Santa Casa premeia investigação científica portuguesa

  • ECO
  • 20 Janeiro 2021

Uma nova terapia para regeneração da medula espinhal e dois projetos relacionados com a doença de Parkinson vencem prémios destinados a promover a investigação científica em Portugal.

Maria Leonor Tavares Saúde é a vencedora de 2020 do prémio Melo e Castro, no valor de 200 mil euros, atribuído pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) a projetos que potenciem a recuperação e tratamento de lesões vertebro-medulares.

A cientista desenvolveu o projeto “Células senescentes e o seu fenótipo secretor: novos alvos na reparação da medula espinhal”, que se propõe a contribuir para o desenvolvimento de uma nova terapia para regeneração em mamíferos.

O que queremos fazer é estudar muito bem este programa das células senescentes e saber se há algum benefício em eliminar estas células e se traz alguma melhoria na recuperação da medula espinhal”, afirmou Leonor Saúde sobre o trabalho que está a desenvolver. “Para nós é um orgulho muito grande e também uma grande responsabilidade”, disse a investigadora, agradecendo à equipa com quem trabalha. “Este prémio é muito estimulante”.

A Santa Casa foi pioneira na área da recuperação de lesões na medula quando, em 1966, abriu o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão. O prémio foi implementado para promover a descoberta de soluções para a reabilitação de pessoas que sofrem destas patologias, reduzindo, de forma significativa, as limitações motoras e fisiológicas que lhes estão associadas.

Prémio para investigação da doença de Parkinson

Dentro nas Neurociências, e também com um valor de 200 mil euros, o prémio Mantero Belard foi atribuído a Noam Shemesh, investigador na Fundação Champalimaud, com o projeto “Da expressão genética à função das redes neuronais: estabelecendo a ponte na doença de Parkinson”, que visa ter valor clínico para o diagnóstico e caracterização da doença de Parkinson em fases iniciais, rastrear a progressão da doença ao longo do tempo e monitorizar o sucesso de novas terapias.

“Trazemos connosco as ferramentas e conhecimento, mas não temos maneira de facilitar o projeto e isso é o faz a Santa Casa, é muito importante para mim, para o meu laboratório e para a fundação”, considerou Noam Shemesh sobre o prémio.

Esta bolsa “tem como objetivo reconhecer e dinamizar a investigação científica ou clínica desenvolvida no âmbito das doenças neurodegenerativas associadas ao envelhecimento, como a Doença de Parkinson e a Doença de Alzheimer, possibilitando o surgimento de novas estratégias no tratamento e restabelecimento das funções neurológicas”.

E ainda o prémio Lobo Antunes

O Prémio João Lobo Antunes foi atribuído em 2020 a João Luís Oliveira Durães. O projeto deste médico destina-se a avaliar doentes com a Doença de Parkinson, a segunda doença neurodegenerativa mais comum, submetidos a cirurgia de Estimulação Cerebral Profunda (DBS) que desenvolvem problemas de marcha incluindo freezing (FOG).

Esta bolsa, no valor de 40 mil euros, destina-se a licenciados em medicina em regime de internato médico, visa estimular a cultura científica e a investigação clínica na área das neurociências, sem esquecer o princípio de João Lobo Antunes relativo à humanização do ato médico – “os seus pacientes e as suas histórias”.

João Durães considera este prémio “essencial” para o avançar da ciência em Portugal. “Permite estimular a investigação clínica e laboratorial, aproximando a comunidade científica da comunidade em geral”.

Os três prémios são entregues desde 2013 e procuram promover a investigação científica e médica de excelência, através da criação de uma das maiores bolsas para projetos em Neurociências desenvolvidos em Portugal. Representam um investimento anual de 400 mil euros na área das biociências, nomeadamente a neurologia, a neuropatologia, a bioquímica, a biologia molecular, a genética molecular, a química, a farmacologia, a imunologia, a fisiologia, e a biologia celular, entre outras.

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Argentino Marcelo Nico é o novo diretor-geral da Tabaqueira

Há quase 20 anos na PMI, Marcelo Nico assume agora o mercado nacional, substituindo Miguel Matos.

Marcelo Nico, diretor-geral da Tabaqueira.D.R.

Desde o início do ano que a Tabaqueira, subsidiária da Philip Morris International (PMI), tem um novo diretor-geral. Substituindo Miguel Matos, Marcelo Nico, até ao final de 2020 responsável por oito mercados na região da África do Sul e Ilhas do Índico, assume agora o mercado nacional, anuncia a empresa em comunicado.

