Vodafone Portugal interpõe providência cautelar contra entrada em vigor de novas regras do leilão 5G

  • Lusa
  • 27 Setembro 2021

A Vodafone Portugal interpôs uma providência cautelar contra a entrada em vigor das novas regras do leilão 5G, considerando a eliminação de incrementos de 1% e 3% "ostensivamente ilegal".

A Vodafone Portugal interpôs uma providência cautelar contra a entrada em vigor das novas regras do leilão 5G, considerando a eliminação de incrementos de 1% e 3% “ostensivamente ilegal”, disse esta segunda-feira fonte oficial à Lusa.

As novas regras para acelerar o leilão de 5G, que dura há mais de oito meses, entraram esta segunda-feira em vigor e inibem a utilização dos incrementos de 1% e 3%, determinando que as operadoras licitem com aumentos mínimos de 5%.

Na sexta-feira, a Vodafone Portugal interpôs uma providência cautelar contra a entrada em vigor destas novas regras.

“A mudança de regras recentemente aprovada pela Anacom [Autoridade Nacional de Comunicações] de eliminar a utilização de incrementos de 1% e 3% é ostensivamente ilegal e redunda numa violação dos princípios que são traves mestras dos procedimentos de seleção concorrencial, pois terá impacto na execução do leilão e, consequentemente, terá repercussões no resultado final”, adiantou a Vodafone.

“Não restando qualquer alternativa senão recorrer a quem compete velar pelo respeito da lei, a Vodafone apresentou uma providência cautelar para determinar a suspensão da eficácia desta modificação, estando neste momento a aguardar a decisão do tribunal”, acrescentou a mesma fonte.

Na sexta-feira, as propostas dos operadores no leilão totalizaram 371,4 milhões de euros, no 179.º dia de licitação principal.

Na União Europeia, Portugal e a Lituânia são os únicos países sem ofertas comerciais de 5G.

O leilão do 5G e outras faixas relevantes começou em novembro de 2020, primeiro com uma fase para os novos entrantes e, desde 14 de janeiro, está em curso a licitação principal, durante a qual “o incremento de 1% tem sido amplamente utilizado (embora estivesse prevista a utilização de incrementos de 1%, 3%, 5%, 10%, 15% e 20%), o que se traduziu numa evolução do preço dos lotes muito lenta, sem ganhos evidentes no que à descoberta do preço diz respeito, protelando a conclusão desta fase de licitação” e o fim do processo, salientou a Anacom em 17 de setembro, aquando da aprovação da alteração do regulamento.

“Este prolongamento excessivo do leilão é fortemente lesivo dos interesses nacionais, razão pela qual a Anacom aprovou esta alteração às regras do leilão para permitir acelerar o processo, mantendo os licitantes flexibilidade na determinação do preço, dado que terão sempre disponíveis os incrementos de 5%, 10%, 15% e 20%”, acrescentou então o regulador.

A Anacom sublinhou que “esta alteração não compromete as estratégias futuras dos licitantes, não afeta a descoberta do preço já conseguida no decorrer do leilão, nem cria discriminações entre os mesmos, não dando vantagens a um licitante face a outro”.

Esta alteração sucede-se à que reduziu a duração de cada ronda, permitindo aumentar para 12 o número de rondas de licitação diárias, desde o início de julho, e que foi alvo da contestação dos operadores históricos.

Se o leilão tivesse terminado na sexta-feira, o Estado teria arrecadado 455,7 milhões de euros (incluindo a licitação dos novos entrantes de 84,3 milhões de euros), bastante acima do montante indicativo que era de 237,9 milhões de euros.

A licitação principal inclui os operadores Altice Portugal (Meo), Nos, Vodafone Portugal, Nowo (Másmovil) e também a Dense Air, e visa a atribuição de direitos de utilização de frequências nas faixas dos 700 MHz, 900 MHz, 2,1 GHz, 2,6 GHz e 3,6 GHz.

De acordo com o Expansión, também a operadora romena Digi, que é um “dos grupos mais agressivos no mercado espanhol” em termos de concorrência, poderá estar na corrida às licenças de 5G em Portugal.

