Como reduzir a pegada de carbono ao mesmo tempo que cumpre o RGPD?

  • BRANDS' ADVOCATUS
  • 4 Outubro 2022

As empresas deve urgentemente cumprir com a redução da pegada carbónica. Saiba como isto pode ser feito

Porque é que as empresas precisam reduzir a sua pegada de carbono?

Mais do que nunca, é essencial garantir que a sua atividade não está a contribuir para as mudanças climáticas. Globalmente, o ser humano está a produzir uma grande quantidade de resíduos de diferentes áreas, como a indústria, o lar e a tecnologia. Globalmente, existem cerca de 26 milhões de toneladas de resíduos de papel em aterros que não foram reciclados adequadamente.

A pandemia do COVID-19 foi um momento de reflexão para a maioria das pessoas e para as próprias organizações, e muitos recentraram os seus esforços para melhorarem a sua pegada.

Os vários benefícios da destruição de documentos e arquivos

1. Salva Árvores: a Rainforest Action Network estima que entre 3.500 e 7.000 milhões de árvores são cortadas todos os anos. A reciclagem de uma tonelada de papel economiza 17 árvores e mais de 3,3 metros cúbicos de espaço em aterros, portanto, se mais empresas puderem utilizar uma empresa de destruição de documentos, como a Shred-it, estaríamos no caminho certo para salvar mais árvores e reduzir a pegada de carbono ao saber que, connosco, o papel triturado é reciclado em segurança.

2. Reduz o Consumo de Energia e Água: energia e água são utilizadas na maioria dos processos; no entanto, destruir e reciclar documentos, permite utilizar menos 70% de energia e água do que criar papel completamente novo a partir de árvores.

 

3. Diminui os Resíduos em Aterros: globalmente, o papel representa 26% dos aterros devido à sua reciclagem não correta. Portanto, ao reciclar papel usando uma trituradora de papel ou um operador profissional de destruição de documentos, o seu escritório ajudará a reduzir o crescente problema da limitação de aterros, problema crescente que enfrentamos.

4. Reduz Gases de Efeito Estufa: uma empresa de trituração de papel ajuda a reduzir os gases de efeito estufa de várias formas. Em primeiro lugar, as árvores absorvem CO2 que contribui para a formação de gases de efeito estufa na nossa atmosfera. Em segundo lugar, pela reciclagem de papel, há redução das emissões de máquinas e veículos que normalmente seriam necessários para cortar mais árvores, pois será necessário menos papel. E, finalmente, a poluição das fábricas de papel também será reduzida pela falta de necessidade de mais papel.

Reduza riscos, poupe os seus recursos e contribua para a reciclagem através de um serviço profissional de destruição segura

Ajude os seus colaboradores, fornecedores, parceiros e clientes a reduzir o risco e a proteger a sua reputação de possíveis coimas, contratando um fornecedor especializado que o ajudará a aumentar a sua segurança.

Contrate um fornecedor certificado que lhe permite destruir, em segurança, a sua documentação. Os serviços da Shred-it, líder mundial na destruição segura de informação confidencial, são a resposta para quem quer garantir a segurança da informação confidencial e a proteção de dados pessoais, ao mesmo tempo que protege o planeta.

 

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“Pessoas ganharam novo protagonismo. Gestão de RH tem de saber aproveitá-lo a favor do negócio”, diz Pedro Ramos

O 53.º Encontro Nacional da APG decorre a 11 de novembro no Centro de Congressos da Alfândega do Porto.

A gestão de empresas é, cada vez mais, uma “disciplina única, com pessoas a bordo”. Este é o “próximo nível” a que o 53.º Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas (APG) by Pessoas pretende elevar pessoas e organizações. “As pessoas ganharam um novo protagonismo e a gestão de pessoas tem de saber aproveitar esse novo protagonismo a favor do negócio e do atingimento de resultados”, defende Pedro Ramos, presidente da APG.

Este é o tema central do encontro anual da APG, que decorre a 11 de novembro, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto.

“O evento tem como grande tema ‘Taking People & Business to the Next Level‘ e, para isso, para colocar pessoas negócios no nível seguinte, vamos debater desde as coisas mais básicas — começando com uma palestra de abertura sobre o novo protagonismo que as pessoas assumiram e estão a assumir nas organizações — até gestão de pessoas outside-in, HR influencer, saúde física, saúde mental mental, segurança… Vamos falar sobre competências críticas, transformação — que começa nas pessoas e não no digital –, sobre people analytics e employee experience”, desvenda Pedro Ramos à Pessoas.

