Bruxelas multa Scania em quase 900 milhões de euros

  • ECO e Lusa
  • 27 Setembro 2017

A União Europeia mostrou mão pesada junto do fabricante de camiões sueca. Trata-se da segunda maior multa de sempre num caso relacionado com violação de regras de concorrência.

A União Europeia multou a Scania num total de 880,5 milhões de euros por desrespeito de regras de concorrência. Trata-se da segunda maior multa do género, depois da de mil milhões de euros à Dailmer no ano passado. Em causa está a prática de cartel com outros cinco: MAN, DAF, Daimler, Iveco e Volvo/Renault. A Scania recusou-se a chegar a um acordo com a Comissão Europeia.

Margrethe Vestager, comissária europeia para questões de concorrência, afirma em comunicado que “este cartel afetou substancialmente vários fabricantes europeus, uma vez que a Scania e outros construtores de camiões no grupo produziram mais de 90% dos veículos pesados vendidos na Europa”. Além disso, a fabricante sueca fez recair sobre os seus clientes os custos necessários para as suas atualizações tecnológicas, nomeadamente no que toca a emissões de gases.

De acordo com a Bloomberg, a empresa sueca já teria guardado um montante de 3,8 mil milhões de coroas suecas (398 milhões de euros) para cobrir possíveis acusações de antitrust, após a cobrança de três mil milhões de euros por Bruxelas a um conjunto de fabricantes (Daimler, Volvo/Renault e Iveco e DAF) por terem constituído um cartel entre si, combinando os preços praticados no mercado durante mais de 14 anos.

 

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Dólar ganha terreno junto dos investidores. Euro reforça queda

  • ECO
  • 27 Setembro 2017

O euro está a perder atratividade nos mercados. Nos EUA, o dólar ganha terreno rumo à valorização, com as recentes medidas fiscais de Trump e a possível subida das taxas de juro anunciadas por Yellen.

O euro continua a cair, acentuando a tendência registada desde o início desta semana. A moeda europeia segue a desvalorizar 0,44% para os 1,1742 dólares. A empurrar a divisa ainda mais para baixo estão as recentes declarações de Janet Yellen sobre as taxas de juro norte-americanas, mas também a política fiscal do presidente Donald Trump.

Os eventos recentes fazem subir as expetativas de valorização do dólar, tornando a moeda mais atrativa para os investidores, em detrimento do euro. Janet Yellen, líder da Reserva Federal dos EUA, anunciou uma possível subida das taxas de juro no final deste ano. Para Yellen seria imprudente deixar as taxas intactas até a economia norte-americana atingir uma inflação de 2%.

A contribuir para esta evolução do euro no mercado cambial está também Donald Trump, que anunciará uma reforma fiscal que passa por aliviar a carga de impostos junto das empresas e dos contribuintes com maiores rendimentos. Segundo a Axios, o IRC poderá cair 35% para 20%, e os impostos mais altos terão um corte dos atuais 39,6% para os 35%. Já o os contribuintes com menores rendimentos passarão por um aumento dos 10% para os 12% de impostos.

Os planos de Trump poderão assim levar a Fed a aumentar ainda mais as taxas de juro, tornando mais apetecível o investimento na moeda norte-americana face à europeia. Simultaneamente, o Banco Central Europeu mantém a taxa de juro de referência para a Zona Euro em mínimos históricos de 0%, retirando o poder atrativo do euro.

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Ministra admite uso da blockchain na votação do orçamento participativo em Portugal

Maria Manuel Leitão Marques deixou em aberto a hipótese de a blockchain vir a ser usada para permitir votar online, com integridade, no Orçamento Participativo Portugal. Chatbots também estão na mira.

A ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, colocou em cima da mesa a hipótese de a blockchain vir a ser usada em Portugal para registar votos online na votação do Orçamento Participativo Portugal. A blockchain é o livro de registo digital, inviolável, que está na base do funcionamento da moeda digital bitcoin.

Maria Manuel Leitão Marques falava na sessão de abertura do 27º Digital Business Congress da APDC quando levantou três questões acerca da aplicação de novas tecnologias, inovadoras, na administração pública portuguesa. A primeira foi: “Será possível utilizar tecnologia blockchain para registar votos online no OPP e garantir a integridade dos resultados finais?”

