Pensões antecipadas aprovadas hoje. O que muda?

  • ECO
  • 24 Agosto 2017

Alterações que entram em vigor a 1 de outubro deverão ser aprovadas esta quinta-feira em Conselho de Ministros.

As mudanças nas pensões antecipadas, que entram em vigor a 1 de outubro, tal como escreveu o ECO, serão hoje aprovadas em Conselho de Ministros, adianta o jornal Público [acesso pago] na edição desta quinta-feira.

Em causa estão as primeiras alterações, que abrangem carreiras contributivas mais longas, deixando por enquanto de lado outras mudanças para mais tarde.

Na proposta do Governo, que será esta quinta-feira aprovada em Conselho de Ministros, estão pontos que protegem carreiras muito longas, abrangem funcionários públicos — o Estatuto da Aposentação vai ganhar um novo artigo ‘aposentação por carreira longa’ que abrange trabalhadores com pelo menos 60 anos de idade, pelo menos 48 anos de serviço ou que começaram a trabalhar antes ou até aos 14 anos –, fazem cair o fator de sustentabilidade nas pensões de invalidez e alteram os períodos contributivos que são tidos em conta nos cálculos.

De fora da primeira fase das mudanças nas pensões estão as regras de bonificação a atribuir a quem continue a trabalhar por mais tempo, que não vão chegar já ao terreno, tal como avançou o ECO a 10 de agosto. A mudança, de resto, nem consta da proposta preliminar do diploma que descreve a primeira fase das mudanças projetadas pelo Governo.

Esta versão, ainda sujeita a alterações, elimina os cortes nas futuras pensões antecipadas de grupos específicos:

  • Pessoas com idade igual ou superior a 60 anos e com, pelo menos, 48 anos de carreira contributiva;
  • Pessoas com idade igual ou superior a 60 anos e com, pelo menos, 46 anos de descontos e que tenham iniciado a sua carreira contributiva com 14 anos de idade ou em idade inferior,

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Brexit: O pedido de saída veio pelo correio, mas foi falha

  • Juliana Nogueira Santos
  • 24 Agosto 2017

Uma centena de europeus recebeu cartas do Governo convidando-os a abandonar o país. Theresa May já veio afirmar que foi "falha".

Cerca de 100 europeus a residirem no Reino Unido receberam cartas do Governo convidando-os à saída voluntária do país. Nas missivas, tornadas públicas por uma finlandesa através das redes sociais, os cidadãos eram notificados que “foi tomada a decisão de o expulsar do Reino Unidos” e que poderiam sair voluntariamente ou seriam deportados no prazo de um.

Após o caso ter incendiado as redes sociais, com Eva Johanna Holmberg a publicar os detalhes e ter falado com diversos meios de comunicação social, o Ministério da Administração Interna britânico foi obrigado a esclarecer que as cartas tinham sido “uma falha”, pedindo desculpa a todos os que as receberam.

Na mesma clarificação, o Ministério garante que “os direitos dos europeus a viverem no Reino Unido não mudaram”, sendo que, na carta recebida pelos afetados, podia ler-se que a decisão teria sido tomada de acordo com a secção 10 do Ato de Imigração e Asilo de 1999.

Este erro vem numa altura em que Londres e Bruxelas ainda não conseguiram chegar a um acordo em relação ao que acontecerá aos europeus a viver em território britânico quando a hora do Brexit chegar. A pressão também tem estado do lado dos mesmos, por não terem certeza da sua situação nos próximos anos.

Theresa May, primeira-ministra do Reino Unido, reiterou o pedido de desculpas do ministério, deixando a garantia a todos os europeus no país de que “que os seus direitos no Reino Unido continuam inalterados”.

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Impresa derrapa mais de 8% com venda ou fecho das revistas

Os títulos da Impresa estão sob pressão com a notícia de que o grupo vai vender ou fechar a esmagadora maioria dos negócios na área de publishing. Chegaram a cair acima de 10%.

As ações da Impresa estão sob pressão esta quinta-feira. Os títulos chegaram a cair 10,22%, reagindo à notícia de que o grupo quer vender ou fechar a esmagadora maioria dos negócios na área de publishing, incluindo a revista Visão. Entretanto, as ações recuperaram ligeiramente, caindo 8,67% ainda assim, com mais de 355.000 títulos transacionados.

A informação chegou esta quarta-feira, já depois do fecho dos mercados. A dona da SIC e do Expresso quer reduzir a sua “exposição ao setor das revistas” e “procederá a um reposicionamento estratégico” com “enfoque primordial nas componentes do audiovisual e do digital”, confirmou a empresa em comunicado.

