Testes rápidos nas escolas com secundário arrancam quarta-feira nos concelhos de risco extremo

Os testes de antigénio vão realizar-se nos estabelecimentos de ensino públicos e privados. Há um "modelo de consentimento informado" para os encarregados de educação.

A campanha de testes rápidos para detetar infeções por coronavírus nas escolas vai arrancar esta quarta-feira. As primeiras serão aquelas onde há ensino secundário, localizadas nos concelhos de risco extremamente elevado. Os testes de antigénio vão realizar-se nos estabelecimentos de ensino públicos e privados.

Em caso de identificação de surtos ativos será intensificada a testagem, envolvendo e priorizando toda a comunidade escolar dos estabelecimentos de ensino afetados, independentemente do grau de ensino a que pertença”, sinalizaram os Ministérios da Educação e da Saúde, num comunicado conjunto.

Para esta operação, foi elaborado um “modelo de consentimento informado a obter junto dos encarregados de educação, bem como informação sobre a importância do processo de testagem para fornecer à comunidade educativa”, pela Direção-Geral da Saúde e a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, em colaboração com as estruturas regionais.

Esta campanha surge numa altura em que as escolas se mantêm abertas e a funcionar para todos os níveis de ensino, apesar do confinamento geral em vigor, decretado pelo Governo, para travar os efeitos da pandemia. O primeiro-ministro explicou a decisão apontando que “não se justifica, do ponto de vista sanitário e do custo social e no processo de aprendizagem da atual geração, impor por um segundo ano letivo consecutivo as limitações ao processo presencial”, na apresentação das novas medidas, esta segunda-feira.

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Bancos podem ficar pressionados para cumprir os rácios de capital em 2021

  • Lusa
  • 19 Janeiro 2021

Bancos pressionados a cumprir os rácios de capital devido à pressão das moratórias associadas à Covid-19. CMVM pede ainda atenção ao impacto que dos passivos contigentes nas contas públicas.

A Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM) considera, no seu relatório de riscos para 2021, que os bancos podem ficar pressionados a cumprir os rácios de capital devido à pressão das moratórias associadas à Covid-19.

“O setor bancário poderá registar perdas substanciais – exacerbadas por regimes de moratórias -, e uma percentagem não negligenciável de bancos comerciais poderá sentir-se pressionada no que respeita ao cumprimento dos requisitos de fundos próprios”, alerta a CMVM no relatório conhecido esta terça-feira.

No mesmo documento, o regulador do mercado alerta que, num cenário adverso de aumento de volatilidade associado ao pricing da dívida pública, o sistema bancário dos países periféricos será mais afetado”, com o risco soberano desses países a poder “afetar as condições de financiamento do sistema bancário”.

“De acordo com estimativas do FMI, em caso de recessão prolongada, uma percentagem significativa de bancos poderá necessitar de recapitalização. Nos sistemas bancários mais frágeis, essas operações de recapitalização poderão depender de injeções de fundos públicos”, refere ainda a entidade presidida por Gabriela Figueiredo Dias.

No documento, o regulador afirma que “os riscos de médio prazo para a estabilidade financeira da zona Euro agravaram-se significativamente”, apesar das medidas de contenção da crise pandémica, que “deverá reduzir substancialmente a qualidade dos ativos da banca”.

“O setor bancário deverá registar uma nova degradação da qualidade creditícia das carteiras de empréstimos. Problemas de tesouraria e falta de rentabilidade originados por quebras de procura e de receitas deverão afetar a capacidade de pagamento do serviço da dívida pelas empresas do setor não-financeiro”, pode ler-se no documento.

A CMVM refere ainda que “as moratórias e o reconhecimento de perdas constituem uma das principais vulnerabilidades do setor financeiro. Uma maior duração da pandemia irá agravar a probabilidade de incumprimento, mas também as perdas em caso de incumprimento com a perda da qualidade dos ativos dos devedores”.

Já as garantias públicas “atenuam o nexus empresas não financeiras-banca, mas reforçam o nexus banca-Estado”, que tem vindo a ser reforçado “pela maior exposição dos bancos à dívida pública doméstica”.

“Segundo dados do BCE, a exposição dos bancos da zona euro a dívida soberana doméstica aumentou 19% desde o início de 2020, refletindo o papel do sistema bancário na absorção de emissões governamentais para financiar medidas de apoio à economia”, assinala o regulador do mercado português.

A CMVM considera que o risco de crédito é um dos “três riscos fundamentais” em 2021, a par do risco de mercado e riscos ambientais e sociais, segundo disse na sexta-feira aos jornalistas a sua presidente, Gabriela Figueiredo Dias.