A blockchain permitiria maior segurança na votação eletrónica ou online, sendo que a blockchain é uma tecnologia conhecida por permitir, pelo menos em teoria, o anonimato de quem executa a operação e a integridade de toda a cadeia.

O slide em que Maria Manuel Leitão Marques levantou três hipóteses tecnológicas para o setor público, incluindo o uso da blockchain na votação do Orçamento Participativo Portugal

“Será possível garantir ao cidadão o controlo sobre os seus dados, autorizando os serviços públicos ou privados a aceder apenas à informação necessária para a realização de um determinado serviço? Será que a blockchain vai finalmente tornar viável, com muito mais ambição e rapidez, concretizar o princípio once-only?“, acrescentou a ministra.

Outra das questões, ao nível tecnológica, foi: “Será possível substituir alguns serviços de atendimento online por chatbots [algoritmos informáticos capazes de manter uma conversa com um humano e de executar operações]?” A terceira questão foi: “Será possível prever o grau de risco de desemprego de longa duração por cada novo instituto no IEFP?”

A ministra da Presidência e da Modernização Administrativa reconheceu, porém, que é preciso experimentar tudo primeiro e só depois escalar estas inovações. Além do mais, não é possível adotá-las “todas de uma vez na Administração Pública” nem é possível fazê-lo “simplesmente por terem o brilho da novidade”.

Por fim, a ministra alertou que existem riscos ligados à cibersegurança, que 26% dos portugueses ainda não utiliza a internet e que “não há uma solução fácil” para resolver este problema. Ainda assim, reiterou o compromisso de empenhar esforços para “melhorar estes indicadores em estrita colaboração com a administração local”. “Por cada cidadão digitalizado, todos ficamos a ganhar”, concluiu.

Nota de correção: Numa versão anterior deste artigo, era indicado que a ministra Maria Manuel Leitão Marques teria deixado em aberto o uso da blockchain nas eleições em Portugal. No entanto, a governante referia-se, sim, ao uso desta tecnologia na votação do Orçamento Participativo Portugal.

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Autoridade Tributária apreende mais de 700 mil cigarros em bagagem de porão

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 27 Setembro 2017

Em causa está uma dívida potencial de 125 mil euros a título de direitos aduaneiros, IVA e imposto sobre o tabaco, refere o Ministério das Finanças.

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) apreendeu 706.320 cigarros transportados em 50 bagagens de porão. Em causa está uma dívida potencial de 125 mil euros a título de direitos aduaneiros, IVA e imposto sobre o tabaco, refere um comunicado do Ministério das Finanças. Os cigarros, de várias marcas, eram transportados em voo proveniente de Luanda.

“No âmbito da defesa da fronteira externa, a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), através da Alfândega do Aeroporto de Lisboa, procedeu à apreensão de 706.320 cigarros de várias marcas (Camel, Kingsport, Marlboro e Rothmans) transportados em 50 bagagens de porão, por viajantes de ambos os sexos, em voo procedente de Luanda”, avança o comunicado enviado às redações.

O tabaco será agora “objeto de inutilização conforme imposição legal”, adianta ainda. De acordo com o Ministério das Finanças, a apreensão do tabaco “só foi possível com a colaboração da equipa da PSP que assegurou a manutenção da ordem pública, e da GNR”.

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APDC: “Haverá uma destruição maciça de postos de trabalho”

Rogério Carapuça, presidente da APDC, alertou que a transformação digital está mais rápida e que "haverá uma destruição maciça" de empregos e criação de outros altamente qualificados noutras áreas.

O presidente da APDC, Rogério Carapuça, alertou esta quarta-feira que a transformação digital está a acelerar de forma “exponencial” e que “haverá uma destruição maciça de postos de trabalho”, enquanto serão criados novos empregos altamente qualificados “em áreas completamente distintas”.

“Haverá uma destruição maciça de postos de trabalho. É bom que tenhamos noção disso. Mas haverá criação de novos postos de trabalho em áreas completamente distintas. Empregos altamente qualificados”, defendeu o presidente da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), que organiza esta quarta e quinta-feira um congresso dedicado ao mundo digital.