Concretamente, ao que o ECO apurou junto de fontes próximas da empresa, está em causa a intenção de venda de títulos bem conhecidos dos portugueses, como as revistas Visão ou a Blitz. O plano é tentar vender até ao final do ano ou fechar os negócios, decisão que colocará em causa cerca de 200 empregos, de acordo com números indicados pelo Sindicato dos Jornalistas.

Cotação das ações da Impresa na bolsa de Lisboa (PSI Geral)

A Impresa tem estado sob pressão nos últimos meses, face a uma queda nas receitas neste segmento, sobretudo devido a uma quebra de 11,9% nas receitas de publicidade reportada pelo grupo nas contas do segundo trimestre deste ano. Além do mais, o grupo concorrente Media Capital, dono da TVI, está em vias de ser vendido à Meo/Altice, numa operação sem precedentes no setor dos media em Portugal, mas que já é tendência lá fora.

Foi, de resto, a justificação da dona da SIC para explicar o cancelamento de uma emissão de obrigações no mês passado, que pretendia angariar até 35 milhões de euros. O grupo liderado por Francisco Pedro Balsemão ainda prolongou por duas vezes o prazo de subscrição da operação, mas acabou por anunciar a desistência, justificando a decisão com as alterações no setor (isto é, a venda da TVI). Contudo, o ECO apurou que a verdadeira razão foi a pouca procura por parte dos investidores.

É um mau presságio a pairar sobre o setor dos media, não só em Portugal como também nos mercados internacionais. Esta quarta-feira, o grupo WPP, um dos maiores grupos de comunicação e publicidade, emitiu um alerta aos investidores, indicando que as receitas praticamente não deverão crescer este ano. Face à informação, os títulos sofreram a maior hemorragia em 17 anos, tendo caído 11,54% em Londres.

CaixaBI: Reposicionamento da Impresa é “um passo necessário”

Numa nota de research divulgada na manhã desta quinta-feira, o CaixaBI faz referência ao “reposicionamento estratégico” do grupo Impresa, nomeadamente à “avaliação” do portefólio e possível “alienação de ativos”.

Para a analista Helena Barbosa, do banco de investimento da Caixa Geral de Depósitos, “o reposicionamento estratégico ao nível do setor das revistas surge como um passo necessário, tendo em conta uma maior desalavancagem da empresa”. A instituição manteve inalterada a recomendação “Buy” para os títulos da Impresa.

(Notícia atualizada às 9h18 com nota de research do CaixaBI)

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Lisboa avança e BCP interrompe perdas. Impresa cai

A bolsa de Lisboa abriu no verde, apoiada em ganhos das principais cotadas esta quinta-feira. BCP avançava depois de sete sessões de perdas. Impresa derrapava com notícia da venda/fecho das revistas.

A bolsa de Lisboa abriu em terreno positivo, com as principais empresas cotadas a registarem ganhos num dia em que as atenções estarão voltadas para o setor dos media, mas também para o desempenho da Sonae, que apresentou resultados esta quarta-feira, após o fecho dos mercados.

O PSI-20 avançava 0,21%, acompanhando a tendência das principais praças europeias (o Stoxx 600 subia 0,29%). Nota positiva para o BCP, que se posicionava para interromper um ciclo de sete sessões consecutivas de perdas. O banco liderado por Nuno Amado valorizava 0,31%, com os títulos a valerem 22,7 cêntimos.

Também o setor da energia contribuía para os ganhos. A EDP avançava 0,41%, enquanto a EDP Renováveis somava 0,15% e a petrolífera Galp Energia subia 0,22%. Já os CTT avançavam quase 1%, corrigindo as perdas registadas esta semana.

Destaque para as ações da Sonae, que estavam a valorizar 0,31% para 96,3 cêntimos, mesmo com a notícia de que a empresa fechou o primeiro semestre do ano com uma queda de 4,4% nos lucros em relação ao semestre homólogo. A holding obteve ganhos de 73 milhões de euros entre janeiro e junho.

Nota negativa para os títulos da Impresa, que abriram a sessão desta quinta-feira a desvalorizar 2,79% para 31,4 cêntimos no PSI Geral, depois da notícia de que o grupo português de media está decidido a desfazer-se da esmagadora maioria dos negócios que tem no segmento de publishing.

Das dezenas de títulos, a firma só deverá ficar com o Expresso e a Caras, vendendo ou fechando os restantes, incluindo a revista generalista Visão. É um mau presságio para o setor dos media, que deverá estar sob pressão também nos mercados internacionais esta quarta-feira, com a notícia de que o grupo WPP, um dos maiores no setor da publicidade, alertou os investidores de que praticamente não deverá crescer este ano.

