Empresas europeias denunciam favorecimento dado pelo Governo chinês às firmas locais

  • Lusa
  • 7 Março 2017

A Câmara do Comércio da União Europeia na China pede tratamento igual para todas as empresas, independentemente do país de origem, em cumprimento com a lei chinesa.

A Câmara do Comércio da União Europeia (UE) na China denunciou hoje o favorecimento dado pelo Governo chinês às empresas locais, em prejuízo das firmas estrangeiras, no seu projeto de modernização da indústria nacional “Made in China 2025”.

Num comunicado publicado na terça-feira, em Pequim, o grupo reclama um tratamento igual para todas as empresas, independentemente do país de origem, em cumprimento com a lei chinesa.

A iniciativa “Made in China 2025” foi lançada em maio de 2015 para potenciar o desenvolvimento de setores considerados estratégicos pelas autoridades para o futuro da economia chinesa, como a robótica ou a biomedicina.

Segundo a Câmara do Comércio, o plano de modernização da estrutura industrial da segunda maior economia do mundo supõe investimentos de centenas de milhões de euros.

“O aparecimento (do conceito) de ‘inovação indígena’, em conjunto com referências à necessidade de alcançar a ‘autossuficiência’ é particularmente importante”, lê-se no relatório.

“Sugere que as políticas chinesas vão distorcer a paisagem competitiva a favor das firmas domésticas”, explica.

O aparecimento (do conceito) de ‘inovação indígena’, em conjunto com referências à necessidade de alcançar a ‘autossuficiência’ é particularmente importante. Sugere que as políticas chinesas vão distorcer a paisagem competitiva a favor das firmas domésticas.

Câmara do Comércio da União Europeia na China

A mesma nota denuncia que algumas empresas europeias tiveram “problemas” ao participarem naquele plano, como fabricantes de automóveis que produzem veículos movidos a “novas fontes de energia” e que foram pressionados para “ceder” tecnologia avançada, como condição para entrar no mercado chinês.

O relatório advertiu ainda que os subsídios de Pequim ao setor da robótica “estão a contribuir para gerar excesso de capacidade” nos segmentos médio e baixo e que, para algumas firmas europeias do setor das tecnologias de informação, o acesso ao mercado chinês “se tornou ainda mais difícil”.

A Câmara de Comércio da UE lamentou também que a implementação desta estratégia industrial não siga os princípios da economia de mercado e que os funcionários chineses tenham escolhidos eles mesmos os setores que acreditam que vão conduzir a economia chinesa no futuro.

No entanto, o grupo empresarial reconheceu que o plano “apresenta oportunidades atrativas para algumas empresas europeias” e que muitas destas se associaram com firmas locais para proporcionar componentes e tecnologia.

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

Como está a economia global? Hoje a OCDE vai responder a essa pergunta. No entanto, já se sabe que as novidades do PIB vindas do Brasil não são animadoras.

O Eurostat vai olhar para o passado recente e revelar esta terça-feira como se comportou a economia da Zona Euro durante 2016. Já a OCDE vai olhar para o futuro e mostrar quais são as suas perspetivas económicas para os próximos meses, incluindo Portugal. Dentro da União Europeia, o ministro das Finanças alemão vai falar sobre vários assuntos — o que traz sempre declarações polémicas — e ainda uma lei sobre o Brexit, que está neste momento em stand by, vai a votos na Câmara dos Lordes.

Como evoluiu a economia do euro?

É a esta resposta que o Eurostat vai responder. Esta é a segunda publicação das contas nacionais trimestres, que se referem ao quarto trimestre, que o instituto de estatística europeu publica: em causa estão os valores finais do crescimento económico na Zona Euro, mas também os gastos públicos. Esta segunda-feira, os números na Grécia trouxeram más notícias. Contudo, em Portugal houve uma revisão em alta do crescimento do PIB no último trimestre, mantendo-se o número para o ano todo de 2016 inalterado.

OCDE revela o que espera da economia global (e também de Portugal)

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) vai lançar o seu relatório de perspetivas económicas de março. O Interim Economic Outlook será apresentado esta terça-feira e já terá em conta os primeiros desenvolvimentos da administração Trump, além dos receios em relação ao hard Brexit anunciado por Theresa May. Em relação a Portugal, no último relatório semelhante datado de novembro, a OCDE revia em baixa o crescimento económico para 2017, abaixo da meta do Governo. Além disso, a organização promovia a ideia dos Governos focarem-se mais no aumento do PIB em vez de se concentrarem na dívida pública.