“Neste exercício identificámos três riscos fundamentais para 2021: risco de crédito, risco do mercado e riscos ambientais e sociais”, disse aos jornalistas a presidente da CMVM, numa conferência de imprensa realizada por videoconferência relativa às prioridades do regulador para este ano.

Relativamente ao risco de crédito, “este havia já sido identificado em 2019 como um possível risco relevante ou muito relevante para 2020, e naturalmente que não poderíamos ter antecipado o nível de impactos que vieram efetivamente a verificar-se por força da crise pandémica”, disse a responsável máxima do regulador do mercado. Esse impacto do risco de crédito aconteceu “designadamente nas empresas não financeiras, nas famílias e nos Estados, ou governos, nos orçamentos públicos”, acrescentou.

CMVM pede atenção aos passivos contingentes resultantes das garantias públicas

No mesmo relatório a CMVM pediu atenção ao impacto que os passivos contingentes gerados pelas garantias públicas adotadas na sequência da crise da Covid-19 podem ter para as contas públicas. “Deverá ser dada particular atenção ao impacto que esses passivos contingentes irão ter na dívida pública nos próximos anos e como irá ser efetuado o reconhecimento de perdas”, pode ler-se na secção relativa ao risco de crédito dos Soberanos.

O regulador do mercado alerta que “as responsabilidades contingentes do Estado associadas a estas linhas de crédito atingiram, em outubro de 2020, cerca de 2,7% do PIB [produto interno bruto] de 2019”.

“Uma recuperação mais demorada da economia poderá criar um ‘nexus’ entre o Estado e o setor empresarial não financeiro”, de acordo com a entidade presidida por Gabriela Figueiredo Dias.

A CMVM diz que os esquemas de garantias, apesar de terem assumido “um papel de enorme relevância para suportar a economia numa primeira etapa”, poderão, devido à sua natureza, “resultar em perdas importantes para os Estados em caso de uma lenta recuperação da atividade económica”.

“Os défices orçamentais deverão superar cinco vezes os registados em 2019 nas economias avançadas”, releva o regulador do mercado, sustentando que uma recuperação mais lenta “pode elevar o risco de crédito destas economias no médio prazo, com a consequente degradação das condições de refinanciamento da dívida e impacto sobre o custo de financiamento dos demais agentes económicos”.

A CMVM antecipa que “tal situação será exacerbada com o possível reconhecimento de perdas em passivos contingentes (linhas de crédito com garantias públicas e injeções de capital no setor privado) assumidos pelos Estados na primeira fase da crise”.

No caso de Portugal, poderá ser necessário refinanciar 17% da dívida atual. Devido ao ambiente de taxas de juro muito baixas, o serviço da dívida deverá aumentar no agregado da Zona Euro de 20% para 23% do PIB nos próximos dois anos. Sem prejuízo disso, o esforço será sobremaneira superior para os países mais endividados”, pode ler-se no relatório hoje conhecido.

A CMVM lembra que Portugal e outros países do sul da Europa “apresentam, simultaneamente, elevados stocks de dívida pública e um impacto severo da pandemia no tecido empresarial”, sendo também dos países que mais “recorreram a instrumentos como empréstimos garantidos e moratórias de dívida”.

“A evolução da crise pandémica condicionará a performance económica de Portugal e das principais economias avançadas em 2021″, considera ainda a CMVM numa análise macroeconómica.

No curto prazo, devido ao ressurgimento da pandemia a partir de outubro, aumentou a “incerteza em relação à conjuntura económica”, fazendo aumentar os riscos extremos associados às previsões macroeconómicas.

Na União Europeia (UE), a CMVM alerta mesmo que “uma insuficiente coordenação entre os países e a retirada de estímulos de forma prematura poderão aumentar a divergência entre a evolução das economias e a estabilidade da própria União”.

“Do lado dos Estados, alguns poderão deixar de reunir condições para continuar a sustentar a procura agregada através da redução de impostos ou do aumento de despesa, o que poderá deprimir ainda mais a atividade económica”, segundo a CMVM.

Nos mercados financeiros, “uma nova retração da procura induzida por um agravamento da crise pandémica irá dificultar a recuperação da situação económica das empresas, com reflexos imediatos nos mercados acionistas e obrigacionistas”.

A CMVM considera que o risco de crédito é um dos “três riscos fundamentais” em 2021, a par do risco de mercado e riscos ambientais e sociais, segundo disse aos jornalistas na sexta-feira a presidente Gabriela Figueiredo Dias.

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Portugal com recorde de 218 mortes em 24 horas. Há mais 10.455 infetados

Foram identificados 10.455 novos casos de infeção pelo novo coronavírus em Portugal nas últimas 24 horas. O país passou pela 1.ª vez a barreira dos 200 óbitos num só dia, com 218 mortes registadas.

