BCP volta a segurar bolsa. E dispara mais de 10% em 2018

Bolsa nacional soma e segue em 2018. E, mais uma vez, foi o BCP a destacar-se em Lisboa. O banco liderado por Nuno Amado protagoniza arranque bastante positivo no novo ano: acumula ganhos de 10%.

Tem sido um hábito em 2018 e a sessão desta terça-feira não foi exceção. O BCP voltou a segurar a bolsa nacional com ganhos que foram decisivos para contornar o sentimento mais negativo em torno dos pesos pesados da energia. O bom desempenho do banco liderado por Nuno Amado coloca o título como o melhor do PSI-20 em 2018: já acumula ganhos de 10,6% desde o início do ano.

O PSI-20, o principal índice português, fechou o dia em alta de 0,15% para 5.657,85 pontos. Uma subida tímida e que foi sobretudo suportada pelo BCP, cujas ações ganharam 0,63% para 0,3027 euros. Na verdade, o banco protagoniza um arranque de ano assinalável, acumulando ganhos de 10,6% em 2018.

“O mercado nacional voltou a terminar em terreno positivo o que permitiu ao PSI20 alcançar um nível máximo dos últimos dois anos e meio”, referiram os analistas do BPI no Comentário de Fecho. “O BCP continua a ser um dos maiores catalisadores da bolsa portuguesa“, acrescentaram.

Ao lado do BCP, destacaram-se ainda CTT, Corticeira Amorim, Semapa e Sonae. Os títulos destas quatros cotadas apresentaram ganhos superiores a 1%.

A travar uma maior subida em Lisboa estiveram as grandes cotadas do setor energético. a Galp caiu 0,35% para 15,8 euros. Na família EDP, a EDP cedeu 0,87% para 2,952 euros, isto depois de os acionistas terem submetido uma proposta para a eleição de António Mexia e de Luís Amado para liderar a elétrica nos próximos três anos. Enquanto isso, a EDP Renováveis caiu 0,57% para 6,97 euros.

Lá por fora, ganhos de 0,7% em Milão e Paris e de 0,1% em Frankfurt dão conta de uma panorama positivo nas bolsas do Velho Continente. Em termos empresariais, destaque para a Altice. As ações dispararam 10,52% para 10,44 euros, depois de a operadora multinacional ter anunciado uma profunda reestruturação organizacional. Em concreto, a Altice NV vai separar a Altice USA da filial holandesa. Em Portugal, admite vender as torres de comunicações.

(Notícia atualizada às 17h18)

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Bolsa de Lisboa tem o melhor arranque de ano de sempre

BCP disparou quase 10% na primeira semana de 2018. Pharol e Sonae também estiveram em evidência em Lisboa, que entrou no novo ano a todo o gás.

É preciso recuar a… não é preciso. 2018 começou mesmo com o melhor arranque na história da bolsa de Lisboa. O PSI-20 disparou mais de 4% na primeira semana do novo ano, sobretudo com BCP e Sonae em grande estilo, a aproveitar a onda do ciclo económico positivo em Portugal. Há boas razões para os investidores abrirem as garrafas de champanhe ao fim de uma semana de negociação no novo ano.

A semana na bolsa foi mais curta que o normal pois não houve negociação na segunda-feira. Mas isso não impediu que, entre terça-feira e esta sexta-feira, o PSI-20 tivesse feito um sprint assinalável — ainda que tenha relaxado um pouco na última sessão da semana. Acumulou um ganho semanal de 4,22%. Foi a semana de abertura de um novo ano mais positiva de sempre por cá e foram precisas duas décadas para a bolsa portuguesa pulverizar o recorde de 4,17% com que iniciou o ano de 1998.

Os analistas dizem que não se deve isolar o excecional desempenho da praça lisboeta do bom momento nos mercados acionistas internacionais. Na verdade, o milanês FTSE-Mib também valorizou cerca de 4% durante a semana e, em Frankfurt e Paris, os ganhos foram superiores a 3%. Do outro lado do Atlântico, os nevões em Nova Iorque não arrefeceram os ânimos dos investidores e Wall Street voltou a atingir um novo recorde.

