Governo aprova alargamento da garantia de produtos para três anos

  • Joana Abrantes Gomes
  • 2 Setembro 2021

Atualmente, o prazo de garantia aplicado a "bens móveis" está fixado em dois anos. Com a aprovação deste diploma, os consumidores poderã ativar a garantia de um produto até três anos após a compra.

O Governo aprovou, no Conselho de Ministros desta quinta-feira, o decreto-lei que regula os direitos do consumidor na compra e venda de bens, conteúdos e serviços digitais, alargando para três anos o prazo de garantia de bens móveis. Ou seja, com início no próximo ano, os consumidores vão poder ativar a garantia de um produto até três anos depois da compra.

O diploma aprovado esta quinta-feira, que entrará em vigor em 1 de janeiro de 2022, enquadra também novas tipologias de bens, “como os conteúdos e serviços digitais e os bens com elementos digitais incorporados”, de forma a contribuir para o reforço dos direitos do consumidor no ambiente digital, refere o comunicado do Conselho de Ministros.

Ao mesmo tempo, determina que “os prestadores de mercado em linha, quando parceiros de negócio do profissional que disponibiliza o bem, devem, a par com o profissional, satisfazer os direitos do consumidor em caso de falta de conformidade“. O Governo sublinha, neste sentido, a importância desta disposição no âmbito do comércio online, dado ser uma “realidade em crescimento”, potenciada pela pandemia de Covid-19.

O prazo de garantia quanto aos bens imóveis também foi aumentado, para 10 anos, no que diz respeito a defeitos que afetem elementos construtivos estruturais destes bens.

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Governo atualiza suplemento de serviço e risco da GNR e PSP

Suplemento por serviço e risco nas forças de segurança tem estado envolto em protestos. Governo aprovou, esta quinta-feira, valor da componente fixa.

O Governo deu “luz verde”, esta quinta-feira, à atualização dos valores da componente fixa do suplemento por serviço e risco nas forças de segurança aplicado tanto aos militares da GNR como ao pessoal policial da PSP.

“O Conselho de Ministros aprovou hoje [esta quinta-feira] o decreto-lei que procede à atualização dos montantes da componente fixa do suplemento por serviço e risco nas forças de segurança auferido pelos militares da Guarda Nacional Republicana e pelo Pessoal Policial da Polícia de Segurança Pública”, anunciou o Governo, em comunicado.

Em meados de agosto, membros da PSP e da GNR estiveram em protesto contra o valor fixado pelo Governo para este suplemento de risco, que ficou abaixo do proposto pelos beneficiários, que consideram que tal montante nem é digno. O Governo decidiu fixar este suplemento em mais 68,96 euros do que até aqui (isto é, em 100 euros), enquanto PSD e GNR propuseram fixar em 200 euros, no primeiro ano de subsídio, 300 no segundo e, a partir daí, em quase 400.

A Associação dos Profissionais da Guarda e a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia já anunciaram que vão recorrer aos Grupos Parlamentares para que, na discussão do Orçamento do Estado para 2022, venha a ser fixado “um valor aceitável” de subsídio de risco.

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Reprivatização da Efacec vai ter uma terceira fase para candidatos melhorarem propostas

Dois grupos portugueses DST e Sing-Investimentos Globais (ligada à empresa industrial Sodecia) vão ter de melhorar as propostas apresentadas à reprivatização da Efacec num terceira fase de negocial.

O Governo decidiu avançar com uma terceira fase de privatização da Efacec. Na reunião de Conselho de Ministros desta quinta-feira foi decidido este prolongamento para que os candidatos portugueses possam apresentar propostas vinculativas melhoradas e finais.

“Foram selecionados a participar nesta terceira fase os dois investidores que apresentaram propostas vinculativas. Esta terceira e última fase faz parte de um processo de venda transparente, competitivo e concorrencial, que valoriza a mais-valia industrial, o conhecimento técnico e humano e a excelência da Efacec, bem como a sua contribuição para a economia nacional e, em particular, para o setor exportador português, salvaguardando, desta forma, o interesse público”, pode ler-se no comunicado divulgado esta tarde, sem que tenha havido a habitual conferência de imprensa.