Portugal registou 10.455 novos casos de infeção por Covid-19, elevando para 566.958 o número de infetados desde o início da pandemia. Trata-se de uma subida diária de 1,88%. Já o número de mortes subiu para 9.246, após 218 óbitos terem sido contabilizados nas últimas 24 horas, um novo máximo, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Neste contexto, Portugal passa pela primeira vez a barreira das 200 mortes, num só dia. Isto significa que só nas últimas 24 horas foram registados mais óbitos do que durante os primeiros dois meses de pandemia, já que entre 2 de março — dia em que a Covid-19 foi identificada no país –, e 2 de abril foram registados 209 óbitos no total. Destes 218 óbitos referidos, 88 foram na região de Lisboa e Vale do Tejo, 55 na região Centro, 51 no Norte, 17 no Alentejo, cinco no Algarve e dois na Madeira.

Há agora 135.841 pessoas (casos ativos) a lutarem contra a doença, menos 45 face ao balanço anterior. A maioria das novas infeções foi registada em Lisboa e Vale do Tejo. Dos 10.455 novos casos confirmados, 5.012 localizam-se nesta região (cerca de 48%), seguindo-se a região Norte, que contabilizou 2.970 novas infeções (28,4%).

Boletim epidemiológico de 19 de janeiro:

Ainda assim, o Norte continua a ser a região com mais casos até ao momento (261.287 casos de infeção e 3.811 mortes), seguindo-se de Lisboa e Vale do Tejo (191.718 casos e 3.322 mortes), do Centro (76.173 casos e 1.495 mortes), do Alentejo (18.989 casos e 431 mortes) e do Algarve (12.897 casos e 127 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 3.050 casos e 22 mortos, enquanto a Madeira tem 2.844 pessoas infetadas e 28 vítimas mortais.

Quanto à caracterização clínica, a maioria dos infetados está a recuperar em casa. Ainda assim, os números revelam ainda a pressão que está a ser exercida nos hospitais, que estão perto do limite. Um dia depois de Portugal ter ultrapassado a barreira dos 5.000 internados, os dados continuam a subir. Há agora agora 5.291 pessoas internadas (mais 126 face ao dia anterior), dos quais 670 em unidades de cuidados intensivos (mais 6). Há ainda 174.355 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, ou seja, mais 8.120 do que no balanço de segunda-feira.

Os dados revelados pelas autoridades de saúde dão ainda conta de mais 10.282 recuperados, um número bastante superior relativamente ao último balanço. No total, mais de 421 mil pessoas recuperaram da doença.

Na sequência do aumento de novos casos e e mortes por Covid-19 dos últimos dias, o primeiro-ministro avisou na segunda-feira que Portugal está a viver “o momento mais grave da pandemia”, pedindo, por isso, para que os portugueses cumpram as regras ficando em casa. António Costa explicou que os dados da mobilidade mostram que houve uma redução de 30% da circulação em Portugal desde que entrou em vigor o novo estado de emergência, na sexta-feira, ou seja, uma fraca adesão comparativamente com os números verificados no confinamento de março/abril. Nesse sentido, o Governo reviu as medidas de controlo da pandemia, apertando as restrições, especialmente para o comércio.

(Notícia atualizada às 15h22)

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CMVM alerta para choque de insolvências nas empresas em caso de recuperação lenta

  • Lusa
  • 19 Janeiro 2021

Mesmo que a retoma económica se concretize, insolvências vão aumentar em 2021.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) alertou esta terça-feira, no seu relatório sobre perspetivas de riscos em 2021, para a possibilidade de um “choque de insolvência” caso a recuperação económica seja lenta.

“O risco de um choque de insolvência aumentará de modo relevante se existir uma recuperação lenta, a retirada de algumas das medidas tomadas para lidar com os riscos de liquidez e o fim da moratória sobre o reembolso das dívidas sociais e fiscais”, pode ler-se no capítulo dedicado aos riscos de crédito das empresas do relatório hoje divulgado.

Assim, defende o regulador do mercado que ganham “criticidade os apoios à economia real e à recapitalização de empresas em 2021, que possam permitir transições tão suaves quanto possível para o fim de moratórias”.

“A preocupação é ainda maior em Portugal por ser, entre os países europeus, uma das economias que mais recorreu a moratórias e adiamentos de despesa (tanto em volume, como em duração)”, salienta ainda a entidade presidida por Gabriela Figueiredo Dias.

