Empréstimos a particulares para habitação continuam em queda

  • Lusa
  • 12 Setembro 2017

Para além dos particulares, os bancos também estão a conceder menos crédito às sociedades não financeiras, revelam os dados do banco de Portugal relativos ao mês de julho.

Os empréstimos concedidos pelos bancos a particulares para habitação continuaram a cair em julho (2,4%) em termos homólogos, assim como os concedidos a sociedades não financeiras (3,2%), segundo dados do Banco de Portugal (BdP).

Em junho, as taxas de variação anual (tva) destes empréstimos tinham sido igualmente negativas (-2,5% e -3,3%, respetivamente). No conjunto da área do euro, as tva nos empréstimos a sociedades não financeiras e a particulares (habitação) foram de 1,2% e 3,1 (1,2% e 3,3% em junho), respetivamente.

De acordo com a nota de informação estatística do BdP publicada esta terça-feira, os depósitos de particulares nos bancos residentes totalizavam 140,3 mil milhões de euros no final de julho de 2017, refletindo uma tva de -1,7% (-1,0% em junho). Na área do euro, a tva dos depósitos de particulares foi de 3,3% em julho, inferior aos 3,8% registados no mês anterior.

De acordo ainda com dados publicados pelo BdP, em julho, a taxa de juro média dos novos empréstimos concedidos a sociedades não financeiras foi de 2,72%, o que representa um aumento de 12 pontos base em relação a junho. “Este acréscimo verificou-se tanto nas operações abaixo de um milhão de euros como nas operações acima de um milhão de euros, com as taxas de juro a fixarem-se em 3,05% (2,97% em junho) e 2,27% (2,13% em junho), respetivamente”, indica o BdP.

O volume de novos empréstimos concedidos a sociedades não financeiras em julho foi de 2,553 mil milhões de euros, montante inferior aos 2,722 mil milhões de euros registados em junho. Nas novas operações de empréstimos a particulares para habitação, a taxa de juro média foi de 1,59% (1,69% em junho), o que representa um novo mínimo histórico.

No crédito ao consumo e no crédito para outros fins, as taxas de juro médias foram de 7,40% (7,28% em junho) e de 3,77% (3,37% em junho), respetivamente. O BdP sinaliza também que os volumes de novas operações de empréstimos para habitação, consumo e outros fins totalizaram, respetivamente, 683 milhões, 328 milhões e 162 milhões de euros.

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Senhorios podem aumentar as rendas em 1,12% em 2018

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 12 Setembro 2017

Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) já permitem calcular a atualização das rendas em 2018. Aumento compara com a subida de 0,54% este ano.

As rendas podem ser atualizadas em 1,12% no próximo ano. Já é possível apurar este valor, depois de o Instituto Nacional de Estatística (INE) ter divulgado os dados da inflação de agosto.

O coeficiente de atualização anual de renda resulta da variação do Índice de Preços no Consumidor (IPC) dos últimos 12 meses, sem habitação, disponível a 31 de agosto. Os dados publicados esta segunda-feira pelo INE apontam então para 1,12%.

Esta subida contrasta com o aumento de 0,54% aplicado este ano. É, aliás, a maior subida desde 2014: nesse ano, a atualização foi de 0,99%, em 2015 não houve aumento e em 2016 atingiu 0,16%. Em 2013, tinhas sido de 3,36%.

O coeficiente apurado deve ser publicado em Diário da República até 30 de outubro. Os senhorios têm depois de comunicar o novo valor com a antecedência mínima de 30 dias face à atualização.

O presidente da Associação Lisbonense de Proprietários (ALP), que critica a fórmula de cálculo do coeficiente, acredita que os senhorios vão mesmo avançar com esta atualização. Tendo em conta este valor, “justifica-se”, refere Luís de Menezes Leitão. Noutros anos, a subida seria tão baixa que nem compensaria os custos associados, diz.

A questão coloca-se sobretudo nas rendas anteriores a 2006, em muitos casos de valor baixo, explica ainda. É que nos contratos posteriores, senhorio e inquilino podem fixar livremente outras formas de atualização e “isto acontece com frequência”, refere. Há ainda forma de ficar excluído do aumento em casos de carência económica.

(notícia atualizada às 12:05)

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Portugal assiste a mudança geracional com mais alunos nos cursos científicos

  • Lusa
  • 12 Setembro 2017

Em 2015, 28% dos diplomados pelo ensino superior em Portugal graduaram-se em áreas científicas, tecnológicas, de engenharia e matemática.

As áreas científicas, tecnológicas, de engenharia e matemática atraem cada vez mais estudantes no ensino superior, refere um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) divulgado esta terça-feira, que considera que “Portugal está a viver uma mudança geracional” nas escolhas de áreas de estudo.

As áreas de engenharia, indústria e construção são aquelas que melhor representam o salto geracional em termos de escolha de áreas de estudo, aponta o relatório Education at a Glance 2017 da OCDE, dedicado a analisar o estado da educação nos países parceiros.

“Enquanto há apenas 15% de diplomados em engenharia, indústria e construção com idades entre os 25 e os 64 anos, esta área representou a que mais graduados formou em 2015 no ensino superior (21%, que comparam com uma média de 14% na OCDE)”, refere o relatório. O documento acrescenta que nas áreas de saúde, cuidados e bem-estar, que também atraem cada vez mais alunos portugueses, há uma percentagem total de diplomados de 14%, mas em 2015 foi responsável por 19% dos diplomados no ensino superior.