O ECO já tinha avançado em primeira mão que tendo em conta a qualidade das propostas em cima da mesa, o Executivo ia prolongar o processo de reprivatização da Efacec para uma terceira fase e assim prolongar as negociações com os dois grupos portugueses DST e Sing-Investimentos Globais (ligada à empresa industrial Sodecia), os únicos que apresentaram propostas vinculativas até à data limite de 19 de julho, tal como o ECO também avançou.

A venda da participação de 71,73% da Efacec que o Estado assumiu na sequência do envolvimento de Isabel do Santos no Luanda Leaks será feita a um destes dois grupos já que nenhum dos outros três candidatos — o Chint Group Corporation, da China, a Elsewedy Electric, do Egito, e a espanhola Iberdrola — avançou para a segunda fase de apresentação de propostas vinculativas. Em causa estará a degradação das contas da empresa e perspetivas económicas pouco animadoras, com dificuldades crescentes.

Tal como o ECO revelou, a Efacec fechou o ano passado com uma dívida financeira de 184,2 milhões, mais 63,1 milhões face ao ano anterior. Apesar de o relatório e contas mencionar um EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) negativo de 20,2 milhões de euros, em 2020, na due diligence os concorrentes apontam antes para um EBITDA negativo ajustado de 60 milhões em 2020 e da ordem dos 30 milhões este ano. Por isso, os dois grupos portugueses apresentaram propostas de compra da posição acionista do Estado com valores marginais, entre um euro e um milhão de euros, e ambas consideram que será necessário um plano de investimento de dezenas de milhões de euros para recuperar a Efacec. Ora serão precisamente estas propostas que o Governo quer agora ver melhoradas nesta terceira ronda de negociações, que também pretende ser final.

Os candidatos nacionais exigem ainda garantias públicas que se poderão transformar em mais investimento público na empresa, depois de a garantia a um empréstimo de 70 milhões de euros que já foi totalmente consumida. Ao que o ECO apurou, o Governo já admite que poderá ser necessário “partir” a Efacec entre as áreas da mobilidade e industrial, para limitar os riscos para o Estado na operação. Embora o comunicado do Conselho de Ministros não fazer qualquer referência a esta possibilidade.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Governo muda IVAucher para desconto ser devolvido pela banca no máximo de dois dias úteis

O Conselho de Ministros aprovou um diploma para alterar o regulamento do IVAucher de forma a permitir que os bancos possam vir a devolver os descontos acumulados em dois dias úteis, no máximo.

O Conselho de Ministros desta quinta-feira aprovou uma alteração ao decreto regulamentar do IVAucher para incluir no programa a banca como intermediária na ligação entre os consumidores, os comerciantes e os descontos. Na prática, os bancos poderão fornecer aos seus clientes a possibilidade de aderirem ao IVAucher e receber o desconto na sua conta bancária na fase de utilização do que foi acumulado. O cashback tem de ser efetuado no máximo em dois dias úteis.

“Foi aprovado um diploma que procede à adaptação do programa «IVAucher» com o intuito de potenciar a sua simplicidade e universalidade, quer nos meios de adesão, quer na utilização do benefício, por parte dos consumidores e comerciantes“, adianta o comunicado do Conselho de Ministros divulgado esta quinta-feira.

Esta é a concretização legislativa do que tinha sido anunciado recentemente pelo Ministério das Finanças. Além dos métodos já previstos desde que o programa foi lançado, passa a ser também possível o “ressarcimento do montante do benefício para a conta bancária do consumidor no prazo máximo de dois dias úteis após o pagamento“.

Esta segunda-feira o Ministério das Finanças anunciou, em comunicado, que desenvolveu, em conjunto com a SaltPay que foi a entidade que ganhou o concurso para operacionalizar o IVAucher, uma solução para integrar no programa as instituições bancárias que operam em Portugal. “Desta forma, a solução do Programa IVAucher disponibilizada aos comerciantes e aos consumidores será mais simples e mais universal“, garantia o gabinete de João Leão.

