Gestora da TAP tentou contratar advogado da área de Público, mas sem sucesso

José Luís Esquível, especialista na área de administrativo e Projects, foi convidado para se juntar à equipa de advogados que Christine Ourmières-Widener, mas não aceitou o mandato.

José Luís Esquível, sócio fundador da Esquivel Advogados e especialista na área de direito público, foi contactado pela (ainda) CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, para se juntar à sua equipa de advogados, mas acabou por não aceitar o mandato. Este contacto ocorreu depois da sua demissão, anunciada pelo ministro das Finanças, na segunda-feira. Este advogado iria juntar-se ao de Inês Arruda, sócia da Vasconcelos, Arruda & Associados, advogada que irá tratar da contestação jurídica da gestora francesa na área laboral, depois do Governo ter considerado o seu despedimento por justa causa.

José Luís Esquível, especialista na área do Direito Público, criou a sua sociedade de advogados em 2007, em plena crise, com o investimento público quase parado. Tem participado com regularidade como docente convidado da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa e da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa em cursos de pós-graduação nas áreas do Direito Administrativo e no Direito da Arbitragem. Foi membro do Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados, no mandato de 2005 a 2007 e membro do Conselho Geral, no mandato de 2018 a 2020.

O escritório onde exerce, situado na Avenida da República, em Lisboa, é de pequena dimensão, com apenas dois sócios e seis advogados e é especializado nas áreas de Direito Público, Contencioso Público e Arbitragem, Contratação Pública, Direito da Regulação, Estruturação e Financiamento de Projetos, Direito Imobiliário e Direito do Turismo.

O advogado foi considerado um dos melhores advogados, pelo diretório da Chambers and Partners – que distingue os ‘ranked lawyers’ – na edição de 2018, na área de Projects.

O mandato da gestora francesa ficou marcado por várias polémicas, sendo a mais recente relacionada com o pagamento de uma indemnização de 500 mil euros a Alexandra Reis. Esta polémica veio ditar a sua saída da companhia.

Na segunda-feira, após analisarem o relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) sobre a saída de Alexandra Reis da TAP, Fernando Medina e João Galamba decidiram demitir a liderança da companhia aérea: o presidente do conselho de administração, Manuel Beja, e a CEO, Christine Ourmières-Widener. Para o ministro das Finanças é necessário “um virar de página que recupere laços de confiança da TAP com o país”.

Os dois gestores foram demitidos com “justa causa”, pelo que não terão direito a qualquer indemnização. Sobre o pagamento de eventuais bónus relativos aos resultados alcançados, Fernando Medina disse apenas que “serão pagas as compensações legalmente devidas pela TAP no âmbito da lei”.

Sem o pagamento de qualquer tipo de indemnização, Christine Ourmières-Widener já ameaçou retirar “consequências legais”, abrindo espaço espaço para novos capítulos da sua passagem pela TAP. Perante este contexto, a ex-gestora está a criar uma equipa de advogados que a assessorem, em diversas áreas, incluindo direito penal e compliance.

A nova defesa de Ourmières-Widener

Inês Arruda é atualmente sócia coordenadora das áreas de Direito Laboral e Segurança Social, Insolvência e Recuperação de Empresas, Contencioso e Arbitragem da Vasconcelos, Arruda & Associados.

Licenciou-se em direito pela Universidade Católica Portuguesa de Lisboa em 2001. O “pontapé de saída” do seu percurso profissional foi dado na Vasconcelos, F. Sá Carneiro, Fontes & Associados, entre 2001 e 2003, enquanto estagiária. Após a inscrição na Ordem dos Advogados em 2004, Inês Arruda integrou a equipa da Uría Menéndez Advogados até 2011. Entre setembro de 2011 e abril de 2012, integrou a equipa da Arruda Advogados.

Em 2012 fundou a Vasconcelos, Arruda & Associados, uma boutique law firm, com sede em Lisboa, especializada na advocacia de negócios e empresarial, assessorando clientes nacionais e internacionais.

A advogada foi premiada como várias distinções, como Lawyer of the Year – Agency Relationship – Iberian Lawyer Labour Awards | Portugal 2020; Lawyer of the Year – Advertising – Iberian Lawyer IP & TMT Awards | Portugal 2021; Best Lawyers | Recomendada em Labor and Employment Law; Lawyer of the Year – Advertising – Iberian Lawyer IP & TMT Awards | Portugal 2022; e Lexology Client Choice Awards 2022 | Labour & Employment.

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Lucro da Impresa cai 91,4%, dívida desce e despesa acelera

Resultado líquido foi de 1,1 milhões. Ataque informático, custos da energia, cobertura da guerra na Ucrânia e investimento nas grelhas da SIC justificam aumento da despesa.

A Impresa fechou o último ano com lucros de 1,1 milhões de euros. Apesar de positivo, o valor traduz uma quebra de 91,4% na comparação com os lucros de 12,6 milhões de 2021. O EBITDA (resultado operacional) do grupo que controla a SIC e o Expresso foi de 16,8 milhões, uma redução de 45,5% relativamente a 2021, e o EBITDA corrigido de custos de reestruturação foi de 19,1 milhões, um decréscimo de 38% face ao valor apurado em 2021, revela o grupo no relatório enviado na tarde desta quinta-feira à CMVM.