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Energia, dos recursos ao know-how

  • Filipe S. Fernandes
  • 24 Agosto 2017

O gás natural introduzido nos anos 90 deu uma maior competitividade à região da Beira Litoral. Para isso contribuem também o sol, o vento, o mar e os recursos hídricos.

A introdução da rede de gás natural nos anos 1990 do século passado deu uma maior competitividade ao tecido industrial da região da Beira Litoral, nomeadamente às indústrias consumidoras de energia como a cerâmica. Mas o sol, o vento, o mar e os recursos hídricos dotam a região de capacidades novas de competição.

Na produção de energia, a região de Coimbra conta, por exemplo, com a central termoelétrica de cogeração Soporgen, a central de biomassa da Figueira da Foz e ainda, com a central de ciclo combinado de Lares, que contribuíram para que a produção de energia térmica, a partir de resíduos florestais e de gás natural, ganhasse preponderância desde 2002, em detrimento da energia hídrica. Além dos parques eólicos do Açor e do Alto Arganil.

Existem ainda a Central de Biomassa TS Maria, em Oliveira de Azeméis, explorada pela empresa Alegria (grupo Simoldes). Refira-se ainda uma empresa que, para além da produção de pelletes, produz equipamentos — a Solzaima –, empresa fundada em 1978 e com sede em Águeda, que é líder nacional no fabrico de equipamentos de aquecimento a biomassa, desde a sua fundação. Produz caldeiras automáticas, e compactas alimentadas por pelletes, recuperadores de calor, salamandras e caldeiras a lenha, e oferece uma linha completa destes produtos.

Existem parques eólicos como o Alto Douro (251,7 MW) em Viseu, Pampilhosa da Serra (114,0 MW), Arada/Montemuro (112,0 MW), Toutiço (102,0 MW), Beiras (100,8 MW), Caramulo (90 MW), Lousã I eII (85 MW) e Vila Nova I e II (58,6 MW).

Surgiram também empresas especializadas na produção de equipamentos e componentes para produção de eletricidade eólica, como o grupo Martifer e o grupo ASM – A. Silva Matos, como a Ria Blades em Vagos, fabrica e comercializa pás de rotor para aerogeradores, fabricação de equipamentos e componentes para aerogeradores e para outros equipamentos destinados à produção de energias de fonte renovável; a PowerBlades sediada em Aveiro, e a Ventipower, em Oliveira de Frades (assemblagem de nacelles e hubs para turbinas eólicas). Refira-se também a empresa Torbel, empresa de Ílhavo, credenciada na I&D, conceção, venda, fabrico, montagem e serviço pós-venda de instalações de despoeiramento industrial, produção de energia a partir de biomassa e secagem de madeira. Existem ainda várias empresas a explorar o filão solar como a Martifer Solar.

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Uber corta prejuízo em 9%. Já só perde 645 milhões

Prejuízo da conhecida aplicação de transporte privado caiu 9% em cadeia no segundo trimestre deste ano, face a um aumento de 17% nas receitas. Perdeu 645 milhões de dólares entre abril e junho.

A situação financeira da Uber está a melhorar. A aplicação de transporte reduziu os prejuízos no segundo trimestre deste ano, face a um aumento das receitas na ordem dos dois dígitos entre abril e junho. Os dados foram avançados pela empresa ao jornal Axios e citados pela Bloomberg.

Segundo a agência, as receitas da empresa aumentaram 17% em relação ao trimestre anterior, fixando-se nos 1,75 mil milhões de dólares, ou cerca de 1,48 mil milhões de euros. Os prejuízos desceram 9%, com a Uber a perder ainda assim 645 milhões de dólares, aproximadamente 547,1 milhões de euros.

No final do segundo trimestre, a Uber contava com 6,6 mil milhões de dólares em cash. Reportou também um aumento em cadeia de 17% nas receitas geradas com comissões, atingindo os 8,7 mil milhões de dólares.

Os dados mostram que a saúde financeira da Uber está a melhorar. A empresa nasceu em 2008 e está agora a assinalar o nono ano de atividade, contando hoje com operações em cidades um pouco por todo o mundo — incluindo em Portugal. Está avaliada em cerca de 70 mil milhões de euros em capital privado, mas até agora ainda não atingiu o break-even.

A Uber não é uma empresa cotada, daí não estar obrigada a revelar dados concretos acerca dos seus investidores e dos resultados. Encontra-se atualmente à procura de um novo presidente executivo, após a demissão de Travis Kalanick na sequência de várias polémicas e escândalos.