Melhores arranques na bolsa nacional

Fonte: Bloomberg

“Olhamos lá para fora e vemos a mesma exuberância. Vemos Wall Street com o Dow Jones a experienciar máximos históricos. Na Europa, também temos um sentimento muito positivo. Nada se alterou face ao fim do ano. 2017 acabou com a economia muito forte e que vai ter um efeito positivo nos lucros das empresas. Por outro lado, nos EUA, tivemos o plano fiscal de Trump”, contextualiza Albino Oliveira, analista da Patris Investimentos.

“A verdade é que os investidores não encontram muitas alternativas no mercado neste momento e as ações são o investimento mais atrativo. Vamos ter de esperar pela temporada de resultados que começa dentro de um mês para termos uma melhor noção do que se está a passar”, frisou ainda o analista.

"Olhamos lá para fora e vemos a mesma exuberância. Vemos WallStreet com o Dow Jones a experienciar máximos históricos. Na Europa, também temos um sentimento muito positivo. Nada se alterou face ao fim do ano. 2017 acabou com a economia muito forte e que vai ter um efeito positivo nos lucros das empresas. Por outro lado, nos EUA, tivemos o plano fiscal de Trump.”

Albino Oliveira

Patris Investimentos

BCP e Sonae na crista do ciclo económico

Não é só o contexto internacional mais positivo que dá maior otimismo cá dentro. Há fatores específicos de cada empresa. Por exemplo, no BCP e Sonae, que estão entre as cotadas com ganhos mais expressivos nesta semana em Lisboa, o bom desempenho surge associado ao ciclo económico favorável. O BCP ganhou quase 10%, aproveitando a boleia dos juros mais baixos da dívida soberana.

Steven Santos, do BiG, escreveu na sua conta de Twitter que “com a banca europeia a viver um período de acalmia e os investidores a procurarem temas cíclicos, o BCP beneficia por ser o único banco cotado [presente no PSI-20] em Portugal”.

Albino Oliveira acolhe com surpresa a performance excecional do BCP. Acompanha a análise de Steven Santos, mas diz que a descida das taxas de juro da dívida portuguesa não é motivo suficiente para sustentar a avaliação de 0,2977 euros que os investidores dão atualmente ao banco liderado por Nuno Amado.

“O BCP continua a evoluir positivamente à boleia dos juros, mas a descida das taxas não é suficiente. Não é crível que a dívida venha a ter nos próximos três meses descidas tão acentuadas. Ou seja, embora seja positiva para a carteira de títulos dos bancos, melhorando os resultados do banco, este efeito não será continuado, não é sustentado a prazo”, diz o analista da Patris. “É preciso que o banco consiga mostrar em termos de resultados melhorias de forma sustentada”, salienta ainda.

Fonte:

Olhando para o top 5 de maiores valorizações em Lisboa, além do BCP e Sonae, encontramos a Pharol, os CTT e a Navigator. “Há motivos que justificam as valorizações”, atira Albino. Quais são? Em relação à Pharol, a cotada liderada por Palha de Silva encontrar-se em correção altista depois de um mês de dezembro instável com os acontecimentos na brasileira Oi, nomeadamente o plano de recuperação judicial que iria diluir e muito a posição da empresa portuguesa na operadora.

Para os CTT, a história também de recuperação depois de ter apresentado o plano de reestruturação em meados de dezembro e que visa colocar o negócio da empresa de correios numa rota sustentável. Esta semana, o ECO avançou em primeira mão as primeiras 22 lojas que os CTT pretendem encerrar. Na Navigator, a possibilidade de um dividendo extra abriu o apetite dos investidores, depois de a papeleira ter vendido o negócio de pellets nos EUA no último dia útil de 2017.

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Não há duas sem três. Bolsa de Lisboa volta a subir mais de 1%

BCP esteve novamente em grande destaque na terceira sessão de ganhos em Lisboa. Ações do banco dispararam quase 4% para o nível mais elevado em ano e meio.

O ditado popular diz que não há duas sem três. A bolsa de Lisboa cumpriu-o à regra. Somou a terceira sessão de ganhos acima de 1% em outras tantas sessões em 2018. E mais uma vez o BCP esteve em grande destaque: disparou quase 4%.

O PSI-20, o principal índice português, ganhou 1,53% para 5.622,72 pontos, num desempenho que permite ao índice de referência nacional atingir o ponto mais elevado desde agosto de 2015, há mais de dois anos. E tal como nas duas sessões anteriores foram as ações do banco liderado por Nuno Amado que mais impressionaram: ganharam, esta quinta-feira, 3,83% para 0,2985 euros, a cotação mais alta em ano e meio.

