Turismo duplica em junho e supera pandemia no Norte e ilhas

Alojamentos turísticos nacionais recebem 2,7 milhões de hóspedes em junho e 7,2 milhões de dormidas, um aumento homólogo de 97,3% e 110,2%, respetivamente. Setor supera pré-pandemia no Norte e ilhas.

Os alojamentos turísticos nacionais receberam 2,7 milhões de hóspedes em junho, num total de 7,2 milhões de dormidas, o que representa um aumento homólogo de 97,3% e 110,2%, respetivamente, avança esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Nas regiões do Norte, na Madeira e nos Açores, as dormidas de estrangeiros ultrapassaram mesmo os níveis pré-pandemia, embora em termos gerais, registou-se uma diminuição de 2,6% no número de hóspedes face a junho de 2019 e uma diminuição de 0,4% no número de dormidas referente ao mesmo período. Face a maio de 2022, o número de hóspedes cresceu 162,3%, e 221,7% no que diz respeito às dormidas.

Enquanto os hóspedes nacionais foram responsáveis por 2,3 milhões de dormidas, o que corresponde a um aumento de 16,5%, os hóspedes estrangeiros registaram 4,8 milhões, o que se traduz num crescimento de 241,8%. No entanto, face a junho de 2019, “o mercado interno cresceu 7,0% e os mercados externos diminuíram 3,5%”, destaca o INE.

Já no acumulado dos primeiros seis meses do ano, as dormidas aumentaram 252,4% em termos homólogos, sendo que o crescimento foi de 84,1% para os turistas residentes e 529,5% para os turistas estrangeiros. Em comparação com o primeiro semestre de 2019, as dormidas caíram 7%; um resultado da diminuição de 11,9% das dormidas dos hóspedes estrangeiros, e um crescimento de 5,2% nas dormidas dos hóspedes nacionais.

Ao considerar apenas os resultados do segundo trimestre de 2022, as dormidas evoluíram em linha com os resultados do primeiro semestre. Enquanto as dormidas gerais aumentaram 209,9% no segundo trimestre do ano, face ao mesmo período de 2019 já houve um recuo de 0,2%. Na origem desta evolução esteve novamente o aumento de 55,6% das dormidas dos hóspedes nacionais (um crescimento de 9,9% face ao segundo trimestre de 2019), e uma subida de 450,1% nos hóspedes estrangeiros (uma queda de 4,1% face aos valores pré-pandemia).

INE destaca ainda que, em junho, 15,7% dos alojamentos turísticos nacionais estiveram encerrados e não registaram movimento de hóspedes.

Relativamente a junho, o INE destaca um aumento das dormidas em todas as regiões, sendo que o Algarve concentrou 31,2% destas, seguindo-se a região de Lisboa com 24,5%, o Norte com 15,5%, e a Madeira com 11,7%. Face aos níveis pré-pandemia, os maiores aumentos registaram-se na região da Madeira com 16,8%, no Norte com 6,2%, nos Açores com 6,1%, e em Lisboa com um aumento marginal de 0,1%. O maior decréscimo foi observado no Algarve, com uma queda de 8,1%.

No que diz respeito às dormidas de turistas residentes, também houve um aumento em todas as regiões, com exceção do Algarve (-5,3%), sendo que o INE destaca o crescimento de 63,5% da região da Madeira, 13,1% do Norte, 12,6% dos Açores, e 10% da região Centro. Já as dormidas dos turistas estrangeiros aumentaram 8,4% na região da Madeira, 2,1% na região Norte, 1,9% nos Açores, e caíram 19,8% no Centro, e 9% no Algarve.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h16)

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Preços da gasolina e gasóleo em Portugal acima de Espanha e da UE

Na comparação com Espanha, os preços praticados em Portugal para a gasolina situaram-se 9 cêntimos acima dos 1,932 euros espanhóis, embora no gasóleo os valores fossem semelhantes.

Os preços da gasolina 95 e do gasóleo simples durante o segundo trimestre de 2022 foram, em média, mais altos em Portugal do que em Espanha e no conjunto da União Europeia, informa a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) num boletim lançado esta sexta-feira.