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Maior fundo soberano do mundo ganhou 200 milhões em Lisboa

Os 200 milhões de euros conquistados na bolsa nacional não são coisa pouca. Mas para o maior fundo soberano do mundo, o Norges Bank, Lisboa representou apenas 0,4% dos seus ganhos em 2017.

Fundo soberano da Noruega gere ativos avaliados em 861,98 mil milhões de euros.Norges Bank

Ganhar 190 milhões de euros na bolsa nacional? Sim, o maior fundo soberano do mundo conseguiu-o nos seis primeiros meses de 2017, mas este montante representa uma ínfima parte dos ganhos do Norges Bank neste período. Quanto? O fundo do petróleo norueguês obteve um retorno superior a 50 mil milhões de euros até junho. E os 190 milhões de Lisboa contribuíram para apenas 0,4% desse retorno.

Foi a forte aposta no mercado acionista global que deu um contributo decisivo para os “resultados históricos” que o Fundo de Pensões Global do Estado norueguês registou no primeiro semestre do ano. O maior fundo soberano do mundo alcançou um rendimento dos investimentos de 2,6%, graças ao bom resultado das aplicações em ações, com uma rentabilidade média de 3,4%.

Contas feitas, conquistou 53,56 mil milhões de euros, sendo que só no segundo trimestre do ano foram de quase 22 mil milhões. “Não devemos esperar retornos tão elevados no futuro”, alertou Trond Grande, vice-presidente do fundo.

Em Lisboa, entre reforços e vendas de posições, valorizações e desvalorizações de ações, a carteira do maior fundo soberano do mundo engordou 190 milhões de euros. Passou dos 714 milhões de euros no final do ano passado para os 904 milhões de euros, de acordo com os cálculos do ECO com base nos dados compilados pela Bloomberg.

Trata-se de uma valorização de 26% em seis meses que ajudou a engordar o portfólio de ativos geridos pelo fundo soberano. Mas o dinheiro que tem aplicado na praça portuguesa vale uma pequena, muito pequena parte da carteira norueguesa: representa 0,1% de toda carteira de ativos do fundo, que além de ações, investe ainda em dívida dos governos e imobiliário em todo o mundo; e representa 0,16% da carteira de ações, que incluem participações em empresas como a Apple, Nestlé, Google e Shell.

Em Lisboa, os maiores ativos detidos pelo Norges Bank estão na EDP (264,86 milhões de euros), Galp (126,4 milhões de euros) e BCP (89,4 milhões de euros). De resto, no caso do banco liderado por Nuno Amado, os noruegueses reforçaram a sua presença de 1,25% para 2,15% durante o primeiro semestre, período durante o qual a instituição concluiu um aumento de capital através de novas ações no valor de 1.300 milhões de euros.

Principais apostas em Portugal

  • EDP: Na elétrica portuguesa, o Norges Bank detém uma posição de 2,53%, que vale 264,86 milhões de euros. É o maior investimento na bolsa portuguesa.
  • Galp: Detém 1,15% da petrolífera portuguesa, num ativo avaliado em 126,4 milhões de euros.
  • BCP: Depois do aumento de capital realizado em fevereiro, o Norges Bank reforçou a sua posição no banco, onde assumia uma posição de 2,51% avaliada em 89,41 milhões.
  • Nos: Apesar da redução da sua participação dos 2,63% para 2,11%, a operadora nacional representa um investimento de 57,7 milhões de euros.
  • EDP Renováveis: Na empresa de energias limpas, que foi recentemente alvo de uma oferta da EDP, o Norges Bank mantinha uma posição de 0,91% no valor de 55,27 milhões de euros.

O Norges Bank tem aplicados muitos milhões em quase 9.000 empresas espalhadas por 77 países. Lisboa faz parte da lista. Mas com pouca expressão.

Notícia retificada às 9h42. Lisboa representa 0,4% e não 0,004% como o ECO tinha avançado inicialmente.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • Rita Atalaia
  • 24 Agosto 2017

Por cá, destaque para a reação das ações da Sonae à divulgação dos resultados, mas também para o BCP, que já recua há sete sessões consecutivas. Lá fora, olhos virados para o simpósio de Jackson Hole.

Por cá, a atenção estará virada para reação das ações da Sonae, depois de a empresa ter divulgado uma quebra dos lucros no primeiro semestre, mas também para o desempenho dos títulos do BCP, que registam o mais longo ciclo de quedas desde junho de 2016. Lá fora, o dia será dominado pelo simpósio de Jackson Hole, organizado pelo banco da Reserva Federal do Kansas, que reúne os banqueiros centrais mundiais. No calendário económico, destaque para os dados sobre o crescimento do Reino Unido e a evolução dos preços no Japão.

