Presidência angolana desmente que Isabel dos Santos tenha sido exonerada da Sonangol

A Presidência angolana desmente que a empresária angolana tenha sido exonerada da petrolífera Sonangol esta sexta-feira, confirmou o ECO.

O Presidência de Angola desmente que tenha exonerado esta sexta-feira Isabel dos Santos da presidência do Conselho de Administração da petrolífera Sonangol, um ano depois de ter sido nomeada pelo pai e anterior presidente, José Eduardo dos Santos. A notícia foi avançada pela RTP, mas o ECO confirmou junto da presidência que a notícia não é verdadeira e que se trata de uma nota falsa.

Na nota alegadamente enviada à imprensa, pode ler-se que a empresária foi exonerada “a 2 de novembro” e constavam ainda mais nomes da administração que também teriam sido afastados.

A empresária Isabel dos Santos assumiu em junho de 2016 o cargo de presidente do conselho de administração do grupo Sonangol, nomeada para as funções por José Eduardo dos Santos, então chefe de Estado angolano, tendo como missão conduzir a reestruturação da petrolífera, o maior grupo empresarial de Angola.

Desde então, a empresa já procedeu a alterações de estrutura. José Eduardo dos Santos exonerou três administradores executivos da Sonangol, uma decisão que se concretizou no dia em que deixou as funções como Presidente de Angola (26 de setembro). Mas a decisão só foi conhecida a 3 de outubro, através de um comunicado da petrolífera, que justificou as alterações com a necessidade de “estabilização e fortalecimento” que “exige uma alteração da composição do seu conselho de administração e dos respetivos pelouros”. Uma nova estrutura que promovesse a “capacidade de adaptação, a agilidade e a proatividade”.

O economista português Emídio Pinheiro, que até novembro passado integrou o conselho de administração da CGD liderado por António Domingos, assumiu funções nas áreas que não são o negócio principal da Sonangol, nomeadamente a gestão da Sonangol Holdings e Indústria. Antes de sair para a CGD, Emídio Pinheiro liderou durante 11 anos o Banco Fomento Angola.

Na sua intervenção pública mais recente, Isabel dos Santos garanti que não tem ambições políticas e que o seu objetivo é continuar a ser empresária. “A minha missão e verdadeira paixão é ser empresária. Adoro construir coisas, acordar de manhã e ter a equipa certa de pessoas em meu redor para me desafiar, para me dizer se a ideia é boa ou má, reunir recursos e trabalhar em conjunto para construir coisas”, afirmou, num evento em Londres organizado pela Thomson Reuters, em meados e outubro.

A Sonangol tem atravessado um período difícil devido à quebra do preço do petróleo, que se verifica desde finais de 2014. No último relatório e contas da empresa, que passou a ser auditada pela PwC, é reconhecido que o cenário de “redução acentuada de receitas da Sonangol não foi acompanhado, quer em 2015 quer no primeiro semestre de 2016, por uma redução de custos nem por uma revisão da estratégia de investimento” da empresa. “Esta inação conduziu a uma situação difícil perante os credores internacionais, reduzindo a capacidade de obter novos financiamentos, fundamentais para a sustentabilidade das operações e para a manutenção dos níveis de produção”, lê-se no documento.

(Notícia atualizada)

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Ministério Público travou venda da Comporta por falta de transparência

O empresário Pedro Almeida assinou um contrato para ficar com 59% do fundo de investimento imobiliário da Herdade da Comporta, mas a operação foi travada pelo Ministério Público.

O Ministério Público travou a venda da Herdade da Comporta por considerar que o processo não reunia condições de “isenção, transparência e objetividade”. O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) veio prestar estes esclarecimentos depois de, esta semana, o Jornal de Negócios ter noticiado que o Ministério Público decidiu não levantar o arresto de bens da Rioforte.