Marcelo Nico desenvolveu a maior parte da sua carreira profissional na PMI, onde se encontra desde 2003. Até 2010 esteve, sobretudo, ligado às áreas comerciais, de vendas e marketing, em mercados como o italiano, suíço, russo e na região da América latina mas, na última década, desempenhou funções de crescente responsabilidade no mercado sul-africano.

Ao longo dos últimos cinco anos, o argentino teve ainda a responsabilidade de desenvolver o processo de transformação de negócio da Philip Morris International rumo a um futuro sem fumo, através da inovação, da digitalização e da mobilização de talento.

“É com grande entusiasmo que assumo a liderança da Tabaqueira, uma empresa que se destaca no mercado nacional, com um peso relevante na economia do país e com uma história e um legado que me inspiram e motivam. (…) Contem com todo o meu empenho e sentido de compromisso para continuarmos a ser uma empresa de referência em Portugal e a afirmar a nossa organização como um motor de inovação, de sustentabilidade e de transformação”, assinalou o novo diretor geral para os cerca de mil trabalhadoras da empresa sediada em Albarraque, no concelho de Sintra.

Constando da lista das dez maiores exportadoras nacionais, a Tabaqueira iniciou, há cinco anos, a comercialização do IQOS em Portugal, uma forma de consumo de tabaco sem combustão que conta já com mais de 16 milhões de consumidores adultos em todo mundo. A nível nacional, existem cerca de 250 mil consumidores deste sistema de tabaco aquecido.

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Siza Vieira, ministro da Economia, está infetado com Covid-19

Ministro de Estado e da Economia já estava em isolamento profilático. Apresentou sinais da doença, foi testado e deu positivo para a Covid-19.

Siza Vieira, ministro de Estado da Economia e da Transição Digital, já estava em isolamento profilático por causa do contacto com o ministro das Finanças, mas agora revelou estar positivo para a Covid-19. Apresentou sinais da doença, foi testado e confirmou-se que está infetado com o novo coronavírus.

“O ministro já se encontrava, como medida de precaução, em isolamento profilático desde sábado“, diz o comunicado do Ministério que tutela. Entretanto, diz o mesmo comunicado, Siza Vieira apresentou “alguns sintomas, foi testado e o resultado acusou positivo“.

Siza entrou em isolamento por determinação das autoridades de Saúde depois de ter tido “um contacto com o Ministro da Finanças que, entretanto, acusou positivo à Covid-19″, revelou recentemente o gabinete do ministro.

Antes de Leão, que levou a que três elementos que estiveram na visita da Comissão Europeia a Portugal ficassem em isolamento, também a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, testou positivo à Covid-19. A governante apresentou “sintomas ligeiros” e encontra-se em confinamento domiciliário. Em consequência de “outros contactos”, o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, e o ministro do Mar, Serrão Santos, acabaram por ir para isolamento.

Siza é, assim, o sexto membro do Governo — o quinto ministro do Executivo de Costa — a testar positivo à Covid-19, de acordo com o levantamento feito pelo ECO. O primeiro foi o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor. Já em novembro, o ministro do Planeamento, Nelson de Souza, testou positivo para o SARS-CoV-2, depois do secretário de Estado do Planeamento, Ricardo Pinheiro, ter também testado positivo ao novo coronavírus.

(Notícia atualizada às 23h07 com mais informação)

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Seguros 2020: Fidelidade reforça liderança em mercado recessivo

  • ECO Seguros
  • 19 Janeiro 2021

As companhias de seguros venderam menos 2,4 mil milhões de euros em 2020 penalizadas por baixas taxas de juro e pela Covid-19. Veja o ranking dos 42 grupos e seguradoras que atuam em Portugal.

1ª Conferência Anual ECOSEGUROS 2020 - 17NOV20
Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade com sinais opostos: A produção quebrou 16% mas reforçou a liderança com 28% de quota do mercado nacional.Hugo Amaral/ECO

A Fidelidade reforçou a sua liderança de mercado nacional de seguros em todo o ano de 2020 segundo dados do relatório Prémios de Seguro Direto da Atividade Seguradora (valores provisórios), agora divulgado pela ASF, entidade reguladora do setor segurador e dos fundos de pensões.

Num mercado que quebrou no total 19% em relação a 2019, uma perda de vendas de 2,4 mil milhões de euros, devido a uma baixa de 35% no ramo Vida, não compensado por um aumento de 3% nos ramos Não Vida, foram poucas as seguradoras que cresceram muito positivamente.

