.

No mesmo período, 70% das deslocações (4,4 milhões) aconteceram por motivos de “lazer, recreio ou férias”. Destaque ainda para 24,4% (1,6 milhões) das viagens motivadas por “visita a familiares e amigos” e para as viagens por motivos “profissionais ou de negócios” que totalizaram 171.600, o equivalente a 2,7% do total de deslocações.

Relativamente à estadia média, esta aumentou. Os hóspedes nacionais registaram uma média de 8,41 dormidas, representando um acréscimo de 7,8% face ao mesmo período do ano anterior. E na hora de escolher onde passar a noite, embora os hotéis tenham concentrado 25% de todas as dormidas, o “alojamento particular gratuito” manteve-se como a principal opção (61% das dormidas).

(Notícia atualizada às 11h44 com mais informação)

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2021, o ano dos RH

  • PESSOAS + EY
  • 25 Janeiro 2021

Tânia Ribeiro, Senior Manager EY, People Advisory Services, explica como é que os recursos humanos poderão evoluir na curva de maturidade para se tornarem verdadeiros parceiros de negócio.

Existem acontecimentos que marcam a forma como o mundo evolui. Os mercados e as organizações vinham a crescer de forma exponencial até a pandemia os parar abruptamente. E com ela, o mundo mudou. A forma como a sociedade quer viver, o consumidor comprar ou o colaborador trabalhar, é hoje substancialmente diferente.

As organizações já perceberam que têm de se reinventar para assegurar relevância no futuro. E os recursos humanos (RH), onde ficam no meio de toda esta transformação que está em curso?

Quando olhamos para o mercado português, é notório a existência de diferentes níveis de maturidade nas direções de RH, consequência direta do investimento realizados nos últimos anos. Temos direções que ainda funcionam como uma espécie de ilha, centradas sobretudo na eficiência dos processos administrativos, até direções que se assumem como verdadeiros parceiros de negócio, procurando incorporar todas as disrupções necessárias ao evoluir da organização.

É importante que neste início de ciclo transformativo os RH façam uma análise e percebam:

  • Onde se posicionam atualmente na curva de maturidade e onde se querem posicionar;
  • Como podem efetivamente contribuir para a concretização da estratégia organizacional;
  • Como querem ser reconhecidos na organização.

Para conseguirem evoluir na curva de maturidade, existem cinco grandes áreas a que devem dedicar atenção:

  1. Negócio: A estratégia de RH deve estar desenhada para servir a estratégia de negócio, assegurando uma elevada performance e compromisso dos colaboradores. O papel dos HR Business Partners é cada vez mais importante. Estes devem conhecer em profundidade o negócio e as atividades das áreas que acompanham, para as conseguir aconselhar, desafiar e antecipar necessidades futuras (ao invés de atuar de forma reativa, como meros executantes).
  2. Tecnologia: As empresas Top Performers utilizam cinco vezes mais a sua capacidade analyticsdoque as outras empresas. Transformar dados em conhecimento permite aos RH perceber tendências, evoluções e ir ajustando as suas políticas numa perspetiva da melhoria contínua e de necessidades futuras do negócio. A automação de processos também é um aspeto relevante, pois para além de aumentar a qualidade, permite alocar a equipa a tarefas mais estratégicas e de maior valor acrescentado.
  3. Experiência colaborador: A jornada do colaborador é das marcas mais fortes na proposta de valor organizacional. Esta deve integrar todas as fases do ciclo, trabalhando de forma distintiva e personalizada as diversas etapas (atração e recrutamento, onboarding, desenvolvimento, reconhecimento e saída). Face às tendências atuais, a jornada do colaborador deve integrar elementos físicos e digitais, para melhorar a experiência e amplificar o seu impacto.
  4. Gestão da Mudança: A mudança é uma constante nos dias que correm, sendo por isso essencial a construção de uma narrativa que destaque o propósito e o desenho de key drivers que assegurem engagement e comportamentos alinhados. Os colaboradores devem estar munidos das competências necessárias, para atuarem como elementos mobilizadores da mudança.
  5. Gestão do Talento: Os processos que suportam a gestão do talento devem ser flexíveis para permitir acomodar a disrupção e, em alinhamento com as tendências de mercado, desafiar os colaboradores a assumirem o ownership do seu desenvolvimento.