Sonae: Queda dos lucros… e das ações?

Os investidores estão atentos à reação das ações da Sonae SGPS, holding que agrega os ativos de distribuição, centros comerciais, telecomunicações e tecnologia, à divulgação dos resultados para os primeiros trimestres do ano. Neste período de seis meses, a empresa registou um lucro de 73 milhões de euros, o que representa uma queda de 4,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar da quebra dos lucros, estes ficaram acima das estimativas dos analistas consultados pela Reuters.

BCP em queda pela… oitava sessão?

Na quarta-feira, as ações do BCP caíram pela sétima sessão consecutiva. Este foi o ciclo mais longo de quedas desde junho de 2016, arrastando a bolsa de Lisboa para o vermelho. Os investidores vão, por isso, estar atentos ao desempenho dos títulos do banco liderado por Nuno Amado para tentarem perceber se esta tendência de perdas é para continuar. As ações estão a negociar nos 0,2263 euros.

Banqueiros centrais reunidos em Jackson Hole

Arranca esta quinta-feira um dos eventos mais importantes do ano para os investidores. É no simpósio de Jackson Hole, organizado pelo banco da Reserva Federal do Kansas e com o tema “Promover uma economia global e dinâmica”, que se juntam os banqueiros centrais mundiais. O foco vai estar, por isso, virado para os discursos de cada um dos responsáveis, incluindo da presidente da Fed, Janet Yellen, e do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, com os investidores à procura de pistas sobre os planos para a normalização da política monetária.

Como vai a economia britânica?

O instituto de estatísticas do Reino Unido vai divulgar dados que vão mostrar a evolução da economia britânica, numa altura em que continuam a existir dúvidas em torno das negociações sobre a saída do país da União Europeia e o impacto no PIB. A primeira leitura sobre o crescimento mostrou uma expansão de 0,3% durante o primeiro trimestre, um número que deve ser agora confirmado pelo instituto, de acordo com a Bloomberg. O número poderá sofrer alterações, caso se registe uma mudança no desempenho do setor dos serviços.

Preços no Japão. Adeus à deflação?

O banco central do Japão continua a lutar para superar a deflação. Ou seja, a queda persistente dos preços. Por isso, os olhos viram-se esta quinta-feira para a divulgação do relatório sobre a inflação para julho. Segundo analistas consultados pela Bloomberg, os preços deve ter subido em julho, prevendo-se que a inflação subjacente — que exclui alimentos frescos — tenha acelerado 0,5% em termos homólogos.

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Britânicos investem na Biotecnol e testam remédio inovador

A Biotecnol e o Cancer Research UK estabeleceram um acordo para realizar ensaios clínicos de um medicamento inovador no combate ao cancro. O centro oncológico entrou no capital da empresa portuguesa.

A Biotecnol tem um novo acionista de referência — o Cancer Research UK. Este é o resultado de um acordo de parceria assinado, a semana passada, com este centro oncológico britânico ao fim de 18 meses de negociações. A empresa portuguesa tem agora as portas abertas para realizar ensaios clínicos de um medicamento inovador no combate ao cancro.

“Foram 18 meses de negociação dura, para desenhar uma parceria inovadora. O Cancer Research UK põe ao nosso dispor a sua infraestrutura, investindo no nosso capital e assumindo custos, além de ajudarem numa matriz de tarefas de modo a realizar os testes clínicos nos hospitais que queremos”, explicou ao ECO Pedro Pissarra, presidente da Biotecnol.

"Foram 18 meses de negociação dura, para desenhar uma parceria inovadora. O Cancer Research UK põe ao nosso dispor a sua infraestrutura, investindo no nosso capital e assumindo custos, além de ajudarem numa matriz de tarefas de modo a realizar os testes clínicos nos hospitais que queremos.”

Pedro Pissarra

CEO da Biotecnol

A Biotecnol trabalhou durante dezoito meses com o CRT, o braço comercial do CRUK, num ambiente de negociação implacável e submeteu-se com êxito à análise detalhada da sua capacidade científica e tecnológica operada por de uma comissão de 32 oncologistas de renome e várias equipas legais, comerciais e financeiras com vasta experiência”, conta a newsletter da biotecnológica portuguesa, onde apresenta este acordo. “A entrada do CRUK no capital da Biotecnol permite também a aquisição de conhecimento vital, especialmente no desenho dos ensaios clínicos que, nesta área, são ainda mais elaborados e complexos do que os desenvolvidos pelos setores farmacêuticos e biofarmacêuticos tradicionais“, acrescenta a mesma nota.