“É urgente transitar para o digital e é preciso continuar a estudar”, referiu Rogério Carapuça. “Com os dados que todos os dias são gerados, com os novos modelos de computação, com a inteligência artificial e com a robotização, agora sim, a transformação digital começa a ser exponencial. Agora sim, tudo é possível. A transformação digital é uma revolução como outras que existiram na humanidade. Está mais rápida, mais caótica. Não é mais uma revolução. É a revolução instantânea”, declarou.

Haverá uma destruição maciça de postos de trabalho. É bom que tenhamos noção disso.

Rogério Carapuça

Presidente da APDC

Pondo as coisas em perspetiva, o presidente da APDC recordou que, hoje, a economia portuguesa vale 1/4 da Apple, a fabricante do iPhone, enquanto a espanhola vale apenas uma Apple. Já os Estados Unidos, a maior economia do mundo, vale “apenas” 25 vezes a marca da maçã.

Por fim, Rogério Carapuça apontou que os portugueses precisam de obter mais competências digitais e que estas “devem começar” a ser lecionadas “nas escolas primárias”, porque “mesmo para aqueles que não vão trabalhar no setor, as competências digitais serão sempre necessárias”, salientou. Deixou ainda o alerta de que é necessário “promover a inclusão de todos os cidadãos” neste universo digital, pois “a liberdade, hoje, significa saber o suficiente para se poder escolher”, concluiu.

O 27º Digital Business Congress da APDC reúne no CCB os responsáveis por empresas que valem quase 10% de toda a riqueza gerada no país durante um ano. Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, deveria ter estado presente nesta sessão, mas a visita oficial a Angola não permitiu que chegasse a tempo do congresso.

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Férias ditam maior rombo de sempre nos depósitos. Crédito ao consumo cresce

O dinheiro depositado pelos portugueses na banca encolheu em 2.204 milhões de euros em agosto. Trata-se da maior fuga de sempre e coincide como período das férias.

Agosto foi o mês de muitos portugueses irem a banhos e parecem ter levado os bolsos recheados de dinheiro. Nesse mês, o valor depositado pelos portugueses nos bancos sofreu o maior rombo de sempre. Dados do Banco Central Europeu (BCE) indicam que nesse mês, o “bolo” total dos depósitos encolheu em 2.204 milhões de euros. Além de gastarem poupanças também recorreram mais ao crédito ao consumo.

Segundo os dados da entidade liderada por Mario Draghi, em agosto, os portugueses detinham um total de 141.311 milhões de euros aplicados em depósitos. Este montante corresponde a uma quebra de 2.204 milhões de euros em comparação com os 143.515 milhões de euros que estavam depositados em julho.

Trata-se da maior quebra do histórico do BCE, cujo início remonta a janeiro de 2003, com o saldo dos depósitos a encolher para mínimos de abril de 2017. Os números registado sem agosto deste ano aceleram uma tendência que já se tinha observado no mesmo mês do ano passado, quando o saldo dos depósitos encolheu em 2.114 milhões de euros.

Depósitos em queda

Fonte: BCE | Valores em milhões de euros

A quebra registada nos depósitos revela a maior disposição dos portugueses a abrir os cordões à bolsa no período das férias, aproveitando a melhoria das perspetivas económicas do país.

Os números do BCE revelados esta quarta-feira comprovam a cada vez menor apetência dos portugueses para a poupança. O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou há poucos dias dados que sinalizam que a taxa de poupança das famílias portuguesas está próxima de níveis mínimos. No ano terminado em junho de 2017, as famílias pouparam apenas 5,2% do seu rendimento disponível.

A menor predisposição para poupar coincide com um período da melhoria das perspetivas face à recuperação da economia. Os últimos dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) português atestam isso mesmo. No final da semana passada, o INE reviu em alta, pela segunda vez, o crescimento do PIB do segundo trimestre deste ano para 3%, o valor mais alto dos últimos 17 anos.

Crédito ao consumo a subir. O resto continua a cair

Ilustrativo da maior disposição para gastar dinheiro estão os números do crédito ao consumo. Também de acordo com dados disponibilizados pelo BCE, o bolo total do crédito ao consumo cresceu em 370 milhões de euros, em agosto, face ao mês anterior. O saldo total deste tipo de crédito aumentou assim em 2,87%, para 13.275 milhões de euros, no final de agosto.