Em comunicado, o departamento do Ministério Público começa por relembrar que o arresto preventivo das unidades de participação no Fundo Herdade da Comporta foi decretado a 15 de maio de 2015, no âmbito das investigações relacionadas com o caso Universo Espírito Santo. “Estas unidades de participação são detidas pela sociedade Rio Forte, em liquidação judicial no Luxemburgo, que formulou a pretensão de proceder à venda das mesmas”, refere o comunicado.

O levantamento deste arresto só seria autorizado “quando, na sequência de um processo de venda conduzido de acordo com os princípios de isenção, transparência e objetividade, surgisse uma proposta considerada apta a satisfazer os propósitos da tutela judicial“. Nesse caso, “o produto das vendas em causa ficaria à ordem dos autos, em substituição do arresto preventivo de bens e direitos”.

Em julho, o empresário Pedro Almeida anunciou que tinha fechado um contrato para comprar 59,9% do Herdade da Comporta FEIIF, o fundo de investimento que gere os projetos turísticos e imobiliários daquela zona. O valor da operação nunca foi revelado e, na altura, Pedro Almeida, que controla a holding de investimentos Ardma, disse que pretendia transformar a Comporta num “resort exclusivo e altamente atrativo para o mercado internacional”. O objetivo do empresário passava por comprar também a Herdade da Comporta — Atividades Agrosilvícolas e Turísticas, a empresa que gere os arrozais da zona.

Contudo, a operação acabou por não merecer o aval do Ministério Público, que tinha até 7 de novembro para autorizar o levantamento do arresto.

"O Ministério Público analisou a forma como foi conduzido o processo de venda, e detetou, no decurso das suas várias fases, procedimentos, envolvendo vários participantes, que indicavam terem sido preteridas as condições de isenção, transparência e objetividade.”

Ministério Público

“O Ministério Público analisou a forma como foi conduzido o processo de venda, e detetou, no decurso das suas várias fases, procedimentos, envolvendo vários participantes, que indicavam terem sido preteridas as condições de isenção, transparência e objetividade“, justifica o DCIAP. “Entendendo, assim, que não estavam reunidos os pressupostos judicialmente estabelecidos para alienação de ativos sob tutela judicial, o Ministério Público opôs-se, em 19 de outubro, ao requerido levantamento do arresto”, acrescenta.

“Em consonância com o promovido pelo Ministério Público, o juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal decidiu manter o arresto preventivo de tais bens. Esta decisão foi notificada aos interessados no passado dia 24 de outubro de 2017″, conclui o comunicado.

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Alemanha: desemprego atinge mínimos desde a reunificação

Durante este ano, a taxa de desemprego da Alemanha caiu para os 5,4%. Atualmente o país regista 2,39 milhões de pessoas desempregadas, o número mais baixo desde a reunificação do país.

A Alemanha tem motivos para se orgulhar, parece que está mesmo no bom caminho. A taxa de desemprego alemã continua a cair, e está atualmente nos valores mais baixos desde a reunificação do país, segundo avança o Le Monde (conteúdo em francês, acesso livre).

De acordo com dados publicados esta quinta-feira pela Agência Federal de Emprego, o número de desempregados no país reduziu 150 mil este ano, ficando abaixo da marca dos 2,5 milhões de pessoas. Atualmente, o país de Angela Merkel regista 2,39 milhões de pessoas sem emprego, um novo recorde desde a sua reunificação. A taxa de desemprego caiu 0,1 pontos percentuais, para os 5,4%.

O bom desempenho do mercado de trabalho continua“, disse Detled Scheele, diretor da Agência Federal de Emprego. Essa queda da taxa de desemprego deve-se especialmente à força da economia alemã e à procura de trabalhadores pelas empresas, que voltou a aumentar. De acordo com vários institutos de análise económica do país, a tendência de crescimento alemã deve continuar durante os próximos dois anos.

No espaço de um ano, foram criados 655 mil postos de trabalho na Alemanha e, atualmente, 32,4 milhões de pessoas têm um contrato de trabalho regular. A Câmara de Comércio e Indústria alemã espera que esta tendência se mantenha no próximo ano e prevê a criação de 600 mil postos de trabalho em 2018.

