Queda do petróleo castiga Wall Street

  • Juliana Nogueira Santos
  • 15 Novembro 2017

As previsões da AIE estão a pressionar os preços do petróleo, que segue a perder quase 1%. Atrás dele seguem os principais índices internacionais.

Os preços do petróleo estão em queda após a Agência Internacional de Energia (AIE) ter revisto em baixa as previsões as previsões da procura global de petróleo em 2017 e 2018 devido à subida dos preços do barril e às temperaturas mais suaves do que o habitual no início deste inverno. Atrás do petróleo seguem os principais índices internacionais, incluindo os norte-americanos.

A AEI vê um corte no crescimento da procura de 100 mil barris por dia, tanto em 2017 como em 2018, o que está a levar o ‘ouro negro’ a perder quase 1%. Em Londres, o barril de brent que serve de referência para Portugal cai 0,90% para 61,67 dólares, enquanto o West Texas Intermediate perde 0,93% para 55,19 dólares.

Esta pressão vendedora no mercado petrolífero está a alastrar-se para o mercado de valores, com as principais praças norte-americanas a perder terreno. Na negociação pré-abertura, o industrial Dow Jones deslizou mais de 100 pontos, tendo iniciado a sessão a cair 0,32% para os 23.334,59 pontos. O tecnológico Nasdaq abriu a perder 0,55% para 6.700,67 pontos, enquanto o agregador S&P 500 iniciou a sessão a desvalorizar 0,37% para 2.569,45 pontos.

A destacar-se pela negativa seguem as retalhistas Target e Wal-Mart após terem sido conhecidos das vendas a retalho. Com estas a travarem o crescimento de 1,2% em setembro para 0,1% em outubro, estas duas retalhistas seguem a perder 6,66% e 1,24%, respetivamente. Na tecnologia, a Apple não está a ter um dia positivo no mercado, perdendo 1,25% para 168,92 dólares, tal como a General Eletric que cai 1,31% para 17,66 euros.

“Aquele relatório está a pressionar os nossos mercados”, afirmou Quincy Krosby da Prudential Finantial à CNBC, referindo-se ao último relatório da AIE. “Também estamos reféns do que se está a passar com a reforma fiscal.” Em causa está — como tem estado desde a entrada de Trump na Casa Branca — os atrasos na apresentação de um novo plano fiscal e os entraves ao novo plano de saúde.

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“Há mais oferta e o perfil de trabalho que se procura é mais exigente”

O ECO e o Banco Popular realizam esta quarta-feira mais um Conversas Soltas, desta vez para discutir a gestão de recursos humanos nas empresas.

O ECO e o Banco Popular realizam esta quarta-feira mais um Conversas Soltas, desta vez para discutir a gestão de recursos humanos nas empresas. Alexandra Brandão (Santander), Carlos Santos (administrador da Renova), João Bernardo Gonçalves (Michael Page), José Eduardo Subtil (Deloitte) e Maria de Fátima Portulez (Grupo Trivalor) participam neste debate.

Neste encontro pretende-se analisar a evolução da função recursos humanos num ambiente de crescente exigência e sofisticação na relação empregador/empregado. Quais as prioridades dos recursos humanos em Portugal? Qual o papel dos recursos humanos nas organizações? Como podem as empresas captar talento? Como podem as empresas reter os trabalhadores?

Pode acompanhar as Conversas Soltas, no site do ECO ou na nossa página de Facebook.

 

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Mário Nogueira: Se anos “perdidos” não contarem professores voltam à rua

  • Marta Santos Silva
  • 15 Novembro 2017

Mário Nogueira afirma que os professores esperam, após as declarações da secretária de Estado, que haja recuperação dos anos de trabalho. Caso contrário haverá "dez vezes os professores na rua".

Mário Nogueira, da Fenprof, espera que as negociações agendadas para esta quinta-feira entre os representantes sindicais dos professores e o Ministério da Educação sirvam para definir uma estratégia de recuperação dos anos de trabalho dos docentes em que as carreiras estiveram congeladas que, na vasta maioria, não vão ser tidos em conta com o descongelamento das carreiras. Se, pelo contrário, não houver propostas concretas nesse sentido, como uma fonte do Governo indicou, o dirigente do principal sindicato dos professores prevê que os docentes saiam à rua em muito maiores números.