Esta finalidade de crédito foi, aliás, a única que acelerou em agosto. Os restantes tipos de crédito continuam a apresentar uma tendência de quebra. Em agosto, o saldo do crédito à habitação encolheu em 71 milhões de euros, para um total de 94.400 milhões de euros. Já no crédito com outros fins a quebra foi de 309 milhões de euros, para 8.297 milhões de euros.

A mesma tendência se observou no que respeita ao crédito às empresas. O saldo dos empréstimos para esse segmento recuou em 255 milhões, para um total de 75.609 milhões de euros, em agosto.

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Cabify quer alterações no acesso ao aeroporto de Lisboa

  • Lusa
  • 27 Setembro 2017

Serviço de aluguer de transporte pretende duplicar número de viaturas, depois de quase um ano a operar em Portugal. Diretor regional da Cabify aconselha taxista a inovar e a melhorar.

O diretor regional para a Europa da Cabify, Mariano Silveyra, disse à Lusa que a plataforma digital de aluguer de transporte pretende aumentar a oferta em Portugal e defendeu que o acesso ao aeroporto de Lisboa devia mudar.

Escusando-se a pormenorizar o número de viaturas, em entrevista à agência Lusa, Mariano Silveyra adiantou o objetivo de, “pelo menos, duplicar” a oferta.

Fazendo um balanço positivo da operação em Portugal, que soma cerca de um ano, o responsável referiu que na “praça difícil” do aeroporto a situação poderia melhorar.

“O setor tradicional de táxi vai tentar defender e manter a situação de monopólio. A nível de plataformas há restrições e só se pode aceder através de estacionamento particular, que é pago, e que não tem muito sentido”, criticou.

A empresa foi criada em Espanha há cerca de seis anos e nesta altura quer crescer em vários segmentos, pelo que “se pensa em produtos novos e em potenciar outros, como o ‘corporate’, que é dirigido para empresas e turistas”.

“Preocupamo-nos com a mobilidade enquanto conceito geral”, sublinhou o responsável à Lusa, referindo estarem a ser estudadas outras alternativas de mobilidade através da “inovação e tecnologia”.

Afirmando que se trata de um negócio de “máxima eficiência”, Silveyra acrescentou a importância da relação com o utilizador.

Isto, num momento em que decorre uma “etapa de relançamento para corrigir algumas distorções, por haver demasiada dispersão, demasiada cobertura geográfica” e que impedia a imediatez do serviço.

“A ideia é crescer e saturar para poder gerar essa sensação de imediatez e qualidade do serviço”, explicou.

A aposta é num crescimento mais rápido do que “nos últimos seis ou oito meses, mas com uma estratégia diferenciada de crescer do centro para fora”.

Questionado sobre regulamentações da atividade, o espanhol notou que o seu país de origem é um dos “mais restritivos onde a Cabify opera, o que é um pouco desconcertante porque a empresa nasceu na Europa e foi fundada em Espanha e é uma ‘startup’ com êxito”.

“Em sentido contrário, Portugal tem uma visão mais aberta e inovadora”, garantiu.

Sobre a relação com taxistas, que têm criticado as plataformas, o responsável garantiu que estes condutores “são extremamente necessários neste novo modelo de mobilidade”, mas precisam de “se reconverter, melhorar e inovar mais do que nos últimos 70 anos”.

Novidades da operação devem surgir a meio de outubro ou novembro, mas o responsável já adiantou que querem avançar com propostas para garantir condições de estabilidade para os trabalhadores.

“Em Espanha há três mil famílias que vivem da Cabify e 90% estão satisfeitos”, disse Mariano Silveyra, recordando que a tecnologia permite que a atividade seja “100% transparente em horas, pagamentos, rendimentos”.

Para o responsável, qualquer legislação deve ter o utilizador no centro e assim abrir o caminho para que operadores ofereçam alternativas e bons serviços.

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Trump diz que seria “idiota” Catalunha separar-se de Espanha

  • ECO
  • 27 Setembro 2017

A cinco dias do referendo sobre a autodeterminação da Catalunha, o presidente norte-americano declara o seu apoio ao primeiro-ministro espanhol contra os separatistas.

Donald Trump acredita que a Catalunha “deve ficar unida” à Espanha. Durante a visita de Mariano Rajoy à Casa Branca, o presidente norte-americano declarou o seu apoio ao primeiro-ministro espanhol na luta contra os separatistas que defendem a independência da região autónoma.

