Miguel Almeida: “Não há incentivo ao investimento” no discurso do Governo

No congresso anual da APDC, o líder da NOS fez críticas ao Governo e partidos que o sustentam. "Não há capital em Portugal", disse.

Miguel Almeida, líder da NOS, acusou os “partidos que sustentam o Governo” de terem um “discurso fortemente contra o investimento” que representa “um ataque ao capital”.

“Nas medidas que tenho visto, não há nada de incentivo ao investimento. Têm que haver medidas de investimento, [porque] não há capital em Portugal. Para isso é preciso que os investidores tenham perspetivas de estabilidade”, disse o presidente executivo, enquanto falava num debate integrado no congresso anual da Associação para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC).

Miguel Almeida indicou ainda que “o Governo tem dado algumas provas de que não dá essa estabilidade” e que a economia não crescerá “enquanto mantivermos o discurso não da criação mas da distribuição de riqueza”.

Opinião subscrita por Francisco de Lacerda, presidente executivo dos CTT, que defendeu no mesmo painel que numa “economia que não cresce”, a situação torna-se “difícil para todos os setores”.

“Temos de ir criando riqueza. E acho que o discurso que o Miguel [Almeida] referiu é um discurso que penaliza. O prémio de risco [da dívida pública — yield] é um indicador fundamental. Não é por acaso que as coisas começam a ser vistas com maus olhos pelos investidores”, garantiu Francisco de Lacerda.

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Dijsselbloem: Portugal está a esforçar-se pouco

Dijsselbloem volta a pressionar Mário Centeno para cumprir o défice de 2016. O presidente do Eurogrupo não acredita que isso aconteça sem novas medidas.

Portugal precisa de medidas extraordinárias antes de 15 de outubro para conseguir atingir as metas orçamentais. É esta a convicção do presidente do Eurogrupo, o órgão informal que precede o Ecofin. As declarações de Jeroen Dijsselbloem foram feitas esta quinta-feira no Parlamento holandês, em Haia, avança a Bloomberg.

O também ministro holandês das Finanças tem sido duro com o Governo português, principalmente com o processo de sanções, e continuou a pressão. Dijsselbloem vê pouco esforço de Portugal para alcançar a meta do Orçamento do Estado para 2016. Ou seja, o compromisso de Mário Centeno com os 2,2% de défice orçamental.

O presidente do Eurogrupo considerou que a situação em Espanha é mais complexa, diz a Bloomberg, por causa do impasse governamental. Antes de 15 de outubro, tanto Portugal como Espanha vão ter de enviar as propostas de Orçamento do Estado para 2017 para ser avaliada pelas instituições europeias.

António Costa prometeu na semana passada, em debate quinzenal, que o défice vai cumprir a meta de 2,5% do défice. O primeiro-ministro foi mais longe: “O défice será inferior a 2,5%” e esse é um objetivo que vai ser atingido “com conforto”.

Editado por Mónica Silvares.

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Ferrari. Modelo Aperta custa 2,1 milhões e, sim, está esgotado

Edição limitada do LaFerrari Aperta promete aquecer os resultados da marca italiana.

Com a produção limitada a apenas 200 unidades, a Ferrari já vendeu todos os LaFerrari Aperta mesmo antes de terem sido colocados à venda ao público e do preço estar ao alcance de poucas bolsas: custa 2,1 milhões de dólares.

“Para nós, o lançamento de uma edição limitada é uma forma de premiar os nossos clientes”, ressalvou o diretor de vendas da Ferrari, Enrico Galliera, à Bloomberg, durante o Salão Automóvel de Paris, onde a fabricante italiana está a concentrar as atenções dos visitantes com o seu super-carro que celebra a história da marca.

 

Desengane-se quem pense que o elevado preço do Aperta afugentou interessados. A procura por esta edição exclusiva foi tão intensa que um colecionador privado processou a Ferrari por ter sido excluído da lista de compradores, num sinal do sólido interesse dos fãs da marca italiana. Um dos compradores é o conhecido chef Gordon Ramsay.