As receitas totais do grupo liderado por Francisco Pedro Balsemão situaram-se nos 185,2 milhões, uma redução de 2,6% na comparação com o ano anterior. Este foi o segundo melhor “resultado, no que respeita à faturação, dos últimos 5 anos, enquadra o grupo, que nas receitas de publicidade cresceu 0,2%, diz, embora não avançando o valor exato.

Já os custos operacionais subiram 5,7%, para os 168,5 milhões, “em consequência, principalmente, da resposta ao ataque informático sofrido em janeiro de 2022, do aumento de custos com produção e energia, da cobertura da guerra na Ucrânia, do aumento da competitividade das grelhas da SIC e de indemnizações”, justifica a Impresa.

A dívida remunerada líquida situa-se nos 107,2 milhões, uma diminuição de 31,4 milhões na comparação com o período homólogo.

O ano de 2022 ficou marcado por eventos com um forte impacto negativo direto nos nossos resultados, como a guerra na Ucrânia e o aumento de custos com produção e energia. Além disso, a atividade da Impresa foi condicionada por um violento e criminoso ataque informático, que nos prejudicou tanto pelo aumento de custos como pelas receitas digitais que não auferimos durante o primeiro trimestre”, enquadra Francisco Pedro Balsemão, CEO do grupo. “O ataque foi um teste à resiliência e à capacidade de resposta de todos os trabalhadores do grupo que foi superado com distinção, pelo que a eles devemos uma grata palavra de reconhecimento”, prossegue o responsável do grupo dono da SIC e o Expresso.

Como pontos positivos do último ano, Francisco Pedro Balsemão destaca dois aspetos. “O facto de termos atingido o segundo melhor valor em faturação desde a venda das revistas em 2017, apenas superado pelas receitas de 2021, e ainda a redução expressiva da dívida, resultante de um conjunto de ações focadas no reforço da liquidez e na mitigação do risco das taxas de juro”, diz citado em nota de imprensa.

Analisando por áreas, a SIC obteve em 2022 receitas de 159,9 milhões, um decréscimo de 3,1% na comparação homóloga. Os custos, em contrapartida, aumentaram 4,8%, para os 142,8 milhões. O EBITDA foi de 17,1 milhões, montante que sobe para os 18,1 milhões se ajustado com os custos de reestruturação. Em relação a 2021, a quebra é de 40,4% 37,1%, respetivamente. O resultado líquido da SIC no último ano foi de 7,4 milhões, menos 55,2% do que no ano anterior.

Na área de imprensa, a Impresa Publishing, o atingiu receitas totais de 24,4 milhões, um crescimento de 2,5% e “o melhor resultado desde 2017”, refere o grupo. Os custos cresceram 9,5%, para os 22 milhões, variação justificada “pelo aumento do preço do papel do Jornal Expresso, pelo ataque informático e pela cobertura da guerra na Ucrânia”.

O ano fechou com um EBITDA de 2,3 milhões, menos 37,8% do que em 2021. O EBITDA ajustado é de 3,2 milhões, uma quebra de 13,8%.

No segmento Outras, a Infoportugal atingiu receitas operacionais de 1,2 milhões, um decréscimo de 23,8% relativamente a 2021.

“A ação Impresa terminou 2022 a desvalorizar 37,3% face ao final de 2021. Os volumes de transação registaram uma redução de 45% face ao período homólogo refletindo uma média de 145,7 mil ações transacionadas por sessão, entre janeiro e dezembro de 2022”, diz ainda o grupo.

“O grupo iniciou em setembro a implementação do seu novo plano estratégico e que durará até ao final de 2025, sendo um dos principais objetivos o crescimento de 15 a 20% na nossa faturação, com o triplicar do peso das receitas oriundas da atividade digital, recorda o CEO do grupo.

Em 2023, a Impresa focar-se-á na execução do seu novo ciclo estratégico, mantendo o objetivo de crescimento das receitas e da melhoria da margem operacional, através do complemento com novas fontes de receita, bem como a contínua aposta na qualidade, competitividade e diversificação da oferta de conteúdos multiplataforma”, termina Francisco Pedro Balsemão.

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Dower Law Firm reforça equipa com Andreia Júnior

Com cerca de 20 anos de experiência nas áreas de fiscal e arbitragem, Andreia Júnior reforçou a equipa da Dower Law Firm. A advogada transita da Next Lawyers.

A Dower Law Firm reforçou a sua equipa com a contratação de Andreia Júnior, enquanto associada sénior. Com cerca de 20 anos de experiência nas áreas de fiscal e arbitragem, a advogada transita da Next Lawyers.

Aceitei este desafio pela confiança no projeto que tem como corolário o rigor e a competência de todos aqueles que o integram. É com muito entusiasmo e energia que abraço este projeto numa sociedade inovadora como a Dower. Trata-se de um projeto extremamente desafiante e motivador”, notou a nova associada sénior do escritório.

Andreia Júnior é licenciada em Direito pela Universidade Católica Portuguesa (UCP) e pós-graduada em “Direito e Práticas Tributárias” pela UCP. A advogada é professora convidada no ISCET e associada da Associação Fiscal Portuguesa. O novo reforço da Dower tem desenvolvido a sua atividade no âmbito do planeamento fiscal, reestruturações e contencioso tributário.