“Penso realmente que o povo da Catalunha escolherá ficar em Espanha. Penso que seria idiota não o fazer. Trata-se de ficar num grande país, magnífico, com uma verdadeira história”, sublinhou Trump, relativamente ao referendo marcado para 1 de outubro sobre a autodeterminação da Catalunha.

Rajoy comprometeu-se a recorrer a todos os meios legais possíveis para evitar que os cidadãos da Catalunha participem nesse referendo, que já foi declarado ilegal pelo Tribunal Constitucional espanhol. No domingo, as urnas devem ficam sob controlo policial até às 21h00 e os acessos devem ser bloqueados pelas autoridades.

No mesmo sentido, pelo menos 14 membros do governo catalão foram detidos, na quarta-feira, numa operação que pretende parar o referendo.

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Lítio português é o fruto apetecido dos investidores. A culpa é dos veículos elétricos

  • Lusa
  • 27 Setembro 2017

No advento dos veículos elétricos, as reservas de lítio nacionais são um atrativo para os investidores. O aumento da procura do "metal do futuro" obrigou o Governo a abrir um concurso público.

O interesse pelo lítio português despertou em 2016, ano em que deram entrada 30 novos pedidos de prospeção e pesquisa deste metal, impulsionado pelo aumento da procura global devido à utilização nas baterias do automóvel elétrico.

Dos 46 requerimentos para a atividade de prospeção e pesquisa na Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), 30 visam o lítio como substância mineral principal, envolvendo um investimento de 3,8 milhões de euros para o período inicial de contrato – dois a três anos – e uma área total de 2.500 quilómetros quadrados.

Esta corrida ao lítio levou o Governo a avançar com uma “alteração da forma como são dadas as concessões”, como revelou recentemente o ministro da Economia, Caldeira Cabral, no parlamento, o que passará pela abertura de concurso público, até porque existem atualmente vários pedidos para as mesmas áreas de concessão.

Os pedidos que já deram entrada na DGEG passarão pelo crivo das novas regras, que deverão ser conhecidas ainda este ano.

De acordo com o relatório do grupo de trabalho ‘lítio’, constituído há um ano como resposta a este crescimento de pedidos de prospeção de exploração, a viabilidade deste metal parece ser inequívoca, sendo apelidado de “metal do futuro”, devido às suas aplicações de elevada tecnologia, nomeadamente espaciais, eletrónicas e químicas.

Em Portugal, a utilização de minérios de lítio tem estado confinada à indústria de cerâmica, sendo considerado mais-valia, uma vez que baixa o ponto de fusão, permitindo assim baixar o consumo energético das empresas. Mas “a partir deste momento faz sentido desenvolver uma reflexão sobre os conteúdos em lítio dos vários minerais, bem como dos respetivos teores médios nos minérios exploráveis, isto é, os teores médios de lítio nos jazigos que tornam a exploração economicamente viável”.

Nos últimos dois anos assistiu-se a uma subida acentuada dos preços do lítio no mercado internacional, existindo estimativas de, a breve prazo, se verificar um exponencial aumento de automóveis elétricos, o que faz prever uma elevada procura de lítio a nível mundial, nota o grupo de trabalho, no relatório concluído em março e que desde então está na posse do Governo.

“É, assim, expectável que a prospeção e pesquisa deste recurso mineral, bem como a sua exploração e valorização venham a merecer um acentuado incremento, nomeadamente em países com recursos minerais de lítio geologicamente reconhecidos, como é o caso de Portugal”, acrescenta.

O grupo de trabalho não tem dúvidas quanto ao potencial de vários minerais de lítio e que estes são “tecnologicamente valorizáveis”, mas alerta para as debilidades nos recursos humanos e financeiros das instituições governamentais relacionadas com o setor mineiro, a desigualdade no grau de conhecimento sobre as várias jazidas e ainda um processo burocrático demasiado longo na decisão da atribuição de direitos.

A extração mundial de lítio é feita há várias décadas sobretudo a partir de salmouras (essencialmente, lagos salgados), devido ao menor custo operacional, mas a procura crescente de lítio no mercado, motivado pela mobilidade elétrica, tem levado ao lançamento de projetos para a extração a partir de minerais de rocha, procurando soluções inovadoras que permitam reduzir os custos de produção.