“Em 2015, 28% dos diplomados pelo ensino superior em Portugal graduaram-se em áreas científicas, tecnológicas, de engenharia e matemática [designadas pela sigla STEM], acima da média da OCDE de 23%”, aponta o relatório. Por outro lado, “apenas 1% dos estudantes obteve um diploma em tecnologias de informação e comunicação (TIC), uma das percentagens mais baixas de todos os países da OCDE”, sendo que a média da OCDE é de 4%.

A OCDE destaca ainda que a desigualdade de género que geralmente está patente nestas áreas de estudo — que atraem mais homens do que mulheres — é menos pronunciada em Portugal, onde as percentagens de mulheres a frequentar estes cursos superiores é superior à média dos países parceiros da organização.

A OCDE fez ainda contas ao investimento público no ensino superior entre 2010 e 2014, os anos da crise económica e da intervenção externa da troika, destacando que houve uma quebra de 9% na despesa com o ensino superior público. “Como o número de alunos no ensino superior também caiu nesse período, a quebra na despesa por aluno fixou-se nos 3%, mas contrariando um crescimento médio de 6% nos países da OCDE”, aponta o relatório.

Os 9.984 euros gastos por aluno do ensino superior (incluindo investigação científica) em 2014 em Portugal ficam milhares de euros abaixo da média de 13.507 euros da OCDE e dos 13.523 euros da média da União Europeia a 22 (UE22).

85% dos diplomados tem emprego

Em 2016, a percentagem de portugueses entre os 25 e os 34 anos com um diploma do ensino superior era de 35%, um crescimento de 16 pontos percentuais face a 2005. Já a percentagem de diplomados entre os 25 e 64 anos era em 2016 de 24%, abaixo da média da OCDE de 37%. Em 2016, 85% dos diplomados com idades entre os 25 e os 64 anos tinha emprego.

Entre a geração mais jovem (25-34 anos), o nível de escolaridade não revela ter grande influência na empregabilidade, dado que a taxa de desemprego nesta faixa etária se situa aproximadamente entre os 10% e os 15%, com o desemprego a afetar um pouco menos quem tem pelo menos uma licenciatura.

Em termos salariais, ter um diploma do ensino superior pode representar um salário quase 75% superior face a quem apenas concluiu o ensino secundário.

Já ter ficado aquém do 12.º ano de escolaridade pode representar uma diferença salarial de cerca de 25% a menos face a quem concluiu a escolaridade obrigatória.

Ensino profissional melhora taxas de conclusão do secundário

O relatório da OCDE destaca ainda que metade dos alunos do ensino secundário reprova pelo menos um ano ao longo deste nível de ensino, mas o ensino profissional tem-se mostrado eficaz no combate ao abandono antes da conclusão da escolaridade obrigatória.

A conclusão do ensino secundário em Portugal “permanece um desafio significativo”, onde metade dos alunos não consegue concluir este nível de ensino dentro do período da sua duração: três anos. Além disso, aponta a OCDE, de todos os países com dados disponíveis, Portugal tem a maior percentagem de alunos que abandonam o sistema de ensino sem concluírem o 12.º ano em cinco anos: 35%, que comparam com uma média de 21% na OCDE.

A média nos países da OCDE que disponibilizam informação sobre este tema é de 68% de conclusão. Já em Portugal, a taxa de conclusão sobe para os 61% se se considerar um período de cinco anos, ou seja, duas retenções, ainda assim significativamente abaixo da média da OCDE de 75% para um período igual.

O relatório da OCDE destaca a aposta de Portugal no ensino profissional, que em 2015 abarcava 45% dos alunos do ensino secundário, como forma de aumentar o número de graduados no ensino secundário ao mesmo tempo que promove uma ligação mais direta ao mercado de trabalho.

“Ao contrário de muitos países com dados disponíveis, o ensino profissional em Portugal é mais bem-sucedido em manter [na escola] até à graduação do que o ensino científico-humanístico. Enquanto apenas 59% dos alunos no ensino científico-humanístico concluem o ensino secundário em cinco anos, a taxa é de 64% no ensino profissional”, refere o relatório.

A taxa de não conclusão do ensino secundário na faixa etária entre os 25 e os 34 anos é de 31%, “quase o dobro da média da OCDE e uma das mais altas entre os países da OCDE”.

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Investir em infraestruturas? Macau mantém dinheiro no cofre

  • ECO
  • 12 Setembro 2017

Macau coletou cerca de 70 mil milhões de dólares em impostos de casinos. Mas menos de 10% foram usados para investir em infraestruturas.

Dezenas de milhares de milhões de dólares estão parados nos cofres de Macau. Dinheiro que vem dos impostos cobrados aos casinos durante mais de cinco anos e que não tem sido devidamente utilizado. Nos últimos anos, o Estado investiu muito pouco deste capital em infraestruturas, como hospitais ou terminais ferroviários, que são muito necessárias no país. Um tema que voltou a estar na agenda depois de uma tempestade ter atingido Macau e feito dez vítimas mortais, deixando a cidade sem acesso a água e eletricidade.