Brexit em stand by: Câmara dos Lordes vai a votos

A câmara alta do Parlamento britânico vai completar esta terça-feira o escrutínio que tem vindo a fazer à lei que permitirá Theresa May acionar o artigo 50. A meta da atual primeira-ministra é conseguir iniciar as negociações com a União Europeia até ao final deste mês, pelo que a evolução dos trabalhos no Parlamento é crucial para o sucesso do seu objetivo. O processo poderá ter mais atrasos uma vez que, como foi introduzida uma alteração pela Câmara dos Lordes relativa ao tratamento dos cidadãos europeus residente no Reino Unido, a lei terá de voltar à Câmara dos Comuns. No final do dia, a câmara alta vota a lei.

Quando Schäuble fala…

São vários os tópicos quentes na Zona Euro no que toca às finanças públicas. Entre eles está a negociação com a Grécia, mas também a saída do Procedimento por Défices Excessivos de Portugal e a subida da inflação que poderá influenciar decisões futuras do BCE em relação à taxa de juro. Estes são alguns dos tópicos com que o ministro das Finanças alemão vai ser confrontado esta terça-feira, em Berlim, em antecipação ao encontro de um grupo de 20 ministros das Finanças, cujo anfitrião será a Alemanha. E, como já se sabe, quando Wolfgang Schäuble fala, os mercados (e não só) reagem.

PIB no Brasil: É para Temer?

Depois da substituição de Dilma Rousseff enquanto Presidente do Brasil, será que Michel Temer tem boas novidades na economia para mostrar? A Bloomberg diz que não: a agência indica que o crescimento económico brasileiro provavelmente voltou a contrair pelo oitavo trimestre consecutivo, terminando 2016 da pior forma. Em causa estão as taxas de juro da dívida soberana do país nos dois dígitos, a taxa de desemprego em recorde e a retração do investimento público pelo atual Governo. Esta terça-feira serão divulgados os números do PIB relativos ao quarto trimestre.

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Nuno Amado limpa mais de seis mil milhões de imparidades

Desde que entrou no BCP, Nuno Amado tem arrumado a casa. O processo de "limpeza" de imparidades arrancou logo em 2012, em plena crise, e ganhou agora um novo impulso por causa da CGD.

Nuno Amado, presidente executivo do BCP, durante a apresentação dos resultados de 2016.

Desde que entrou no Banco Comercial Português (BCP), Nuno Amado tem feito um esforço para arrumar a “casa”. Limpou, limpou e limpou… imparidades. Ao todo, foram mais de seis mil milhões de euros os créditos em incumprimento que o gestor reconheceu nas contas do banco, com custos para os acionistas. Só no último ano foram mais 1,6 mil milhões de euros que varreu do balanço. Porquê? A resposta está na Caixa Geral de Depósitos (CGD).

Nuno Amado entrou no BCP em 2012. Em plena crise financeira, com o país sob resgate, o incumprimento de crédito entre famílias, mas especialmente entre as empresas, agravou-se ainda mais. Crédito malparado no valor de milhares de milhões de euros que se continuou a avolumar, obrigando a administração do banco a atacar o problema. Logo nesse ano, o BCP reconheceu imparidades de mais de mil milhões de euros.

O gestor registou perto de 1,2 mil milhões de euros logo em 2012, sendo que o valor reconhecido como perda nas contas do banco apenas ficou abaixo dos mil milhões já em 2015. Mas esta tendência não durou muito tempo, já que no último ano o montante refletido nas contas da instituição voltou a disparar.

Em 2016 — ano em que o banco registou um lucro líquido de 23,9 milhões — o valor das imparidades registadas acelerou para os 1,6 mil milhões, elevando assim o total de perdas com malparado reconhecidas por Nuno Amado enquanto presidente executivo do BCP tenha superado a fasquia os seis mil milhões de euros.

Caixa regista imparidades… e o BCP também

Mas porquê tantas imparidades em 2016? A resposta está na CGD. É que o banco do Estado disse que iria acelerar o ritmo de reconhecimento de imparidades e o BCP não teve outra opção que não acompanhar. Em causa está o facto de haver empresas com créditos em ambos os bancos, situação que leva a que se um reconheça perdas, o outro tenha de fazer o mesmo.