O banco tem estado em evidência no arranque do novo ano. Valorizam já 9,74% em 2018 apesar da ausência de notícias relevantes. Esta quinta-feira, a imprensa polaca revelou que o Millennium Bank na Polónia não deverá distribuir dividendos em 2018 por causa de orientações impostas pelo regulador financeiro do país.

Houve mais destaques entre os pesos pesados que determinam o rumo da praça nacional. A EDP somou 1,02% para 2,97 euros. E a Galp registou um avanço de 1,15% para 15,90 euros. E a Jerónimo Martins ganhou 4,1% para 17 euros. Estes três desempenhos deram maior expressividade aos ganhos em Lisboa.

No caso da Galp, os analistas associam o bom desempenho bolsista da petrolífera nacional liderada por Carlos Gomes da Silva ao barril de crude, que tem valorizado “em virtude dos protestos no Irão e das temperaturas baixas que têm fustigado os EUA e o Canadá, o que conduziu a um aumento de curto prazo dos derivados do petróleo utilizados para o aquecimento”, de acordo com o BPI.

No mercado petrolífero, o contrato WTI valoriza 0,5% para 61,97 dólares. O barril de Brent, referência para as importações nacionais, ganha 0,06% para 67,69 dólares.

Foram 14 as cotadas nacionais de fecharam acima da linha de água.

Lá por fora, com o índice americano Dow Jones a bater novo máximo acima dos 25.000 pontos, também as praças europeias encerraram o dia com sinal verde. Em Espanha e Itália, o Ibex-35 de Madrid e o Mib de Milão fecharam em alta de 2% e 3%, nos melhores desempenhos no Velho Continente.

Lisboa soma três sessões de ganhos em 2018

(Notícia atualizada às 16h58)

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Banco do BCP na Polónia não deverá pagar dividendos em 2018

Millennium Bank terá tido lucros de 160 milhões de euros em 2017 mas não deverá pagar dividendos devido às orientações do regulador financeiro. Administração espera remunerar acionistas em 2019.

O Bank Millennium, a unidade polaca do BCP, não deverá pagar dividendos relativos ao exercício de 2017, tendo em conta as orientações dadas pelo regulador em relação à política de remuneração acionista em 2018. Administração espera voltar premiar acionistas em 2019.

A informação foi transmitida pelos representantes do banco polaco numa conversa online com os investidores de retalho. Devido às instruções da Autoridade de Supervisão Financeira Polaca (KNF) sobre a política de dividendos relativos aos lucros de 2017, “o banco não deverá pagar dividendos”, escreveu o banco, adiantando que a decisão oficial será “anunciada brevemente”, segundo revela o jornal polaco Biznes.

“Faremos tudo para sermos capazes de pagar o dividendo relativo ao lucro de 2018”, disse o Bank Millennium aos investidores.

Em outubro, o administrador financeiro do banco polaco do BCP, Fernando Bicho, referiu que a instituição continuava comprometida com a sua política de remuneração acionista de longo prazo para payouts entre os 35% e os 50%, sem adiantar, ainda assim, qualquer compromisso em relação ao dividendo deste ano.

Os analistas acreditam que o Millennium Bank tenha registado um lucro de 161,4 milhões de euros em 2017. Em 2018, o resultado líquido deverá subir para 176,4 milhões de euros.

As ações do Millennium Bank estão a valorizar 3,98% para 2,23 euros. Em Portugal, também as ações do BCP, que detém 50,1% do Millennium Bank, estão em alta no PS-20, com uma valorização de 1,74% para 0,2925 euros, negociando em máximos desde junho de 2016.

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BCP foi estrela em nova sessão de brilho em Lisboa

Depois do melhor arranque de ano desde 2013, a bolsa de Lisboa voltou a brilhar. Somou mais de 1% com as ações do BCP em grande destaque.

O BCP foi uma das estrelas da bolsa esta quarta-feira. O banco liderado por Nuno Amado registou um dos melhores desempenhos em Lisboa, praça que voltou a apresentar uma valorização robusta na segunda sessão do ano, depois de um arranque em grande em 2018.

O PSI-20, o principal índice português, somou 1,25% para 5.537,97 pontos, transacionando em máximos de mais de dois anos. Com este desempenho, Lisboa liderou os ganhos no cenário europeu. Em Paris e Frankfurt, os ganhos não foram além de 1%.

