7egend: a empresa de Cristiano Ronaldo já está no ar

Agência digital do internacional português é especializada em desporto e conta com clientes como o FC Porto e a Altice.

7egend, o projeto digital de Cristiano Ronaldo.7egend

A 7egend, agência digital que pertence a Cristiano Ronaldo, já está online e a trabalhar. A empresa especializada em desporto é resultado de um investimento do internacional português na startup nacional Thing Pink, tal como o ECO avançou em primeira mão.

Três meses depois de se saber do negócio, em comunicado, a agência digital avança a sua área de especialização, salvaguardando que trabalha ainda com várias indústrias em estratégia e desenvolvimento de produto no digital.

“Estou muito orgulhoso pelo lançamento oficial da 7egend, a minha agência digital para a qual tenho altas expectativas. Toda a gente sabe que eu tenho grande interesse em tudo o que tem a ver com inovação e tecnologia. O digital está a tornar-se cada vez mais essencial para as vidas das pessoas e tenho a certeza que a 7egend vai ajudar os clientes a alcançar os resultados desejados enquanto, ao mesmo tempo, vai criar excelentes experiências para os seus fãs e consumidores”, diz Cristiano Ronaldo, citado em comunicado.

Toda a gente sabe que eu tenho grande interesse em tudo o que tem a ver com inovação e tecnologia.

Cristiano Ronaldo

Jogador de futebol e acionista da 7egend

Entre os clientes da agência estão empresas como a Altice, o FC Porto, a Fnac, a McDonalds, a Multifood e o grupo hoteleiro Pestana, com quem Cristiano Ronaldo já tem parcerias no setor do turismo. “O que faz da 7egend diferente de outros parceiros digitais é que não nos focamos apenas na construção de plataformas digitais. A 7egend percebe as necessidades dos negócios para a transformação e conversão digital, com um conhecimento e estratégia únicos, para trazer retorno de investimento e envolvimento dos clientes”, explica a empresa em comunica.

O manifesto

O lançamento da agência digital de Cristiano Ronaldo incluiu ainda a divulgação de um manifesto. Entre aos principais pontos estão a vontade de fazer, das marcas, lendas. “O que te torna uma lenda? Nasceste uma? É hereditária?”, questiona o documento.

“Estamos focados em alcançar o inalcançável e fazer o que os outros dizem impossível. A lenda não é um mito, é um estatuto que se ganha quando se trabalha duro para fazer a diferença”.

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Samsung espera receitas recorde mas CEO decide sair

Oh-Hyun Kwon anunciou que vai abandonar a Samsung Electronics no mesmo dia em que a empresa apresentou estimativas de receitas trimestrais na ordem dos 12,8 mil milhões de dólares

A Samsung Electronics espera uma receita de 12,8 mil milhões de dólares no trimestre que termina em setembro. Mas nem tudo são boas notícias: no mesmo dia em que a empresa sul-coreana anuncia este valor recorde, avança também que o seu co-vice-chairman e presidente executivo, Oh-Hyun Kwon, decidiu abandonar a companhia.

A empresa até tem tido um ano bastante positivo ao nível financeiro, sobretudo graças ao negócio dos componentes para dispositivos eletrónicos, um segmento que também tem estado sob a alçada de Kwon. Mas o escândalo em que a empresa tem estado envolvida na Coreia do Sul — e não estamos a falar do Note 7 — acabou por ditar a saída do gestor.

Segundo a CNBC, Kwon não vai procurar ser reeleito após o fim do mandato que termina em março de 2018, abandonando ainda o cargo de líder da Samsung Display, a unidade responsável pelos componentes para ecrãs. Em causa está a condenação do herdeiro da Samsung na Coreia do Sul a cinco anos de prisão por corrupção, num escândalo que também chegou ao governo — a Samsung vale qualquer coisa como 17% do PIB sul-coreano.