O presidente do BCP reconheceu que o facto de a CGD ter acelerado o reconhecimento de imparidades teve impacto no banco privado — a CGD anunciou imparidades de 2,7 mil milhões de euros. “Sim, houve um efeito colateral”, disse o gestor, recentemente, ao Expresso. E acrescentou: “Tivemos de reforçar as imparidades e fizemos bem”.

“Temos um nível de imparidades que foi absolutamente excecional”, disse Nuno Amado na apresentação das contas do ano passado, salientando que houve um “sobre provisionamento muito grande”. Um nível excecional que só foi possível com ajuda dos seus acionistas. É que o banco realizou este ano um aumento de capital de 1,3 mil milhões de euros em que contou com o forte apoio da Fosun (reforçou para 23,92%), mas em que a Sonangol também contribuiu com a sua parte, permanecendo com cerca de 15% do BCP.

Depois das imparidades de 2016, fica a garantia para os investidores: “não se vai repetir em 2017”, notou o presidente do conselho de administração do maior banco privado português, isto apesar de a exposição do BCP a créditos em risco continuar a ser avultada: cerca de 8,5 mil milhões. Deverá encolher para 7,5 mil milhões no final deste ano — o banco tem de apresentar um plano para estes ativos ao Banco Central Europeu.

Rumo aos dividendos

 

Mas perante a exposição a crédito em risco será que é necessário outro aumento de capital? “Claro que não”, deixou claro Nuno Amado. “Fizemos este aumento de capital porque precisávamos de pagar os CoCos que nos custavam 10% ao ano. Já pagámos a última tranche de 700 milhões” ao Estado. Estes CoCos tiveram um grande peso nas contas do banco nos últimos: o custo para o banco foi de mil milhões desde 2012.

Sem este fardo, mas também com o malparado controlado, bem como rácios de capital “já alinhados com os objetivos que definimos no aumento de capital [acima de 11%]”, o presidente executivo do BCP diz que o banco está agora “melhor preparado”. Está lançada a base para que o banco comece a apresentar resultados positivos organicamente, acredita o responsável. E até para voltar a pagar dividendos.

O banco apontou, ainda antes do aumento de capital realizado no arranque deste ano, para um “potencial regresso ao pagamento de dividendos” e assumindo um “objetivo para payout ratio igual ou superior a 40% em 2018, sujeito a requisitos regulamentares”. Esta perspetiva tem por base a expectativa do banco de conseguir voltar a uma situação de normalização em 2018. Algo que Nuno Amado espera que aconteça.

Então e os custos da dívida subordinada?

Apesar do cenário mais positivo para as contas do banco, será preciso ter em conta os custos que o BCP, tal como outros bancos, terá com as obrigações de elevada subordinação. A CGD vai “dar o corpo às balas”. O banco estatal vai tentar obter mil milhões de euros desta dívida de elevado risco de forma a cumprir com os rácios exigidos pela regulação, títulos que terão uma taxa de juro anual em torno dos 8% a 10%.

A CGD vai já, mas o banco liderado por Nuno Amado vai aguardar, provavelmente até ao próximo ano — embora não consiga fugir ao encargo extra. O BPI, por seu lado, pode não fazê-lo já, mas assim que o fizer já tem um comprador garantido: o CaixaBank. Gonzalo Gortázar, o administrador delegado do banco espanhol que controla a instituição financeira portuguesa, afirmou que está disponível para subscrever até 250 milhões de euros em títulos de dívida subordinada de que o BPI precisar.

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Uber cria programa de benefícios para motoristas e parceiros em Portugal

A empresa tem estado nas bocas do mundo pelos piores motivos nas últimas semanas. Em Portugal, a empresa tenta aproximação aos motoristas e parceiros, que traçam um cenário positivo da Uber.

Não há lugar onde a Uber não cause polémica atualmente. Seja a nível internacional, seja nacional, a empresa está a enfrentar diversos problemas. Para contrariar a tendência, a empresa vai lançar um programa de benefícios para os motoristas e parceiros portugueses. A base desta decisão é uma das conclusões retiradas do estudo promovido pela Uber e realizado pelo centro de empreendedorismo do ISCTE, o Audax, onde foram inquiridos mais de 600 motoristas e 200 parceiros.