Foram vários os destaques do dia. A Pharol disparou 7,5% para 28 cêntimos. E a Mota-Engil ganhou 5,54% para quatro euros, num dia positivo para o setor da construção que está cotado na bolsa: a Teixeira Duarte somou mais de 9% e a SDC Investimentos fechou em alta de 6,8%.

Ainda assim, as atenções estiveram viradas para o BCP. Pelo segundo dia, as ações do banco voltam a evidenciar forte pressão compradora. Nesta quarta-feira, os ganhos situaram-se em 2,68% para 0,2875 euros, numa sessão em que foram trocados mais de 120 milhões de papéis — quase o dobro da média diária dos últimos 12 meses.

“O BCP tem merecido nas nossas análises uma maior relevância. No passado dia 6 de dezembro, adiantámos que a quebra dos 0,26 euros colocava a zona dos 0,28 euros como a próxima resistência técnica do título. Ontem, essa barreira foi testada (e temporariamente superada). Com alguns indicadores técnicos a atingirem níveis extremos, não é de excluir uma correção de curto prazo mas que não invalida a tendência de fundo da ação”, explicam os analistas do BPI.

Ainda no PSI-20, os CTT ganharam 2,48% para 3,73 euros, depois de o ECO ter revelado que a administração pretende fechar 22 lojas até final do primeiro trimestre. Fora do índice de referência português, as ações da Impresa valorizaram apenas 0,28% depois de ter anunciado a venda do portfolio de revista a Luís Delgado num negócio avaliado em pouco mais de 10 milhões de euros.

(Notícia atualizada às 16h54)

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Depois de Portugal, Fitch só sobe rating do Montepio e Totta

  • Rita Atalaia
  • 21 Dezembro 2017

A agência subiu o rating de Portugal em dois níveis. Mas apenas melhorou a notação do Montepio e do Santander Totta. CGD, BCP e BPI têm outlook positivo.

A Fitch pode ter melhorado o rating de Portugal em dois níveis, mas não foi por isso que subiu a notação de todos os bancos portugueses. Apenas Montepio e Santander Totta viram uma melhoria. A agência de notação reafirmou os ratings do BCP, BPI e Caixa Geral de Depósitos (CGD), melhorando o outlook do banco liderado por Pablo Forero e da instituição financeira liderada por Paulo Macedo para positivo.

“A melhoria do rating reflete as medidas adotadas pela Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) para reforçar os rácios de capital e acelerar a implementação do plano estratégico.” É assim que a Fitch explica a melhoria do rating do banco de B para B+, mantendo a notação no “lixo”. Para a instituição financeira, a decisão “vem comprovar o reconhecimento por esta agência dos progressos resultantes da execução do Plano Estratégico 2016-2018 da CEMG, tendo as ações tomadas permitido à instituição melhorar os seus indicadores de gestão fundamentais“.

"A melhoria do rating reflete as medidas adotadas pela Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) para reforçar os rácios de capital e acelerar a implementação do plano estratégico.”

Fitch

O banco que vai ser liderado por Nuno Mota Pinto, que vem substituir Félix Morgado por decisão da Associação Mutualista, é apenas um de dois bancos cujo rating foi melhorado pela Fitch. A notação do Santander Totta também subiu de BBB para BBB+. Ou seja, reforçando o estatuto de dívida de qualidade. Para a agência, as “atividades do Santander Totta em Portugal são estrategicamente importantes para o grupo e são apoiadas por uma marca comum, fortes sinergias e integração com a casa-mãe, e uma ampla partilha de gestão de risco e procedimentos e políticas operacionais”.

BCP e CGD com outlook positivo… mas ainda no “lixo”

A melhoria do rating de Portugal não se refletiu da mesma forma em todos os bancos. A Fitch reafirmou o rating do BPI, BCP e CGD. Mas, enquanto o banco liderado por Pablo Forero é considerado “investimento” (tem uma notação de BBB-), as outras duas instituições continuam no “lixo”, apesar de os outlooks terem subido para positivo.

“A notação do BCP é influenciada pela fraca qualidade dos ativos, o que pressiona a rentabilidade a geração de capital”, refere a Fitch. Isto apesar de manter a expectativa de que o “BCP vai continuar a diminuir o peso dos NPL [malparado] nos próximos 18 a 24 meses”. A agência refere que a “implementação do plano de redução dos empréstimos em incumprimento deve beneficiar da melhoria do cenário operacional em Portugal”.

