Governo reforça sanções a puxadas ilegais de eletricidade e viciação de contadores

  • Lusa
  • 14 Janeiro 2022

Diz o novo decreto-lei para o funcionamento do Sistema Elétrico Nacional que "a apropriação ilícita de energia, incluindo as práticas fraudulentas, constitui um fenómeno social grave".

O novo decreto-lei para o funcionamento do Sistema Elétrico Nacional, publicado em Diário da República esta sexta-feira, prevê um novo regime para a apropriação ilícita de energia (puxadas ilegais de eletricidade, por exemplo, entre outras práticas), sancionável com corte de fornecimento e pagamentos com juros.

“É criado um novo regime para a apropriação ilícita de energia que, incluindo as práticas fraudulentas, constitui um fenómeno social grave, não só em virtude dos riscos que gera para a segurança e integridade física de pessoas e bens e segurança do sistema, mas também pela injustiça relativa que cria nas condições de acesso e utilização destes serviços públicos essenciais, gerando custos significativos na esfera dos demais intervenientes do SEN que, inevitavelmente, vão refletir-se sobre todos os consumidores”, lê-se no decreto-lei hoje publicado.

O diploma resulta da transposição de diretivas europeias com regras comuns para o mercado interno de eletricidade e para a promoção da utilização de energias de fontes renováveis.

O novo decreto-lei estabelece que a apropriação ilícita de energia inclui “a captação de energia elétrica dissociada de equipamentos de medição ou de controlo de potência ou consumo”, a viciação dos contadores, “incluindo os respetivos sistemas de comunicação de dados”, a alteração dos dispositivos de segurança dos contadores e o “falseamento de valores de energia medidos através da viciação da medição ou de outras práticas fraudulentas”.

Quem for apanhado a cometer alguma daquelas atividades, além do corte de fornecimento de energia, fica obrigado a pagar ao operador de rede o valor devido, com juros.

Em caso de reincidência, é aplicada uma “majoração ao valor total devido, correspondente, no mínimo, ao montante que resultaria da aplicação de IVA, à taxa legal em vigor”, ao consumo associado à situação de apropriação ilícita, nos termos definidos pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

O Governo aprovou, em 2 de dezembro, o novo decreto-lei que estabelece o funcionamento do SEN, para que se adeque a “novas realidades” e desafios, depois de um período de consulta pública.

Entre as alterações à legislação está a integração das eólicas ‘offshore’ no SEN.

Adicionalmente, a proposta prevê também a criação de critérios próprios para autoconsumo e comunidades de energia de consumidores eletrointensivos, como a simplificação de processos de decisão sobre a necessidade de avaliação de impacte ambiental a centros eletroprodutores solares, localizados em áreas artificializadas.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) explicaram, num despacho conjunto publicado em 8 de outubro, que as empresas ficam dispensadas de avaliação de impacte ambiental no caso de projetos de energia solar com potência instalada inferior a 50 megawatts (MW), desde que não se localizem “em área sensível, que não integrem ligações através de linhas elétricas aéreas adicionais e que sejam instalados em coberturas e ou fachadas de qualquer edifício ou de parque de estacionamento preexistente”.

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Empresas investiram mais de 10 milhões de euros em benefícios flexíveis através da Coverflex

No ano passado, 27 mil colaboradores, de 1.400 empresas, fizeram mais de 270 mil transações com o cartão Coverflex.

As empresas em Portugal investiram 11 milhões de euros em benefícios flexíveis para os seus colaboradores através da Coverflex, no ano passado. A solução de compensação flexível permitiu a cerca de 27 mil colaboradores, de 1.400 empresas, fazerem mais de 270 mil transações com o cartão Coverflex. Os produtos de poupança e reforma foram os que mais pesam nesse investimento.

Os produtos de poupança e reforma foram aqueles que mais investimento retiveram com benefícios flexíveis (41,4%), liderando a lista de gastos realizados pelos utilizadores da plataforma entre janeiro e dezembro de 2021″, lê-se em comunicado.

“Lançada em janeiro de 2021, a plataforma da Coverflex disponibiliza atualmente 18 benefícios diferentes, entre os quais se encontram produtos de poupança e reforma, vales infância e despesas com educação, entre outros”, detalha a plataforma de benefícios flexíveis.