“A integração da Andreia Júnior vem dar resposta à procura que temos sentido na área Fiscal. Sendo uma área em crescimento na nossa sociedade, a ampla experiência da Andreia vem reforçar a capacidade de resposta das nossas atuais equipas”, sublinhou Eduardo Castro Marques, managing partner da Dower Law Firm.

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BI4ALL lança projeto “University World”. Quer estar mais perto dos estudantes universitários

A área de employer branding da empresa de serviços de data analytics e inteligência artificial é responsável pela dinamização do novo projeto, que tem um alcance nacional e internacional.

A BI4ALL criou o projeto “University World” para potenciar a atração de talento e posicionar a marca no universo do ensino. A área de employer branding da empresa especialista em serviços de data analytics e inteligência artificial é responsável pela dinamização do novo projeto, que tem um alcance nacional e internacional.

“É com enorme prazer que a BI4ALL contribui para o desenvolvimento do top talent das novas gerações. O ‘University World’ tem sido um projeto de sucesso através de parcerias com instituições de ensino nacionais e internacionais”, diz Nuno Barboza, CEO da BI4ALL, citado em comunicado.

Este projeto visa promover a captação de novos talentos e as relações entre os vários institutos de ensino, alunos, corpo docente e gabinetes de emprego, através de parcerias e planos de ação, contribuindo assim para uma empregabilidade eficiente e sustentável.

Como pilares representativos do projeto destacam-se os protocolos ativos com a Nova IMS, Iscte e 42 Lisboa, através de programas de mentoria, formação, open days, sessões técnicas, feiras de recrutamento, hackathons, programas de embaixadores, entre outras dinâmicas.

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Prémio Cidades e Territórios do Futuro distingue projetos mais sustentáveis

Já arrancou a 2.ª edição do Prémio Cidades e Territórios do Futuro que distingue projetos inovadores, de base tecnológica, em prol de cidades mais habitáveis, sustentáveis e economicamente viáveis.

Já estão a decorrer as candidaturas para a 2.ª edição do Prémio Cidades e Territórios do Futuro que reconhece projetos, ideias e estratégias pioneiras, de base tecnológica, que tenham significativo impacto na vida dos cidadãos e tornem as cidades mais habitáveis sustentáveis, inclusivas e economicamente viáveis.

Numa iniciativa da secção Cidades Saudáveis e Sustentáveis da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), os projetos a concurso devem ser de base tecnológica e responder a desafios do desenvolvimento urbano. Devem apostar na otimização dos recursos e num “planeamento, entrega e controlo dos serviços urbanos mais inovador e eficaz, de forma a potenciar a sustentabilidade da economia, da sociedade e do ambiente”, lê-se na página de internet da APCD.

As candidaturas estão abertas até 14 de março em formulário próprio. Podem participar todas as entidades públicas ou privadas que “operem diretamente no território e atuem no universo municipal com projetos. Devem apresentar “um projeto que esteja, pelo menos, em fase de demonstração e com um nível de maturidade significativo”.

Entre as categorias a concurso estão o relacionamento com o cidadão e participação, qualificações, além de sustentabilidade, economia circular e descarbonização. Assim como igualdade e inclusão, saúde e bem-estar, mobilidade e logística, e desenvolvimento económico.

Os vencedores serão anunciados e entregue o troféu a 9 de maio, no 32.º Digital Business Congress que vai decorrer no Auditório da Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa. Além do troféu, os vencedores também são premiados com a oportunidade de participar no Portugal Smart Cities, de 10 a 12 outubro, assim como usufruir de uma assinatura anual da Revista Smart Cities.

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Bruxelas responde aos incentivos fiscais dos EUA na próxima semana com medidas para a indústria

  • Lusa
  • 9 Março 2023

Comissão Europeia apresenta, na próxima semana, uma proposta para uma indústria com menos emissões poluentes, mais 'limpa' respondendo à "corrida aos subsídios" iniciada pelos Estados Unidos.

A Comissão Europeia apresenta, na próxima semana, uma proposta para uma indústria com menos emissões poluentes, mais ‘limpa’, na União Europeia (UE), respondendo à “corrida aos subsídios” iniciada pelos Estados Unidos com a lei da redução da inflação.

“Os nossos parceiros e aliados — por exemplo, os Estados Unidos com a lei da redução da inflação — e os nossos rivais sistémicos — como a China — estão a tentar aproveitar-se da nossa capacidade industrial, criando dependências […] ou, para o dizer de forma mais direta, estão envolvidos numa corrida aos subsídios, […] numa altura em que a nossa indústria já está a lutar com preços de energia mais elevados do que o resto do mundo“, observa o comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, numa posição enviada à agência Lusa.

Por essa razão, o executivo comunitário apresenta na próxima semana uma proposta para uma indústria mais sustentável na UE, fixando “objetivos de capacidade de produção global [de tecnologia ‘limpa’], não para tirar estes mercados de outros, mas porque a Europa precisa de deter uma parte justa de um mercado global em expansão”, que valerá cerca de 600 mil milhões de euros até 2030, acrescenta o responsável.