O mesmo no caso da CGD. “A administração da CGD vai executar o plano de reestruturação, o que vai levar a uma melhoria significativa da rentabilidade nos próximos 18 a 24 meses”, explica. Contudo, a agência manteve o rating do banco estatal em “lixo” (BB-), o que reflete “a ainda fraca rentabilidade e qualidade dos ativos” da instituição financeira.

(Notícia atualizada às 16h58 com mais detalhes)

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Sonangol deixa expirar aval do BCE. Não reforça no BCP

A Sonangol tinha até 16 de dezembro para reforçar a participação no BCP. Mas não o fez. Apesar desta decisão, explicada pelas alterações na liderança, o investimento continua a ser estratégico.

O prazo para a Sonangol reforçar a participação acima dos 20% no BCP expirou… e os angolanos decidiram não avançar, sabe o ECO. A petrolífera deixou passar o prazo de validade da autorização que tinha sido dada pelo Banco Central Europeu (BCE), numa altura em que a empresa está a passar por várias mudanças na estrutura, após a saída de Isabel dos Santos, a filha do ex-Presidente de Angola. Mas o investimento no banco liderado por Nuno Amado continua a ser estratégico.

Foi a 16 de dezembro de 2016 que a Sonangol recebeu a autorização do BCE para reforçar a sua posição no BCP, mesmo a tempo da assembleia-geral da petrolífera que decorreu a 19 desse mesmo mês, quando foi aprovado o aumento do limite de votos de 20% para 30%. E, de acordo com a lei, a Sonangol tinha 12 meses para tomar esta decisão. Caso contrário, expiraria. E foi o caso. A empresa agora liderada por Carlos Saturnino não exerceu o reforço da participação (tem 15,24%), sabe o ECO. Contactado, não foi possível obter uma resposta oficial do BCP.

Apesar de ter deixado passar o prazo, fontes próximas não excluem a possibilidade de a Sonangol pedir novamente autorização ao banco central liderado por Mario Draghi para reforçar no banco liderado por Nuno Amado. É que, apesar de não ter avançado agora com essa intenção, o investimento no BCP continua a ser estratégico, apurou o ECO.

A Sonangol mantêm-se como a segunda maior acionista do banco, atrás da Fidelidade que reforçou a sua participação no último aumento de capital, continuando a comprar em mercado para controlar, atualmente, 25,16% do capital da instituição. Contactado pelo ECO, não foi possível perceber junto do BCE se já houve novo pedido de reforço por parte da Sonangol.

Sonangol é a segunda maior acionista do BCP

Fonte: BCP

Em outubro, a agora ex-presidente da Sonangol Isabel dos Santos tinha dito que a empresa iria manter a posição acionista no banco português. O BCP “é um bom investimento e os números falam por si: a Sonangol comprou as ações a um preço baixo e já tivemos rendimento do nosso investimento”, afirmou a empresária que, entretanto, foi exonerada do cargo pelo novo Presidente de Angola, João Lourenço.

No seguimento da exoneração, seguida de várias críticas à gestão de Isabel dos Santos, o presidente executivo do BCP, Nuno Amado, manifestou-se confiante na manutenção da Sonangol como acionista de referência, apesar de agora a petrolífera ter um novo líder. A Sonangol é “uma ótima parceira” da instituição financeira e que “espero que continue a ser”.

"O BCP é um bom investimento. Os números falam por si: a Sonangol comprou as ações a um preço baixo e já tivemos rendimento do nosso investimento. Acho que vamos manter a nossa posição acionista.”

Isabel dos Santos

Ex-presidente da Sonangol

Mas existem algumas dúvidas em torno dos futuros investimentos, isto numa altura em que a estrutura da Sonangol está a sofrer várias mudanças. E o ECO sabe que estas alterações pesaram na decisão da empresa de não avançar com o reforço, pelo menos por agora, para mais de 20% do capital do BCP. Tendo em conta que o BCP está a cotar nos 26,95 cêntimos, chegar aos 20% implicaria um investimento de cerca de 193 milhões de euros.

BCP em máximos de mais de um ano

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Dulce Mota regressa à presidência do ActivoBank

A chefe de gabinete de Nuno Amado no BCP vai substituir António Henriques na liderança do banco online.

O ActivoBank vai mudar de CEO. Dulce Mota vai assumir a liderança do banco online, substituindo assim António Henriques, atual CEO do ActivoBank, sabe o ECO. Será um regresso, já que a futura CEO do banco online assumiu o mesmo cargo durante quatro anos, entre 2005 e 2009.