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OE é “oportunidade perdida” e agrava défice, diz Fórum para a Competitividade

  • Lusa
  • 3 Novembro 2017

A economia portuguesa está presa por "quatro grandes arames", diz o Fórum para a Competitividade: BCE, crescimento da zona euro, petróleo barato e turismo.

O Fórum para a Competitividade considera que a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2018 apresentada pelo Governo é “mais uma oportunidade perdida”, estimando que as medidas nele inscritas agravem o défice em 0,3%. Na nota mensal divulgada esta sexta-feira, o Fórum diz mesmo que se trata de um “mau OE”, apesar da cautela nas previsões macroeconómicas e nas poucas mudanças na área fiscal, onde espera que seja abandonada a ideia de aumentar a taxa de IRC.

"Estimo que as medidas que o Governo tomará para 2018 terão um impacto de agravar o défice em 0,3%. Assim, estimo que o Governo possa de facto cumprir a meta de 1%, mas dependerá da conjuntura económica.”

Joaquim Miranda Sarmento

Fórum para a Competitividade

“Estimo que as medidas que o Governo tomará para 2018 terão um impacto de agravar o défice em 0,3%. Assim, estimo que o Governo possa de facto cumprir a meta de 1%, mas dependerá da conjuntura económica, bem como de um controlo da despesa com serviços e investimentos e de poupanças nos juros”, refere o economista Joaquim Miranda Sarmento (ISEG), que assina a análise.

“O caminho continua difícil, e quem achou que a austeridade diminuiria, creio que está equivocado”, indica. Para o economista, “não há consolidação orçamental estrutural”.

“Pelo contrário, o défice estrutural está, na melhor das hipóteses a manter-se, embora possa agravar-se. Isto porque estamos, mais uma vez, a repetir a receita do passado: aposta num modelo de crescimento baseado no consumo e na dívida, e aumento da despesa pública estrutural (sobretudo salários e prestações sociais) com base em receita cíclica”, refere.

"Estamos, mais uma vez, a repetir a receita do passado: aposta num modelo de crescimento baseado no consumo e na dívida, e aumento da despesa pública estrutural (sobretudo salários e prestações sociais) com base em receita cíclica.”

Joaquim Miranda Sarmento

Fórum para a Competitividade

Outro aspeto relevante para João Miranda Sarmento é que “num momento em que o saldo primário deveria estar a aumentar, em 2018 é praticamente igual ao de 2017 (2.5% do PIB quando o Programa de Estabilidade apontava para um saldo primário em 2018 acima dos 3%)”. Para o economista, “isto é crítico para a redução da dívida pública”. Além disso, os dados que constam do relatório do OE 2018 mostram como a consolidação é “ilusória” e, mais uma vez, meramente conjuntural.

“Segundo o Governo, o efeito conjugado na redução do défice do aumento da receita e do ciclo económico foi de 2% PIB, sendo que ainda houve menos despesas com juros e com subsídio de desemprego num total de 0,3% PIB”, afirma.

O economista do Fórum para a Competitividade considera que com uma política orçamental conservadora e prudente, Portugal teria já em 2017 atingido um equilíbrio orçamental nominal. Infelizmente, continua, a opção foi aumentar a despesa: pessoal (0,3 pontos percentuais), investimento, (sobretudo nas autarquias, mais 0,5 pontos percentuais) e outras despesas (1 ponto percentual), obtendo um défice de 1,4% em 2017.

O Fórum duvida, assim, que seja possível passar de um défice de 1,7% em 2017 para um défice de 1% em 2018 estimado pelo Governo. Segundo João Miranda Sarmento, a economia portuguesa está presa por “quatro grandes arames”: uma política monetária expansionista do BCE [Banco Central Europeu], um crescimento moderado das economias europeias, o baixo preço do petróleo e um efeito de crescimento do turismo, pois embora outros setores estejam também a crescer, o turismo sustenta parte considerável do crescimento.