Além do Aperta, a Ferrari apresentou o seu modelo GTC4 Lusso T. De acordo com Galliera, o lançamento deste modelo de quatro lugares vem preencher uma lacuna que a marca sentiu. “Muitos clientes estavam à procura de algo diferente. Procuravam a mesma emoção de conduzir um Ferrari – que é desportivo e versátil. Porém, ao mesmo tempo, está desenhado para ser conduzido todos os dias”, referiu o responsável.

Outrora uma unidade da Fiat Chrysler Automobiles, a Ferrari estreou-se na bolsa em novembro passado com um preço de 52 dólares por ação. Desde então que a fabricante tem estado sob pressão da parte do mercado – atingiu um mínimo nos 32 dólares em fevereiro – para apresentar uma estratégia atraente e inovadora e capacidade para trabalhar sem o apoio da grande fabricante que é a Fiat Chrysler. A Ferrari já tentou expandir o seu negócio além do setor automóvel, desafiou as marcas de luxo como a Hèrmes e Louis Vitton, mas falhou.

Agora, os olhares centram-se nestes dois modelos, com os quais a marca espera alimentar os resultados. A Ferrari deverá atingir receitas de três mil milhões de dólares este ano, mais 100 milhões do que no ano passado.

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Startup Guide. Um guia à medida da Lisboa empreendedora

Conceito nascido em Berlim chega a Lisboa um mês antes do Web Summit. Livro é uma espécie de guia do que se passa no ecossistema empreendedor das cidades a que se dedica.

A pouco mais de um mês do Web Summit, Lisboa tem agora uma espécie de guia que serve de apresentação e análise ao ecossistema empreendedor. O Startup Guide, projeto nascido em Berlim e com edições dedicadas aos ecossistemas na capital alemã bem como com edições de Estocolmo, Copenhaga e Aarhus, chega agora à capital portuguesa.

Além da descrição dos casos de sucesso, o livro inclui dicas, casos de estudo e recomendações para quem está a começar ou pensa criar um negócio em Lisboa. A ideia é que o guia, além de ser um retrato do que se passa pela capital portuguesa, seja uma ferramenta e “oportunidades emergentes” e de “histórias de uma das regiões mais empreendedoras da Europa em 2015”, explica a Beta-i em comunicado.

Startup Guide Lisbon chega a Lisboa depois de edições dedicadas a Berlim, Estocolmo, Copenhaga e Aarhus.
Startup Guide Lisbon chega a Lisboa depois de edições dedicadas a Berlim, Estocolmo, Copenhaga e Aarhus.Beta-i

A instituição é um dos parceiros da Startup Guide World na abordagem ao ecossistema empreendedor português. Sissel Hansen, fundadora e CEO do projeto, vê a edição dedicada a Lisboa como “um presente de Natal antecipado”.

“Desde que demos início ao nosso plano de expansão para 2016, um dos grandes objetivos era cobrir o emergente ecossistema de Lisboa. Desde que acompanhamos esta cidade, há uns anos, que é claro para nós que Lisboa seria a próxima ‘big thing’ na Europa. Mal podemos esperar para partilhar tudo o que encontrámos aqui com o resto do mundo, e provar que vale mesmo a pena olhar para Lisboa com atenção”, explica, em comunicado.

Desde que acompanhamos esta cidade, há uns anos, que é claro para nós que Lisboa seria a próxima ‘big thing’ na Europa.

Sissel Hansen

Fundadora do Startup Guide World

O lançamento do primeiro guia dedicado a Lisboa acontece pouco mais de um mês antes do Web Summit, que decorre pela primeira vez em Portugal, entre 7 e 10 de novembro. Para Ricardo Marvão, co-fundador e Head of Global Resources da Beta-i, “o Web Summit acaba por despertar a atenção do resto do mundo para o que se passa em Lisboa”.