A próxima presidente executiva do ActivoBank exerce atualmente funções como chefe de gabinete de Nuno Amado, tendo à sua responsabilidade a área de comunicação e agenda estratégica do BCP. Mas o seu percurso no Millennium bcp é bastante longo, tendo em conta que entrou para o banco liderado por Nuno Amado em 1996, na altura para ocupar um cargo no conselho de administração da AF Investimentos. Desde aí passou por diferentes departamentos do Millennium BCP.

Dulce Mota vai substituir António Henriques, que ocupava o cargo de presidente executivo do banco online há menos de dois anos. O atual CEO do ActivoBank assumiu a liderança da instituição financeira em maio de 2016, vindo do Banco Millennium Angola onde também exerceu o cargo de CEO durante cerca de quatro anos, entre 2012 e 2016.

O ActivoBank é uma instituição financeira que pertence ao grupo BCP com atividade centrada na disponibilização de serviços financeiros online. Os últimos dados disponíveis no site do ActivoBank, relativos ao terceiro trimestre deste ano, indicam que o banco disponha de cerca de 940 milhões de euros em recursos de clientes no final de setembro deste ano.

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BCP em máximos de mais de um ano. Standard & Poor’s ajuda

Ações do banco sobem mais de 1% até máximos de agosto do ano passado, num dia em que a Standard & Poor's melhora a perspetiva para o título de "estável" para "positiva".

O BCP está em alta na bolsa de Lisboa. As ações do banco liderado por Nuno Amado aceleram acima de 1%, até máximos de mais de um ano, contando com a ajuda da Standard & Poor’s que melhorou a sua perspetiva para o título.

As ações do BCP valorizam 1,15%, para os 26,29 cêntimos, com o banco a ser assim um dos principais motores dos ganhos que se registam nesta sessão na praça lisboeta.

Mas o título já esteve a valorizar 1,54% até aos 26,39 cêntimos. Desde o início de agosto do ano passado que as ações do BCP não atingiam uma fasquia tão elevada. A valorização registada pelas ações do banco nesta sessão dão seguimento a uma série positiva que tem marcado as últimas sessões. Há cinco sessões consecutivas que as ações do BCP valorizam, naquele que é o mais extenso ciclo de ganhos desde o final de setembro.

BCP em máximos de mais de um ano

Fonte: Bloomberg

Avanços que acontecem depois de o BCP ter ido ao mercado a 29 de novembro para obter 300 milhões de euros em dívida. Apesar do anunciado boicote por parte de grandes fundos de investimento internacionais, o banco registou uma procura muito superior à oferta que lhe permitiu reduzir o custo de financiamento para 4,5%, que Nuno Amado classificou como “muito satisfatório”.

Mas a subida registada nesta terça-feira não será alheia à revisão em alta da perspetiva para o título por parte da Standard & Poor’s. A agência de notação financeira melhorou a perspetiva da notação atribuída ao BCP, de “estável” para “positiva”. Em comunicado, a agência de rating norte-americana justificou a decisão com o “clima macroeconómico benigno em Portugal”, que vai ajudar a rentabilidade dos bancos.

“O nosso outlook positivo do BCP reflete as nossas expectativas de que um melhor clima operacional doméstico vai ajudar o BCP a reduzir o seu grande portefólio de malparado”, sublinha a nota. “O outlook positivo do BCP indica que poderemos aumentar o nosso rating de longo prazo ao longo dos próximos 12 a 18 meses se anteciparmos que o clima macroeconómico benigno em Portugal vai ajudar os bancos a enfrentar os desafios pendentes”, indica ainda a agência. Relativamente ao BCP, a Standrd & Poor’s estima que “vai reduzir o seu stock de crédito malparado acumulado durante a crise de forma a que os rácios de exposição ao malparado se aproximem de 12% no final de 2019″.

A agência analisou ainda o BPI e o Haitong, tendo deixado, contudo, tudo inalterado — incluindo o outlook negativo sobre o Haitong que “reflete a possibilidade de um downgrade nos próximos 12 meses”.

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S&P melhora outlook do Millennium BCP para “positivo”

A Standard & Poor's melhorou a perspetiva da notação do Millennium BCP, de "estável" para "positiva". Quantos aos outros bancos, a avaliação manteve-se quer em termos de rating, quer de outlook.