O processo tem sido bastante contestado pelas operadoras históricas, envolvendo processos judiciais, providências cautelares e queixas a Bruxelas, considerando que o regulamento tem medidas “ilegais” e “discriminatórias”, o que incentiva ao desinvestimento.

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Diogo Alexandre é o novo diretor de programação do canal Casa e Cozinha

Desde outubro de 2019 que o profissional ocupava o cargo de gestor de produto da Eleven Sports.

Diogo Alexandre, diretor de programação do Casa e Cozinha.

Diogo Alexandre é o novo diretor de programação do Casa e Cozinha, o único canal de televisão por cabo em Portugal especialmente dedicado a decoração, gastronomia, moda, beleza e lifestyle, produzido pela Dreamia, joint-venture detida pela NOS e pela AMC Networks International Southern Europe, responsável pelos canais temáticos Panda, Biggs, Hollywood e Blast.

Desde outubro de 2019 que Diogo Alexandre desempenhava a função de gestor de produto da Eleven Sports, “onde assumia a coordenação das áreas financeira, de marketing, produção, produto e dos conteúdos de programação dos canais lineares e catálogo On Demand, a gestão dos projetos de cobertura televisiva, bem como a definição das campanhas de angariação de novos clientes”, lê-se em comunicado.

Licenciado em gestão pela Nova SBE e com um mestrado em gestão, Diogo Alexandre possui um vasto percurso como gestor de produto nos canais TV do grupo Altice e no Meo Satélite. Além disso, o profissional conta com experiência como auditor no departamento para clientes de serviços não-financeiros da KPMG.

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“Temos de deixar a política de fricção e passar para construção de soluções”, diz Moedas

Foi a grande surpresa da noite eleitoral: Carlos Moedas ganhou a corrida à Câmara de Lisboa. "Contra tudo e todos, aqui estamos", diz social-democrata, que defende fim da "política de fricção".

Eleito presidente da Câmara de Lisboa “contra ventos e marés, contra tudo e todos”, Carlos Moedas defende que é preciso “deixar a política de fricção” e passar para uma política de “construção de soluções” focada nos resultados e nas pessoas. O social-democrata falou aos jornalistas, esta segunda-feira, à entrada de um almoço os trabalhadores da higiene urbana da capital, encontro que tinha prometido caso vencesse a corrida à autarquia.

De acordo com a plataforma do Ministério da Administração Interna a coligação “Novos Tempos” liderada por Carlos Moedas (com apoio do PSD, CDS-PP, MPT, Aliança e PPM) conseguiu 34,25% dos votos, tendo assegurado sete mandatos. Em segundo lugar, ficou Fernando Medina (candidato do PS e apoiado também pelo Livre), com 33,3% dos votos e sete vereadores. As sondagens feitas ao longo do período de campanha davam a vitória a este último, mas as primeiras projeções da noite eleitoral apontaram logo para um empate técnico. Horas depois, o socialista viria a assumir a derrota, considerando-a “pessoal e intransmissível” e felicitando o social-democrata pela vitória. “Ganhámos contra tudo e contra todos“, atirou Carlos Moedas, que frisou que se estava a fazer história e a provar que é possível mudar o sistema.

E esta segunda-feira, o ex-comissário europeu voltou a dizê-lo. “Contra ventos e marés, contra tudo e todos, aqui estamos“, afirmou, à entrada de um almoço com os trabalhadores da higiene urbana de Lisboa, que tinha prometido caso ganhasse a corrida autárquica. “Estive aqui na sexta-feira com os homens da higiene urbana de Lisboa. Senti que estavam abandonados“, sublinhou o autarca eleito, considerando este encontro um primeiro gesto “simbólico em relação à maneira como [quer] estar na presidência da Câmara Municipal”.