Momentos de grandes transformações são momentos de grandes oportunidades. Que os RH saibam tirar partido da conjuntura e tenham a coragem de se assumir como um importante advisor estratégico da organização. 2021, o ano dos RH.

Se tem interesse em receber comunicação da EY Portugal (convites, newsletters, estudos, etc), por favor clique aqui.

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O preço da eletricidade no mercado ibérico desceu graças à energia eólica

  • Capital Verde + APREN
  • 25 Janeiro 2021

Pedro Amaral Jorge, CEO da APREN, fala da importância que a eletricidade de fonte eólica tem hoje no setor da energia. A propósito do tema, associou-se a um ciclo de conferências a 27 e 28 de janeiro.

O preço médio da eletricidade no mercado grossista desceu para os 51,66 €/MWh na passada quarta-feira, 20 de janeiro, graças ao vento, que possibilitou que a energia eólica se impusesse como a principal fonte de produção de energia elétrica.

No dia 8 de janeiro de 2021, como foi público, registou-se o preço médio mais elevado de sempre no mercado ibérico, muito próximo dos 95 €/MWh. Um valor semelhante só tinha sido atingido em 2013, mais concretamente a 8 de dezembro, dia em que se chegou aos 93,11 €/MWh.

As temperaturas mais amenas verificadas no dia 20 de janeiro, em relação a dias anteriores, também contribuíram para uma diminuição na procura de eletricidade para conforto térmico, simultaneamente os preços do gás caíram nos mercados de energia em todo o mundo.

"O futuro da energia eólica estará justamente no centro de um debate que contará com um vasto painel de especialistas numa conferência remota, organizada pela APREN – Associação de Energias Renováveis – que decorrerá a 27 e 28 de janeiro de 2021.”

Pedro Amaral Jorge

CEO da APREN

De acordo com dados do Operador de Mercado Elétrico – OMIE – o preço máximo horário no mercado grossista de eletricidade atingiu nesse dia, 20 de janeiro, por volta das 21h00, os 67,90 €/MWh. Um valor significativamente mais baixo que os máximos de 114 €/MWh, em momentos de ponta, já registados em janeiro. O preço mais baixo cifrou-se nos 29,67 €/MWh.

É incontestável a conclusão de que a eletricidade de fonte eólica já permitiu, neste primeiro mês do ano, a redução do preço médio de eletricidade em 45%, o que comprova a importância que esta tecnologia continua a ter no mix de geração elétrica da Península Ibérica, não só por questões ambientais, mas económicas, tendo uma contribuição decisiva para reduzir o preço médio diário no mercado grossista.

Pedro Amaral Jorge, CEO da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN).D.R.

O futuro da energia eólica estará justamente no centro de um debate que contará com um vasto painel de especialistas numa conferência remota, organizada pela APREN – Associação de Energias Renováveis – que decorrerá a 27 e 28 de janeiro de 2021.

" A eólica continua a ter o seu espaço próprio e deve ser vista de forma complementar e não concorrencial face a outras tecnologias.”

Pedro Amaral Costa

CEO da APREN

A APREN associou-se ao Wind Energy and Biodiversity Summit (WIBIS), um ciclo global de conferências com especialistas locais e internacionais, que discutirão neste fórum as práticas mais sustentáveis relacionadas com a energia eólica e a biodiversidade (registos aqui).

Em cima da mesa estarão os grandes desafios que se colocam à energia eólica, tanto ao nível do licenciamento ambiental, como na cadeia de valor da indústria (dos fabricantes aos construtores passando pela Engenharia e Operação e Manutenção), tendo em conta as metas que com que Portugal, a par de todos os Estados Membros, se vinculou com a Comissão Europeia. Irá ser também abordado o papel crucial que esta tecnologia tem na estratégia de descarbonização, rumo à neutralidade climática.

A diversidade e complementaridade de tecnologias renováveis é imperiosa para garantir o equilíbrio dos preços. A eólica continua a ter o seu espaço próprio e deve ser vista de forma complementar e não concorrencial face a outras tecnologias.

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Confiança empresarial na Alemanha cai em janeiro com paralisação da recuperação

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2021

A confiança empresarial na Alemanha deteriorou-se em janeiro, porque a segunda vaga da pandemia paralisou a recuperação da economia alemã, avançou o instituto alemão ifo.

A confiança empresarial na Alemanha deteriorou-se em janeiro, porque a segunda vaga da pandemia paralisou a recuperação da economia alemã, anunciou esta segunda-feira o instituto alemão ifo.