A agência de notação financeira Standard & Poor’s melhorou a perspetiva da notação atribuída ao Banco Comercial Português (BCP), de “estável” para “positiva”. Num comunicado, a agência de rating norte-americana justifica a decisão com o “clima macroeconómico benigno em Portugal”, que vai ajudar a rentabilidade dos bancos.

“O nosso outlook positivo do BCP reflete as nossas expectativas de que um melhor clima operacional doméstico vai ajudar o BCP a reduzir o seu grande portefólio de malparado”, sublinha a nota. “O outlook positivo do BCP indica que poderemos aumentar o nosso rating de longo prazo ao longo dos próximos 12 a 18 meses se anteciparmos que o clima macroeconómico benigno em Portugal vai ajudar os bancos a enfrentar os desafios pendentes”, indica a agência.

“Especificamente, antecipamos que o BCP vai reduzir o seu stock de crédito malparado acumulado durante a crise de forma a que os rácios de exposição ao malparado se aproximem de 12% no final de 2019″, refere a S&P. A agência analisou ainda o BPI e o Haitong, tendo deixado tudo inalterado — incluindo o outlook negativo sobre o Haitong que “reflete a possibilidade de um downgrade nos próximos 12 meses”.

A nossa visão mais positiva do setor bancário português reflete expectativas de que os bancos vão continuar a fazer bons progressos nos seus planos de reestruturação.

Standard & Poor's

Em comunicado

A S&P acredita, de qualquer forma, que os bancos portugueses vão ser capazes de restaurar a sua rentabilidade doméstica, reduzir a exposição ao malparado e as imparidades e melhorar o acesso ao financiamento externo. “A nossa visão mais positiva do setor bancário português reflete expectativas de que os bancos vão continuar a fazer bons progressos nos seus planos de reestruturação”, acrescenta.

A agência de notação financeira faz também nota da venda do Novo Banco ao fundo Lone Star: “A recente finalização da venda do Novo Banco ao Lone Star aliviou as nossas preocupações sobre implicações de uma de uma resolução ou liquidação do banco para a estabilidade geral da banca.”

(Notícia atualizada às 11h55 com mais informação)

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“Custo satisfatório”? BCP pagou mais que espanhóis e italianos para emitir dívida

O banco liderado por Nuno Amado foi ao mercado obter 300 milhões de euros a um custo que diz ser "satisfatório". Mas, em comparação com outros bancos europeus, o custo foi elevado.

O Banco Comercial Português (BCP) foi ao mercado para captar 300 milhões de euros através da emissão de títulos de dívida subordinada, a primeira realizada por um banco português desde que o país saiu do programa de assistência. Nesta operação, o banco liderado por Nuno Amado atraiu muitos investidores, acabando por pagar aquilo que, diz, foi um “custo satisfatório”. Mas, comparando com operações semelhantes realizadas por bancos espanhóis e italianos, este custo é elevado.

“A emissão, no montante de 300 milhões de euros, tem um prazo de dez anos, com opção de reembolso antecipado pelo banco no final do quinto ano, e uma taxa de juro de 4,5%, ao ano, durante os primeiros cinco anos (correspondente a um spread de 4,267% [426 pontos base] sobre a taxa midswap de cinco anos, o qual, para a fixação da taxa de juro para os remanescentes cinco anos, se aplicará sobre a taxa midswap em vigor no início desse período)”, lê-se no comunicado que o BCP enviou à CMVM.

Quando a operação chegou ao mercado, as ofertas apontavam para uma taxa que variava entre 4,75% e 5%, mas acabou por baixar. Ainda assim, os investidores acabaram por exigir à instituição portuguesa um spread bem mais elevado do que o pago por outras instituições do sul da Europa. O CaixaBank abriu este mercado para os bancos espanhóis em julho com uma operação idêntica (11 anos), mas em que colocou mil milhões de euros. O spread? Cerca de 240 pontos base. A taxa é de 2,75%.

Se face ao banco que agora é dono do BPI o spread exigido pelos investidores foi quase o dobro, quando se compara a emissão realizada pela instituição liderada por Nuno Amado com a do Intesa Sanpaolo, realizada mais recentemente, o diferencial é ainda maior. O banco italiano colocou 723 milhões de euros numa emissão a sete anos, embora com um cupão variável — indexado à Euribor a 3 meses –, que apresenta um prémio implícito de 190 pontos.