E a propósito, Carlos Moedas salientou que é preciso “deixar a política da fricção“, passando, antes, para uma “política de construção de soluções” focada nos resultados e nas pessoas. “A Comissão Europeia foi talvez das melhores escolas” para isso, detalhou o ex-comissário europeu, que garantiu também que contará com “com todos os vereadores” para os projetos que irá desenvolver. De notar que, juntos, PS, CDU e Bloco de Esquerda contam com dez vereadores na Câmara de Lisboa, mais do que os que a “Novos Tempos” conseguiu. Rui Rio admitiu, por isso, que Lisboa é “muito difícil de gerir”, mas Carlos Moedas não tem expresso a mesma preocupação. Aliás, até em relação ao Governo de António Costa, garante que quer ser “construtivo”.

Questionado sobre a transição de poder, o social-democrata revelou, além disso, que já teve uma “excelente conversa” com Fernando Medina e assegurou que haverá “uma transição correta e genuína para bem de Lisboa e dos lisboetas”. “Tudo vai correr bem“, afiançou. Já sobre o efeito da sua vitória na vida interna do PSD e em particular sobre o futuro de Rui Rio na liderança do partido, Moedas disse que os resultados autárquicas não têm uma “leitura nacional”.

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Bruxelas mobiliza 95 milhões para 20 países da UE para garantir testes para viagens

  • Lusa
  • 27 Setembro 2021

Comissão Europeia alocou 95 milhões em subvenções para 20 países da União Europeia adquirirem testes à Covid-19, visando facilitar viagens. Portugal será um dos beneficiários.

A Comissão Europeia anunciou esta segunda-feira ter alocado 95 milhões de euros em subvenções para 20 países da União Europeia (UE) adquirirem testes de diagnóstico à covid-19, visando facilitar viagens no espaço comunitário com recurso ao certificado digital.

“A Comissão concedeu subvenções a 20 Estados-membros num total de 95 milhões de euros para a aquisição de testes de diagnóstico à covid-19 para facilitar a utilização do Certificado Digital Covid da UE”, anuncia o executivo comunitário em comunicado.

A instituição não especificou quais os países europeus abrangidos nem qual o valor por país, mas fonte comunitária ligada ao processo indicou que Portugal é um dos beneficiários.

“Esta iniciativa decorre a par do processo contínuo de vacinação anticovid-19 e faz parte do compromisso da Comissão em apoiar o acesso a testes rápidos e precisos a preços acessíveis para os cidadãos que ainda não foram totalmente vacinados, em particular aqueles que não podem ser vacinados devido a razões médicas”, assinala Bruxelas na nota à imprensa.

"Esta iniciativa decorre a par do processo contínuo de vacinação anticovid-19 e faz parte do compromisso da Comissão em apoiar o acesso a testes rápidos e precisos a preços acessíveis para os cidadãos que ainda não foram totalmente vacinados, em particular aqueles que não podem ser vacinados devido a razões médicas.”

Comissão Europeia

Comunicado

As subvenções serão financiadas através do Instrumento de Apoio de Emergência, criado para fornecer uma resposta de emergência coordenada e baseada nas necessidades para ajudar os Estados-membros a responder às necessidades relacionadas com a fase crítica da covid-19, bem como no pós-pandemia e na prevenção de qualquer ressurgimento.

Citada pela nota, a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, assinala que o certificado digital “permitiu aos europeus retomar viagens seguras durante o Verão e tornou-se um símbolo de uma Europa aberta e segura”.

E, “embora a vacinação seja fundamental e o nosso trunfo mais forte para pôr fim à pandemia, os testes rápidos e precisos continuam a ser importantes para combater a propagação”, acrescenta a responsável pela tutela.

Já o comissário europeu da Justiça, Didier Reynders, realça que, até agora, “mais de 400 milhões de europeus beneficiaram do certificado”, numa altura em que “42 países [da UE e não só] já estão ligados ao sistema”.

“Este é um grande feito europeu que tem sido altamente valorizado pelos nossos cidadãos”, adianta Didier Reynders, concluindo que “as subvenções atuais contribuirão ainda mais para a utilização dos certificados e assegurarão que as pessoas possam continuar a circular livremente e em segurança”.

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João Leão já vê Olaf Scholz como chanceler alemão

O ministro das Finanças deu os parabéns ao líder do SPD e disse esperar que como chanceler tenha um papel central na recuperação da economia europeia Mas não é garantido que o venha a ser.