Na prática, além de ser possível ter acesso aos descontos através da rede entidade operadora do sistema (SaltPay) com TPAs, aplicação IVAucher e software de faturação, passa a ser também possível uma espécie de cashback em que o desconto do IVAucher é reembolsado diretamente pelos bancos na conta bancária do consumidor até dois dias úteis depois. O pagamento é feito na íntegra com os métodos de pagamento eletrónicos habituais (cartões bancários e terminais de pagamento) que tanto consumidores como comerciantes já dispõem.

Esta mudança surge cerca de um mês antes do início da fase de utilização dos descontos acumulados, a qual arranca em outubro e vai até ao final do ano. Entre junho e agosto, os consumidores acumularam o IVA gasto em cultura, restauração e alojamento, sendo que o saldo já pode ser consultado no e-fatura. Porém, o saldo final só será apurado agora em setembro pela Autoridade Tributária pelo que poderá ainda não ter o valor total.

Este programa tem como objetivo incentivar o consumo em três dos setores mais afetados pela pandemia (a cultura, a restauração e o alojamento) pelo que o valor acumulado na fase inicial só poderá ser usado próxima fase em um destes três setores. O desconto apenas poderá ir até 50% do valor da compra: por exemplo, mesmo que tenha 20 euros de saldo, só será reembolsado em 10 euros caso compre um livro que custe 20 euros.

Editoras de livros e lojas de discos incluídas no IVAucher

Apesar de não estar referido no comunicado do Conselho de Ministros, estas alterações ao programa IVAucher também garantem a inclusão dos CAE (códigos das Classificações Portuguesas de Atividades Económicas) das editoras de livros e lojas de discos, confirmou o Ministério das Finanças ao ECO. A mudança tem retroativos a 1 de junho pelo que todas as faturas com NIF que se enquadrem nesse âmbito contarão para o apuramento do saldo final do IVAucher.

Ao decreto regulamentar de 28 de maio são adicionadas duas novas alíneas: Comércio a retalho de discos, CD, DVD, cassetes e similares, em estabelecimentos especializados; e a edição de livros.

A alteração permite que mais empresas, sejam editoras de livros sejam livreiros, consigam beneficiar do programa. No caso da Bertrand, por exemplo, os livros que vende sempre estiveram elegíveis para o IVAucher uma vez que se trata de uma livraria, além de ser uma editora. As editoras que não tinham o CAE de livreiro passarão agora a estar incluídas dado que o CAE de edição de livros será adicionado.

Da mesma forma, o valor que agora acumular poderá também ser gasto diretamente em editoras a partir de outubro e não só em livrarias. De recordar que no caso dos livros vendidos pela FNAC, uma das maiores cadeias de lojas do país, estes não são elegíveis para o IVAucher dado que o CAE principal da empresa francesa não é o de livraria.

(Notícia atualizada às 18h23 com mais informação)

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JP Morgan paga multa de 25 milhões de euros à França para evitar processo judicial

  • Lusa
  • 2 Setembro 2021

Em causa estava um desvio de 315 milhões de euros, isentos de impostos, os quais teriam sido distribuídos por 14 ex-gestores de topo da Wendel, através de um complexo esquema financeiro.

O JP Morgan revelou esta quinta-feira que aceitou pagar uma multa de 25 milhões de euros para evitar um processo por fraude fiscal da sociedade de investimento Wendel, da família de Ernes Antoine Seillière, ex-presidente da organização patronal francesa (CNPF).

O Ministério Público francês esclarece em comunicado que chegou a “um acordo com o JP Morgan”, em relação ao facto de o banco norte-americano ter de pagar esse montante ao Tesouro francês.

Em contrapartida, aquela entidade judicial “dá como encerrada a ação contra o banco”, instaurada em 27 de junho de 2012 e na qual o JP Morgan foi indiciado por cumplicidade em fraude fiscal.

Em causa estava um desvio, que segundo a investigação, se cifrava em 315 milhões de euros, isentos de impostos, os quais teriam sido distribuídos por 14 ex-gestores de topo da Wendel, através de um complexo esquema financeiro.