Startup Guide Lisboa é apresentado um mês antes do Web Summit.
Startup Guide Lisboa é apresentado um mês antes do Web Summit.Beta-i

“Com o Startup Guide queremos precisamente dar a conhecer a cidade, e este guia funciona como um convite à descoberta deste ecossistema, ao mesmo tempo que ajuda fundadores, startups, investidores, empresas e institutições a contar a sua história em relação ao que está aqui a acontecer. A nossa ambição é ver o Startup Guide Lisbon em todas as secretárias, no mundo inteiro”, detalha Marvão, acrescentando que o livro poderá funcionar como incentivo para que os players relevantes descubram as startups portuguesas e apostem em ter negócios e investimentos.

Além da Beta-i, que assume o papel de gestor local do projeto e facilitador, o livro contou com os apoios da Microsoft, da SAP e da Câmara Municipal de Lisboa (CML).

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PCP quer suspensão de concursos de concessão de imóveis históricos a privados

  • Lusa
  • 29 Setembro 2016

O PCP manifestou-se contra a intenção do Governo socialista de concessionar cerca de 30 edifícios históricos ao setor privado, incluindo a Fortaleza de Peniche.

O PCP defendeu ainda um “Programa Nacional de Emergência para o Património Cultural” para recuperação e utilização do mesmo. Esta é a resposta dos comunistas ao programa Revive lançado pelo governo que prevê arrecadar 150 milhões de euros.

Está prevista a concessão de 30 edifícios históricos, 12 dos quais já estão escolhidos: entre eles está o Convento de São Paulo, em Elvas, os castelos de Vila Nova de Cerveira, a Fortaleza de Peniche, o Mosteiro de S. Salvador de Travanca, o Forte do Guincho ou o Paço Real de Caxias.

“O PCP rejeita o programa ontem [quarta-feira] anunciado. Exigimos a suspensão dos concursos já lançados ou a lançar, a paragem da alienação de bens patrimoniais do Estado, nomeadamente o património classificado e a sua entrega a gestões privadas, e o início de um debate alargado sobre o património cultural, a sua recuperação e utilização, que culmine com a aprovação e implementação de um Programa Nacional de Emergência para o Património Cultural”, lê-se.

No texto dos comunistas argumenta-se que “a política do património não pode estar sujeita ou subordinada ao ‘mercado’ e à política de turismo. Antes, a política para o património deve intensificar a ligação cultural entre as populações e o património, integrar o património edificado na vida e quotidiano do país, resultando num valorização e preservação vivida e fruída coletivamente”.

Pelo simbolismo que encerra, não podemos deixar de criticar de forma veemente o facto de o Governo ter colocado nesta lista a Fortaleza de Peniche, ignorando a importância histórica e cultural de um espaço onde não é possível conciliar a atividade hoteleira e turística com a necessidade de preservar integralmente as suas características prisionais históricas

PCP

Sobre a iniciativa do Executivo de António Costa de alienar, “por um período que pode ir até 50 anos, um conjunto de monumentos, património cultural” (…) “a grupos privados para montarem o seu negócio, em detrimento da plena fruição pública”, o PCP afirma que a medida é “inaceitável”.

Os responsáveis do PCP referem-se a uma das prisões do Estado Novo de onde se conseguiram evadir diversos militantes, entre eles o histórico secretário-geral Álvaro Cunhal, protagonizando um dos episódios mais marcantes do combate àquele regime ditatorial.

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EUA. Subida do PIB revista em alta no segundo trimestre

As perspetivas da economia norte-americana estão melhores. Os números divulgados esta quinta-feira mostram um crescimento maior.

A economia norte-americana cresceu mais do que o esperado. No segundo trimestre a subida do PIB foi de 1,4% em comparação com os 1,1% estimados em agosto. Os dados foram divulgados esta quinta-feira pelo Census Bureau, o gabinete de estatísticas dos Estados Unidos. No primeiro trimestre a economia cresceu 0,8% pelo que esta revisão duplica o crescimento.