Questionado sobre a percentagem que o novo parceiro passou a deter no capital da Biotecnol, Pedro Pissarra especificou que uma das cláusulas do acordo era o sigilo absoluto sobre a componente mais financeira do negócio, embora garanta que continuam a ser os acionistas maioritários e com controlo absoluto.

Ainda assim, o responsável explica que o modelo de negócio da Biotecnol assenta na comercialização após a fase II de ensaios clínicos, ou seja, a etapa onde se observa uma prova de conceito sobre a segurança e eficácia em seres humanos, que geralmente é atingida depois de três anos de trabalho. Nesta fase, onde o produto mostra valor terapêutico e comercial, a Biotecnol vai tentar licenciar o produto a uma multinacional do setor da saúde para o colocar no mercado. “Assim, o ciclo inicia–se com um investimento de 12 a 15 milhões de euros por produto, e desenvolve–se com o retorno financeiro provocado pela licença dada à empresa multinacional, que se situa a valores atuais de mercado, num valor de oito a 12 vezes superior ao valor investido por produto e por aplicação terapêutica”, explica o responsável.

"O ciclo inicia–se com um investimento de 12 a 15 milhões de euros por produto, e desenvolve–se com o retorno financeiro provocado pela licença dada à empresa multinacional, que se situa a valores atuais de mercado, num valor de oito a 12 vezes superior ao valor investido por produto e por aplicação terapêutica.”

Pedro Pissarra

CEO da Biotecnol

E se o risco seria menor em vender já a uma multinacional, antes de os testes clínicos se realizarem — porque o sucesso do negócio está diretamente relacionado com o sucesso dos ensaios — Pedro Pissarra explica que compensa mais vender depois já que, “a taxa de sucesso neste tipo de biofármacos é alta”. A estratégia é “passar a dominar a cadeia de valor, na sua componente mais valiosa, menos capital intensiva e menos arriscada, ou seja, na geração dos produtos até à fase de prova de conceito clínica”, acrescenta Pedro Pissarra.


No fundo, a Biotecnol está a repetir a receita que seguiu em 2009, quando lançou um medicamento inovador a nível mundial para o tratamento de doenças do fígado. Na altura, a estrela da companhia era a Cardiotrofina-1, uma molécula desenvolvida pelo consórcio formado pela Biotecnol e pela espanhola Digna Biotech que foi depois licenciada pelo grupo Roche, para um mercado avaliado, na altura, em 400 milhões de euros.

Desde então a Biotecnol fez um grande caminho. Reestruturou a empresa na totalidade. O seu modelo de financiamento centra-se hoje maioritariamente em acionistas privados e family offices, diz Pedro Pissarra, acrescentando que agora está “montar barreiras de risco”.

Para garantir as necessidades financeiras do dia-a-dia, a Biotecnol tem a componente de prestação de serviços através da Rodon Biologics (grupo Biotecnol), que quer crescer em Portugal. A componente de risco, de capital intensivo, é levada a cabo pela Biotecnol Limited no Reino Unido, explica o responsável.

Uma tecnologia portuguesa na vanguarda da investigação

Com tecnologia desenvolvida em Portugal pela Rodon Biologics (grupo Biotecnol), com o apoio da Universidade do Minho, a biotecnológica portuguesa espera ter criado uma solução alternativa à quimioterapia, destruindo os tumores malignos, ativando e direcionando as próprias defesas imunológicas do corpo humano (as células T) no combate à doença. Na prática é manipular o sistema imunitário de forma a este atacar os tumores.

Os ensaios clínicos, que vão decorrer nos vários hospitais do serviço nacional de saúde britânico, são a fase inicial para “um tratamento imunooncológico experimental destinado a doentes com tumores sólidos avançados”. A Biotecnol explica, em comunicado, que “este medicamento apresenta um forte potencial de utilização em vários tipos de cancro, como o cancro de mama e rins, mas o foco inicial, neste ensaio clínico, incide sobre os cancros torácicos, designadamente pulmão e pleura”.

A Imunooncologia foi classificada, em 2013 pela revista Nature, como o avanço do ano. A Biotecnol não está sozinha neste campo, já que estão em curso, em todo o mundo, vários ensaios clínicos que exploram este tipo de imunoterapia. Segundo a Biotecnol, os analistas defendem que “esta é a estrada para o êxito científico e empresarial da indústria biofarmacêutica internacional na luta contra o cancro”.