Anos de má gestão, mau planeamento e corrupção são os principais motivos para que o dinheiro que o Estado acumula em impostos cobrados aos casinos macaenses esteja a ser mal utilizado, dizem vários académicos, legisladores e residentes em Macau à Reuters. “Eles [o Governo] podem gastar muito mais” em infraestruturas, afirma Eric Sautede, professor na Universidade de Macau. Para o académico, os cofres do Estado têm tanto dinheiro que o país conseguiria funcionar durante vários anos sem coletar impostos. São, ao todo, 70 mil milhões de dólares em impostos de casinos. Desse montante, menos de 10% foi usado para investir em infraestruturas.

"Eles [o Governo] podem gastar muito mais em infraestruturas.”

Eric Sautede, professor na Universidade de Macau.

O sul da China não tem dívida pública e apresentava reservas orçamentais de 55 mil milhões de dólares no final de 2016, de acordo com dados do instituto de estatísticas de Macau. A autoridade monetária macaense afirma que investe estas reservas na diversificação do portefólio de ativos, “controlando o nível de risco”. Mas a aposta em infraestruturas tem sido escassa nos últimos anos, mostram dados do Governo.

Em 2013, quando as receitas dos casinos atingiram um recorde de 45 mil milhões, o Executivo apresentou uma taxa de execução abaixo de 40%. Num email, o Governo afirmou, sem elaborar, que os projetos encontraram “obstáculos por diferentes motivos”.

Apesar de a taxa de execução ter vindo a melhorar, ainda há muito a fazer a nível de infraestruturas no país. Há muitos projetos públicos por acabar em Macau, dizem economistas. Devia ter aberto um hospital este ano, mas ainda está numa fase inicial de construção. O novo terminal ferroviário de Macau devia ter sido inaugurado em 2007, mas só ficou pronto este ano e custou cinco vezes mais do que estava previsto.

Esta fraca aposta no investimento voltou a ficar em cima da mesa depois de um tufão ter abalado Macau, tendo registado ventos superiores a 130 quilómetros por hora e rajadas acima dos 200 quilómetros, os valores mais elevados desde que há registos. Foi a primeira vez em 18 anos que foi usado o sinal máximo de tempestade tropical no país, que deixou o país “às escuras” e obrigou ao encerramento das fronteiras.

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Ronaldo troca de advogados no processo de fuga ao Fisco

  • ECO
  • 12 Setembro 2017

O craque português rescindiu os serviços que tinha com o escritório de advogados anterior. O jornal espanhol El Mundo avança que Ronaldo já escolheu os novos representantes.

Cristiano Ronaldo revogou os serviços que tinha com o escritório de advogados Baker & McKenzie, no seu processo de fuga ao Fisco. O El Mundo (acesso livre/ conteúdo em espanhol) avançou que o jogador já escolheu os seus novos representantes, justificados pela sua vontade em ser representado por especialistas no assunto.

O craque português está a apostar tudo para se defender no processo que corre contra si de quatro crimes de fuga fiscal, no valor de 14,7 milhões de euros. Valor esse relacionado com rendimentos não declarados relativos aos direitos de imagem, recebidos entre 2011 e 2014.

O jornal espanhol El Mundo avançou que o madeirense já tem escolhida a nova equipa de advogados que o irá representar, por querer “melhores especialistas em direito fiscal”, segundo fontes do clube ao jornal.

Ronaldo já informou o escritório de advogados Baker & McKenzie que não pretende continuar com os seus serviços. O advogado José Antonio Choclán, que também defende o treinador José Mourinho no caso de fuga aos impostos, foi o escolhido, por ser “um dos grandes [especialistas] penais espanhóis e um dos maiores especialistas em delito fiscal”, segundo o El Mundo.

Esta decisão surge depois da juíza Mónica Gómez ter intimidado Jorge Mendes, o agente do internacional português, Luís Correia, assessor de imagem, e o advogado Carlos Osório de Castro, para perceber os papéis que cada um tinha na alegada fuga ao Fisco.

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Revista de imprensa internacional

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 12 Setembro 2017

Em Espanha, o futuro político de Rajoy está em jogo. Em França, é a reforma do Código do Trabalho que gera indignação. Veja os destaques da imprensa internacional.

Mariano Rajoy pensa na estratégia a adotar com a Catalunha. Em França há protestos contra a reforma do Código do Trabalho naquele que pode ser considerado um teste não só ao Governo como à central que apelou à manifestação. O furacão Irma perdeu força mas continuou a deixar um rasto de devastação nos Estados Unidos. O que dizem os jornais estrangeiros esta terça-feira?