Os preços médios de venda (PMV) nacionais, no caso da gasolina (2,024 euros por litro), situam-se na sétima posição dos países com preços mais altos na União Europeia, e, no caso do gasóleo (1,901 euros), fixam-se no 12.º lugar. O PMV, sem impostos, aumentou 22,8 cêntimos por litro de gasolina e 25,5 cêntimos por litro de gasóleo entre o primeiro e segundo trimestre, olhando para o universo europeu.

Na comparação com Espanha, os preços praticados em Portugal para a gasolina situaram-se nove cêntimos acima dos 1,932 euros espanhóis, embora no gasóleo os valores fossem praticamente equivalentes – diferiram 0,1 cêntimos, de 1,901 euros em Portugal para 1,900 euros em Espanha.

Os impostos aproximaram os preços dos dois países ibéricos. Sem impostos, os preços médios nacionais do gasóleo foram 1,6 cêntimos por litro (cent/l) inferiores aos do país vizinho, tendo-se praticado uma taxa de 38% em Portugal contra a de 37% em Espanha. Na gasolina, a “carga fiscal aplicada em Portugal (44%) contribuiu para a menor competitividade dos preços no contexto da Península Ibérica”, aponta a ERSE. Em Espanha, aplica-se a percentagem de 42% neste combustível.

Olhando à comparação do primeiro trimestre do ano com o segundo, notam-se diferenças substanciais: a gasolina subiu 10,9%, de 1,825 euros por litro (eur/l) para 2,024 eur/l, um salto de 10,9%. Sem impostos, a subida foi de 35%. Em Espanha, apesar de o aumento sem impostos ser inferior, de 30,1%, o preço com impostos subiu mais que o português, em 19,5%. No gasóleo, a tendência foi em tudo semelhante: os PMV aumentaram 12% em Portugal, 33,2% sem impostos. Em Espanha, com impostos, a escalada foi de 24,5% e, sem eles, de 35,1%.

no GPL Auto, os preços nacionais, com (0,950 eur/l) e sem (0,652 eur/l) impostos foram mais baixos do que os praticados em Espanha (0,987 e 0,782 eur/l, respetivamente). Comparado com o valor médio da UE-27, o PMV nacional foi 4,6 cent/l superior. Contudo, excluindo impostos, os preços nacionais situaram-se 4,6 cent/l abaixo da média europeia.

Leste da Europa com os preços mais baixos

No segundo trimestre de 2022, verificou-se que o Leste da Europa praticou os preços médios de venda de gasolina 95 simples mais baixos na UE-27. Os restantes países europeus, nomeadamente Finlândia, Dinamarca, Grécia e Países Baixos, assim como Suécia, Alemanha, Portugal, Estónia e Irlanda apresentaram os PMV de gasolina 95 simples mais altos da UE-27. O PMV mais baixo foi praticado na Hungria e o mais alto verificou-se na Finlândia, observando-se uma diferença de 1,08 eur/l entre o preço mais baixo e o preço mais alto.

No que diz respeito ao gasóleo simples, verificou-se também que a Europa de Leste é a região que, genericamente, praticou os preços de gasóleo simples mais baixos na Europa. A região do Norte da Europa, designadamente a Suécia, a Finlândia e a Dinamarca, em conjunto com a Bélgica, os Países Baixos, a Alemanha, assim como o Luxemburgo apresentaram os preços de gasóleo simples mais altos da UE-27. O preço mais baixo observou-se em Malta e o mais alto registou-se na Suécia, verificando-se uma diferença de 1,17 eur/l entre o preço mais baixo e o preço mais alto. No Leste da UE, a Hungria praticou o preço mais baixo.

No primeiro trimestre de 2022 verificou-se que o Leste da Europa também reportou os preços médios de venda de GPL Auto mais baixos na UE-27. O preço médio mais alto foi praticado pela Alemanha, sendo o único país a vender GPL Auto a mais de 1,10 eur/l.