O crescimento foi fraco na primeira metade do ano, mas temos evidência efetiva que nos mostra uma expansão mais forte da economia agora

Janet Yellen, presidente da Reserva Federal dos EUA

Declarações esta quarta-feira, dia 28 de setembro

A revisão em alta deveu-se ao crescimento das exportações – maior do que as importações – e do investimento. Estes números dão sinais de esperança a quem está a aguardar um aumento da taxa de juro pela Reserva Federal (Fed).

O desempenho de 1,4% superou as expectativas dos analistas norte-americanos que esperavam 1,3%, frisou Reuters.

A maior fatia do investimento foi para pesquisa e desenvolvimento. Em contrapartida houve um corte no investimento em edifícios e equipamento maior do que o previsto pelo Executivo de Barack Obama.

No total o investimento privado cresceu 1%, sugerindo que o investimento do setor de energia está a recuperar após a queda do preço dos combustíveis. Esse foi um dos argumentos – a queda do investimento – de Janet Yellen para não acreditar na recuperação tão vigorosa da economia norte-americana.

Além disso, o consumo interno aumentou 4,3% e este é um dado fulcral porque representa dois terços da atividade económica dos Estados Unidos. No entanto, as empresas estão a diminuir os seus inventários, contribuindo para a desconfiança na economia.

Contudo, a Fed – repetiu a presidente da instituição esta quarta-feira – deve aumentar a taxa de juro após as eleições norte-americanas (8 de novembro). Ou seja, em dezembro, para prevenir uma subida em flecha da inflação por causa dos números positivos do mercado de trabalho.

Editado por Mónica Silvares.

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Papa Francisco vem a Fátima em maio

  • Lusa
  • 29 Setembro 2016

O bispo auxiliar de Lisboa, Nuno Brás, disse que o Papa Francisco lhe confirmou que se deslocará a Portugal em maio do próximo ano, "mas a Fátima", a propósito do Centenário das Aparições.

O bispo auxiliar de Lisboa, Nuno Brás, disse hoje que o Papa Francisco lhe confirmou que se deslocará a Portugal em maio do próximo ano, “mas a Fátima”, a propósito do Centenário das Aparições.

Em declarações à agência Ecclesia, Nuno Brás contou que a confirmação foi dada no último domingo, quando cumprimentou o Papa no final da Eucaristia que encerrou o Jubileu dos Catequistas, no Vaticano.

“Eu irei, mas a Fátima” foi a afirmação que, segundo o bispo auxiliar de Lisboa, o Papa Francisco fez após lhe ter dito que os portugueses “estavam à espera dele”.

“Ele respondeu-me que viria, mas a Fátima”, sublinhou.

Assim sendo, Nuno Brás considera que a visita a Fátima pode ser dada como certa, “a não ser que aconteça um imprevisto de agenda ou pessoal”.

Segundo a agência Ecclesia, “para além da indicação de visitar Fátima, o programa da visita do Papa, o local de chegada a Portugal, o percurso até à Cova da Iria e os dias em que o pontífice argentino vai estar em território português permanecem em aberto”.

Nuno Brás contou que “o Papa disse com muita alegria” que se deslocaria a Portugal, reforçando o que “tinha dito aos bispos portugueses durante a visita ad Limina”.

A agência Ecclesia recorda que a 07 de setembro do ano passado, no encontro dos bispos de Portugal com o Papa durante a visita ad Limina, o Papa demonstrou o “desejo profundo” de visitar Fátima, ao afirmar: “tengo ganas de ir a Fátima (quero ir a Fátima)”.

A 17 de março, durante a primeira visita oficial como Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa convidou formalmente o Papa Francisco para uma visita a Portugal.

Caso esta se venha a confirmar, Francisco será o quarto Papa a visitar Portugal, depois de Paulo VI (1967), João Paulo II (1982, 1991 e 2000) e Bento XVI (2010).

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Reabilitação urbana sobe 32% em agosto em termos homólogos

  • Lusa
  • 29 Setembro 2016

O crescimento do nível de atividade de reabilitação urbana foi acompanhado por um aumento de 27,4% na carteira de encomendas.