Mais de 80% do total de participantes neste inquérito pediu descontos e condições especiais em seguros para transporte de passageiros, combustíveis, dados móveis, obtenção de veículos, contabilidade e outro tipo de produtos ou serviços que constituem custos para os motoristas e parceiros. Em resposta, a empresa lançou em Portugal o programa Momentum Rewards, que começa a operar no país a partir de hoje.

Segundo o comunicado da empresa, o programa de benefícios destinado aos motoristas e parceiros da Uber permitirá a estes “potenciar os seus rendimentos”, dado que vão poder “usufruir de descontos e condições especiais em produtos e serviços importantes para as suas operações“. Os detalhes sobre as primeiras parcerias serão conhecidos no site www.ubermomentum.pt.

“Iremos continuar a trabalhar em iniciativas que tornem a Uber numa oportunidade mais estável e sólida para os motoristas, e esperamos que este programa de benefícios hoje anunciamos tenha um impacto importante nas suas operações diárias”, afirma o diretor-geral da Uber em Portugal, Rui Bento, em comunicado.

O estudo coordenado por Pedro Fontes Falcão, professor na ISCTE Business School, revela que mais de metade dos motoristas da Uber estavam no desemprego. Desse universo, 72% estava sem subsídio de desemprego. Além disso, o inquérito mostra que mais de metade dos motoristas considera difícil ou muito difícil arranjar um posto de trabalho com uma oferta “igualmente satisfatória”.

“Em média, os resultados sugerem que parceiros e motoristas têm uma imagem positiva da Uber, o que é coerente com o seu grau de satisfação em diversos critérios bem como o grau de recomendação a futuros motoristas”, conclui Pedro Fontes Falcão.

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Trump assusta mercados com novas polémicas

O Dow Jones já não está acima dos 21 mil pontos. Os índices norte-americanos estão reticentes quanto a Trump e à Fed. Wall Street fechou esta segunda-feira em terreno negativo.

A nova lei anti-imigração anunciada esta segunda-feira e as acusações feitas no sábado de que Obama teria colocado escutas na Trump Tower assustaram os investidores em Wall Street. Depois de uma semana onde alcançou recordes como o Dow Jones a superar os 21 mil pontos, a bolsa norte-americana começa esta semana em terreno negativo. A influenciar negativamente esteve também a Europa onde os mercados reagiram mal ao aumento de capital do Deutsche Bank.

Mais de um mês depois de ter visto a sua medida ser bloqueada pelos tribunais, Donald Trump voltou à carga. Apesar de ter recebido críticas de economistas e líderes mundiais, a administração Trump reformulou o decreto anti-imigração, retirando o Iraque e tornando a sua ação mais limitada, mas banindo de novo a entrada de cidadãos de seis países muçulmanos. Prevê-se mais um período de disputa judicial que não agradará aos mercados ansiosos por detalhes no plano económico.

Os três principais índices norte-americanos retraíram neste início de semana. O Dow Jones desvalorizou 0,24% para os 20.954,69 pontos, perdendo o recorde alcançado na semana passada. O setor financeiro e dos materiais foram os culpados dessa descida. O S&P 500 caiu 0,2% para os 2.378,42 pontos e o Nasdaq sofreu uma queda de 0,37% para os 5.849,18 pontos.

Depois de nos dois primeiros dias a Snap ter valorizado (44% no primeiro e 10,66% no segundo), as ações da empresa que controla a rede social corrigiram. Os títulos desvalorizaram 11% esta segunda-feira estabilizando de novo nos 24 dólares por ação. O preço inicial das ações na dispersão em bolsa era de 17 dólares.

Na próxima semana, a 15 de março, a Reserva Federal volta a reunir-se para decidir se aumenta novamente a taxa de juro, um cenário bastante provável. Essa decisão terá implicações nos mercados, principalmente por indicar que existe confiança no futuro da economia norte-americana.

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Offshores: Software da polémica é da Informatica

O software onde alegadamente houve um erro informático pertence a uma multinacional norte-americana. Empresa defende-se dizendo que ainda é cedo para saber se a culpa está no PowerCenter.

O programa informático no centro da polémica dos offshores chama-se PowerCenter e pertence à Informatica, uma multinacional norte-americana com sede na Irlanda especialista em gestão de dados. A notícia avançada pela SIC revela que o software em causa falhou, tal como tinha indicado Rocha Andrade, por não ter lido todas as linhas das declarações enviadas pelos bancos e, mesmo assim, ter dado o processo como bem-sucedido. Em causa estão dez mil milhões de euros transferidos para offshores que não foram inspecionados pela Autoridade Tributária e Aduaneira.