Em Portugal, seis em cada dez pessoas têm acesso a benefícios flexíveis, uma componente de remuneração extra salário, revelou o inquérito “O estado da compensação 2021-22 – Um estudo sobre o futuro do trabalho e o trabalho do futuro”, elaborado pela Coverflex.

Além disso, se tivessem a possibilidade de escolher entre um salário bruto de 25.000 euros anuais ou um salário bruto de 21.000 euros anuais mais 5.000 euros em benefícios flexíveis (valores que representam o mesmo custo aproximado para a empresa no que respeita à despesa com o colaborador), 55,7% dos participantes optaria pela modalidade de salário e benefícios. Apenas 10% dos participantes admitem não ver vantagens associadas a uma política de benefícios flexível.

Depois de anunciar uma ronda pre-seed no valor de cinco milhões de euros, a empresa que permite às empresas reduzir os custos e maximizar o potencial de rendimento dos seus colaboradores anunciou as aquisições da FlexBen, da eCheque e da solução de benefícios da startup de recursos humanos Colmenahr.com.

As três aquisições amplificaram a posição da Coverflex no mercado português e ampliaram o número de utilizadores da plataforma de benefícios flexíveis e a dimensão da rede de operadores de cuidados de crianças (creches), um dos pilares fundamentais de crescimento da empresa em matéria de benefícios flexíveis.

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Resultados da banca fazem tremer Wall Street

Bolsa de Nova Iorque está em terreno misto na última sessão da semana depois de serem conhecidos os primeiros resultados da banca. Setor tecnológico já recupera.

Os principais índices de Nova Iorque abriram a última sessão da semana com perdas, à medida que vão sendo conhecidos os primeiros resultados do setor bancário que, apesar de terem sido positivos, deixaram os analistas dececionados.

O índice de referência financeiro, S&P 500, está a cair 0,28% para 4.646,18 pontos, acompanhado pelo industrial Dow Jones que desvaloriza 0,69% para 35.863,02 pontos. A contrariar esta tendência está o tecnológico Nasdaq, que soma 0,18% para 14.832,9 pontos, apesar de ter aberto a cair.

O JPMorgan Chase apresentou lucros e receitas acima das expectativas, mas as ações do banco caem 5%. O maior banco dos Estados Unidos obteve em 2021 lucros de 48.334 milhões de dólares, mais 66% do que em 2020 e um recorde, mas no quatro trimestre o lucro recuou ligeiramente. Os lucros foram ajudados pelas reservas de crédito, enquanto o CFO, Jeremy Barnum, alertou que provavelmente os lucros seriam menos expressivos nos próximos dois anos.

As ações do Citigroup recuam mais de 2% depois de o banco ter superado as estimativas em termos de receita, mas de os lucros terem recuado 26%.

Enquanto isso, as ações do Wells Fargo sobem quase 2% depois de as receitas terem ficado acima do previsto e de o CEO ter afirmado que a procura por empréstimos aumentou no segundo semestre do ano passado.

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Health Talk #1: Como melhorar o Serviço Nacional de Saúde?

  • ECO
  • 14 Janeiro 2022

A partir de uma análise às prioridades que os diferentes agentes do setor da saúde esperam para Portugal, começamos por olhar para o Serviço Nacional de Saúde nesta primeira Health Talk.

Numa altura em que se vive uma crise de saúde pública sem precedentes, o setor encontra-se, mais do que nunca, sob um intenso escrutínio. Que prioridades devem ser definidas para a Saúde em Portugal? Este foi o ponto de partida de um estudo realizado pela EY e pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), com o objetivo de perceber o que esperam os principais agentes do setor da saúde dos programas eleitorais que irão a votos nas eleições legislativas, a 30 de janeiro. E é o mote das Health Talks, um conjunto de conversas no âmbito do setor da saúde, organizadas pelo ECO em parceria com a EY.

O estudo releva que a retenção e desenvolvimento dos profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) é uma das preocupações centrais dos administradores hospitalares, profissionais de saúde e associações de utentes para os próximos quatro anos. Medidas relativas aos modelos de compensação e benefícios ou a clareza no papel de médicos e enfermeiros durante as suas atividades são vistas pela grande maioria dos inquiridos como prioritárias para o País. Mas existem outras.