Numa altura em que a UE tenta acabar com a dependência energética russa e atingir as suas metas ambientais, como a neutralidade carbónica em 2050 e a redução de pelo menos 55% das emissões poluentes até 2030, estipuladas no Pacto Ecológico Europeu, Thierry Breton rejeita estar a ser “alarmista”, salientando também que esta concorrência “não será temporária”.

“No campo dos automóveis elétricos, por exemplo, vemos um risco real de nos tornarmos importadores líquidos. No ano passado, a China ultrapassou a Alemanha para se tornar o segundo maior exportador mundial de automóveis”, alerta.

Com a proposta de lei, Bruxelas tenciona assim “aumentar a dimensão, capacidade de exportação e empregabilidade [na UE] em tecnologia ‘limpa'”, ao apostar por exemplo na “cadeia de valor das tecnologias necessárias para a implantação efetiva de baterias, turbinas eólicas e outras fontes de energia”, adianta Thierry Breton.

Para isso, está em causa uma redução da burocracia e um licenciamento mais fácil através de um balcão único e de um novo quadro regulamentar simplificado, mais flexível e mais favorável aos investimentos em cadeias de valor estratégicas, segundo fontes europeias.

Além disso, a proposta prevê financiamento de projetos industriais sem emissões poluentes, dado que nem todos os Estados-membros “têm o mesmo espaço orçamental para fornecer ajudas estatais”, o que passa por “melhor uso dos fundos comunitários existentes”, de acordo com Thierry Breton.

Nos últimos meses, as relações transatlânticas têm sido marcadas pelo descontentamento europeu face ao plano dos Estados Unidos de subsidiar a produção local de tecnologias ‘limpas’ com 370 mil milhões de dólares (cerca de 350 mil milhões de euros), o que é considerado discriminatório, contrário às regras da Organização Mundial do Comércio e que, juntamente com a escalada dos preços da energia, ameaça levar as empresas europeias a abandonar o continente.

Desde então, Bruxelas iniciou negociações com Washington com o objetivo de conseguir um tratamento favorável para as companhias comunitárias, sem progressos até ao momento.

Esta semana, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, foi inclusive aos Estados Unidos para discutir esta situação.

Pela falta de garantias dos EUA, a UE decidiu trabalhar no seu próprio plano para fornecer incentivos às tecnologias limpas europeias.

A lei norte-americana da redução da inflação, que entrou em vigor em agosto passado, tem por objetivo reduzir os custos para os norte-americanos, abrangendo, por exemplo, investimentos no setor da energia e subsídios para veículos elétricos, baterias e projetos de energia renovável, mas muitos destes subsídios só incluem produtos fabricados nos Estados Unidos.

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Após sete anos de Presidência, Marcelo assume-se como “realista” e deixa seis avisos

O Presidente lança avisos para as perspetivas económicas. Alguns indicadores, como o desemprego e a inflação subjacente, mostram sinais de alerta, como admitem economistas ao ECO.

O primeiro-ministro é há muito conhecido pelo seu otimismo, tendo até sido descrito como um “otimista irritante”. O autor deste comentário, o Presidente da República, quis posicionar-se neste espetro de expectativas face ao futuro, dizendo que é, por seu turno, “muito realista”. Partindo desta perspetiva, Marcelo Rebelo de Sousa, que completa esta quinta-feira sete anos na Presidência da República de Portugal, já avançou com vários avisos, apontando alertas como os números de desemprego, a execução do Plano de Recuperação e Resiliência ou a necessidade de novos apoios sociais.

“Sabem como sou: não pertenço nem aos pessimistas, nem aos otimistas esfuziantes e, portanto, gosto de estar numa posição muito serena e muito realista e intermédia”, disse Marcelo aos jornalistas quarta-feira passada, enquanto se preparava para lançar um conjunto de avisos. O facto é que alguns indicadores mostram sinais de alerta, como admitem os economistas ouvidos pelo ECO, mas há também números positivos pelo que se deve ver a quem o futuro vai dar razão: aos otimistas, aos realistas ou aos pessimistas.

  • Desemprego nos 7,1%

O Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou na semana passada que a taxa de desemprego em Portugal aumentou pelo terceiro mês consecutivo em janeiro, fixando-se em 7,1%. O Presidente da República reagiu a estes números apontando que a subida da taxa de desemprego é um “sinal de alerta”.

Marcelo Rebelo de Sousa sinalizou que a “evolução internacional está lenta”, o que acaba por “ter efeitos” também na economia portuguesa, num “período ainda de baixa de atividade”.

“A guerra continua, a inflação em muitos países continua alta, [é sinal] de que a economia internacional não recuperou, mesmo grandes potencias europeias como a Alemanha têm uma recuperação lenta”, salientou o Presidente da República, apontando que “como é um mundo aberto isso tem efeitos” também por cá.

Marcelo admitiu também que a subida do desemprego ocorre “em alguns setores, num período ainda de baixa de atividade”, mas apontou que há áreas como o turismo que ainda vão aumentar o nível de atividade.

  • Crescimento económico é incerto

No mesmo dia, o Presidente também alertou que “a saída do período de crise que vem do passado, que a pandemia e a guerra agravaram, pode demorar um pouco mais tempo do que esperavam”, até devido aos efeitos da recuperação mais lenta da economia internacional, que acaba por contagiar a portuguesa.