Pedro Ramos, presidente da APGNuno Fox

Apesar de o nome manter-se o mesmo, de há mais de 50 anos, o evento é, agora, verdadeiramente internacional. “Vamos ter a maior concentração de estrelas de gestão de pessoas do mundo”, garante o gestor.

Ken Blanchard, autor e CSO na Ken Blanchard Companies, Leyla Nascimento, board member da WFPMA, Dave Ulrich, partner no Grupo RBL, Renata Thiebaut, partner na Alibaba Global Iniciatives, e Camila Almeida, VP of people and sustainability da Azul Airlines, são alguns dos nomes internacionais que subirão ao palco do Centro de Congressos da Alfândega do Porto.

A nível nacional, Nélson Ferreira Pires, CEO da Jaba Recordati Portugal, UK e Irlanda, Ricardo Costa, CEO do Grupo Bernardo da Costa, marcarão presente no evento que pretende elevar pessoas e negócios ao “nível seguinte”.

Todo o programa do evento é pensado neste “next level” e tendo em conta aquele que se prevê que seja o futuro da gestão de pessoas. Antecipando aqueles que pensa que serão os três grandes desafios para os recursos humanos em 2023, Pedro Ramos destaca os novos modelos e processos de trabalho — “ainda há muito a consolidar” –, os novos modelos e processos de agilização e gestão de performance — “se subimos ao próximo nível de gestão de pessoas e negócios, é preciso avaliar, fazer os assessments, saber como é que se alcança e que resultados foram atingidos” — e a nova liderança de pessoas — que tem de integrar aquilo que são os princípios do ESG (Environmental, Social and Corporate Governance).

O congresso regressa a um formato totalmente presencial e as expectativas são “muito elevadas”. “Prevemos que algumas centenas de pessoas estejam connosco na Alfândega do Porto, no dia 11 de novembro”, adianta.

Conheça os oradores e o programa completo aqui.

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Oficiais de Justiça em greve nos tribunais de Lisboa, Porto e Ponta Delgada

  • Lusa
  • 4 Outubro 2022

A greve, convocada pelo Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ), decorrerá também na quinta-feira durante o período da tarde (13:30-17:00) nos núcleos judiciais de Coimbra, Funchal e Almada.

Os Oficiais de Justiça vão estar esta terça-feira em greve nos tribunais judiciais de Lisboa, Porto e Ponta Delgada, entre as 9:00 e as 12:30, por questões ligadas à carreira, aposentação, preenchimento de lugares e Estatuto profissional.

A greve, convocada pelo Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ), decorrerá também na quinta-feira durante o período da tarde (13:30-17:00) nos núcleos judiciais de Coimbra, Funchal e Almada.

De acordo com o sindicato (SOJ), em ambos os períodos de greve estão agendadas centenas de diligências, envolvendo mais de mil intervenientes processuais.

O preenchimento integral de lugares vagos, a abertura de concurso para promoção e acesso a todas as categorias cujos lugares se encontrem vagos, a inclusão no vencimento do suplemento de recuperação processual com efeitos a 01 de janeiro de 2021, a regulamentação da pré-aposentação e do regime específico de aposentação e a apresentação de uma proposta de revisão do Estatuto que dignifique a profissão são as reivindicações deste sindicato, que promete continuar a luta em defesa dos interesses dos oficiais de justiça.

 

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Zelensky assina decreto que exclui negociações formais com Putin

  • ECO
  • 4 Outubro 2022

Rússia perdeu o controlo total que tinha sobre as quatro províncias que diz ter anexado a semana passada depois de as tropas ucranianas terem feito avanços significativos na província de Kherson.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinou esta terça-feira um decreto que declara formalmente “impossível” quaisquer conversações entre Kiev e o Presidente russo, Vladimir Putin.

O decreto formaliza as declarações feitas por Zelensky na passada sexta-feira, após o Putin ter proclamado a anexação de quatro regiões ucranianas sob ocupação russa. Putin “não sabe o que é dignidade e honestidade. Por conseguinte, estamos prontos para um diálogo com a Rússia, mas com outro Presidente da Rússia”, dissera Zelensky.

No terreno, a Rússia perdeu o controlo total que tinha sobre as quatro províncias que diz ter anexado a semana passada depois de as tropas ucranianas terem alegadamente feito avanços significativos na província de Kherson, na parte sul do país, mas também alguns ganhos adicionais no Leste. Na segunda-feira, o exército russo reconheceu que as forças de Kiev tinham penetrado na região de Kherson. “O número superior de tanques permitiu a entrada na defesa russa em torno das aldeias de Zoltaya Balka e Alexsandrovka.