“Como melhorar o Serviço Nacional de Saúde?” é o tema da primeira conversa, que conta com a participação de Alexandre Lourenço, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), e André Veríssimo, redator principal do ECO. Pode acompanhar a conversa aqui.

Também pode acompanhar as Health Talks em versão podcast:

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Gabinete do PM britânico pede desculpa à família real por festas durante luto nacional

  • Lusa
  • 14 Janeiro 2022

"É profundamente lamentável que isto tenha ocorrido num momento de luto nacional", disse um porta-voz do gabinete de Boris Johnson.

O gabinete do primeiro-ministro britânico pediu esta sexta-feira desculpas à família real devido à realização de duas festas de funcionários em Downing Street na véspera do funeral do príncipe Filipe no ano passado, em transgressão das restrições anti-Covid-19 em vigor.

É profundamente lamentável que isto tenha ocorrido num momento de luto nacional. O número 10 [de Downing Street, residência oficial do primeiro-ministro] pediu desculpas ao Palácio [de Buckingham]”, disse um porta-voz do gabinete de Boris Johnson.

As festas de despedida do antigo diretor de comunicações de Boris Johnson, James Slack, atualmente diretor-adjunto do tabloide The Sun, e de um fotógrafo do primeiro-ministro, terão decorrido em espaços separados no edifício da residência oficial, em Downing Street, na noite de 16 de abril.

De acordo com o jornal Daily Telegraph, as festas incluíram bebidas e dança e acabaram por se fundir no jardim, onde o baloiço do filho de Boris Johnson, Wilf, foi danificado por um dos participantes.

No dia seguinte, realizou-se o funeral do marido da rainha Isabel II, no qual a monarca teve de se sentar sozinha e afastada do resto da família por causa das regras de distanciamento social em vigor para travar a disseminação do novo coronavírus.

Na altura, Inglaterra estava na segunda fase do plano para sair do confinamento, que limitava a sociabilização a grupos de seis pessoas em espaços fechados, ou a dois agregados familiares ao ar livre.

James Slack também reconheceu esta sexta-feira que a festa “não deveria ter acontecido no momento em que aconteceu” e pediu desculpa “sem reservas pela raiva e mágoa causadas”.

De acordo com a comunicação social britânica, Boris Johnson não estava presente em nenhuma das festas.

Porém, estas notícias vêm juntar-se a outras alegações de mais festas e eventos que terão violando as restrições para conter a pandemia de Covid-19 em 2020, incluindo uma no jardim de Downing Street, onde o primeiro-ministro reside e trabalha, na qual o próprio esteve presente.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, pediu “desculpas sinceras” e remeteu quaisquer consequências para o resultado de um inquérito em curso liderado por uma funcionária pública, mas a oposição pediu a demissão do chefe do Governo.

Vários deputados do Partido Conservador também concordaram com a demissão, mas são necessários 54 para desencadear uma moção de desconfiança.

A maioria dos membros do Governo defendeu Johnson, como foi o caso da ministra dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss.

“Ele pediu desculpas, acho que agora precisamos seguir em frente”, disse hoje a chefe da diplomacia britânica em declarações aos jornalistas.

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Programa “Check-In” da Nova SBE regressa para apoiar recuperação do turismo. Candidaturas abertas

O programa pretende apoiar as startups nacionais e internacionais a desenvolverem as melhores soluções, em conjunto com parceiros do mercado.

Estão abertas as inscrições para a 2.ª edição do “Check-In – Tourism Innovation on Campus”. O objetivo do programa é trazer às startups e PME nacionais e internacionais os recursos, dinamismo e inovação determinantes para vingarem nesta nova era do turismo, durante e pós pandemia. As startups interessadas poderão fazer a sua candidatura ao programa até 6 de fevereiro, sendo que o “Check-In” arranca oficialmente a 28 de março.

“Após seis décadas de crescimento extraordinário, o setor do turismo foi quase totalmente paralisado pela pandemia da Covid-19. É necessário avançar rapidamente para uma recuperação sustentada deste setor intensificando a digitalização das empresas e da força de trabalho no turismo. As tecnologias digitais precisam de ser usadas para aumentar a segurança e confiança dos viajantes e, ao mesmo tempo, repensar o setor de forma integrada e sinergética”, lê-se em comunicado.