A atividade de reabilitação urbana cresceu 32% em agosto deste ano, em termos homólogos, acompanhando a recuperação do mercado iniciada há dois meses, segundo o barómetro da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), hoje divulgado.

Com base num inquérito mensal aos empresários do setor da construção civil e obras públicas, realizado pela AICCOPN, o crescimento do nível de atividade de reabilitação urbana foi acompanhado por um aumento de 27,4% na carteira de encomendas durante o mês de agosto, em termos homólogos.

A atividade e carteira de encomendas na reabilitação registaram “fortes aumentos em agosto”, frisou a AICCOPN, em comunicado.

A atividade deste setor deverá ser ainda mais impulsionada com o pacote de investimento de 100 milhões de euros dedicados à reabilitação urbana, anunciado ontem pelo ministro da Economia no debate de urgência convocado pelo PSD sobre investimento e crescimento económico.

De acordo com a informação do barómetro, a produção contratada também regista “uma consistente tendência de crescimento” com o tempo assegurado de laboração a um ritmo normal de produção a fixar-se em 7,6 meses em agosto deste ano, “o que corresponde a um aumento 13%, em termos homólogos e de 36% face a maio”.

Fundada em 1892, a AICCOPN é uma associação de âmbito nacional, que representa cerca de 8.000 empresas do setor da construção civil e obras públicas.

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Prestação da casa cai para novo mínimo em outubro

Todos os empréstimos para a compra de casa revistos no próximo mês beneficiam de uma redução da prestação, entre um mínimo de 0,5% e um máximo de 3%.

O mês de outubro arranca com uma boa notícia para o bolso dos portugueses com crédito à habitação. Os contratos de taxa de juro indexada que sejam revistos em outubro beneficiam de novos cortes no valor da prestação da casa. Essa redução de encargos oscilará entre um mínimo de 0,5% e um máximo de 3%.

Evolução da Euribor a 3 meses em 2016

Fonte: Bloomberg (valor em %)
Fonte: Bloomberg (valor em %)

 

A quebra mais acentuada de encargos beneficia as famílias cujos empréstimos para a compra de casa têm como referência os indexantes com prazos mais alargados. É o que acontece com os contratos indexados à Euribor a 12 meses, dado que só agora vão ver refletidas as descidas do último ano. Para esses agregados, a prestação mensal cai 3% o que, para um exemplo de um crédito no valor de 100 mil euros, a 30 anos, e com um ‘spread’ de 1%, resulta numa poupança mensal de 9,73 euros, com a prestação a fixar-se nos 319,03 euros. O número de famílias que irá beneficiar dessa redução será contudo muito baixo, já que a Euribor a 12 meses ainda tem pouca expressão no total do crédito à habitação em Portugal. Isto apesar de muitos bancos já estarem a utilizar a Euribor a 12 meses como referência para os novos empréstimos para a compra de casa.

Para os contratos que têm como referência os indexantes nos prazos mais curtos, a redução na prestação será mais curta. Quem optou pela taxa a seis meses verá os encargos com a prestação baixarem 0,9% no próximo mês, o que para o cenário considerado corresponderá a uma poupança mensal de 2,94 euros, com a prestação mensal a fixar-se nos 312,58 euros. Já nos empréstimos indexados à Euribor a três meses, a poupança será de 1,52 euros por mês, com a nova prestação a baixar para os 307,96 euros (menos 0,5% face à anterior revisão).

Juros negativos até meados de 2021

Os encargos com a prestação da casa estão atualmente em mínimos históricos, em sintonia com o rumo descendente dos indexantes, que persistem em valores negativos. A boa notícia para as famílias é que todos os sinais apontam para que este cenário se mantenha por um período prolongado de tempo. A última mexida dos juros de referência da Zona Euro ocorreu em março deste ano, quando o Banco Central Europeu colocou os juros de referência em 0%, fixando assim um novo mínimo histórico. O compromisso de fazer descolar a economia da Zona Euro tem sido reiterado sempre que a entidade liderada por Mario Draghi se reúne, não se antecipando que a política monetária expansionista assumida pelo BCE se inverta, nem tão cedo.