“Nós evidentemente que só podemos comentar exatamente o que o Governo pretende dizer” depois das negociações de amanhã, disse Mário Nogueira. Em dia de greve dos professores e com docentes na rua em manifestação, a secretária de Estado adjunta e da Educação Alexandra Leitão admitiu, em audição no Parlamento, reconhecer o tempo de serviço dos professores: “Vai haver uma forma da contagem do tempo de serviço da carreira docente ser de alguma forma recuperada. Veremos com os sindicatos e em negociação com que faseamento”.

As negociações vão começar amanhã, quinta-feira, e Mário Nogueira disse ao ECO esperar que a secretária de Estado quisesse dizer “que os nove anos (…) vão ser contados integralmente”.

"Se chegarmos à reunião amanhã e nos disserem que a senhora secretária de Estado não queria dizer aquilo que disse, que eu espero que não aconteça, [então] hoje foi só um primeiro momento, e pode ter a certeza que vai ter dez vezes o número de professores na rua.”

Mário Nogueira

Dirigente da Fenprof

“Com uma greve com esta adesão, não pode haver outra saída que não seja essa”, disse o sindicalista. “Amanhã, esperamos que a reunião sirva para discutir de que forma é que é recuperado o tempo, e lá estaremos com a flexibilidade necessária para que isso aconteça gradualmente”, completou.

Confrontado com a informação de que o Governo poderá estar à procura de soluções focadas no futuro e que não tenham impactos orçamentais nos próximos anos, o dirigente sindical disse que “o tempo de serviço não é negociável”.

“Se chegarmos à reunião amanhã e nos disserem que a senhora secretária de Estado não queria dizer aquilo que disse, que eu espero que não aconteça”, continuou, então “hoje foi só um primeiro momento, e pode ter a certeza que vai ter dez vezes o número de professores na rua”.

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Governo admite negociar com professores mas sem impactos orçamentais até 2020

  • Margarida Peixoto e Marta Santos Silva
  • 15 Novembro 2017

As negociações com os professores devem ser entendidas no âmbito de uma revisão de carreiras e não no sentido de repensar o modelo de descongelamento proposto pelo Governo.

Perante a greve dos professores e o descontentamento em relação aos resultados do descongelamento de carreiras, o Governo está aberto a negociar. Mas as soluções que venham a ser encontradas devem ser enquadradas no âmbito de uma revisão das carreiras, e sem impactos orçamentais até 2020, adiantou fonte do Governo, esta quarta-feira.

A guerra entre os professores e o Governo está ao rubro por causa do descongelamento de carreiras previsto para janeiro de 2018. De um lado, os professores sentem-se injustiçados porque o Executivo não quer que o tempo de serviço que decorreu enquanto as carreiras estiveram congeladas conte para efeitos de progressão. Do outro, o Governo não quer que o descongelamento resulte em impactos orçamentais que considera incomportáveis.

Esta quarta-feira, enquanto os professores estão em greve e a manifestarem-se nas ruas, a secretária de Estado adjunta e da Educação admitiu que, de alguma forma, o Governo pudesse atender aos pedidos dos professores. “Vai haver uma forma de a contagem do tempo de serviço da carreira docente ser de alguma forma recuperada. Veremos com os sindicatos e em negociação com que faseamento”, disse Alexandra Leitão, durante o debate de especialidade do orçamento da Educação, na Assembleia da República.

Mas, segundo fonte do Governo, o que está em causa é abrir negociações sobre a carreira docente que não tenham impactos orçamentais em 2018, 2019 e, quase seguramente, também em 2020. O que venha a ser decidido deverá apenas surtir efeitos depois de o período de faseamento do descongelamento terminar.

Entretanto, a própria secretária de Estado adjunta e da Educação, Alexandra Leitão, já esclareceu no Parlamento que os resultados das negociações com os professores não poderão ter impactos orçamentais no próximo Orçamento do Estado, recuando face às declarações iniciais.

Tal como o primeiro-ministro explicou esta terça-feira, a proposta de descongelamento do Governo passa por simplesmente desfazer o que estava previsto nos orçamentos anteriores. E o congelamento não tinha sido feito do mesmo modo para todas as carreiras: naquelas em que o tempo é o fator mais determinante (como é o caso dos professores), ele deixou de contar; nas carreiras gerais, em que o mérito é o fator determinante, os pontos deixaram de produzir efeitos. Agora, com o descongelamento, o tempo volta a contar e os pontos voltam a produzir efeitos.