Promovido pelo Haddad Entrepreneurship Institute em cooperação com o Westmont Institute of Tourism and Hospitality, ambos institutos da Nova SBE, e em parceria com o Turismo de Portugal, o programa “Check-In” pretende apoiar as startups nacionais e internacionais a desenvolverem as melhores soluções, em conjunto com experientes parceiros do mercado. O objetivo é, posteriormente, colocarem essas mesmas soluções à disposição do setor das viagens e turismo.

Adicionalmente, as startups participantes poderão ainda vir a integrar o ecossistema de inovação da Nova SBE, através da comunidade de startups do Haddad Entrepreneurship Institute, que irá permitir uma maior aproximação das startups aos alunos, recursos e network da escola.

A receção de candidaturas decorre até 6 de fevereiro, sendo que a partir daí, e até 27 de março, serão pré-selecionadas as startups ilegíveis a integrarem o programa, que arrancará a 28 de março com a imersão matchmaking.

“Durante os três dias desta imersão as startups terão a oportunidade de se dar a conhecer e demonstrar o valor das suas soluções às PME e entidades parceiras, evidenciando a contribuição significativa que podem trazer para mudar o panorama do setor. A partir daqui serão criadas as sinergias possíveis, abrindo caminho para uma oportunidade de codesenvolvimento dos projetos-piloto, com duração de três meses”, detalha a Nova SBE.

Esta edição do “Check-In” conta com a participação de 18 parceiros PME e institucionais representativos de diversos verticais do setor como hotelaria, alojamento local, animação turística e agências de viagens.

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Governo duplica apoio para casas eficientes. São 60 milhões e candidaturas até março

No total, o Plano de Recuperação e Resiliência conta com um pacote de 135 milhões de euros para aplicar, até 2025, na eficiência energética dos edifícios.

O Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis, que fez tanto sucesso em 2020 ao esgotar a verba inicial de 9,5 milhões de euros e obrigar o Governo a lançar em junho de 2021 uma segunda fase com um envelope de 30 milhões do Plano de Recuperação e Resiliência, acaba de ser reforçado mais uma vez e chega assim aos 60 milhões de euros.

O prazo para a apresentação de candidaturas também foi prolongado, até 31 de março, ou até que se esgote a dotação, informa o Fundo Ambiental.

Este valor, recorde-se, tem como objetivo apoiar investimentos em equipamentos que tornem as habitações mais sustentáveis do ponto de vista energético, tais como janelas eficientes e painéis solares, entre muitas outras tipologias de obras e melhorias possíveis. O objetivo de Governo é que “as medidas a apoiar possam conduzir, em média, a pelo menos 30 % de redução do consumo de energia primária nos edifícios intervencionados”.

De acordo com nota do Ministério do Ambiente e da Ação Climática, o Fundo Ambiental tinha já reforçado a verba inicial de junho, de 30 milhões, com 15 milhões a 26 de novembro de 2021, e decidiu agora, em janeiro de 2022, repetir a decisão com um segundo reforço também de 15 milhões. Tudo somado, o Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis dispõe agora de 60 milhões.

No total, o Plano de Recuperação e Resiliência conta com um pacote de 135 milhões de euros para aplicar, até 2025, na eficiência energética dos edifícios.

O montante já financiado até agora corresponde ao apoio a 16.148 candidaturas, o que envolve um apoio global de 26,8 milhões de euros, de um total de 56.552 candidaturas submetidas.

As tipologias que reúnem mais candidaturas são as referentes a painéis fotovoltaicos (38,5%), janelas mais eficientes (34,5%) e bombas de calor (27%). Por regiões, Lisboa lidera as candidaturas (22,3%), seguida do Porto (11,7%), Setúbal (9%) e Braga (9%).

Nesta segunda fase do Programa Edifícios Mais Sustentáveis, já estão incluídos os edifícios construídos até 1 de julho de 2021 (antes era até 2007) e a taxa de comparticipação dos investimentos passou a 85% sem IVA (antes era 70% com IVA), por causa das regras de Bruxelas.