O Tesouro francês deu conta da fraude na sequência de um controlo financeiro realizado no final de 2010, sendo que reclamou estarem em dívida 240 milhões de euros, antes de o processo chegar a tribunal.

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FESAP quer que OE seja “virar de página” e exige aumentos de 2,5% para todos os funcionários públicos

A FESAP quer que 2022 seja sinónimo de aumentos salariais para todos os funcionários públicos e exige que haja abertura para acordos plurianuais que estabilizem o emprego público.

A Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) quer que o próximo Orçamento do Estado seja um “virar de página“, pelo que exige que 2022 seja sinónimo de aumentos salariais de 2,5% para todos os funcionários públicos e da subida do “salário mínimo” praticado no Estado para 750,26 euros, ficando acima do nacional.

O sindicato liderado por José Abraão aprovou, esta quarta-feira, o caderno reivindicativo que enviará ao Governo com vista a “orientar” a elaboração do Orçamento do Estado para 2022. É nesse âmbito que aparece a exigência de aumentos de 2,5% dos salários e pensões de todos os trabalhadores da Função Pública, bem como a proposta de puxar a base remuneratória da Administração Pública para o atual sexto nível da Tabela Remuneratória Única. Com esta última medida, a FESAP pretende “descolar” o salário mínimo praticado no Estado do nacional, de modo a valorizar os trabalhadores que, em 2019, perderam os pontos que tinham acumulados para progressões futuras quando o Governo decidiu elevar a base remuneratória.

Além destas propostas, a FESAP entende que poderá justificar-se um novo programa de regularização dos vínculos precários na Administração Pública, estimando que “algumas dezenas de milhares de trabalhadores” passariam por essa via para os “quadros” do Estado. Aliás, a “precariedade é central” no caderno reivindicativo aprovado esta quarta-feira, disse José Abraão.

Outra exigência é que o Governo tenha abertura para firmar acordos plurianuais, que estabilizem o emprego no Estado. “Queremos que o Orçamento do Estado seja um virar de página”, sublinhou José Abraão. “Partimos para o OE com uma grande abertura para a negociação. Temos expectativas que possa traduzir-se num virar de página preparando melhor o futuro“, acrescentou o sindicalista.

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50 milhões em notas danificadas pelas cheias de julho invadem banco central alemão

  • Joana Abrantes Gomes
  • 2 Setembro 2021

O banco central alemão foi invadido por notas danificadas pelas inundações de julho na Alemanha, no valor de 50 milhões de euros. Algumas delas estavam contaminadas com petróleo, lama e esgotos.

50 milhões de euros em notas, atingidas pelas inundações que atingiram várias regiões da Alemanha em julho, “invadiram” o banco central alemão. Segundo o Bundesbank, algumas notas chegaram a ser contaminadas com petróleo, esgotos ou lama, revela a Associated Press.

Por ano, o banco federal da Alemanha recebe, geralmente, 40 milhões de euros em notas danificadas. Porém, só entre meados de julho e finais de agosto, a instituição já recebeu 51 milhões de euros em notas inutilizadas provenientes das zonas atingidas pelas cheias na Alemanha ocidental.

Este tipo de notas é seco, processado e depois destruído num centro em Mainz, que analisa dinheiro falsificado e danificado, e os seus proprietários são reembolsados sem encargos. Depois deste processo, as notas são aplainadas, verificadas e contadas. O Bundesbank disse ter comprado secadores para lidar com o dinheiro sujo, notando que é importante processar rapidamente as notas danificadas antes que se amontoem e se tornem tão duras como o betão.

As cheias de 14 e 15 de julho na Alemanha vitimaram mortalmente mais de 180 pessoas e centenas ficaram feridas. As inundações também fizeram vítimas na Bélgica.

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BMW quer acelerar a redução das suas emissões de CO2 até 40%

  • Lusa
  • 2 Setembro 2021

A BMW prevê ainda este ano mais custos com as matérias-primas, no mínimo, de 500 milhões de euros.

O fabricante automóvel BMW quer acelerar a redução das suas emissões de CO2 em toda a vida do veículo, incluindo produção, até 2030 e estabeleceu como objetivo uma diminuição de 40%, contra os 33% fixados há um ano.