“Acredito que chegou agora o tempo de a empresa ter um novo começo, com um novo espírito e uma liderança jovem para melhor responder aos desafios que surgem com a rápida transformação da indústria das TI [Tecnologias da Informação]. Agora a empresa precisa de um novo líder, mais do que nunca”, justifica Kwon num comunicado citado pela cadeia televisiva norte-americana.

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PSI-20 segue pintado de vermelho com dois títulos a salvo

  • Juliana Nogueira Santos
  • 13 Outubro 2017

A queda generalizada dos títulos leva o PSI-20 para terreno negativo, destacando-se o BCP, a Pharol e a EDP Renováveis.

Com apenas duas cotadas a negociar em terreno positivo, o principal índice bolsista nacional inicia a última sessão da semana a registar perdas. Da banca, à energia, passando pelo retalho, os pesos pesados do PSI-20 seguem a desvalorizar.

O índice nacional cai 0,15% para 5.448,82 pontos, com os piores desempenhos a serem registados pela Pharol, que desvaloriza 2,10% para 46,6 cêntimos e pela EDP Renováveis, que perde 0,28% para 7,10 euros. O BCP também pressiona o índice, caindo 0,16% para 24,58 euros.

Ainda que siga a perder, a Pharol iniciou a sessão desta sexta-feira a valorizar mais de 3%. As notícias da aprovação do novo plano de recuperação judicial da Oi têm levado o título a escalar para máximos de junho de 2015. Só esta semana, a Pharol já acumula ganhos de mais de 20%.

A avançarem estão apenas a REN, que ganha 0,33% para 2,77% a Altri, que avança 0,61% para 5,46 euros.

Lisboa contraria assim as restantes praças europeias que registam subidas. O IBEX-35 avança 0,04%, enquanto o Stoxx 600 avança 0,22%.

(Título atualizado às 8h37 para notar a queda da Pharol e notícia atualizada com mais informação)

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OE2018: Acabam os benefícios fiscais nos vales-educação

  • ECO
  • 13 Outubro 2017

A proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano prevê o fim dos benefícios fiscais nos vales-educação atribuídos por muitas empresas a funcionários e a sócios. Passam a pagar IRS na totalidade.

É mais uma medida incluída na proposta de Orçamento do Estado para 2018, pelo menos de acordo com uma versão preliminar: os vales-educação atribuídos pelas empresas vão passar a pagar IRS na totalidade, avançou o Jornal de Negócios.

De acordo com o jornal, os vales sociais são usados por muitas empresas como forma de remuneração e encontram-se em forte expansão — no entanto, estarão em risco de perder os benefícios fiscais que lhe eram inerentes. Em teoria, estes vales são uma medida que visa ajudar trabalhadores com dependentes entre os sete e os 25 anos em despesas escolares.

Há ainda um outro tipo de vale, o vale-infância, instituído por não existir em Portugal uma rede pública de creches. No entanto, de acordo com o Negócios, as alterações previstas no novo Orçamento aplicam-se apenas aos primeiros, que passam a ser tributados na totalidade.

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Santa Casa quer lugar no Montepio e contrata Haitong

  • ECO
  • 13 Outubro 2017

A Santa Casa está interessada em comprar uma participação no Montepio, o que trará mudanças não só para o Conselho de Administração, mas também para a liderança da instituição.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa está interessada numa participação no Montepio, agora que passou de banco mutualista a sociedade anónima, e terá já contratado o banco de investimento Haitong para assessorar o processo de compra. As mudanças decorrentes desta operação poderão fazer com que José Félix Morgado abandone a liderança da instituição.

As novidades são avançadas esta sexta-feira pelo Jornal Económico, que explica que, com a passagem de banco a sociedade anónima, a Caixa Económica Montepio Geral será obrigada a mudar os estatutos e o modelo de governo. Segue-se a composição de um novo Conselho de Administração, já com administradores indicados pela Santa Casa, segundo defende Tomás Correia.