Como a Lusa noticiou em maio, o grupo de trabalho do lítio, constituído em dezembro para avaliar a possibilidade de produção em Portugal, propôs ao Governo um programa de fomento mineiro que teste tecnologia e demonstre o potencial industrial deste metal, financiado por programas financeiros.

No relatório, a que a Lusa teve então acesso, o grupo de trabalho defende – além da avaliação dos recursos minerais litiníferos do país – a implementação de uma unidade experimental minero-metalúrgica com o objetivo de desenvolver conhecimento e testar tecnologias para toda a cadeia de valorização destes recursos.

O lítio e os seus componentes são utilizados pela indústria de cerâmica e vidro, lubrificantes industriais, aplicações médicas, siderurgia de alumínio e as baterias.

De acordo com o Deutsche Bank, os principais mercados de destino para baterias em 2015 foram veículos elétricos (25%), telemóveis e ‘smartphones’ (19%), computadores portáteis (16%), antecipando que os mercados tradicionais do lítio cresçam em média 3,6% ao ano nos próximos dez anos.

A DGEG definiu 11 campos de pesquisa, em função das expectativas das empresas requerentes de direitos de prospeção: Agra, Sepeda – Barroso – Alvão, Covas do Barroso-Barroso-Alvão, Murça, Almendra, Penedono, Amarante – Seixoso-Vieiros, Massueime, Gonçalo-Guarda-Mangualde, Segura e Portalegre.

Esta corrida ao lítio em Portugal já chegou aos tribunais, na sequência do litígio entre a empresa nacional LusoRecursos, que detém a licença de prospeção – já atribuída -, e a australiana Novo Lítio (antes designada Dakota Minerals), que tem realizado os trabalhos de pesquisa em Sepeda, Montalegre, distrito de Vila Real.

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Trump diminui impostos para os mais ricos… e para as empresas

  • ECO
  • 27 Setembro 2017

Depois de falhar na substituição do Obamacare, a prioridade de Donald Trump passa a ser a reforma fiscal que prometeu na campanha. Esta quarta-feira divulga os pormenores.

O presidente dos Estados Unidos deverá anunciar esta quarta-feira quais são os seus planos para a reforma fiscal. Segundo a imprensa norte-americana, a ideia é apresentar a reforma como um “grande corte de impostos” para os norte-americanos. Contudo, as medidas avançadas até ao momento passam por diminuir a carga fiscal aos contribuintes com mais rendimentos e às empresas, agravando-a nos contribuintes com menos rendimentos.

De acordo com o site Axios, medida passa por aumentar o imposto de 10% para 12% para os contribuintes com menos rendimentos e diminuir a taxa mais alta do imposto de 39,6% para 35% nos contribuintes com mais rendimentos. Quanto às empresas, o IRC pode cair dos atuais 35% para os 20%a ideia inicial era de 15%. Além disso, os dividendos dos acionistas serão menos taxados: os atuais 39,6% vão passar para 25%, avança a Bloomberg.

Já a Reuters avança que o presidente mostrou interesse em conseguir uma reforma bipartidária, ou seja, de conseguir o apoio do Partido Democrata. Esta seria uma forma de conseguir garantir uma vitória legislativa, depois de ter falhado na substituição do Obamacare.

A reforma fiscal foi desenvolvida durante os últimos seis meses entre a Casa Branca e os congressistas republicanos, excluindo a participação dos democratas. Segundo a agência de notícias, Trump terá dito que a reforma fiscal será “uma grande diminuição de impostos” para a classe média e que seria melhor ter o apoio dos democratas nesta mudança.

O sistema fiscal norte-americano não sofreu nenhuma reforma profunda desde 1986, altura em que a presidência era ocupada pelo republicano Ronald Reagan. Esta reforma de Donald Trump tem, no entanto, ainda uma falha: não se sabe como é que a Casa Branca pretende compensar a esperada queda da receita fiscal nos próximos anos de forma a ter Orçamentos de Estado equilibrados.

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Mota-Engil dispara 5% à boleia de novos contratos em África. Analistas aplaudem

A conquista de novas obras avaliadas em mais de 500 milhões de dólares está a ser bem recebida pelo mercado, com os analistas também a considerarem os novos negócios como positivos para a construtora.