A anomalia aconteceu na transição dos dados do Portal das Finanças para o sistema central do fisco. Em causa está a ocultação de dados que, para além de ter causado uma disparidade de números nas estatísticas relativas ao período de 2011 a 2014, passaram ao lado da inspeção. Segundo uma fonte do fisco, citada pela SIC, mais de 90% dos dados que não chegaram a ser tratado referem-se a transferências do BES para o Panamá.

Alegadamente, o software não leu todas as linhas das declarações do modelo 38 enviadas pelos bancos nacionais com todos os detalhes sobre estas transferências. Apesar de o processo ficar incompleto na prática, o programa dava a transferências como terminada com sucesso. Em resposta à SIC, a empresa diz ainda ser cedo para saber se foi um erro do software em si ou dos utilizadores do fisco. A Informatica argumenta que o sistema mudou entretanto e existem várias versões.

A multinacional norte-americana afirma ainda que está a colaborar com as autoridades portuguesas na investigação da Inspeção Geral das Finanças. Em reação, o Ministério das Finanças realçam apenas que o assunto está sob investigação.

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Altri faz empréstimo obrigacionista de 70 milhões de euros

  • Lusa
  • 6 Março 2017

A operação de financiamento permitiu recomprar dívida antiga. O objetivo desta emissão é extensão do perfil de maturidade da dívida, refere a empresa.

A empresa de produção de pasta de eucalipto e de gestão florestal Altri informou hoje o mercado que fez um empréstimo obrigacionista, por subscrição particular, de 70 milhões de euros, pelo prazo de sete anos.

“A Altri informa que procedeu, hoje, à emissão de um empréstimo obrigacionista, por subscrição particular, no montante de 70 milhões de euros, pelo prazo de sete anos”, lê-se num comunicado publicado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A empresa informa também que adquiriu hoje 500 obrigações representativas de um outro empréstimo obrigacionista, no montante nominal de 50 milhões de euros, “tendo procedido à sua amortização, passando esta emissão a estar representada por 200 obrigações, no montante nominal de 20 milhões de euros”.

A Altri afirma que estas operações se enquadram-se na sua estratégia de financiamento, “que visa a extensão do perfil de maturidade da dívida, o reforço da estrutura de capitais e da diversificação das fontes e tipologias de financiamento”.

Na semana passada, a Altri apresentou resultados, tendo registado um lucro de 76,9 milhões de euros em 2016, uma descida de 34,6% face ao ganho de 118 milhões de euros obtido em 2015.

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AIE: Sem investimento, preço do petróleo vai subir

Os preços do petróleo vão subir significativamente na próxima década se não houver um grande investimento em novos campos petrolíferos. A conclusão é da Agência Internacional de Energia.

O mundo vai deparar-se com um aumento acentuado dos preços do petróleo na próxima década se não houver um grande investimento em novos campos petrolíferos. A conclusão é da Agência Internacional de Energia (AIE) que antecipa, no mesmo relatório, que os EUA podem passar a ocupar o primeiro lugar na lista da oferta da matéria-prima nos próximos cinco anos. Porquê? Devido ao sucesso da produção do petróleo de xisto, que envolve custos mais baixos.

A AIE refere, no seu relatório sobre o mercado petrolífero, que após um abrandamento de dois anos, a recuperação do setor é fraca. Uma melhoria lenta que, segundo a agência, coincide com o facto de a Índia e a China continuarem a ter uma forte influência na procura pelo “ouro negro”. Resultado? Um mercado com preços mais elevados a caminho de 2022 se não forem tomadas mais medidas, conclui a AIE no relatório.

As grandes petrolíferas, como a BP e a Shell, têm estado cautelosamente otimistas sobre os investimentos que vão fazer em novos projetos este ano. Um otimismo que advém do preço do petróleo, que se tem mantido perto dos 55 dólares por barril após os países produtores terem conseguido chegar a acordo para cortar a produção.