Estes são “fatores conjunturais que geram crescimento cíclico, que gera receita cíclica (ou menos despesa de juros no caso do BCE, que vai mantendo as taxas de juro historicamente baixas), que financia despesa estrutural”, indica.

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Fenprof marca greve nacional para 15 de novembro

  • Lusa
  • 3 Novembro 2017

Os professores vão estar em greve no dia em que se discute no parlamento o Orçamento do Estado para o setor. Está marcada também uma concentração em São Bento.

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) anunciou esta sexta-feira uma greve nacional para 15 de novembro e apelou aos docentes para se concentrarem no parlamento nesse dia, durante a discussão do Orçamento de Estado para o setor.

“É importante os professores estarem unidos para fazerem uma tremenda greve e uma grande concentração junto à Assembleia da República no dia em que vai estar em discussão o Orçamento da Educação”, afirmou o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, durante uma conferência de imprensa, em Lisboa.

"É importante os professores estarem unidos para fazerem uma tremenda greve e uma grande concentração junto à Assembleia da República no dia em que vai estar em discussão o Orçamento da Educação”

Mário Nogueira

Secretário-geral da Fenprof

O dirigente sindical apelou também à participação dos professores na manifestação nacional que a CGTP vai realizar no dia 18 em Lisboa.

O principal motivo de protesto dos professores, neste momento, está relacionado com o descongelamento das carreiras e a contagem do todo o tempo de serviço, continuando também em cima da mesa reivindicações relativas aos horários de trabalho e um regime especial de aposentação.

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Capoulas Santos alerta para “corrida à plantação do eucalipto” até fevereiro

  • ECO
  • 3 Novembro 2017

O ministro da Agricultura afirma estar "profundamente empenhado em cumprir o programa do Governo", bem como a reforma da floresta iniciada em agosto do ano passado.

Em entrevista ao Diário de Notícias, Luís Capoulas Santos falou dos planos do Governo relativamente à floresta na sequência dos incêndios que consumiram hectares de floresta por todo o país entre junho e outubro deste ano. Embora estejam todos aprovados, o ministro salvaguarda que várias medidas previstas pelo Governo ainda esperam aprovação. O tema central da conversa foi o eucaliptal. Nas palavras do ministro da Agricultura, “há risco de uma corrida à plantação de eucalipto” até fevereiro, altura em que as alterações propostas pelo Governo de António Costa entrarão em vigor.

Perante a “lei Cristas”, que aprovava a plantação de eucaliptal, o ministro avançou que o Executivo compromete-se a cumprir as leis até que as alterações sejam aprovadas. As mudanças, porém, apenas entrarão em vigor “daqui a vários meses”, diz. “Somos, contra a nossa vontade, obrigados a cumprir a lei Cristas, que de alguma forma liberalizou a plantação de eucaliptos”, assume.

Sobre a possibilidade de ter aprovado as alterações mais cedo, o ministro atribui a responsabilidade ao Parlamento: “O Governo aprovou esta legislação em março, em Conselho de Ministros, remeteu-a ao Parlamento, que a aprovou em julho e decidiu que apenas entraria em vigor seis meses depois”, explica.

Quanto à reforma da floresta, Capoulas Santos avança que o Ministério da Agricultura poderá dispor de, pelo menos, 170 milhões de euros. O montante virá de contribuições nacionais e fundos europeus, explica: “O que está no Orçamento é a comparticipação nacional que alavanca os fundos comunitários”. Quanto aos agricultores será encaminhado um processo conjunto entre o Ministério da Agricultura e o orçamento da Segurança Social. Neste sentido, o ministro estabeleceu três patamares de pagamentos. “Até aos 1.053 euros haverá um processo muito simplificado que permitirá indemnizar 100% dos prejuízos sofridos por estes agricultores”, refere. Entre os 1.053 e os 5.000, o Governo contará com o programa de Desenvolvimento Rural, cofinanciado pela UE, de forma a cobrir 100% dos prejuízos sofridos nos incêndios. Nos pagamentos acima dos 5.000, o ministério cobrirá apenas 50%.