Durante o ano passado atuaram no mercado nacional, 66 seguradoras das quais 38 eram empresas de direito português, com supervisão direta da ASF e 28 são sucursais de seguradoras com sede em países da União Europeia. Deste conjunto ECOseguros identificou 42 diferentes grupos seguradores ou seguradoras independentes. A Fidelidade é líder enquanto seguradora mista Vida e Não Vida, em conjunto com as outras empresas do grupo: Via Directa (OK!), Multicare e Fidelidade Assistência. Obteve uma quota de mercado de 28%, mais 1,1% do que tinha em 2019.

A concentração manteve-se elevada em relação a outros mercados europeus. Os 5 primeiros grupos (Fidelidade, Ageas, Generali/Tranquilidade, Allianz e Santander) faturaram 66% dos prémios, os 10 primeiros (juntando aos cinco o BPI Vida, Zurich, Lusitania, Gamalife e Liberty) somam 86% das vendas. Os 20 primeiros grupos ou seguradoras representam 97,5%. Os 22 últimos apenas 2,5%.

Em ano recessivo, dos 42 grupos ou seguradoras, 18 conseguiram crescer positivamente em 2020 relativamente ao ano anterior. Por ordem de classificação (segundo o ranking por volume de prémios) a Allianz (+1%), CA (+12%), Metlife (+9%), Caravela (+32%), Chubb (+6%), Crédit y Caución (+3%), Abarca (+17%), Prévoir Vie (+12%), Coface (+7%), Hiscox (+17%), CESCE (+22%), AXA (+5%). Já abaixo dos 5 milhões de prémios ainda cresceram positivamente a España (+11%), Asisa (+69%), AWP (+24%), Planicare (partindo de uma base muito baixa), Inter Partner (+17%) e Lloyd’s (+59%).

Foram 14 os grupos ou seguradoras que registaram evolução negativa, mas acima da quebra de 19% de todo o mercado. Neste grupo está a Fidelidade (-16%), Generali/Tranquilidade (-2%), Lusitania (-8%), Liberty (-7%), Mapfre (-4%), Victoria (-1%), Real Vida (-15%), Crédit Agricole/GNB Seguros (-5%), AIG (-12%), Cardif (-12%), Cosec (-1%), BBVA Seguros (-9%), Mútua dos Pescadores (-5%) e ACP Mobilidade (-3%).

Finalmente, verificou-se que os 10 grupos e seguradoras com maior exposição ao Ramo Vida e ao ramo assistência foram as que perderam mais vendas e quota de mercado. Abaixo dos 19% de quebra, estão o grupo Ageas (-27%), Santander Totta (-28%), BPI Vida e Pensões (-35%), Zurich (-43%), Gamalife (-51%), Bankinter (-32%), Una (-22%). Abaixo dos 5 milhões de euros em prémios estão RNA Assistência (-45%), PSN Mútua (-22%) e ARAG (-34%).

Em relação a variações de lugares no ranking de 2019 para 2020, a Allianz passou de 7º para 4º maior grupo no mercado português, o BPI Vida foi de 4º para 6º, Metlife de 17º para 15%, Caravela, de 19º para 16º, e Planicare de 42º para 36º, foram os maiores destaques.

É este o ranking de todos os grupos e seguradoras em 2020.

Ranking dos grupos e seguradoras em Portugal (Produção de seguro direto em 2020)

Fonte: ASF (Valores provisórios para 2020); Tratamento de dados. ECOseguros

Produção em milhões de euros inclui prémios brutos emitidos de contratos de seguro e receita processada de contratos de investimento e de prestação de serviços

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Trump pede aos EUA que “rezem” pelo sucesso da administração Biden

"Inauguramos uma nova administração e rezamos pelo seu sucesso em manter a América segura e próspera", diz Donald Trump, na sua última mensagem à nação com Presidente dos EUA.

Na sua última mensagem à nação enquanto Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump apela aos norte-americanos para que “rezem” pelo sucesso da próxima administração liderada pelo democrata Joe Biden. “Inauguramos uma nova administração e rezamos pelo seu sucesso em manter a América segura e próspera“, sublinha o nova-iorquino, num comunicado divulgado pela Casa Branca e citado pela Reuters.

Trump insistiu, na mensagem, em não identificar o seu sucessor pelo nome e avisa que o “movimento criado” durante o seu mandato “está só no começo”. Segundo a AFP, o ainda presidente dos EUA destaca também que é o primeiro presidente “em décadas” sem “novas guerras”, frisa que, durante os seus anos na Casa Branca, levou o mundo a “enfrentar a China como nunca antes” tinha acontecido e garante ter feito “muito mais” do que aquilo a que se tinha proposto.