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Taxa de desemprego sobe para 6,1% em junho

A taxa de desemprego subiu para 6,1% em junho, aumentando em 0,1 pontos percentuais face ao registado em maio, mas recuando 0,6 pontos percentuais em comparação com igual período de 2021.

A taxa de desemprego em Portugal subiu para 6,1% em junho, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). É um aumento de 0,1 pontos percentuais face ao registado no mês anterior — dado que o instituto reviu em baixa os dados de maio –, mas uma queda de 0,6 pontos percentuais comparando com igual período de 2021.

Numa nota informativa divulgada anteriormente, o INE indicava que a taxa de desemprego tinha avançado 0,2 pontos em maio face a abril, para 6,1%. Agora, o instituto refere que a taxa de desemprego em maio terá sido de 6%.

Quanto a junho, o INE refere que a taxa aumentou para 6,1%, isto é, “um valor superior ao do mês precedente em 0,1 pontos percentuais (p.p.) e ao de três meses antes em 0,2 p.p., mas inferior em 0,6 p.p. ao de um ano antes”.

Neste contexto, a população desempregada aumentou 1% em junho face a maio para 313,7 mil pessoas (mais 3 mil pessoas desempregadas). Relativamente a igual período de 2021, há uma queda de 8,8% (menos 30,4 mil pessoas desempregadas).

Dados provisórios da taxa de desemprego em junho de 2022Fonte: INE

Quanto à população empregada, foi estimada em 4.855,5 mil, isto é, um decréscimo de 0,3% face a maio (menos 16,3 mil pessoas empregadas), bem como um recuo de 0,6% face aos três meses anteriores. Não obstante, a população empregada registou um aumento de 0,8% comparativamente com igual período do ano passado.

Contas feitas, a população ativa recuou 0,3% face ao mês anterior (menos 13,7 mil pessoas), mas aumentou 0,2% face a igual período de 2021 para 5.169,2 mil pessoas. O INE explica estes valores com a redução da população empregada, bem como com o aumento da população desempregada.

Em contrapartida, a população inativa aumentou 0,5% em junho face ao mês anterior, mas encolheu 1% face o período homólogo, estando estimada em 2.490,9 mil pessoas. O gabinete de estatísticas explica esta tendência “essencialmente, pelo acréscimo do número de outros inativos”, que rondam os 32,5 mil portugueses.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h52)

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Regulamento Mercados Digitais: quem manda?

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  • 29 Julho 2022

Teresa Neves, associada na Morais Leitão, explica o regime de execução do novo regulamento da União Europeia aplicável às grandes plataformas digitais.

Com a aprovação final pelo Conselho da União Europeia do Digital Markets Act (DMA) no passado dia 18 de julho – o passo que faltava para este Regulamento ser adotado – as novas regras aplicáveis às plataformas digitais de grande dimensão (os chamados gatekeepers) para um setor digital mais equitativo e competitivo são uma realidade cada vez mais próxima.

Ao contrário do que acontece no atual regime de direito da concorrência da União Europeia (UE), a Comissão Europeia (CE) será a única entidade responsável pela aplicação do DMA, tendo o poder exclusivo para dar início a um procedimento formal, adotar decisões por incumprimento das obrigações nele previstas e aplicar coimas aos gatekeepers – num valor que pode chegar aos 10% (ou 20%, em caso de reincidência) do seu volume de negócios a nível mundial.

Teresa Neves, associada da Morais Leitão.

Este modelo de centralização de poder com o DMA – que se assemelha ao antigo paradigma de execução do direito da concorrência da UE antes do Regulamento n.º 1/2003 – é defendido por alguns com base em vários argumentos:

  1. Há uma forte probabilidade de as grandes plataformas operarem à escala mundial, pelo que os objetivos do DMA serão mais bem alcançados ao nível da UE;
  2. O controlo de conformidade com o DMA poderá ser muito dispendioso e exigir tarefas complexas, tais como a análise de dados em grande escala ou a revisão de algoritmos, sendo improvável que todos os Estados-Membros estejam preparados para exercer com eficácia este controlo;
  3. Os gatekeepers terão mais incentivos para respeitar as regras previstas no DMA se enfrentarem um único regulador dotado de recursos adequados em vez de várias entidades nacionais mais pequenas, que poderão, além do mais, discordar entre si em relação à estratégia a seguir; e
  4. O DMA será aplicado a um elenco reduzido de empresas, pelo que a intervenção de reguladores nacionais não é necessária.