Num comunicado, o instituto indica que o índice de confiança empresarial baixou de 92,2 pontos em dezembro para 90,1 pontos em janeiro, precisando que as empresas avaliaram a sua situação atual como pior do que no mês passado e as suas expectativas mais pessimistas.

Após oito aumentos consecutivos, o índice caiu este mês na produção, devido nomeadamente a expectativas menos otimistas entre as empresas da indústria transformadora, mas, em contraste, as avaliações da situação atual foram consideravelmente melhores.

A utilização da capacidade aumentou 1,6 pontos percentuais, para 81,8%, mas ainda é inferior à média a longo prazo de 83,5%, afirma o ifo.

No setor dos serviços, o indicador da confiança empresarial foi significativamente mais baixo, tendo as empresas ajustado em baixa as suas avaliações da situação atual e foram também muito mais pessimistas em relação aos próximos meses.

O desenvolvimento da carteira de encomendas foi mais fraco, especialmente nos transportes e logística.

No comércio, o índice do clima de negócios baixou a pique, com o indicador da situação atual a cair para terreno negativo e a registar a queda mais acentuada desde abril de 2020.

As expectativas também eram nitidamente mais pessimistas, com o sentimento a deteriorar-se em quase todos os segmentos retalhistas, em alguns casos drasticamente, adianta o ifo.

Este mês, em contraste com dezembro, muitos indicadores no comércio grossista também recuaram.

A confiança empresarial também se agravou na construção, tendo as avaliações da atual situação empresarial sido um pouco menos positivas e com mais empresas a mostrarem-se pessimistas face aos próximos meses.

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Deutsche Bank investiga vendas fraudulentas a clientes portugueses

  • ECO
  • 25 Janeiro 2021

Banco alemão iniciou uma investigação interna a eventuais más práticas na comercialização de produtos financeiros. Clientes portugueses e espanhóis terão sido afetados por estas vendas fraudulentas.

O Deutsche Bank está a investigar alegadas más práticas na venda de produtos financeiros a clientes portugueses e espanhóis, anunciou o banco alemão este fim de semana.

“Iniciámos uma investigação em relação ao nosso envolvimento com um número limitado de clientes. Não podemos fazer comentários sobre os detalhes da investigação até que esteja finalizada”, disse um porta-voz do banco numa declaração citada pela Reuters.

De acordo com o Financial Times (acesso pago), o banco alemão estava a averiguar se os seus trabalhadores tiveram práticas desadequadas (misselling) na comercialização de produtos da banca de investimento mais sofisticados aos clientes, em violação das regras da União Europeia, investigando ainda um possível conluio para partilha de lucros entre os profissionais do banco de investimento e trabalhadores dos clientes empresariais.

A investigação interna foi desencadeada depois das queixas apresentadas por vários clientes no ano passado. Inicialmente, a investigação focou-se no mercado espanhol, que vendeu vários produtos financeiros, desde swaps a derivados.

A investigação foi depois alargada ao resto da Europa, embora apenas os clientes em Espanha e Portugal tenham sido afetados, segundo revelou uma fonte ao Financial Times.

Uma auditoria encontrou várias falhas na categorização de clientes empresariais ao abrigo da DMIF (Diretiva dos Mercados e Instrumentos Financeiros), que obriga os bancos a separarem os clientes pelos seus níveis de sofisticação financeira.

Várias fontes disseram ao Financial Times que o staff do banco sabia dessas práticas ilegais com a venda de produtos inapropriados ou desadequados aos clientes, que não sabiam o risco que estavam a assumir com esses investimentos.

O banco também está a investigar acusações de que houve conluio entre os seus empregados e os funcionários de alguns dos clientes que compraram os produtos inadequados.

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De “Presidente de centro direita” a “conservador mais de esquerda”. A vitória de Marcelo na imprensa internacional

Foram muitos os jornais que noticiaram a reeleição de Marcelo Rebelo de Sousa como Presidente da República.

Marcelo Rebelo de Sousa foi reeleito Presidente da República com mais de 60% dos votos e foram muitos os jornais internacionais que não deixaram passar o momento em branco. Leitores em Espanha, França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Brasil e até nos Estados Unidos podem ler sobre esta vitória. “Presidente cessante” foi o termo mais usado, mas houve quem lhe chamasse “Presidente de centro direita” e até “conservador mais de esquerda”.