“Quero dar os parabéns ao meu colega do Ecofin, Olaf Scholz, pela vitória do SPD nas eleições”, começa o post no Twitter do Ministério das Finanças português, em nome do titular da pasta. João Leão acrescenta depois que Scholz foi “um dos grandes impulsionadores do Next Generation EU” e “acredita que como chanceler da Alemanha ele vai desempenhar um papel determinante na recuperação económica europeia”. É um voto de confiança, já que ainda não é certo que será o social-democrata a liderar o governo.

O SPD venceu as eleições com 25,7%, mais 1,6 pontos percentuais do que a união CDU/CSU, que registou o seu pior resultado de sempre. Mas o líder, Armin Laschet, também irá tentar formar governo, mesmo tendo ficado em segundo lugar. Ambos estão dependentes da vontade do terceiro e quarto mais votado — Verdes (14,8%) e FDP (11.5%) — já que necessário ter os dois para chegar a uma maioria no Bundestag.

Para já, as conversações deverão focar-se justamente naqueles dois partidos. O líder dos liberais, Christian Lindner, afirmou hoje, após uma reunião do partido, que o FDP e os Verdes “são os partidos que quiserem a mudança, são os dois contra o status quo e são os que representam um novo começo”. Voltou, por isso, a defender que “as duas forças têm de chegar a um denominador comum, estabelecer um núcleo progressivo que seja a base da coligação e só depois levar as negociações ao SPD e à CDU/CSU.

O ministro das Finanças português já deixou clara a sua preferência: o candidato da SPD, que faz parte da família política do Partido Socialista. Olaf Scholz voltou hoje a referir que os sociais-democratas têm “um mandato para construir um governo”, expondo a sua preferência por uma coligação com os Verdes e o FDP.

“Uma coligação social, ambiental e liberal tem um passado na Alemanha, há uma tradição que podemos construir e é o que precisamos de fazer para enfrentar os desafios do futuro”, afirmou, citado pela Deutsche Welle. Um dado é certo, o SPD está em alta enquanto Armin Laschet está enfraquecido por um enorme tombo eleitoral.

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Como muda o mapa autárquico após noite de viragens históricas

O PSD recupera câmaras emblemáticas ao PS, que rouba mais bastiões da CDU, que empata com os independentes. Do Minho ao Algarve, veja a alteração das cores políticas nos municípios portugueses.

Contabilizados já todos os votos das eleições autárquicas, o PS surge destacado com um total de 149 câmaras (numa delas em coligação com o Livre e em 124 com maiorias absolutas), tendo já garantido a presidência da Associação Nacional de Municípios Portugueses. No entanto, na comparação com a última votação autárquica, os socialistas perderam o poder numa dúzia de localidades.

Em sentido contrário, o PSD contabiliza um total de 113 câmaras – 41 delas ganhas em coligação com outros partidos de direita –, mas compara com as 98 que tinha vencido em 2017, quando obteve o pior resultado autárquico de sempre, ainda com Pedro Passos Coelho na presidência. Mais do que o volume de municípios recuperados (o saldo é de 16), foi a dimensão ou simbolismo de alguns deles que fez Rui Rio cantar vitória.

Após as eleições deste domingo, é já certo que um total de 66 câmaras muda de cor política. Lisboa (Carlos Moedas), Coimbra (José Manuel Silva), Funchal (Pedro Calado) e Barcelos (Mário Constantino) trocaram do rosa para o laranja. Destaque também para Portalegre, onde a social-democrata Fermelinda Carvalho sucede a um movimento de independentes (CLIP), e para Vila Viçosa, que é retirada à CDU.

Por outro lado, o PS consegue roubar algumas câmaras ao PSD – Espinho, Valença ou Vila Real de Santo António, por exemplo –, mas o principal realce vai para as seis que até agora pertenciam à CDU. Desde logo, Loures, onde cai o antigo líder parlamentar e dirigente comunista, Bernardino Soares. Os socialistas recuperam ainda Vila do Conde a uma antiga dissidente do partido.