E enquanto a guerra persistir os constrangimentos ao nível da energia não vão sentir qualquer alívio. A Europa vai enfrentar “riscos inéditos” nos seus fornecimentos de gás este inverno, depois de a Federação Russa ter cortado as suas exportações via gasodutos, defende a Agência Internacional de Energia (AIE). A estes riscos junta-se uma potencial concorrência com a Ásia pelo gás transportado por navio, já escasso e caro.

A agência, baseada em Paris, adiantou no seu relatório trimestral que os membros da União Europeia poderiam ter de reduzir o seu consumo em até 13%, no caso de uma suspensão total do fornecimento proveniente da Federação Russa. Muita desta redução do consumo teria de assentar no comportamento individual dos consumidores, como reduzir o aquecimento, bem como na conservação de energia por indústrias e serviços públicos.

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UTAO diz que “é insano pretender que a política orçamental seja a salvadora de todos”

  • Lusa
  • 4 Outubro 2022

Rui Nuno Baleiras defende que a política orçamental não pode anular o efeito da política monetária. Apoios devem ser direcionados às famílias com menores rendimentos.

O coordenador da UTAO defende a relativização da inflação, sobre a qual diz existir uma “enorme histeria”, considerando que os apoios se devem concentrar nas famílias com menores rendimentos e apela para que se deixem os preços relativos funcionarem. Em entrevista à Lusa, Rui Nuno Baleiras, coordenador da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), defende que a política orçamental não pode anular o efeito da política monetária, sob pena de agravar as condições futuras.

Seria uma loucura querermos fazer em Portugal o que o Governo do Reino Unido está a fazer e já se está a perceber o caos em que se meteram. É completamente insano pretender que a política orçamental seja a salvadora de todos”, disse.

Para o coordenador dos técnicos que dão apoio aos deputados, “o Estado não pode ser o salvador de toda a gente”. “O Estado tem de garantir patamares mínimos aceitáveis de coesão social, concentrar os seus apoios redistributivos nas famílias com menores recursos, mas deixar o resto pulsar e responder aos estímulos que preços relativos mais altos criam, provocando a substituição de comportamentos”, sublinha.

Rui Nuno Baleiras afirma existir “uma enorme histeria no discurso público sobre inflação”, deixando o apelo: “Temos de relativizar o problema da inflação e reduzi-lo à sua verdadeira escala”.

Para o responsável da UTAO, o combate a este fenómeno passa, por um lado, por as empresas e consumidores alterarem comportamentos, no sentido de substituírem produtos que ficaram relativamente mais caros por outros alternativos.

“Isso só em si permite reduzir os custos que a inflação sem alteração de comportamentos provoca. E é por isso que é importante deixar os preços relativos funcionarem, porque senão as empresas e consumidores não vão fazer a substituição que se impõe. Essa substituição leva a prazo à descida os preços que ficaram mais caros porque os respetivos produtores vão ter menos procura”, aponta.

Neste sentido, considera que tetos, por exemplo, nos preços da energia não são a estratégia mais eficaz. “Em Portugal, infelizmente, não sabemos fazer regulação económica de preços nestas condições e parece que a nível europeu também não. Passar o sinal de que não devemos continuar a apostar nas energias renováveis é um mau sinal”, considera, apontando como alternativas incentivar a formação de contratos de fornecimento de longo prazo.

Por outro lado, identifica a política monetária como “a única política económica capaz de atuar um pouco sobre as causas da inflação”. É precisamente a política adotada pelos bancos centrais – acreditando que o Banco Central Europeu deveria ter adotado uma postura mais agressiva -, com consequências para a contração da procura, com a subida dos juros, que diz que irá “causar dor”. “Vai causar dor às famílias, vai causar dor também às empresas que terão maior dificuldade em vender, mas esta dor infelizmente é uma dor inevitável”, vinca.

Perante estas circunstâncias, “a política orçamental deve concentrar os apoios possíveis em apoios diretos ao rendimento das famílias mais carenciadas economicamente”. “Não pode cair na tentação de o Estado anular completamente a contração da despesa agregada que os bancos centrais vão impor”, assinala, porque as consequências seriam não só a manutenção da subida de preços durante mais tempo, como os Estados, “através dessa política orçamental irresponsável”, acumularem dívida e “criar problemas no futuro”.