“Acima de tudo, reafirmamos a ideia sagrada de que, na América, o Governo responde ao povo“, defende Trump, no mesmo comunicado, cuja versão em vídeo deverá ainda ser divulgada.

O sucessor de Trump na Casa Branca, o democrata Biden, toma posse esta quarta-feira, numa cerimónia que não contará com a presença de republicano. Joe Biden venceu as eleições presidenciais dos EUA em novembro de 2020, mas Trump assumiu a derrota só em janeiro de 2021, tendo prometido nessa altura uma transição de poder pacífica.

De notar que Donald Trump enfrenta, atualmente, um processo de impeachment, que o pode vir a impedir de assumir qualquer cargo público, no futuro.

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Yellen defende estímulos fortes e anima Wall Street

É preciso "agir em grande" no próximo pacote de estímulos, disse Janet Yellen aos senadores dos EUA. As palavras agradaram os investidores e deram gás a Wall Street.

O dia foi de ganhos em Wall Street. Janet Yellen, nomeada por Joe Biden para secretária do Tesouro dos Estados Unidos, foi ao Senado dizer que é preciso “agir em grande” no próximo pacote de estímulos à economia, animando os investidores e dando gás aos mercados.

O índice de referência nos mercados norte-americanos, o S&P 500, avançou 0,81% para 3.798,88 pontos. Também no “verde”, o industrial Dow Jones valorizou 0,38% para 30.9321 pontos e o tecnológico Nasdaq somou 1,51% para 13.194,6 pontos.

Os mercados norte-americanos estiveram animados, no dia em que Janet Yellen — nomeada por Joe Biden para secretária do Tesouro — foi ao Comité de Finanças do Senado dos Estado Unidos defender que será preciso “agir em grande” no próximo pacote de estímulos à economia, em resposta à crise pandémica.

Segundo a Reuters, a ex-presidente da Reserva Federal fez questão de sublinhar, na audição desta terça-feira, que os benefícios de um pacote robusto de estímulos ultrapassam os seus custos, dando alento aos investidores.

“Hoje é realmente tudo sobre Janet Yellen e o empurrão que está a dar aos estímulos”, frisa Thomas Martin, da Globalt Investments. De notar que o presidente eleito Joe Biden — que tomará posse esta quarta-feira — tem preparado um pacote de 1,9 biliões de dólares em estímulos para ajudar a economia dos Estados Unidos a recuperar do impacto da pandemia.

Na sessão desta terça-feira, destaque também para os títulos da General Motors que saltaram 9,72% para 54,84 dólares, depois de a Cruise (fabricante automóvel na qual a gigante é acionista maioritária) ter anunciado uma parceria com a Microsoft para acelerar a comercialização de carros autónomos.

No setor automóvel, também os títulos da Tesla valorizaram, depois de o Jefferies ter revisto em alta as suas projeções para os lucros do último trimestre de 2020. Os títulos da empresa de Elon Musk avançaram 2,23% para 844,55 dólares.

E na aviação, as ações da Boeing subiram 3,14% para 210,71 dólares, após o Canadá ter anunciado que irá eliminar a proibição de voo dos 737 Max, modelo de aeronave que esteve envolvido em vários acidentes fatais.

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‘Holding’ da Iberia compra Air Europa por 500 milhões de euros

  • Lusa
  • 19 Janeiro 2021

O acordo de compra e venda já tinha sido formalizado há um ano, mas a pandemia adiou a operação.

A IAG, sociedade gestora de participações sociais (‘holding’) que controla a Iberia, assinou a compra da Air Europa por 500 milhões de euros, segundo a agência Efe.

A assinatura foi feita mais de um ano depois do acordo de compra e venda ter sido formalizado, com a verba final do negócio a ser metade da acordada há um ano e a ser paga em 2026.

A operação foi adiada mais de um ano devido à pandemia de covid-19, que tem tido um forte impacto no setor turístico.

A assinatura do acordo foi feita depois de o fundo de resgate de empresas estratégicas solventes afetadas pela pandemia, gerido pela Sociedade Estatal de Participações Industriais (SEPI), ter decidido resgatar a filial da Globalia por 475 milhões de euros.

Em 23 de dezembro, a administração da Air Europa aprovou a nomeação de dois conselheiros designados pela SEPI, tal como acordado nos termos do resgate.

Fica por designar o conselheiro-delegado da Air Europa, que tem de o ser por acordo entre a empresa e a SEPI.

O resgate da Air Europa foi a primeira operação financeira financiada por este fundo, dotado de dez mil milhões de euros e pensado para empresas solventes e estratégicas da economia de Espanha, cujos negócios sejam ameaçados pela pandemia.