"Em 2015 e 2016, o investimento no upstream tocou mínimos recorde. Não está a recuperar significativamente em 2017”

Neil Atkinson

responsável da Agência Internacional de Energia

A AIE diz que os preços atuais não são suficientes para compensar os investimentos perdidos nos últimos dois anos. “Em 2015 e 2016, o investimento no upstream tocou mínimos recorde. Não está a recuperar significativamente em 2017″, diz Neil Atkinson, um dos responsáveis pelo relatório, acrescentando que são necessários centenas de milhares de milhões de dólares em investimento adicional para evitar uma quebra.

Petróleo de xisto continua no caminho

A AIE refere também que os EUA podem passar a ocupar o primeiro lugar numa lista mundial sobre o crescimento da oferta de petróleo nos próximos cinco anos. Este aumento não será motivado pelas políticas energéticas de Donald Trump — que a agência prevê que demorem a ter impacto — mas pelo sucesso da exploração de petróleo de xisto, que se destaca pelos seus baixos custos.

A seguir aos EUA, deverá seguir-se o Canadá e o Brasil nesta lista. Dentro da OPEP, grande parte da nova oferta deverá vir do Iraque, dos Emirados Árabes Unidos e do Irão.

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PS afasta por agora revisão do modelo do Conselho de Finanças Públicas

  • Margarida Peixoto
  • 6 Março 2017

Eurico Brilhante Dias foi duro nas críticas ao Conselho de Finanças Públicas, colocando em causa o seu modelo de funcionamento. Contudo, os socialistas não estão, por agora, a preparar mexidas.

Neste momento, o PS não está a trabalhar em propostas de revisão do modelo de funcionamento do Conselho de Finanças Públicas (CFP). A hipótese foi colocada em cima da mesa na sequência de declarações do deputado Eurico Brilhante Dias, em entrevista à Rádio Renascença. Mas ao ECO o socialista explica que o partido não está, neste momento, a trabalhar nesse sentido.

“Eu não disse que se deve rever o modelo de funcionamento do Conselho de Finanças Públicas, mas que é sempre equacionável a sua revisão”, precisa Eurico Brilhante Dias, ao ECO. Na sexta-feira passada, em declarações à Renascença, o socialista tinha criticado o modo de atuação do CFP e frisado que o modelo de supervisão das finanças públicas foi criado pela Assembleia da República estando, por isso mesmo, “sempre em questão”.

Esta é uma porta que, a ser aberta, poderá ter aceitação do lado do BE e do PCP, que sempre foram contra a criação deste conselho de monitorização. E a questão surgiu depois de Teodora Cardoso, presidente do CFP, ter considerado que, em certa medida, o défice orçamental de 2,1% conseguido em 2016 foi “um milagre”.

"Sou favorável a entidades independentes de acompanhamento da execução orçamental. Mas não sei se o modelo português é o mais eficaz. Temos sempre de ponderar se é eficaz ter uma panóplia de entidades, como é o caso com a UTAO e o CFP.”

Eurico Brilhante Dias

Deputado do PS

Ao ECO, o deputado reitera que há vários modelos de conselhos de supervisão na Europa e questiona se o modelo português, onde o CFP coexiste com a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), é o mais eficaz. “Sou favorável a entidades independentes de acompanhamento da execução orçamental. Mas não sei se o modelo português é o mais eficaz. Temos sempre de ponderar se é eficaz ter uma panóplia de entidades, como é o caso com a UTAO e o CFP”, frisa.

Contudo, afasta, por agora, iniciativas do partido no sentido de rever este modelo: “O PS está neste momento concentrado em sair do Procedimento por Défices Excessivos e em ter uma boa execução orçamental. Não devemos andar sempre a pensar em mexer na arquitetura. Do meu conhecimento, a questão não se pôs.

"Neste momento não estamos a trabalhar em propostas nesse sentido.”

João Paulo Correia

Vice-presidente da bancada parlamentar do PS

Confrontado pelo ECO, João Paulo Correia, vice-presidente da bancada parlamentar dos socialistas, confirma que o PS não está, por agora, a pensar em mexer no modelo do CFP. “Neste momento não estamos a trabalhar em propostas nesse sentido”, garante.

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Mercedes “perdeu a cabeça”… do Classe E

A marca alemã concluiu a renovação da Classe com o E Cabrio. A silhueta é em tudo idêntica à do Classe E Coupé, mas com uma capota de lona boa para abrir no verão. Mas só chega depois do... verão.