Neste sentido, diz, “as contas certas não são um objetivo, são uma restrição a ter em conta”. “O que devemos é assegurar que as escolhas políticas que o Governo e o Parlamento vierem a fazer em matéria de Orçamento do Estado para 2023 mantenham a credibilidade internacional do país de que está comprometido com a redução do peso da dívida pública no PIB”, vinca.

Há “oportunidade de ouro” para mudar forma “hipócrita” como se fazem OE

O coordenador da UTAO considera haver resistência da classe política ativa em reformar o processo legislativo dos Orçamentos, mas acredita que a maioria absoluta é uma “oportunidade de ouro” para o fazer. “Da classe política ativa, infelizmente, não encontrei ainda sinais de interesse em discutir estes problemas estruturais no modo como preparamos as propostas de Orçamento do Estado e o modo como são negociadas e votadas na Assembleia da República”, disse Rui Nuno Baleiras, sobre o relatório apresentado no Parlamento, em março, sobre a reforma do processo legislativo do orçamento.

Ainda assim, considera que “nesta legislatura, que é uma legislatura de ouro por ter uma maioria absoluta e que nasceu de uma dissolução abrupta da legislatura anterior causada por alguns dos problemas identificados” no relatório da UTAO, nomeadamente cavaleiros orçamentais, tem ainda a “esperança de que há uma oportunidade de ouro para mudar este modo como realizamos de forma hipócrita os Orçamentos do Estado”.

Para Rui Nuno Baleiras, existem três razões que dificultam o debate sobre a reforma do processo legislativo orçamental. A primeira, aponta, é que tal implicaria “reformar uma parte do Parlamento português” e as instituições “dificilmente se reformam por dentro”.

Em segundo lugar, a forma como os deputados são avaliados. “Há um pouco o hábito do desempenho de os deputados na Assembleia da República serem avaliados em termos de prestações quantitativas e onde a qualidade está ausente”, considera, exemplificando que se dá primazia ao número de intervenções em plenário, ao número de petições ou ao número de propostas de alteração à proposta de Orçamento do Estado. “Poder uma bancada apresentar 200 ou 300 propostas de alteração todos os anos dá muitos pontos para avaliação interna”, assinala.

Em terceiro lugar, identifica, “alguns partidos que utilizam o palco mediático que agora vai começar, sobretudo depois de se iniciar o debate na especialidade, em querer capitalizar esse palco mediático para ações públicas nos meses seguintes”.

O processo tem consequências penalizadoras, avalia, apontando que o Orçamento aprovado na votação final global pela Assembleia da República “sem que as 100/200/300 alterações que o Parlamento introduziu estejam refletidas no Orçamento”.

“A verdade é que aprovamos uma lei do Orçamento todos os anos em que as peças não casam umas com as outras. As medidas de política que lá estão embutidas e que foram acrescentadas na última semana de votações foram-no sem que se alterassem os mapas contabilísticos”, afirma, salientando que “se essas medidas levam a um acréscimo de despesa ou diminuição de receita não temos a certeza – ninguém tem, nem o Ministério das Finanças -, de que haverá cobertura no Orçamento aprovado para as executa”.

Um défice acima do esperado só não ocorre, diz, porque os governos introduzem “medidas de racionamento na tesouraria da administração central durante a execução orçamental”, que “fazem com que muitas medidas que as oposições conseguiram fazer aprovar nem sequer são executadas”.

“O próprio funcionamento dos serviços públicos fica muito prejudicado, por causa de certas normas que são introduzidas na Lei do Orçamento e depois densificadas meses depois no decreto-lei de execução orçamental e que fazem com que os gestores das direções-gerais e empresas públicas não tenham a autonomia para executar o Orçamento”, remata.

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Taxas aeroportuárias vão subir quase 11% no próximo ano

  • ECO
  • 4 Outubro 2022

A partir de 2023, a fórmula de regulação económica retira o contributo das receitas comerciais no cálculo das taxas. Em Lisboa, o aumento por passageiro chega aos 1,53 euros.

A ANA – Aeroportos de Portugal quer aumentar as taxas reguladas nos aeroportos nacionais numa média de 10,81% a partir de 1 de fevereiro de 2023, noticia o Jornal de Negócios (acesso pago). De acordo com a empresa detida pelo grupo francês Vinci, esta subida das taxas aeroportuárias segue quer o novo modelo previsto no contrato de concessão com o Estado, quer o aumento genérico da inflação.

As taxas propostas às companhias aéreas, que têm ainda de ser aprovadas pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), são de 35 cêntimos nos Açores, 79 cêntimos na Madeira, 81 cêntimos no Porto, 80 cêntimos em Faro e 1,53 euros em Lisboa. As transportadoras com aeronaves menos ruidosas vão pagar menos do que as restantes.