Apesar de apontar o crescimento da economia portuguesa de 6,7% em 2022 como uma “boa notícia”, o Chefe de Estado admitiu: “Sabemos já que em 2023 não é possível um crescimento assim”. “Agora vamos ver qual vai ser a evolução da economia”, disse, defendo uma posição “realista”.

  • Novas ajudas sociais

Perante a possibilidade de um crescimento mais fraco ainda do que o esperado, Marcelo Rebelo de Sousa alertou para a necessidade de novas ajudas sociais. O Presidente considerou que se a situação económica der “sinais que não são tão positivos quanto se esperaria” o Governo pode ter de ponderar “ajudas sociais complementares” nos próximos meses.

“Acho é que se esta evolução lá fora for aquela que pode, por ventura, suceder contra as previsões, que eram otimistas, e se persistir aquilo que são estes sinais que não são tão positivos quanto se esperaria, pode obrigar o Governo a ter de proceder a uma reponderação de ajudas sociais complementares, se for necessário dentro de um mês, dois meses, três meses”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, apontando que “o Governo ponderará isto”.

O Presidente da República reiterou que “a guerra está a durar e vai durar, a inflação está a descer menos rapidamente do que desejaria” e “as notícias que chegam, por exemplo, da Alemanha, não são muito boas”.

  • Execução do PRR

Este é já um alerta que se tem vindo a repetir ao longo do ano passado. O Presidente da República continua a pressionar a aceleração da execução das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), tendo até deixado já um aviso à tutela responsável que não iria perdoar se esta oportunidade fosse perdida.

“Os fundos estão contratualizados em geral, chegou uma boa parte do dinheiro que já foi recebido por Portugal aos destinatários intermédios, mas não chegou aos destinatários finais”, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa. “Pelo meio existem entidades que recebem esses fundos, há concursos, há contratação e execução”, acrescentou, sublinhando que aos destinatários finais chegaram 1.474 milhões, um volume quase quatro vezes inferior ao que chegou aos destinatários intermédios. “Aí é que está a questão fundamental de aceleração”, concluiu.

“O Governo é o primeiro a perceber — e espero que as oposições também — que é uma oportunidade que não se pode perder”. Para Marcelo não se trata apenas de executar a totalidade das verbas, mas também “não deixar derrapar no tempo os efeitos” da bazuca. Os efeitos são “injetar na economia portuguesa, além de deixar obra, cerca de 1.500 ou 2.000 milhões de euros por ano ou menos”. “Não é indiferente para o crescimento da economia e para a vida dos portugueses”, completou o Chefe de Estado.

  • Não há dinheiro para todas as reivindicações dos professores

Após o início da terceira ronda negocial entre o Ministério da Educação e os sindicatos do setor, o Presidente da República defendeu que é preciso continuar a negociar, mas alertou que o Governo “não tem dinheiro” para tudo o que os professores querem.

“Desejo que o diálogo continue. Não para que se chegue a uma conclusão perfeita – que é difícil –, mas para que agrade no maior número de pontos e ao maior número de interessados”, sinalizou Marcelo. Os sindicatos têm muitas propostas, mas “o talento está em encontrar um meio caminho”, disse. “Não é fazer tudo o que os sindicatos querem porque o Governo diz que não tem dinheiro”, argumentou Marcelo Rebelo de Sousa.

  • Pacote de habitação é preciso ver para saber

O Presidente da República mostrou-se reticente quanto ao pacote de medidas para combater a crise no setor da habitação, apresentado pelo Governo, comparando-o a um melão. “O povo costuma dizer ‘só se sabe se o melão é bom depois de o abrir’. É preciso abrir o melão”, avisou Marcelo Rebelo de Sousa.

O Chefe de Estado reconhece que é necessário perceber os custos das medidas para o Estado, quantas famílias serão abrangidas pelas propostas, quais os seus efeitos e quanto tempo demorarão a produzir esses mesmos efeitos.

“A questão é saber como é que esses objetivos serão atingidos. Primeiro, se são atingidos rapidamente; segundo, se são atingidos de forma a realmente melhorar a situação de tantas famílias; terceiro, se há máquina para os pôr de pé (a nível de Estado e autarquias), se a banca é sensível a certas mudanças que tem de introduzir e se os impostos a reduzir vão efetivamente mudar a situação dos portugueses”, explicou.

Desemprego e inflação são indicadores que mostram sinais de alerta

O desemprego tem vindo a subir e os alarmes começam a soar, apesar de ainda não ter atingido um nível preocupante, sinalizam os economistas ouvidos pelo ECO. Já a inflação tem vindo a abrandar, mas esconde a subida dos preços dos alimentos, que ainda mantém a tendência crescente. Por outro lado, evolução das vendas a retalho e da produção industrial foi positiva.

Perante uma queda dos preços da energia, o início de 2023 foi marcado pelo otimismo por se ter conseguido evitar uma recessão na Zona Euro. No entanto, “a situação económica é muito fluida e ninguém consegue antever as coisas com clareza”, sinaliza João César das Neves. “O otimismo do início do ano era meramente relativo: as coisas pareciam menos más do que se previra nos sinais preocupantes”, o que mostra que se mantém a incerteza, nota o economista.