A CMVM refere também que o caráter “transitório e de curto prazo” das garantias públicas, linhas de crédito e transferências diretas, com maturidades inferiores a um ano, “poderão elevar o risco de refinanciamento de algumas empresas num futuro próximo, em particular quando esses auxílios já não estiverem em vigor”.

O regulador do mercado admite que “será de esperar um agravamento das condições de crédito quando e se os apoios governamentais se reduzirem ou terminarem”, apesar do crédito bancário ter aumentado durante a pandemia e as taxas de juro não terem subido.

“O término ou a suspensão de garantias estatais poderão conduzir a condições de crédito mais apertadas para as empresas não financeiras, sobretudo pequenas e médias empresas (PME)”, alerta a CMVM, referindo que 14% dos empréstimos a empresas desse segmento na zona euro estavam abrangidas por apoios estatais.

Em qualquer caso, “é de antecipar um aumento do número de insolvências em 2021, mesmo que a retoma económica se concretize”, prevê a CMVM.

A entidade presidida por Gabriela Figueiredo Dias assinala que as empresas portuguesas “registaram dificuldades de tesouraria no início da crise pandémica”, dado que há mais PME face aos pares europeus, uma “reduzida diversificação das receitas” e opções de financiamento “limitadas”.

“A intervenção atempada dos decisores de política económica através de garantias, linhas de crédito e moratórias permitiu aliviar as necessidades de tesouraria e de refinanciamento da generalidade das empresas”, refere a CMVM no relatório hoje conhecido. No entanto, o regulador alerta que “as vulnerabilidades das empresas não financeiras foram ultrapassadas com recurso a maior endividamento, o que condicionará a sua capacidade de endividamento e de investimento num futuro próximo”.

“Num cenário adverso em que a evolução pandémica dificulte a retoma da atividade económica, a diminuição da capacidade de servir uma dívida mais avultada poderá ditar um maior número de falências a médio prazo”, completa o regulador do mercado.

Nesse caso, as insolvências de PME “podem ter consequências relevantes para a macroeconomia (já que concentram metade do produto e 2/3 do emprego na Europa), e para o setor bancário do qual a generalidade daquelas empresas depende para obter financiamento externo”.

“A materialização dos cenários mais pessimistas poderá conduzir a fortes perdas e a volumes de resgates substanciais. Daí a importância da constituição de almofadas financeiras e de linhas de crédito para absorver eventuais volumes anormais de resgates”, de acordo com a entidade.

A CMVM considera que o risco de crédito é um dos “três riscos fundamentais” em 2021, a par do risco de mercado e riscos ambientais e sociais, segundo disse à imprensa a presidente Gabriela Figueiredo Dias na sexta-feira.

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Plataforma apoiada pela CMS assegura financiamento de 14 milhões de dólares

  • ADVOCATUS
  • 19 Janeiro 2021

A plataforma, que está a ser incubada por um trio de sociedades de advogados internacionais, incluindo a CMS, acaba de fechar uma ronda de financiamento de 14 milhões de dólares.

A Lupl, uma plataforma industrial aberta para assuntos jurídicos, completou uma ronda de financiamento de 14 milhões de dólares, elevando o seu financiamento global em mais de 25 milhões de dólares.

A plataforma, que está a ser incubada através do seu desenvolvimento por um trio de sociedades de advogados internacionais, CMS, Cooley e Rajah & Tann Asia, conta com o contributo de um conselho consultivo de 16 advogados internos líderes de multinacionais blue chip até às empresas de tecnologia de crescimento mais rápido do mundo. O grupo de testes mais vasto inclui Slaughter e May, Corrs Chambers Westgarth, Khaitan & Co e One Essex Court.

A Lupl está em testes beta desde março de 2020, apoiada por um grupo de escritórios de advocacia e empresas líderes. Ao todo, o grupo Lupl representa mais de 10.000 advogados em mais de 100 jurisdições. Neste momento, mais de 500 empresas em mais de 50 países estão atualmente representadas na sua lista de espera beta.

No que diz respeito a parcerias, mais de 100 outras parcerias industriais estão em curso como parte da visão da plataforma industrial aberta da Lupl, com tecnologia “bring your own system” que funciona com as ferramentas que os advogados já utilizam atualmente.

Estas parcerias abrangem ferramentas de comunicação e colaboração empresarial, sistemas de gestão de documentos, ferramentas de fixação de preços e de delimitação de âmbito, ferramentas e padrões de dados e de análise, e bibliotecas de conhecimento da indústria.

Já no campo das contratações, a Lupl reforçou a sua equipa de gestão, com Jeff Green a juntar-se como CEO e a trabalhar ao lado de Matt Pollins como CCO. Cheryl Wilson Griffin também se juntou à equipa de gestão como Chefe do Cliente. No final de 2021, a Lupl espera ter uma equipa de mais de 75 pessoas em todo o mundo.