“Portugal desafia a pandemia e reelege Marcelo Rebelo de Sousa como Presidente”, escreve o jornal espanhol El País, que sublinha o dia “atípico” em que estas eleições aconteceram, a ida de Marcelo a Celorico de Basto para votar e ainda a “figura anómala” de André Ventura. Mas é também o El País que se refere a Marcelo como o “conservador mais de esquerdas” do país, numa espécie de biografia daquele que é “o político mais popular” de Portugal.

Em França, o jornal Le Fígaro apelida Marcelo de “conservador moderado”, que “se tornou famoso como comentador político”. Já o italiano La Repubblica escreve que Marcelo “não é uma expressão da maioria governante, mas da formação da oposição conservadora”. No Reino Unido, o The Guardian afirma que “o Presidente da centro-direita foi reeleito, mas a extrema-direita ganha terreno”.

O jornal alemão Der Tagesspiegel fala numa “vitória triunfante”, enquanto do outro lado do oceano o brasileiro Folha de S. Paulo diz que Marcelo “confirma o favoritismo”. Nos Estados Unidos Marcelo também mereceu destaque, com o The New York Times a dar destaque ao facto de André Ventura ter alcançado a terceira posição: Portugal já se destacou na Europa por não ter uma presença real de extrema-direita na política. Esses dias parecem ter acabado”.

Percorra a galeria de imagens para ver as notícias da imprensa internacional

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João Ferreira e Marisa Matias sem acesso a subvenção pública

  • ECO
  • 25 Janeiro 2021

O candidato do PCP e a candidata do BE não alcançaram um resultado que lhes permitisse aceder à subvenção pública para financiamento das campanhas eleitorais.

As candidaturas de João Ferreira e de Marisa Matias à Presidência da República não obtiveram votos suficientes para terem acesso à subvenção pública para financiamento das campanhas eleitorais. A notícia é avançada pelo Diário de Notícias (acesso pago).

Segundo o jornal, a lei estabelece como requisito para o acesso à subvenção um mínimo de 5% dos votos nas Presidenciais. Ora, nas eleições deste domingo, tanto o candidato do PCP como a candidata do BE registaram um resultado abaixo desta percentagem.

Este ano, a subvenção tem um valor de 3,5 milhões de euros, 20% a distribuir pelas candidaturas acima de 5% e os restantes 80% a distribuir na proporção dos resultados eleitorais. João Ferreira obteve 4,32% dos votos, enquanto Marisa Matias conseguiu 3,95%.

Veja aqui os resultados das Presidenciais:

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Morreu António Cardoso e Cunha, o primeiro comissário europeu português

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2021

O primeiro comissário europeu português, António Cardoso e Cunha, morreu no domingo com 87 anos.

O primeiro comissário europeu português, António Cardoso e Cunha, morreu no domingo com 87 anos, disse à agência Lusa um seu antigo assessor e uma fonte do PSD.

Engenheiro químico de formação e militante do PSD, Cardoso e Cunha foi deputado, ministro da Agricultura e Pescas de Governos da AD liderados por Sá Carneiro e presidente da TAP.

Em 1986, após a adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia (CEE), foi nomeado comissário europeu, cargo que ocupou até 1993.

No final da década de 1990, foi nomeado comissário da Expo’98 e em seguida presidente do Conselho de Administração da TAP[1], tendo saído do cargo em 2004 para dar lugar a Fernando Pinto.

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Caravanas da Indie Campers chegam a oito novas cidades europeias

Líder europeia, a plataforma portuguesa de aluguer de autocaravanas quer chegar a 40 cidades em 14 países, até final deste ano.

Indie Campers quer chegar a 40 cidades em 14 países da Europa até final de 2021.Indie Campers

As autocaravanas da Indie Campers chegaram a oito novas cidades europeias. A plataforma de aluguer portuguesa, que é líder europeia, acaba de anunciar a chegada a Estugarda, Hannover, Leipzig e Essen (Alemanha), Toulouse e Nantes (França), Manchester (Reino Unido) e Malmö (Suécia). As novas localizações integram a estratégia de expansão, que deverá chegar a uma presença em 40 cidades em 14 países até final deste ano, assinala a startup em comunicado.