Em sentido diverso, vários Estados-Membros e autoridades da concorrência nacionais (NCAs) pronunciaram-se sobre o tema, pedindo à UE que lhes fosse atribuído um papel mais importante na aplicação do DMA, dado que a sua experiência e elevados níveis de especialização – no que respeita a práticas anticoncorrenciais pelas plataformas digitais – poderiam ser uma mais-valia para garantir a efetiva execução do Regulamento.

Esta pressão institucional parece ter surtido algum efeito, uma vez que o texto final do DMA confere competências às NCAs que não se encontravam na proposta inicial, incluindo o poder de realizar, por sua iniciativa, investigações sobre casos de eventual incumprimento das obrigações dirigidas aos gatekeepers. Concluídas essas investigações, as NCAs deverão, no entanto, transmitir as suas conclusões à CE, que, na sua qualidade de única entidade com competências para executar o DMA, dará continuidade ao caso.

Esta solução potencia uma maior inclusão das NCAs na aplicação do DMA. No entanto, só o tempo dirá se estas estarão dispostas e motivadas a desempenhar este papel secundário de auxiliares da CE e a investigar eventuais incumprimentos, apesar de a última palavra (e potencial aplicação de sanções) depender exclusivamente de Bruxelas.

Por fim, e uma vez que o DMA visa complementar, e não substituir, o espaço de aplicação do direito da concorrência, o Regulamento é claro quanto ao facto de as NCAs continuarem a ter competência para sancionar as Big Tech ao abrigo das normas nacionais em matéria de concorrência. Porém, as NCAs serão agora obrigadas a comunicar à CE as medidas de investigação, e subsequentemente, as obrigações que pretendem impor aos gatekeepers, sendo assim criado, também a este nível, uma espécie de controlo pela UE, com o objetivo de garantir a aplicação coerente, eficaz e complementar dos instrumentos jurídicos disponíveis.

Resta-nos esperar pela entrada em vigor do DMA para assistir, na prática, ao que resulta das interações da UE com as autoridades nacionais competentes no que toca à verdadeira função de cada entidade nesta nova realidade aplicável aos gigantes digitais.

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Walk Talks. Que princípios guiam um programa de mentoria?

  • Trabalho
  • 29 Julho 2022

Uma conversa, enquanto se caminha, que se repete todas as semanas aqui na Pessoas. Bem-vindos à Walk Talks.

Retomando o tema da semana passada, João Perre Viana e Nuno Santos Fernandes, partners e mentores da Walking Mentorship, continuam a partilhar com os leitores os princípios que conduzem um processo de mentoria. Depois dos primeiros alertas — “Estás aqui porque queres” e “O tempo é importante” — os mentores continuam o assunto, com novas ideias.

Como terceiro e quarto princípios que conduzem um processo de mentoria, Nuno Santos Fernandes atira: “Quanto mais dás, mais recebes”. E João Perre Viana completa: “Não há repetição”, por isso mesmo, “coloca o melhor de ti numa ação”. Finalmente, o quinto princípio partilhado pelos mentores é “Se tiveres em dúvidas, volta ao princípio número 1”.

Uma conversa, enquanto se caminha, que se repete todas as semanas aqui na Pessoas. Bem-vindos à Walk Talks.

https://videos.sapo.pt/o3NFDPPlONaE2RzyCr1Z

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Home Tailors Real Estate lança formação imobiliária gratuita. Há 10 vagas

Os participantes com melhores resultados poderão vir a integrar a equipa de consultores de negócios imobiliários da Home Tailors.