A alemã BMW informou esta quinta-feira num comunicado, citado pela agência Efe, que até 2030 a emissão de dióxido de carbono (CO2) por veículo e quilómetro percorrido vai reduzir-se, no mínimo, a metade face aos valores de 2019.

“Não se trata apenas de sustentabilidade ecológica, mas também empresarial”, porque a evolução atual dos preços das matérias-primas mostra com que efeitos tem de contar uma indústria que depende de recursos limitados, afirmou o presidente da BMW, Oliver Zipse.

A BMW prevê este ano mais custos com as matérias-primas, no mínimo, 500 milhões de euros. Atualmente, 30% dos veículos da BMW são produzidos com materiais reciclados, mas o novo objetivo é aumentar esta percentagem para 50% a partir de 2025.

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Lisboa no verde, com EDP e BCP a travar maior subida

Bolsa nacional encerrou a somar 0,6%, impulsionada pelo setor do papel. Pelo contrário, EDP e BCP travaram uma subida mais acentuada do índice.

A bolsa de Lisboa encerrou a valorizar 0,6%, com a maioria das cotadas no verde, e acompanhando a tendência das restantes praças europeias. Contudo, as ações da EDP e do BCP impediram uma subida mais acentuada do índice.

O PSI-20 somou 0,6% para 5.505,55 pontos, sobretudo impulsionado pelas cotadas do papel. A Semapa disparou 3,71% para 12,86 euros, enquanto a Navigator avançou 0,89% para 3,18 euros. A Altri ganhou 0,27% para 5,635 euros.

Ainda nas subidas, destaque para a EDP Renováveis que cresceu 1,49% para 23,16 euros e para a Galp que avançou 0,14% para 8,61 euros. A Nos valorizou 2,06% para 3,668 euros, enquanto a Jerónimo Martins subiu 1,35% para 18,33 euros.

No lado oposto, e a travar uma subida mais acentuada do índice de referência nacional, estiveram as ações da EDP, que caíram 0,81% para 4,748 euros, mas também as do BCP que recuaram 1,48% para 0,1333 euros.

Lisboa acompanhou, assim, a tendência positiva das restantes praças europeias, num dia em que o Stoxx-600 valorizou 0,35% para 474,76 pontos.

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A mediação de seguros e o desafio da inteligência

  • BRANDS' ECOSEGUROS
  • 2 Setembro 2021

Cláudio Gonçalves, Nacionalgest, parceiro da Liberty Seguros, fala dos desafios da mediação e corretagem de seguros num mercado onde prepondera cada vez mais a exigência dos consumidores.

O grande desafio da distribuição de seguros em Portugal consiste em apropriar e utilizar os dados mais relevantes para construir conhecimento aprofundado dos clientes, das suas preferências, dos seus hábitos e ser capaz de perceber as suas necessidades efetivas, para apresentar soluções à medida de cada pessoa.

Segmentar clientes em grandes grupos já não é suficientemente eficaz, pois estamos na era da micro-segmentação, que deve enquadrar o cliente no seu ciclo de vida e nos diferentes agregados sociais a que pode pertencer em função de critérios que ultrapassam muitos os clássicos sociodemográficos.

Dada a complexidade destes requisitos de marketing, a concorrência na distribuição de seguros já não se resume a ter preço aparentemente mais favorável, porque os campeões da distribuição pelo preço têm vindo a pagar o custo de situações desagradáveis, como riscos mal-enquadrados, coberturas opcionais não subscritas e outras circunstâncias equívocas ou prejudiciais aos objetivos comerciais de médio prazo.

"Os verdadeiros campeões da distribuição de seguros são as entidades que apresentam soluções mais adequadas à circunstância de vida do cliente, de forma que, na hora do sinistro, a companhia cumpra o seu papel e minimize o estrago.”

É sabido que os seguros servem para minimizar os impactos que um sinistro provoca na esfera pessoal e patrimonial dos clientes, não são mero pretexto para cobrar o prémio e subir nas referências dos seguros baratos. Os verdadeiros campeões da distribuição de seguros são as entidades que apresentam soluções mais adequadas à circunstância de vida do cliente, de forma que, na hora do sinistro, a companhia cumpra o seu papel e minimize o estrago.