No caso dos professores, o primeiro-ministro até admitiu que a medida de que foram alvo “os revolte” e que se sintam agora injustiçados, mas Costa remeteu essa injustiça para um assunto do passado, “quando há vários anos se parou o cronómetro que contava o tempo da sua carreira para efeitos de progressão”. Agora, trata-se de “pôr de novo o cronómetro a funcionar”.

Atual desenho da carreira docente é incomportável

Segundo números do Governo, se as pretensões dos professores fossem atendidas, em janeiro do próximo ano 22.377 docentes atingiriam o topo da carreira (o índice 370), de um universo total de 99 mil com possibilidade de progredir. Neste cenário, o custo anual de todas as progressões e atualizações remuneratórias seria de 650 milhões de euros, só com professores.

As contas do Executivo apontam ainda para um universo de seis mil professores que teriam direito a um aumento salarial anual superior a 15 mil euros. O aumento médio seria de seis mil euros anuais por docente — muito superior ao verificado nas carreiras do regime geral.

Já na proposta atual, que está inscrita no OE2018, progridem 46 mil professores, proporcionalmente mais do que em qualquer outra carreira. Estas progressões custam 90 milhões de euros. Depois, em 2019, progridem mais 13 mil docentes, em 2020 mais 15 mil e em 2021 há um novo pico de progressões.

O resto das progressões, que abrange cerca de 400 mil funcionários públicos, custa cerca de 420 milhões de euros por ano. Isto dá um aumento médio salarial de pouco mais de mil euros por trabalhador.

Além disso, um funcionário público mediano do regime geral leva, em teoria e sem contar com congelamentos de carreiras, 120 anos a chegar ao topo da carreira — para maioria, a subida de escalão acontece uma vez a cada década. Já os professores costumam progredir uma vez a cada quatro anos o que, em teoria, quer dizer que chegam ao topo em 34 anos.

É por isto que o Governo considera que, tal como está desenhada, a carreira dos professores não é sustentável e dá azo, historicamente, a congelamentos sucessivos. E daí a abertura para negociar por parte do Executivo. A próxima reunião está marcada para esta quinta-feira.

(Notícia atualizada às 15h22 com mais infomação)

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Chiado é a zona mais cara para abrir uma loja

  • Lusa
  • 15 Novembro 2017

Um estudo revelado esta quarta-feira conclui que as rendas de comércio no Chiado em Lisboa subiram 15% e são as mais caras do país.

A zona do Chiado, em Lisboa, concentra as rendas de comércio mais caras do país, situando-se nos 1.380 euros anuais por metro quadrado, após uma valorização de 15% este ano, revela um estudo divulgado esta quarta-feira.

No estudo Main Streets Across the World 2017, publicado anualmente e que nesta edição atentou em 68 locais de retalho em todo o mundo, a consultora Cushman & Wakefield concluiu que, em Portugal, “a localização mais cara é o Chiado em Lisboa”, que registou uma valorização de 15% na sua renda de referência para 1.380 euros anuais por metro quadrado.

Ainda assim, esta localização “manteve a sua posição no ‘ranking’ face a 2016, ocupando o 33.º lugar” a nível mundial, acrescenta. O ‘ranking’ é liderado pela 5.ª Avenida, em Nova Iorque (Estados Unidos), que continua a ter a renda de comércio mais alta do mundo, chegando aos 28.262 euros anuais por metro quadrado.

Segue-se a Causeway Bay, em Hong Kong (China), onde o valor ronda os 25.673 euros anuais, e a New Bond Street, em Londres (Reino Unido), que registou rendas de comércio de 16.200 euros anuais por metro quadrado. Ainda nos primeiros cinco lugares surgem a Via Montenapoleone, em Milão (Itália), e os Campos Elísios, em Paris (França), onde os valores ascendem aos 13.500 euros anuais por metro quadrado e aos 13.255 euros anuais por metro quadrado, respetivamente. De acordo com o estudo, o maior aumento das rendas este ano registou-se na New Bond Street, onde subiram 37,5%.

Focando-se na parte do estudo que se refere a Portugal, a diretora do departamento de pesquisa e consultoria da Cushman & Wakefield, Marta Esteves Costa, observa que “o forte crescimento do formato de rua em todo o mundo justifica a estabilidade de Lisboa no ‘ranking’”.