A business academy da Home Tailors vai abrir inscrições para a bolsa de formação gratuita “Home Tailors Start”. Um curso presencial de introdução à atividade imobiliária, com a duração de 40 horas, com início em setembro, seguido de uma formação on job, com a duração de 60 dias (outubro e novembro). Os participantes com melhores resultados poderão vir a integrar a equipa de consultores de negócios imobiliários da Home Tailors.

“A bolsa de formação de introdução à atividade imobiliária que agora lançamos é dirigida às pessoas que desejam enveredar pelo setor da mediação imobiliária e que desejam conhecer os princípios fundamentais desta atividade. Através da nossa business academy disponibilizamos mais de 600 horas anuais de conteúdos, de forma 100% gratuita, a todos os nossos consultores”, detalha David Carapinha, CEO & founder da Home Tailors Real Estate, em comunicado.

A bolsa de formação “Home Tailors Start” terá dez vagas disponíveis e dará ainda acesso a uma plataforma de formação online, através da qual o formando poderá frequentar, até ao final do ano, mais de 100 horas de formação complementar. Home staging, marketing digital, redes sociais e estudos de mercado são algumas das formações disponíveis.

Os interessados devem contactar a empresa através de correio eletrónico ([email protected]) ou através do telefone (217931839).

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Portugal com oitava menor subida da inflação do euro. Há países com aumento de 20%

Variação de preços harmonizada na zona euro atingiu os 8,9% em julho. Subida dos preços da energia foi de 39,7% face ao mês de 2021, aumento menor do que os 42% de junho.

A taxa de inflação homóloga na Zona Euro terá atingido 8,9% em julho. Trata-se de uma aceleração face aos 8,6% registados no mês passado, segundo os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Eurostat. Na Zona Euro, a variação é medida pelo índice harmonizado de preços.

O encarecimento dos preços dos produtos energéticos (+39,7%) foi o fator que mais contribuiu para a aceleração da taxa de inflação na região. Ainda assim, a subida homóloga foi menor face a junho (42%).

Com 9,4%, Portugal teve a oitava menor subida de preços da zona euro, embora tenha ficado acima da média da moeda única.

Por esta ordem, Estónia, Letónia e Lituânia tiveram um aumento de preços acima dos 20% face ao mesmo mês de 2021. Os três países fazem fronteira com a Rússia, do qual dependem, por exemplo, para o fornecimento de gás.

Entre os maiores países da moeda única, apenas Espanha registou maior aumento de preços (10,8%) do que Portugal. França, Itália e Alemanha tiveram subidas menos expressivas.

Na variação em cadeia, Grécia, Luxemburgo, Itália, Bélgica e Espanha foram os cinco países em que os preços desceram entre junho e julho.

Os dados do Eurostat serão confirmados em 18 de agosto.

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Lucro do BPI sobe 9% para 201 milhões no primeiro semestre

Banco dos espanhóis do CaixaBank registou uma subida de 8,6% do resultado para 201 milhões nos primeiros seis meses do ano. Angola contribuiu com 100 milhões e lucro em Portugal disparou 17%.

O BPI anunciou esta sexta-feira uma subida do 8,6% do lucro para 201 milhões de euros no primeiro semestre do ano, com o resultado do negócio em Portugal a disparar 17% e Angola a dar 100 milhões, ou seja, metade do lucro. O CEO João Pedro Oliveira e Costa recusa que lucros da banca sejam excessivos.

“A atividade em Portugal contribuiu com 85 milhões, o que corresponde a um aumento de 17% relativamente ao semestre homólogo de 2021, excluindo extraordinários”, relacionados com um ganho com a venda de créditos não produtivos e com custos com reformas antecipadas e rescisões voluntárias, adiantou o banco liderado por João Pedro Oliveira e Costa.

O maior contributo veio de Angola, com o BFA a dar 100 milhões de euros. Já o moçambicano BCI contribuiu com 17 milhões para o banco que é detido pelo grupo espanhol CaixaBank.