E o sucesso não é apenas científico. É também financeiro. Veja-se o caso da Flexus Biosciences que foi comprada, em 2015, pela Bristol-Myers Squibb por 1,25 mil milhões de dólares, incluindo um pagamento à cabeça de 800 milhões.

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Sporting goleia Steaua. Entrada na fase de grupos da Champions dá cheque de 12,7 milhões

Doumbia, Acuña, Gelson Martins, Bas Dost e Battaglia. O Sporting marcou cinco golos e sofreu apenas um do Steaua Bucareste. Segue em frente na Liga dos Campeões com um cheque de 12,7 milhões.

O Sporting goleou o Steaua Bucareste por 5-1 na Roménia e, ao garantir a passagem à fase de grupos da Liga dos Campeões, vai receber um cheque de 12,7 milhões de euros da UEFA. Os leões juntam-se ao Benfica e FC Porto no sorteio da Champions League que se realiza esta quinta-feira.

Depois do empate a zero bolas no jogo da primeira mão, realizado há uma semana, em Lisboa, o jogo decisivo foi totalmente diferente. Desde logo porque houve golos. E muitos, que permitiram à equipa treinada por Jorge Jesus superar o playoff de acesso à prova milionária.

O Sporting marcou cedo, aos 13 minutos, por intermédio do avançado Doumbia. Este resultado obrigava a turma romena a marcar pelo menos dois para seguir em frente. Até conseguiu restabelecer a igualdade à passagem do minuto 20, mas a segunda parte revelou um Sporting de alto nível, aproveitando o balanço ofensivo do Steaua.

Os leões marcaram mais quatro: Marcos Acuña (60 minutos), Gelson Martins (64), Bas Dost (75) e Battaglia (88).

Champions distribui 1.300 milhões

A Champions League é a prova milionária e percebe-se porquê. A UEFA vai distribuir 1.319 milhões de euros pelos clubes que participarem na Liga dos Campeões 2017/2018. Já os clubes que jogarem a Liga Europa receberão um total de 400 milhões de euros, de acordo com o sistema de distribuição de receitas das provas europeias, que deverão totalizar os 2.350 milhões de euros.

No caso da Champions, além dos 12,7 milhões, a fase de grupos da competição rende 1,5 milhões de euros por cada vitória e 500 mil euros por cada empate. Quem atingir os oitavos-de-final recebe um cheque extra de seis milhões de euros e o prémio vai acumulando até à final: os quartos rendem 6,5 milhões, as meias valem 7,5 milhões. Já os finalistas recebem 15,5 milhões (vencedor) e 11 milhões (vencido).

Contas feitas, um clube poderá vir a acumular um prize money máximo de 57,2 milhões de euros. Isto sem incluir dinheiros relativos aos direitos televisivos.

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Ameaças de Trump fazem estragos em Wall Street

O ultimato do Presidente ao Congresso norte-americano penalizou o desempenho das bolsas em Wall Street. Euro ganha força e bate máximos face à libra.

As bolsas norte-americanas caíram esta quarta-feira, a poucos dias do discurso da chefe da Reserva Federal, Janet Yellen, em Jackson Hole, e num dia marcado por um ultimato do Presidente Donald Trump ao Congresso norte-americano. Os investidores estão mais cautelosos e isso refletiu-se na Europa e também em Wall Street.

Neste contexto, o S&P 500 recuou 0,35% para 2.444,01 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq caiu 0,30% para 6.278,1 pontos. Mas foi o industrial Dow Jones a registar as maiores perdas, tendo desvalorizado 0,40% para 21.811,55 pontos, mesmo num dia de ganhos no mercado do petróleo. O WTI e o Brent avançavam acima de 1%.

As bolsas estiveram sob pressão logo desde a hora de abertura. Momentos antes, Donald Trump lançava um ultimato aos membros do Congresso, apelando à aprovação do financiamento para a construção de um muro na fronteira com o México. Caso contrário, o Presidente ameaçou com uma paralisação total do Governo. Trump também fez referência ao fim do tratado norte-americano do livre comércio.

Além disso, os investidores aguardam com grande expectativa o discurso que Janet Yellen deverá dar esta sexta-feira na conferência anual Jackson Hole, promovida pela Fed do Kansas, onde também estará presente Mario Draghi, líder do BCE. Ele que esta quarta-feira discursou e ajudou o euro a valorizar. A moeda somava 0,49%, com um euro a comprar cerca de 1,18 dólares. Face à libra, a divisa tocou um máximo de oito anos.