Já Pedro Braz Teixeira, diretor do gabinete de estudos do Fórum para a Competitividade, destaca o desemprego como um dos indicadores económicos que estão a exibir sinais de alerta. A “estimativa da taxa natural de desemprego, considerada o pleno emprego, situa-se em Portugal entre 6 e 7%”, pelo que ao registar-se uma taxa de 7,1% “já saímos da zona do pleno emprego”.

Fonte: INE

“Uma décima não é ainda uma coisa para encarar com imensa preocupação”, ressalva, mas “tivemos imenso tempo no pleno emprego e agora estamos a sair”, pelo que “é um sinal de alerta”.

O economista Pedro Brinca também sinaliza que entre os indicadores económicos que refletem a realidade de economia, a subida do desemprego mostra uma degradação. “Não está ainda num nível elevado, mas a trajetória de crescimento é consistente com a perceção de abrandamento económico”, nota.

Na nota semanal da Área de Estudos Económicos e Financeiros do BPI (BPI Research) indica-se que a leitura dos dados do desemprego “parece indicar que os indivíduos anteriormente desencorajados continuam a ter interesse em ingressar no mercado de trabalho, o que se reflete, por exemplo, no valor mínimo registado na população inativa em janeiro”. No entanto, ressalvam também que “os riscos estão enviesados em sentido negativo, pelo que a leitura negativa do desemprego deve ser vista como um alerta”.

Pedro Braz Teixeira aponta também como preocupante “o que aconteceu ao consumo privado no quarto trimestre de 2022: uma queda em todas as suas componentes, em particular nos produtos alimentares”. Este indicador mostra que “os consumidores estão mesmo a sentir as dificuldades da conjuntura e no quarto trimestre foi aquele em que receberam dois pacotes de ajuda do Estado”, salienta.

É um “sinal de alerta porque os portugueses estão a cortar na despesa e é sinal de que há preocupações”, nota. O economista salienta ainda assim que “o crescimento previsto para este ano é metade da média do potencial, 2023 é previsto como ano fraco portanto terá sempre sinais de alguma debilidade económica”.

Este destaque nos produtos alimentares pode também verificar-se pela inflação. “A inflação total tem abrandado, mas a inflação subjacente ainda não parou de aumentar”, aponta Pedro Brinca. Isto acontece porque o “total baixou muito à custa da queda dos preços da eletricidade”, mas a inflação subjacente, que exclui as componentes mais voláteis como a energia, “ainda aumenta”.

Fonte: INE

O economista da Nova SBE adianta ainda assim que nos EUA também se observou que primeiro começou a cair inflação generalizada e só em outubro começou a cair a subjacente, enquanto “na Europa atingiu o pico em novembro pelo que se seguir o mesmo nível de desfasamento só descera em março”.

Pedro Braz Teixeira salienta também que mesmo com o abrandamento, a inflação ainda está em valores elevados e “nenhuma instituição previa que a inflação em 2023 chegasse aos 7%“. “A taxa de de janeiro não é a do ano, mas em janeiro estamos a ultrapassar aquela que seria a média do ano: é um alerta”, avisa.

Pedro Brinca destaca ainda indicadores relacionados com o crédito à habitação, à luz da subida das Euribor. Há uma subida no peso das renegociações dos contratos a habitação no último trimestre de 2022, o que pode sugerir a “degradação das condições económicas das pessoas com crédito à habitação que se veem abrangidas pelas novas regras que fomentam a renegociação”, indica. Verifica-se também, nos dados do Banco de Portugal, que “estão a amortizar mais os empréstimos”.

A subida das taxas de juro está assim a afetar a procura por crédito à habitação. Vejamos este cenário: “um casal há um ano atras, em fevereiro de 2022, que conseguisse pôr 900 euros de lado todos os meses, com a Euribor a 6 meses em vigor na altura, com um empréstimo a 30 anos conseguia comprar uma casa de 300 mil euros”. “Neste momento, o mesmo casal com 900 euros só consegue comprar uma casa de 180 mil euros”, exemplifica, o que mostra uma “contração de 39% na disponibilidade para pagar”.

Fonte: Banco de Portugal

Apesar destes sinais de alerta, ambos os economistas destacam que os dados das vendas a retalho foram fortes e a produção industrial também recuperou, sendo que para já a confiança também parece estar a recuperar.

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Novobanco estima subida dos lucros este ano, mas não dá dividendos até 2025

Sem possibilidade de distribuir dividendos até 2025, devido ao acordo de capital contingente, Novobanco faz mira a aquisições de carteiras para acelerar crescimento do negócio.

Depois dos lucros recorde em 2022, o Novobanco aponta nova subida dos resultados este ano, beneficiando da subida dos juros. O banco prevê lucros antes de impostos acima dos 600 milhões de euros, contra os 561 milhões obtidos no ano passado. Com o fim da reestruturação, há possibilidade de distribuir dividendos? “Por causa do acordo de capital contingente, os dividendos continuarão bloqueados até final de 2025, a menos que mudem as regras”, apontou o CEO Mark Bourke em conferência de analistas.

Assim, sem possibilidade de distribuir resultados nos próximos anos, Mark Bourke adiantou que o capital que o banco vai acumular servirá para alavancar o seu crescimento, através de duas formas: “Aumentar o nosso portefólio através de transações [de carteiras] e aumentar as nossas competências em áreas que estão identificadas na nossa estratégia”, segundo avançou aos analistas. Deu como exemplo a gestão de ativos, área onde também quer crescer.