A responsável sublinha também que “o dinamismo e atratividade do comércio de rua”, não só em Lisboa, como também no Porto, “se mantiveram ao longo de 2017, fruto do crescimento do turismo e do aumento muito significativo dos projetos de reabilitação urbana que trouxeram […] quantidade e sobretudo uma maior qualidade da oferta de retalho neste formato”.

Dados da Cushman & Wakefield revelam que os valores de mercado nas restantes zonas de Lisboa e também na cidade do Porto têm tido uma evolução positiva desde 2013. Destacam-se localizações como a Avenida Liberdade (1.140 euros anuais por metro quadrado) e a Baixa (960 anuais por metro quadrado), em Lisboa, e a Rua de Santa Catarina (690 anuais por metro quadrado), no Porto.

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Cebrián propõe nome de Manuel Polanco para o substituir na Prisa

O ainda presidente da Prisa, Juan Luis Cebrián, propôs o nome de Manuel Polanco para o substituir na liderança do grupo no próximo dia 31 de dezembro. A Prisa é (ainda) a dona da Media Capital.

O ainda presidente executivo da Prisa, Juan Luis Cebrián, propôs o nome de Manuel Polanco para o suceder na liderança do grupo. Polanco é, à data, vice-presidente da empresa espanhola que, em Portugal, detém a Media Capital, a dona da TVI. É ainda filho do já falecido ex-presidente do grupo, Jesús de Polanco. A substituição deverá acontecer no próximo dia 31 de dezembro, segundo o jornal espanhol El Economista.

A saída de Cebrián da liderança da Prisa era condição imposta pelos acionistas para aprovação de um novo aumento de capital. A empresa vê-se a braços com uma dívida elevada e parte dela vence já nos primeiros meses do próximo ano. É por isso que, em Portugal, aceitou vender a Media Capital à Altice, uma operação ainda sujeita à aprovação final do regulador da concorrência.

Juan Luis Cebrián está no cargo de presidente executivo da Prisa há já cinco anos, mas faz parte da empresa há quatro décadas. Apesar da saída da Prisa, continuará à frente do jornal El País, detido pelo grupo, e será presidente de uma nova fundação que vai ser agora criada.

“No primeiro dia de outubro, enviei uma carta ao presidente da Comissão de Sucessão da companhia, dizendo-lhe que queria dar início ao processo de sucessão de maneira organizada e rápida uma vez aprovado o aumento de capital”, disse Cebrián, citado pelo El Economista.

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527 dias depois, Isabel dos Santos é afastada da Sonangol com o plano para pôr a petrolífera a dar dinheiro a meio

Durou ano e meio a aventura de Isabel dos Santos à frente da Sonangol. A empresária tinha um plano para tornar a petrolífera do Governo numa máquina de fazer dinheiro. Deixa esse trabalho a meio.

Isabel dos Santos e restantes administradores da Sonangol.Instagram Isabel dos Santos

“A minha visão é tornar a Sonangol muito rentável”, assumia Isabel dos Santos ao Financial Times, no final do ano passado.

A filha do histórico presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, dava as primeiras declarações públicas poucos meses depois de chegar à petrolífera estatal angolana por nomeação do pai. Assumiu o cargo de presidente do conselho de administração a 6 de junho de 2016 para dar a volta a uma empresa a braços com um negócio em profunda crise. Mas, 527 dias depois, “abandona” essas funções com um plano por cumprir. Não escapou à onda reformadora do recém-eleito presidente João Lourenço nas lideranças dos cargos de empresas públicas.

Quando falou ao influente diário económico britânico, Isabel dos Santos encontrava-se a preparar um ambicioso plano de reestruturação para fazer da Sonangol uma máquina de fazer dinheiro, mas estava plenamente ciente que a mudança de cadeiras no alto poder em Angola poderia encurtar as suas ambições na mais importante empresa estatal para os cofres públicos do país.

Ainda assim, a empresária estava determinada em inverter o rumo dos acontecimentos na petrolífera que viu os lucros afundarem 86% entre 2013 e 2016, sobretudo por causa da baixa dos preços do petróleo. Isto mesmo que o seu mandato não completasse os cinco anos previsto pelos estatutos da empresa.

Para voltar a dar dinheiro, Isabel dos Santos pretendia que a Sonangol se focasse única e exclusivamente no seu negócio core e deixasse de lado ativos que estivessem de fora da esfera da exploração e produção de “ouro negro”. “Não estávamos a controlar os nossos ativos — os nossos ativos no petróleo — tanto quanto queríamos e, principalmente, faltava-nos visão estratégica”, disse na entrevista a 20 de dezembro ao FT.