Este é um investimento só possível numa grande estrutura internacional como a CMS, dado o volume de financiamento que o projeto requer por si mesmo, e que nos coloca numa posição única no mercado em termos digitais e tecnológicos. Sabemos que o presente, fruto do momento que vivemos, está a ser marcado por uma forte aposta nas tecnologias aplicadas à prestação de serviços jurídicos de excelência e à satisfação das mais elevadas exigências dos nossos clientes. É o caso do Lupl, que se trata de mais um marco no investimento por parte da CMS em tecnologia, cujo objetivo passa por continuar a prestar serviços de excelência, numa dinâmica global, a todos os seus clientes”, refere José Luís Arnaut, managing partner da CMS.

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Medidas de apoio ao emprego já custaram 1.453 milhões de euros

De abril a novembro, as medidas de apoio ao emprego, das quais se destaca o lay-off simplificado, já custaram 1.453 milhões de euros. O mês com maior gasto foi maio.

A maior despesa do Estado provocada pela pandemia não tem sido na saúde, mas no apoio à manutenção dos postos de trabalho. No total, até novembro, já foram gastos 1.453 milhões de euros com o objetivo de amparar o choque das restrições para controlar a Covid-19 no mercado de trabalho, de acordo com as contas da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) na análise à execução orçamental até novembro.

O impacto orçamental do conjunto de medidas de apoio ao emprego e manutenção da laboração adveio, essencialmente, da despesa com as medidas denominadas ‘lay-off simplificado’ (821 milhões de euros; peso de 19,4% do total), apoio extraordinário à redução da atividade económica dos trabalhadores independentes (271 milhões; 6,4%), incentivo extraordinário à normalização da atividade empresarial (248 milhões; 5,8%) e apoio extraordinário à retoma progressiva (114 milhões; 2,7%)”, detalham os técnicos do Parlamento.

Os dados da execução orçamental analisados pela UTAO mostram que o pico dos apoios ao emprego aconteceu em maio, mês em que o Estado gastou 398 milhões de euros. Nos meses seguintes, o valor foi baixando gradualmente até outubro (102 milhões de euros). “Para este resultado contribuiu a diminuição da despesa com a medida denominada lay-off simplificado, entretanto extinta, tendo sido processado o último pagamento no mês de agosto“, explicam os especialistas em finanças públicas.

Em novembro, com o regresso do estado de emergência a Portugal, o valor voltou a subir para 225 milhões de euros. Neste mês houve mais empresas a recorrer aos apoios que sucederam ao lay-off simplificado: o apoio à retoma progressiva e o incentivo extraordinário à normalização da atividade empresarial. Além disso, também houve uma maior despesa com o apoio extraordinário da redução da atividade económica dos trabalhadores independentes.

De acordo com a UTAO, face à dotação prevista, há uma “sobre-execução” (146,6%) no apoio extraordinário à redução da atividade económica e uma “subexecução” (38,9%) no apoio extraordinário à retoma progressiva. No caso do lay-off simplificado, houve uma execução integral das verbas previstas para 2020.

Do lado da receita, está elevada a execução da isenção de pagamento de TSU (94,4%) e há cobrança adiada, na ordem dos 90 milhões de euros, em duas medidas que não estavam previstas aquando da aprovação da segunda alteração ao Orçamento do Estado”, alertam os técnicos que prestam apoio de análise orçamental aos deputados.

Entretanto, com o agravamento da pandemia e das restrições, o lay-off simplificado voltou no início de 2021, devendo voltar a ser a principal medida de apoio à manutenção do emprego no terreno. Contudo, este ano será pago a 100% (ou seja, não há perda de salário), o que se traduzirá em mais encargos para o Estado.

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Pandemia teve impacto direto de 4.296 milhões nas contas do Estado até novembro

Desde março até novembro, a pandemia já teve um impacto direto de cerca de 4,3 mil milhões de euros nas contas do Estado, de acordo com os cálculos da UTAO.

A crise pandémica obrigou o Estado a implementar medidas para apoiar a economia e o Serviço Nacional de Saúde (SNS), levando a um aumento dos gastos e a uma diminuição das receitas. Até novembro, o impacto direto da Covid-19 nas contas públicas já ia nos 4.296 milhões de euros, de acordo com a análise da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) à execução orçamental em contabilidade pública distribuída esta terça-feira aos deputados e a que o ECO teve acesso.