As ações da Mota-Engil são a estrela desta sessão. A conquista de novas obras em África estão a puxar pela cotação da construtora que acelera mais de 5% em bolsa, para máximos de mais de dois anos.

As ações da empresa liderada por Gonçalo Moura Martins valorizam 5,63%, para os 3,06 euros, tocando máximos de 15 de maio de 2015. Este desempenho acontece depois de nesta terça-feira, já após o fecho do mercado, a Mota-Engil ter anunciado ao mercado que ganhou obras avaliadas em mas de 500 milhões de dólares em África.

Em causa está a assinatura de um contrato de 445 milhões de dólares (378,6 milhões de euros) referente a um projeto de execução de serviços mineiros em Moçambique, adjudicado à Mota-Engil África, e de um contrato de 76 milhões de dólares (perto de 64,7 milhões de euros) que foi assinado pela Mota-Engil Angola.

Construtora acelera em bolsa

A conquista dessa carteira de encomendas está a ser bem recebida pelo mercado, mas também é aplaudida pelos analistas.

O BPI diz que a conquista das novas obras “confirma o outlook encorajador partilhado pela gestão para África”, referindo que o montante global dos contratos representa 10% da carteira de encomendas da Mota-Engil no final de 2016. No que respeita à unidade africana da Mota-Engil corresponde a 25% da respetiva carteira.

No mesmo sentido vai a opinião do CaixaBI. “Com estes novos contratos a Mota-Engil reforça a carteira de projetos a executar nos próximos trimestres“, refere Artur Amaro, analista deste banco de investimento, salientando tratarem-se assim de “notícias positivas para a empresa” e que mostram “o seu dinamismo e capacidade para reforçar a presença numa geografia importante e que poderá constituir um driver de crescimento para atingir os objetivos definidos pela gestão”.

Já o Haitong frisa a relevância do contrato conquistado em Moçambique. “Gostamos especialmente de contratos como o conseguido em Moçambique, onde o cliente é uma grande empresa internacional”, diz o analista Nuno Estácio. “Para África, esses contratos em conjunto com a recente atribuição da recolha de lixo na Costa do Marfim (320 milhões de euros) coloca a carteira de encomendas em quase três mil milhões de euros, o que atribui uma boa visibilidade para o crescimento futuro”, concluiu o analista do Haitong.

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Aviões elétricos? Na EasyJet vai ser possível dentro de dez anos

  • ECO
  • 27 Setembro 2017

Companhia aérea diz ser possível voar com aviões elétricos dentro de uma década. Já há um protótipo de dois lugares e em construção está um avião elétrico com capacidade para 120 passageiros.

A EasyJet espera poder voar com aviões elétricos dentro de dez anos, em voos com duração inferior a duas horas. A companhia já tem construído um protótipo de dois lugares e está a trabalhar num avião elétrico com capacidade para 120 pessoas.

A companhia aérea avançou esta quarta-feira que conta operar com aviões elétricos no espaço de uma década, numa parceria que formou com a empresa norte-americana Wright Electric. Em desenvolvimento está uma aeronave sustentada por uma bateria, que suporta voos inferiores a duas horas.

O presidente-executivo da EasyJet, Carolyn McCall, esclareceu que o futuro da indústria aeroespacial passa pelo desenvolvimento de aeronaves com motores elétricos, que reduzam as emissões de gases e os ruídos. “Pela primeira vez na minha carreira, posso imaginar um futuro sem combustível para os aviões e estamos entusiasmados por fazer parte disso”, avançou. “Agora é mais uma questão de quando, e não se um avião elétrico de curto alcance voará”.

A empresa Wright Electric trabalha atualmente com várias companhias espalhadas pelo mundo e defende que os aviões elétricos serão 50% mais silenciosos e 10% mais baratos para as companhias aéreas.

A companhia do Reino Unido pretende que todos os seus voos de curta duração sejam realizados por aeronaves elétricas, dentro de vinte anos. Já está construído um protótipo de dois lugares e em desenvolvimento está um avião totalmente elétrico, com capacidade para, pelo menos, 120 passageiros, que se espera começar a voar dentro de uma década.

Peter Duffy, diretor comercial da EasyJet, diz que “à medida que a tecnologia avança, as atitudes mudam, as ambições mudam e vemos oportunidades que não vimos antes. Isso é realmente emocionante”.

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