A ocorrer alguma alteração no Conselho de Administração, José Félix Morgado poderá não continuar disponível para ocupar a liderança da instituição, pelo que os nomes de João Neves, atual administrador do banco, Carlos Álvares, presidente do Banco Popular, e Pedro Alvares, membro do centro corporativo da Associação Mutualista, foram os nomes apontados para o substituir.

A entrada da Santa Casa no Montepio, que se poderá traduzir numa participação de até 10%, está a ser impulsionada pela saída de Pedro Santana Lopes, visto que as decisões passam para as mãos de quem assinou o memorando de entendimento para analisar a compra, Edmundo Martinho.

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Desconto da tarifa social da eletricidade mantém-se em 33,8%

  • Lusa
  • 13 Outubro 2017

Governo fixou o desconto da tarifa social de eletricidade para 2018 em 33,8% face às tarifas transitórias, o mesmo valor praticado a 800 mil consumidores.

O Governo fixou o desconto da tarifa social de eletricidade para 2018 em 33,8% face às tarifas transitórias, o mesmo valor atualmente praticado a 800 mil consumidores considerados economicamente vulneráveis.

A tarifa social da eletricidade continuará a representar um desconto de 33,8% face às tarifas transitórias de venda a clientes finais (antes do IVA e outras taxas), isto é, os preços de referência do mercado regulado, mas os consumidores economicamente vulneráveis que já estão no mercado livre beneficiam da mesma redução.

De acordo com a secretaria de Estado da Energia, “este importante instrumento de política e justiça social garante atualmente a 800 mil consumidores o acesso a serviços essenciais em condições de menor esforço financeiro e maior estabilidade tarifária”.

O Governo realça que “a medida será suportada pelos produtores de eletricidade, sendo que a lei proíbe a sua repercussão, direta ou indireta, nas tarifas de uso das redes de transporte, de distribuição ou de outros ativos regulados de energia elétrica”.

O acesso à tarifa social de energia passou a ser automático desde 1 de julho de 2016, eliminando obstáculos burocráticos, o que fez disparar o número de beneficiários.

O rendimento anual máximo é um dos critérios de elegibilidade para que os consumidores possam aceder à tarifa social de eletricidade, considerando-se para tal o rendimento total verificado no domicílio fiscal do titular do contrato de fornecimento de energia, bem como o número de coabitantes que não aufiram de qualquer rendimento.

Assim, o rendimento anual máximo varia consoante o número de elementos do domicílio: dos 5.808 euros anuais para uma família com um só elemento, 8.712 euros anuais para uma família com dois elementos (um casal), 11.616 euros anuais para uma família com três elementos (casal com um filho) e 14.520 euros por ano para uma família com quatro elementos.

Isto é, o valor do rendimento anual máximo é acrescido de 50% por cada elemento adicional que habite no domicílio fiscal – até um máximo de 10.

Esta tarifa é também aplicável aos beneficiários do complemento solidário para idosos, do rendimento social de inserção, do subsídio social de desemprego, do abono de família, da pensão social de invalidez e da pensão social de velhice.

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Marquês: Oito ex-governantes de Sócrates vão ser chamados a depor

  • ECO
  • 13 Outubro 2017

No julgamento da Operação Marquês, deverão ser ouvidos no tribunal, entre outras pessoas, oito ex-governantes do tempo de José Sócrates. Atual ministra do Mar está entre eles.

O Ministério Público vai chamar a depor, no âmbito da Operação Marquês, oito membros dos dois governos que José Sócrates liderou entre 2005 e 2011. A notícia é avançada pelo Público esta sexta-feira [acesso condicionado], com base no despacho da acusação. A maioria são antigos ministros.

Entre eles, desde logo, está a atual ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, que se encontra no vasto rol de testemunhas, segundo o jornal.

Luís Campos e Cunha, antigo ministro das Finanças, e Fernando Teixeira dos Santos, que lhe sucedeu no cargo, também deverão ser ouvidos. Assim como Mário Lino, ex-ministro com a pasta das Obras Públicas, que deverá ser chamado a depor, tal como o seu sucessor, António Mendonça.