O impacto financeiro acumulado das medidas de política Covid-19 totalizou 4.296 milhões de euros, repartido entre 58 milhões de euros na aquisição de ativos financeiros e 4.238 milhões de euros em medidas com reflexo no saldo global”, revelam os técnicos do Parlamento, referindo que este número resulta de menos 1.575 milhões de receita cobrada e de 2.663 milhões de despesa acrescida.

Há ainda outra forma de olhar para este impacto, consoante o seu objetivo. As medidas destinadas a apoiar a saúde representam 15,9% do valor total (673 milhões de euros) enquanto as medidas destinadas a apoiar a economia representam 84,1% do valor total (3.565 milhões de euros).

No total, o impacto direto da pandemia em 2020 no saldo orçamental (em contabilidade pública) já corresponde a cerca de 2,15% do PIB anual de 2019, excluindo outros impactos indiretos da pandemia nas contas públicas, nomeadamente com os estabilizadores automáticos como é o caso do subsídio de desemprego.

Do lado da receita, o impacto direto deve-se principalmente à perda temporária de receita com o adiamento de obrigações fiscais, contributos e de pagamento de rendas de imóveis, o que no total chegava aos 1.057 milhões de euros até novembro. A este montante juntam-se 518 milhões de receita perdida definitivamente dada a isenção de obrigações contributivas nos apoios ao emprego.

Do lado da despesa, além dos gastos com a saúde, o Estado está a gastar mais com as medidas de apoio ao emprego (1.569 milhões de euros), seguindo-se as medidas de proteção ao rendimento das famílias (330 milhões de euros) e outras despesas (95 milhões).

Contudo, o impacto direto da pandemia não explica tudo o que está a acontecer nas contas públicas: na receita explica apenas um terço e na despesa explica pouco mais de 50%. “Mesmo sem medidas de política para a contrariar, a pandemia faz-se sentir no saldo através dos efeitos diretos da doença e do confinamento socioeconómico em vários agregados orçamentais (estabilizadores automáticos, subsídio de doença, aquisição de produtos de bens e serviços como oxigénio e despesa com profissionais de saúde, por exemplo)”, lembra a UTAO,

Na receita, a receita fiscal caiu 7,3%, o que corresponde a menos 3.360 milhões de euros. No caso do IVA, por exemplo, é visível o impacto indireto da pandemia. “Os efeitos diretos da medida de política consistem no diferimento de receita [do IVA] valendo 103 milhões de euros, o que explica apenas 6,3% do recuo da cobrança deste imposto, sendo a restante variação atribuível aos efeitos indiretos da pandemia e das medidas de política sobre a economia“, explicam os especialistas da UTAO.

Execução orçamental abaixo do ritmo de 2019

Em comparação com novembro de 2019, a execução do OE 2020 (tendo em contas as alterações do Suplementar de julho) está mais lenta: a receita tem uma taxa de execução de 86,7% (89% em 2019) e a despesa está nos 82,3% (87,6%). Tal sugere que a receita está a chegar a um ritmo mais lento aos cofres do Estado, mas que a despesa também está a sair mais lentamente, em comparação com o mesmo mês do ano passado, o que poderá ser explicado pela cautela do Governo face à incerteza que se vive.

O resultado final deste desempenho ainda é incerto, faltando o mês de dezembro para se perceber se o Governo chegou perto ou não das autorizações de despesa dadas pelo Estado. É certo que a despesa irá crescer significativamente em 2020, face a 2019, mas a dúvida é se irá crescer tanto quanto esperavam os deputados que aprovaram o Orçamento Suplementar em julho.

Para já, segundo a análise da UTAO, a despesa está a crescer 6% até novembro, o que compara com uma variação de 12,8% previstas no Suplementar e a estimativa de execução de 7,5% que constava nas previsões para 2020 do OE 2021. Comparando apenas com o Suplementar, só as despesas com pessoal estavam com um crescimento superior ao previsto para o conjunto do ano.

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Marcelo assina decreto com novas medidas de confinamento e admite reavaliação de escolas abertas

As medidas vão ser alvo de uma reavaliação técnica, o que pode significar alterações ao nível das medidas adotadas em âmbito escolar.

O Presidente da República assinou, esta terça-feira, o decreto do Governo que contém as novas medidas de confinamento que foram dadas a conhecer na segunda-feira pelo primeiro-ministro António Costa, informa uma nota da Presidência. Mas deixa a porta aberta à possibilidade de reavaliar a permanência das escolas abertas, na sequência de uma reunião com especialistas.

“Sendo certo que já dentro de uma semana, em sessão por ele sugerida, haverá nova reflexão com os especialistas acerca de outras temáticas, como as respeitantes ao ano letivo em curso, e beneficiando já de mais dados sanitários, o Presidente da República assinou o decreto do Governo que que altera a regulamentação do estado de emergência”, pode ler-se na nota.