O gestor irlandês abordou ainda as intenções de venda da Lone Star, que detém 75% do capital do banco. Haverá mudanças este ano? “É um tema para os acionistas”, atirou, reiterando que sua prioridade passa por “assegurar que o banco é forte e continua a desenvolver-se”. “Queremos assegurar que competimos como banco independente no mercado”, afirmou.

Depois do melhor ano da sua curta história, o Novobanco aponta para ainda melhores resultados em 2023. Além da subida dos lucros, Mark Bourke pretende reduzir o rácio cost-to-income para valores abaixo dos 40%. Com a inflação e aumento dos salários a pressionarem os custos do banco, o CEO acredita que é possível alcançar essa meta – fechou 2022 com o rácio cost-to-income de 44%.

Bourke destacou ainda que, pela primeira vez, o Novobanco “totalmente capitalizado”, razão pela qual deixou de pedir dinheiro ao Fundo de Resolução.

Segundo o banco, a melhoria dos resultados vai permitir gerar capital de forma orgânica e ajudar a cumprir os requisitos de MREL (requisito mínimo de fundos próprios e créditos elegíveis) em 2023 – requisito que obriga os bancos europeus com importância sistémica a constituir uma almofada financeira adicional para fazer face às dificuldades.

O Novobanco não tem em vista fazer emissões destes instrumentos, pelo menos até que as agências de rating melhorem a avaliação do risco do banco. “O nosso foco estará em melhorar os ratings e colocarmo-nos numa posição em termos de mercado igual à dos nossos concorrentes. (…) Para nós, neste momento, os ratings estão bem abaixo do nível onde acreditamos que deviam estar. É nisso que vamos concentrar antes olharmos para emissões”, explicou Mark Bourke.

O banco disse ainda esperar que as duas disputas que mantêm com o Fundo de Resolução sejam decididas pelo tribunal arbitral em 2024 (em relação ao diferendo de 165 milhões de 2020) e 2025 (em relação ao diferendo de 209 milhões de 2021).

O Novobanco anunciou esta quinta-feira lucros recorde de 560,8 milhões de euros em 2022, três vezes mais do que tinha obtido no ano transato, à boleia do aumento da receita com juros, da venda do edifício-sede e de menos imparidades e provisões. Foi o segundo melhor resultado entre a banca privada, apenas atrás do Santander Totta.

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Governo prolonga por seis meses proteção temporária a pessoas deslocadas da Ucrânia

  • Joana Abrantes Gomes
  • 9 Março 2023

Resolução que prolonga por seis meses a validade dos títulos de proteção temporária a pessoas deslocadas da Ucrânia foi aprovada esta quinta-feira em Conselho de Ministros.

O Governo aprovou esta quinta-feira, em Conselho de Ministros (CM), a resolução que prolonga por seis meses a validade dos títulos de proteção temporária concedidos a pessoas deslocadas da Ucrânia na sequência da guerra que decorre naquele país.

“O Conselho de Ministros aprovou hoje a resolução que prorroga, por um período de seis meses, a validade dos títulos de proteção temporária concedidos a pessoas deslocadas da Ucrânia”, lê-se no comunicado do CM.

De acordo com a mais recente atualização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Portugal já atribuiu 58.043 proteções temporárias a cidadãos ucranianos e a estrangeiros que residiam na Ucrânia, das quais cerca de um quarto do total foram concedidas a menores.

O pedido de proteção temporária a Portugal pode ser feito através da plataforma online criada pelo SEF (https://sefforukraine.sef.pt), disponível em três línguas, não sendo necessário os adultos recorrerem aos balcões deste serviço de segurança. No entanto, no caso dos menores, é obrigatória a deslocação a um balcão do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras para que seja confirmada a identidade e filiação.

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Mudança para a CGD. Imóveis públicos desocupados valem 600 milhões e podem ser transformados em casas

Conselho de Ministros aprova despesas para obras no edifício-sede da CGD e posterior concentração dos serviços dos ministérios. Poupança para o Estado estimada em cerca de 6 milhões por ano.

Os edifícios que deixarão de ser ocupados pelos ministérios do Governo, na mudança para o edifício da Caixa Geral de Depósitos (CGD), estão avaliados em cerca de 600 milhões de euros e poderão ser transformados em casas. A informação consta do comunicado do Conselho de Ministros desta quinta-feira, que aprovou as despesas para as obras do edifício-sede da CGD antes da concentração dos serviços do Estado.

O Governo pretende concentrar os ministérios no atual edifício-sede da CGD, num processo que deverá decorrer ao longo desta legislatura. No início de novembro, foi anunciado que a mudança de ministérios iria arrancar no primeiro trimestre de 2023, segundo a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva.

“Os imóveis públicos que serão desocupados – avaliados em cerca de 600 milhões de euros – poderão ser objeto de rentabilização, visando contribuir para o objetivo de reforço da oferta habitacional”, refere o comunicado do Conselho de Ministros.