O ex-ministro do Ambiente de Sócrates, Francisco Nunes Correia, também prestará esclarecimentos em tribunal. José Conde Rodrigues, ex-secretário de Estado do tempo de Sócrates e, por fim, José Pinto Ribeiro, antigo ministro da Cultura.

O despacho da Operação Marquês acusou 28 dos 33 arguidos na última quarta-feira. Os mais mediáticos são, sobretudo, José Sócrates (acusado de 31 crimes) e Ricardo Salgado, ex-líder do Grupo Espírito Santo, acusado de 21 crimes. No total, o Ministério Público identifica 229 testemunhas.

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Hoje é último dia do ano com igualdade nos salários entre homens e mulheres

  • Lusa
  • 13 Outubro 2017

Hoje é último dia do ano com igualdade nos ganhos médios mensais entre homens e mulheres, não existindo qualquer remuneração para as mulheres nos restantes 79 dias do ano.

Nos restantes 79 dias do ano, as mulheres não auferem qualquer remuneração.Pixabay

Hoje é último dia do ano com igualdade nos ganhos médios mensais entre homens e mulheres, não existindo qualquer remuneração para as mulheres nos restantes 79 dias do ano, segundo dados divulgados pela CGTP.

De acordo com a central sindical, que cita os últimos dados oficiais divulgados pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho e Solidariedade Social (GEP/ MTSSS), referentes a outubro de 2016, existe uma diferença no ganho médio mensal entre homens e mulheres de 21,8%, que, traduzida em dias, significa 79 dias de trabalho das mulheres, num ano, sem remuneração.

“Assim, o dia 13 de outubro é o último dia do ano com igualdade nos ganhos médios mensais entre homens e mulheres, não existindo qualquer remuneração para as mulheres nos restantes 79 dias do ano“, refere a CGTP.

A central sindical referiu ainda que, além de terem salários, em média, mais baixos, as mulheres ocupam, com maior frequência, postos em que se recebe o salário mínimo nacional e acrescentou que é necessário cumprir e fazer cumprir os princípios constitucionais.

Segundo o estudo do GEP, em outubro de 2016, 28,9% das mulheres recebiam o salário mínimo nacional, comparativamente a 18,5% dos homens.

A CGTP alerta ainda para que as descriminações, das quais resultam as desigualdades entre homens e mulheres, são indiretas e existem em todos os setores, com maior ou menor intensidade.

“Se as procurarmos, não as vamos encontrar em tabelas salariais diferenciadas (…), também não se tornarão evidentes em categorias profissionais designadas no masculino e outras designadas no feminino, mas vamos encontrá-las em muitas empresas que excluem ou penalizam as mulheres na atribuição de prémios de assiduidade, de antiguidade e de produtividade, por terem estado em consultas pré-natais, em gozo de licença de maternidade ou redução de horário para amamentação”, concluiu.

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“Cerca de 85% dos trabalhos que existirão em 2030 ainda não foram inventados”

A transformação digital traz novos desafios, mas também oportunidades e riscos. Hoje, é mais fácil uma empresa escalar negócio, reconhece o líder da IDC em Portugal, Gabriel Coimbra.

IDC Portugal promove este mês mais uma edição da conferência Directions, dedicada ao setor da tecnologia. O diretor, Gabriel Coimbra, antecipa ao ECO o evento.D.R.

Acelerar a competitividade com recurso à tecnologia. Este é mote da consultora IDC para a promover a conferência Directions 2017, que se realiza na próxima semana no Estoril. Mas já lá vamos. Até porque, para entender o que se está a passar no tecido empresarial por estes dias, é preciso falar de transformação digital.

A digitalização está aí, e está cada vez mais rápida. Os alertas têm sido sucessivos, vindos de todos os quadrantes da economia. Contudo, no setor das Tecnologias da Informação (TI), onde a IDC assenta também muitas das suas operações, o digital já é mais do que uma simples realidade — hoje, o digital é tudo.