Relembre-se que António Costa, ao final da tarde de segunda-feira, deu a conhecer um endurecimento das medidas restritivas associadas ao atual confinamento, com especial destaque para uma proibição da circulação entre concelhos aos fins de semana e para o encerramento de todo o tipo de estabelecimentos até às 20h, durante os dias de semana.

Porém, o encerramento das escolas, as quais permanecem abertas para todos os níveis de ensino, não constou no leque das novas medidas apresentadas, tendo o primeiro-ministro permitido até a abertura dos ATL’s destinados a crianças até aos 12 anos, contrastando com as anteriores determinações.

No entanto, da próxima reunião que o Governo terá com os especialistas do Infarmed acerca da evolução da pandemia em contexto nacional, a qual decorrerá na próxima terça-feira, poderá resultar um ajustamento das medidas em vigor nas escolas, adianta Marcelo Rebelo de Sousa, podendo até mesmo vir a ponderar-se um encerramento destes estabelecimentos.

(Notícia atualizada com mais informação às 14h16)

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Bancos vão apertar critérios de concessão de crédito às empresas

As PME e os empréstimos de longo prazo serão os mais afetados por esta medida, avança o Banco de Portugal.

As instituições bancárias vão, durante o primeiro trimestre de 2021, ser mais restritivas no que toca à concessão de créditos a empresas, de acordo com o Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito divulgado esta terça-feira pelo Banco de Portugal. As PME e os empréstimos de longo prazo serão os mais afetados por esta medida.

Tal como se pode ler no documento, no que toca à concessão de crédito a empresas, verifica-se que os “termos e condições gerais” foram já, no último trimestre de 2020, “ligeiramente mais restritivos nos empréstimos a grandes empresas”.

No trimestre passado, verificaram-se já “condições mais restritivas no que respeita a garantias exigidas e, em menor grau, a comissões e outros encargos e ao montante dos empréstimos”. Porém, durante esse período, ocorreu uma “ligeira redução dos spreads aplicados nos empréstimos de risco médio a PME”, algo que não se deve aguardar nos primeiros três meses de 2021.

Entre os fatores que se encontraram na base destas restrições, encontra-se essencialmente a “maior perceção de riscos associados à situação e perspetivas de setores ou empresas específicos“, embora os “riscos associados à situação e perspetivas económicas gerais e às garantias exigidas” também tenham tido a sua influência, num contexto de “menor tolerância de riscos”.

A avaliação referente ao quarto trimestre de 2020, por comparação com o anterior, regista ainda a existência de uma “ligeira diminuição, sobretudo nas grandes empresas”, no que concerne a procura de empréstimos por parte de entidades empresariais. Nestes primeiros três meses de 2021, os bancos antecipam que procura fique estável.

Procura de crédito pelos particulares vai ficar quase inalterada

Por outro lado, os critérios de concessão de crédito a particulares deverão permanecer “praticamente inalterados”, tanto no âmbito do crédito à habitação, como do crédito ao consumo, avança o Banco de Portugal. Isto depois de, no trimestre passado, se ter verificado que estes foram “ligeiramente mais restritivos, no crédito ao consumo”, algo que não aconteceu com o crédito à habitação.

No caso dos particulares, a procura de empréstimos viu-se “praticamente inalterada, tanto no crédito à habitação como no crédito ao consumo”. Em ambos os campos, as instituições bancárias inquiridas revelam esperar que a procura de crédito permaneça também “praticamente inalterada” no primeiro trimestre deste ano.

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O que deve saber antes de investir em fundos imobiliários

  • BRANDS' ECO
  • 19 Janeiro 2021

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Bee Engineering vai formar 40 pessoas em tecnologia e inovação em 2021

  • Trabalho
  • 19 Janeiro 2021

A Bee Academy arranca em janeiro a formação de sete pessoas para o mercado de inovação e tecnologia. A empresa quer formar até 40 profissionais até final de 2021.

A Bee Engineering vai duplicar a capacidade formativa no arranque de 2021, e quer formar 40 profissionais para o mercado da inovação e tecnologia durante este ano. Para isso, a empresa tem feito parcerias com universidades, institutos politécnicos e entidades de formação especializada, conta em comunicado.

Em janeiro, a Bee Academy arranca já com a formação de sete pessoas para o mercado da inovação e tecnologia, cinco em regime de estágios profissionais do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) e duas ao abrigo do programa de requalificação Recodme. Todas as formações serão realizadas em formato remoto e digital, seguindo a experiência dos 20 formados em 2020, informa ainda a empresa.