Um outro tema abordado na entrevista foi o banco de terrenos sem dono, sobre o qual o ministro responsável pela Agricultura contou que, apesar do Parlamento ter chumbado a proposta, o Executivo pode avançar com a atuação, pelo menos nos terrenos florestais, prevista através do Código Civil, segundo o qual os bens sem dono podem ser apropriados pelo Estado. “Portanto, o Código Civil permitir-nos-á contornar o banco de terras“, conclui. Já no que toca aos terrenos agrícolas, Capoulas Santos admite que a apropriação “vai ser mais difícil, senão mesmo impossível”. Os planos do banco de terrenos agrícolas sem dono permitiria ao Governo primeiramente arrendar os campos agrícolas e posteriormente vendê-los. O dinheiro reverteria para um fundo, através do qual o Estado compraria e distribuiria mais terrenos. “A inexistência do banco de terras é um impedimento para a distribuição de terras a novos agricultores e a jovens agricultores”, acrescenta.

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Líder alemã Zalando chega a Portugal e cria 50 novos empregos

  • ECO
  • 3 Novembro 2017

Novo centro tecnológico da gigante da moda alemã vai ser inaugurado, em 2018, em Lisboa. No primeiro ano de operações, serão criados mais de 50 empregos.

Um passo à frente das expectativas dos clientes. É sempre assim que a Zalando se quer manter. A plataforma de moda online líder na Europa vai, por isso, abrir o seu terceiro centro tecnológico internacional. E, desta vez, escolheu vir para Lisboa.

A inauguração na capital portuguesa está marcada para o início de 2018 e irá criar mais de 50 empregos, só no primeiro ano de operações (a previsão é que esse número cresça, posteriormente). Nesse sentido, a gigante alemã está neste momento a recrutar nas áreas de engenharia de software frontend e backend, product managment e design. A localização do centro ainda não está fechada, mas Mark Lamik adianta que com certeza ficará no centro da capital portuguesa.

O líder de parcerias e inovação explica que a vinda para Portugal fica a dever-se ao “ecossistema de startups fervilhante”, com as quais a Zalando gostaria de trabalhar. “Queremos contratar os melhores profissionais”, acrescenta.

Lançamento da Zalando em Lisboa.D.R.

Decisões como as da Zalando permitem-nos dizer que estamos agora a atrair as melhores empresas da Europa“, sublinhou o vice-presidente da Câmara de Lisboa, no evento de apresentação do novo centro. Duarte Cordeiro prometeu que o município fará um esforço para que a gigante alemã tenha sucesso em Portugal. “A Zalando personifica tudo o que queremos atrair, pela sua visão corporativa de sustentabilidade”, acrescentou o dirigente. “Bem-vindos e sejam felizes em Lisboa”, deixou a nota o vice-presidente.

"A Zalando personifica tudo o que queremos atrair, pela sua visão corporativa de sustentabilidade.”

Duarte Cordeiro

Vice-presidente da câmara de Lisboa

O novo centro tecnológico (o terceiro fora da Alemanha) irá focar-se no desenvolvimento de uma melhor experiência digital para os clientes da loja de moda. A Zalando está atualmente presente em 15 mercados europeus, não sendo Portugal um deles. Ao ECO, Mark Lamik avançou que a expansão da plataforma para os consumidores portugueses não está ainda prevista, tendo em conta que os armazéns da empresa estão localizados no centro da Europa e a Zalando não conseguiria assim garantir o mesmo padrão de qualidade dos seus serviços.

Além de Lisboa, a gigante alemã conta ainda com escritórios em Dublin (onde tem um centro de insights da moda) e em Helsínquia (onde tem um centro tecnológico). Em 2016, a plataforma contou com 21 milhões de utilizadores, de acordo com o líder de parcerias e inovação.

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EDP revê lucros em baixa mas mantém dividendo de 19 cêntimos. Ações caem 4%

A EDP reviu as suas estimativas para o lucro em baixa para este ano, mas isso não impede a elétrica de manter o dividendo de 19 cêntimos, segundo vai anunciar António Mexia aos analistas.