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OK! teleseguros distinguida “Escolha do Consumidor 2021”

  • ECO Seguros
  • 19 Janeiro 2021

A OK! teleseguros, pioneira na venda de seguros pela internet, venceu os prémios “Escolha do Consumidor 2021” e “Cinco Estrelas 2021”, na categoria Seguros Diretos, pelo 3º e 4º anos consecutivos.

A OK! teleseguros voltou a ser distinguida com o prémio Escolha do Consumidor 2021, destacando-se na sua categoria “por apresentar os maiores níveis de satisfação e recomendação de compra junto dos consumidores clientes e não clientes, tendo alcançado a nota geral de satisfação de 85,41%”, anunciou a empresa em comunicado.

A distinção Escolha do Consumidor é promovida pelo ConsumerChoice – Centro de Avaliação da Satisfação do Consumidor e “dá voz ao consumidor português, que avalia e distingue anualmente as melhores marcas em Portugal, selecionadas pelo grau de satisfação e recomendação que proporcionam aos consumidores”, explica a operadora da seguradora Via Directa (Grupo Fidelidade).

A marca de seguro direto foi ainda galardoada com o Prémio Cinco Estrelas 2021, tendo por base os critérios de satisfação pela experimentação; a relação preço-qualidade; a intenção de recomendação; a confiança na marca e a inovação no serviço, obtendo uma satisfação global de 75,3%. O prémio Cinco Estrelas resulta de um “sistema de avaliação que mede o grau de satisfação que os produtos, os serviços e as marcas conferem aos seus utilizadores, dentro da respetiva categoria de consumo, tendo como critérios de avaliação as principais variáveis que influenciam a decisão de compra dos consumidores”, refere a companhia.

Com a atribuição destes prémios, que identificam as marcas mais relevantes para os consumidores portugueses, “a OK! teleseguros vê assim reforçado o seu posicionamento enquanto líder no segmento de mercado das companhias seguradoras que distribuem os seus produtos através de canais diretos”, complementa o comunicado.

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Galp “propôs remendos” aos trabalhadores da refinaria de Matosinhos, diz sindicato

  • Lusa
  • 19 Janeiro 2021

Sindicato diz que a Galp tem apresentado "remendos", como “a possibilidade de encaixar" os trabalhadores afetados pelo fecho da refinaria de Matosinhos "em outras empresas do grupo”.

Os trabalhadores da refinaria de Matosinhos dizem que a Galp lhes propôs, esta terça-feira, “remendos” numa reunião para debater as consequências do encerramento da infraestrutura, disse Manuel Bravo, da Fiequimetal, à Lusa.

O responsável da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal), que esteve no encontro com a Comissão Sindical do Site-Norte e a administração da Galp, referiu que a empresa “vai apresentando remendos”, como “a possibilidade de encaixar aqueles trabalhadores em outras empresas do grupo”.

A empresa apontou ainda a possibilidade de dar aos colaboradores “competências e formação para que mais facilmente ingressem no mercado de trabalho em outras empresas” e “de transferências de trabalhadores de Matosinhos para Sines”, adiantou.

Manuel Bravo garante que “há abertura das duas partes” e que os trabalhadores “estão a aguardar que a empresa forneça dados objetivos relativamente à continuidade da refinaria”. Não ficou, para já, marcada outra reunião, indicou.

O Conselho de Administração da Galp garantiu no dia 13 de janeiro que os 401 trabalhadores da refinaria de Matosinhos, que será encerrada este ano, serão ouvidos e tratados “com respeito e adiantou que há várias “caminhos possíveis” para aquelas pessoas.

“Deixar bem claro que a primeira responsabilidade em relação a estes colaboradores cabe à Galp. As pessoas serão ouvidas e todas serão tratadas com respeito e com a dignidade que se exige”, garantiu José Carlos Silva, membro do Conselho de Administração da Galp, ouvido no parlamento, pela Comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território, a requerimento do grupo parlamentar do PS.

O responsável sublinhou que os 401 trabalhadores afetos à refinaria de Matosinhos são a “principal preocupação” da empresa e apontou que estão a ser estudadas “as melhores soluções”, entre as quais a continuação de 60 trabalhadores afetos ao setor logístico e, para os restantes, estão entre os cenários em avaliação a mobilidade interna e processos de reformas e pré-reformas.

Entre os “vários caminhos possíveis”, disse, está também a abertura de processos de contratação na empresa, no sentido de integrar aqueles trabalhadores noutras funções dentro do grupo Galp.