O que Isabel dos Santos estava realmente a criticar era a falta de planeamento estratégico dos seus antecessores. A Sonangol estava em todo o lado e era preciso recentrar atenções para o essencial: o petróleo.

Assim, mais de 90 empresas, incluindo um clube de futebol, o Atlético Petróleos de Luanda (Petro de Luanda), foram reunidas num fundo à parte, numa estratégia que iria permitir à Sonangol dedicar-se a três atividades principais: exploração e produção, logística e uma divisão que agregue as concessões petrolíferas às companhias estrangeiras.

O plano visava também responder ao elevado endividamento, outro fator de pressão sobre as finanças da empresa. Em 2015, a Sonangol via-se encurralada entre uma dívida de 13,6 mil milhões de dólares e um negócio do petróleo em reestruturação perante as perspetivas de redução da produção por causa do acordo com a OPEP.

Mesmo assim, Isabel dos Santos conseguiu baixar o nível de endividamento para cerca de dez mil milhões no final do ano passado. Ambicionava acelerar o ritmo de redução ao longo deste ano com o objetivo de ter a Sonangol com uma dívida de oito mil milhões em dezembro de 2017.

Com este projeto, “a companhia estará numa situação completamente diferente” em 2021 ou 2022, assegurava a empresária. Na verdade, não foram necessários tantos anos para assistirmos a mudanças de fundo na Sonangol.

Ano e meio depois, Isabel dos Santos é afastada da petrolífera pelo sucessor do pai na liderança de Angola. Carlos Saturnino será o rosto da transformação da petrolífera. Ironicamente, ele o mesmo responsável que a empresária angolana havia afastado com o objetivo de mudar as coisas no seio da companhia.

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Parlamento Europeu aprova João Figueiredo no Tribunal de Contas Europeu

  • Lusa
  • 15 Novembro 2017

Os membros do TCE são propostos por cada Estado-membro e nomeados pelo Conselho após consulta ao Parlamento Europeu (PE).

O Parlamento Europeu (PE) aprovou esta quarta-feira a nomeação como membro do Tribunal de Contas Europeu (TCE) de João Figueiredo, que está há um ano a substituir Vítor Caldeira, que trocou a presidência daquela instituição pela da homóloga portuguesa. João Figueiredo foi indicado por Lisboa para um mandato de seis anos e entrou em funções já em outubro de 2016, em substituição de Vítor Caldeira no TCE, após este ter sido nomeado para presidente do Tribunal de Contas em Portugal.

João Figueiredo iniciou o seu mandato no TCE em 01 de outubro de 2016, afeto à Câmara I (Utilização Sustentável de Recursos Naturais). Entre os cargos ocupados em Portugal, encontram-se os de juiz do Tribunal de Contas (2008-2016), secretário de Estado da Administração Pública (2005-2008), diretor-geral dos Serviços Prisionais (2001-2002), presidente do Instituto de Reinserção Social (1999-2001), chefe de gabinete do ministro da Justiça (1995-1999) e chefe de gabinete do secretário de Estado adjunto do ministro da Justiça (1991-1995).

O PE deu parecer favorável à proposta de nomeação de João Figueiredo por 572 votos a favor, 57 contra e 52 abstenções. Os eurodeputados aprovaram ainda a nomeação de outros cinco candidatos: Pietro Russo (Itália), Hannu Takkula (Finlândia), Baudilio Tomé Muguruza (Espanha), Bettina Jakobsen (Dinamarca) e Iliana Ivanova (Bulgária), sendo todos, exceto o finlandês, já membros do TCE e concorrem a um novo mandato.

O PE deu um parecer negativo à nomeação do candidato da Bélgica, Karel Pinxten, que concorria a um terceiro mandato, em consonância com uma resolução, aprovada em 2014, que prevê apenas o exercício de dois mandatos no TCE.

Durante a audição de Pinxten na comissão parlamentar do Controlo Orçamental, alguns eurodeputados notaram também que está a decorrer uma investigação de caráter administrativo ao candidato belga.

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João Lourenço retira gestão de canal de televisão público aos filhos de Eduardo dos Santos

  • ECO e Lusa
  • 15 Novembro 2017

O Ministério da Comunicação Social decidiu cessar todos os contratos relacionados com a gestão do Canal 2 da TPA Internacional, o que afeta empresas de dois filhos do ex-presidente angolano.