A EDP EDP 0,84% reviu as suas estimativas para o lucro em baixa para este ano, mas isso não impede a elétrica de manter o dividendo de 19 cêntimos, segundo vai anunciar António Mexia em conference call com os analistas. Ações mantêm-se em queda de 4%.

A empresa espera agora obter um lucro entre 850 milhões e 900 milhões de euros em 2017, abaixo da anterior projeção de cerca de 919 milhões de euros, isto sem contar com o impacto positivo da venda da Naturgas e da Portgas, segundo a apresentação aos investidores que foi publicada ao final desta manhã na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Os analistas sondados pela Bloomberg esperam um lucro em torno dos 867 milhões de euros.

Ainda que tenha revisto os resultados em baixa, incluindo o EBITDA recorrente, devido à maior pressão no segmento de produção e distribuição de eletricidade na Península Ibérica com os custos regulatórios e questão da meteorologia, a EDP mantém o dividendo nos 0,19 euros por ação.

A elétrica liderada por António Mexia adianta ainda que vai proceder a uma atualização da sua estratégia para 2020 no segundo trimestre do próximo ano, prometendo “dar maior visibilidade em relação aos objetivos financeiros” até esse período.

Entretanto, na bolsa de Lisboa, os títulos da EDP continuam sob forte pressão vendedora. Chegaram a cair quase 5%, estando neste momento a ceder 3,2% para 2,999 euros, com quase sete milhões de títulos transacionados só durante a manhã, acima da média diária de 6,4 milhões de papéis dos últimos 12 meses.

A EDP apresentou esta quinta-feira um lucro de 633 milhões de euros. Contando com a venda da Naturgas em Espanha, o resultado líquido foi de 1.147 milhões de euros.

Embora os resultados tenham ficado em linha com o esperado pelos analistas, o tom negativo do mercado em relação ao título tem sobretudo a ver com as perspetivas mais difíceis para a EDP no próximo ano.

“A estratégia está em linha mas as margens apertadas na Ibéria e os cortes regulatórios em Portugal antecipam um ano de 2018 difícil e os 886 milhões de euros de consenso para o resultado líquido podem ser demasiado otimistas neste momento”, alerta o CaixaBank BPI numa nota enviada aos clientes esta quarta-feira.

A mesma preocupação é revelada pelo Haitong. “Tememos que a evolução dos resultados continuem a ser desfavoráveis para as ações durante algum tempo, nomeadamente devido às recentes decisões regulatórias negativas em Portugal, o que poderá a recuperação do sentimento dos investidores em relação à EDP”, defende o banco de investimento.

Títulos da EDP em baixa

(Notícia atualizada às 12h05)

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Centeno diz que OE2018 tem 1.156 milhões de cativos

  • Margarida Peixoto e Marta Santos Silva
  • 3 Novembro 2017

O debate do OE2018 arrancou com a polémica das cativações. Esquerda e direita criticam falta de transparência na execução do Orçamento aprovado na Assembleia da República.

Mariana Mortágua, deputada do BE, pressionou Centeno com o tema das cativações no segundo dia de debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2018.

Na sua intervenção inicial, Mário Centeno tinha avisado a esquerda de que as conquistas conseguidas se podem perder “rapidamente” e tinha feito questão de vincar a diferença entre as políticas do atual Governo e as da direita. Mas Mariana Mortágua, deputada bloquista, respondeu com um alerta para a troca: há “margem zero no défice” e as despesas são para executar, não para cativar. Centeno acabou por revelar o valor dos cativos no OE2018: 1.156 milhões de euros.

Nos pedidos de esclarecimento ao ministro das Finanças, a deputada do Bloco endureceu o tom e regressou ao tema das cativações, um dos assuntos sobre os quais Governo e bloquistas ainda não se entendem. Explicou que “as metas estabelecidas são compromissos mínimos que é preciso cumprir” e deixou bem claro que “não são verbas máximas de despesa, são compromissos”. Por isso, frisou, há “margem zero no défice”, ou seja: o resultado final não deve ficar melhor do que a meta, deve ficar na meta.

