Seis países da UE “seriamente preocupados” com atrasos na entrega de vacina
Ministros da Saúde da Dinamarca, Estónia, Finlândia, Lituânia, Letónia e Suécia referem que o anúncio de atrasos na entrega das vacinas Pfizer/BioNTech “mina a credibilidade do processo de vacinação".
Os ministros da Saúde de seis Estados-membros da União Europeia (UE) afirmaram esta sexta-feira estar “seriamente preocupados” com o atraso na entrega das vacinas Pfizer/BioNTech, numa carta endereçada à comissária europeia para a Saúde, Stella Kyriakides.
Na missiva – citada pela agência de notícias francesa AFP – os ministros da Saúde da Dinamarca, Estónia, Finlândia, Lituânia, Letónia e Suécia referem que o anúncio de atrasos nas entregas das vacinas Pfizer/BioNTech “mina a credibilidade do processo de vacinação” e destacam que, ainda que o processo de compra conjunta de vacinas pela Comissão Europeia tenha trazido “otimismo à União Europeia inteira”, a situação atual é “inaceitável”.
“Vemo-nos agora na obrigação de informar a nossa população e os grupos de risco que a sua vacinação será adiada, não obstante os esforços consideráveis dos nossos governos para assegurar uma entrega dentro dos prazos”, frisam os responsáveis na carta.
Nesse âmbito, os ministros pedem à Comissão para contactar “urgentemente” a Pfizer e a BioNTech para “pedir uma explicação pública” e “sublinhar a necessidade de se assegurar a estabilidade e a transparência das entregas”.
O laboratório norte-americano Pfizer advertiu esta sexta-feira para uma quebra “a partir da próxima semana” nas entregas das vacinas anti-Covid na Europa, com vista a melhorar a sua capacidade de produção, anunciaram esta sexta-feira as autoridades norueguesas.
“A redução temporária afetará todos os países europeus”, indicou o Instituto de Saúde Pública norueguês.
“Não é conhecido, de momento, o tempo que poderá levar até a Pfizer regressar à capacidade máxima de produção, que será aumentada de 1,3 para dois mil milhões de doses” por semana, segundo a mesma fonte.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.994.833 mortos resultantes de mais de 93 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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