Le Monde

Código do Trabalho gera manifestação em França

França é palco de um protesto contra a reforma do Código do Trabalho. A manifestação é um teste à confederação sindical francesa CGT, que apelou à mobilização, mas também a Emmanuel Macron, que insiste em introduzir alterações à legislação laboral. Ainda que os sindicatos sejam muito críticos às mudanças, estão divididos na resposta a dar. Leia a notícia completa aqui [conteúdo em francês]

El País

Rajoy estuda estratégia na Catalunha

Ministros e assessores de Mariano Rajoy refletem sobre a estratégia a adotar com a Catalunha. O Tribunal Constitucional espanhol já suspendeu a lei aprovada pelo parlamento regional da Catalunha que ditava a convocação de um referendo sobre a independência da região. A Rajoy chegam petições e requerimentos para que dê um murro na mesa mas o presidente pede cabeça fria. Não tomará ações desproporcionadas mas aplicará a lei para evitar o referendo. Leia mais aqui [conteúdo em espanhol]

The New York Times

Irma deixa milhões sem luz na Florida

A maior parte dos habitantes do estado norte-americano da Florida passou a noite de segunda-feira na escuridão, depois de o furacão Irma — já com menos força, mas ainda mortal — ter derrubado postos de energia. Na manhã desta terça-feira, mais de 13 milhões de pessoas não tinham luz na Florida, na sequência da tempestade. Veja a notícia aqui [conteúdo em inglês].

Reuters

Bosch antecipa subida das vendas de sistemas de apoio à condução

A Bosch, maior fornecedor de componentes automóveis, espera que as vendas anuais de sistemas de apoio à condução atinjam dois mil milhões de euros em 2019. Estes sistemas disponibilizam funções como travagem automática ou alertas para situações de perigo e são os precursores da condução automática. Leia a notícia aqui [conteúdo em inglês]

Valor Económico

Brasil em risco de deixar de pagar Segurança Social

O ministro brasileiro do Planeamento defende a reforma da Segurança Social e avisa que em breve será impossível continuar a arcar com esse custo. “A gravidade da situação é essa: estamos prestes a não poder pagar a Previdência”, disse Dyogo de Oliveira, acrescentando que “não há possibilidade de estabelecer equilíbrio fiscal sem a reforma da Previdência”. Leia a notícia completa aqui.

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Fosun reforça no BCP. Ações aceleram quase 5%

  • Rita Atalaia
  • 12 Setembro 2017

Os investidores estão mais confiantes nos títulos do BCP. Depois de a Fosun ter reforçado a sua participação no banco liderado por Nuno Amado, as ações estão a recuperar. Sobem quase 5%.

O BCP está a recuperar. O banco liderado por Nuno Amado já conseguiu anular as perdas de segunda-feira, subindo mais de 5%. Ganhos que se seguem ao reforço da Fosun no capital social da instituição financeira, num sinal de confiança “no caminho do BCP”, de acordo com o presidente da instituição financeira. Para os analistas, os títulos devem continuar voláteis e a trazer oportunidades aos investidores.

Os títulos do BCP têm oscilado. Caíram durante quatro sessões consecutivas, para depois recuperarem e voltarem a cair 5%. Hoje, o dia é de ganhos. As ações do banco estão a acelerar 4,75% para 21,15 cêntimos. Mas já chegaram a tocar os 21,32 cêntimos durante a sessão desta terça-feira. “Esta volatilidade atrai diversos investidores particulares (pois cria oportunidades de trading de curtíssimo prazo), que por sua vez exacerbam a magnitude dos movimentos dos títulos”, afirmam os analistas do BPI, no Diário de Bolsa.

BCP acelera mais de 5% após queda expressiva

A recuperação acontece depois de a Chiado, filial do grupo Fosun, ter anunciado que passou a deter uma participação de 25,16% no capital social do banco. A filial do grupo Fosun detinha 23,92% do capital social do BCP, registando-se um aumento de 1,24 pontos percentuais. Isto no mesmo dia em que foi anunciado que o Norges Bank reforçou igualmente a sua participação, passando a deter 2,544% do capital social do BCP. Para o CaixaBI, é uma “notícia positiva na medida em que traduz o reforço de confiança do maior acionista do BCP”.

Esta volatilidade atrai diversos investidores particulares (pois cria oportunidades de trading de curtíssimo prazo), que por sua vez exacerbam a magnitude dos movimentos dos títulos.

Analistas do BPI

O presidente da instituição financeira, Nuno Amado, também afirmou que este reforço demonstra confiança no banco. “Este reforço está alinhado com o interesse estratégico que a Fosun oportunamente comunicou ao mercado e demonstra a confiança no caminho que está a ser prosseguido pelo Millennium bcp”, considerou o gestor. Segundo Nuno Amado, o aumento da participação da Fosun “reflete o desempenho económico-financeiro do banco, incluindo a robustez do modelo de negócio e a redução dos NPE [exposição ao crédito malparado]”.

E acrescentou: “A redução [da exposição ao malparado] essa que está a decorrer a um ritmo mais intenso do que o apresentado ao mercado e aos supervisores. Isto confirma a continuada confiança de todos, investidores e reguladores na estratégia apresentada e na execução da mesma”. Isto no mesmo dia em que o secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, afirmou que o Governo espera que a plataforma de gestão comum de créditos malparados, que será constituída pelas três maiores instituições financeiras (BCP, CGD e Novo Banco), esteja em funcionamento “no início do próximo ano”.

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Reino Unido aprova lei para por fim à supremacia do direito europeu

  • Lusa
  • 12 Setembro 2017

O Parlamento britânico aprovou esta segunda-feira o projeto de lei governamental para acabar com a supremacia do direito europeu no Reino Unido.

O Parlamento britânico aprovou na noite desta segunda-feira o projeto de lei governamental para acabar com a supremacia do direito europeu no Reino Unido, na primeira votação deste texto crucial no processo de saída da União Europeia.