Mariana Mortágua sublinhou que as cativações de despesa — uma técnica de gestão orçamental que dá o poder ao ministro das Finanças de autorizar, ou não, o gasto de parte das verbas aprovadas pelo Parlamento — são pouco transparentes e exigiu uma “redução substancial das cativações não só em valor absoluto, mas também em percentagem de despesa” aprovada no Orçamento do Estado.

Mário Centeno foi forçado a responder com o valor implícito de cativações presente na proposta de OE2018, um número que já tinha sido pedido pela bloquista na semana passada mas sobre o qual o ministro se tinha limitado a dizer que ficava muito abaixo do registado este ano. Desta vez, Centeno esclareceu: “Os cativos que se antecipam decorrentes da lei são de 1.156 milhões de euros, o que compara com 1.423 milhões de euros” no atual OE.

Este valor ainda não é o montante total, uma vez que o ministro estará apenas a contar com as cativações aplicadas através da lei do Orçamento do Estado. O habitual é que o decreto-lei de execução orçamental some algumas cativações — foi assim nos Orçamentos de 2016 e 2017, anos em que as cativações totais subiram para 1.746 milhões de euros e 1.881 milhões de euros, respetivamente, segundo cálculos da Unidade Técnica de Apoio Orçamental.

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Bem-estar dos portugueses continua a subir. Valor mais alto desde 2004

  • ECO
  • 3 Novembro 2017

A qualidade de vida dos portugueses continua a melhorar, de acordo com o INE. O indicador que mede o bem-estar regista o melhor resultado desde que há registo, ou seja, 12 anos.

O Índice de Bem-Estar (IBE) em Portugal continua a sua evolução positiva desde 2004. A acompanhar esta evolução, as condições materiais de vida também seguiram a recuperar, algo que tem vindo a registar-se desde 2013. Os números revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), esta sexta-feira, apontam que o indicador poderá ter chegado em 2016 ao nível mais alto desde que há registo, nos 123,7%, graças o crescimento de três das 10 variáveis que compõem o índice.

O indicador que mede o bem-estar da população assenta nos índices de Condições Materiais de Vida e de Qualidade de Vida. Entre 2004 e 2013, ambos evoluíram em sentidos opostos, com o primeiro a seguir em queda e o segundo em crescimento. A partir de 2014, as condições materiais inverteram, começando uma dinâmica de evolução positiva.

A evolução do IBE e dos seus índices

Fonte: INE

Já a qualidade de vida cresceu, entre 2004 e 2008, 8,8 pontos percentuais. A partir de então, e até 2015, o indicador apresentou uma evolução de 23,5 pontos percentuais. As previsões do instituto de estatística preveem que a evolução total seja de 37,4 pontos percentuais. Já no que toca às condições materiais de vida, o decréscimo registado antes da crise era de 4,1 pontos percentuais, entre 2004 e 2008. Entre 2008 e 2015, a queda é de 7,6 pontos percentuais, apesar da recuperação a partir de 2014.

Entre 10 variáveis, três apresentam um crescimento favorável

Das 10 variáveis que compõem o Indicador de Bem-Estar, a educação, a participação cívica e governação e o ambiente são as que apresentam um maior crescimento, com o primeiro claramente demarcado dos restantes. Por outro lado, as relações sociais e bem-estar subjetivo permanecem praticamente estáveis desde 2010.

No período analisado, a educação tem vindo a apresentar uma tendência de crescimento desde 2004, e os dados provisórios estimam que em 2016 poderá ter chegado aos 213,5. Após ter tocado em mínimos em 2010, a participação cívica e governação tem vindo a crescer, tendo chegado aos 147,6 em 2015 e podendo ter alcançado os 148,2 no ano passado. Relativamente ao ambiente, o índice começa a recuperar da queda de 2015, pelo que no ano seguinte pode ter estado nos 131,5.