Em entrevista ao ECO, por email, Gabriel Coimbra, country manager da IDC em Portugal, antevê que “a despesa e o investimento em TI em Portugal irá crescer mais de 1% em 2017”, com as grandes quantidades de dados, a computação na “nuvem” e a mobilidade a prestarem o grande contributo. Estarão as empresas portuguesas preparadas para o que aí vem? Ao que parece, muito menos do que as norte-americanas. O líder da IDC Portugal explica, com base num relatório anual da consultora, que só 19% das empresas nacionais estão em fase mais avançada de transformação no presente ano. Nos EUA, este valor sobe para 34%.

“Dada a importância da presença digital como acelerador de competitividade e crescimento, é essencial que as empresas venham a apostar nesta área”, alerta Gabriel Coimbra. Deixa sugestões: comece-se por criar “um site moderno e responsive“, isto é, adaptado aos diferentes dispositivos. Depois, ter “um canal de comunicação” na internet para facilitar a vida aos clientes. E envolver o comércio eletrónico da forma possível. “As áreas a ter em atenção são inúmeras, porque este é um processo transversal que tem um impacto em todas as áreas de atuação das organizações”, sublinha.

Outro ponto importante é o impacto que tudo isto vai ter no mercado de trabalho. “Um recente estudo do Institute for the Future indica que, fruto de mudanças no mercado de trabalho tornadas possíveis por tecnologias como robótica, inteligência artificial, machine learning, realidade virtual e realidade aumentada, cerca de 85% dos trabalhos que existirão em 2030 ainda não foram inventados”, atira Gabriel Coimbra. “Como todas as revoluções económicas que tiveram lugar no passado, este também é um processo que terá um profundo impacto no mercado de trabalho”, acrescenta, indicando que as pessoas serão substituídas por robôs em “muitos dos processos”, algo que torna as empresas “mais eficientes”.

As pessoas devem, por isso, preocupar-se mais com as suas próprias capacidades do que com o que os robôs conseguem ou não fazer. “O desafio está, acima de tudo, na capacitação das pessoas por forma a conseguirem fazer uma transição para as novas profissões, procurando assegurar que a sociedade assegura o futuro dos seus cidadãos. A tecnologia tem, por definição, um papel neutro, a forma como a podemos utilizar é que deve assegurar, em última análise, a sua boa aplicação e resultados”, explica o diretor-geral da IDC no país.

Segundo um recente estudo do Institute for the Future, cerca de 85% dos trabalhos que existirão em 2030 ainda não foram inventados.

Gabriel Coimbra

Country manager da IDC Portugal

Neste cenário, surgem novas oportunidades de negócio. “Olhando para o nível dos mercados, é um facto que uma empresa pode, graças à tecnologia, concorrer em regiões onde antes não detinha uma presença física, mas também é verdade que pode concorrer em novos setores de mercado. Este é um novo normal a que as empresas se deverão adaptar”, refere Gabriel Coimbra. Porque não olhar para a tecnologia como uma oportunidade de internacionalização nesta “aldeia” que é tão global? “Esta nova realidade veio simplificar a entrada em mercados para novas empresas, e todas terão de ter essa perceção”, assume.

Há que ter em conta que também existem perigos — e um deles é a segurança dos dados e das infraestruturas. Gabriel Coimbra também não foge a este assunto, avisando que “o investimento em cibersegurança deve ser encarado como o investimento que as equipas de Fórmula 1 fazem nos travões dos carros para poderem acelerar ao máximo”. “Quanto mais rápido as organizações quiserem retirar benefícios da economia digital, mais investimento terão de fazer em cibersegurança, sendo que, neste aspeto, falamos de tecnologia, processos e pessoas”, detalha. “As empresas portuguesas ainda necessitam de amadurecer e ganhar maiores competências em gestão de risco na economia digital para poder tirar dela o seu máximo potencial, assegurando o seu negócio e a integridade da sua operação digital”, alerta.

"Uma empresa pode, graças à tecnologia, concorrer em regiões onde antes não detinha uma presença física, mas também é verdade que pode concorrer em novos setores de mercado.”