Segundo a ANA, esta proposta de atualização das taxas reguladas – de tráfego, assistência em escala e assistência à bagagem – para 2023 já segue o novo modelo previsto no contrato com o Estado, que durará até ao final do prazo da concessão, em 2062. Significa isto que, a partir do próximo ano, a fórmula de regulação económica do contrato de concessão retira o contributo das receitas comerciais no cálculo das taxas, o que leva a um aumento ligeiramente acima da inflação.

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Porto quer suspender novos alojamentos locais

  • ECO
  • 4 Outubro 2022

A Câmara do Porto vai propor à Assembleia Municipal um travão aos novos registos de alojamento local, para vigorar durante seis meses.

Num movimento já verificado em Lisboa, também o Porto quer suspender novos alojamentos locais. A Câmara do Porto vai propor à Assembleia Municipal que a medida, que ainda tem de ser aprovada, se aplique durante seis meses no Centro Histórico e no Bonfim, segundo noticia o Jornal de Notícias (acesso pago).

A autarquia da Invicta estará a estudar o enquadramento legal da medida para que esta seja levada à Assembleia Municipal na próxima segunda-feira. O objetivo é que a medida seja aplicada logo que aprovada, durante seis meses, com a possibilidade de prorrogação. Pela capital, foi aprovado o prolongamento da suspensão de novos registos de alojamento local em 11 freguesias.

Nesta proposta, refere-se a necessidade de “áreas de contenção ao crescimento do alojamento”, sendo que existe a intenção de “num futuro próximo, aprovar um regulamento municipal para o crescimento sustentável do alojamento local”. Apesar da dimensão do setor não ser a mesma que noutras cidades europeias, a autarquia salienta a necessidade de um crescimento equilibrado, nomeadamente tendo por base um “rácio de atribuição de novas licenças para alojamento local em relação ao alojamento habitacional”.

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O que se passa no Credit Suisse? Três gráficos que explicam o caos no banco suíço

Banco tenta passar mensagem de tranquilidade, mas não convence investidores. Ações afundam, risco dispara, enquanto tenta dar a volta aos prejuízos. Três gráficos explicam pressão no Credit Suisse.

EPA/ENNIO LEANZAEPA/ENNIO LEANZA

O que se passa com o Credit Suisse, o banco que tinha António Horta Osório como chairman até janeiro deste ano? Após sucessivos escândalos, o banco suíço volta a estar sob enorme pressão dos mercados. As ações estão em queda livre e o custo para se proteger de uma falência do banco disparou para valores recorde, deixando junto dos investidores uma forte sensação de repetição dos acontecimentos que levaram à estrondosa falência do Lehman Brothers, em 2008. Déjà-vu?

O Credit Suisse foi uma das “tendências” nas redes sociais no fim de semana, que debatiam se um dos maiores bancos do mundo estaria às portas do colapso, num autêntico “momento Lehman”.

Para dar suporte a essa ideia catastrófica, partilhava-se um gráfico com a evolução dos credit default swaps (CDS) a 5 anos do Credit Suisse, que atingiam valores acima dos que registou na crise de 2008.

Os CDS são um produto financeiro que funciona como contrato de seguro que protege o investidor contra o incumprimento do emitente.

Esta segunda-feira, os CDS voltaram a disparar 100 pontos base para níveis máximos de duas décadas, mesmo depois de altos responsáveis do banco se terem multiplicado em reuniões durante o fim de semana com grandes clientes, contrapartes e investidores para assegurarem que dispõe de uma forte posição de capital e de liquidez. Investidores citados pelo Financial Times admitem excessos nos movimentos e alguma especulação em torno da instituição suíça, como aconteceu com o Deutsche Bank em 2016.

Apesar das garantias dos responsáveis do banco, num esforço de credibilidade para sacudir a pressão, a desconfiança dos investidores continuou a varrer o valor da ação esta segunda-feira: caiu para o mínimo histórico de 3,518 francos suíços. Desde o início do ano que perde 57% do seu valor. O Credit Suisse vale hoje menos de 10 mil milhões de francos suíços.

Ações recuam para mínimos

Fonte: Reuters

Ainda que os problemas não sejam novos, a instituição continua à mercê da dúvida dos investidores em relação ao seu futuro e também os reguladores suíço e britânico apertam a monitorização.