A escolha das novas localizações “obedece a critérios de cobertura geográfica e aos níveis de procura registados pela nossa comunidade até agora, e estamos confiantes de que se tornarão alguns dos nossos destinos mais reservados a partir de 2021”, assinala Hugo Oliveira, CEO e fundador da Indie Campers, citado em comunicado.

"Estamos confiantes de que se tornarão alguns dos nossos destinos mais reservados a partir de 2021.”

Hugo Oliveira

CEO e fundador da Indie Campers

O crescimento para as oito novas cidades vai ser acompanhado de um reforço na frota de autocaravanas e campervans e a operação arranca a 1 de maio, ainda que as reservas já estejam disponíveis desde a semana passada.

“O reforço da nossa expansão, num cenário de incerteza e após um ano especialmente complicado para todo o mundo e especialmente para o setor do turismo, é uma demonstração adicional da nossa ambição internacional e da crença — suportada pelos padrões observados junto dos nossos viajantes — de que as road trips em autocaravana são cada vez mais encaradas como a forma mais segura, flexível e livre para viajar“, justifica Hugo Oliveira.

Fundada em 2013, a Indie Campers conta, atualmente, com uma frota de mais de mais de 1.200 veículos em 40 cidades em Portugal, Espanha, França, Itália, Suíça, Alemanha, Holanda, Croácia, Bélgica, Reino Unido, Irlanda, Islândia, Suécia e Áustria, bem como nas ilhas Mediterrânicas da Sardenha e Sicília. A empresa já contabiliza clientes de mais de 130 nacionalidades e mais de 200.000 noites passadas em autocaravanas.

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Das felicitações calorosas de Costa aos votos de êxito de Sanchez. Veja as reações à vitória de Marcelo

Várias figuras políticas já felicitaram Marcelo Rebelo de Sousa pela vitória nas eleições presidenciais. O ECO fez um apanhado dessas mesmas reações.

Na noite deste domingo confirmou-se o que muitos já esperariam. Marcelo Rebelo de Sousa foi o grande vencedor das eleições presidenciais, deixando a uma larga distância todos os restantes candidatos e garantindo uma reeleição e a permanência no cargo de Presidente da República por mais cinco anos.

Várias figuras políticas a nível nacional e internacional têm vindo a congratular o Presidente e candidato pela sua vitória. Nesse sentido, o ECO fez um apanhado de algumas das reações que são já conhecidas a este propósito.

António Costa

O primeiro-ministro português foi um dos primeiros a felicitar Marcelo Rebelo de Sousa pelo facto de ter conseguido garantir um mandato adicional de cinco anos à frente da Presidência da República. As congratulações foram dadas através de uma publicação feita na conta detida por António Costa na rede social Twitter, após conhecidos os resultados finais do processo eleitoral.

Na publicação, o primeiro-ministro endereça a Marcelo “votos das maiores felicidades na continuidade do mandato presidencial, em proximidade com os portugueses, em defesa da Constituição e do prestígio internacional de Portugal, em profícua cooperação institucional”.

Ursula von der Leyen

Também na rede social Twitter, a presidente da Comissão Europeia felicitou Marcelo Rebelo de Sousa “pela reeleição como Presidente de Portugal”, numa altura em que Portugal preside ao Conselho da União Europeia, tal como destaca Ursula von der Leyen.

“Anseio por prosseguirmos a nossa cooperação durante e depois da Presidência Portuguesa da União Europeia”, aproveita para referir a presidente da Comissão Europeia na mesma mensagem.

Charles Michel

O presidente do Conselho Europeu foi também uma das figuras políticas de renome a congratular o atual Presidente da República pela sua reeleição, através de uma publicação feita na sua conta no Twitter: “As minhas sinceras felicitações a Marcelo Rebelo de Sousa pela sua reeleição como Presidente de Portugal”.

Charles Michel, neste âmbito, diz estar certo de que “o seu mandato de Presidente, em articulação com a Presidência Portuguesa” do Conselho da União Europeia, “contribuirá para uma recuperação justa, verde e digital”, felicitando-o pela vitória.

David Sassoli

O presidente do Parlamento Europeu foi outra das personalidades políticas a felicitar publicamente Marcelo Rebelo de Sousa pela sua expressiva vitória nas eleições deste domingo, endereçando-lhe “sinceras felicitações” pela sua “reeleição como Presidente de Portugal”, através da conta que detém na rede social Twitter.