A evolução dos futuros da Euribor a três meses, que servem de barómetro para a futura evolução das taxas de juro atesta essa expectativa junto do mercado. Este indicador sinaliza para que o indexante continue a deslizar para terreno cada vez mais negativo até ao final do primeiro semestre de 2018, com os futuros para a Euribor a três meses a apontarem para uma taxa de -0,385% nessa ocasião. Só a partir dessa altura é antecipada uma reversão do rumo do indexante que, contudo, se poderá manter em terreno negativo até meados de 2021. A partir daí o mercado prevê uma subida dos juros, mas muito gradual.

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UGT quer salário mínimo de 565 euros em 2017 e aumentos médios entre 3% e 4%

  • Lusa
  • 29 Setembro 2016

Central sindical aprovou proposta reivindicativa para 2017, que vai servir de referência aos sindicatos da UGT.

A UGT aprovou esta quinta-feira a proposta reivindicativa para 2017, que prevê um aumento médio das remunerações salariais entre 3% e 4% e uma subida do salário mínimo nacional (SMN) para os 565 euros.

O documento, que define as prioridades da política reivindicativa da estrutura sindical para o próximo ano, foi aprovado pelo Secretariado Nacional e recuperou as principais exigências apresentadas há um ano.

A valorização dos salários, a atualização das pensões, o combate ao desemprego e a dinamização da contratação coletiva são os pontos fortes da proposta reivindicativa que vai servir de referência aos sindicatos da UGT, e que hoje vai ser apresentada em conferência de imprensa.

UGT propõe novo acordo de concertação social

No dia em que o Governo e os parceiros sociais se reúnem para discutir a atualização do salário mínimo nacional (SMN) para o próximo ano, Carlos Silva vai aos parceiros sociais um novo acordo de Concertação Social que promova a paz social e a “estabilidade governativa”, e que ajude o Governo a defender-se das críticas da ‘troika’.

 

“Um acordo de Concertação Social pacifica os mercados e diz ao FMI e ao Banco Central Europeu (BCE) que aqui não houve imposições do Governo nem é uma decisão político-partidária. Não. É um acordo entre parceiros sociais'”, advogou Carlos Silva.

E acrescentou: “Dir-me-ão: sim ou não. Não temos nada em cima da mesa. É uma proposta e as propostas são para ser discutidas”.

Para o líder da UGT “um novo acordo de Concertação Social é fundamental e serve para promover a estabilidade governativa e a paz social” e deverá incluir, para além da atualização do SMN, matérias como a dinamização da negociação coletiva e da promoção do emprego.

(Notícia atualizada às 17:53)

 

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Máquinas de lavar da Samsung com problemas de segurança

  • Ana Luísa Alves
  • 29 Setembro 2016

Tinha um Samsung Galaxy Note 7 que explodiu? E à máquina de lavar aconteceu alguma coisa?

Não são só os smartphones a provocar dores de cabeça à Samsung. Foram registadas explosões em algumas máquinas de lavar roupa desta marca, semanas após terem explodido também alguns Galaxy Note 7.

Depois de terem recebido queixas de consumidores, esta quarta-feira os reguladores norte-americanos alertaram os consumidores que tinha máquinas de lavar da marca Samsung da existência de alguns “problemas de segurança”. Este alerta foi especialmente direcionado para quem tem máquinas de lavar produzidas entre março de 2011 e abril de 2016, embora não tenha sido especificado o modelo.

As unidades afetadas poderiam, em casos raros, ter vibrações anormais enquanto estavam a trabalhar, havendo o risco de danificar bens materiais ou alguma pessoa. A sugestão da Samsung é que quem tem estas máquinas use as velocidades mais baixas do ciclo de lavagem.