O novo CEO Ulrich Körner e o presidente Axel Lehmann (que sucedeu a António Horta Osório ainda este ano) prometeram um plano de reestruturação do grupo quando anunciarem os resultados do terceiro trimestre em 27 de outubro. Esse encontro está a ser aguardado com muita expectativa. Körner disse que o banco vive num “momento crítico”.

Em cima da mesa está a transformação do banco de investimento num negócio bancário que seja de capital leve e focado no advisory e ainda cortes até 1,5 mil milhões de francos suíços nos custos, o que deverá incluir milhares de perdas de empregos.

Com este ajustamento, Körner e Lehmann pretendem resolver um passado marcado pelos escândalos com o colapso do Archego (custou 5,5 mil milhões de dólares) e a falência da Greensill, que abriu uma frente de batalha legal que o banco vai ter de enfrentar nos próximos cinco anos.

Por conta destes casos, o banco soma prejuízos de cerca de quatro mil milhões de francos suíços nos últimos três trimestres, uma tendência negativa que procura inverter com um agressivo plano de reestruturação.

Prejuízos ascendem a 4 mil milhões em três trimestres

Fonte: Reuters

Os investidores questionam-se sobre quanto dinheiro é que o banco vai precisar de levantar para financiar todos os custos desta profunda limpeza, apontaram os analistas da Jefferies.

O RBC Capital Markets estima que possa necessitar entre quatro e seis mil milhões de francos suíços para financiar o plano e também reforçar a sua almofada contra incertezas futuras. Em agosto, os analistas do Deusche Bank estimaram uma insuficiência de capital de pelo menos quatro mil milhões de francos suíços.

Para já, a maior preocupação dos responsáveis do Credit Suisse passa por desfazer dúvidas sobre a sua posição de capital e de liquidez que os analistas do JPMorgan asseguram ser “saudável”, com um rácio common equity tier 1 — um indicador da sua força financeira — de 13,5% e um rácio de cobertura de liquidez de 191%.

O Citigroup sublinha que o rácio de capital do Credit Suisse era elevado em comparação com os pares, tendo implícito um excesso de capital de 2,5 mil milhões de francos suíços acima do rácio de 12,5%, nível para o qual espera que venha a cair se o banco suíço vender o seu negócio de produtos titularizados, como já sinalizou. Ainda assim, também dizia que comprar ações do banco neste momento “é para os mais corajosos”.

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Hoje nas notícias: Taxas aeroportuárias, hospitais e OE2023

  • ECO
  • 4 Outubro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A gestora dos aeroportos nacionais propõe aumentar as taxas para 2023, em média, 10,81%. Mudar lâmpadas ou reduzir a iluminação exterior são algumas das estratégias usadas pelos hospitais do SNS para baixar os consumos de energia e, consequentemente, as faturas da luz e gás. Conheça estas e outras notícias em destaque esta terça-feira.

Inflação vai subir taxas da ANA em quase 11% no próximo ano

A ANA – Aeroportos de Portugal quer aumentar as taxas reguladas nos aeroportos nacionais numa média de 10,81% a partir de 1 de fevereiro de 2023. De acordo com a empresa detida pelo grupo francês Vinci, esta subida das taxas aeroportuárias segue quer o novo modelo previsto no contrato de concessão com o Estado, quer o aumento genérico da inflação. As taxas propostas, que têm ainda de ser aprovadas pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), são de 35 cêntimos nos Açores, 79 cêntimos na Madeira, 81 cêntimos no Porto, 80 cêntimos em Faro e 1,53 euros em Lisboa.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Hospitais travam consumos para tentar baixar custos com energia

Os hospitais do Serviço Nacional de Saúde estão a ver disparar as faturas de eletricidade e gás, tendo em conta que funcionam 24 horas por dia, todos os dias do ano. Entre as estratégias destes centros hospitalares para tentar poupar energia e reduzir os custos com consumos, há medidas como mudar lâmpadas, reduzir a iluminação exterior, desligar computadores e equipamentos médicos, instalar painéis solares para aquecer a água e tentar poupar na climatização.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Porto quer suspender novos alojamentos

Num movimento já verificado em Lisboa, também o Porto quer suspender novos alojamentos. A Câmara propôs à Assembleia Municipal que a medida se aplicasse durante seis meses no centro histórico e no Bonfim. Pela capital, foi aprovado o prolongamento da suspensão de novos registos de alojamento local em 11 freguesias.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (ligação indisponível)