Este resultado permitiu ao banco chegar ao final de junho com um retorno de capital próprio de 6,5%, com o CEO a lamentar, ainda assim, a dificuldade do setor em recuperar a rentabilidade para níveis acima do custo de capital — isto quando a casa-mãe estima custos entre 400 milhões e 450 milhões com o chamado imposto sobre “os ganhos caídos do céu” anunciado esta quinta-feira pelo Governo espanhol. “Os lucros podem parecer excessivos mas não são”, disse.

A margem financeira cresceu 3% para 234 milhões de euros, “suportada pelo crescimento do volume de crédito” (aumentou 8% para 28,7 mil milhões de euros, o que permitiu reforçar a quota de mercado para 11,3% em maio). As comissões aumentaram 11% em termos homólogos para 145 milhões. O CEO do BPI explicou que o aumento das receitas do comissionamento tem a ver com a dinamização da atividade e não com a subida do preçário dos serviços e produtos do banco. O produto bancário somou 6% para os 393 milhões.

Crédito da casa já está a abrandar, diz BPI

A nível do crédito, os empréstimos às empresas subiram 8% para 11 mil milhões e às famílias para a compra de habitação aumentou 11% para 13,8 mil milhões. Oliveira e Costa disse que as novas operações em pipeline já estão a registar um abrandamento no último mês, quando o Banco Central Europeu (BCE) já começou a apertar a política monetária na Zona Euro.

Mais tarde, explicou que o abrandamento do crédito à habitação tem a ver com o adiar de decisões das famílias tendo em conta o atual momento de subida das taxas de juro e de incerteza em relação à evolução da economia e também a falta de oferta de casas. “O que me dizem os mediadores? Falta-me é produto. Não há dificuldade de acesso ao crédito”, assegurou.

Oliveira e Costa considerou que o malparado há muito deixou de ser um tema para o BPI e os dados do semestre comprovam: o rácio NPE (non performing exposure) está nos 1,6% e a cobertura de NPE por imparidades e colaterais de 145%. Os imóveis obtidos por recuperações de crédito ascendem a apenas três milhões de euros e uma exposição de 36 milhões a fundos de reestruturação.

A instituição assinala ainda a “elevada capitalização” e solidez, cumprindo “por margem significativa” os requisitos do BCE, com um rácio CET1 de 13,6% e de capital total de 17,3%. O presidente do BPI explicou que já estão incorporados os dividendos pagos à casa-mãe.

(Notícia atualizada às 12h28)

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Portugal é dos países europeus onde a economia mais travou no segundo trimestre

Numa comparação face ao trimestre anterior, a economia nacional registou uma contração de 0,2%. Pior só na Letónia (-1,4%) e na Lituânia (-0,4%), países diretamente mais afetados pela guerra

Portugal é o terceiro país europeu onde a economia mais contraiu no segundo trimestre, de acordo com os dados publicados esta sexta-feira pelo Eurostat, que ainda só tem informação de dez países.

Numa comparação face ao trimestre anterior (em cadeia) a economia nacional registou uma contração de 0,2%pior só na Letónia (-1,4%) e na Lituânia (-0,4%), países diretamente mais afetados pelos impactos da guerra na Ucrânia. No entanto, quando a comparação é feita em termos homólogos, Portugal é o campeão do crescimento com uma progressão de 6,9%. Em segundo lugar surge Espanha com uma progressão de 6,3%.

No segundo trimestre, as economias da zona euro registaram uma progressão de 0,7% face ao trimestre anterior e de 4% em termos homólogos, um desempenho idêntico ao registado pelo conjunto das economias da União Europeia. Mas em cadeia, os 27 países da UE cresceram 0,6%. Tal como o INE, também o serviço estatístico comunitário, reviu em baixa em 0,1 pontos percentuais o desempenho das economias do euro para 0,5% e 0,6% na UE.

Ainda que estes sejam dados preliminares e sujeitos a revisões futuras, para já é possível concluir que a Suécia é o país que mais cresceu face ao trimestre anterior (+1,4%), sendo que nos três primeiros meses do ano tinha registado uma contração de 0,7%. E em segundo lugar surge Espanha com uma progressão de 1,1% em cadeia, depois dos 0,2% registados no primeiro trimestre.