Em causa está o anúncio, em 23 de dezembro, de que a Galp vai concentrar as suas operações de refinação e desenvolvimentos futuros no complexo de Sines e descontinuar a refinação em Matosinhos a partir deste ano. A decisão afeta, segundo a empresa, 401 postos de trabalho diretos e, segundo os sindicatos, 1.000 indiretos.

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Restauração não aguenta novas restrições sem injeção de dinheiro “rápida” do Estado

O Governo apertou as medidas, sobretudo para a restauração. A associação que representa este setor e o da hotelaria alerta para as dificuldades dos empresários, que "aumentam a cada dia".

As medidas do novo confinamento vão ficar mais apertadas, sobretudo para os restaurantes. A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) alerta para os esforços destes empresários, que têm de ser maiores a cada dia que passa, mas também para as dificuldades que estes têm em aceder aos apoios do Governo. A associação diz que “a capacidade de intervenção do Governo não tem sido ágil, rápida, nem universal”.

A AHRESP tem optado por não comentar as medidas sanitárias que têm sido decretadas, por considerar que não tem competência para tal, mas afirma que “começa a ser muito difícil compreendê-las”. Em declarações ao ECO, Ana Jacinto diz-se preocupada com o “crescimento galopante da situação” e alerta para a necessidade de se “equilibrar as medidas com a economia”.

E aqui, refere a secretária-geral da AHRESP, o Estado tem falhado. “Parece que a capacidade de intervenção do Governo não tem sido ágil, rápida, nem universal para todos os empresários”, diz, justificando esta opinião com os dados mais recentes dos inquéritos que a AHRESP tem vindo a fazer. O último inquérito mostrou que cerca de 60% do setor da restauração teve quebras superiores a 60% em dezembro, 30% das empresas ponderava insolvências e que quase metade despediu trabalhadores.

Mas as consequências, nota Ana Jacinto, também se estendem ao setor do alojamento, para o qual o “cenário também não é bom”. O último inquérito concluiu que 60% das empresas de alojamento tiveram quebras superiores a 80% em dezembro, para além dos muitos encerramentos reportados.

A responsabilidade começa por cada um de nós. A culpa não é do empresário quando há pessoas à porta do estabelecimento. Mas as medidas afetam o empresário e não o consumidor. Mais uma vez o penalizado é o empresário que cumpre todas as regras.

Ana Jacinto

Secretária-Geral da AHRESP

Sobre as novas medidas anunciadas esta segunda-feira pelo Governo, nomeadamente a proibição de vendas à porta na restauração, a responsável refere que “o take-away, o delivery e as vendas a postigo são modalidades acessórias para muitas empresas”, mas que “sempre dá para ir vendendo alguma coisa”.

E, assim, apela ao bom senso dos consumidores, livrando os empresários de responsabilidades. “A responsabilidade começa por cada um de nós. A culpa não é do empresário quando há pessoas à porta do estabelecimento. Mas as medidas afetam o empresário e não o consumidor. Mais uma vez o penalizado é o empresário que cumpre todas as regras”, diz.

“Empresas não conseguem aceder aos apoios”

“Tudo isto já era muito difícil e, obviamente, com o agravamento das medidas, a situação será muito difícil”, refere a responsável da AHRESP, defendendo que, “neste novo confinamento, não é possível aguentar se não houver capacidade do Governo em injetar dinheiro nas empresas de forma simples, rápida, direta e ágil”. Algo que, diz, não tem acontecido.

“Das medidas anunciadas a 10 de dezembro — que só agora foram regulamentadas –, nem todas estão disponíveis. Apesar de algumas estarem regulamentadas, não há avisos de candidatura e as empresas não conseguem aceder aos apoios“, explica Ana Jacinto, que lamenta a “os detalhes das vírgulas e a complexidade” de acesso a estes apoios financeiros.

Cada dia que passa é mais difícil. Tememos que estas novas medidas não venham abranger a totalidade destas empresas, por culpa dos detalhes das vírgulas e da complexidade. É tudo muito complexo, demorado e difícil.

Ana Jacinto

Secretária-Geral da AHRESP

“Cada dia que passa é mais difícil. Tememos que estas novas medidas não venham abranger a totalidade destas empresas, por culpa dos detalhes das vírgulas e da complexidade. É tudo muito complexo, demorado e difícil“, diz a secretária-geral da AHRESP, sublinhando que “está a ser tudo muito complicado e que as empresas já não têm mais capacidade de se reinventarem e de subsistirem”.

E as dificuldades são ainda maiores neste novo confinamento, diz Ana Jacinto, que recusa aceitar que seja semelhante ao de março do ano passado. “No primeiro confinamento as empresas tinham um fundo de maneio, uma reserva, e vinham de um ano positivo”, diz, o que não acontece agora. “Precisamos que não haja entraves desta natureza. Sabemos que os recursos não são infindáveis, mas por isso é que temos a bazuca europeia, nota.