O IBE e respetivas variáveis entre 2004 e 2016

Fonte: INE

Desemprego e “vulnerabilidade económica” prejudicam condições materiais de vida

Os números do INE apontam que o índice de trabalho e remuneração, analisado nas condições materiais de vida, apresenta a evolução mais desfavorável, sendo o desemprego o principal indicador responsável. No entanto, a partir de 2013, vários indicadores apresentam uma recuperação, e 2016 pode confirmar essa subida. Em causa poderá ter as recentes medidas tomadas pelo Governo, nomeadamente o desaparecimento da sobretaxa para todos os escalões de rendimento, o alívio do IRS que abrange até o terceiro escalão.

No que toca à vulnerabilidade económica, o índice tem vindo a passar por uma queda durante nove anos. Apesar da recuperação a partir de 2014, os valores continuam abaixo do número base de 2004. De acordo com o INE, os números refletem uma “progressiva vulnerabilidade das famílias induzida pelo afastamento das mesmas do mercado de trabalho, pelos elevados níveis de endividamento e pela intensificação da dificuldade em pagar os compromissos assumidos com a habitação”.

Notícia atualizada às 12h51.

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Rui Rio: “Comigo, o PSD vai lutar pelo primeiro lugar”

O candidato à liderança do PSD garantiu que consigo a liderar o PSD, o partido não vai passar pelo mesmo que passou nas eleições autárquicas. Assegurou que "vai lutar pelo primeiro lugar".

Rui Rio garantiu esta manhã, em entrevista à Antena 1, que o PSD vai concorrer às eleições legislativas para ganhar, assegurando que o cenário que se passou nas autárquicas não se vai repetir nas legislativas, avança o Público (acesso condicionado).

“Comigo a líder, o PSD não pode aparecer nas legislativas da mesma forma que apareceu nas autárquicas. Vai lutar pelo primeiro lugar. A forma como se consegue fazer um governo de Estado a seguir, logo se verá”, diz.

Com esta declaração, o economista deixa em cima da mesa a hipótese de se chagarem a entendimentos pós-eleitorais. “Aquilo que devemos fazer é procurar os melhores entendimentos para reformas estruturais que não serão feitas de outra forma. É o país que perde”, diz. Acrescentou ainda que, consigo, o PSD estará “mais disponível para falar com os outros” e menos disponível para táticas pessoais. “Essas coisas, pá… que eu não gosto”.

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José Mourinho defende fim de processo de evasão fiscal

O treinador português disse ao juíz responsável pelo caso que já tinha pago todos os montantes em falta e que, por isso, o processo deveria ser encerrado.

O atual treinador do Manchester United apresentou-se, esta sexta-feira, ao juiz responsável pelo processo de evasão fiscal em que está envolvido, a quem disse que já tinha pago todos os valores em atraso e que, por isso, o caso devia ser encerrado.

Já “paguei o que tinha de pagar” e agora “acabou”, garantiu à Lusa, à saída do tribunal. Mourinho é acusado de evasão fiscal, avaliada em 3,3 milhões de euros entre 2011 e 2012, altura em que era treinador do Real Madrid.

“Quando saí do Real Madrid [2013] fui informado de que a minha situação fiscal estava toda regularizada”, no entanto, acrescentou que dois anos depois voltou a ser notificado de que, afinal, a situação não estava regularizada, e que “para a regularizar, tinha de pagar uma determinada quantia”. Garantiu que assim o fez e que “o processo está fechado”.

José Mourinho apresentou em 2011 e 2012 as declarações fiscais em Espanha sem, no entanto, incluir os lucros obtidos com a cedência dos direitos de imagem a empresas com sede em paraísos fiscais. Em 2015 confirmou que não declarou os diretos de imagem e pagou uma multa de 1,14 milhões de euros. Mas, ainda assim, para o fisco espanhol o caso não ficava por aqui.

Fonte do Tribunal Superior de Justiça disse à Lusa que “a fase de instrução continua” e que “a situação de Mourinho é a mesma” daquela que tinha quando se apresentou para prestar declarações na manhã desta sexta-feira.

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