Desde as primeiras autárquicas em democracia, são agora 24 as câmaras que sempre se mantiveram fiéis à mesma cor política. É que este domingo houve mudanças inéditas em sete municípios: o PS conquistou três bastiões da CDU (Moita, Mora e Montemor-o-Novo) e dois do PSD (Penela e Ferreira do Zêzere); os social-democratas estreiam-se naqueles que eram dois clássicos terrenos socialistas: Cartaxo e Reguengos de Monsaraz.

Bloco encolhe e outro Chega-se à frente

A análise partidária aos ganhos e perdas vai além do PS e do PSD. Os números disponibilizados pelo Ministério da Administração Interna validam a queda comunista de 24 para 19 municípios, isto depois de há quatro anos já terem perdido nove. A coligação com Os Verdes recuperou apenas Barrancos e Viana do Alentejo e controla agora o mesmo número de municípios que os chamados grupos de cidadãos, que tiveram um reforço de duas câmaras. Foi o caso da Figueira da Foz, pela mão de Pedro Santana Lopes.

O CDS-PP mantém as seis autarquias em que já governava sozinho (agora todas com maioria absoluta), enquanto o Bloco desaparece ainda mais do mapa autárquico: encolhe de 12 para quatro vereadores e a única boa notícia é a eleição do primeiro no Porto, que foi decisivo para retirar a maioria absoluta a Rui Moreira.

Apesar do crescente protagonismo e do crescimento parlamentar, o PAN não conquista nenhuma vereação, repetindo o fraco resultado de 2017. E na estreia em eleições autárquicas, outros dois partidos com assento na Assembleia da República tiveram comportamentos distintos: a Iniciativa Liberal não elege vereadores, enquanto o Chega consegue 19, sobretudo na região de Lisboa.

Finalmente, quer em percentagem, quer em número absoluto, nas autárquicas de 2021 caíram os votos brancos e os votos nulos, face há quatro anos. Os dados oficiais apontam para 2,51% de boletins que ficaram por preencher e 1,58% que foram considerados inutilizados.

Em termos de abstenção, registou-se o segundo valor mais elevado em eleições locais, com 46,35% dos eleitores a falharem a deslocação às urnas. Um número que é apenas ultrapassado pelos valores de 2013 (47,4%), segundo os dados do Ministério da Administração Interna.

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Ministério Público tem até à meia-noite para entregar recurso da instrução na Operação Marquês

O prazo terminou na última quinta-feira, dia 23 de setembro. Mas ainda poderá apresentar até à meia noite do dia 27, com multa. Ivo Rosa tina dado quatro meses para apresentação desse recurso.

O Ministério Público (MP) ainda vai a tempo de apresentar recurso da decisão da instrução da Operação Marquês, conhecida a 9 de abril deste ano.

O prazo dos 120 dias de prazo concedidos pelo juiz Ivo Rosa para pedir recurso terminaria na quinta-feira, mas ainda há a possibilidade de apresentar fora do prazo, com multa. Que neste caso não é paga porque o MP tem direito a isenção de custas judiciais.

Assim sendo, até à meia-noite desta segunda-feira esse recurso poderá dar entrada no Citius.

Na Operação Marquês, o juiz decidiu que Sócrates, acusado de 31 ilícitos, vai a julgamento por três crimes de branqueamento de capitais e outros três de falsificação de documentos, os mesmos pelos quais o seu amigo e empresário Carlos Santos Silva está pronunciado, dando como provado que empresário corrompeu o antigo chefe de Governo, configurando um crime [corrupção activa sem demonstração de ato concreto] que considerou estar prescrito.

Dos 28 arguidos foram pronunciados além de Sócrates e Carlos Santos Silva, o ex-presidente do BES Ricardo Salgado, por três crimes de abuso de confiança o antigo ministro Armando Vara por lavagem de dinheiro e o ex-motorista de Sócrates João Perna por posse ilegal de arma.

O juiz decidiu não levar a julgamento os ex-líderes da PT Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, o empresário Helder Bataglia e o ex-administrador do Grupo Lena Joaquim Barroca, entre outros.