Ao olhar para o futuro, Ana Jacinto não duvida de que a retoma chegará. Mas, até lá, o caminho vai ser doloroso. “Temos de garantir que há oferta quando tivermos procura. Porque acreditamos que vamos ter de novo uma grande procura. Só não sabemos quando. Mas havemos de chegar à retoma. A questão é se teremos oferta para quando essa procura chegar”, remata.

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Conselho da UE encerrou caso do procurador José Guerra

António Costa garante que o caso está encerrado. Fonte do Conselho da UE explicou que houve reunião sobre esse assunto e que amanhã transmite ao Parlamento Europeu.

O caso do procurador europeu José Guerra — nomeado em Julho do ano passado — e dos lapsos no seu currículo, está “encerrado”. A garantia foi dada por fonte do Conselho da União Europeia, ao ECO e confirmada também por António Costa, esta tarde no Parlamento. “A reunião dos membros do Conselho da UE decorreu na segunda-feira e já não há nenhum dado na agenda relativo a esse assunto”, explicou a fonte. Na quarta-feira, o Conselho da UE vai apresentar ao Parlamento Europeu uma declaração onde ficará decidido que a nomeação do procurador do Ministério Público, escolhido pelo Governo português, é para manter.

Porém, na PGR, continua um inquérito a decorrer para investigar o assunto. Investigação que teve origem numa “denúncia apresentada pela Ordem dos Advogados” e numa outra “denúncia anónima.

Durante a tarde de terça-feira, António Costa admitiu que o Conselho Europeu já deu o caso por encerrado e o mesmo, sabe o ECO, será transmitido aos eurodeputados na quarta-feira. “Não queiram fazer mistérios onde não existem”, disse o chefe do Executivo perante os deputados da Assembleia da República. “Os dados da carta com os lapsos já foram corrigidos e o caso está encerrado”.

Numa carta enviada para a União Europeia (UE), em novembro de 2019, o Executivo apresentou dados falsos sobre o magistrado escolhido pelo Governo para procurador europeu, José Guerra, depois de um comité de peritos europeus ter considerado Ana Carla Almeida a melhor candidata para o cargo. Dia 4 de janeiro já deste ano, a ministra da Justiça enviou uma carta para o Conselho da União Europeia, revelando estes lapsos e informando o “verdadeiro” currículo do magistrado do Ministério Público.

Três dias depois — a 7 de janeiro deste ano — o ECO sabe que houve uma comunicação informal sobre esta questão aos membros do Antici. Grupo este que atua de forma informal, composto por funcionários que exercem nas Representações Permanentes e junto dos seus representantes funções semelhantes às de chefe de gabinete de um membro de um Governo. E que agora o próximo passo — por estes dias — será o de discutir esta questão numa reunião formal com os membros do CE responsáveis por esta questão.

Na carta, que o ECO consultou, José Guerra é identificado com a categoria de “procurador-geral-adjunto”, que não tem, sendo apenas procurador, e como tendo tido uma participação “de liderança investigatória e acusatória” no processo UGT, o que também não é verdade, porque foi o magistrado escolhido pelo Ministério Público para fazer o julgamento e não a acusação.

Um comité de peritos da União Europeia considerou que, entre os três candidatos apresentados por Portugal, Ana Carla Almeida era a melhor para o cargo de procuradora europeia, mas o escolhido pelo Conselho Superior do Ministério Público acabou por ser José Guerra. Numa carta enviada ao Conselho da UE, o Executivo discorda dos peritos, argumentou que Guerra era o candidato “mais qualificado” referindo dados errados como a categoria de “procurador-geral-adjunto”, sendo que é apenas procurador da República.

Francisca Van Dunem reiterou que os três “lapsos” na informação curricular constantes no documento “não foram determinantes” para a escolha do procurador europeu e que a nota não era o currículo, que estava anexo ao processo e era do conhecimento do Conselho, e que houve “vários contactos sobre esse assunto”, sendo essa nota um desses contactos.

“Nenhum desses lapsos é determinante da escolha que é feita. O Conselho não é um grupo de alienados mentais”, disse a ministra, depois de por várias vezes ter insistido que a decisão do Conselho não foi tomada com base na nota enviada.

Sobre os três lapsos apontados ao documento, e que o MJ diz serem dois, a ministra afirmou que “não há nenhuma intenção específica” na identificação de José Guerra como procurador-geral adjunto, um cargo que não existe em Portugal.