Com os Samsung Galaxy Note 7 foram registados mais de 90 queixas de casos em que os telemóveis sobreaqueciam e chegavam a explodir enquanto carregavam. Ainda este mês a empresa, com sede na Coreia do Sul, pediu de volta todos telemóveis que estavam à venda e disse que grande parte dos clientes tinha já trocado o seu dispositivo por um do mesmo modelo.

À semelhança do que aconteceu com o problema dos smartphones, a Samsung disse estar já a trabalhar com as entidades competentes numa solução para as máquinas de lavar.

Editado por Mónica Silvares

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Argentina. 1º bilionário tech manda no eBay latino

Marcos Galperín cruzou-se em Silicon Valley com o eBay. Estudou na Califórnia nos anos 90 na altura das 'dot-com'. Acumulou inspiração, regressou à Argentina e criou a Mercado Libre numa garagem.

Depois de 17 anos a liderar a empresa que criou, Galperín é o primeiro bilionário tecnológico da Argentina e, a Mercado Libre, a plataforma de comércio online líder da América Latina.

Mil milhões de dólares: é este o património líquido de Galperín, segundo o índice de bilionários da Bloomberg, além dos 9,6% que detém na empresa. A Mercado Libre tem um valor de mercado de 7,3 mil milhões de euros e é já a empresa mais valiosa da bolsa argentina.

De 1999 para 2016, a empresa saiu da garagem, construiu as instalações ‘mãe’ em Buenos Aires e já anunciou uma nova sede em São Paulo. O novo espaço tem 33 mil metros quadrados com uma sala de massagens, mesas de ping-pong e um terraço com painéis solares. E vão chegar mais 100 milhões de investimento para criar cinco mil postos de trabalho, garantiu Marcos Galperín. O futuro sorri para a Mercado Libre?

Brasil é a galinha dos ovos de ouro

Os dados da agência financeira mostram que a maior parte do total dos ganhos (587,6 milhões de euros) vem do Brasil: a Mercado Libre faturou 262 milhões de euros com o mercado brasileiro, ultrapassando o mercado de origem, o argentino, que faturou 220 milhões de euros. As restantes receitas têm origem na Venezuela e no México. Em 2016 a previsão é de domínio para o mercado brasileiro com 51% das receitas.

Logo da empresa Mercado Libre, líder do comércio online na América Latina.
Logo da empresa Mercado Libre, líder do comércio online na América Latina.

Este ano, a empresa estima que as receitas vão crescer 24%. No total, a Mercado Libre prevê faturar 728,6 milhões de euros em 2016 e a bolsa de valores tem acompanhado esse otimismo: o valor de uma ação duplicou em comparação com o início do ano. A evolução positiva deu um recorde: a 22 de setembro fechou o dia com cada ação a valer 191 dólares.

A empresa tem – e prevê-se que continue a beneficiar – do crescente número de utilizadores de internet na América Latina. Em 2015 houve um aumento de 11% para 116 milhões de pessoas, de acordo com a empresa de pesquisa de mercado eMarketer.

A acompanhar essa subida estão as vendas online – onde a Mercado Libre se mexe -, que cresceram 23%. Além disso, a estratégia atual é a de apostar no mobile, tendo a empresa organizado um conferência sobre o tema.

Mas nem tudo são boas notícias para a empresa. A autoridade fiscal argentina está a rever os benefícios fiscais dados às empresas de software. Segundo a Bloomberg, a Mercado Libre diz que não é a única empresa inspecionada e que tem cumprido com todas as condições legais.

Atualmente, a empresa tem como principal acionista o próprio EBay, que comprou 20% (atualmente 18,4%) da empresa dois anos depois de ser lançada e acordou não competir no mercado da América Latina.

Graças a isso, o então e atual CEO Marcos Galperín tornou-se segundo bilionário argentino, o primeiro com negócios na tecnologia. O primeiro bilionário argentino foi Jorge Horacio Brito, o dono do Banco Macro.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa

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