João Lourenço deu orientações ao ministro da Comunicação Social angolano para cessar todos os contratos referentes ao Canal 2 e à TPA Internacional. A notícia avançada pela Agência Angola Press refere que o Ministério da Comunicação Social já executou a medida esta quarta-feira. Assim, as empresas privadas Westside e Semba Comunicações, detidas por Welwistchea dos Santos e José Paulino dos Santos, vão deixar de gerir os canais de televisão. Esta ação do Governo angolano acontece no dia em que Isabel dos Santos foi exonerada da Sonangol.

A informação consta de um comunicado desta quarta-feira do Ministério da Comunicação Social, que torna público que “no cumprimento de orientações” do Presidente da República, “cessam a partir desta data todos os contratos entre o ministério em questão, a TPA e as empresas privadas Westside e Semba Comunicação”, referentes à gestão da TPA internacional e do canal 2. Segundo a nota assinada pelo novo ministro da Comunicação Social, João Melo, estes canais “devem retornar ou passar para a esfera jurídica da TPA”.

A Semba Comunicação tem como sócios os irmãos Welwitshea ‘Tchizé’ e José Paulino dos Santos ‘Coreon Du’, filhos do ex-chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, que deixou o poder em setembro, ao fim de 38 anos.

A mesma informação desta quarta-feira do Ministério da Comunicação Social estabelece que a TPA Internacional deve “cessar imediatamente” a sua emissão, para “permitir a completa reformulação da sua programação e a sua reentrada em funcionamento no prazo de tempo mais rápido possível”. Para o efeito, refere ainda, o novo conselho de administração da TPA – empossado na terça-feira por João Lourenço -, deverá nomear um “jornalista profissional” para dirigir o canal internacional, sob supervisão de um administrador, “a fim de definir uma nova grelha de programas”.

Já a TPA 2, gerida até agora pela Semba, deverá manter a programação atual até 31 de dezembro de 2017, enquanto é preparada a nova gestão e direção, a entrar em vigor a 1 de janeiro de 2018. “A TPA deverá, em conjunto com as empresas que até agora assumiam a gestão do canal 2 e da TPA Internacional, encontrar as melhores soluções relativas aos equipamentos, estúdios e outras facilidade concedidas às empresas em questão, ao abrigo dos contratos hoje mandados cessar, velando igualmente pela situação dos trabalhadores da televisão pública que estão ao serviço daquelas empresas privadas“, refere ainda o Ministério da Comunicação Social.

Na terça-feira, durante a cerimónia das novas administrações das empresas de comunicação social públicas, João Lourenço tinha já apontado a necessidade de mexidas no canal internacional, para que não esteja apenas centrado nas comunidades angolanas no exterior, “mas que esteja virado para o mundo de uma forma geral”. “Um canal internacional que reflita de facto a realidade de Angola, que venda a imagem Angola, que mostre as suas belezas, que mostre sobretudo as suas grandes potencialidades, para que desta forma possamos atrair não apenas turistas, mas sobretudo potenciais investidores”, disse.

O chefe de Estado alertou ainda que “não há democracia sem liberdade de expressão, sem liberdade de imprensa“, que são “direitos consagrados na nossa Constituição e que o executivo angolano, primeiro do que quaisquer outras instituições do Estado angolano, tem a obrigação de respeitar e cumprir”.

João Lourenço exonerou a 9 de novembro as administrações de todas as empresas públicas de comunicação social, tendo nomeado novos administradores para os cargos designados pelo anterior chefe de Estado, casos da TPA, Rádio Nacional de Angola (RNA), Edições novembro (proprietária do Jornal de Angola) e Agência Angola Press (Angop).

Aos novos administradores, empossados no palácio presidencial, João Lourenço disse que “devem procurar encontrar uma linha editorial que sirva de facto o interesse público, que dê voz, que dê espaço, aos cidadãos dos mais diferentes extratos sociais”, mas também que “dê espaço às organizações da chamada sociedade civil”. Defendeu que enquanto elementos da administração destes órgãos, têm a “responsabilidade” de “encontrar o ponto de equilíbrio, no sentido de satisfazerem o interesse público”.

(Notícia atualizada às 13h36)

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Soares da Costa vai processar Mário Ferreira

A rescisão de contrato entre Mário Ferreira e a Soares da Costa continua a dar que falar. A construtora diz que o livro de obra foi roubado. Vai recorrer para as instâncias judiciais.