Gabriel Coimbra

Country manager da IDC Portugal

Por tudo isto, a consultora traz ao Estoril, no próximo dia 19 de outubro, alguns nomes sonantes do panorama das TI em Portugal e no estrangeiro. A conferência IDC Directions 2017 decorrerá no Centro de Congressos do Estoril e tem como cabeça de cartaz o vice-presidente da consultora, Frank Gens, que é também analista chefe da IDC, especializado em tendências e veterano no mundo das TI. No entanto, não é o único: ao longo de um dia inteiro, passarão pelo palco responsáveis de empresas como a Microsoft, a Nos, a Altice, a HP, a EDP e a Sonae, entre muitos outros. A agenda completa está aqui.

“Se olharmos para o mercado alargado de TI — as tecnologias associadas a estes novos ‘aceleradores de inovação’ –, prevemos que, até 2020, o mercado cresça a um ritmo anual médio de 4,8% ao ano e que, em 2020, a terceira plataforma e os aceleradores de inovação representem 52% da despesa com tecnologia em Portugal”, adianta, em jeito de conclusão, o country manager da IDC Portugal. “Todos os participantes desta edição do Directions podem contar com um conjunto de oradores de excelência que irão trazer perspetivas e abordagens abrangentes e inovadoras sobre o contributo das tecnologias para acelerar a competitividade das organizações portuguesas”, termina.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 13 Outubro 2017

Todas as atenções estão voltadas para o Orçamento do Estado, que chega hoje ao Parlamento. Mas há outras coisas que vão marcar o dia. Saiba quais.

O dia vai ser marcado pelo Orçamento do Estado, já que é esta sexta-feira que a proposta do Governo deverá chegar ao Parlamento. Além disso, os parceiros sociais também se reúnem para fazer mais um balanço do aumento do salário mínimo. O INE divulga dados da atividade turística no principal mês de férias e nos EUA serão conhecidos dados da inflação.

Governo entrega Orçamento do Estado

O Governo deverá entregar hoje o Orçamento do Estado na Assembleia da República. Entre o conjunto de mudanças projetadas para 2018 estão medidas de alívio fiscal, que passam pelo aumento do número de escalões de IRS e pela subida do chamado mínimo de existência. No documento haverá um aumento das pensões, uma subida dos impostos sobre o tabaco, as bebidas açucaradas e os produtos com elevado teor de sal, assim como dos impostos sobre os carros.

Parceiros sociais fazem balanço do salário mínimo

O Governo apresenta esta sexta-feira às confederações patronais e sindicais o balanço trimestral do acordo em torno do aumento do salário mínimo. No balanço apresentado em junho, o documento do Governo revelava que a remuneração de 557 euros chegava a cerca de 730 mil trabalhadores em março. Na reunião, os parceiros vão ainda abordar a metodologia de discussão sobre o Livro Verde das Relações Laborais.

Como esteve a atividade turística em agosto?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga os dados da Atividade Turística referentes a agosto. Até julho, os estabelecimentos hoteleiros portugueses alojaram cerca de 11,6 milhões de hóspedes, responsáveis por 32,1 milhões de dormidas, mais 9,6% e 8,5%, respetivamente, face ao período homólogo. E agora? Como avançam os números?

Termina o 7º Congresso Nacional de Economistas

Termina o 7º Congresso Nacional de Economistas. A sessão de encerramento conta com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Antes disso, haverá dois painéis, um para discutir o financiamento da economia, os mercados e as bolsas, e outro sobre a economia digital.

Como avançam os preços nos EUA?

Hoje há novos dados de inflação nos Estados Unidos. De acordo com a Bloomberg, o índice de preços no consumidor deverá ter acelerado em setembro, uma consequência do furacão Harvey que terá empurrado os preços da gasolina e colocado a inflação acima do objetivo da Reserva Federal.

 

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Gasolina a caminho da primeira subida num mês

Os preços dos combustíveis não deverão sofrer grandes oscilações na próxima semana, mas o rumo será distinto. O preço da gasolina pode subir meio cêntimo, o mesmo valor que o gasóleo pode baixar.