A concorrência pelo preço tem sido refúgio de um segmento de operadores que se vê acossado pelas transformações do mercado e procura resistir em termos de volume em vez de evoluir rapidamente para formas mais sofisticadas de relação com os clientes que aceitam pagar um valor justo pelo benefício contratado.

Quando os clientes se focam no preço, é porque a distribuição não fez bem o seu papel, explicando a utilidade e o valor da solução proposta, ou seja, não apresentou os dados relevantes para uma decisão racional e devidamente informada.

"Na mediação e corretagem, a inteligência das decisões carece de informação certificada, devidamente interpretada e claramente focada na perceção de valor que o serviço prestado gera na esfera do cliente. Isso requer outros níveis de integração tecnológica e estratégica com os tomadores de seguros, o que só está acessível a mediadores com ferramentas tecnológicas capazes de responder às necessidades individuais de forma ajustada e personalizada.”

O que importa sublinhar é que, neste mercado dos seguros, prepondera cada vez mais a exigência dos consumidores, verdadeiro acelerador das adaptações necessárias, nomeadamente em matéria de níveis de serviço na resolução de sinistros, criação de ferramentas para agilizar os processos de contratação, desenvolvimento de algoritmos inteligentes para o marketing, entre outros desafios.

Neste quadro, faz sentido referenciar o aparecimento de ferramentas de controlo de qualidade da relação com o cliente, como, por exemplo, o NPS da Liberty, um índice de satisfação mensal que permite identificar padrões, antever comportamentos e tendências e traçar perfis de consumidores, de forma a que os mediadores possam tomar as decisões mais inteligentes e garantir a confiança do cliente.

Na mediação e corretagem, a inteligência das decisões carece de informação certificada, devidamente interpretada e claramente focada na perceção de valor que o serviço prestado gera na esfera do cliente. Isso requer outros níveis de integração tecnológica e estratégica com os tomadores de seguros, o que só está acessível a mediadores com ferramentas tecnológicas capazes de responder às necessidades individuais de forma ajustada e personalizada.

É, pois, natural que continuemos a assistir a dinâmicas de concentração empresarial, com desenvolvimento de rotinas de retalho mais sofisticadas e tecnologicamente apoiadas, dando integral cumprimento aos imperativos legais, desafios difíceis de vencer por operadores isolados ou de pequena e média dimensão.

Num tempo em que já se afirma a inteligência artificial, convém que a mediação de seguros dê provas de inteligência natural, maximizando o uso de recursos para afirmar a sua indispensabilidade às decisões bem-sucedidas dos seus clientes.

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Apenas 34% dos portugueses confortáveis em assumir orientação sexual no trabalho

Metade dos portugueses inquiridos assistiu a comportamentos não inclusivos no emprego e 20,24% diz que partilhar orientação sexual limitou oportunidades de carreira, segundo estudo da Manpower.

Assumir a orientação sexual no local de trabalho ainda é algo desconfortável para muitos colaboradores. Em Portugal, apenas 34% dos profissionais e 41% do universo da comunidade LGBTQI+ sente abertura para revelar a sua orientação sexual no emprego. Mais de metade (59,52%) já assistiu a comportamentos não inclusivos no emprego e 20,24% diz que partilhar a sua orientação sexual limitou as oportunidades de carreira, segundo os dados da 1.ª edição do estudo “Diversity at Work”, do ManpowerGroup.

“Sendo hoje a inclusão e a diversidade pontos inalienáveis para as empresas, na definição da sua atuação corporativa e no bem-estar dos seus trabalhadores, este estudo dá voz às preocupações da comunidade LGBTQI+ e à sua experiência no seu local de trabalho. Esta investigação, para além de dar visibilidade para a realidade destes profissionais, pretende consciencializar para a necessidade de um maior esforço de inclusão e diversidade nas empresas, através de uma adequada definição de políticas e de uma cultura isenta de discriminação, permitindo a correta valorização de cada indivíduo e do seu potencial”, explica Rui Teixeira, Chief Operations Officer do ManpowerGroup Portugal, citado em nota de imprensa.