A Mercedes demorou apenas um ano a concluir a renovação dos Classe E. Depois da berlina, da carrinha, do coupé e do Classe E All-Terrain, lança agora o cabrio. É em tudo idêntico ao coupé, mas “perdeu a cabeça”… É um carro para passear com os cabelos ao vento, mas só vai ser possível fazê-lo depois do verão.

Comparativamente ao seu antecessor, o novo Classe E Cabriolet cresceu no que diz respeito ao comprimento, largura e à distância entre-eixos: com um comprimento de 4,826 metros, uma largura de 1,860 e uma altura de 1,428 metros. “O novo Classe E Cabriolet é sem dúvida o modelo de maiores dimensões, sendo a dinâmica de condução a principal beneficiária da maior largura das vias”, diz a marca.

A suspensão rebaixada em 15 milímetros comparativamente à do Classe E Limo enfatiza igualmente o caráter desportivo luxuoso do Classe E Cabriolet que chegará ao mercado com vários motores a gasolina e a gasóleo. No caso da gasolina, a entrada é feita com o E200 Cabrio, chegando ao E400 4Matic Cabrio de 333 cv. No diesel, a única estrela é o E220, que conta com 194 cv.

Capota especial

Potência não falta para passear com o novo E Cabrio, mas não será este verão. A marca só irá lançar este novo modelo já em setembro, depois do tempo mais quente, pelo que ter uma boa capota é essencial. E nesse capitulo, a fabricante alemã dá essa garantia já que o E herda a capota do Classe S.

A capota de lona está disponível nas cores castanho-escuro, azul-escuro, vermelho escuro ou preto. Esta capota, preparada para garantir uma ótima insonorização, pode ser totalmente aberta e fechada em 20 segundos com o veículo a uma velocidade igual ou inferior a 50 km/h, destaca a marca.

Luxo de cabelos ao vento

De capota aberta ou fechada, para quem vai a bordo deste novo Mercedes o luxo é sempre o mesmo. Os bancos “estão equipados com apoios laterais, apoios de cabeça estruturalmente integrados e com o opcional sistema de aquecimento da zona do pescoço Airscarf“, refere a marca.

Também há, claro, muita tecnologia para entretenimento — a de ajuda à condução é igual à do Classe E. O modelo de entrada na gama combina dois ecrãs de sete e 8,4 polegadas, mas em opção há dois ecrãs de alta resolução de 12,3 polegadas que se fundem por detrás de um painel de vidro partilhado para criar um ecrã largo.

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Grupo PSA passa a número dois após compra da Opel

  • Lusa
  • 6 Março 2017

A compra da Opel por parte da PSA Peugeot Citroën vai catapultar o grupo francês para número dois no setor automóvel europeu. Mas também há ativos com défice crónico à mistura.

A compra da Opel/Vauxhall à General Motors (GM) dá ao grupo PSA Peugeot Citroën o estatuto de número dois do setor automóvel europeu, mas também ativos com défice crónico desde o início do século.

Um dos objetivos para 2020 é que a subsidiária da GM saia do vermelho, após somar 15 mil milhões de dólares (14,1 mil milhões de euros) de perdas acumuladas nos últimos 16 anos, apesar da redução nos últimos anos: 257 milhões de dólares (242 milhões de euros) em 2016 depois de 813 milhões de dólares (768 milhões de euros) em 2015.

Com o negócio que dá a prata ao grupo liderado pelo português Carlos Tavares (com 2,95 milhões de veículos vendidos em 2016), atrás da Volkswagen (3,91 milhões), chega ao fim quase 90 anos de presença industrial do gigante norte-americano GM na Europa. O negócio formalizado hoje envolveu 1,3 mil milhões de euros pela compra da subsidiária da GM e 900 milhões de euros para garantir as operações financeiras da GM.

A nível das atividades financeiras, o capital social das sociedades financeiras cativas da Opel/Vauxhall será dividido entre Banque PSA Finance e o BNP Paribas Personal Finance, que passam a responder a necessidades de 1.800 concessionários de 11 países europeus.

Os ativos em circulação, no final de 2016, geraram cerca de 9,6 mil milhões de euros, dos quais cerca de 5,8 mil milhões são financiados por depósitos ou securitizações (titularizações). Prevê-se que a transação esteja concluída no quarto trimestre de 2017, estando sujeita às habituais aprovações por parte das leis da concorrência e outras exigências legais

Na conferência de imprensa de anúncio do negócio, Carlos Tavares garantiu a manutenção da identidade de cada marca, dado o interesse de clientes em adquirirem viaturas alemãs e francesas. O responsável afirmou a intenção de manter Karl-Thomas Neumann na liderança da Opel e que não é objetivo reduzir o número de trabalhadores.