Nessa mesma mensagem, David Sassoli expressa as suas intenções de garantir, em parceria com Portugal, uma continuação do trabalho “em conjunto na luta contra a Covid”, tendo ainda em vista a “recuperação social e económica de que a Europa necessita”.

Pedro Sanchéz

Também o presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, aproveitou a ocasião para congratular “Marcelo Rebelo de Sousa pela sua reeleição nas presidenciais de Portugal”, através de um post na conta que detém no Twitter. Na publicação, em que o político espanhol deseja “todo o sucesso” ao Presidente da República portuguesa, o mesmo oferece todo o “apoio de Espanha nesta fase” para aquele que chama de seu “país vizinho”.

“Estamos unidos por fortes laços de cooperação, colaboração e trabalho mútuo em prol do bem comum de ambos os Estados”, destaca ainda o responsável espanhol.

Alexander Van der Bellen

Também da Áustria chegaram felicitações a Marcelo pelos resultados que obteve nas eleições deste domingo. Alexander Van der Bellen, atual Presidente austríaco, por via da conta que detém na rede social Twitter, congratulou o “querido amigo Marcelo Rebelo de Sousa pela sua reeleição enquanto Presidente de Portugal”.

No mesmo post, Van der Bellen mostrou também estar “ansioso por reforçar” a “cooperação bilateral em benefício” de ambos os países e do “futuro comum europeu”.

Governo da Venezuela

Jorge Arreaza, ministro das Relações Exteriores do Governo da Venezuela, endereçou a Marcelo Rebelo de Sousa, também através de publicação feita na sua conta no Twitter, as felicitações do Presidente Nicolás Maduro a propósito dos resultados das eleições portuguesas, desejando ao português “sabedoria para liderar a sua nação” naquela que caracteriza como sendo uma “época de grandes desafios”.

“Em nome do Presidente Nicolás Maduro, felicitamos o povo de Portugal e saudamos a grande comunidade portuguesa residente na Venezuela pela reeleição do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa”, escreveu ainda Jorge Arreaza.

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Covid-19 aumentou ofertas de trabalho na saúde, distribuição e produção alimentar

A crise provocada pela Covid-19 trouxe desafios nalguns setores de atividade mas oportunidades noutros. Saúde, distribuição e produção alimentar foram áreas onde as ofertas de trabalho aumentaram.

A pandemia não trouxe só desafios para as empresas que foram mais penalizadas pela crise provocada pela Covid-19 e a consequente mudança de hábitos de consumo. Em contraciclo, houve setores de atividade em que as ofertas de trabalho cresceram, respondendo a novas necessidades ou ao incremento de outras já existentes.

De acordo com o Brighter Future, portal de tratamento de dados da Fundação José Neves, a saúde, a distribuição e a produção alimentar aumentaram as ofertas de trabalho e, por isso, as profissões relacionadas com estes setores registaram uma maior procura até ao terceiro trimestre de 2020, concretamente as profissões de enfermeiro, operador de máquinas, de fabrico de produtos alimentares e similares e de carteiro e similares. No caso da procura por enfermeiros, a Fundação refere “que o aumento de ofertas de emprego tem um caráter mais constante” uma vez que “a procura quadruplicou desde o início do ano”.

Em contrapartida, as funções de rececionista de hotel, gerente de restauração, compositor, músico, cantor, bailarino e coreógrafo foram as que registaram maiores quebras na procura.

No topo das ofertas de emprego mantêm-se, apesar da pandemia, profissões com “uma forte componente tecnológica e com ligação ao setor do comércio”, refere a Fundação em comunicado. Casos como os de programador de software; analista de sistemas; operador de caixa e outros trabalhadores relacionados com vendas; pessoal de informação administrativa; especialista em recursos humanos; técnico de apoio aos utilizadores das tecnologias da informação e comunicação (TIC); programador web e multimédia; representante comercial; empregado de aprovisionamento, armazém, de serviços de apoio à produção e transportes; mecânico e separador de máquinas são alguns dos exemplos em que a procura se manteve ao longo dos meses analisados.

“Do primeiro para o segundo trimestre de 2020, cerca de 80% das profissões registaram um decréscimo de ofertas de trabalho, mas o cenário melhorou no entretanto. (…) do segundo para o terceiro trimestre, a grande maioria das profissões recuperou da queda verificada nos primeiros seis meses.”, assinala a Fundação.

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