Os planos de Theresa May para retirar o Reino Unido da União Europeia parecem estar no caminho certo. Isto depois dos deputados terem aprovado o avanço da lei do Brexit. No entanto, deixaram no ar a hipótese de a reescreverem mais tarde.

Após várias horas de debate, os membros do Parlamento concordaram e aprovaram o projeto-lei que põe fim à primazia do direito comunitário no país. O texto revoga a adesão à União Europeia e vai permitir a revisão e transposição de milhares de normas comunitárias para o direito britânico. Foi aprovado com 326 votos a favor e 290 contra.

O Parlamento tomou uma decisão histórica para apoiar a vontade do povo britânico“, disse May através de uma declaração por email. Os conservadores da primeira-ministra contaram com o apoio dos unionistas da Irlanda do Norte e de alguns deputados trabalhistas, não conseguindo a maioria no Parlamento.

Por sua vez, o Partido Trabalhista e os Independentistas Escoceses votaram contra, por considerarem que o projeto-lei é um tanto controverso, pois confere demasiados poderes aos executivos e que lhes vai permitir mudar a legislação conforme entenderem.

Recorde-se que, na sequência do referendo a 23 de junho de 2016, o Reino Unido invocou, a 29 de março último, o artigo 50.º do Tratado de Lisboa que permite a saída de um Estado-membro da União Europeia. De acordo com o calendário do processo de saída, a data oficial de saída do Reino Unido da UE acontece dois anos após a ativação do artigo 50º do Tratado Europeu, ou seja, a 29 de março de 2019.

O projeto de lei deve agora ser estudado em detalhe pelos deputados.

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Jerónimo admite que PCP venha a integrar o Governo

  • ECO
  • 12 Setembro 2017

Se o povo der mais força ao PCP, este poderá vir a integrar um Governo que concretize aquela política, diz o secretário-geral do Partido, que não entende isto como um "favor" do PS.

O PCP pode vir a integrar o Governo caso o povo português dê mais força ao partido. Em entrevista à CMTV, Jerónimo de Sousa diz que não está em causa qualquer “benesse” do PS.

“O Partido Comunista Português não entende que isso seja alguma benesse, algum favor, portanto, do Partido Socialista”, disse o secretário-geral do partido.

“Se o povo português assim o entender dando mais força ao Partido Comunista Português com mais representação, naturalmente estamos em condições de afirmar que temos uma política alternativa e podíamos integrar um governo que concretizasse essa política”, acrescentou.

Já quanto às negociações em torno do Orçamento do Estado para 2018, Jerónimo de Sousa avisa que não é um processo de “tudo ou nada” e que têm de existir “opções políticas” e “orçamentais” que permitam “avanços”, dando o exemplo de propostas mais destacadas como as referentes ao IRS, carreiras ou o aumento de dez euros nas reformas.

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Jovens empresários receiam futuro do Portugal Fashion por limitações a fundos

  • Lusa
  • 12 Setembro 2017

Limitações do concurso a fundos comunitários para 2017-2019 está a preocupar o presidente da associação dos jovens empresários. O projeto mais ambicioso exigira mais do que os oito milhões recebidos.

O presidente da Associação Nacional de Jovens Empresários alertou esta terça-feira que o futuro do projeto Portugal Fashion pode estar em causa devido às limitações do concurso a fundos comunitários para 2017-2019.

“Neste momento, as limitações do concurso aberto preocupam-nos, porque representam constrangimentos para a continuidade do plano de ação atual e mais ainda para a execução da nova estratégia. Acreditamos vivamente que reduzir o apoio concedido ao projeto Portugal Fashion seria um desperdício de recursos, esforços e capital, colocando em causa todo o trabalho realizado até aqui e todas as conquistas até aqui alcançadas”, disse o presidente da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), Adelino Costa Matos.

"Neste momento, as limitações do concurso aberto preocupam-nos, porque representam constrangimentos para a continuidade do plano de ação atual e mais ainda para a execução da nova estratégia. Acreditamos vivamente que reduzir o apoio concedido ao projeto Portugal Fashion seria um desperdício de recursos, esforços e capital, colocando em causa todo o trabalho realizado até aqui e todas as conquistas até aqui alcançadas.”

Adelino Costa Matos

Presidente da ANJE

À margem da semana da moda de Nova Iorque, evento que termina na próxima quarta-feira e no qual a moda portuguesa está presente através do Portugal Fashion, Adelino Costa Matos disse que o trabalho realizado por aquele projeto da ANJE para promover a moda nacional, poderá ser “colocado em causa” se a verba vier a ser reduzida para o próximo triénio 2017-2019.

Questionado pela Lusa sobre se a ANJE estima conseguir os mesmos oito milhões de euros de apoios dos fundos comunitários para o triénio 2017-2019, que obteve no triénio 2015/2017, Adelino Costa Matos explicou que o projeto que tem em mãos para o novo triénio “é mais abrangente e ambicioso do que o projeto atual”, o que “conduzirá certamente a necessidades acrescidas de investimento”.