A concentração de serviços deverá poupar cerca de seis milhões de euros por ano em despesas ao Estado: perto de 800 mil euros em rendas pagar a privados e quase cinco milhões de euros em “encargos com a gestão de serviços como segurança, manutenção, limpeza, jardinagem, fornecimento de energia elétrica e fornecimento de água”, detalha o documento.

Para fazer a mudança dos ministérios, a CGD vai entregar o edifício-sede ao Estado como forma de pagar os dividendos relativos ao exercício de 2022. Este pagamento em espécie estará avaliado entre 280 e 300 milhões de euros, representando apenas uma parte do total dos dividendos esperados.

(Notícia atualizada às 15h50 com mais informação)

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Governo dá aprovação final a Nuno Cunha Rodrigues para presidente da Concorrência

Conselho de Ministros aprovou Resolução que finaliza o processo de nomeação de Nuno Cunha Rodrigues para substituir Margarida Matos Rosa na liderança da Autoridade da Concorrência (AdC).

O Governo aprovou em Conselho de Ministros a designação de Nuno Cunha Rodrigues para o cargo de presidente da Autoridade da Concorrência (AdC), depois de este ter passado com sucesso nos dois crivos previstos neste tipo de processos: teve nota positiva da CReSAP, o órgão que avalia os candidatos a altos cargos públicos, e foi ouvido na Assembleia da República, onde mereceu parecer positivo da comissão de economia.

“Foi aprovada a resolução que procede à designação de Nuno Filipe Abrantes Leal da Cunha Rodrigues para presidente do conselho de administração da AdC”, lê-se no comunicado divulgado após a reunião de governantes.

Este era o passo que faltava para Nuno Cunha Rodrigues substituir Margarida Matos Rosa na liderança do regulador da concorrência. O mandato da ainda presidente terminou em novembro do ano passado e, desde então, a responsável aguardava a escolha de um novo nome por parte do Ministério da Economia.

Nascido a 10 de fevereiro de 1973, Nuno Cunha Rodrigues, por sua vez, aguardava apenas a aprovação final do Conselho de Ministros e deverá assumir a função pouco depois de a Resolução ser publicada no Diário da República. O ECO noticiou esta semana que a substituição deverá efetivar-se ainda este mês, mas o comunicado do Governo não revela o teor exato do diploma, pelo que ainda não é possível saber a data exata de início de funções.

O novo presidente da AdC substitui uma presidente que aplicou cerca de 1,5 mil milhões de euros em coimas durante os seis anos de mandato, um recorde na história do regulador, e já definiu algumas prioridades. Quer rever o plano de carreiras, está preocupado com a retenção de talento e vai fazer mira às plataformas digitais.

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Conduzir um elétrico não é igual? Pode ser melhor!

  • BRAND'S CAPITAL VERDE
  • 9 Março 2023

Há uma ideia generalizada de que conduzir um elétrico é menos agradável que conduzir um carro a combustão. Mas essa ideia está mais do que desmistificada, saiba aqui porquê.

Quantas vezes já ouviu que conduzir um carro elétrico “não é igual” a conduzir um carro a combustão? Pois bem, essa afirmação não pode ser refutada, já que é verdade que a experiência não é a mesma, mas isso não significa que tenha de ser pior.

Há várias características dos carros elétricos que, precisamente por serem diferentes dos veículos a combustão, acabam por tornar a experiência de condução dos elétricos bem mais agradável. Uma dessas características é o facto de estes veículos terem a bateria colocada na parte inferior do carro, o que permite um maior equilíbrio na distribuição do peso e contribui para um boa resposta nas curvas.

Além disso, enquanto que um automóvel a combustão pode ter de atingir uma rotação mais alta para chegar à potência e ao poder de resposta que o condutor pretende, no veículo elétrico isso já não acontece devido ao torque instantâneo e ao regime máximo de potência que permitem que essa resposta seja mais rápida e quase imediata.

A somar a todos estes fatores, está, ainda, a experiência de condução mais suave, silenciosa e confortável, uma vez que estes veículos acabam por ser mais fáceis de conduzir e são mais serenos e quase inaudíveis no movimento quando comparados aos veículos movidos a combustíveis fósseis.

Se, mesmo assim, ainda se sente reticente em comprar um carro elétrico devido ao custo inicial associado, saiba que o governo disponibiliza alguns apoios, que podem ir até aos 3 mil euros para pessoas singulares e até 6 mil euros para empresas. E, além disso, há também algumas entidades bancárias que já estão a lançar alguns apoios nesse sentido.

Uma das instituições financeiras que já criou uma solução para ajudar na compra de carros elétricos foi o Montepio Crédito, que no quadro da sua atividade, que tem por base a resposta aos desafios da sustentabilidade, e ciente das novas tendências, lançou a marca Ecofinanciamento para refletir o posicionamento da instituição enquanto promotora da defesa do ambiente e como entidade de referência no financiamento de viaturas elétricas e híbridas.

Esta solução caracteriza-se por possuir taxas competitivas e comissões reduzidas para a aquisição de veículos novos e seminovos e responde às necessidades de financiamento de particulares e empresas, de uma forma transversal, considerando a importância e estímulos existentes para a consolidação de soluções de mobilidade verde.

Conheça as soluções de crédito, leasing e renting automóvel do Montepio Crédito em www.montepiocredito.pt/ecofinanciamento.

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