As economias que tinham registado contrações nos três primeiros meses do ano (Suécia e França) conseguiram recuperar no segundo trimestre (1,4% e 0,5%, respetivamente) e as economias que tinham tido os melhores desempenhos no arranque do ano (Letónia e Portugal) caíram ambas em recessão.

Quando a comparação é feita em termos homólogos Portugal continua a ser o país com melhor desempenho, à semelhança o que já tinha acontecido nos três primeiros meses do ano (11,8%). O pódio é ocupado também por Espanha, que repete os mesmos 6,3% e pela Áustria que cresceu 4,7% no segundo trimestre, uma desaceleração face aos 8,7% registados no trimestre anterior.

Recorde-se que em julho a Comissão Europeia reviu em alta as previsões para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal para este ano, de 5,8% para 6,5%, considerando que será o país da UE que mais cresce em 2022, um lugar que já tinha nas projeções anteriores, mas será o único com uma projeção superior a 6%. No entanto, as projeções para 2023 apontam para uma desaceleração de 1,9%, o que atira Portugal para 15.º lugar em termos de crescimento.

(Notícia atualizada)

 

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Mundo “nunca reconhecerá a anexação de territórios ucranianos”, diz representante dos EUA

  • ECO
  • 29 Julho 2022

Chefe da diplomacia norte-americana disse ao seu homólogo russo, Serguei Lavrov, que o mundo “nunca reconhecerá a anexação de territórios ucranianos".

As tropas ucranianas estão a ganhar terreno a sul do país, numa tentativa de bombardear e isolar as forças russas em áreas de difícil reabastecimento, segundo as fontes militares ouvidas pelo The Guardian.

Em Kherson, uma cidade portuária a sul da Ucrânia, os aviões ucranianos atingiram cinco redutos russos, numa tentativa de cercarem as tropas de Moscovo. Segundo o Ministério da Defesa do Reino Unido, o contra-ataque ucraniano está “a ganhar impulso”, acrescentando que a cidade está praticamente isolada de outros territórios sob domínio russo.

Em Portugal, a Iniciativa Liberal (IL) questionou esta sexta-feira o Governo sobre a implementação da medida orçamental para suspender apoios públicos às associações ligadas a entidades sancionadas devido à invasão russa da Ucrânia, temendo que nada esteja a ser feito.

O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, anunciou esta sexta-feira que teve uma discussão “franca” com o seu homólogo russo, Serguei Lavrov, tendo-lhe dito que o mundo “nunca reconhecerá a anexação de territórios ucranianos”.

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Economia portuguesa contrai 0,2% no segundo trimestre

Contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB diminuiu no segundo trimestre, verificando-se um crescimento menos acentuado do consumo privado e do investimento.

A economia portuguesa contraiu 0,2% no segundo trimestre do ano, depois do crescimento surpreendente de 2,6% nos três primeiros meses do ano, revela a estimativa rápida divulgada esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que reviu em baixa em 0,1 pontos percentuais o desempenho do primeiro trimestre. Em termos homólogos, o PIB avançou 6,9%, uma vez que no segundo trimestre de 2021 tinha crescido 11,8%.

“O Produto Interno Bruto (PIB), em termos reais, registou uma variação homóloga de 6,9% no segundo trimestre de 2022 (11,8% no trimestre anterior). Note-se que a evolução em termos homólogos reflete em parte um efeito de base, dado que no primeiro trimestre de 2021 estiveram em vigor várias medidas de combate à pandemia que condicionaram a atividade económica”, escreve o INE.

A contração de 0,2% da economia, esperada já por alguns economistas, é explicada, segundo o INE, pelo “contributo negativo da procura interna para a variação do PIB”, mais exatamente por um crescimento menos acentuado do consumo privado e do investimento.