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Volvo diz adeus à pele animal e elimina couro nos automóveis

Têxteis provenientes de materiais reciclados como as garrafas PET, material biológico oriundo de florestas e rolhas recicladas do setor do vinho são algumas das alternativas encontradas pela marca.

A Volvo Cars quer ser mais sustentável e anunciou que a partir de agora todos os modelos 100% elétricos não vão conter pele animal. A marca sueca anuncia ainda que, até 2025, 25% do material dos novos modelos será constituído por uma base biológica ou reciclada.

A eliminação dos materiais em couro aplica-se a todos os novos modelos e o C40 é o primeiro veículo totalmente livre de pele animal. O interior do novo C40, é constituído por têxteis provenientes de materiais reciclados – como por exemplo garrafas PET -, por material biológico oriundo de florestas d​a Suécia e da Finlândia e por rolhas recicladas da indústria do vinho.

“Ser uma marca de automóveis progressiva significa que precisamos abordar todas as áreas envolvidas na sustentabilidade e não somente as emissões de CO2. O abastecimento responsável é uma parte muito importante desse trabalho onde se inclui o respeito pelo bem-estar animal. Deixar de usar couro nos nossos automóveis 100% elétricos é um passo importante para resolver esse problema. Encontrar produtos e materiais que apoiem o bem-estar animal é certamente um desafio, mas não será razão para desistir de o fazer. Esta é uma causa que vale a pena”, afirma Stuart Templar, diretor global sustainability da Volvo Cars, citado em comunicado.

A Volvo Cars adiantou que continuará a oferecer opções de misturas de lãs, mas somente de fornecedores que sejam certificados como responsáveis, uma vez que a empresa irá rastrear a origem e o bem-estar animal associado a toda esta cadeia de fornecimento.

Por outro lado, a marca está ainda a exigir a redução do uso de produtos residuais provenientes da produção de gado que muitas vezes se utilizam em plásticos, borrachas, lubrificantes ou adesivos, seja como parte do material ou como um produto químico do processo de produção ou de tratamento dos materiais.

Com este rastreamento, a fabricante de automóveis sueca tem como objetivo “ajudar a impedir os danos aos animais, contribuindo para uma procura reduzida por todos os materiais que contenham produtos de origem animal”.

Políticas ambientais são um fator crítico perante os consumidores mais exigentes

De acordo com o estudo Vogue Business Index, dois terços dos clientes consideram que as políticas ambientais das marcas são um fator crítico quando desejam comprar um artigo de luxo. Por outro lado, a mesma percentagem de compradores gostaria de ver os rótulos de carbono nos produtos como uma forma de fornecer maior transparência sobre o impacto ambiental dos mesmos, de acordo com o estudo The Carbon Trust, 2020 YouGov Survey.

“Sabemos onde queremos ir. O primeiro passo é assegurar que utilizamos materiais sustentáveis, naturais e reciclados. O próximo desafio é decidir o que fazer com estes materiais, se queremos fazer peças que durem para sempre, se pretendemos que elas sejam reutilizadas no âmbito da economia circular ou se desejamos que sejam devolvidas ao planeta”, refere Robin Page, head of design da Volvo Cars, citado em comunicado.

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Lift Consulting contrata Filipe Lima para liderar eventos e produção

A entrada do profissional na empresa resulta de uma aposta da consultora no desenvolvimento da área de eventos e produção.

Filipe Lima, diretor de eventos e produção da Lift Consulting.

Filipe Lima é o novo diretor de eventos e produção da Lift Consulting. A entrada do profissional na empresa resulta de uma aposta da consultora no desenvolvimento da área de eventos e produção.

“Com o regresso dos eventos, sentimos necessidade de trazer para a equipa um especialista como o Filipe, que encontrasse soluções criativas e diferenciadoras para enquadrar os serviços 360.° que a Lift presta aos seus clientes. Os grandes eventos que temos vindo a desenvolver e preparar para o segundo semestre já têm o seu cunho”, diz Salvador da Cunha, CEO da Lift Consulting, em comunicado.

Há mais de 15 anos em funções de gestão e operação no setor das artes e entretenimento, Filipe Lima já coordenou alguns dos maiores projetos nesta área, tanto a nível nacional como internacional.