Na página da Internet do Portugal 2020, na lista de operações aprovadas reportadas a 30 de novembro de 2016, pode ler-se que o Portugal Fashion teve um fundo total aprovado de oito milhões de euros, para o triénio 2015/2017, para “desenvolvimento e aplicação de novos modelos empresariais para as Pequenas e Médias Empresas, “especialmente no que respeita à internacionalização”.

“O Portugal Fashion alcançou resultados que estão à vista de todos os ‘players’, nomeadamente contribuiu para a imagem de modernidade do nosso país, para a alteração de paradigma da nossa indústria têxtil – hoje assente em fatores de competitividade como ‘design’, marketing, valor acrescentado, etiqueta ‘made in Portugal’, tecnologia -, para o aumento das nossas exportações”, explicou Adelino Costa Matos.

O presidente da ANJE avançou à Lusa que o Portugal Fashion quer envolver mais ‘players’, mais marcas e mais áreas de atividade associadas ao ‘design’ e à criatividade para se afirma como um “catalisador” do cruzamento de diferentes formas de criação.

“O Portugal Fashion (PF) promove muito mais do que a moda nacional. O projeto concebe toda a sua estratégia sob o desígnio de potenciar a imagem externa de Portugal, associando o país aos conceitos de modernidade, inovação, irreverência, ‘design’, empreendedorismo e cultura”, acrescenta.

O presidente recorda que o Portugal Fashion apoia a indústria e as empresas no setor específico da moda, através da ligação às associações setoriais, como a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, Associação Portuguesa Ind. Calçado Componentes Artigos Pele Sucedaneos (APICCAPS), joalharia, através da colaboração com a AORP e a Câmara Municipal de Gondomar.

“O nosso objetivo é estimular um envolvimento crescente dos players setoriais, potenciando também sinergias com os setores complementares ao setor têxtil e de vestuário, bem como com outras áreas associadas ao ‘lifestyle’ e às indústrias criativas”.

A NYFW, que arrancou na quinta-feira passada, termina na quarta-feira e ao longo do evento está prevista uma média de 30 a 50 desfiles por dia, onde passaram ou vão marcas como Mickael Kors, Alexander Wang, Jill Stuart, Calvin Klein, Desigual, Banana Republic + Olivia Palermo, Eva Longoria Collection. Esta terça-feira, a moda portuguesa vai estar representada nos Pier 59 Studios pelo ‘designer’ Miguel Vieira, apresenta a nova coleção intitulada “30 Th – Miguel Vieira Private Collection” em honra dos 30 anos de carreira.

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O novo iPhone chega hoje: desta vez, a maçã sabe a ouro

A Apple deverá apresentar esta terça-feira três novos iPhones: 8, 8 Plus e uma edição topo de gama, o iPhone X. Saiba em detalhe o que esperar do grande evento do ano para a marca.

Se lhe cheira a maçã, é porque a Apple vai apresentar hoje três novos iPhones. Já o confirmou? A resposta é não — mas, como disse a revista Time, temos 99% de certeza de que é isso que vai acontecer esta terça-feira. Até porque a Apple não é propriamente boa a guardar segredos e este será o mais importante evento para a marca em muitos, muitos anos. Apesar de organizar sempre um evento nesta altura para dar à luz novos telemóveis, é este ano que se assinala uma década do produto mais valioso para a marca (o iPhone representa mais de metade do negócio). E uma década não se assinala todos os dias.

Antes de mais uma ronda de rumores (só os mais credíveis, claro), importa perceber que este será o primeiro evento da Apple na nova sede em Cupertino, que foi também um dos maiores investimentos da marca nos últimos anos: cerca de cinco mil milhões de dólares, mais do que os três mil milhões que pagou pela Beats, a empresa dos famosos headphones XPTO. Desde abril que está no ativo e, a partir de hoje, também os jornalistas e convidados ficarão a conhecer uma parte da nave-mãe: o Steve Jobs Theatre, um auditório desenhado especialmente para estas ocasiões, com capacidade para 1.000 lugares sentados. O entusiasmo à volta do campus é quase tão grande como o que existe face aos novos iPhones.

Por falar neles, comecemos por lhes dar nomes. Para isso, e à semelhança da Bloomberg, baseamo-nos no trabalho de Steve. Não de Steve Jobs, mas de Steve Troughton-Smith, o programador que, ao analisar o código da nova versão do sistema iOS, descobriu por lá as designações comerciais dos três novos aparelhos da Apple: iPhone 8, iPhone 8 Plus e iPhone X. Falaremos sobretudo deste último, o X, que será a edição com mais novidades, nova tecnologia e servirá para assinalar dez anos do produto. Mas prepare-se: a primeira notícia é que o preço deverá começar nos 1.000 euros (só por um dos componentes do ecrã, a Apple irá pagar o triplo ao fornecedor por cada unidade, segundo informações obtidas pelo site MacRumors). Por isso, e como nem todos os fãs terão oportunidade de comprar o novo iPhone topo de gama (a oferta poderá ser limitada), também abordaremos algumas novidades sobre os modelos 8 e 8 Plus.

Vendas do iPhone entre 2014 e 2017

Fonte: Statista

As vendas do iPhone têm vindo a manter-se mais ou menos constantes. No entanto, disparam sazonalmente, no primeiro trimestre de cada ano, o período em que a Apple inicia a venda dos novos modelos.