Os dados do estudo — recolhidos através de quase 4.800 respostas em 14 países (Áustria, República Checa, Alemanha, Grécia, Hungria, Israel, Itália, Portugal, Roménia, Eslováquia, Espanha, Suíça, Turquia e Reino Unido) — revelam que apenas 34% dos profissionais portugueses entrevistados e 41% do universo da comunidade LGBTQI+ sente abertura para revelar a sua orientação sexual no seu entorno laboral.

“Este valor coloca Portugal a meio da tabela europeia, já que, em polos opostos, estão a Espanha – 48% dos trabalhadores espanhóis afirmam ter abertura para assumirem a sua orientação sexual em contexto laboral – e a República Checa – com 30% dos inquiridos no estudo a partilhar o seu estatuto com os seus colegas”, informa nota de imprensa.

Assumir a orientação no recrutamento: o que pensam os profissionais?

Assumir ou não a orientação sexual em contexto de entrevista de emprego não é ainda um tema consensual. Em Portugal, mais de metade (51,89%) do total dos inquiridos, sejam ou não pertencentes à comunidade LGBTQI+, acreditam ser “mais benéfico para o candidato esconder a orientação sexual ao longo de um processo de recrutamento”. Junto da comunidade LGBTQI+ esse valor cai, mas ainda assim 41,39% têm a mesma convicção

Portugal é o segundo país em que mais pessoas acreditam ser este o caminho benéfico para o candidato, com Itália a chegar aos 65,04% a terem essa posição e 49,56% dos membros da comunidade a concordarem”, refere a Manpower. São também os portugueses quem mais assume já “ter ocultado intencionalmente a sua orientação sexual, durante entrevista de emprego, com um valor de 45,58%”.

Ainda em contexto laboral, 23% dos portugueses afirmam já ter sido alvo de discriminação numa entrevista de emprego devido à sua orientação sexual, valor apenas superado por Espanha, onde esta realidade já foi sentida por 24,63%. No polo oposto está a Suíça, onde 11,76% dos seus inquiridos a se sentirem discriminados durante um recrutamento.

Comportamentos discriminatórios: uma realidade nas empresas nacionais

Com o tema da inclusão e diversidade na agenda das empresas, no que toca às políticas existentes nas companhias nacionais, atualmente, 26,67% dos profissionais reconhece haver ações direcionadas às mulheres e 17,88% a pessoas com deficiência. 11,73% refere a implementação de programas destinados a profissionais com diferentes etnias e origens e 8,48% a pessoas de idade superior.

“No intermédio estão 12,7% dos inquiridos, que dizem existir políticas para inclusão da comunidade LGBTQI+ nas organizações onde trabalham. Por último, 20,3% dizem não existirem quaisquer políticas de diversidade nas organizações onde operam, independentemente do seu tipo”, refere a Manpower.

O estudo revela que ainda há muito a fazer nas empresas para a criação de um ambiente mais inclusivo no local de trabalho junto dos colaboradores e lideranças. Em Portugal, mais de metade dos entrevistados (59,52%) já assistirem a comportamentos não inclusivos no seu local de trabalho, como piadas sobre a comunidade LGBTQI+ — pior só mesmo a realidade italiana e espanhola, onde 62,57% e 63,69% dos trabalhadores, respetivamente, já assistiram a tais incidentes em contexto laboral — com 60,39% dos entrevistados a alertar que, inclusivamente, que esse comportamento é, normalmente, realizado pelas próprias lideranças, “sendo essa a percentagem a mais elevada, quando comparada com os restantes países em análise.”

Quando questionados sobre se já testemunharam algum tipo de discriminação na sua empresa relacionada com a orientação sexual, tal como a diferenciação salarial ou a atribuição de promoções, 29,32% dos inquiridos em Portugal responderam afirmativamente. “A identidade de género ou orientação sexual já levaram também a que 11,9% fossem vítimas de violência verbal no seu local de trabalho”, indica estudo.