É mais um capítulo na atribulada história entre o empresário Mário Ferreira e a construtora Soares da Costa, no âmbito da construção do Monumental Palace Hotel (MPH), no Porto. A Soares da Costa, empresa que lidera o agrupamento de empresas que estava a construir o MPH, vai recorrer para o tribunal da decisão de Mário Ferreira de ter rescindido o trabalho com a construtora.

Em declarações ao ECO, Joaquim Fitas adianta: “O ACE, liderado pela Soares da Costa vai demandar nos sítios próprios a empresa Monumental Palace Hotel, devido à rescisão do contrato”.

Para Fitas, a decisão do empresário, dono da empresa Monumental Palace Hotel, não é compreensível. “Deve haver algo que justifique isto, até porque a decisão foi tomada num domingo. No mundo da construção há rescisões todos os dias, mas esta é extemporânea“.

Questionado sobre o que quer dizer com esta frase, Joaquim Fitas adianta: “quando questiono porque é que acontece isto, é porque tem que haver algo que justifique esta decisão porque não é a dois ou três meses do fim da obra que se faz uma rescisão destas”.

E Fitas continua em tom crítico: “Sou um aprendiz de feiticeiro relativamente ao presidente da Douro Azul e portanto não posso entrar neste bate boca“.

Ainda assim, o presidente da construtora levanta algumas suspeitas. “Só ontem é que conseguimos aceder ao contentor da direção da obra, e foram-nos roubados os documentos de registo de obra, nomeadamente o livro de obra“.

Fitas acrescenta: “tivemos que ir à esquadra fazer queixa da situação”.

Sobre a passagem dos trabalhadores da Soares da Costa para uma empresa de Mário Ferreira, o gestor salienta: ” foi anunciado com pompa e circunstância que iriam trabalhar para o dono de obra, mas o que me dizem é que a obra continua parada”.

"Sou um aprendiz de feiticeiro relativamente ao presidente da Douro Azul e portanto não posso entrar neste bate boca.”

Joaquim Fitas

Presidente da Soares da Costa

Mário Ferreira, que primeiro acusou a construtora de ter desviado verbas destinadas à obra do Monumental Palace e depois pediu mesmo a rescisão de contrato, queixava-se ainda dos atrasos de mais de seis meses na obra.

Agora Joaquim Fitas inverte o jogo e refere: “independentemente das nossas dificuldades constituímos um ACE e suportamos as sucessivas inabilidades e ineficiências do dono de obra, nada aconteceu dentro dos prazos, nem a autorização de licenças. Em setembro ainda não tínhamos a estabilidade do projeto, mas entendemos isso porque um hotel é um organismo vivo e achamos que devia haver cooperação”.

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Quem é Carlos Saturnino, o homem escolhido por João Lourenço para liderar a Sonangol?

  • Rita Atalaia
  • 15 Novembro 2017

Já esteve à frente da Sonangol, mas foi afastado por Isabel dos Santos que o acusou de "desvios financeiros". Passa agora a liderar a petrolífera pela mão do Presidente da República, João Lourenço.

Carlos Saturnino Guerra Sousa e Oliveira (à direita) na tomada de posse como secretário dos Petróleos, ladeado por Diamantino Pedro Azevedo, ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, e Jânio Victor, novo secretário de Geologia e Minas.Ministério dos Petróleos de Angola

Carlos Saturnino está de regresso à Sonangol. Depois de ter sido afastado da presidência da comissão executiva por Isabel dos Santos, que o acusou de má de gestão, o até agora secretário de Estado dos Petróleos vai liderar a petrolífera. A nomeação por parte do Presidente da República de Angola, João Lourenço, vem no seguimento da exoneração da filha do anterior chefe do Estado do cargo.

O economista de profissão já trabalhou em empresas do setor petrolífero como a Sonils e Sonamet. E foi afastado da petrolífera angolana Sonangol em dezembro de 2016, quando Isabel dos Santos decidiu exonerar a comissão executiva da empresa responsável pela pesquisa e produção de petróleo, acusando-o de má gestão e de graves desvios financeiros.