Foi diretor de operações de uma das maiores agências alemãs, a Fischer Appelt e, em Portugal, trabalhou eventos como o Optimus Primavera, o Super Bock Super Rock, o Meo Sudoeste, o Delta Tejo, o Cascais Music Fest, o Vogue Night Out ou o The Voice (TV). Mais recentemente, Filipe Lima foi chief operating officer na agência Jack the Maker.

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Morais Leitão perde sócia Filipa Arantes Pedroso para a J+Legal

Filipa Arantes Pedroso colaborava com a sociedade desde 1979, sendo sócia desde 1987. Em 2006 criou o departamento de corporate real estate que coordenou até final de 2018.

A advogada Filipa Arantes Pedroso vai integrar a J+Legal, deixando assim de ser sócia da Morais Leitão.

Filipa Arantes Pedroso foi uma das primeiras sócias da sociedade. Em 2006 criou o departamento de corporate real estate que coordenou até final de 2018.

“A Morais Leitão deseja as maiores felicidades nesta sua nova etapa, agradecendo o seu contributo ao longo de todos estes anos”, diz o comunicado do escritório.

Filipa Arantes Pedroso colabora com a Sociedade desde 1979, sendo sócia desde 1987. Desenvolvia no escritório trabalho na área de direito societário, designadamente em fusões e aquisições, em projetos de relevância. Em 2006, criou o grupo profissional de corporate real estate que liderou até 2019, tornando-se Senior Partner em 2020.

Na área de imobiliário e turismo, Filipa Arantes Pedroso foi responsável pela assessoria a projetos de investimento imobiliário (asset deal ou share deal), fusões e aquisições e respetivas due diligences; na criação das estruturas para investimento imobiliário, fundos de investimento imobiliário e sociedades de investimento imobiliário; nas operações de investimento turístico, acompanhando a instalação, exploração e o funcionamento de empreendimentos turísticos; na elaboração e na negociação de contratos imobiliários, nomeadamente compra e venda, sale and lease back, opção de compra, permuta e direito de superfície; na elaboração e negociação de contratos de empreitada, projeto e fiscalização; na elaboração e negociação de contratos de utilização e gestão de imóveis, como sejam contratos de exploração de hotéis, arrendamento, cessão de uso e direito de superfície; em operações de financiamento imobiliárias e respetivas garantias.

A integração de uma nova sócia pela J+LEGAL decorre da aposta nas áreas nucleares da firma, Societário, M&A e Fiscal, a par de civil e Contencioso, as quais têm tido um crescimento muito significativo. José Diogo Horta Osório comentou que “a integração da nova sócia decorre da recetividade que a firma tem sentido e da necessidade de reforçar as competências próprias na área do Imobiliário. A escolha pela Filipa é absolutamente lógica, pela sua enorme e reconhecida
qualidade, humana e técnica e porque partilha integralmente da visão e ambição comuns de
prestar serviços de advocacia de elevado valor, com grande pragmatismo e muito próximos
do cliente”, explica um dos sócios.

A J+LEGAL foi fundada em 2021 por José Diogo Horta Osório, Jorge Brito Pereira e Jaime
Carvalho Esteves e integra também a sócia Sofia Matos. A J+LEGAL presta serviços nas áreas de civil, comercial, contencioso, financeiro, fusões e aquisições, mercado de capitais, societário e tributário e, agora, também no Imobiliário. A filosofia da firma assenta numa abordagem “hands-on” pelos seus sócios.

Filipa Arantes Pedroso é autora de artigos em revistas especializadas nacionais e internacionais, designadamente na Iberian Property, Real Estate Law Review (Law Business Research Ltd.), Global Insights – Commercial Real Estate e outras da especialidade.

Tem sido oradora em vários eventos promovidos pela Vida Imobiliária, Iberian Property, APPII (Associação Portuguesa de Investidores e Promotores Imobiliários) e GRI, tais como o Portugal Real Estate Summit, que junta os principais investidores imobiliários, a reunião do GRI em Madrid e Lisboa e a Semana de Reabilitação Urbana de Lisboa.