Mais, 20,24% dos trabalhadores portugueses avançam ainda que a partilha da sua orientação sexual veio limitar as suas oportunidades de carreira, ainda assim um dos mais baixos entre os países analisados, pior só mesmo a Itália com 29,9% a afirmar terem sido prejudicados na sua carreira.

Apenas uma minoria de 7,14% de trabalhadores nacionais dizem ter sido promovidos após comunicarem a sua orientação sexual, um dos valores mais baixos do estudo, com apenas a Suíça a apresentar um valor inferior, de 6,17%.

Melhoria na produtividade

Um ambiente de trabalho mais inclusivo e onde os profissionais possam sentir-se confortáveis em assumir a sua orientação sexual traz ganhos de produtividade. Em Portugal, a maioria (62,35%) considera que ganhos ao nível da produtividade é um dos benefícios, o valor mais elevado do estudo, seguindo-se a República Checa (57,75%) e Espanha (50,18%).“Em linha, estão 79,22% de todos os inquiridos portugueses e 81,6% dos respondentes LGBTQI+ que consideram que um ambiente de trabalho diverso é mais produtivo.”

Uma larga maioria (85,16%) do total de inquiridos diz que um ambiente de trabalho mais diverso promove a inovação e novas ideias em contexto laboral, na comunidade LGBTQI+ o valor atinge os 85,98%.

A pandemia acelerou a alteração dos modelos de trabalho, mas ainda assim “assumir a orientação sexual e identidade de género, com estes novos modelos de trabalho, não será tão fácil para as pessoas LGBTQI+: 39% a nível global e 33% em Portugal pensam que será mais difícil mostrar abertamente a sua orientação sexual ou identidade de género num ambiente remoto ou híbrido.

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Agosto já foi melhor que 2020, mas voos nos principais aeroportos nacionais continuam abaixo do pré-pandemia

Já se nota o efeito da vacinação e do certificado digital nos voos em agosto deste ano, face a 2020. Mas o movimento nos principais aeroportos nacionais continua sem atingir o nível pré-pandemia.

O certificado digital e os avanços da vacinação permitiram alguma retoma do turismo neste verão, com o levantamento de restrições devido à Covid-19. Os voos nos principais aeroportos nacionais em agosto já recuperaram face a 2020, mas continuam ainda a registar quebras superiores a 20% quando comparados com o período pré-pandemia, em 2019.

Agosto é tipicamente o mês das férias de verão, altura em que nas ruas de Portugal se ouvem múltiplas línguas. Lisboa é um dos principais destinos, sendo que nesse mês em 2019, foram mais de 20 mil os voos realizados no aeroporto da capital. No ano seguinte, com o impacto da pandemia, o número caiu para menos de metade: foram 9.166 voos, segundo os dados do Eurocontrol cedidos ao ECO.

Já em 2021 começou a sentir-se alguma recuperação, e os turistas voltaram a encher as ruas da capital (e os portugueses a fazer as malas, também). Ainda assim, os voos foram menos um terço do que se registou no pré-pandemia: passaram pelo Aeroporto Humberto Delgado 13.916 voos em agosto deste ano.

Olhando para o aeroporto do Porto, a pandemia também roubou quase metade dos voos no mês de agosto, no primeiro ano da Covid-19. Os aviões que passaram pelo Aeroporto Francisco Sá Carneiro foram 9.603 em agosto de 2019, número que caiu para 5.410 no ano seguinte.

Em 2021, houve uma recuperação de 27% face ao ano passado, contando-se 6.911 voos no aeroporto da Invicta em agosto de 2021. Ainda assim, este número fica 28% abaixo dos níveis registados no pré-pandemia.

Já no caso de Faro, região mais procurada durante o verão pelo clima e pelas praias, a queda face a 2019 foi menos pronunciada. Não obstante, em agosto deste ano os voos que passaram pelo aeroporto farense foram menos 23% do que no mesmo mês quando ainda não tinha surgido a pandemia.

Quando a comparação é feita com 2020, é possível perceber novamente uma recuperação, ainda que ligeira. Contaram-se 4.633 voos em agosto de 2020 e 5.958 voos no mesmo mês de 2021, uma subida de 28,5%.

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