Podem candidatar-se ao apoio pessoas singulares, proprietários e coproprietários de edifícios de habitação unifamiliares, multifamiliares ou suas frações autónomas, construídos e licenciados para habitação, em todo o território nacional.

Cada candidato está, no entanto, limitado a um incentivo total máximo de 7500 euros por edifício unifamiliar ou fração autónoma, e de 15.000 euros no caso particular de edifício multifamiliar (prédio) em propriedade total.

As candidaturas são apresentadas através do preenchimento do formulário disponível no site do Fundo Ambiental dedicado Programa.

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Apoios do Estado à comunicação social recuam para 980 mil euros em 2021

  • Lusa
  • 14 Janeiro 2022

O montante de apoios do Estado à comunicação social regional e local em 2021 é de 980 mil euros, menos 35,9 mil face a 2020. Norte, Centro e Algarve com reforço mas Alentejo e Lisboa sofrem cortes.

A comunicação social regional e local vai receber cerca de 980 mil euros de apoios do Estado em 2021, menos 35,9 mil euros do que em 2020, segundo um despacho publicado esta sexta-feira em Diário da República.

“O montante total de apoios do Estado à comunicação social de âmbito regional e local a atribuir em 2021, nos termos do decreto-lei n.º 23/2015, de 06 de fevereiro, é de (euro) 979 585,25, que serão distribuídos por CCDR [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional]”, lê-se no despacho n.º 540/2022, assinado pelo ministro das Finanças, João Leão, e pelos secretários de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, Nuno Artur Silva, e do Desenvolvimento Regional, Carlos Miguel.

Em 2020, os apoios do Estado à comunicação social de âmbito regional e local somaram cerca de um milhão de euros (1.015 474,6 euros), um valor inferior em 75 mil euros ao de 2020.

Entre as cinco CCDR, três veem as verbas reforçadas face a 2020 – Norte, Centro e Algarve –, enquanto o Alentejo e Lisboa e Vale do Tejo sofrem um corte.

Tal como nos anos anteriores, a CCDR Norte leva a maior dotação (cerca de 393.125 euros, acima dos 358.302 euros de 2020), seguida do Alentejo (que recebe 269.151 euros, um valor inferior aos 311.803 euros do ano anterior). Segue-se a região Centro (159.597 euros, contra 148.129 euros em 2020) e o Algarve (115.025 euros, acima dos anteriores 101.237 euros).

A região de Lisboa e Vale do Tejo sofre o maior corte, recebendo em 2021 menos de metade do valor de 2020: 42.684 euros, contra 96.001 euros no ano anterior.

Nos termos do diploma publicado esta sexta-feira em DR, “dentro da respetiva dotação orçamental, cada CCDR pode aprovar o financiamento das candidaturas apresentadas até ao limite máximo definido para cada tipologia de incentivo”.

Caso a dotação fixada para cada tipologia de incentivo não seja totalmente comprometida, o despacho prevê um mecanismo flexível que permite a sua reafetação para outras tipologias no seio de cada CCDR.

Se, ainda assim, forem apuradas verbas excedentárias em qualquer das dotações orçamentais regionais, serão redistribuídas pelas regiões que apresentem dotação orçamental insuficiente face ao número de candidaturas aprovadas.

“Com o presente despacho, fica garantida a repartição de verbas de forma transparente, equitativa e não discriminatória, fazendo refletir nas diferentes dotações as especificidades e prioridades de cada uma das regiões”, considera o executivo no despacho, que produz efeitos a partir de sábado.

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Presidente do BCP diz não haver motivo para apreensão sobre subida das taxas de juro

  • Lusa
  • 14 Janeiro 2022

Miguel Maya considera que o aumento de inflação está para ficar durante este ano, mas que não terá “um impacto de grande dimensão do ponto de vista das taxas de juro”.

O presidente do Millennium BCP, Miguel Maya, manifestou esta sexta-feira a convicção de que o aumento da inflação não terá impacto de grande dimensão nas taxas de juros, considerando não haver motivos para apreensão.

“Não tenho nenhuma dúvida de que este aumento de inflação está para ficar durante este ano, e provavelmente parte do ano que vem”, afirmou Miguel Maya, sublinhando que, ainda assim, tal não terá “um impacto de grande dimensão do ponto de vista das taxas de juro”.