“Não é correto, nem ético, atribuir culpas à equipa que somente esteve a dirigir a empresa no período entre a segunda quinzena de abril de 2015 e 20 de dezembro de 2016”, respondeu na altura Carlos Saturnino, que em pouco mais de um mês como secretário de Estado dos Petróleos, nomeado por João Lourenço, tutelou a Sonangol a partir do Governo. Segundo os jornais angolanos, a nomeação do economista para secretário de Estado foi o primeiro passo para que este ocupasse a liderança da petrolífera e substituísse a filha do anterior chefe de Estado. Com o regresso à Sonangol, deixa o cargo no Executivo.

A exoneração de Isabel dos Santos, e substituição por Carlos Saturnino, já tinha sido avançada pela RTP no início deste mês. Mas estas notícias foram desmentidas pela presidência angolana, sendo que agora foi confirmada. A empresária Isabel dos Santos assumiu em junho de 2016 o cargo de presidente do conselho de administração do grupo Sonangol, nomeada para as funções por José Eduardo dos Santos, então chefe de Estado angolano, tendo como missão conduzir a reestruturação da petrolífera, o maior grupo empresarial de Angola.

Além da entrada de Carlos Saturnino, entre os novos administradores da Sonangol está Sebastião Pai Querido Gaspar Martins, que já tinha estado no Conselho de Administração da Sonangol. Já Luís Ferreira do Nascimento José Maria foi administrador executivo da Sonair, a transportadora aérea detida pela Sonangol. Veja quem sai e entra na liderança da petrolífera estatal angolana.

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Dança de cadeiras na petrolífera estatal angolana. Quem entra e sai da Sonangol?

A petrolífera estatal angolana vai ter uma administração renovada. Apenas dois administradores não executivos mantém-se no Conselho de Administração da empresa. Conheça a equipa completa.

Isabel dos Santos foi exonerada esta quarta-feira da Sonangol pelo presidente angolano. A nota de imprensa da Casa Civil do Presidente da República refere que os decretos assinados exoneram os membros do Conselho de Administração da petrolífera estatal e nomeiam uma equipa renovada. Só dois administradores não executivos é que continuam a exercer as suas funções.

Segundo a Agência Angola Press, além de Isabel dos Santos, também foi exonerada a restante equipa com poder executivo. Há cerca de mês e meio, a então presidente do Conselho de Administração da empresa tinha renovado a estrutura interna da petrolífera angolana.

O substituto da filha do ex-presidente angolano já esteve na empresa, mas tinha sido demitido pela própria empresária. Segundo a Lusa, Isabel dos Santos despediu Carlos Saturnino, no final do ano passado, com a acusação de má gestão e de graves desvios financeiros.

Entre as entradas está Sebastião Pai Querido Gaspar Martins, que já tinha estado no Conselho de Administração da Sonangol. Já Luís Ferreira do Nascimento José Maria foi administrador executivo da Sonair, a transportadora aérea detida pela Sonangol.

A Sonangol detém uma participação de 15,24% no BCP e ainda uma participação na Amorim Energia que, por sua vez, detém 33% da Galp. Ainda em outubro deste ano, Isabel dos Santos garantiu que a posição da Sonangol no BCP era “para manter”.

Quem sai?

  • Isabel dos Santos, do cargo de Presidente do Conselho de Administração;
  • Eunice Paula Figueiredo Carvalho, do cargo de Administradora Executiva;
  • Edson de Brito Rodrigues dos Santos, do cargo de Administrador Executivo;
  • Manuel Lino Carvalho Lemos, do cargo de Administrador Executivo;
  • João Pedro de Freitas Saraiva dos Santos, do cargo de Administrador Executivo;
  • José Gime, do cargo de Administrador Não Executivo;
  • André Lelo, do cargo de Administrador Não Executivo;
  • Sarju Raikundalia, do cargo de Administrador Não Executivo.

 

Quem entra?

  • Carlos Saturnino Guerra Sousa e Oliveira – Presidente do Conselho de Administração;
  • Sebastião Pai Querido Gaspar Martins – Administrador Executivo;
  • Luís Ferreira do Nascimento José Maria – Administrador Executivo;
  • Carlos Eduardo Ferraz de Carvalho Pinto – Administrador Executivo;
  • Rosário Fernando Isaac – Administrador Executivo;
  • Baltazar Agostinho Gonçalves Miguel – Administrador Executivo;
  • Alice Marisa Leão Sopas Pinto da Cruz – Administradora Executiva;
  • José Gime – Administrador Não Executivo;
  • André Lelo – Administrador Não Executivo.

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