Preço do boicote?

O BCP, tal como a CGD quando realizou a emissão de dívida de elevada subordinação (com uma taxa de 10,75%), pagou um prémio elevado em comparação com outras instituições europeias nesta operação. Apesar de ter conseguido atrair uma procura três vezes superior à oferta — os investidores apresentaram ordens superiores a 900 milhões de euros — o montante foi reduzido: 300 milhões de euros.

É que tal como na emissão feita pela CGD, também nesta houve boicote por parte de grandes fundos internacionais. Os grandes investidores, como é o caso da Pimco e da BlackRock, decidiram não participar nesta operação. A explicação está no dinheiro perdido por estes investidores nas obrigações do Novo Banco que passaram para o BES. Ao ECO, fontes do mercado disseram que “até que se encontre uma solução, estes investidores não participarão em futuras tentativas de instituições nacionais de se financiarem nos mercados”.

Entre os que decidiram participar, houve muitos investidores britânicos, alguns gestores de fundos, mas o peso dos especuladores foi elevado. Os hedge funds arrebataram 37% do montante global da emissão. Estes investidores tendem a comprar e vender rapidamente, contrariamente ao que fazem outros investidores de longo prazo. É por isso que neste momento já há vendas no mercado, com os títulos a serem transacionados abaixo do preço de compra (100).

Impacto da emissão?

“Com a conclusão desta operação o BCP voltou a aceder ao mercado de financiamento de investidores institucionais. O banco diversifica assim a sua base de financiamento.” É assim que os analistas do CaixaBI olham para a emissão do banco liderado por Nuno Amado.

"Para além do impacto em termos da posição de liquidez do banco, esta emissão permitirá ao BCP aumentar a eficiência da sua estrutura de capital por via do aumento do capital Tier 2.”

Analistas do CaixaBI

Para os analistas, o impacto é positivo. “Para além do impacto em termos da posição de liquidez do banco, esta emissão permitirá ao BCP aumentar a eficiência da sua estrutura de capital por via do aumento do capital Tier 2”. Ou seja, há um reforço dos rácios de capital.

Até ao final de setembro, o BCP reportou um rácio de capital CET1 de 11,7%, totalmente implementado, e de 13,2%, faseado. Já o rácio total ficou nos 12,7% e nos 14,2%, respetivamente.

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Britânicos ficam com maior fatia da emissão de dívida do BCP

O BCP foi ao mercado obter 300 milhões de euros em dívida. Uma operação que contou com um forte apetite, especialmente por parte de investidores britânicos.

Investidores britânicos, na sua maioria gestores de fundos, ficaram com a maior fatia da emissão de dívida de 300 milhões de euros realizada pelo banco liderado por Nuno Amado. Conseguiram 48% do montante total, enquanto na Península Ibérica foi subscrito 17% do montante captado pelo Banco Comercial Português (BCP).

De acordo com os dados finais da emissão, Reino Unido e Irlanda, juntamente com a Península Ibérica, ficaram com 60% dos 300 milhões de euros conseguidos pelo banco nesta operação. Alemanha, Áustria e Suíça ficaram com 15%, sendo de salientar que 5% do total acabou nas mãos de investidores asiáticos.

Houve, assim, uma grande diversificação em termos geográficos que se verificou também em termos do tipo de investidores, com os gestores de fundos a captarem quase metade do total. Ficaram com 48%, seguidos dos “hedge funds”, fundos especulativos que arrebataram 37% do montante global da emissão. Bancos e seguradoras ficaram com 11% e 5%, respetivamente.

Esta repartição da emissão, tanto geográfica como por tipo de investidor, permitiu ao banco liderado por Nuno Amado financiar-se com um custo “muito satisfatório”. “É um sinal de confiança no BCP em termos de mercado internacional”, salientou o responsável à margem do Fórum Banca, promovido pelo Jornal Económico e PwC, apesar do boicote anunciado à operação por parte de grandes fundos mundiais.

Se no arranque da operação as ordens recebidas colocavam a taxa entre 4,75% e 5%, esta acabou por encolher em 25 pontos base à medida que a procura se foi avolumando — ascendeu a 900 milhões. O banco afirma, em comunicado enviado à CMVM, que a taxa de juro é de “4,5%, ao ano, durante os primeiros cinco anos (correspondente a um spread de 4,267% sobre a taxa mid-swap de cinco anos)”.

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