Apesar do aumento de inflação “visível” nos Estados Unidos da América, na Europa e, mesmo em Portugal, “embora não com a mesma expressão”, o presidente do BCP considera não haver, para já “motivo de grande preocupação”, tendo em vista também as declarações da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, que admitiu que os juros possam não subir em 2022.

Miguel Maya ressalva a necessidade de o país estar “atento” uma vez que “a gestão da taxa de juro exige uma gestão prudente”, mas considera não haver motivo para se estar “apreensivo sobre a capacidade de recuperação da economia por causa do eventual aumento das taxas de juro”.

Em declarações à agência Lusa, o CEO do BCP disse ainda que o número de empréstimos com moratória “que se transformaram em crédito vencido é muito reduzido”, mantendo por isso a convicção de que estas “tiveram um papel determinante na superação da crise económica em Portugal”.

As moratórias de crédito arrancaram em março de 2020 no contexto da pandemia de Covid-19, como medida de proteção às famílias e às empresas com o objetivo de assegurar a manutenção da sua capacidade de gestão de tesouraria e de liquidez, e terminaram no final de 2021.

De acordo com o BdP, o montante de empréstimos em moratória atingiu o valor máximo de 48,1 mil milhões de euros em setembro de 2020.

A moratória pública foi aprovada em março de 2020 e, paralelamente, as instituições financeiras disponibilizaram voluntariamente moratórias privadas, aplicáveis a contratos de crédito não abrangidos pela moratória pública, direcionadas especialmente para os particulares.

Miguel Maya falava na Nazaré, à margem da assinatura de um protocolo com a Liga Mundial de Surf Portugal e o Millennium bcp que passa a ser Banco Oficial das provas de surf e patrocinador da surfista Teresa Bonvalot, atleta tricampeã nacional que representou Portugal nos Jogos Olímpicos Tóquio2020 e que terminou o ano na 22.ª posição do Ranking Women’s Challenger Series.

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Huawei dá mais um passo na diversidade e inclusão. Junta-se à “Aliança para a Igualdade nas TIC”

A tecnológica assinou um acordo para a adesão à "Aliança para a Igualdade nas TIC", uma iniciativa governamental recentemente lançada no âmbito do programa "Engenheiras por um dia".

Depois da “Summer School for Female Leadership in the Digital Era”, do programa de bolsas universitárias e de uma série de outras iniciativas estratégicas que visam impulsionar a representação feminina no setor das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), a Huawei dá agora mais um passo para consolidar o seu compromisso no campo da igualdade de género. A tecnológica assinou um acordo para a adesão à “Aliança para a Igualdade nas TIC”.

“É mais uma prova de que a Huawei está inquestionavelmente empenhada em contribuir para a criação de uma era digital mais inclusiva”, refere Toni Li, CEO da Huawei Portugal, em comunicado, comentando a adesão à iniciativa promovida pela Secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Rosa Monteiro, a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género e a Associação Portuguesa para a Diversidade e Inclusão.

“Queremos fazer parte da solução e, por isso, procuramos partilhar o nosso know-how e colaborar com todas as partes interessadas no sentido de esbater as diferenças que ainda se verificam entre os géneros não só no acesso à educação, como ao mercado de trabalho”, continua.

Da esquerda para a direita: Diogo Madeira da Silva, head of public affairs & communications da Huawei Portugal, Margarida Mateus, coordenadora do projeto “Engenheiras por Um Dia”, Tony Li, CEO da Huawei Portugal, Rosa Monteiro, secretária de Estado para a cidadania e igualdade, e Sandra Ribeiro, presidente da comissão para a cidadania e a igualdade de género.

Presente na cerimónia de assinatura do protocolo, Sandra Ribeiro, presidente da comissão para a cidadania e igualdade de género, fez questão de salientar que “é determinante que os agentes económicos se juntem a estas iniciativas, para que a igualdade de género seja uma realidade no mais curto espaço de tempo em Portugal”.

A “Aliança para a Igualdade nas TIC” vem formalizar a rede de parcerias do programa “Engenheiras por Um Dia”, tendo em vista a promoção da inclusão digital das mulheres e da respetiva participação nas engenharias e nas tecnologias, estruturando formas de cooperação e de divulgação do trabalho realizado.