Um iPhone que sabe a ouro

Cedo começaram as indicações de que a Apple estaria a adquirir ecrãs OLED em catadupa. São ecrãs de qualidade superior, com cores mais naturais, brilhantes e contrastadas — a cor preta do telemóvel quase não se distingue da cor preta do ecrã. Houve mesmo um número em cima da mesa: 100 milhões deles, encomendados à Samsung, uma das poucas fabricantes deste componente. Esses ecrãs OLED serão aplicados no iPhone X, tornando-o o primeiro telemóvel da Apple a ter essa tecnologia (no universo Android, OLED é uma realidade há já vários anos). O ecrã do iPhone X também não deverá ter margens, para aproveitar o máximo de espaço da parte frontal do aparelho, e deverá ser curvo, com 5,8 polegadas. Isso torná-lo-á mais agradável ao toque — e, eventualmente, mais escorregadio.

A parte frontal ligará à traseira por uma faixa de aço inoxidável. A parte de trás deverá ser em vidro, para permitir os carregamentos sem fios (inductive charging) como já acontece com os modelos topo de gama Android. Terá o icónico logótipo da marca e, no canto superior esquerdo, ao alto, duas câmaras e um flash LED. Como já acontece com o iPhone 7 Plus, este par de câmaras de qualidade avançada permitirá mais opções nas fotografias e, possivelmente, suporte à tecnologia da realidade aumentada. Tal como a Samsung, ainda não foi desta que a Apple removeu a saliência das câmaras que impede que o telemóvel seja totalmente plano. Não é certo se essa foi, alguma vez, a intenção da Apple. Mas é um pormenor estético que tem vindo a merecer atenção das marcas: por exemplo, a Huawei, com a ajuda da Leica, removeu essa saliência de vez na gama P.

Ainda na linha dos detalhes, as imagens conceptuais do iPhone X mostram uma área na parte de cima do ecrã e ao centro, onde a Apple terá posto a câmara frontal, o auscultador para chamadas e uma série de outros sensores. Há, porém, um desses sensores que se destaca: o de infravermelhos, para detetar o rosto do utilizador e permitir uma nova forma de autenticação. Não se sabe se o FaceID irá substituir totalmente o TouchID (o sensor de impressões digitais), uma vez que o novo iPhone X não deverá ter o tradicional botão Home que existe no aparelho desde sempre. E essa é uma grande incógnita: desconhece-se o que a Apple vai fazer ao leitor de impressões — se o vai remover ou se o vai reposicionar.

Certo é que a falta do botão Home merece todo um parágrafo. Os rumores mais recentes apontam que será mesmo o fim da tecla — não terá sequer um botão virtual para a substituir. Em contrapartida, a Bloomberg já viu imagens do telemóvel e garante que existirão novos gestos para desbloquear o aparelho e minimizar aplicações, funcionalidades já integradas no código do iOS 11, o sistema operativo que equipará os três modelos da empresa. Deverá haver uma barra na parte inferior do ecrã. Um gesto de deslize para cima deverá desbloquear o ecrã. Outro gesto semelhante, no interior de uma aplicação, servirá para a minimizar.

As novidades do novo iPhone: ecrã OLED, margens mais estreita, novo processador e botão Home modificadovia Bloomberg

O iPhone X deverá ter 3 GB de memória RAM e um novo processador A11, mais rápido do que nos modelos anteriores do iPhone e adaptado a tarefas cada vez mais exigentes. É um aparelho capaz de responder aos utilizadores que precisam de recursos avançados e, de acordo com a Bloomberg, representará uma autêntica “mudança” na forma como os fãs estão habituados a interagir com os telemóveis da marca da maçã. Será assim, em traços gerais, o telemóvel mais importante da Apple nos últimos anos.

O meio tecnológico está muito expectante, o que significa uma pressão adicional para Tim Cook, o presidente executivo da empresa. Se falhar as expectativas — cenário que não está totalmente afastado –, a Apple poderá sofrer quebras significativas nas vendas e derrapagens na bolsa. Aliás, não seria a primeira vez que Tim Cook culparia os rumores pelos maus resultados trimestrais desta que é uma das maiores companhias do mundo.

Este ano, a versão mais musculada do iPhone deverá ter um preço inicial a rondar os 1.000 euros.Montagem por Louise Farias; imagem por Pixabay

Dois iPhones ‘mais normais’

Passando aos modelos mais comuns, é expectável que a Apple lance o iPhone 8 e o iPhone 8 Plus com os ecrãs LCD a que a marca já habituou o público — de 4,7 e 5,5 polegadas, respetivamente. São, basicamente, evoluções dos anteriores iPhones 7 e 7 Plus, lançados há um ano. Incluirão uma série de melhorias internas e espera-se que a versão menos musculada tenha 2 GB de memória RAM, enquanto as duas maiores e mais caras tenham 3 GB de RAM. Quanto ao espaço para armazenamento, existem vários rumores que não correspondem. Fazendo fé no site especializado MacRumors, as versões deverão ir ao encontro do que se espera para o iPhone X. Isto é, deverão existir modelos com 64, 128 e 256 GB de espaço de armazenamento. Não espere um regresso da entrada para auscultadores, uma vez que, para a empresa, esse assunto estará morto e enterrado.