Em sentido contrário, o contributo positivo da procura externa líquida aumentou, reflexo do “crescimento em cadeia mais acentuado das exportações de bens e serviços que o das importações”, explica a nota publicada. “No segundo trimestre, os preços implícitos nos fluxos de comércio internacional aumentaram significativamente, tendo-se registado uma maior aceleração nas exportações devido às componentes de serviços, determinando uma perda dos termos de troca menos intensa que no trimestre anterior”, especifica ainda o instituto de estatísticas.

Fonte: INE

O INE explica a revisão em baixa em uma décima no primeiro trimestre com a incorporação de mais informação sobre o comércio internacional de bens nos três primeiros meses do ano.

Esta contração no segundo trimestre, à partida, não compromete as metas de crescimento no conjunto do ano. Os economistas até lhe chamam “correção técnica”. José Miguel Moreira, o economista do gabinete de estudos económicos e financeiros do Montepio, que previa uma contração do PIB em cadeia entre -0,1% e -0,4%, estima que, na segunda metade do ano, se registem ligeiros crescimentos em cadeia e que, no total do ano, o PIB cresça entre 5,7% e 6,5%, “com o centro em 6,1%”, o que representa sempre uma aceleração face ao crescimento de 4,9% em 2021.

Também a Católica, que antecipava uma contração de 0,8% no segundo trimestre face ao anterior, espera que Portugal cresça 5,2% no conjunto do ano.

Bruxelas, a instituição internacional que publicou as previsões mais recentes para Portugal, antecipa um crescimento recorde de 6,5%, acima dos 5,8% estimados anteriormente. Em 2023, haverá um abrandamento para 1,9%, refletindo “um crescimento menor também no consumo privado e no investimento, bem como uma procura externa moderada”. Também o FMI reviu em alta as suas previsões para Portugal, depois de incorporar mais informação sobre o primeiro trimestre, e antecipa uma evolução do PIB de 5,8% este ano.

O Banco de Portugal também já tinha revisto em alta a previsão para o crescimento da economia portuguesa este ano de 4,9% para 6,3%, no boletim económico de junho. O Governo, por seu turno, está convicto que o PIB terminará o ano 0,7% acima do nível pré-Covid, apesar do impacto da guerra, sendo a previsão para o conjunto do ano do Executivo é de 4,9%, de acordo o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), um valor que ainda não foi revisto em alta, apesar de todas as instituições já o terem feito.

(Notícia atualizada pela última vez às 10h18)

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Taxa de inflação acelera para 9,1% em julho

Variação de preços face ao mês anterior foi praticamente neutra apesar de valor homólogo ser o mais elevado desde novembro de 1992.

A taxa de inflação voltou a acelerar em julho, fixando-se em 9,1% em comparação com o mesmo mês de 2021. Esta é a maior variação de preços homóloga desde novembro de 1992, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

No entanto, a variação de preços em cadeia foi praticamente nula (-0,04%), ou seja, mal se registou qualquer variação de preços de junho para julho de 2022.

Os produtos energéticos contribuíram com a maior subida para a taxa de inflação de julho: o índice de variação de preços nesta categoria disparou 31,19% face ao mesmo mês de 2021. No entanto, este aumento abrandou face a junho de 2022 (31,66%, maior percentagem desde 1984). Neste conjunto de produtos, a variação de preços em cadeia aumentou 1,02% – o que compara com o aumento em cadeia de 1,11%.

Os produtos alimentares não transformados ficaram 13,22% mais caros, aumento superior face aos 11,95% de junho de 2022. Na variação em cadeia, o aumento foi de 1,02% (de maio para junho, a subida foi de 1,11%).

Desde setembro de 2021 (+1,48%) que o índice de variação de preços tem subido consecutivamente. Julho marcou o décimo mês consecutivo de aumento de preços junto do consumidor.

Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, indicador utilizado para a comparação europeia, aumentou para 9,4% em julho, o que compara com os 9% no mês anterior.

A taxa de inflação de julho será confirmada em 10 de agosto pelo INE.

(Notícia atualizada pela última vez às 9h54 com mais informação)

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