BE quer mais apoios à habitação, PS aguarda por OE para revelar propostas

O Parlamento vai debater e votar cinco projetos do Bloco de Esquerda (BE) de resposta à escalada dos preços das casas, mas não é ainda claro qual será a posição do PS. O partido prefere apresentar propostas no Orçamento do Estado, entregue no dia 10 deste mês na Assembleia da República. Os socialistas salientam também que há “um conjunto de restrições até a nível europeu” para medidas de resposta e apoio à crise na habitação.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Foram abafados casos de abusos sexuais na igreja

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa assumiu que foram abafados casos de abusos sexuais de menores na Igreja Católica. Dom José Ornelas garantiu que os padres visados “serão excluídos do ministério da igreja se são condenados por pedofilia”. Questionado sobre as suspeitas que envolveram o bispo timorense Dom Ximenes Belo, o responsável disse apenas ter tido conhecimento “nestes dias” e “com uma grande tristeza”.

Leia a notícia completa na TSF (acesso livre)

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Lisboa acompanha otimismo europeu com BCP a disparar mais de 7%

  • ECO
  • 4 Outubro 2022

Bolsas europeias em alta. Decisão da primeira-ministra britânica em abandonar redução de impostos para os mais ricos contagiou positivamente os mercados.

As bolsas europeias terminaram o dia com o pé direito, animados pelo recuo das políticas britânicas que levantaram polémica nos últimos dias. A praça lisboeta acompanhou a tendência das congéneres do Velho Continente, numa sessão em que o BCP foi a “estrela” ao disparar mais de 7%.

O mercado de dívida britânico está a sofrer “uma forte reavaliação”, mas deverá absorver de forma confortável os 62 mil milhões de libras (70,98 mil milhões de euros) adicionais de dívida anunciados pelo ministro britânico das Finanças, Kwasi Kwarteng, no mini-Orçamento apresentado a 23 de setembro, defende o responsável pelo Gabinete de Gestão de Dívida do Reino Unido (DMO).

Robert Stheeman, o homem que tem a responsabilidade de gerir o mercado de dívida pública britânica de 2,1 biliões de libras (2,4 biliões de euros), vê a existência de um paralelismo entre a grande volatilidade dos últimos dez dias e a registada em março de 2020 no início da pandemia de Covid-19, quando o Banco de Inglaterra também teve de intervir para acalmar os mercados.

Mas em geral a situação nos últimos dias foi diferente já que os gestores de obrigações em geral conseguiram manter as transações com mais facilidade, “ainda que em condições muito difíceis”, face a 2020, disse Stheeman em entrevista à Reuters.

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5 coisas que vão marcar o dia

O dia será marcado pela divulgação de dados sobre as taxas de juro, bem como sobre fluxos no mercado laboral. Há ainda reunião do Conselho dos Assuntos Económicos e Financeiros da UE.

Serão conhecidos vários dados económicos esta terça-feira, nomeadamente os juros aplicados a novas operações e montantes dos empréstimos e depósitos, bem como estatísticas sobre os fluxos no mercado laboral da União Europeia. No Parlamento, o Tribunal de Contas vai entregar o parecer sobre a Conta Geral de Estado de 2021, enquanto em Bruxelas os ministros das Finanças da UE reúnem para discutir temas como os preços da energia.

BdP divulga taxas de juro de novas operações de empréstimos e depósito

O Banco de Portugal (BdP) divulga esta terça-feira os números de agosto relativos às taxas de juro de novas operações e empréstimos e depósitos. Para estas estatísticas são consideradas as operações entre os bancos residentes em Portugal e os particulares e empresas residentes na área do euro. Em julho, os bancos concederam 1.963 milhões de euros de novos empréstimos aos particulares, menos 138 milhões de euros do que em junho, segundo o BdP.

Como está a mexer o mercado laboral na UE?

O Eurostat divulga esta terça-feira os dados sobre os fluxos do mercado laboral no segundo trimestre de 2022. As últimas estatísticas mostraram que entre as pessoas na União Europeia (UE) que estavam desempregadas no quarto trimestre de 2021, 51,3 % (7,2 milhões de pessoas) permaneceram desempregadas no primeiro trimestre de 2022, enquanto 25,2 % (3,6 milhões) entraram no mercado de trabalho e 23,6 % (3,3 milhões) deixaram a força de trabalho.

TdC entrega parecer sobre Conta Geral do Estado de 2021

O presidente do Tribunal de Contas, José Tavares, a juíza conselheira Ana Furtado e o Diretor-Geral, Fernando Silva vão entregar o parecer sobre a Conta Geral do Estado de 2021 ao presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva. É a primeira vez que o parecer fica disponível antes da entrega da proposta do Orçamento do Estado para 2023, ao abrigo da Lei de Enquadramento Orçamental de 2015.