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Depois da Caixa, BCP também avança com emissão de dívida sustentável

Mercado mostrou apetite pela dívida sustentável da Caixa há duas semanas e agora é o BCP que também faz a estreia neste mercado. Banco liderado por Miguel Maya já está a contactar investidores.

Depois da Caixa Geral de Depósitos (CGD) ter aberto a porta há duas semanas, agora é o BCP BCP 0,78% que está no mercado a preparar uma emissão de dívida sustentável, segundo adianta a Bloomberg, citada pelo Jornal de Negócios (acesso livre).

O banco liderado por Miguel Maya contratou seis bancos de investimento para fazer o contacto com os investidores na Europa, com a perspetiva de sondar o interesse por títulos de dívida sénior. O roadshow já está em andamento desde esta segunda-feira, com a operação a ser assessorada pelo Barclays, Credit Agricole, JPMorgan, Millennium BCP, Natixis e Unicredit. Os títulos sustentáveis vão contar um “rating” de Ba1, BB e BBBL pela Moody’s, Fitch e DBRS, respetivamente.

O BCP é assim o segundo banco português a estrear-se no mercado de dívida sustentável, um título de dívida que vai financiar projetos sociais (recuperação da Covid-19, microcrédito, PME de regiões desfavorecidas) e amigos do ambiente (eficiência energética, mobilidade sustentável, economia circular ou gestão sustentável de recursos hídricos e resíduos), de acordo com uma apresentação do banco.

Ainda há duas semanas a Caixa emitiu 500 milhões em títulos a seis anos com uma taxa de 0,375%, o juro mais baixo de sempre para o banco público. A operação vai permitir a Paulo Macedo avançar com a recompra dos títulos AT1, emitidos em 2017 no âmbito do processo de recapitalização e pelos quais paga juros de mais de 40 milhões por ano.

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AHRESP defende manutenção do “lay-off” simplificado

  • Lusa
  • 27 Setembro 2021

O "lay-off" simplificado "é uma das principais medidas que devem ser mantidas, assegurando assim a continuidade do apoio à manutenção dos postos de trabalho [...]", justifica a AHRESP.

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) defendeu esta segunda-feira a continuidade do “lay-off” simplificado para apoio à manutenção dos postos de trabalho das atividades da restauração, similares e alojamento turístico.

Esta medida assume particular relevância no caso das atividades de animação noturna (bares e discotecas), pois não obstante a permissão de funcionamento a partir do próximo dia 01 de outubro, estas empresas encontram-se encerradas há mais de um ano e meio, com faturação zero, e não têm quaisquer condições para assegurar a totalidade das despesas de funcionamento de forma imediata”, disse a AHRESP.

Segundo o boletim diário da AHRESP, o “lay-off” simplificado “é uma das principais medidas que devem ser mantidas, assegurando assim a continuidade do apoio à manutenção dos postos de trabalho, por forma a não se desperdiçar todo o esforço que empresas e Governo têm vindo a envidar desde o início desta crise pandémica”.

O primeiro-ministro anunciou na semana passada que a evolução positiva do país no controlo da Covid-19 vai permitir que passe do atual estado de contingência para a situação de alerta a partir de 01 de outubro.

Esta decisão foi anunciada por António Costa no final do Conselho de Ministros em que aprovou a terceira fase do plano do Governo de levantamento de restrições por causa da Covid-19, num momento em que Portugal se aproxima de uma taxa de vacinação da sua população de 85%.

De acordo com as medidas da terceira fase de desconfinamento anunciadas, a apresentação de certificado digital será obrigatória para viagens por via marítima ou aérea e nas visitas a lares e estabelecimentos de saúde.

António Costa referiu ainda que os grandes eventos culturais, desportivos ou corporativos, assim como os bares e as discotecas – com autorização para reabrir a partir do próximo mês – são também locais onde o certificado será exigido.

Por outro lado, nos restaurantes e nos estabelecimentos turísticos e alojamentos locais deixa de ser necessário apresentar o certificado digital, assim como nos ginásios com aulas de grupo, nos casinos, termas e spas.

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