Não se conhecem alterações ao desenho do iPhone para estas duas versões ‘mais normais’, pelo que deverão ir ao encontro do design dos iPhone anteriores. Porém, a confirmar-se, poderá ser uma manobra arriscada para a empresa, que terá de apresentar produtos que agucem o apetite dos clientes e que os façam abandonar o ainda recente e viável iPhone 7. Numa altura em que a concorrência à Apple abunda, a marca terá de fazer o esforço adicional para evitar ver os clientes apostarem em modelos igualmente bons da concorrência, como o S8 ou o Note8 da sul-coreana Samsung, a eterna rival da maçã.

Para terminar, a conferência de outono da Apple não deverá ser só telefones. Esperam-se novidades ao nível dos AirPods, os auscultadores sem fios da Apple, bem como atualizações de qualidade de imagem à Apple TV. Poderão surgir ainda novidades ao nível do HomePod, o assistente virtual doméstico que a Apple lançou há uns meses e, eventualmente, uma nova versão do Apple Watch, o relógio inteligente da marca, que já bem precisa de uma atualização de peso (possivelmente, passará a suportar 4G, como já acontece com outras marcas).

Não se esqueça: tome tudo isto with a pinch of salt. Por outras palavras, tenha sempre em mente que estas informações são recolhidas por jornalistas e entusiastas junto de fontes na empresa e respetivos fornecedores. Informações que vêm muitas vezes da China e caminham muitos quilómetros para chegar até aqui. Mas, numa era de comunicações instantâneas, os rumores respeitantes à Apple raramente falham. E isso só iremos saber esta tarde, pelas 18h00 em Lisboa, 10h00 na Califórnia. O ECO acompanha o evento em direto, daqui a pouco.

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ONU sem medo. Sanções mais duras de sempre para a Coreia do Norte

  • ECO
  • 12 Setembro 2017

A ONU aprovou esta segunda-feira um conjunto de sanções proposto pelos EUA para a Coreia do Norte. Medidas representam uma perda de mais de 2 mil milhões de euros para o país.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou esta segunda-feira por unanimidade mais uma série de sanções que serão impostas à Coreia do Norte. Propostas pelos Estados Unidos, as medidas visam interditar as exportações têxteis e reduzir o abastecimento de petróleo e gás.

Já é o oitavo conjunto de sanções impostas ao país liderado por Kim Jong Un, aprovadas em unanimidade pelos 15 membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas e são consideradas as mais duras de sempre. Com o apoio da China e da Federação Russa – os apoios mais próximos da Coreia do Norte, a ONU pretende punir o país pelo ensaio nuclear realizado a 3 de setembro.

“Estamos a agir em resposta a novos desenvolvimentos perigosos”, disse Nikki Haley, representante dos EUA, citada pela Bloomberg. “Estas são as medidas mais duras alguma vez impostas contra a Coreia do Norte”, acrescentou.

Depois desse episódio fortemente julgado por vários países e dirigentes, Pyongyang ameaçou com uma retaliação se o Conselho de Segurança da ONU aprovasse sanções mais duras contra o país. “As próximas medidas […] vão causar aos Estados Unidos a maior dor e sofrimento por que passaram em toda a sua história”, avançou a agência de informação coreana, citando um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte.

No entanto, e para azar de Kim Jong Un, a ONU não teve medo das ameaças e avançou com mais sanções. Com as medidas cada vez mais severas, a ONU pretende forçar os dirigentes de Pyongyang a negociar os seus programas de armamento nuclear e convencional, que são considerados uma ameaça à estabilidade mundial.

As sanções aprovadas visam reduzir as importações de produtos de petróleo refinado, para dois milhões de barris por ano, e acabar com as exportações de têxteis para a Coreia do Norte.

Esta terça-feira, a Coreia do Sul e o Japão afirmaram que as novas medidas representam uma advertência de que o país arrisca um isolamento total se prosseguir com os programas nuclear e de mísseis. “Isto deixa clara a vontade da comunidade internacional para elevar a pressão a um novo nível e levar a Coreia do Norte a mudar as suas políticas”, disse Shinzo Abe, o primeiro-ministro japonês.

“Se a Coreia do Norte continuar por este caminho ficará progressivamente mais isolada do resto do mundo e será incapaz de ter um futuro próspero”, acrescentou.

Contudo, as sanções impostas são menos drásticas do que aquilo que Washington pretendia. O estado norte-americano queria uma proibição total da venda de crude, produtos petrolíferos refinados e gás à Coreia do Norte por parte dos Estados-membros da ONU.

Mas a Rússia e a China, que têm direito de veto no Conselho de Segurança da ONU, opuseram-se a certos pontos do projeto elaborado pelos Estados Unidos. O que resultou num documento final menos “severo” para o regime de Kim Jong Un.

Somando tudo, as medidas aprovadas anteriormente, que fixaram um embargo às exportações de carvão, ferro, peixe e marisco, representam uma perda de cerca de 2,26 milhões de euros para a Coreia do Norte. Um valor que corresponde a 90% das vendas ao estrangeiro, segundo cálculos apresentados pelos Estados Unidos o ano passado.

Os norte-coreanos fora do país serão ainda afetados pelas novas sanções. Não serão concedidos vistos de trabalho e serão impedidos de enviar rendimentos para o país de origem.

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