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Luís Reis: “Sonae vai continuar a procurar aquisições”

Desde 2015, a Sonae já adquiriu mais de 20 negócios (entre aquisições e criação de negócios de raiz). E o grupo de Belmiro quer continuar a expandir-se.

Nos últimos dois anos, a Sonae tem vindo a reforçar o portefólio de negócios, seja através da construção de negócios de raiz, seja através de novas aquisições. E o grupo criado por Belmiro de Azevedo promete continuar a expandir-se. Em declarações ao ECO, Luís Reis, Chief Corporate Center Officer da Sonae adianta que “continuaremos quer a construir negócios de raiz, quer a procurar aquisições”.

Luís Reis lembrou ainda que entre negócios criados de raiz e aquisições: “desde 2015 estaremos a falar de mais de 20 negócios novos no universo da Sonae”. De resto, Reis frisou que na área de saúde de bem-estar, onde a Sonae tem vindo a investir, a aposta é para continuar a reforçar.

A Sonae adquiriu desde 2015, 100% do capital da Losan, 50% do capital da Salsa, Ulabox, Maquenote, Go Natural e Brio para só dar alguns exemplos.

Para o CCCO da Sonae esta tendência que se tem acentuado nos dois últimos anos “mostra a grande capacidade de empreender e de iniciativa do grupo”.

"estes números são excelentes, mostram um excelente trimestre (segundo trimestre do ano), diria mesmo que são dos melhores resultados trimestrais que apresentamos desde há muito tempo”

Luís Reis

CCCO da Sonae

A propósito dos resultados apresentados esta quinta-feira, referentes ao primeiro semestre de 2017, Luís Reis não tem dúvidas: “estes números são excelentes, mostram um excelente trimestre [segundo trimestre do ano], diria mesmo que são dos melhores resultados trimestrais que apresentamos desde há muito tempo”.

A Sonae cujos lucros caíram 4,4% para os 73 milhões de euros face a igual período do ano anterior, penalizada pelo ganho extraordinário de 56 milhões de euros registado no primeiro semestre do ano anterior, devido a operações de sale and leaseback, registou no entanto um crescimento das vendas de 8% no semestre para os 2.603 milhões de euros, tendo esse crescimento sido ainda mais significativo no segundo trimestre do ano, ao atingir os 10%. Já os resultados líquidos entre abril e junho deste ano atingiram um crescimento de 40% para os 65 milhões de euros.

Luís Reis salienta “o grande destaque destes resultados é o crescimento das vendas e o reforço da rentabilidade operacional”.

Worten fatura um terço fora de Portugal

Outra das apostas do grupo de Paulo Azevedo e Ângelo Paupério tem sido a internacionalização. A Sonae está presente em mais de 80 países. A este propósito, Luís Reis destaca dois números: “a Worten já fatura cerca de um terço fora de Portugal e a divisão de Sports & Fashion realiza cerca de 40% das suas vendas no exterior”.

Contas feitas, a Worten fatura cerca de 145 milhões de euros no exterior, no caso concreto em Espanha, e a Sports and Fashion (que agrega as insígnias da Zippy, Salsa, SportZone, Losan, Berg Outdour e Deeply) qualquer coisa como 162 milhões de euros.

A nível da expansão internacional do retalho alimentar, e depois da tentativa falhada de ir para Angola em parceria com a empresária Isabel dos Santos, a Sonae está agora virada para Moçambique onde de resto já realizou uma parceria (30%) com o grupo Satya e onde detém já dois supermercados.

Para Luís Reis o plano de expansão na área alimentar “é de longo prazo e mais difícil pelo que a internacionalização tem que ser feita com mais calma e com bastante prudência”.

Luís Reis adianta contudo que “a operação que temos é muito pequena, mas que os primeiros resultados não são desanimadores”.

A propósito da parceria com o grupo Satya, Paulo Azevedo adiantara na altura da apresentação de contas do grupo, em março passado, que estava a preparar uma importante parceria para África não querendo contudo adiantar mais pormenores. Ainda assim deixou claro que essa parceria não iria incluir Angola.

O grupo tem crescido também a nível do e-commerce. Na Worten o crescimento no primeiro semestre era de 50% em Portugal e 70% em Espanha. Já a Salsa registou um crescimento de 40% em Espanha e em Portugal a Sonae MC cresce mais de 20%.

Grupo criou dois mil postos de trabalho

Nos primeiros seis meses do ano, a Sonae criou mais de dois mil postos de trabalho. A criação de emprego está ligada ao crescimento das várias áreas de negócio da Sonae que expandiram a atividade, quer em Portugal, quer a nível internacional, em particular na área de Health& Wellness da Sonae MC.

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