A iniciativa combate diretamente a desigualdade de género vigente no nosso país no campo das TIC: em Portugal, as mulheres especialistas em Tecnologias de Informação e Comunicação representam apenas 1,8% do emprego total, face a 6,2% entre os homens.

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Câmara de Lisboa multada em 1,2 milhões no caso Russiagate

  • ECO
  • 14 Janeiro 2022

Comissão Nacional de Proteção de Dados multou a Câmara de Lisboa em 1,2 milhões de euros devido à partilha de dados pessoais de ativistas com embaixadas de outros países.

A Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) multou a Câmara Municipal de Lisboa em 1,2 milhões de euros pelo envio de dados pessoas para embaixadas como Rússia, Israel, Angola, China, Irão entre outras, avança a SIC Notícias. A partilha de dados sobre ativistas russos espoletou a atenção para uma prática reiterada do município, então liderado por Fernando Medina.

A Câmara de Lisboa violou o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) ao “comunicar os dados pessoais dos promotores de manifestações a entidades terceiras”, nomeadamente embaixadas de vários países. Entende a CNPD que “o arguido Município de Lisboa” violou vários artigos da Lei de Proteção de Dados.

No início de junho do ano passado foi tornado público que a autarquia fez chegar às autoridades russas os nomes, moradas e contactos de três ativistas russos que organizaram em janeiro um protesto, em frente à embaixada russa em Lisboa, pela libertação de Alexey Navalny, opositor do Governo russo.

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Debate entre Rio e Costa atrai mais portugueses do que em 2019

O segundo duelo entre Rio e Costa captou a atenção de mais 600 mil portugueses do que no primeiro round em 2019. A duas semanas das eleições, ainda há muitos eleitores indecisos.

A maior polarização entre PS e PSD nestas eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro terá levado mais portugueses a ver o debate entre Rui Rio e António Costa desta quinta-feira, em comparação com o mesmo debate em 2019. Segundo os dados das audiências televisivas revelados esta sexta-feira pelo grupo Impresa (dona da SIC), o debate foi visto por 3,33 milhões de espetadores, mais 600 mil do que os 2,7 milhões de portugueses que viram o debate em setembro de 2019.

O debate transmitido em simultâneo pela RTP, SIC e TVI, assim como pelos três canais de informação do cabo (RTP3, SIC Notícias e CNN Portugal), tal como em 2019, teve um total de 3,33 milhões de espetadores, distribuídos por 1,2 milhões na SIC, 907 mil na TVI e 858 mil na RTP. A estes somam-se os valores dos canais de cabo: 166 mil na SIC Notícias, 88 mil na CNN e 17 mil na RTP3.

Durante uma hora e 15 minutos, os dois principais candidatos ao cargo de primeiro-ministro debateram sobre temas económicos como impostos e salários, Serviço Nacional de Saúde e Justiça, assim como a questão da governabilidade e estabilidade no pós-eleições. Ao contrário do que aconteceu em 2019, não está em cima da mesa a hipótese de reedição da geringonça, o que está a focar mais o debate na polarização entre PSD e PS.

Tal poderá ter levado mais portugueses a sintonizar a televisão para ouvir os dois candidatos, até porque as sondagens mostram que há uma percentagem significativa dos eleitores ainda na categoria dos indecisos. Por outro lado, o debate pode ter tido mais audiência também pelo contexto da pandemia e de ser inverno, com mais pessoas em casa, ao contrário do que aconteceu em 2019 quando o debate foi em setembro e sem pandemia.

Até ao momento, de acordo com os dados conhecidos, o debate mais visto tinha sido o de António Costa e Francisco Rodrigues dos Santos, com 1,45 milhões de espetadores, emitido na SIC.

A atenção estará agora virada para as sondagens que se venham a realizar após o debate para perceber se há algum efeito nas intenções de voto dos eleitores. Para já, António Costa continua à frente, com a sondagem da Universidade Católica a colocar o PS perto de uma maioria absoluta no melhor cenário, podendo governar com o PAN e/ou o Livre. Anteriormente, as sondagens tinham indicado uma redução da distância do PSD face ao PS.

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