Além desta formação, a Bee Engineering repete ainda o programa 360º de ativação de talento, tendo assinado este ano parcerias com a ETIC e a Universidade Lusófona.

“As empresas do setor tenológico têm a responsabilidade perante a sociedade de ajudar a completar a formação dos jovens que terminam o seu percurso académico e apoiar a sua transição para as empresas, como profissionais de excelência no nosso mercado. Os profissionais de IT portugueses são reconhecidos na Europa como competentes, bem formados, resilientes e capazes de resolver várias dificuldades com que se deparam”, assinala José Leal e Silva, diretor executivo da Bee Engineering, citado em comunicado.

Para candidaturas e mais informação formação profissional da Bee Engineering, contacte via o email cvbee@bee-eng.pt.

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TAP corta ainda mais voos em fevereiro e março perante novas restrições da Covid-19

No próximo mês, a TAP vai operar apenas 19% a 22% do que no mesmo mês de 2020. No seguinte, a quebra deverá ser para 25% a 28%. Em ambos os casos são revisões em baixa face à anterior estimativa.

As novas estirpes do coronavírus e as restrições recentemente impostas pelos vários países, incluindo Portugal, levaram a TAP a cortar ainda mais os planos de voos para os próximos meses. Em fevereiro e março, a companhia aérea vai operar entre 19% e 28% do que voou nos mesmos meses do ano passado, de acordo com uma comunicação interna do CEO Ramiro Sequeira, a que o ECO teve acesso.

“Vivemos numa incerteza persistente, assistimos a uma queda imediata tanto nas reservas de entrada como nas de saída. Esta queda não só afeta as nossas receitas nestes mercados, mas também em vários mercados de ligação”, diz Sequeira na carta aos trabalhadores. “Deste modo, embora prossigam os esforços diplomáticos com os governos destes países, teremos de reduzir significativamente a operação prevista para fevereiro e março“.

O agravamento do número de casos (em especial relacionados com duas novas estirpes de coronavírus no Reino Unido e Brasil) causou a imposição de restrições e quarentenas em mercados chave para a TAP como é o caso da Europa, Brasil, Canadá e EUA. Em simultâneo, foram suspensas as ligações aéreas entre Portugal e o Reino Unido, bem como entre Portugal e Angola, o traz “elevados constrangimentos” à atividade, “contrariando as projeções já de si pouco animadoras”.

“Face às recentes evoluções, prevemos voar em fevereiro entre 19% e 22% dos níveis voados em fevereiro de 2020, pré-pandemia. Em março estimamos, agora, uma oferta de voos entre os 25% e os 28% face a março de 2020, primeiro mês em que sentimos o impacto da pandemia, durante o qual cortamos a nossa capacidade (ASK) em 34%. Tratam-se de revisões em baixa, face à nossa última previsão, menos 30% para fevereiro e menos 15% em março“, explica Sequeira.

Natal e passagem de ano piores que o previsto

As revisões em baixa dos voos para os próximos dois meses seguem-se a um período de Natal e passagem de ano pior que o esperado pela empresa. “No mês de dezembro não se verificou o esperado aumento de procura do período das festas, em virtude do agravamento, que persistiu, das medidas restritivas por toda a Europa”. No último mês de 2020, a TAP reduziu em 67% a capacidade face a dezembro de 2019, e em 70% o número de voos no mesmo período de análise.

“Ainda que os dados reportados se refiram a dezembro de 2020, o que gostaríamos de destacar é o impacto operacional da denominada 3º vaga da pandemia e da descoberta de uma nova estirpe do vírus no Brasil, imediatamente a seguir ao drama sanitário que assola todo o mundo e particularmente Portugal, que entrou na passada sexta-feira num novo período de confinamento para combater a evolução da pandemia no nosso país”, destaca Sequeira. Apesar do cenário, o CEO diz ver com bons olhos a adoção, por cada vez mais países, do teste PCR negativo para viajar, o que confere “confiança e previsibilidade” à atividade.

A par do contexto operacional, Ramiro Sequeira diz ter presente as muitas questões relacionadas com o detalhe e com o calendário da implementação das medidas constantes do plano de reestruturação da empresa.

“Continuamos a dialogar com todas as entidades representativas dos trabalhadores e estamos a envolver progressivamente todas as áreas. De novo asseguramos que assim tenhamos todos os detalhes definidos, os mesmos serão comunicados a toda a organização. Permanecemos convictos que o Plano de Reestruturação do Grupo TAP apresentado, que agora carece de definição e implementação concreta, permitirá o seu gradual e progressivo reequilíbrio económico-financeiro e, dessa forma, assegurará a sua sobrevivência sustentável”, acrescenta.

(Notícia atualizada às 12h30)

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