“Já assumi publicamente que relativamente a esse documento há lapsos. Não aceito é dizerem que nesse documento o currículo do candidato foi viciado. A explicação que dei é esta: partiram do pressuposto que esse senhor seria procurador-geral adjunto”, disse a ministra.

Sobre a referência incorreta no documento à participação do procurador na investigação do processo UGT, a ministra sublinhou que José Guerra acompanhou o julgamento durante um ano, que o julgamento é a parte mais importante do processo penal português e que o procurador europeu é nomeado para investigação e julgamento. Disse ainda que José Guerra esteve em “inúmeras outras investigações” a fraudes com fundos comunitários, nomeadamente respeitantes ao Fundo Social Europeu.

Francisca Van Dunem disse ainda que a identificação de José Guerra como o procurador que chefiava a maior secção nacional do Ministério Público (MP) do país não está incorreta. No currículo vinha referenciado o DIAP de Lisboa como sendo esse departamento, quando na verdade é o DCIAP, onde José Guerra nunca esteve.

“Rigorosamente falso. Não falo com o doutor José Eduardo Guerra. Falei com ele agora sobre estas questões que o deixam efetivamente preocupado, porque para além do mais põem em causa a estabilidade do membro nacional da Procuradoria Europeia”, disse.

Na passada quinta-feira, a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, explicou ainda aos deputados no Parlamento as incorreções no currículo do procurador europeu José Guerra enviadas ao Conselho da União Europeia, que já provocaram a demissão do diretor-geral da Política de justiça, Miguel Romão. Admitiu que ponderou demitir-se e assumiu que houve erros na “nota” enviada ao organismo europeu.

 

 

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PSD pede “audição urgente” do CGI sobre processo de escolha de nova administração da RTP

  • Lusa
  • 19 Janeiro 2021

O PSD requereu uma "audição urgente" do Conselho Geral Independente sobre o processo de escolha do novo Conselho de Administração da RTP.

O PSD pediu esta terça-feira uma “audição urgente” do Conselho Geral Independente (CGI) sobre o processo de escolha do novo Conselho de Administração da RTP, disse à Lusa o deputado social-democrata Paulo Rios de Oliveira.

Ainda durante a manhã “o PSD requereu audição urgente do Conselho Geral Independente para falar do Conselho de Administração da RTP”, disse o deputado, adiantando que o requerimento deverá ser votado na próxima reunião da comissão de Cultura e Comunicação.

Na segunda-feira, o CGI anunciou que vai “iniciar em breve” o recrutamento da administração da RTP, através de anúncio público para procura e seleção prévia de eventuais candidatos, que poderão apresentar as suas manifestações de interesse. “O CGI é soberano na forma como pode escolher o Conselho de Administração da RTP, ou seja, poderá recorrer aos instrumentos que entender recorrer, a lei não estabelece que o faça por concurso público”, disse Nuno Artur Silva, durante a sua audição esta terça-feira na comissão parlamentar de Cultura e Comunicação, no âmbito de um requerimento do PSD sobre a revisão do contrato de concessão do serviço público de rádio e de televisão.

“Aliás, não o fez anteriormente e, se assim o entender, poderá não o fazer agora. Portanto, em relação a isso, o processo de escolha é compatível com aquilo que diz a lei”, acrescentou o governante.

Entre as competências do CGI está o de escolher os membros do Conselho de Administração (CA) da RTP, “de acordo com um projeto estratégico para a sociedade proposto por estes, estando a designação do membro responsável pela área financeira sujeita a parecer prévio e vinculativo do membro do Governo responsável pela área das finanças”, segundo a lei. “Julgo que o CGI poderá ele próprio esclarecer melhor a forma como vai escolher o próximo Conselho de Administração”, acrescentou Nuno Artur Silva.

Em comunicado na segunda-feira, o CGI refere que “terminado o mandato dos atuais membros” da administração, “decidiu promover, com a assessoria técnica de uma empresa especializada no recrutamento para cargos executivos, uma procura e seleção prévia de eventuais candidatos, que poderão apresentar as suas manifestações de interesse, juntando uma versão preliminar do projeto estratégico que propõem para a sociedade para 2021-2023”.

Numa primeira fase, “a iniciar em breve, mediante anúncio público, procede-se à escolha, em conjunto, do presidente e de um dos vogais do CA, sendo um deles responsável pelos conteúdos”, adianta o CGI.

Na segunda fase, proceder-se-á “à escolha do vogal responsável pela área financeira, que está sujeita a parecer prévio e vinculativo do membro do Governo responsável pela área das finanças”, conclui a mesma fonte.

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