Carlos Tavares garantiu que respeitará os acordos existentes, em particular com os sindicatos sobre a garantia de emprego. Em Portugal, o grupo francês PSA tem uma fábrica em Mangualde, onde a produção de um novo modelo deverá criar uma terceira equipa de trabalhadores em 2019, que poderá incluir entre 250 a 300 pessoas, disse o diretor da unidade, José Maria Castro Covello, numa entrevista à Lusa em 13 de fevereiro.

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Marcelo recebeu governador do BdP em Belém

O Presidente da República recebeu Carlos Costa na semana em que vieram a público mais revelações sobre a supervisão no caso BES/GES. Governador tem sido criticado nos últimos dias.

Carlos Costa esteve em Belém na semana passada para reunir com Marcelo Rebelo de Sousa, avança o Expresso. O governador do Banco de Portugal e o Presidente da República acertaram a defesa aos recentes ataques feitos ao regulador bancário, após as revelações da reportagem “Assalto ao Castelo” emitida na SIC. Marcelo quer proteger o atual governador para manter a estabilidade do sistema financeiro.

A reunião, que decorreu no Palácio de Belém, aconteceu depois do Carnaval, ou seja, após terça-feira, o que coincide com os dias de emissão da investigação sobre a atuação do supervisor bancário no caso BES/GES. Segundo o semanário, o objetivo do encontro entre Marcelo e Carlos Costa foi definir a estratégia de defesa aos ataques que o PS, PCP e BE têm feito ao governador, ainda que António Costa tenha reforçado que o cargo é inamovível.

Longe de alinhar nos ataques ao regulador, Marcelo Rebelo de Sousa tem vindo a sublinhar a necessidade de estabilizar o sistema financeiro. Um argumento que já tinha servido para a polémica em torno da Caixa Geral de Depósitos, por exemplo. Segundo o Expresso, a opinião do Presidente da República é que Carlos Costa deve ficar fora da luta partidária.

Os ataques ao atual governador regressaram por causa das revelações da reportagem da SIC: em causa está um documento de técnicos do Banco de Portugal que mostra que Ricardo Salgado deveria ter sido afastado mais cedo, um relatório do BPI entregue ao BdP que demonstrava a situação em que se encontrava o Grupo Espírito Santo e, por fim, os alertas dados pelo supervisor bancário no Dubai sobre uma filial do BES.

Estes elementos suscitaram críticas à esquerda. O PS admitiu chamar o governador ao Parlamento — algo que vai acontecer pela vontade do próprio Carlos Costa –, além de Carlos César, líder parlamentar dos socialistas e presidente do partido, ter criticado a atuação do supervisor. Já o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português voltaram a reafirmar que o atual governador deve ser afastado do cargo.

O PSD manteve a sua confiança no governador que reconduziu no final de 2015. O CDS não pede a demissão, mas classifica a atuação de “gestão antiquada”.

Marcelo não confirma reunião

O Presidente da República, em declarações às televisões à saída de um evento da sua agenda com exportadores, insistiu que não se deve “confundir o acessório com o fundamental”. E reforçou que tudo fará, dentro dos seus poderes atribuídos pela Constituição portuguesa, para estabilizar o sistema financeiro. Para o chefe de Estado “não há crescimento sem exportações e investimento” e não há estes dois elementos sem um sistema bancário “forte”.

Por isso, Marcelo Rebelo de Sousa quer que exista um “reforço”, “solidificação” e “consolidação” do sistema financeiro em Portugal. “É nisso que estamos todos a trabalhar”, diz, referindo o ano de 2016 mas também os próximos “meses de trabalho pela frente no sentido dessa estabilização”. Em causa está o próximo passo da recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, sobre o qual Marcelo diz estar “confiante”.

Apesar da insistência dos jornalistas, o Presidente da República recusou-se a fazer mais comentários sobre esta matéria. “Não vou entrar em pormenores, o que interessa é a ideia geral”, argumentou, referindo que “tudo o resto é menos importante que este objetivo nacional”.

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