Conferência anual da CMVM

Esta terça-feira decorre a conferência anual da Comissão de Valores Mobiliários (CMVM), cujo objetivo é promover a discussão em torno das oportunidades do mercado de capitais, enquanto canal de investimento e de poupança. Sob o mote “A Poupança no mercado de capitais: Investir num futuro sustentável”, a conferência vai contar com várias personalidades do setor financeiro, como o secretário de Estado do Tesouro, João Nuno Mendes, Paula Carvalho, economista-chefe do BPI, bem como com o antigo ministro da Economia Pedro Siza Vieira.

Ministros das Finanças da UE discutem preços da energia

Os ministros das Finanças da UE vão reunir-se esta terça-feira, em Bruxelas. Na ordem de trabalhos estará a discussão dos preços elevados da energia e da proposta de regulamento do programa RePowerEU. Além disso, será apresentado o relatório de revisão sobre a execução do Mecanismo de Recuperação e Resiliência.

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Fundação Oriente injeta mais 5 milhões no BPG antes da venda

Banco liderado por João Costa Pinto diz estar a analisar propostas de vários interessados. Recebeu injeção de quase cinco milhões neste verão.

O Banco Português de Gestão (BPG) recebeu uma nova injeção de capital dos seus acionistas este verão, no valor de cinco milhões de euros, para fazer ao face às exigências regulatórias e ao esforço de limpeza do seu balanço, e isto enquanto analisa várias propostas para a venda da instituição, disse a instituição financeira ao ECO.

Este ano, já realizou aumentos de capital que ascendem a cerca de dez milhões de euros, reforçando o capital total do banco da Fundação Oriente (97,7%) para cerca de 100 milhões de euros. Em relação à operação realizada em julho, que envolveu uma injeção de 4,93 milhões, a instituição liderada por João Costa Pinto explicou ao ECO que “foi realizado de modo a corresponder ao enquadramento prudencial”.

Nos últimos anos, o BPG tem realizado um enorme esforço de redução do crédito malparado, num processo que visa deixar o banco “limpo” para um novo investidor.

Em 2018, a instituição apresentou um rácio de NPL de 65,4%, ou seja, mais de metade dos empréstimos que concedeu estavam em situação de incumprimento. O nível de crédito problemático baixou para 34,1% do total de crédito no final de 2021 – contas feitas, ainda tinha cerca de 20 milhões em NPL. O banco adianta que, em julho passado, o valor bruto de NPL correspondia a cerca de 9 milhões de euros e o valor líquido de 3,8 milhões, prevendo-se que até final do ano o valor bruto de NPL se fique em cerca de um milhão e o valor líquido em cerca de 330 mil euros.

Esta reestruturação tem justificado em grande parte os prejuízos que o BPG vem acumulando nos últimos anos – mais de 40 milhões entre 2018 e 2021 – e também as necessidades de capital junto dos seus acionistas que já injetaram mais de 46 milhões no banco nos últimos quatro anos. O BPG gere um ativo de 170 milhões de euros, entre 58 milhões de euros de crédito e 108 milhões de euros em depósitos.

Vai precisar de mais capital? “O BPG desenvolve uma atividade bancária no mercado e só a evolução futura desta é que virá, ou não, a determinar eventuais necessidades de capital”, responde o banco às questões colocadas pelo ECO.

Aumentos de capital desde 2018

Fonte: BPG

Banco analisa várias propostas de venda

Carlos Monjardino deu lugar a João Costa Pinto na liderança do BPG no ano passado. O economista e ex-vice-governador do Banco de Portugal assumiria o cargo de presidente de forma temporária, até se concretizar a venda do banco ao grupo árabe IIB Bahrain Holdings, que veio a ser travada, contudo, pelo regulador. A comissão executiva do BPG tem Carlos Pais Jorge como líder desde julho.

Apesar disso, o banco continua no mercado e revela que tem vários interessados. “O processo de alienação do capital do BPG está a evoluir como previsto, com várias entidades interessadas que têm vindo a submeter propostas que estão a ser consideradas”, adianta.

A Fundação Oriente detém 97,73% do banco, que conta ainda como acionistas a STDP SGPS (0,98%) e a Fundação Stanley Ho (0,21%), entre outros acionistas que detêm 1,08% do capital, de acordo com o banco.

No início do ano, o Jornal Económico revelou que o banco estava a negociar a venda a um grupo espanhol, sendo que o Banco de Portugal estava a par das negociações.

(Notícia atualizada às 14h04)

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