Abastecer o carro de gasolina deverá ficar mais caro a partir da próxima semana. O preço deste tipo de combustível deverá sofrer a primeira subida no espaço de um mês, apesar de o agravamento ser muito curto. No gasóleo, a variação também promete ser curta, mas o sentido é de descida.

De acordo com cálculos do ECO com base nos dados da Bloomberg, o aumento do preço da gasolina deverá rondar meio cêntimo, naquele que será o primeiro movimento de subida no intervalo de cinco semanas. No caso do gasóleo, a descida deverá ser próxima também de meio cêntimo, naquela que será a segunda semana seguida de desagravamento do preço deste tipo de combustível.

Sendo assim, segundo os dados da Direção Geral de Energia e Geologia, tudo aponta para que o litro da gasolina simples 95 suba para perto dos 1,45 euros. Já o preço do gasóleo prepara-se para baixar para cerca de 1,245 euros por litro.

Estes cálculos têm por base o preço a que são transacionados os dois tipos de combustível nos mercados internacionais e também o efeito cambial. Mas tendo em conta que se trata de variações muito curtas, pode acontecer que não se venham a refletir num ajustamento dos preços dos combustíveis nos postos de abastecimento nacionais a partir da próxima segunda-feira.

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Ex-embaixador americano regressa a Lisboa, para o Novo Banco

Robert Sherman foi embaixador dos EUA em Portugal até janeiro deste ano. Vai agora regressar, pela mão do fundo Lone Star, para o Conselho Geral e de Supervisão do Novo Banco.

O fundo Lone Star já escolheu os membros do novo Conselho Geral e de Supervisão do Novo Banco e, entre eles, estará Robert Sherman, até janeiro passado o embaixador dos Estados Unidos em Portugal, apurou o ECO junto de fontes que estão a acompanhar o processo. O novo conselho, composto na integra por estrangeiros, será liderado pelo Byron Haynes, enquanto António Ramalho vai manter-se como presidente executivo.

A escolha de Sherman, advogado de profissão, é uma surpresa e aguardava-se ainda, nas últimas horas, a sua aprovação da Autoridade de Supervisão Europeia, que valida os nomes de todos os administradores de bancos europeus. Foi embaixador dos EUA em Portugal nos últimos três anos, indicado por Barack Obama, e foi protagonista de momentos de intervenção pública de apoio a Portugal, por exemplo na sequência da vitória no campeonato europeu de futebol em França.

Como o ECO já revelou, além de Byron Haynes, o Lone Star indicou para Conselho Geral de Supervisão do Novo Banco o seu número dois na Europa: Donald Quintin. Quintin passou pelo Merryl Lynch antes de chegar ao Lone Star. Benjamin Dickgieβer, diretor do departamento de aquisições na Europa do Lone Star e membro do Conselho de Administração do banco alemão IKB, detido pelos próprios norte-americanos mas cuja venda está para breve, e ainda Kambiz Nourbakhsh, ex-Goldman Sachs, são os outros dois nomes indicados.

Do Conselho, falta conhecer apenas um nome, e ficará outro em aberto, que deverá ser preenchido até ao final do ano, apurou o ECO.

Para a concretização da venda do Novo Banco ao Lone Star, só falta agora o ‘closing’ do negócio, que poderá suceder na próxima terça-feira ou no dia seguinte. Esta semana, a Direção Geral da Concorrência europeia (DGComp) aprovou formalmente o plano de negócios para o Novo Banco, os remédios e os auxílios públicos, particularmente a garantia de 3,9 mil milhões de euros e a injeção de capital do Estado se os reforços de capital se revelarem insuficientes para manter os rácios de solvabilidade dos bancos.

O Lone Star compra o Novo Banco, instituição que resultou da medida de resolução aplicada ao BES em agosto de 2014, comprometendo-se a injetar 1.000 milhões de euros até final do ano.

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